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Homeopatia - Módulo 05

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AN02FREV001/REV 4.0 
 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
HOMEOPATIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
HOMEOPATIA 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
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MÓDULO V 
 
 
35 ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA 
 
 
Quando falamos em administração em farmácia homeopática estamos nos 
referindo a fatores que promovam o desenvolvimento do estabelecimento, sem 
esquecer fatores importantes como a qualidade dos produtos produzidos, bem como 
a qualidade de atendimento ao público. São aspectos básicos, mas que devem ser 
levados em conta quando se deseja uma administração de qualidade. 
Em nações do primeiro mundo são adotados métodos e sistemas de 
armazenamento e estocagem de insumos básicos para a produção de 
medicamentos homeopáticos de acordo com as normas de controle ambiental e 
temperatura, bem como a distribuição do espaço físico. Tais métodos são de vital 
importância para a duração do produto, porém o espaço físico disponível em cada 
farmácia ou laboratório farmacêutico pode ser redimensionado para atingir tal 
objetivo. 
Além disso, boas condições de higiene e assepsia dos vasilhames, bem 
como do local de produção e também dos funcionários, são atitudes básicas para 
melhorar não só as condições do trabalho, mas também aumentar a durabilidade do 
produto. Evitando-se a umidade, fogo ou infiltrações de água no local, colabora-se, 
portanto, para esse fim. São investimentos que assegurarão não só os estoques das 
matérias-primas, como garantirão um melhor retorno financeiro, que poderá ser 
salvaguardado com adoção de cobertura securitária contra qualquer evento que 
coloque em risco os produtos estocados e o estabelecimento farmacêutico. 
Outro aspecto focado na administração é o cuidado com o consumidor e 
para isso o profissional em farmácia deve estar ciente da legislação, no sentido de 
se informar sobre seus deveres, bem como seus direitos. Isso é realizado no sentido 
de evitar sérios incidentes ocasionados, por exemplo, a fatos notórios e de má-fé por 
 
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parte dos maus empresários na área farmacêutica, mas também na inobservância 
das instruções por parte do consumidor. 
Um agravante da situação é o noticiário não especializado que pode muitas 
vezes distorcer os fatos, comprometendo a reputação de pequenos, médios e 
grandes estabelecimentos farmacêuticos. Portanto, com o intuito de evitar isso, se 
aposta no treinamento preventivo, ou seja, o profissional farmacêutico ou o 
proprietário deverá instruir seus funcionários a aceitarem solicitações por telefone 
(grande parte dos atendimentos são realizados por esse meio) somente depois de 
devida identificação do cliente, o nome do médico ou terapeuta que prescreveu o 
receituário, o endereço e o telefone. 
Tais dados deverão ser arquivados em listagem apropriada ou em programa 
de computador e após seu aviamento será comunicado seu prazo de resgate e 
pagamento na farmácia. A medida de exigir o receituário ético é benéfica porque 
além de evitar que meros curiosos ou irresponsáveis reincidentes não se repitam, 
também irá impedir a incidência de automedicação por parte de pessoas 
hipocondríacas, que se valem de leitura leiga de falsos manuais de saúde ou 
reportagens de imprensa não especializada, que circulam em massa e que muitas 
vezes abordam irresponsavelmente terapias alternativas, que não refletem a 
realidade da Homeopatia. 
Porém, devemos citar a importância da divulgação de artigos responsáveis 
que trazem informações fidedignas a respeito de Homeopatia e que alertam 
constantemente seus leitores sobre o risco e consequências de automedicação, o 
que na realidade é uma grande prestação de serviços às farmácias homeopáticas e 
também à comunidade. 
Além disso, vale destacar o cuidado especial em relação a informações 
públicas que são veiculadas em rótulos e bulas de medicamentos homeopáticos, tal 
como: prazo de validade, formulação, posologia e demais dados vitais para o 
consumo e consequente confiabilidade do produto. 
A informática tem sido ferramenta essencial em prol de muitos setores, 
inclusive na farmácia homeopática, em virtude de sua importância em auxiliar no 
controle de estoques, matéria-prima, meios de pagamento, folha de pessoal, salários 
e demais itens que fazem parte do aspecto econômico dos estabelecimentos 
comerciais de farmácia. 
 
