Prévia do material em texto
77 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Unidade IV 7 SISTEMA DE CONTAS E CONTABILIDADE PÚBLICA 7.1 Sistema de contas O sistema contábil é a estrutura de informações para identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público, com o objetivo de orientar o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social. Esse sistema é organizado em subsistemas de informações, que oferecem produtos diferentes em razão das especificidades demandadas pelos usuários e facilitam a extração de informações. Conforme as NBCASP (BRASIL, 2009), o sistema contábil público estrutura‑se nos seguintes subsistemas: • Subsistema de Informações Orçamentárias: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, tais como: — orçamento; — programação e execução orçamentária; — alterações orçamentárias; e — resultado orçamentário. • Subsistema de Informações Patrimoniais: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações do patrimônio público, subsidiando a administração com informações tais como: — alterações nos elementos patrimoniais; — resultado econômico; e — resultado nominal. • Subsistema de Custos: registra, processa e evidencia os custos da gestão dos recursos e do patrimônio públicos, subsidiando a administração com informações tais como: 78 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV — custos dos programas, dos projetos e das atividades desenvolvidas; — bom uso dos recursos públicos; e — custos das unidades contábeis. • Subsistema de Compensação: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle, subsidiando a administração com informações tais como: — alterações potenciais nos elementos patrimoniais; e — acordos, garantias e responsabilidades. Os subsistemas contábeis devem ser integrados entre si e a outros subsistemas de informações de modo a subsidiar a administração pública sobre: • o desempenho da unidade contábil no cumprimento da sua missão; • a avaliação dos resultados obtidos na execução dos programas de trabalho com relação à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade; • a avaliação das metas estabelecidas pelo planejamento; e • a avaliação dos riscos e das contingências. O conhecimento do conceito do sistema contábil e de seus subsistemas, apesar de essencialmente teórico, facilita o pleno entendimento da estrutura e funcionamento do Pcasp (Plano de Conta Aplicado ao Setor Público). O Pcasp é um conjunto de procedimentos, por meio de contas que obtêm as informações necessárias para a elaboração das demonstrações contábeis e relatórios gerenciais. É a estrutura básica para as escriturações contábeis. Ele deve ser utilizado por todos os entes da federação, fundos, órgãos, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público, bem como empresas estatais dependentes. Estrutura do Pcasp O Pcasp está estruturado por níveis de desdobramento, sendo estes classificados e codificados como segue: 79 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL X . X . X . X . X . XX . XX 1º Nível ‑ Classe 2º Nível ‑ Grupo 3º Nível ‑ Subgrupo 4º Nível ‑ Título 5º Nível ‑ Subtítulo 6º Nível ‑ Item 7º Nível ‑ Subitem Figura 19 Os entes da Federação podem ter mais níveis de desdobramento além desses. As classes apresentam a seguinte estrutura: • 1. Ativo; • 2. Passivo e patrimônio líquido; • 3. variações patrimoniais diminutivas; • 4. variações patrimoniais aumentativas; • 5. controles da aprovação do planejamento e orçamento; • 6. controles da execução do planejamento e orçamento; • 7. controles devedores; e • 8. controles credores. No Pcasp, a contas são classificadas segunda a natureza das informações, ou seja: • da classe de 1 a 4 são as contas de natureza patrimonial, que registram, processam e evidenciam os fatos financeiro e não financeiro, relacionados com as variações qualitativas e quantitativas; • as classes 5 e 6 são as contas de natureza orçamentária, que registram, processam e evidenciam os atos e fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária, inclusive resto a pagar. • as classes 7 e 8 são as contas de controle que registram, processam e evidenciam os atos da gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público e controle de atos que possam vir a afetar o patrimônio da entidade pública. 80 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV De acordo com a Lei nº 4.320/64 (BRASIL, 1964): Art. 105 – O balanço patrimonial demonstrara: I – o Ativo financeiro; II – o Ativo permanente; III – o Passivo financeiro; IV – o Passivo permanente; V – o saldo patrimonial; VI – as contas de compensação. § 1º O Ativo financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orcamentária e os valores numerários. § 2º O Ativo permanente compreenderá os bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. § 3º O Passivo financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento independa da autorização orçamentária. § 4º O Passivo permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Essa classificação é importante para que se faça a apuração do Superávit Financeiro, necessário para a abertura de créditos adicionais no exercício seguinte, conforme disposto no art. 43 da Lei nº 4.320. O Pcasp possui a seguinte estrutura básica, em nível de classe/grupo: • 1 Ativo — 1.1 Ativo circulante — 1.2 Ativo não circulante • 2 Passivo e patrimônio líquido — 2.1 Passivo circulante — 2.2 Passivo não circulante 81 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL — 2.3 Patrimônio líquido — 3 Variação patrimonial diminutiva — 3.1 Pessoal e encargos — 3.2 Benefícios previdenciários e assistenciais — 3.3 Uso de bens, serviços e consumo de capital fixo — 3.4 Variações patrimoniais diminutivas financeiras — 3.5 Transferências concedidas — 3.6 Desvalorização e perda de Ativos — 3.7 Tributárias — 3.8 Outras variações patrimoniais diminutivas • 4 Variação patrimonial aumentativa — 4.1 Impostos, taxas e contribuições de melhoria — 4.2 Contribuições — 4.3 Exploração e venda de bens, serviços e direitos — 4.4 Variações patrimoniais aumentativas financeiras — 4.5 Transferência recebidas — 4.6 Valorização e ganhos com Ativos — 4.7 Outras variações patrimoniais aumentativas • 5 Controles da aprovação do planejamento e orçamento — 5.1 Planejamento aprovado — 5.2 Orçamento aprovado — 5.3 Inscrição de resto a pagar 82 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - dat a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV • 6 Controles da execução do planejamento e orçamento — 6.1 Execução do planejamento — 6.2 Execução do orçamento — 6.3 Execução de resto a pagar • 7 Controles devedores — 7.1 Atos potenciais — 7.2 Administração financeira — 7.3 Divida ativa — 7.4 Riscos fiscais — 7.5 Custos — 7.6 Outros controles • 8 Controles credores — 8.1 Execução dos atos potenciais — 8.2 Execução da administração financeira — 8.3 Execução da dívida ativa — 8.4 Execução dos riscos fiscais — 8.5 Apuração de custos — 8.6 Outros controles Observação 1 a 4: contas de natureza patrimonial; 5 e 6: contas de natureza orçamentária; 7 e 8: contas de natureza típico de controle. 