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Monitoria CEAP - resumo[2305843009213924793]

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
25.03.2022 - PGEPGM 2022.1 - TRABALHO - AULA 03 - PROFESSOR JOÃO BERTHIER - Videoteca adcstudio (videotecaead.com.br)
1 - Cargo em comissão, ou chamados extraquadros.
2 – Prevalência do interesse público para nomeação e exoneração dos cargos em comissão.
3 – Empregos em comissão.
4 - Pergunta de prova – discorra sobre a dispensa do celetista, comissionado extraquadro.
Nas últimas duas aulas o foco foi pensar as relações de trabalho, diretamente estabelecidas com a administração pública. São elas: concursado, efetivo, celetista. Contratado temporário, pelo regime administrativo ou celetista. Cargos em comissão. 
Se as coisas funcionarem a luz da constituição, fundamentos são: Art 37 II concurso público, Art 37 IX contratação temporária para atender situação de excepcional interesse público e 37 V, cargo em comissão. Vínculo direto com a administração pública e o vínculo é válido , o fundamento tem que ser um desses três – concursado, contratado temporário e cargo em comissão.
Cargo em comissão, ou chamados extraquadros: art 37 V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Função de confiança é ideia de uma chefia meramente administrativa. Na função de confiança, que envolve uma gratificação é para servidor efetivo, concursado. Cargo é comissão quando uma direção a assumir, tem um assessoramento superior, chefia superior ou trabalho próximo de agente político é cargo em comissão. 
Cargo em comissão em certo percentual fica reservado a concursado. Ressalvado esse percentual, outros cargos em comissão poderão ser ocupados por servidor extraquadros alguém de fora, algo discricionário. Agente público tem competência discricionária e se a pessoa aceitar, ocupa cargo em comissão. Livre escolha para nomear e livre para dispensar. Demissível “ad nutum” Ficar vinculado ao 37 V, existirão cargos em comissão e ponto. Mas existem também empregos em comissão. Decisão muito antiga do TST que falava que não existe emprego, só cargo em comissão , já que o art 37 V assim dispõe, contudo é uma andorinha só que não faz verão. Tranquila a ideia de que o cargo em comissão está no art 37 V, também existem empregos em comissão. Cargos em comissão administração direta, autarquia ou fundação pública de direito público, adota regime estatutário.
 Cargos efetivos por lei: ocupados por concursados e os cargos de comissão de livre nomeação e num certo percentual pode adotar quem é de fora, sem vínculo efetivo com a administração pública. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Prevalência do interesse público para nomeação e exoneração dos cargos em comissão: por isso é livremente nomeado e livremente exonerado. Discricionariedade que nomeou, é a mesma que pode levar a pessoa a ser exonerada. Comissionado em ambiente estatutário, não tem aviso prévio, não tem fgts e nem indenização, podendo ser exonerado a qualquer tempo e até mesmo de maneira imotivada. No direito administrativo prevalece o interesse público e não se protege tanto o trabalhador. 
Empregos em comissão – STF caminha cada vez mais dizendo que o regime é único e estatutário, mas não acabou. Alguns Municípios que por regime único ainda adotam a CLT. Certo município fixou por regime jurídico único a CLT, para a lei, são criados empregos para concursado que são os efetivos e os empregos em comissão. Direito do trabalho protege o emprego em comissão. Administração pública direta, fundações públicas se a lei da entidade prever como regime jurídico único criado por lei. Autoridade do município celebra contrato de emprego com o contratado. Empregos em comissão nas empresas públicas, economia mista e fundações públicas de direito privado.
Empresas públicas, economia mista e fundações públicas de direito privado regime é o da CLT. Se houver um comissionado será celetista. Não há regime estatutário. Ainda que integre a administração pública, é pessoa jurídica de direito privado, pessoas nela subordinados são empregados. Os empregos efetivos ou comissionados não são criados por lei, mas por ato da própria entidade. Formas mais flexíveis para a administração funcionar. 
Mesmo que um dia o STF diga que regime jurídico é único estatutário, só cargos e comissionados criados por lei. Empregado comissionado é igual ao estatutário comissionado, escolhido sem ser pelo concurso. Forma de entrada subjetiva, autoridade escolhe a pessoa e celebra contrato de trabalho. Estatutário comissionado é demissível ad nutum. Empregado em comissão é extraquadro, não tem vínculo efetivo com a administração pública. Para exonerar do cargo em comissão, sendo celetista, tem direito a aviso prévio, FGTS, indenização? Lacuna. Legislação do direito administrativo não é trabalho nem no trabalhista. Direito do trabalho e direito administrativo confrontam porque são ramos principiológicos muito diferentes. 
Para o direito administrativo, extraquadro, sem vínculo efetivo, que foi escolhido nomeado e celebrou contrato de trabalho e não tem vínculo empregatício. Não tem aviso prévio nem indenização. Administração tem discricionariedade, pode demitir sem prévio aviso. Saca fgts porque é um direito adquirido. 
Para o ângulo do direito do trabalho, esse empregado extraquadro foi contratado por prazo indeterminado. Para mandar embora tem que pré avisar, irá sacar o FGTS e os 40%. Fronteira sobre direito do trabalho e direito administrativo, ramos que principiologicamente não combinam, por isso divergem. Empregador recolhe equivalente a 8% do salário para o FGTS.
Pergunta de prova – discorra sobre a dispensa do celetista, comissionado extraquadro. Quais direitos possui? Ramos do direito estão sobrepostos. Se pensar no direito do trabalho tem um contrato por prazo indeterminado, devendo dar aviso prévio, 40 % do FGTS e indenização. Pela ótica administrativa, situação precária, causada pela discricionariedade, pode exonerar sem indenizar e sem aviso prévio, no máximo se for empregado, saca o FGTS. Na prova adota uma postura fazendária, celetista extraquadro é igual ao estatutário extra quadro, não tem direito a indenização e nem ao FGTS. Concorda com o direito fazendário. Postura administrativa é a correta. No direito do trabalho puro, no contrato por prazo indeterminado tem que pré-avisar para mandar embora sem justa causa e pagar os 40% do FGTS, um dos princípios do direito do trabalho é da continuidade da relação de emprego. Fundamento principiológico da multa de 40% e do aviso prévio é a continuidade da relação de emprego. Empregado extraquadro em comissão é uma situação precária, não pode ser regida pelo princípio da continuidade. O que é precário nasceu paraacabar. O contrato por prazo indeterminado do profissional extraquadro, ainda que seja por prazo indeterminado, não pode se pautado pelo princípio da continuidade, pois a situação é precária. Só tem o saque do FGTS, não tem aviso prévio e nem 40% do FGTS.
 	O resumo consiste em uma síntese das principais ideias da aula ministrada, de modo a auxiliar na fixação do conteúdo. Não se trata da transcrição do teor da aula. 2

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