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A instalação de rede integrada de dados a distância é de grande importância 
principalmente em estabelecimentos que têm filiais ou subsidiárias, em virtude da 
maior facilidade de controlar o fluxo de caixa diário por parte do proprietário quando 
sua presença física no estabelecimento não é possível. Além disso, os grandes 
laboratórios poderão dispensar a visita de seus vendedores às farmácias 
homeopáticas, podendo realizar as vendas dos insumos ativos por meio de redes 
informatizadas conectadas diretamente à sua clientela comercial. 
Agilizando, portanto, o prazo de entrega de tais mercadorias, a cobrança e o 
controle de estoques e pagamentos, com menores custos para ambos. Outro 
método que vem a beneficiar o estabelecimento comercial é a adoção de etiquetas 
com respectivos códigos de barras, permitindo uma leitura ótica rápida do caixa 
registradora acoplada ao microcomputador, evitando-se a troca das mesmas em 
virtude dos eventuais aumentos mensais, comuns em países de terceiro mundo. 
É uma medida que proporciona uma grande economia nos custos de 
embalagens dos produtos homeopáticos e em seu preço final ao consumidor. Um 
importante aspecto que devemos ressaltar na administração, não só de farmácia 
homeopática, mas também em outros setores, é a questão da ética, pois é sabido 
que alguns empresários, com o intuito de lucro rápido e fácil, utilizam medidas 
perversas, cortando a mão de obra contratada com a comercialização de produtos 
adulterados, que com baixo custo e alto poder de rotatividade de consumo ao 
público, tentam dessa maneira aferir altos ganhos, em detrimento da qualidade. 
E, muitas vezes para esse fim, se valem de propaganda enganosa, incluindo 
até pseudomedicamentos homeopáticos com formulação diferente da preconizada 
pela terapia homeopática. A consequência deste marketing enganoso é a indução 
do consumo indiscriminado de produtos cientificamente condenáveis, que acabam 
por levar ao descrédito social da Homeopatia, que é uma ciência séria, mas cuja 
reputação pode ser rebaixada por simples ignorância de indivíduos que fazem do 
seu nome fachada para a venda de seus produtos, sem o menor cuidado com a 
saúde pública. 
Em outras palavras, a questão ética é deveras muito importante, pois um 
profissional que possa cometer as faltas comentadas não demonstra nada, a não ser 
a sua incapacidade profissional e comercial. Tais atitudes são indignas contra seus 
próprios clientes, que reconhecerão a realidade dos fatos e consequentemente se 
 
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afastarão e poderão levar consigo boa parte da clientela em potencial, bem como o 
círculo de amizades que tenderá a se reduzir, o que trará como efeito o total 
insucesso nos seus empreendimentos. 
Portanto, para uma administração de farmácia homeopática não basta 
somente bons produtos, boa organização, bom atendimento, se não estiver 
envolvido o principal elemento que faz com que as relações humanas,mas também 
comerciais, tornem-se vitoriosas: a ética profissional. 
 
 
36 MONTAGEM DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA 
 
 
Os pré-requisitos básicos para a instalação e funcionamento de Farmácia e 
Laboratório Homeopático, no Brasil, serão descritos a seguir. 
 
 
36.1 ASPECTO LEGAL 
 
 
Com fins de instalação de Farmácia e Laboratório Homeopáticos, a 
legislação brasileira determina obediência estrita às seguintes normas legais: 
 
1) Lei Federal n° 5.991, de 17/12/73, regulamentada pelo Dec. n° 74.170, de 
12/06/74. 
2) Lei Federal n° 6.360, de 23/09/76, regulamentada pelo Dec. n° 74.094, de 
05/01/77. 
3) Legislação complementar estadual que regulamenta os códigos de vigilância 
sanitária. 
4) Decreto n° 78.841, de 25/11/76, que aprova a 1ª edição da Farmacopeia 
Homeopática Brasileira. 
5) Decreto n° 57.477, de 20/12/65, dispondo sobre a manipulação, receituário, 
processos de industrialização e venda de produtos éticos em Homeopatia, além de 
outras providências legais. 
 