83 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Saiba mais Sobre o assunto, leia: BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade aplicada ao setor público. Brasília, 2009. Disponível em: <http://www3. tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Volume_IV_PCASP. pdf>. Acesso em: 5 ago. 2014. Demonstrações aplicadas ao setor público Demonstrações contábeis aplicadas ao setor público têm como objetivo padronizar os conceitos, as regras e os procedimentos relativos às demonstrações contábeis do setor público a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e municípios, permitindo a evidenciação e a consolidação das contas públicas em âmbito nacional, em consonância com os procedimentos do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (Pcasp). De acordo com a Lei nº 4.320/64 (BRASIL, 1964), art. 101, os resultados gerais do exercício serão demonstrados no balanço orçamentário, financeiro e patrimonial e demonstrações das variações patrimoniais, além de outros quadros demonstrativos. As demonstrações contábeis das entidades definidas no campo de aplicação da contabilidade pública, inclusive as exigidas pela Lei nº 4.320/64, são: • Balanço patrimonial (BP); • Balanço orçamentário (BO); • Balanço financeiro (BF); • Demonstração das variações patrimoniais (DVP); • Demonstração dos fluxos de caixa (DFC); • Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) Balanço orçamentário O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. O Balanço Orçamentário é composto por: 84 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV a. Quadro Principal; b. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados; e c. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria econômica e origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou déficit de arrecadação. Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. Balanço orçamentário Nota PrevisãoInicial Previsão Atualizada Receitas Realizadas Saldo RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Receitas Correntes (I) Receita Tributária Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes Outras Receitas Correntes Receitas de Capital (II) Operações de Crédito Alienação de Bens Amortizações de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores (III) SUBTOTAL DAS RECEITAS (IV) = (I + II + III) Operações de Crédito / Refinanciamento (V) Operações de Crédito Internas Operações de Crédito Externas SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (VI) = (IV + V) Déficit (VII) TOTAL (VIII) = (VI + VII) 85 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Saldos de Exercícios Anteriores (Utilizados Para Créditos Adicionais) Superávit Financeiro Reabertura de Créditos Adicionais Dotação Inicial Dotação Atualizada Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas Saldo da Dotação DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Despesas Correntes (IX) Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital (X) Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Reserva de Contingência (XI) Reserva do RPPS (XII) SUBTOTAL DAS DESPESAS (XIII) = (IX + X + XI + XII) Amortização da Dívida/ Refinanciamento (XIV) Amortização da Dívida Interna Amortização da Dívida Externa SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (XV) = (XIII + XIV) Superávit (XVI) TOTAL (XVII) = (XV + XVI) QUADRO DA EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS Inscritos Em Exercícios Em 31/12 do Liquidados Pagos Cancelados Saldo Nota Anteriores Exercício Anterior Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida TOTAL 86 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV QUADRO DA EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS LIQUIDADOS Inscritos Em Exercícios Em 31/12 do Pagos Cancelados Saldo Nota Anteriores Exercício Anterior Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida TOTAL Balanço financeiro O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte. O Balanço Financeiro é composto por um único quadro que evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público, demonstrando: a. a receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte / destinação de recurso, discriminando as ordinárias e as vinculadas; b. os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários; c. as transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução orçamentária, destacando os aportes de recursos para o RPPS; e d. o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte. O Balanço Financeiro possibilita a apuração do resultado financeiro do exercício. BALANÇO FINANCEIRO INGRESSOS Receita Orçamentária (I) Exercício Atual Exercício Anterior Ordinária Vinculada 87 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr amaç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Recursos Vinculados à Educação Recursos Vinculados à Saúde Recursos Vinculados à Assistência Social Recursos Vinculados à Operações de Crédito Transferências Financeiras Recebidas (II) Transferências Recebidas para a Execução Orçamentária Transferências Recebidas Independentes de Execução Orçamentária Recebimentos Extraorçamentários (III) Inscrição de Restos a Pagar Não Processados Inscrição de Restos a Pagar Processados Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Saldo do Exercício Anterior (IV) Caixa e Equivalentes de Caixa Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados TOTAL (V) = (I+II+III+IV) DISPÊNDIOS Despesa Orçamentária (VI) Ordinária Vinculada Recursos Destinados à Educação Recursos Destinados à Saúde Recursos Destinados à Assistência Social Recursos Destinados à Operações de Crédito Transferências Financeiras Concedidas (VII) Transferências Concedidas para a Execução Orçamentária Transferências Concedidas Independentes de Execução Orçamentária Pagamentos Extraorçamentários (VIII) Pagamentos de Restos a Pagar Não Processados Pagamentos de Restos a Pagar Processados Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Saldo para o Exercício Seguinte (IX) Caixa e Equivalentes de Caixa Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados TOTAL (X) = (VI+VII+VIII+IX) Balanço patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública por meio de contas representativas do patrimônio público, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza de informação de controle). 88 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Os ativos e passivos são conceituados e segregados em circulante e não circulante. A Lei nº 4.320/1964 confere viés orçamentário ao Balanço Patrimonial ao separar o ativo e o passivo em dois grupos, financeiro e permanente, em função da dependência ou não de autorização legislativa ou orçamentária para realização dos itens que o compõem. O Balanço Patrimonial é composto por: a. Quadro Principal; b. Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; c. Quadro das Contas de Compensação (controle); e d. Quadro do Superávit / Déficit Financeiro. O Balanço Patrimonial permite análises diversas acerca da situação patrimonial da entidade, como sua liquidez e seu endividamento, dentre outros. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO Nota Exercício Atual Exercício Anterior Ativo Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa Créditos a Curto Prazo Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo Estoques VPD Pagas Antecipadamente Total do Ativo Circulante Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Créditos a Longo Prazo Investimentos Temporários a Longo Prazo Estoques VPD Pagas Antecipadamente Investimentos Investimentos (‑) Ajuste de Equivalência Patrimonial Imobilizado Intangível Total do Ativo Não Circulante 89 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL TOTAL DO ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Passivo Circulante Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo Obrigações Fiscais a Curto Prazo Obrigações de Repartições a Outros Entes Provisões a Curto Prazo Demais Obrigações a Curto Prazo Total do Passivo Circulante Passivo Não Circulante Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo Obrigações Fiscais a Longo Prazo Provisões a Longo Prazo Demais Obrigações a Longo Prazo Resultado Diferido Total do Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Patrimônio Social e Capital Social Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Demais Reservas Resultados Acumulados (‑) Ações / Cotas em Tesouraria Total do Patrimônio Líquido TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES – LEI N.