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73 Tamanho comparativo das partículas micrônicas TAMANHOS COMPARATIVOS limite de visibilidade (a olho nu) ............................................................................................. .................. 40 mícrons células brancas do sangue ....................................................................................................................... 25 mícrons células vermelhas do sangue ..................................................................................................................... 8 mícrons bactéria ....................................................................................................................................................... 2 mícrons EQUIVALÊNCIA LINEAR 1 milímetro _____________________ 0,394 polegada____________________ 1 000 mícrons 1 mícron ___________________ 3,94 x 10-5 polegada____________________ 0,001 milímetro 1 polegada ______________________ 25,4 milímetros____________________ 25.400 mícrons MEDIDAS DAS TELAS Malhas (cm) Nº da malha Abertura (mm) Abertura (mícrons) 20.61 50 0,297 297 28.52 70 0,210 210 39.76 100 0,150 150 56.24 140 0,105 105 78.74 200 0,075 75 106.40 270 0,053 53 127.16 325 0,044 44 FILTROS DO TIPO INDICADOR Os filtros indicadores são projetados para assinalar ao operador quando se deve limpar o elemento. Havendo acúmulo de sujeira, a pressão negativa aumenta, movimentando, assim, o elemento. Em uma extremidade deste está conectado um indicador que mostra ao operador o estado do elemento. Outra caracterfstica deste tipo de filtro é a facilidade com que se remove ou substitui o elemento. A maioria dos filtros indicadores é projetada para uso na linha de entrada, como se observa na figura a seguir. 2 mícrons 5 mícrons 8 mícronsmalha 200 malha 100 malha 325 25 mícrons 74 PENEIRAS E FILTROS PARA LINHA DE SUCÇÃO Em um sistema hidráulico, o filtro pode estar localizado em três áreas distintas: na linha de entrada, na linha de pressão ou na linha de retorno. As figuras seguintes mostram essas três situações. A válvula de retenção se abre quando o ele- mento está fechado por impurezas. O indicador rotativo mostra: verde - para o elemento limpo amarelo - para filtragem parcial vermelho - necessidade de limpeza do elemento Elemento filtrante Passagem de ar Saída Entrada Filtro com indicador em cores Linha de entrada Para o sistema Bomba O filtro de entrada (sucção) protege a bomba 75 MATERIAIS FILTRANTES Os materiais filtrantes são classificados em mecânico e absorvente. Os filtros mecânicos operam com telas ou discos de metal para deter as partículas. A maior parte dos filtros mecâni- cos é de malha grossa. Uma peneira típica é instalada dentro do reservatório, na entrada da bomba. Esta peneira, relativamente grossa em relação ao filtro, é construída de tela de arame fino. Uma peneira de malha 100, que serve para óleo fino, protege a bomba de partículas de 150 mícrons ou maiores. Há também filtros para linha de sucção que são montados fora do reservatório, bem próximo à bomba. Também são de malha grossa a possuem, normalmente, elemento filtrante de celulose, que cria uma queda de pressão por vezes não tolerável em linhas de entrada. Os filtros absorventes são usados para reter as partículas minúsculas nos sistemas hidráulicos. São feitos de mate- riais porosos como o papel, polpa de madeira, algodão, fios de algodão ou lã e celulose. Os filtros de papel são banhados em resina com a finalidade de se tornarem mais fortes. O filtro para linhas de pressão é instalado na saída das bombas Válvula de segurança Bomba Linha de entrada Para o sistema Filtro Bomba Retorno do sistema Os filtros de retorno evitam a contaminação do reservatório 76 ELEMENTOS FILTRANTES Os elementos filtrantes podem ser construídos de várias maneiras: o tipo mais comum é o de superfície , que pode ser de tecido trançado ou então de papel