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6) Portaria 17/66, de 22/06/66, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, do 
Ministério da Saúde, que regulamentada a respeito da manipulação, receituário, 
processos de industrialização e venda de produtos homeopáticos. 
7) Resolução 232/92 do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília, DF. 
8) Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em frequente 
atualização. 
 
 
36.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO 
 
 
A Farmácia ou Laboratório Homeopático deverá ser instalado em local seco, 
isento de poeira e contaminação aérea. Da mesma maneira, tal meio ambiente 
deverá ser isento de aromas ativos, radiações, tais como a ultravioleta, 
infravermelha e raios-X, além de não estar instalado em zona de atividade com 
ondas curtas e micro-ondas e ter boas condições de encanamento hidráulico, que 
favoreça perfeito escoamento. 
 
 
36.3 EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 
 
 
Deverão existir condições ideais de ventilação, favorecendo perfeita 
circulação de correntes aéreas, que poderá ser o ar condicionado, ou por meio de 
ventiladores ou circuladores de ar, situados contraparede ou teto do imóvel, que 
previnam turbulência aérea quando em funcionamento. É recomendado o uso de 
exaustor de ar com coifa em curva, visando melhor condição de renovação das 
correntes aéreas circulantes em seu meio ambiente. 
Deve-se adaptar filtro nas torneiras d’água, para filtragem efetiva da água a 
ser usada no laboratório ou farmácia homeopática. Quanto às condições de 
iluminação natural, deve-se evitar a luz solar incidida diretamente no balcão de 
manipulação dos medicamentos homeopáticos. Deve-se dar preferência à 
iluminação artificial, luz fria, ou seja, por lâmpadas fluorescentes. 
 
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Móveis e utensílios deverão ser manufaturados de material impermeável, 
resistente ao fogo; evitando-se sempre material poroso, de baixa qualidade e 
durabilidade. Deve-se procurar manter a máxima higiene, com limpeza diária, 
devendo os pisos e paredes receber também cuidados desta ordem, evitando-se a 
presença de resíduos tóxicos, de forte odor, sendo indicado o uso de sabão neutro e 
água para tal finalidade. 
Em relação aos utensílios de uso diário, tal como também os equipamentos 
técnicos, devem ser observadas as seguintes medidas: 
 
a) Serem de fácil limpeza e conservação, na medida do possível; 
b) Evitar ceder ou emprestar os mesmos, em partes ou integralmente, sob nenhum 
pretexto; 
c) Materiais deverão ser de fácil esterilização, de material resistente a altas 
temperaturas das autoclaves, usados para tal fim; 
d) Os mesmos deverão ser de boa qualidade e durabilidade, além de resistentes a 
quedas ou eventuais impactos, durante seu uso; 
e) No mínimo deverão ser comprados: balança de precisão, destilador, alcoômetro 
de Gay-Lussac, estufa ou autoclave para esterilização dos materiais de uso diário. 
 
Como materiais de uso opcional, deverão fazer parte do arsenal técnico: 
 
1) Diamizador; 
2) Sucussionador, com braço mecânico; 
3) Micropipetas e repipetadores automáticos; 
4) Equipos para controle de qualidade de matérias-primas; 
5) Estufa ou autoclave para secagem dos diversos medicamentos homeopáticos; 
6) Tableteiros; 
7) Prensas; 
8) Percoladores; 
9) Higrômetros; 
10) Desumidificador de ar; 
11) Tamizes; 
12) Exaustores; 
 
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13) Ar condicionado, em especial em regiões tropicais; 
14) Encapsuladoras; 
15) Pré-filtro; 
16) Frascos de vidro escuro para mistura hidroalcóolica; 
17) Espátulas de aço inox e porcelana de boa qualidade; 
18) Gral e almofariz de porcelana; 
19) Filtros para as diversas finalidades; 
20) Funis de vidro de boa qualidade, resistentes ao impacto; 
21) Pipetas de vidro, resistentes ao impacto e manipulação; 
22) Cálices de vidro de boa qualidade; 
23) Conta-gotas de vidro, polipropileno e ou polietileno de alta densidade; 
24) Frascos de vidro escuro de diferentes volumes, para armazenamento de 
tinturas-mães, matérias-primas em Farmácia Homeopática. 
 