º 4.320/64 Nota Exercício Atual Exercício Anterior ATIVO (I) Ativo Financeiro Ativo Permanente 90 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Total do Ativo PASSIVO (II) Passivo Financeiro Passivo Permanente Total do Passivo Saldo Patrimonial (I‑ II) QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO – LEI N.º 4.320/64 Nota Exercício Atual Exercício Anterior Atos Potenciais Ativos Garantias e Contra garantias recebidas Direitos Conveniados e outros instrumentos congêneres Direitos Contratuais Outros atos potenciais ativos Total dos Atos Potenciais Ativos Atos Potenciais Passivos Garantias e Contra garantias concedidas Obrigações conveniadas e outros instrumentos congêneres Obrigações contratuais Outros atos potenciais passivos Total dos Atos Potenciais Passivos Saldo Patrimonial (I‑ II) QUADRO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO Nota Exercício Atual Exercício Anterior Ordinária Vinculada Educação Saúde Assistência Social Operações de Crédito Alienação de Bens/Ativos Outras Destinações/Vinculações de Recursos Total das Fontes de Recursos 91 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Demonstração das variações patrimoniais A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. A DVP permite a análise das alterações dos elementos patrimoniais e do desempenho da administração pública. DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAL VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS Nota Exercício Atual Exercício Anterior Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria Impostos Taxas Contribuições de Melhoria Contribuições Contribuições Sociais Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico Contribuição de Iluminação Pública Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos Venda De Mercadorias Venda De Produtos Exploração De Bens e Direitos e Prestação de Serviços Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Concedidos Juros e Encargos de Mora Variações Monetárias e CambiaisDescontos Financeiros Obtidos Transferências e Delegações Financeiras Recebidas Transferências Intragovernamentais Transferências Intergovernamentais Transferências das Instituições Privadas Transferências das Instituições Multigovernamentais Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos Reavaliação De Ativos Ganhos Com Alienação Ganhos Com Incorporação De Ativos Ganhos Com Desincorporação De Passivos 92 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Reversão de Redução ao Valor Recuperável Outras Variações Patrimoniais Aumentativas Variação Patrimonial Aumentativa a Classificar Resultado Positivo de Participações Reversão de Provisões e Ajustes de Perdas Diversas Variações Patrimoniais Aumentativas Total das Variações Patrimoniais Aumentativas (I) VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS Pessoal e Encargos Remuneração a Pessoal Encargos Patronais Benefícios a Pessoal Outras Variações Patrimoniais Diminutivas ‑ Pessoal e Encargos Benefícios Previdenciários e Assistenciais Aposentadoria e Reformas Pensões Benefícios de Prestação Continuada Benefícios Eventuais Políticas Públicas de Transferência de Renda Outros Benefícios Previdenciários e Assistenciais Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo Uso de Material de Consumo Serviços Depreciação, Amortização e Exaustão Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Obtidos Juros e Encargos de Mora Variações Monetárias e Cambiais Descontos Financeiros Concedidos Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Financeiras Transferências e Delegações Concedidas Transferências Intragovernamentais Transferências Intergovernamentais Transferências a Instituições Privadas Transferências a Instituições Multigovernamentais Transferências a Consórcios Públicos Transferências ao Exterior Execução Orçamentária Delegada a Entes Outras Transferências e Delegações Concedidas Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação de Passivos Reavaliação, Redução a Valor Recuperável e Ajuste para Perdas 93 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Perdas com Alienação Perdas Involuntárias Incorporação de Passivos Desincorporação de Ativos Tributárias Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria Contribuições Custo das Mercadorias e dos Produtos Vendidos, e dos Serviços Prestados Custo das Mercadorias Vendidas Custo dos Produtos Vendidos Custo dos Serviços Prestados Outras Variações Patrimoniais Diminutivas Premiações Resultado Negativo de Participações Incentivos Subvenções Econômicas Participações e Contribuições Total das Variações Patrimoniais Diminutivas (II) RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO Demonstração dos fluxos de caixa Esta Demonstração permite a análise da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e da utilização de recursos próprios e de terceiros em suas atividades. Pode ser analisada, também, mediante comparação dos fluxos de caixa, gerados ou consumidos, com o resultado do período e com o total do passivo, permitindo identificar, por exemplo: a parcela dos recursos utilizada para pagamento da dívida e para investimentos, e a parcela da geração líquida de caixa atribuída às atividades operacionais. A Demonstração dos Fluxos de Caixa é composta por: a. Quadro Principal b. Quadro de Receitas Derivadas e Originárias c. Quadro de Transferências Recebidas e Concedidas d. Quadro de Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função e. Quadro de Juros e Encargos da Dívida 94 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Nota Exercício Atual Exercício Anterior FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Ingressos Receitas derivadas e originárias Transferências correntes recebidas Outros ingressos operacionais Variação Extra‑Orcamentária Variação Extra‑Orcamentária conforme Anexo 13 Variação em Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Desembolsos Pessoal e demais despesas Juros e encargos da dívida Transferências concedidas Outros desembolsos operacionais Variação Extra‑Orcamentária Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Ingressos Alienação de bens Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos Outros ingressos de investimentos Desembolsos Aquisição de ativo não circulante Concessão de empréstimos e financiamentos Outros desembolsos de investimentos Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (II) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Ingressos Operações de crédito Integralização do capital social de empresas dependentes Transferências de capital recebidas Outros ingressos de financiamentos Desembolsos Amortização / Refinanciamento da dívida Outros desembolsos de financiamentos Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (III) 95 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA (I+II+III) Caixa e Equivalentes de caixa inicial Caixa e Equivalente de caixa final QUADRO - RECEITAS DERIVADAS E ORIGINÁRIAS Nota Exercício Atual Exercício Anterior RECEITAS DERIVADAS E ORIGINÁRIAS Receita Tributária Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Remuneração das Disponibilidades Outras Receitas Derivadas Originárias Total das Receitas Derivadas e Originárias QUADRO - TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS E CONCEDIDAS Nota Exercício Atual Exercício Anterior TRANSFERÊNCIAS CORRENTES RECEBIDAS Intergovernamentais da União de Estados e Distrito Federal de Municípios Intragovernamentais Outras transferências correntes recebidas Total das Transferências Recebidas TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS Intergovernamentais a União a Estados e Distrito Federal a Municípios