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AN02FREV001/REV 4.0 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE HOMEOPATIA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 CURSO DE HOMEOPATIA MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 106 MÓDULO V 35 ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA Quando falamos em administração em farmácia homeopática estamos nos referindo a fatores que promovam o desenvolvimento do estabelecimento, sem esquecer fatores importantes como a qualidade dos produtos produzidos, bem como a qualidade de atendimento ao público. São aspectos básicos, mas que devem ser levados em conta quando se deseja uma administração de qualidade. Em nações do primeiro mundo são adotados métodos e sistemas de armazenamento e estocagem de insumos básicos para a produção de medicamentos homeopáticos de acordo com as normas de controle ambiental e temperatura, bem como a distribuição do espaço físico. Tais métodos são de vital importância para a duração do produto, porém o espaço físico disponível em cada farmácia ou laboratório farmacêutico pode ser redimensionado para atingir tal objetivo. Além disso, boas condições de higiene e assepsia dos vasilhames, bem como do local de produção e também dos funcionários, são atitudes básicas para melhorar não só as condições do trabalho, mas também aumentar a durabilidade do produto. Evitando-se a umidade, fogo ou infiltrações de água no local, colabora-se, portanto, para esse fim. São investimentos que assegurarão não só os estoques das matérias-primas, como garantirão um melhor retorno financeiro, que poderá ser salvaguardado com adoção de cobertura securitária contra qualquer evento que coloque em risco os produtos estocados e o estabelecimento farmacêutico. Outro aspecto focado na administração é o cuidado com o consumidor e para isso o profissional em farmácia deve estar ciente da legislação, no sentido de se informar sobre seus deveres, bem como seus direitos. Isso é realizado no sentido de evitar sérios incidentes ocasionados, por exemplo, a fatos notórios e de má-fé por AN02FREV001/REV 4.0 107 parte dos maus empresários na área farmacêutica, mas também na inobservância das instruções por parte do consumidor. Um agravante da situação é o noticiário não especializado que pode muitas vezes distorcer os fatos, comprometendo a reputação de pequenos, médios e grandes estabelecimentos farmacêuticos. Portanto, com o intuito de evitar isso, se aposta no treinamento preventivo, ou seja, o profissional farmacêutico ou o proprietário deverá instruir seus funcionários a aceitarem solicitações por telefone (grande parte dos atendimentos são realizados por esse meio) somente depois de devida identificação do cliente, o nome do médico ou terapeuta que prescreveu o receituário, o endereço e o telefone. Tais dados deverão ser arquivados em listagem apropriada ou em programa de computador e após seu aviamento será comunicado seu prazo de resgate e pagamento na farmácia. A medida de exigir o receituário ético é benéfica porque além de evitar que meros curiosos ou irresponsáveis reincidentes não se repitam, também irá impedir a incidência de automedicação por parte de pessoas hipocondríacas, que se valem de leitura leiga de falsos manuais de saúde ou reportagens de imprensa não especializada, que circulam em massa e que muitas vezes abordam irresponsavelmente terapias alternativas, que não refletem a realidade da Homeopatia. Porém, devemos citar a importância da divulgação de artigos responsáveis que trazem informações fidedignas a respeito de Homeopatia e que alertam constantemente seus leitores sobre o risco e consequências de automedicação, o que na realidade é uma grande prestação de serviços às farmácias homeopáticas e também à comunidade. Além disso, vale destacar o cuidado especial em relação a informações públicas que são veiculadas em rótulos e bulas de medicamentos homeopáticos, tal como: prazo de validade, formulação, posologia e demais dados vitais para o consumo e consequente confiabilidade do produto. A informática tem sido ferramenta essencial em prol de muitos setores, inclusive na farmácia homeopática, em virtude de sua importância em auxiliar no controle de