 
36.4 MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO MÍNIMO 
 
 
Os estoques mínimos de matérias-primas homeopáticas (insumos ativos) 
devem ser da seguinte ordem: 
 
A) Policrestos: 
 
1) Aconitum napellus 
2) Arnica Montana 
3) Arsenicum álbum 
4) Belladona 
5) Bryonia Alba 
6) Calcarea carbônica 
7) Carbo vegetabilis 
8) Chamomilla matricaria 
9) China officinalis 
10) Dulcamara 
 
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11) Hepar sulphur 
12) Ipecacuanha 
13) Lachesis mutans 
14) Lycopodium clavatum 
15) Mercuris solubilis 
16) Nux vomica 
17) Phosphorus 
18) Pulsatila nigricans 
19) Rhus toxicodendrum 
20) Sépia sucus 
21) Sulphur 
22) Staphysagria 
23) Tuberculinum 
24) Thuya occidentalis 
25) Veratrum álbum 
 
B) Semipolicrestos 
 
1) Acidum nitricum 
2) Aesculus hipocastanum 
3) Aloe socotrina 
4) Antimonium crudum 
5) Antimonium tartaricum 
6) Apis melifica 
7) Argentum nitricum 
8) Aurum mettalicum 
9) Barium carbonicum 
10) Calcium fluoratum 
11) Calcium phosphorium 
12) Causticum 
13) Chelidonium majus 
14) Colocynthis 
15) Ferrum phosphoricum 
 
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16) Ferrum metallicum 
17) Gelsemium sempervirens 
18) Graphites 
19) Ignatia amara 
20) Iodum 
21) Kalium bicromium 
22) Kalium carbonicum 
23) Kalium phosphoricum 
24) Luesinum 
25) Magnesium phosphoricum 
26) Luesinum 
27) Magnesium phosphoricum 
28) Medorrhinum 
29) Natrum carbonicum 
30) Natrum muriaticum 
31) Natrum sulphuricum 
32) Opium 
33) Platinum 
34) Psorinum 
 
 
36.5 RECURSOS HUMANOS: PESSOAL TÉCNICO CIENTÍFICO 
 
 
Além de treinamento prévio, todo o pessoal técnico envolvido na linha de 
produção de produtos homeopáticos, seja no Laboratório ou Farmácia Homeopática, 
deverão ser devidamente higienizados, sem uso de substâncias odoríficas, e 
portando uniformes imaculadamente brancos, próprios para tal finalidade. 
O uniforme deverá constar-se de: 
 
1) Jaleco branco; 
2) Touca (os cabelos devem estar presos nas mulheres) e cortados rentes no 
homem; 
 
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3) Máscara. Seu uso é inteiramente indispensável durante o processo de 
manipulação dos medicamentos homeopáticos, sem exceções; 
4) Uso de luvas de borracha especial, no processo de trituração, no preparo de 
tabletes e durante a manipulação de material esterilizado; 
5) Proibição do fumo é imprescindível, no ambiente de trabalho, sem exceções, sob 
qualquer pretexto; 
6) O mesmo se dá quanto ao consumo de alimentos ou bebidas, sem exceção. 
 