Intragovernamentais Outras Transferências Concedidas Total das Transferências Concedidas QUADRO - DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO Nota Exercício Atual Exercício Anterior 96 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV RECEITAS DERIVADAS E ORIGINÁRIAS Legislativa Judiciária Essencial à Justiça Administração Defesa Nacional Segurança Pública Relações Exteriores Assistência Social Previdência Social Saúde TrabalhoEducação Cultura Direitos da Cidadania Urbanismo Habitação Saneamento Gestão Ambiental Ciência e Tecnologia Agricultura Organização Agrária Indústria Comércio e Serviços Comunicações Energia Transporte Desporto e Lazer Encargos Especiais Total dos Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função QUADRO - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA Nota Exercício Atual Exercício Anterior JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA Juros e Correção Monetária da Dívida Interna Juros e Correção Monetária da Dívida Externa Outros Encargos da Dívida Total dos Juros e Encargos da Dívida 97 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Demonstração das mutações no patrimônio líquido A Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido demonstrará a evolução do patrimônio líquido da entidade. Dentre os itens demonstrados, podemos citar: a. os ajustes de exercícios anteriores; b. as transações de capital com os sócios, por exemplo: o aumento de capital, a aquisição ou venda de ações em tesouraria e os juros sobre capital próprio; c. o superávit ou déficit patrimonial; d. a destinação do resultado, por exemplo: transferências para reservas e a distribuição de dividendos; e e. outras mutações do patrimônio líquido. A DMPL complementa o Anexo de Metas Fiscais (AMF), integrante do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A DMPL é obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas, e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. Demonstração das mutações do patrimônio líquido ESPECIFICAÇÃO Pa. Social / Capital Adiantamento para futuro Aumento de capital (AFAC) Reserva Capital Ajuste de avaliação Patrimonial Reservas de lucros Demais Reservas Resultados Acumulados Ações/Cotas em Tesouraria Total Saldo iniciais Ajustes de exercícios anteriores Aumento de capital Resgate/ Reemissão de ações e contas Juros sobre capital próprio Resultado do exercício Ajustes de avaliação patrimonial Constituição/ Reversão de reservas Dividendos a distribuir (R$…por ação) Saldo finais 98 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Exercício 1 - Provisão inicial LOA – R$ 50.000,00 D ‑ Previsão inicial da receita orçamentária 5.2.1.1 Orçamentário R$ 50.000,00 C ‑ Receita orçamentária a realizar 6.2.1.1 Fixação da despesa orçamentária D ‑ Dotação orçamentária inicial (F) 5.2.2.1 Orçamentário R$ 50.000,00 C ‑ Credito orçamentário disponível (P) 6.2.2.1.1 2 – Lançamento de crédito tributário no valor de R$ 25.000,00 Reconhecimento do credito tributário D – Tributo a receber (P) 1.1.2.2 Patrimonial R$ 25.000,00 C – VPA – Impostos 4.1.1.2 Arrecadação da receita tributária D – Caixa e equivalente de caixa 1.1.1.1 Patrimonial R$ 25.000,00 C – Tributo a receber (P) 1.1.2.2 D – Receita a realizar 6.2.1.1 Orçamentário R$ 25.000,00 C – Receita realizada 6.2.1.2 D – Controle da disponibilidade de recursos 7.2.1.1 Controle R$ 25.000,00 C – Disponibilidade por destinação de recursos 8.2.1.1.1 3 – Aquisição de material de consumo no valor de R$ 23.000,00 Empenho da dotação orçamentária – aquisição D – Crédito disponível 6.2.2.1.1 Orçamentário R$ 23.000,00 C – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01 D – Disponibilidade por destinação de recursos 8.2.1.1.1 Controle R$ 23.000,00C – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho 8.2.1.1.2 99 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Liquidação da despesa orçamentária e recebimento do material D – Almoxarifado (P) 1.1.5.6.1 Patrimonial R$ 23.000,00 C – Fornecedor a curto prazo (F) 2.1.3.1.1 D – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01 Orçamentário R$ 23.000,00 C – Crédito empenhado liquidado a pagar 6.2.2.1.3.03 D – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho 8.2.1.1.2 Controle R$ 23.000,00C – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.3 Requisição de material ao almoxarifado D – Consumo de material 3.3.1.1.1 Patrimonial R$ 23.000,00 C – Almoxarifado (P) 1.1.5.6.1 4 – Operação de crédito de curto prazo no valor de R$ 6.000,00 D – Caixa e equivalente de caixa (F) 1.1.1.1 Patrimonial R$ 6.000,00 C – Empréstimo a curto prazo (P) 2.1.2.2.1 D – Receita a realizar 6.2.1.1 Orçamentário R$ 6.000,00 C – Receita realizada 6.2.1.2 D – Controle da disponibilidade de recursos 7.2.1.1 Controle R$ 6.000,00 C – Disponibilidade por destinação de recursos 8.2.1.1.1 5 – Contrato de serviço no valor de R$ 3.000,00 Empenho da despesa de serviços de terceiros D – Crédito disponível 6.2.2.1.1 Orçamentário R$ 3.000,00 C – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01 D – Disponibilidade por destinação de recursos 8.2.1.1.1 Controle R$ 3.000,00C – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho) 8.2.1.1.2 Registro do contrato de serviços D – Obrigações contratuais 7.1.2.3 Controle R$ 3.000,00 C – Execução de obrigações contratuais 8.1.2.3 100 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Reconhecimento da VPD D – Serviço de terceiro 3.3.2.3.1 Patrimonial R$ 3.000,00 C – Fornecedores a curto prazo (F) 2.1.3.1.1 D – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01 Orçamentário R$ 3.000,00 C – Crédito empenhado liquidado a pagar 6.2.2.1.3.03 D – Execução de obrigações contratuais 8.1.2.3 Controle R$ 3.000,00 C – Execução de obrigações contratuais 8.1.2.3 D – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho 8.2.1.1.2 Controle R$ 3.000,00C – Disponibilidade por destinação de recurso comprometida por destinação de recursos comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.3 6 – Pagamento da despesa de serviços D – Fornecedores a curto prazo (F) 2.1.3.1.1 Patrimonial R$ 3.000,00 C – Caixa e equivalente de caixa 1.1.1.1 D – Crédito empenhado liquidado a pagar 6.2.2.1.3.03 Orçamentária R$ 3.000,00 C – Crédito empenhado pago 6.2.2.1.3.04 D – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.3 Controle R$ 3.000,00 C – Disponibilidade por destinação de recursos utilizado 8.2.1.1.4 7 – Aquisição de um computador no valor de R$ 2.000,00 D – Crédito disponível 6.2.2.1.1 Patrimonial R$ 2.000,00 C – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.03.01 D – Disponibilidade por destinação de recursos 8.2.1.1.1 Controle R$ 2.000,00C – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho 8.2.1.1.2 Liquidação da despesa – incorporação do bem D – Bens móveis – computador (P) 1.2.3.1.1 Patrimonial R$ 2.000,00 C – Fornecedores a curto prazo (F) 2.1.3.1.1 101 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTALD – Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01 Orçamentária R$ 2.000,00 C – Crédito empenhado liquidado a pagar 6.2.2.1.3.03 D – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por empenho 8.2.1.1.2 Controle R$ 2.000,00C – Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.3 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Contas Devedora Credora 1.1.1.1 Caixa e equivalente de caixa 28.000,00 1.2.3.1.1 Bens móveis ‑ computador 2.000,00 2.1.2.2.1 Empréstimo a curto prazo (P) 6.000,00 2.1.3.1.1 Fornecedores a curto prazo (F) 25.000,00 3.3.1.1.1 Consumo de material 23.000,0 3.3.2.3.1 Serviço de terceiro 3.000,00 4.1.1.2 VPA – Impostos 25.000,00 5.2.1.1 Previsão inicial 50.000,00 5.2.2.1 Dotação orçamentária 50.00,000 6.2.1.1 Receita a realizar 16.000,00 6.2.1.2 Receita realizada 31.000,00 6.2.2.1.1 Credito orçamentário disponível 25.000,00 6.2.2.1.3.03 Crédito empenhado liquidado a pagar 25.000,00 6.2.2.1.3.04 Crédito empenhado pago 3.000,00 7.1.2.3 Obrigações contratuais 3.000,00 7.2.1.1 Controle da disponibilidade de recursos 31.000,00 8.1.2.3 Execução de obrigações contratuais 3.000,00 8.2.1.1.1 Disponibilidade por destinação de recursos 3.000,00 8.2.1.1.3 Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por liquidação e entradas compensatórias 25.000,000 8.2.1.1.4 Disponibilidade por destinação de recursos utilizado 3.000,00 TOTAL 190.000,00 190.000,00 8 LICITAÇÃO E LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 8.1 Licitação – Lei nº 8.666/93 As despesas com obras, serviços – inclusive de publicidade – e compras da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão, necessariamente, precedidas de licitação. A licitação destina‑se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração. Ela será julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade e da igualdade. 