estoques, matéria-prima, meios de pagamento, folha de pessoal, salários e demais itens que fazem parte do aspecto econômico dos estabelecimentos comerciais de farmácia. AN02FREV001/REV 4.0 108 A instalação de rede integrada de dados a distância é de grande importância principalmente em estabelecimentos que têm filiais ou subsidiárias, em virtude da maior facilidade de controlar o fluxo de caixa diário por parte do proprietário quando sua presença física no estabelecimento não é possível. Além disso, os grandes laboratórios poderão dispensar a visita de seus vendedores às farmácias homeopáticas, podendo realizar as vendas dos insumos ativos por meio de redes informatizadas conectadas diretamente à sua clientela comercial. Agilizando, portanto, o prazo de entrega de tais mercadorias, a cobrança e o controle de estoques e pagamentos, com menores custos para ambos. Outro método que vem a beneficiar o estabelecimento comercial é a adoção de etiquetas com respectivos códigos de barras, permitindo uma leitura ótica rápida do caixa registradora acoplada ao microcomputador, evitando-se a troca das mesmas em virtude dos eventuais aumentos mensais, comuns em países de terceiro mundo. É uma medida que proporciona uma grande economia nos custos de embalagens dos produtos homeopáticos e em seu preço final ao consumidor. Um importante aspecto que devemos ressaltar na administração, não só de farmácia homeopática, mas também em outros setores, é a questão da ética, pois é sabido que alguns empresários, com o intuito de lucro rápido e fácil, utilizam medidas perversas, cortando a mão de obra contratada com a comercialização de produtos adulterados, que com baixo custo e alto poder de rotatividade de consumo ao público, tentam dessa maneira aferir altos ganhos, em detrimento da qualidade. E, muitas vezes para esse fim, se valem de propaganda enganosa, incluindo até pseudomedicamentos homeopáticos com formulação diferente da preconizada pela terapia homeopática. A consequência deste marketing enganoso é a indução do consumo indiscriminado de produtos cientificamente condenáveis, que acabam por levar ao descrédito social da Homeopatia, que é uma ciência séria, mas cuja reputação pode ser rebaixada por simples ignorância de indivíduos que fazem do seu nome fachada para a venda de seus produtos, sem o menor cuidado com a saúde pública. Em outras palavras, a questão ética é deveras muito importante, pois um profissional que possa cometer as faltas comentadas não demonstra nada, a não ser a sua incapacidade profissional e comercial. Tais atitudes são indignas contra seus próprios clientes, que reconhecerão a realidade dos fatos e consequentemente se AN02FREV001/REV 4.0 109 afastarão e poderão levar consigo boa parte da clientela em potencial, bem como o círculo de amizades que tenderá a se reduzir, o que trará como efeito o total insucesso nos seus empreendimentos. Portanto, para uma administração de farmácia homeopática não basta somente bons produtos, boa organização, bom atendimento, se não estiver envolvido o principal elemento que faz com que as relações humanas,mas também comerciais, tornem-se vitoriosas: a ética profissional. 36 MONTAGEM DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA Os pré-requisitos básicos para a instalação e funcionamento de Farmácia e Laboratório Homeopático, no Brasil, serão descritos a seguir. 36.1 ASPECTO LEGAL Com fins de instalação de Farmácia e Laboratório Homeopáticos, a legislação brasileira determina obediência estrita às seguintes normas legais: 1) Lei Federal n° 5.991, de 17/12/73, regulamentada pelo Dec. n° 74.170, de 12/06/74. 2) Lei Federal n° 6.360, de 23/09/76, regulamentada pelo Dec. n° 74.094, de 05/01/77. 3) Legislação complementar estadual que regulamenta os códigos de vigilância sanitária. 4) Decreto n° 78.841, de 25/11/76, que aprova a 1ª edição da Farmacopeia Homeopática Brasileira. 5) Decreto n° 57.477, de 20/12/65, dispondo sobre a manipulação, receituário, processos de industrialização e venda de produtos éticos em Homeopatia, além de outras providências legais. AN02FREV001/REV 4.0 110 6) Portaria 17/66, de 22/06/66, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, que regulamentada a respeito da manipulação, receituário, processos de industrialização e venda de produtos homeopáticos. 