tratado, permitindo a passagem do fluido. O controle preciso de porosidade é típico nos elementos tipo superfície. FILTROS DE FLUXO TOTAL O termo fluxo total, aplicado ao filtro, significa que todo o fluxo no pórtico de entrada passa através do elemento filtrante. Na maioria desses filtros, entretanto, há uma válvula que se abre numa pressão preestabelecida para dirigir o fluxo direta- mente ao tanque. Isto evita que o elemento entupido restrinja totalmente o fluxo. O filtro da figura seguinte é deste tipo. Foi desenhado, primariamente, para linhas de retorno com filtração de 10 ou 25 mícrons por meio de um elemento do tipo de superfície. O fluxo, como é demonstrado, é de fora para dentro, isto é, ao redor do elemento e por meio do centro. Para se trocar o elemento basta remover um só parafuso. Válvula de passagem direta Tipo superfície Corpo Elemento Tampa 5. Uma válvula de retenção se abre e permite fluxo livre quando o elemento está entupido a não possibilita passagem total. 4. ...até alcançar a saída. 1. O óleo penetra no filtro... 2. ... circunda o ele- mento filtrante... 3 . ... e é filtrado em di- reção ao centro do corpo... 77 Dreno Saída de óleo limpo M a t e r i a l filtrante Ent rada de óleo Dreno A figura seguinte apresenta os elementos de um filtro do tipo alongado . Esses elementos são compostos de camadas de tecido ou material fibroso, que fornecem passagens difíceis para o fluido. As passagens variam em tamanho e o grau de filtragem depende da quantidade de fluxo. Um aumento de fluxo tende a soltar as partículas retidas. Este tipo de elemen- to é, geralmente, limitado a baixo fluxo e a condições de baixa queda de pressão. Na figura seguinte, vemos o filtro mecânico tipo rotativo . Este filtro separa as partículas do óleo entre placas levemente espaçadas. O mesmo requer que uma manopla seja girada, periodicamente, para acionar as placas raspadoras que destacam as partfculas de impurezas depositadas em espaços entre vários discos. As impurezas são removidas pela drenagem do filtro. 1. A espessura dos espaçadores montados entre os discos determina o índice de filtragem. 2. As lâminas limpadoras se deslocam no espaço entre os discos. 5. Este plugue é usado para remover as impurezas sólidas. 4. ...as lâminas limpadoras removem as impurezas retiradas entre os discos. Disco Lâmina limpadora Espaçador Disco Conjunto de lâmi- nas limpadoras 3. Quando esta manopla é girada... Entrada do óleo Filtro mecânico (tipo rotativo) Saída do óleo 78 FILTROS DE FLUXO PROPORCIONAL A figura abaixo mostra um filtro de fluxo proporcional. Este tipo de filtro utiliza o efeito Venturi para filtrar apenas uma parte do fluxo. O óleo pode fluir em qualquer direção e, ao passar pela garganta Venturi, no corpo do filtro, cria um aumento de velocidade a uma queda de pressão. Esta diferença de pressão força uma parte do óleo, por meio do elemento, para a saída. A quantidade de fluido filtrado é proporcional à velocidade do fluxo. Portanto, é denominado de filtro de fluxo proporcional. 1. O óleo pode ser introdu- zido em qualquer dos pórticos do filtro e sai pelo lado oposto. 2. Esta restrição causa uma redução de pressão neste ponto (Venturi)... 3. ... tendo como resulta- do um fluxo de fora para dentro por meio do elemento. Corpo Defletor Filtro proporcional Elemento Trocadores de calor 79 TROCADORES DE CALOR OBJETIVO • identificar trocadores de calor a água e a ar. AQUECIMENTO DO SISTEMA HIDRÁULICO Nenhum sistema hidráulico tem 100% de eficiência. O problema mais comum que os sistemas enfrentam é o calor. Por esta razão, deve-se resfriar o fluido, sempre que for necessário, incorporando elementos ao sistema, denominados trocadores de calor, cuja função principal é esfriar o fluido. Os trocadores de calor são também conhecidos como intercambiadores de calor ou, mais comumente, como resfriadores. RESFRIADORES A ÁGUA Num resfriador típico, como o da ilustração seguinte, a água