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Unidade II
2 Outras metOdOlOgias aplicadas
2.1 metodologia do valor patrimonial de mercado
Nesta metodologia, o enfoque é a determinação do valor da empresa a partir de seu valor patrimonial 
de mercado. Desta forma, para que a metodologia possa ser aplicada, é necessário que os valores 
contábeis do Ativo, do Passivo e do patrimônio líquido sejam compatíveis ou muito próximos aos seus 
valores de mercado (Santos, 2008). 
Para isso, a empresa deve ser nova, ou ter suas demonstrações contábeis ajustadas pela reavaliação 
e/ou atualização do valor dos ativos e passivos, considerando efeitos financeiros ocasionados pela 
depreciação, amortização, exaustão, inflação, taxa de juros, paridade cambial etc.
Os fatores de depreciação, exaustão e amortização correspondem ao consumo de ativos imobilizados, 
conforme a Lei nº 6.404/76 (Fipecafi, 2007):
• depreciação: quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto 
bens físicos sujeitos a desgastes ou perdas de utilidade por uso, ação da natureza ou 
obsolescência;
• amortização: quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de 
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou 
exercício de duração limitada, ou cujo objeto seja bens de utilização por prazo legal ou 
contratualmente limitado;
• exaustão: quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo 
objeto seja recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Com a alteração da Lei nº 11.638/07 (Brasil, 2007), ainda existe a possibilidade da aplicação do 
teste de recuperação de ativos, segundo o qual a empresa deverá efetuar, periodicamente, análise 
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de 
que sejam:
• registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão 
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
• revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e 
para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
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AvAliAção de empresAs
No caso da inflação, podem ocorrer ajustes, como as metodologias de correção monetária ou de 
correção monetária integral (práticas que não são mais permitidas pela legislação vigente), ou por 
ajustes monetários de acordo com índices de inflação (para ativos e passivos).
Já para as taxas de juros e paridade cambial devem ser realizados os ajustes tanto em itens do Ativo 
quanto do Passivo, até a data de publicação do balanço (Santos, 2008).
Procedendo nestes ajustes de valor, temos que o valor da empresa é dado por:
Valor da Empresa (Liquidação)= Valor do Ativo Total Ajustado - 
 Valor do Passivo Total Ajustado
Assim, esta metodologia apresenta maiores limitações na aplicação dos ajustes necessários para 
tornar o valor da empresa condizente com a realidade, principalmente quando os ajustes necessários 
são de grande importância.
2.2 metodologia do valor de liquidação
Esta metodologia considera o valor da empresa como sendo o valor de mercado dos bens e direitos 
que formam seu Ativo, vendidos separadamente, no estado em que se encontram, caso as atividades 
da empresa sejam encerradas (Santos, 2008). Ou seja, considera a empresa como uma operação em 
descontinuidade, em que o valor dos ativos individuais tende a ser inferior ao valor dos registros 
contábeis e gerenciais, normalmente em função da negociação envolvida.
Além disso, a técnica é recomendada para empresas que não possuem mercado para venda como 
um negócio, ou seu valor como negócio é inferior ao valor da soma de seus ativos, pois, neste caso, a 
melhor opção é a venda individual dos ativos. O normal é que as empresas possuam um valor superior 
do que a simples soma de seus ativos, pois elas possuem ativos intangíveis (como marcas, participação 
de mercado e conhecimentos tecnológicos) que não estão em suas demonstrações contábeis.
Valor da Empresa (Liquidação) = Soma dos Ativos Individuais - Passivo 
Assim, normalmente, o valor de mercado de uma empresa corresponde ao seu valor em uso e não 
ao ser valor de troca (venda das partes), uma vez que o valor da empresa como um todo é, em geral, 
seu valor como organização em funcionamento (Hendriksen; Van Breda, 1999), daí a limitação a este 
método.
2.3 metodologia do preço/lucro (p/l)
A metodologia do Preço/Lucro (P/L) se baseia na condição de que se duas empresas atuam no mesmo 
setor e possuem estrutura e porte semelhantes (material, humana e financeira), poderá ser realizada 
uma comparação direta sobre os seus resultados e indicadores de desempenho, neste caso, o índice 
Preço/Lucro (Santos, 2008), amplamente utilizado pelo mercado na análise de ações.
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P/L = Preço de Mercado por Ação 
 Lucro Contábil por Ação
Desta forma, o índice P/L representa o quanto o investidor está disposto a pagar por cada unidade 
de lucro divulgado, sendo o Lucro Contábil por Ação (LPA) calculado.
