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Uropatologia (Bexiga) 1 Uropatologia (Bexiga) Status Patologia Assign Histologia Dividida em 4 camadas: Mucosa (urotélio é praticamente impermeável ao sódio e agua) Submucosa Muscular Serosa O controle natural da função vesical se da pelo sistema nervoso autonomo e motor Anomalias congenitas Agnesia - Hipoplasia: Raras e associam-se a outras mal formações graves. Duplicação da bexiga: Acompanha-se de duplicação do reto Duplicação incompleta: resulta em bexiga em ampulheta Bexiga gigante: Encontrada em natimortos Fistulas congenitas vesicovaginais e vesicouterinas (mto pouco comuns) Extrofia da beixiga: Anomalia grave, que acomete o sexo masculino e se associa a outras malformações, como criptorquidia. A mucosa vesical fica exposta, sujeita a traumatismo e infecções. Metade dos casos os pacientes são natimortos. Ausencia da porção mediana da parede anteroinferior ou subumbilical do abdome, onde aparece a bexiga anomala. Úraco patente: Raro, podendo ser parcial ou total, em que há eliminação de urina através de fístula ou orifício na região umbilical. Uropatologia (Bexiga) 2 Cistos do úraco: originam-se de restos epiteliais na porção pérvia do ducto alantoide. Divertículos da bexiga: Evaginação da parede vesical, que pode ser congenito (originam-se, em 90% dos angulos superiores do trígono, próximo dos orifícios ureterais, onde não existem fibras musculares longitudinais e a parede é mais fraca, propiciando mais facilmente a herniação); quase sempre são solitários e pequenos e adquiridos. A maioria são pequenos e assintomáticos. Geram estase urinária, podendo levar a infecções, calculo e tbm podem predispor a um cancer no diverticulo (raro). Os adquiridos são os mais comuns e mto mais frequente em homens. Gera uma obstrução do fluxo da urina (hiperplasia da próstata) e aumento da pressão intravesical (evaginações da mucosa). Os principais sinais clinicos são a micção em dois tempos e a estase pode levar a calculos e inflamação. Patologias Benignas Metaplasia escamosa É uma resposta a uma lesão, o urotélio é substituído por um epitélio escamoso não queratinizado. Pode ser dividida em: 1. Padrão ceratinizante: É a cornificação da superfície e granulosa (parece até uma pele). É mais comum em homens, secundário a uma irritaçao cronica. Essa metaplasia é preocupante, pois tem um risco aumentado para carcinoma de bexiga. Pode gerar obstrução ureteral. 2. Metaplasia escamosa não ceratinizante: Acomete mais as mulheres, sendo 85% em idade reprodutiva e 75% no período pós menopausa. A metaplasia não ceratinizante, normalmente, é uma lesão benigna e não requer nenhum tratamento específico. “Trigonite pseudomembranosa” Cistite São as patologias mais comuns da bexiga Evoluem para uma pielonefrite ascendente Uropatologia (Bexiga) 3 Patogenese: Aurina da bexiga é estéril Fatores que impedem a colonização por germes: seu esvaziamento periódico, características fisico-química da urina (ph e hiperosmolaridade), atividade antibacteriana do revestimento das vias urinárias. Fatores de risco: Obstrução do fluxo urinário, mecanica ou funcional, congenita Hiperdistensão da parede vesical por estase urinária Cateterismo e instrumentação vesical Calculose Tumores Pielonefrite, que elimina microrganismos para a bexiga e etc Etiologia: Microrganismos: E. coli, Proteus, Klebsiella, Enterobacter e candida sp. Agentes químicos: Anilina, terebintina, permanganato de potássio, nitrato de prata Agentes antineoplásicos: Ciclofosfamida Físicos: Cistite actínica Cistite Aguda Macroscopia: Hiperemia, edema e material purulento na mucosa Microscopia: infiltrado inflamatório rico em neutrófilos A causa mais comum é bacteriana em mulheres Clínica: Alteração da frequencia urinária, dor abdominal baixa, disúria, hematúria, febre, astenia e calafrios Agentes: E. coli, Proteus, Klebsiella e Enterobacter Fatores de risco: Sexo feminino (uretra curta), calculos vesicais, obstrução urinária, instrumentação, DM e terapia imunossupressora. Uropatologia (Bexiga) 4 Cistites Cronicas A bexiga perde a elasticidade, a parede torna-se espessada e retraída e ha diminuição da capacidade do órgão Clínica: Polaciúria, disúria, piúria e bacteriúria. Morfologia: Mucosa espessada, ulcerada e infiltrado inflamatório de mononucleares. Possuem diversos padrões morfológicos: Cistite cística e glandular Com a irritação cronica da bexiga, o ninho de VON Brum vai se abrindo e se distanciando e por isso recebe o nome de cística, pois forma como se fosse um cisto dentro do epitélio. O epitélio sofre diferenciação colunar e delimitam espaços glandulares metaplásicos Se o processo inflamatório permanecer e não for tratado, o urotélio vai sofrendo uma adaptação e vira um epitélio caliciforme muco-secretor como os das glandulas. Esse é denominado de cistite glandular Cístite poliposa Edema do estroma forma pólipos Pode simular neoplasias papilíferas (as neoplasias uroteliais papilíferas verdadeiras, distindos dos eixos fibrovasculares delgados) Surge em áreas de traumatismo prolongado (ceteterismo de demora) e nas fístulas. Cistite intersticial: É comum em mulheres no climatério Idiopática (ha casos associados a hipersensibilidade a medicamentos) Clínica: Bastante dolorosa, hematúria e retenção de urina (clínica semelhante a cistite aguda, mas sem sintomas sistemicos como febre e prostação). Uropatologia (Bexiga) 5 Morfologia: Fissuras na mucosa, úlceras na mucosa (úlcera de hunner), infiltrado de mononucleares rico em mastócitos e tecido de granulação é encontrado em toda a parede. A principal função do patologista nesses casos é descartar o CA in situ. O urologista realizar citoscopia, analisar toda a bexiga e ver as áreas de lesão, que é um enantema difuso que simula um CA in situ. Posteriormente, biopsiar e descartar o carcinoma. Malacoplaquia: Associado a infecção por E. coli ou Proteus Indivíduos transplantados Macroscopia: Placas de tamanho amarelado róseo-amareladas na mucosa Microscopia: Macrófagos volumosos, raras celulas gigantes; inclusões típicas ricas em ferro conhecidas como corpos de Michaelis-Guttmann Litíase Origina-se na pelve renal ou forma-se na própria bexiga Homens (hiperplaia protárica) Comum após 40 anos Número, tamanho e peso são variáveis Clínica: A tríade é composta por polaciúria, dor e hematúria