102 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV No julgamento das propostas, serão levadas em conta, conforme o caso e sempre no interesse do serviço público, as condições de: • qualidade; • rendimento; • preço; • pagamento; • prazos; e • outras previstas no edital ou no convite. Lembrete Portanto, para a realização de despesas, no exame de preço de uma licitação, serão consideradas todas as circunstâncias que resultem vantagem para a Administração Pública. Para efeito de licitação de obras, serviços e compras, considera‑se: • obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou realização por execução direta ou indireta; • serviço: toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesses para a administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico‑profissionais; • compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. Modalidade de licitação São modalidades de licitação: • concorrências; • tomada de preços; • pregão; 103 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL • convite; • concurso; • leilão. Concorrência É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais. Tomada de preços É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Pregão É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns em que a disputa pelo fornecimento se faz em sessão pública, por meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor preço. Pode ser presencial ou eletrônico. Há um pregoeiro que irá definir o vencedor do pregão e conduzir as disputas que houverem. São adotadas as mesmas regras de caráter orçamentários exigidas para a deflagração das modalidades licitatórias previstas no Estatuto das Licitações, só podendo se realizar no tipo menor preço, visto que o preço máximo é fixado a priori. Convite É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual fixará cópia do instrumento convocatório em local apropriado e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas. Concurso É modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores conforme edital. 104 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Leilão É a modalidade de licitação para a venda a quem oferecer o maior lance. Acontece nesses casos: • venda de bens móveis inservíveis ou produtos legalmente apreendidos ou penhorados; • alienação de bens imóveis, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento. Local e publicações – licitação As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado. No entanto, não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências e das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: • no Diário Oficial, quando não houver publicação em local de grande circulação de interessados; • em jornal diário de grande circulação no município ou região onde ocorrerá a licitação. O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: • Quarenta e cinco dias para: — concurso; — concorrências, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço. • Trinta dias para: — concorrência não especificada no item anterior (tomada de preços quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço). • Quinze dias para: — tomada de preços, nos casos não especificados ou leilão 105 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL • Cinco dias para: — convite. Os prazos estabelecidos serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer maistarde. Limites de valores para licitações Artigo 23 da Lei nº 9.648/98, de 27 de maio de 1998. Modalidade: obras serviços de engenharia: Tabela 4 Convite Até R$ 150.000,00 Tomada de preços Até R$ 1.500.000,00 Concorrência Acima de R$ 1.500.000,00 Modalidade: compras e outros serviços: Tabela 5 Convite Até R$ 80.000,00 Tomada de preços Até R$ 650.000,00 Concorrência Acima de R$ 650.000,00 Nos casos em que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. Dispensas e inexigibilidades de licitação: • para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00; • para outros serviços e compras até R$ 8.000,00; • nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; • nos casos de emergência ou calamidade pública; • outros casos fortuitos previstos na legislação. 106 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Habilitação nas licitações Para a habilitação nas licitações, será exigida dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: • Habilitação jurídica: — documentos pessoais dos sócios e ou responsáveis; — documentação jurídica de constituição e continuidade da empresa. • Qualificação técnica: — documentação junto aos órgãos técnicos profissionais; — comprovação de aptidão para o desempenho da atividade pertinente; — prova de atendimento de requisitos previstos em lei, quando for o caso. • Qualificação econômico‑financeira: — balanço patrimonial e demais demonstrações contábeis do último exercício social; — índices contábeis exigidos no edital. • Regularidade fiscal: — prova de inscrição e regularidade nos órgãos reguladores – Secretaria da Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado e Secretaria de Finanças do Município; — prova de regularidade à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviços. Os documentos apresentados, com exceção dos de regularidade fiscal, poderão ser apresentados em cópias autenticadas por cartórios ou por funcionário público do órgão licitante. Registros cadastrais Os órgãos e entidades que realizem constantemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e estar permanentemente aberto aos interessados, obrigando‑se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, por meio da Imprensa Oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros existentes e para o ingresso de novos interessados. 