LPA = Lucro Líquido 
 Número de Ações Emitidas
Neste ponto é interessante observar que, segundo as normas internacionais de contabilidade, 
definidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), ou seja, Conselho Internacional de 
Normas Contábeis, o cálculo da LPA é dado por (Ernest; Young; Fipecafi, 2009):
IPL = Lucro Líquido dos Controladores 
 Número Médio Ponderado de Ações em Circulação no Ano
Como existe uma tendência atual na adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, é provável 
que em breve o CPC regulamente a matéria segundo estas normas.
Apesar da ampla aceitação do mercado, esta metodologia ainda apresenta algumas limitações (Martins, 2001):
• considera apenas o lucro contábil;
• ignora o valor do dinheiro no tempo e os riscos;
• considera implícita a ideia de eficiência de mercado, isto é, de que o valor de mercado da ação 
corresponde ao seu valor justo, sem a existência de oscilações de mercado.
2.4 metodologia de capitalização dos lucros
Nesta metodologia, o valor da empresa é calculado por meio da ponderação média e da capitalização 
dos lucros históricos por uma taxa de retorno ou pelo custo do capital (i) que corresponde ao risco do 
negócio e que reflita as incertezas do mercado em que está inserida, para, em seguida, somarmos o valor 
dos ativos não operacionais ao valor operacional e obtermos o valor total da empresa (Santos, 2008).
Para efeito do lucro a ser capitalizado, podemos utilizar o lucro operacional (lucro antes dos juros e 
imposto de renda) ou baseado na capitalização do lucro líquido.
As limitações a este método estão relacionadas novamente ao uso do lucro contábil, uma vez que 
este é passível de gerenciamento de resultados, mas atenuado pelo uso de séries históricas, e o segundo 
fator é a determinação do custo do capital próprio.
Exemplo baseado no lucro operacional da empresa, considerando sua atividade nos últimos cinco 
anos (Tabela 1), com peso variando de 1 até 5 e um custo do capital de 9,50% ao ano.
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Tabela 1 – Exemplo de lucro operacional históricoLucro ($ milhões) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Histórico 100,00 112,00 123,00 132,00 145,00
Além disso, são considerados $ 45 milhões de ativos não operacionais (Tabela 2).
Tabela 2 – Exemplo de valor da empresa pela metodologia de capitalização dos lucros
Período Lucro operacional Fator de ponderação Lucro ponderado
Ano 1 100,00 1,0 100,00
Ano 2 112,00 2,0 224,00
Ano 3 123,00 3,0 369,00
Ano 4 132,00 4,0 528,00
Ano 5 145,00 5,0 725,00
Soma dos lucros operacionais ponderados 1.946,00
/ Soma dos fatores de ponderação 15,00
= Lucros operacionais médios ponderados 129,73
/ Taxa de capitalização histórica 9,50%
= Valor operacional da empresa (129,73 / 0,0950) 1.365,61
+ Ativos não operacionais 45,00
= Valor total da empresa 1.410,61
2.5 metodologia dos múltiplos de faturamento
A metodologia de múltiplos de faturamento assume que o valor da empresa é calculado com base 
na multiplicação da Receita Líquida (RL) do último ano de atividade operacional, ou de uma média 
histórica, pelo fator Preço das Ações/Receita média (FP/RL) extraído de empresas concorrentes de porte 
e atividade similares. Em seguida, soma-se o valor dos ativos não operacionais ao valor operacional do 
último ano de atividade operacional (AN-O_Ano1), para se chegar ao valor total da empresa (Santos, 2008).
Note que o Preço das Ações/Receita média (FP/RL) trata-se do índice de preço de uma ação em 
relação à receita por ação.
Desta forma, o valor da empresa é dado por:
Valor da Empresa = (Receita LíquidaAno 1 x FP/RL) + AN-O_ANno1
Como limitação, temos novamente a receita líquida que advém da contabilidade tradicional.
2.6 metodologia dos múltiplos de lucros
Já a metodologia dos múltiplos de lucros assume que o valor da empresa é calculado com base 
na multiplicação do Lucro Operacional (LO) do último ano de atividade operacional, ou de uma 
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média histórica, pelo fator Preço das Ações/Lucro Operacional médio (FP/LO) extraído de empresas 
concorrentes de porte e atividade similares. Em seguida, soma-se o valor dos ativos não operacionais 
ao valor operacional do último ano de atividade operacional (AN-O_Ano1), para se chegar ao valor total 
da empresa (Santos, 2008).
Note que o Preço das Ações/Lucro Operacional médio (FP/RL) trata-se do índice de preço de uma ação 
em relação ao lucro operacional por ação.
Desta forma, o valor da empresa é dado por:
Valor da Empresa = (Lucro OperacionalAno 1 x Fp/LO) + AN-O_ANno1
Como limitação, temos novamente a questão da contabilidade tradicional que proporciona o cálculo 
do lucro operacional.

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