7) Resolução 232/92 do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília, DF. 8) Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em frequente atualização. 36.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO A Farmácia ou Laboratório Homeopático deverá ser instalado em local seco, isento de poeira e contaminação aérea. Da mesma maneira, tal meio ambiente deverá ser isento de aromas ativos, radiações, tais como a ultravioleta, infravermelha e raios-X, além de não estar instalado em zona de atividade com ondas curtas e micro-ondas e ter boas condições de encanamento hidráulico, que favoreça perfeito escoamento. 36.3 EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS Deverão existir condições ideais de ventilação, favorecendo perfeita circulação de correntes aéreas, que poderá ser o ar condicionado, ou por meio de ventiladores ou circuladores de ar, situados contraparede ou teto do imóvel, que previnam turbulência aérea quando em funcionamento. É recomendado o uso de exaustor de ar com coifa em curva, visando melhor condição de renovação das correntes aéreas circulantes em seu meio ambiente. Deve-se adaptar filtro nas torneiras d’água, para filtragem efetiva da água a ser usada no laboratório ou farmácia homeopática. Quanto às condições de iluminação natural, deve-se evitar a luz solar incidida diretamente no balcão de manipulação dos medicamentos homeopáticos. Deve-se dar preferência à iluminação artificial, luz fria, ou seja, por lâmpadas fluorescentes. AN02FREV001/REV 4.0 111 Móveis e utensílios deverão ser manufaturados de material impermeável, resistente ao fogo; evitando-se sempre material poroso, de baixa qualidade e durabilidade. Deve-se procurar manter a máxima higiene, com limpeza diária, devendo os pisos e paredes receber também cuidados desta ordem, evitando-se a presença de resíduos tóxicos, de forte odor, sendo indicado o uso de sabão neutro e água para tal finalidade. Em relação aos utensílios de uso diário, tal como também os equipamentos técnicos, devem ser observadas as seguintes medidas: a) Serem de fácil limpeza e conservação, na medida do possível; b) Evitar ceder ou emprestar os mesmos, em partes ou integralmente, sob nenhum pretexto; c) Materiais deverão ser de fácil esterilização, de material resistente a altas temperaturas das autoclaves, usados para tal fim; d) Os mesmos deverão ser de boa qualidade e durabilidade, além de resistentes a quedas ou eventuais impactos, durante seu uso; e) No mínimo deverão ser comprados: balança de precisão, destilador, alcoômetro de Gay-Lussac, estufa ou autoclave para esterilização dos materiais de uso diário. Como materiais de uso opcional, deverão fazer parte do arsenal técnico: 1) Diamizador; 2) Sucussionador, com braço mecânico; 3) Micropipetas e repipetadores automáticos; 4) Equipos para controle de qualidade de matérias-primas; 5) Estufa ou autoclave para secagem dos diversos medicamentos homeopáticos; 6) Tableteiros; 7) Prensas; 8) Percoladores; 9) Higrômetros; 10) Desumidificador de ar; 11) Tamizes; 12) Exaustores; AN02FREV001/REV 4.0 112 13) Ar condicionado, em especial em regiões tropicais; 14) Encapsuladoras; 15) Pré-filtro; 16) Frascos de vidro escuro para mistura hidroalcóolica; 17) Espátulas de aço inox e porcelana de boa qualidade; 18) Gral e almofariz de porcelana; 19) Filtros para as diversas finalidades; 20) Funis de vidro de boa qualidade, resistentes ao impacto; 21) Pipetas de vidro, resistentes ao impacto e manipulação; 22) Cálices de vidro de boa qualidade; 23) Conta-gotas de vidro, polipropileno e ou polietileno de alta densidade; 24) Frascos de vidro escuro de diferentes volumes, para armazenamento de tinturas-mães, matérias-primas em Farmácia Homeopática. 