107 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Procedimento e julgamento O procedimento da licitação será iniciado com a abertura do processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados: • edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; • comprovante das publicações do edital resumido ou da entrega do convite; • ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial ou do responsável pelo convite; • original das propostas e dos documentos que as instruírem; • atas, relatórios e deliberações da comissão julgadora; • recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões; • despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado circunstancialmente; • termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; • outros comprovantes de publicação; • demais documentos relativos à licitação. Edital O edital conterá o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação, a menção de que será regida pela Lei de Licitações, o local, data e hora do recebimento da documentação e proposta, bem como, para início da abertura dos envelopes, indicará, obrigatoriamente: • o objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; • o local para obtenção do edital com todas as informações, tais como projeto básico, condições específicas e técnicas e outras informações; • as condições de pagamentos e critérios de reajustes; • as outras formalidades previstas em lei. 108 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Julgamento A licitação será julgada e processada com observância dos seguintes procedimentos: • abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes e sua apreciação; • abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recursos, ou tenha havido desistências expressa, ou ainda após o julgamento dos recursos interpostos; • análise das propostas e julgamento, desclassificando as propostas desconformes ou incompatíveis; • julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital; • deliberação da autoridade competente quanto a homologação e adjudicação do objeto da licitação. Garantia contratual A critério da autoridade competente e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras: • caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; • seguro‑garantia; • fiança bancária. 8.2 Lei de responsabilidade fiscal Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal da União, dos Estados e dos municípios e dos três poderes públicos. O objetivo dela é alcançar o equilíbrio das contas públicas mediante o cumprimento de metas de resultado entre receitas e despesas, e também obediência a limite e condições no que tange à renúncia de receita, geração de despesas, dívidas consolidadas e mobiliárias, operações de crédito, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, prevenindo riscos e corrigindo desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. 109 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL O equilíbrio das contas públicas exige: • o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas; • obediência a limites e condições no que tange a: — renúncia de receitas; — geração de despesas; — dívidas consolidadas e mobiliárias; — operações de receitas (antecipação de receitas); — concessão de garantia; — inscrição em restos a pagar. Os documentos a serem analisados dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal são: • PPA: Plano Plurianual; • LDO: Lei das Diretrizes Orçamentária; • LOA: Lei do Orçamento Anual. PPA O PPA é um instrumento de planejamento público previsto na Constituição Federal que tem como finalidade estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Quadro 7 Mandato do Poder Executivo 4 anos Envio do projeto do PPA 1º ano do mandato do Executivo (até 31/08) Devolução para sanção 15 de dezembro Vigência do PPA 2º ao 4º ano e 1º ano do novomandato O Poder Executivo é formado por presidente, governador e prefeito. O PPA deve conter os indicadores e metas a serem alcançados. Exemplo: PPA Prefeitura Municipal de São Paulo – 2002‑2005. 110 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Programa educação de crianças e adolescentes de 7 a 14 anos Objetivo: atendimento à demanda de 7 a 14 anos, por meio da construção e reforma de escolas municipais de Ensino Fundamental, garantindo a formação permanente de seus profissionais, sua manutenção e seus equipamentos, inclusive na área de informática, materiais permanentes e de consumo, assim como projetos pertinentes à ação educativa, à qualidade e à gestão. Tabela 6 2002 2003 2004 2005 Total Recursos 36,1 40,0 59,0 59,4 194,5 Ação: construção, reforma e ampliação de escolas de Ensino Fundamental. Meta: expansão de 36 mil vagas no Ensino Fundamental. Indicador: aluno atendido. LDO A LDO é uma lei instituída pela Constituição Federal de 1988, de periodicidade anual, que disciplina a elaboração da Lei Orçamentária para o exercício financeiro subsequente. Quadro 8 Envio LDO 15/04 – oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro Devolução para sanção 30/06 – primeiro período da sessão legislativa A LRF criou dois anexos que devem ser elaborados com a LDO: • Anexo de Metas Fiscais: o objetivo é estabelecer as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultado nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referir a proposta, bem como para os dois subsequentes; • Anexo de Riscos Fiscais: integra a LDO; nele serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas. LOA A LOA é elaborada pelo Executivo, que consolida todas as informações de todos os órgãos e dos três poderes, e encaminhada ao Legislativo para análise e aprovação. 111 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Quadro 9 Envio do projeto da LOA 31/08 – 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro Devolução para sanção 15/12 – encerramento do exercício financeiro A LOA deve ser elaborada em conformidade com o PPA, a LDO e a LRF. Execução orçamentária A execução orçamentária inicia‑se no 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro, coincidindo com o ano civil. Consiste na arrecadação de receitas de impostos, taxas, contribuições, transferências aplicação desses recursos nos projetos e atividades aprovados na LOA. Despesas com pessoal – Artigo 18 LRF Despesa com pessoal é composto dos seguintes itens: • pessoal ativo; • pessoal inativo; • pensionistas; • subsídios; • salário‑família; • contribuição ao Pasep; • encargos sociais; • obrigações patronais; • mão de obra terceirizada. Não são despesas com pessoal: • vale e auxílio‑refeição; • vale e auxílio‑transporte; • indenização por demissão de servidores e empregados; 112 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV • valores pagos, tais como férias indenizadas, multa do FGTS, despesas com diárias, ajuda de custo, licença prêmio indenizada; • incentivos à demissão voluntária; • pagamentos decorrentes de decisão judicial e da competência de períodos anterior ao da apuração; • auxílio‑funeral – outras transferências a pessoas; • inativos, que são os valores pagos com recursos provenientes da arrecadação de contribuições de segurados ou outros fundos vinculados; • compensação financeira, em que diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente. Limite das despesas com pessoal – artigo 20 LRF Conforme a legislação, os seguintes limites deverão ser observados para as despesas com pessoal: Tabela 7 Poder Executivo 54% Poder Legislativo 6% Exemplo: Tabela 8 Pessoal ativo 1.876.452,53 Pessoal inativo e pensionistas 874.411,40 (-) Precatórios referentes ao período anterior a apuração (17.567,13) (-) Indenização por demissão (89,87) (-) Incentivo a demissão voluntária (108.517,00) (-) Despesas de exercícios anteriores (35.728,00) Outras despesas de pessoal – mão de obra terceirizada 255,87 Despesa líquida de pessoal – DLP 2.589.217,80 Receita corrente líquida – RCL 4.915.613,42 % Gasto com pessoal 52,67% Limite prudencial – 95% do limite legal 2.521.709,68 Limite legal – 54% 2.654.431,25 Caso haja excesso nas despesas com pessoal, as seguintes medidas devem adotadas: 113 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL • medidas que reduzam o gasto, eliminação de horas extras, paralisação dos aumentos, reajustes ou reenquadramentos e readequações, alterações de estruturas, eliminação de concessão de vantagens. • eliminação de criação de cargos, empregos ou novas funções que aumentem as despesas; • eliminação do excedente nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro quadrimestre; • redução de pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; • exoneração dos servidores não estáveis; • exoneração dos servidores estáveis Exemplo de RCL: Tabela 9 Discriminação Valores Valores 1. Receita corrente 1.272.500,00 Tributária 510.000,00 