circula através da unidade a ao redor dos tubos por onde passa o fluido hidráulico. A água, que pode ser termostaticamenteregulada para manter-se numa temperatura deseja- da, absorve parte do calor do fluido. Usando-se água quente, o resfriador passa a trabalhar como um aquecedor. Conexões da água Trocador de calor Conexões do óleo Entretanto, há aplicações onde o fluido, devido ao seu baixo índice de viscosidade, não flui facilmente quando está frio. Precisa, portanto, ser aquecido e mantido nesse estado por meio de aquecedores. RESFRIADORES A AR O fluido que ficou aquecido pelo use no sistema pode passar através dos tubos de alumínio ou latão de um trocador de calor. Esses tubos são aletados a sofrem resfriamento pelo ar do ambiente ou por meio de um ventilador, incorporado ao resfriador, que tem a função de aumentar a capacidade de transferência de calor ao ar externo. Veja um resfriador a ar na figura a seguir. Acumuladores 80 ACUMULADORES OBJETIVOS • identificar tipos de acumuladores; • descrever o principio de funcionamento dos acumuladores. ARMAZENAGEM SOB PRESSÃO Os fluidos usados nos sistemas hidráulicos não podem ser comprimidos a armazenados para utilização posterior, em hora a local distintos, como ocorre com os gases, por exemplo o gás liquefeito de petróleo ou gás de cozinha, que é armazenado e transportado em bujões. Entretanto, os fluidos hidráulicos incompressíveis podem ser armazenados sob pressão com o uso de um acumulador. Isto se consegue injetando o fluido na câmara do acumulador, sob pressão, que pode ser obtido de três maneiras: levantando um peso, comprimindo uma mola ou comprimindo um gás. ACUMULADOR DE PESO Qualquer queda de pressão do fluido na abertura de entrada criará uma reação no elemento que, com o peso, forçará o fluido a sair. O tipo de acumulador mais antigo pode ser visto na figura seguir. Um pistão vertical permite aumentar ou diminuir os pesos, para variar a pressão. A pressão é sempre igual ao peso total utilizado dividido pela área do pistão que está em contato com o fluido hidráulico. O acumulador de peso gera uma pressão constante Este é o único tipo de acumulador em que a pressão é constante, quer esteja cheio ou praticamente vazio. Este tipo de acumulador é pesado, ocupa muito espaço e seu use é limitado. É utilizado em prensas de grande porte, onde se necessita de uma pressão constante, ou então em aplicações em que grande volume de fluido é necessário. Pistão Pesos A pressão é o quociente do peso pela área do pistão. Acumuladores 81 ACUMULADOR DE MOLA Num acumulador de mola, a pressão é solicitada no fluido por meio do pistão, pela compressão de uma mola espiral, como se vê na ilustração seguinte. A pressão é igual à força da mola dividida pela área do pistão. P = força da mola área do pistão Observação Força da mola = constante da mola x distância de compressão. A pressão, por conseguinte, não é constante pois a força da mola aumenta quando o fluido entra na câmara e diminui na descarga deste. Os acumuladores de mola não exigem carga Observação Os acumuladores de mola podem ser montados em qualquer posição. A força da mola, ou seja, os limites de pressão não são facilmente ajustáveis nestes acumuladores. Também são impraticáveis para grandes esforços dada a impossibilidade de se obterem molas suficientemente fortes. ACUMULADORES DE GÁS Provavelmente, o acumulador mais comum em uso é o de câmara pré-carregada com gás neutro, normalmente nitrogênio seco. Observação O oxigénio nunca deve ser utilizado devido à sua tendência de queimar ou explodir sob compressão com o óleo. Usa-se, às vezes, o ar, porém, pela mesma razão do oxigênio, não é recomendável usá-lo. O acumulador a gás deve ser pré-carregado enquanto estiver vazio de fluido hidráulico. As pressões de gás na pré-carga variam com cada aplicação e dependem da pressão de trabalho e do volume de fluido necessário para o trabalho. A pressão de gás não deve