36.4 MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO MÍNIMO Os estoques mínimos de matérias-primas homeopáticas (insumos ativos) devem ser da seguinte ordem: A) Policrestos: 1) Aconitum napellus 2) Arnica Montana 3) Arsenicum álbum 4) Belladona 5) Bryonia Alba 6) Calcarea carbônica 7) Carbo vegetabilis 8) Chamomilla matricaria 9) China officinalis 10) Dulcamara AN02FREV001/REV 4.0 113 11) Hepar sulphur 12) Ipecacuanha 13) Lachesis mutans 14) Lycopodium clavatum 15) Mercuris solubilis 16) Nux vomica 17) Phosphorus 18) Pulsatila nigricans 19) Rhus toxicodendrum 20) Sépia sucus 21) Sulphur 22) Staphysagria 23) Tuberculinum 24) Thuya occidentalis 25) Veratrum álbum B) Semipolicrestos 1) Acidum nitricum 2) Aesculus hipocastanum 3) Aloe socotrina 4) Antimonium crudum 5) Antimonium tartaricum 6) Apis melifica 7) Argentum nitricum 8) Aurum mettalicum 9) Barium carbonicum 10) Calcium fluoratum 11) Calcium phosphorium 12) Causticum 13) Chelidonium majus 14) Colocynthis 15) Ferrum phosphoricum AN02FREV001/REV 4.0 114 16) Ferrum metallicum 17) Gelsemium sempervirens 18) Graphites 19) Ignatia amara 20) Iodum 21) Kalium bicromium 22) Kalium carbonicum 23) Kalium phosphoricum 24) Luesinum 25) Magnesium phosphoricum 26) Luesinum 27) Magnesium phosphoricum 28) Medorrhinum 29) Natrum carbonicum 30) Natrum muriaticum 31) Natrum sulphuricum 32) Opium 33) Platinum 34) Psorinum 36.5 RECURSOS HUMANOS: PESSOAL TÉCNICO CIENTÍFICO Além de treinamento prévio, todo o pessoal técnico envolvido na linha de produção de produtos homeopáticos, seja no Laboratório ou Farmácia Homeopática, deverão ser devidamente higienizados, sem uso de substâncias odoríficas, e portando uniformes imaculadamente brancos, próprios para tal finalidade. O uniforme deverá constar-se de: 1) Jaleco branco; 2) Touca (os cabelos devem estar presos nas mulheres) e cortados rentes no homem; AN02FREV001/REV 4.0 115 3) Máscara. Seu uso é inteiramente indispensável durante o processo de manipulação dos medicamentos homeopáticos, sem exceções; 4) Uso de luvas de borracha especial, no processo de trituração, no preparo de tabletes e durante a manipulação de material esterilizado; 5) Proibição do fumo é imprescindível, no ambiente de trabalho, sem exceções, sob qualquer pretexto; 6) O mesmo se dá quanto ao consumo de alimentos ou bebidas, sem exceção. 36.6 ARMAZENAMENTO DE UTENSÍLIOS E MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO a) O preparo de medicamentos homeopáticos deve ser realizado em frascos de vidro incolor ou escuro, classe hidrolítica I, II, III, IV; b) O armazenamento dos medicamentos homeopáticos deverá obedecer aos seguintes parâmetros técnicos, a seguir; c) Os líquidos: em frascos de vidro âmbar (escuro) ou incolor declasse I, II, III, IV, ou ainda eventualmente, em plástico, em último caso; d) Os sólidos: usar frascos para tabletes e glóbulos inertes, que são úteis ao armazenamento das formas em trituração, de vidro âmbar (escuro), incolor, de classe hidrolítica I, II, III, IV, além de frascos de plásticos de polietileno, polipropileno ou policarbonato atóxicos; f) Os pós: utilizar papel branco impermeável perolado branco ou ainda cápsulas de gelatina incolor. Obs.: No caso citado acima, empregar sempre, sem exceção, frascos plásticos de polietileno de Alta Densidade, como também de polipropileno branco leitoso, pois são legalmente permitidos para tal modalidade de estocagem. AN02FREV001/REV 4.0 116 36.7 MATERIAL ACESSÓRIO - MODALIDADES, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO a) Tampas: deverão sempre ser de vidro, ou plástico polipropileno ou polietileno leitoso branco; b) Batoques: deverão sempre ser de plástico polipropileno ou polietileno branco leitoso; c) Conta-gotas: deverão sempre ser de vidro resistente, ou ainda plástico de alta densidade atóxico; d) Bulbos: devem ser sempre de látex, silicone ou plástico atóxico, sendo proibido em caráter definitivo o de borracha, pelo alto risco de contaminação; e) O processo de lavagem e higienização deverá obedecer às seguintes regras: 1) Frascos virgens, usados em vidraria em geral e em laboratório ou farmácia homeopática deverão sempre ser lavados em água corrente e logo após em água destilada, sem cloro, e levados em seguida para secagem em estufa, para proceder à sua esterilização; 2) Frascos de vidro usados para armazenamento de tinturas-mães deverão sempre ser lavados em água corrente, com escovação severa, depois de imersos em álcool 70% (v/v) durante período de duas horas consecutivas. Logo após, deverão ser devidamente enxaguados e armazenados, para uso futuro; 3) Tais frascos, quando virgens, deverão ser lavados em água corrente, enxaguados