 
36.6 ARMAZENAMENTO DE UTENSÍLIOS E MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO 
 
 
a) O preparo de medicamentos homeopáticos deve ser realizado em frascos de 
vidro incolor ou escuro, classe hidrolítica I, II, III, IV; 
b) O armazenamento dos medicamentos homeopáticos deverá obedecer aos 
seguintes parâmetros técnicos, a seguir; 
c) Os líquidos: em frascos de vidro âmbar (escuro) ou incolor declasse I, II, III, IV, ou 
ainda eventualmente, em plástico, em último caso; 
d) Os sólidos: usar frascos para tabletes e glóbulos inertes, que são úteis ao 
armazenamento das formas em trituração, de vidro âmbar (escuro), incolor, de 
classe hidrolítica I, II, III, IV, além de frascos de plásticos de polietileno, polipropileno 
ou policarbonato atóxicos; 
f) Os pós: utilizar papel branco impermeável perolado branco ou ainda cápsulas de 
gelatina incolor. 
 
Obs.: No caso citado acima, empregar sempre, sem exceção, frascos plásticos de 
polietileno de Alta Densidade, como também de polipropileno branco leitoso, pois 
são legalmente permitidos para tal modalidade de estocagem. 
 
 
 
 
 
 
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36.7 MATERIAL ACESSÓRIO - MODALIDADES, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO 
 
 
a) Tampas: deverão sempre ser de vidro, ou plástico polipropileno ou polietileno 
leitoso branco; 
b) Batoques: deverão sempre ser de plástico polipropileno ou polietileno branco 
leitoso; 
c) Conta-gotas: deverão sempre ser de vidro resistente, ou ainda plástico de alta 
densidade atóxico; 
d) Bulbos: devem ser sempre de látex, silicone ou plástico atóxico, sendo proibido 
em caráter definitivo o de borracha, pelo alto risco de contaminação; 
e) O processo de lavagem e higienização deverá obedecer às seguintes regras: 
 
1) Frascos virgens, usados em vidraria em geral e em laboratório ou farmácia 
homeopática deverão sempre ser lavados em água corrente e logo após em água 
destilada, sem cloro, e levados em seguida para secagem em estufa, para proceder 
à sua esterilização; 
2) Frascos de vidro usados para armazenamento de tinturas-mães deverão sempre 
ser lavados em água corrente, com escovação severa, depois de imersos em álcool 
70% (v/v) durante período de duas horas consecutivas. Logo após, deverão ser 
devidamente enxaguados e armazenados, para uso futuro; 
3) Tais frascos, quando virgens, deverão ser lavados em água corrente, enxaguados 
em água destilada, sem cloro, e imersos após em solução hidroalcoólica 70% (v/v) 
durante período consecutivo de duas horas; 
4) A secagem de tais utensílios de vidro, plástico polietileno ou polipropileno de alta 
densidade deverão ser esterilizados em autoclave ou estufa esterilizadora à 
temperatura média, nunca inferior a 120 graus Celsius, a uma atmosfera, durante 
período mínimo de 30 minutos; em caso de estufa de ar seco, em temperatura 
mínima de 140 graus Celsius, durante período mínimo de uma hora consecutiva. 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: os artefatos feitos de plástico, distintos dos padrões acima, deverão 
sempre ser esterilizados, obedecendo-se às regras: Imersão em solução 
hidroalcoólica a 70% (v/v) durante período mínimo de seis horas consecutivas e 
secos depois em estufa a ar seco à temperatura de 36 graus Celsius, com proteção 
apropriada e secagem adequada, sendo proibida terminantemente sua reutilização, 
sob qualquer razão. Tais materiais deverão ser armazenados limpos e esterilizados 
de modo seguro, em embalagem protetora, até que venham a ser necessários. 
 
 
36.8 ETIQUETAGEM - ROTULAÇÃO DAS EMBALAGENS DE USO CONTÍNUO 
 
 
Na rotulação de tintura-mãe, deverão informar: 
 
a) Nome científico do sal (insumo ativo); 
b) Data de fabricação e lote; 
c) Prazo de validade: máximo de cinco anos, ou como especificado no rótulo; 
d) Estado do sal (insumo ativo) seja fresca ou seca, além de parte usada em sua 
fabricação; 
e) Farmacopeia Homeopática utilizada e sua regra correspondente; 
f) Graduação alcoólica; 
g) Classificação tóxico-científica. 
 