Contribuições 6.500,00 Patrimonial 56.000,00 Agropecuária 5.000,00 Industrial 10.000,00 Serviços 15.000,00 Transferências 470.000,00 Outras receitas correntes 200.000,00 2. Deduções (‑) Contribuições fundo previdência (240.000,00) (‑) Compensação financeira (artigo 21, CF) (18.000,00) (‑)Perdas para Fundef (saldo negativo) (7.000,00) Receita corrente líquida 1.007.500,00 Despesas com saúde pública Deverão ser aplicados 15% da Receita, que é composta por: • receita de impostos; 114 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV • transferência da União; • transferência do Estado; • outras receitas correntes. Despesas consideradas: • pessoal e encargos sociais dos empregados na saúde; • outras despesas correntes; • construção de hospitais; • aquisição de equipamentos hospitalares. Não devem ser consideradas como gastos com a saúde: • pagamento com aposentadoria e pensões dos empregados que atuaram na saúde; • saneamento básico – taxas/tarifas e fundo de combate e erradicação da pobreza; • limpeza urbana e lixo; • merenda escolar. Exemplo de despesa com saúde: Tabela 10 Discriminação Valores Valores Receitas – impostos IPTU 170.000,00 ISS 90.000,00 ITBI 60.000,00 IRRF 30.000,00 350.000,00 Transferência da União Quota parte FPM 130.000,00 Quota parte ITR 50.000,00 Lei Kandir 40.000,00 220.000,00 Transferência do Estado 115 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Quota parte ICMS 130.000,00 Quota parte IPI Exp 10.000,00 Quota parte IPVA 110.000,00 250.000,00 Outras Receitas Correntes Multas e juros – impostos 70.000,00 Divida ativa tributária 90.000,00 160.000,00 Total receita 980.000,00 Despesas Pessoal e encargos 68.000,00 Outras despesascorrentes 26.000,00 Construção de hospital 25.000,00 Aquisição equipamentos hospitalares 7.000,00 126.000,00 Total despesa saúde 126.000,00 % da Receita 12,86% Despesas com ensino público Limite mínimo de aplicação: • União: 18%; • Estados e municípios: 25%. Além desses percentuais, os seguintes programas deverão ser aplicados integralmente no ensino público: • Fundef: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – 60% para profissionais magistério; • Pnae: Programa Nacional de Alimentação Escolar. Exemplo de despesa com ensino público: Tabela 11 Discriminação Valores Valores Receitas – impostos IPTU 170.000,00 ISS 90.000,00 116 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV ITBI 60.000,00 IRRF 30.000,00 350.000,00 Transferência da União Quota parte FPM 130.000,00 Quota parte ITR 50.000,00 Lei Kandir 40.000,00 220.000,00 Transferência do Estado Quota parte ICMS 130.000,00 Quota parte IPI Exp 10.000,00 Quota parte IPVA 110.000,00 250.000,00 Outras receitas correntes Multas e juros – impostos 70.000,00 Divida ativa tributária 90.000,00 160.000,00 Total receita 980.000,00 Despesas Pessoal e encargos 184.000,00 Outras despesas correntes 40.000,00 Construção de escolas 25.000,00 Aquisição equipamentos informática 6.000,00 255.000,00 Total despesa ensino 255.000,00 % da receita 26,02% Despesas com seguridade social O sistema previdenciário no Brasil é composto de três subsistemas: • Regime Geral de Previdência Social – RGPS; • Regime de Previdência Complementar – RPC; • regimes próprios de previdência de servidores públicos e dos militares; Na LRF, o poder público deve equacionar o equilíbrio da previdência, pois o desequilíbrio pode comprometer as receitas – isso para os municípios que mantêm regime próprio de previdência. Regime próprio de previdência: 117 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL • somente servidor titular, cargo efetivo, concursado; • estatuário – não ser CLT. Todos os demais servidores estarão sujeito ao RGPS. A contribuição do município não poderá ser superior ao dobro do total de contribuição dos segurados. Nem a despesa líquida com pessoal inativo e pensionista poderá concomitantemente ultrapassar 12% da receita corrente líquida. Penalidades: • suspensão das transferências de recursos da União, exceto saúde e educação; • impedimento de celebração de contratos, convênios, acordos ou outros com a União. Teto Salarial: • federal: ministro do Supremo Tribunal Federal; • estado: governador; • municípios: prefeitos; • legislativo estadual: deputado estadual; • judiciário estadual: 90,25% ministro do STF. Transferências voluntárias e destinação de recursos para o setor privado Há três formas de transferências: • Transferências constitucionais: correspondem à parcela de recursos arrecadados pelo governo federal e repassados aos municípios por força de exigências contidas na Constituição Federal – o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o Imposto Territorial Rural (ITR). • Transferências legais: são aquelas regulamentadas por meio de leis específicas. Essas leis especificam a forma de habilitação, transferência e aplicação de recursos, bem como a prestação de contas. Existem duas formas de transferências legais: — transferências automáticas: são aquelas que consistem no repasse de recursos financeiros sem que seja utilizado convênio, acordo, ajuste ou contrato, pois eles são depositados diretamente na conta‑corrente do beneficiário. Normalmente, são utilizadas em programas da área da educação; 118 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV — transferências fundo a fundo: são transferências efetuadas pelo repasse de fundos da esfera federal para fundos estaduais ou municipais, sem exigência de convênio. Essas transferências são utilizadas na área da saúde. • Transferências voluntárias: transferência voluntária é o repasse de recursos entre níveis de governos sem que haja imposição legal ou constitucional, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira. São efetivadas por meio de convênio ou contrato de repasse, não prevalecendo para saúde, educação e assistências sociais. Destinação de recursos públicos para o setor privado O poder público pode conceder recursos ao setor privado (PF ou PJ) em forma de empréstimos, financiamentos ou refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital. A destinação desses recursos deve estar respaldada por lei específica, atender à LDO e nela estar prevista. A entidade privada deve ser considerada de utilidade pública e devidamente registrada no CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social. Prestação de contas Deverá ser apresentada toda a documentação da execução dos recursos e da realização das despesas, tendo como prazo a data final da vigência. Dívida e endividamento público • Dívida pública consolidada: obrigações financeiras, inclusive as decorrentes de emissão de títulos, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior a 12 meses. • Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, Distrito Federal e pelos municípios. Operações de crédito São os compromissos assumidos com credores situados no país ou no exterior, em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com uso de derivativos financeiros. 