em água destilada, sem cloro, e imersos após em solução hidroalcoólica 70% (v/v) durante período consecutivo de duas horas; 4) A secagem de tais utensílios de vidro, plástico polietileno ou polipropileno de alta densidade deverão ser esterilizados em autoclave ou estufa esterilizadora à temperatura média, nunca inferior a 120 graus Celsius, a uma atmosfera, durante período mínimo de 30 minutos; em caso de estufa de ar seco, em temperatura mínima de 140 graus Celsius, durante período mínimo de uma hora consecutiva. AN02FREV001/REV 4.0 117 ATENÇÃO: os artefatos feitos de plástico, distintos dos padrões acima, deverão sempre ser esterilizados, obedecendo-se às regras: Imersão em solução hidroalcoólica a 70% (v/v) durante período mínimo de seis horas consecutivas e secos depois em estufa a ar seco à temperatura de 36 graus Celsius, com proteção apropriada e secagem adequada, sendo proibida terminantemente sua reutilização, sob qualquer razão. Tais materiais deverão ser armazenados limpos e esterilizados de modo seguro, em embalagem protetora, até que venham a ser necessários. 36.8 ETIQUETAGEM - ROTULAÇÃO DAS EMBALAGENS DE USO CONTÍNUO Na rotulação de tintura-mãe, deverão informar: a) Nome científico do sal (insumo ativo); b) Data de fabricação e lote; c) Prazo de validade: máximo de cinco anos, ou como especificado no rótulo; d) Estado do sal (insumo ativo) seja fresca ou seca, além de parte usada em sua fabricação; e) Farmacopeia Homeopática utilizada e sua regra correspondente; f) Graduação alcoólica; g) Classificação tóxico-científica. As formas farmacêuticas derivadas deverão obedecer às normas expressas na Farmacopeia Homeopática Brasileira, acrescentando: a) Prazo de validade; b) Normas de conservação, conforme determinado pela ABFH. Tais exigências deverão ser respeitadas e acatadas por parte dos profissionais em Farmácia Homeopática, devido aos parágrafos legais aprovados da nova Lei e Direitos do Consumidor, vigentes em todo o Território Brasileiro. AN02FREV001/REV 4.0 118 36.9 INSUMOS INERTES: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SUAS MATÉRIAS- PRIMAS a) O álcool etílico deverá obedecer às especificações expressas na Farmacopeia Brasileira em sua última edição. Obedecer à recomendação de uso de papel analítico, ou ainda destilação, onde as condições não sejam plenamente satisfatórias. É sugerida ainda a sua armazenagem em recipientes plásticos de polietileno atóxico, ainda não utilizados previamente, para fins alheios. b) A água deverá obedecer estritamente às seguintes características físico-químicas: Líquido incolor e inodoro, pH de 5,0 a 7,0 em obediência aos limites farmacopeicos de: - Dióxido de carbono - Cloretos - Sulfatos - Cálcio - Metais pesados - Substâncias oxidativas - Nitratos e nitritos - Partículas sólidas totais máximas: 0,001% - Amônia: 0,3 ppm Sua pureza biológica deverá ser na ordem máxima de 100UFC/ml. A presença eventual de fungos ou riquétsias não deverá ultrapassar 100UFC/ml. Os testes bromatológicos para Salmoneloses e Escherichia coli, entretanto, deverão ser completamente negativos, sem exceção. c) Água (fonte de obtenção): por meio de destilação ou osmose reversa, como também por qualquer outro método que assegure suas características básicas acima, podendo ser ainda pré-filtrada, evitando-se a presença de Cl. AN02FREV001/REV 4.0 119 d) Os glóbulos e microglóbulos deverão sempre ser manufaturados de: • Sacarose; • Lactose sem aglutinantes; Com as seguintes características físico-químicas: -Esféricos; -Brancos; -De sabor levemente adocicado; -Solúveis em água; -De baixa solubilidade em álcool; -Insolúvel em éter e clorofórmio. e) A glicerina (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico- químicas: - líquido claro, de boa propriedade higroscópica e de densidade xaroposa. - Inodoro ou leve odor adocicado; - Leve sabor adocicado; - De fraca solubilidade em acetona; - Insolúvel em clorofórmio, éter e óleos essenciais e fixos; - De graduação analítica; ATENÇÃO: deverá ser estocada em recipiente hermético. 