As formas farmacêuticas derivadas deverão obedecer às normas expressas 
na Farmacopeia Homeopática Brasileira, acrescentando: 
 
a) Prazo de validade; 
b) Normas de conservação, conforme determinado pela ABFH. 
 
Tais exigências deverão ser respeitadas e acatadas por parte dos 
profissionais em Farmácia Homeopática, devido aos parágrafos legais aprovados da 
nova Lei e Direitos do Consumidor, vigentes em todo o Território Brasileiro. 
 
 
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36.9 INSUMOS INERTES: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SUAS MATÉRIAS-
PRIMAS 
 
 
a) O álcool etílico deverá obedecer às especificações expressas na Farmacopeia 
Brasileira em sua última edição. Obedecer à recomendação de uso de papel 
analítico, ou ainda destilação, onde as condições não sejam plenamente 
satisfatórias. É sugerida ainda a sua armazenagem em recipientes plásticos de 
polietileno atóxico, ainda não utilizados previamente, para fins alheios. 
 
b) A água deverá obedecer estritamente às seguintes características físico-químicas: 
Líquido incolor e inodoro, pH de 5,0 a 7,0 em obediência aos limites farmacopeicos 
de: 
- Dióxido de carbono 
- Cloretos 
- Sulfatos 
- Cálcio 
- Metais pesados 
- Substâncias oxidativas 
- Nitratos e nitritos 
- Partículas sólidas totais máximas: 0,001% 
- Amônia: 0,3 ppm 
 
Sua pureza biológica deverá ser na ordem máxima de 100UFC/ml. A 
presença eventual de fungos ou riquétsias não deverá ultrapassar 100UFC/ml. Os 
testes bromatológicos para Salmoneloses e Escherichia coli, entretanto, deverão ser 
completamente negativos, sem exceção. 
 
c) Água (fonte de obtenção): por meio de destilação ou osmose reversa, como 
também por qualquer outro método que assegure suas características básicas 
acima, podendo ser ainda pré-filtrada, evitando-se a presença de Cl. 
 
 
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d) Os glóbulos e microglóbulos deverão sempre ser manufaturados de: 
 
• Sacarose; 
• Lactose sem aglutinantes; 
 
Com as seguintes características físico-químicas: 
 -Esféricos; 
 -Brancos; 
 -De sabor levemente adocicado; 
 -Solúveis em água; 
 -De baixa solubilidade em álcool; 
 -Insolúvel em éter e clorofórmio. 
 
e) A glicerina (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-
químicas: 
- líquido claro, de boa propriedade higroscópica e de densidade xaroposa. 
- Inodoro ou leve odor adocicado; 
- Leve sabor adocicado; 
- De fraca solubilidade em acetona; 
- Insolúvel em clorofórmio, éter e óleos essenciais e fixos; 
- De graduação analítica; 
 
ATENÇÃO: deverá ser estocada em recipiente hermético. 
 
1) A lactose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-
químicas: 
- Pó cristalino; 
- Branco; 
- Não higroscópico; 
- Inodoro; 
- Discreto sabor adocicado. 
 
 
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2) A sacarose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-
químicas: 
- Cristal incolor; 
- De coloração branca lustrosa; 
- Obtida a partir da cana-de-açúcar; 
- Solúvel em água; 
- De baixa solubilidade em álcool; 
 -Insolúvel em clorofórmio e no éter. 
 
 
36.10 AS SOLUÇÕES USADAS EM FARMÁCIA E LABORATÓRIO 
HOMEOPÁTICOS 
 
 
1) As soluções hidroalcoólicas deverão obedecer às seguintes especificações: 
- Grau alcoólico da monografia referente às várias tinturas-mães. 
- A graduação alcoólica usada no preparo de T.M. nas soluções usadas na 
manufatura das dinamizações iniciais, sejam decimais ou centesimais 
Hahnemannianas. 
- Graduação alcoólica de 70% (v/v): deverá ser preparada nos estoques, que darão 
origem às demais. Seja na impregnação ou embebição dos glóbulos de sacarose, no 
pós-preparo e moldagem dos tabletes de lactose. 
- Graduação alcoólica de 30% a 70% (v/v): deverá ser usada na dispensação de 
medicamentos homeopáticos em forma líquida. 
- Graduação alcoólica a 20% (v/v): deverá ser usada durante o processo de 
passagem de formas sólidas para líquidas. 
- Graduação alcoólica acima de 70% (v/v): deverá ser usada no preparo de 
embebição ou impregnação de tabletes, comprimidos, glóbulos e pós. 
 