119 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL Limites da dívida pública • Estados e Distrito Federal: duas (2) vezes a receita corrente líquida. • Municípios: um inteiro e dois décimos (1,2 vez) da receita corrente líquida. Por exemplo, determinado município apresenta a seguinte situação: • dívida pública consolidada: 16.700.000,00; • disponibilidade financeira: 2.000.000,00; • receita corrente líquida: 7.000.000,00. Tabela 12 Dívida consolidada 16.700.000,00 (-) Disponibilidade financeira (2.000.000,00) Divida consolidada líquida 14.700.000,00 Limite de endividamento 1,2 X RCL 8.400.000,00 Excesso de endividamento 6.300.000,00 Restos a pagar É permitido à prefeitura apresentar déficit financeiro moderado nos três primeiros anos de mandato. No último ano de mandato, ele deverá ser eliminado. A dívida (restos a pagar) não poderá ser deixada sem disponibilidade para o próximo mandatário. É vedado ao titular, nos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. As despesas continuadas (por exemplo, coletas de lixo terceirizadas) poderão ser contratadas ou prorrogadas nesse período, pois a contratação ocorre dentro do princípio da competência, devendo ser emitido o empenho no início da vigência do contrato em valor suficientepara atender às despesas do exercício. Transparência da gestão fiscal Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias, as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o relatório resumido da execução orçamentária, o relatório de gestão fiscal e as versões simplificadas desses documentos são os instrumentos de transparências da gestão fiscal, aos quais será dada divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público. 120 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Lembrete O setor público aplica o princípio da isonomia nas aquisições dos bens e de acordo com o processo licitatório. Essa forma de aquisição cria condições de igualdade e justiça para utilização dos recursos públicos. Os fornecedores disputam o direito de fornecimento em condições de igualdade, e a decisão do vencedor deve favorecer o ente público, por recursos financeiros da população. Saiba mais Sobre o tema, leia a monografia a seguir: SACRAMENTO, C. H. O. Impactos da lei de responsabilidade fiscal para o profissional de contabilidade que atua na área pública: um estudo exploratório. 2009. Disponível em: <www.uefs.br/ecg/monografias/ carlos%20hudson.doc>. Acesso em: 7 ago. 2014. Resumo A Contabilidade Pública se diferencia pela obrigatoriedade da gestão pública dos recursos na aplicação – necessária ao bem‑estar da população. Outra diferença é a utilização de quatro sistemas: orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. A utilização destes tem como maior objetivo a correta contabilização e transparências dos atos e fatos contábeis. Todo o controle econômico e financeiro é efetuado por meio dos quatros sistemas. Nos exemplos apresentados, fica clara a forma de utilização dos sistemas de contas, assegurando a transparência para que não ocorram erros e omissões devido à continuidade entre os sistemas. O processo licitatório fixa regras para o poder público adquirir bens e serviços a serem aplicados pelo ente público. Os fornecedores participantes do processo licitatório estão em condições de igualdade. Atualmente, os pregões eletrônicos oferecem maior segurança e transparência no processo licitatório. Este é transparente e democrático, assegurando a todos os 121 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL participantes a isonomia. Em consequência da aplicação da tecnologia da informação, a modalidade adotada é basicamente o pregão eletrônico, no qual todos os participantes disputam os lances on‑line e on time. Na aplicação dos recursos públicos, a análise e o julgamento são feitos com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, efetuada pelos Tribunais de Contas. A Lei de Responsabilidade Fiscal estipula normas de arrecadação e aplicação dos recursos públicos, fixando os limites para que não ocorra abuso. Ela veio frear os abusos e desmandos com o dinheiro público, uma vez que os órgãos fiscalizadores de fato aplicam as penas fixadas na lei. Portanto, todas as medidas e limites fixados nessa legislação têm sido adotados pelos governantes das três esferas e de todos os poderes, cabendo ao contador alertar sobre os limites e apresentar relatórios gerenciais. Exercícios Questão 1. Entre 1968 e 1973, a economia brasileira apresentou elevadas taxas de crescimento com baixa inflação, sendo tal período apontado como “milagre econômico”. Contribuíram para esse “milagre econômico”: I − A realização de reformas tributária, financeira e salarial, no período 1964‑1967. II − A existência de capacidade ociosa na indústria, no início do período. III − A conjuntura econômica mundial favorável, em termos comerciais e de financiamento. É(são) correto(s) o(s) item(ns): A) I, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. Resposta correta: alternativa E. 122 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 Unidade IV Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: as reformas tributária, financeira e salarial do período 1964‑1967 (por meio do Plano de Ação Econômica do Governo – Paeg) efetivamente contribuíram para o “milagre econômico” do período posterior. Retomando o discurso desenvolvimentista, mas atrelando‑o a um programa de estabilização e de controle da inflação, o PAEG permitiu as transformações institucionais que preparariam o terreno para o crescimento dos anos de 1968 a 1973. Do ponto de vista salarial, e com o objetivo de controlar o excesso de demanda, que se entendia como causa principal da inflação, obteve‑se um arrocho salarial de quase 27%, somando‑se as perdas de 1965 a 1967; é importante ressaltar, entretanto, que esse achatamento salarial só foi possível por meio do autoritarismo e da ação repressora nos sindicatos e nas representações trabalhistas, e da política “disciplinadora” assegurada pela criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que substituía a antiga estabilidade no emprego após dez anos de serviço. O reajuste anual do salário completava a redução do poder aquisitivo dos salários. Com relação à política financeira, o Paeg criou o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional e institucionalizou os mecanismos de correção monetária com os reajustes a partir das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN). Além de aparelhar o sistema financeiro, também procurou restringir a liquidez dos meios de pagamento, especialmente aqueles nas mãos dos trabalhadores. Em relação à política tributária, o PAEG criou um sistema tributário centralizado, permitindo o aumento da arrecadação: o Estado passou a se financiar atrelando a dívida pública às ORTNs ou às LTNs (Letras do Tesouro Nacional) e fomentaram‑se as exportações por meio de incentivos fiscais. II – Afirmativa correta. Justificativa: como herança da recessão dos anos anteriores, havia capacidade ociosa na maioria das indústrias, especialmente em função das escalas mínimas e da desorganização econômica: a queda na produção industrial, nos anos anteriores, havia sido notável. A intenção de Delfim Netto, gestor do “milagre econômico”, era aproveitar essa capacidade ociosa para, liberando o crédito e retomando o investimento, fazer dela uma oportunidade para o crescimento. III – Afirmativa correta. Justificativa: já recuperado da II Guerra Mundial e embalado pelo crescimento da própria economia americana, o capitalismo internacional mostrava‑se propício à expansão e ao crescimento. Antes do salto brasileiro, as economias da Alemanha, do Japão, da Espanha e de Formosa já haviam recebido o impacto positivo da elevação dos fluxos internacionais de comércio e de capital, mesmo porque os Estados Unidos impulsionavam o crescimento de outras nações, particularmente os perdedores da II Guerra e os países subdesenvolvidos, verdadeiros celeiros de oportunidades para investimentos diretos ou indiretos. 123 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 13 -0 8- 20 14 CONTABILIDADE PÚBLICA E GOVERNAMENTAL As economias dos países desenvolvidos caminhavam em direção ao pleno emprego, finalmente atingido nos anos 1960: a crença era de crescimento e de prosperidade contínua. Segundo Hobsbawm (1995), a produção de manufaturas no mundo, na década de 1960, já havia se quadruplicado e o comércio mundial dos produtos da industrialização havia se multiplicado por dez. Os números relativos à posse de automóveis,