1) A lactose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico- químicas: - Pó cristalino; - Branco; - Não higroscópico; - Inodoro; - Discreto sabor adocicado. AN02FREV001/REV 4.0 120 2) A sacarose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico- químicas: - Cristal incolor; - De coloração branca lustrosa; - Obtida a partir da cana-de-açúcar; - Solúvel em água; - De baixa solubilidade em álcool; -Insolúvel em clorofórmio e no éter. 36.10 AS SOLUÇÕES USADAS EM FARMÁCIA E LABORATÓRIO HOMEOPÁTICOS 1) As soluções hidroalcoólicas deverão obedecer às seguintes especificações: - Grau alcoólico da monografia referente às várias tinturas-mães. - A graduação alcoólica usada no preparo de T.M. nas soluções usadas na manufatura das dinamizações iniciais, sejam decimais ou centesimais Hahnemannianas. - Graduação alcoólica de 70% (v/v): deverá ser preparada nos estoques, que darão origem às demais. Seja na impregnação ou embebição dos glóbulos de sacarose, no pós-preparo e moldagem dos tabletes de lactose. - Graduação alcoólica de 30% a 70% (v/v): deverá ser usada na dispensação de medicamentos homeopáticos em forma líquida. - Graduação alcoólica a 20% (v/v): deverá ser usada durante o processo de passagem de formas sólidas para líquidas. - Graduação alcoólica acima de 70% (v/v): deverá ser usada no preparo de embebição ou impregnação de tabletes, comprimidos, glóbulos e pós. 2) A solução glicerinada: a glicerina deverá ser diluída a 50% (v/v), para uso no preparo dos medicamentos homeopáticos correspondentes. AN02FREV001/REV 4.0 121 36.11 AS PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS BÁSICAS E SUAS FORMAS1) Drogas de origem vegetal, frescas ou secas: serão empregadas no preparo das tinturas-mães. 2) Drogas de origem mineral: a substância máter será empregada para seu processamento por meio da trituração. 3) Drogas de origem animal, frescas ou secas: serão empregadas na manufatura das respectivas tinturas-mães. FIM DO MÓDULO V AN02FREV001/REV 4.0 122 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS. Manual de normas técnicas para farmácia homeopática. 2. ed. São Paulo, 1995. BESSA, Marco. Filosofia da homeopatia; análise das noções de força vital, vida, natureza e homem no pensamento de Hahnemann. Curitiba: Aude Sapere, 1994. BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 33, de 19 de abril de 2000. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil. Brasília, 24 de abril de 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Farmacopeia homeopática brasileira. 2. ed. Parte I, São Paulo: Atheneu, 1997. CAMPBELL, A. As duas faces da homeopatia. São Paulo: Matéria Médica, 1991. CASSIRER, Ernest. Ensaio sobre o homem. Introdução a uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Martins Fontes, 1994. DESCARTES, René. Discurso do método. Brasília: UNB, 1985. FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998. FOUCAULT, Michel. El orden del discurso. Barcelona: Tusquets Editores, 1980. GALHARDO, J. E. R. Iniciação homeopática. Rio de Janeiro: Henrique M. Sondermann, 1936. GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. HAHNEMANN, Samuel. Organon da arte de curar. Ribeirão Preto: Museu de Homeopatia Abrahão Brickmann, 1995. AN02FREV001/REV 4.0 123 KENT, J. T. Filosofia Homeopática. São Paulo: Robe Editorial, 1996. KOSSAK ROMANACH, A. Homeopatia em 1000 conceitos. São Paulo: Elcid, 1984. LUZ, Madel. Natural, racional, social; razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988. MIASMA. Saúde e Enfermidade na Prática Clínica Homeopática. São Paulo: Roca, 1998. ROSENBAUM, P. Homeopatia e vitalismo. São Paulo: Robe, 1996. SPINK, Mary Jane (Org.). O conhecimento no cotidiano; as representações sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1993. TYLER M. Curso de Homeopatia. São Paulo: Editorial Homeopática Brasileira, 1965. FIM DO CURSO! 36.1 ASPECTO LEGAL 36.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO 36.3 EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 36.4 MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO MÍNIMO 36.5 RECURSOS HUMANOS: PESSOAL TÉCNICO CIENTÍFICO 36.7 MATERIAL ACESSÓRIO - MODALIDADES, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO 36.8 ETIQUETAGEM - ROTULAÇÃO DAS EMBALAGENS DE USO CONTÍNUO 36.9 INSUMOS INERTES: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SUAS MATÉRIAS-PRIMAS 36.10 AS SOLUÇÕES USADAS EM FARMÁCIA E LABORATÓRIO HOMEOPÁTICOS