2) A solução glicerinada: a glicerina deverá ser diluída a 50% (v/v), para uso no 
preparo dos medicamentos homeopáticos correspondentes. 
 
 
 
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36.11 AS PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS BÁSICAS E SUAS FORMAS1) Drogas de origem vegetal, frescas ou secas: serão empregadas no preparo das 
tinturas-mães. 
2) Drogas de origem mineral: a substância máter será empregada para seu 
processamento por meio da trituração. 
3) Drogas de origem animal, frescas ou secas: serão empregadas na manufatura 
das respectivas tinturas-mães. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO V 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS. Manual de 
normas técnicas para farmácia homeopática. 2. ed. São Paulo, 1995. 
 
 
BESSA, Marco. Filosofia da homeopatia; análise das noções de força vital, vida, 
natureza e homem no pensamento de Hahnemann. Curitiba: Aude Sapere, 1994. 
 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 33, de 19 de abril de 2000. Diário 
Oficial da União da República Federativa do Brasil. Brasília, 24 de abril de 2000. 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Farmacopeia homeopática brasileira. 2. ed. Parte I, 
São Paulo: Atheneu, 1997. 
 
 
CAMPBELL, A. As duas faces da homeopatia. São Paulo: Matéria Médica, 1991. 
 
 
CASSIRER, Ernest. Ensaio sobre o homem. Introdução a uma filosofia da 
cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 1994. 
 
 
DESCARTES, René. Discurso do método. Brasília: UNB, 1985. 
 
 
FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998. 
 
 
FOUCAULT, Michel. El orden del discurso. Barcelona: Tusquets Editores, 1980. 
 
 
GALHARDO, J. E. R. Iniciação homeopática. Rio de Janeiro: Henrique M. 
Sondermann, 1936. 
 
 
GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 
 
 
HAHNEMANN, Samuel. Organon da arte de curar. Ribeirão Preto: Museu de 
Homeopatia Abrahão Brickmann, 1995. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
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KENT, J. T. Filosofia Homeopática. São Paulo: Robe Editorial, 1996. 
 
 
KOSSAK ROMANACH, A. Homeopatia em 1000 conceitos. São Paulo: Elcid, 
1984. 
 
 
LUZ, Madel. Natural, racional, social; razão médica e racionalidade científica 
moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988. 
 
 
MIASMA. Saúde e Enfermidade na Prática Clínica Homeopática. São Paulo: 
Roca, 1998. 
 
 
ROSENBAUM, P. Homeopatia e vitalismo. São Paulo: Robe, 1996. 
 
 
SPINK, Mary Jane (Org.). O conhecimento no cotidiano; as representações 
sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1993. 
 
 
TYLER M. Curso de Homeopatia. São Paulo: Editorial Homeopática Brasileira, 
1965. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO CURSO! 
	36.1 ASPECTO LEGAL
	36.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO
	36.3 EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS
	36.4 MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO MÍNIMO
	36.5 RECURSOS HUMANOS: PESSOAL TÉCNICO CIENTÍFICO
	36.7 MATERIAL ACESSÓRIO - MODALIDADES, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
	36.8 ETIQUETAGEM - ROTULAÇÃO DAS EMBALAGENS DE USO CONTÍNUO
	36.9 INSUMOS INERTES: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SUAS MATÉRIAS-PRIMAS
	36.10 AS SOLUÇÕES USADAS EM FARMÁCIA E LABORATÓRIO HOMEOPÁTICOS

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