ser inferior a 25% (preferivelmente 30%) da pressão máxima de trabalho. A pressão do acumulador varia em proporção à compressão do gás, aumentando quando o fluido é forçado para dentro e diminuindo na descarga do mesmo. Pressão = força da mola dividida pela área do pistão. Mola Pistão Abertura de Saída Acumuladores 82 Gás ACUMULADOR SEM SEPARAÇÃO A figura abaixo mostra um acumulador sem o separador entre o fluido hidráulico e o gás. Freqüentemente usados em máquinas injetoras, os acumuladores deverão ser montados na posição vertical. É importante selecionar uma relação de pressão de gás e de volume de fluido, de forma que não seja utilizado mais de 65% de fluido da máquina para se evitar uma descarga de gás no sistema. Gás Acumulador sem separação entre gás e fluido hidráulico Fluido hidráulico ACUMULADOR DE BOLSA OU BEXIGA Muitos acumuladores incorporam uma bolsa ou bexiga de borracha sintética para separar o gás do fluido hidráulico, como se observa na figura seguinte. Esta base de metal evita a extrusão da bolsa. Pistão Válvula de gás O acumulador tipo bolsa ou bexiga usa uma bolsa de borracha entre o gás e o fluido Bolsa Acumuladores 83 Como certos fluidos resistentes ao fogo não são compatíveis com borracha convencional, é importante selecionar o material adequado para a bolsa a ser utilizada. O óleo disponível pode variar entre 25% e 75% da capacidade total, dependendo das condições de operação. Trabalhando além desses limites, a bolsa poderia esticar ou enrugar limitando sua vida de serviço. A pressão é uma função da compressão e varia com o volume de óleo na câmara. ACUMULADORES TIPO PISTÃO Outro método de separar o gás do fluido hidráulico é por meio de um pistão livre, semelhante ao cilindro hidráulico. O pistão, sob pressão de gás em um dos lados, tende a forçar constantemente o óleo para fora da câmara oposta. Aqui também a pressão é uma função da compressão e varia com o volume de óleo na câmara. O acumulador tipo pistão é carregado de gás Válvula do gás Câmara do gás Câmara do fluido Retentor do pistão Pistão Conexão do fluido Descarga da bomba em sistema com acumulador 84 DESCARGA DA BOMBA EM SISTEMA COM ACUMULADOR OBJETIVO • reconhecer circuitos hidráulicos com acumuladores. Em um circuito envolvendo carga de acumulador, a bomba deverá ser descarregada ao ser atingida uma pressão máxima predeterminada e voltar a carregar quando uma pressão minima, também predeterminada, ocorrer no sistema. Uma válvula direcional, do tipo com mola fora de centro, operada por solenóide e atuada por um pressostato, é utilizada para ventar ou desventar uma válvula de segurança. Um acumulador pode ser usado para fornecer vazão a um sistema junto com a bomba ou para aumentar a eficiência de um dispositivo de fixação. O circuito da próxima figura mostra um método de aliviar a bomba quando o acumulador está totalmente carregado. Observação Os pórticos A e P estão bloqueados. Carregando Da bomba Ao tanque Ventagem Para o sistema Para o sistema Da bomba Descarga da bomba em sistema com acumulador 85 O circuito consiste de: A - válvula de segurança B - válvula de retenção C - acumulador D - pressostato E - válvula direcional Observação O ajuste de A deve ser maior que o mais alto ajuste de D. CARREGANDO As duas chaves micros do pressostato estão interligadas a um relé elétrico de tal forma que, a pressão ao chegar ao seu ajuste mínimo, o solenóide da válvula é ativado bloqueando o pórtico de ventagem da válvula de segurança. Esta se torna operativa e o acumulador é carregado. O circuito elétrico estabelece as seguintes operações: 1. Ativar o solenóide Ea quando o motor elétrico for ligado. 2. Desativar Ea quando a pressão do sistema alcançar o ajuste superior do pressostato D. 3. Ativar (a) quando a pressão no sistema cai até ao ajuste inferior do pressostato D. 4. Desativar Ea quando o motor elétrico for desligado. A figura anterior mostra o circuito quando a pressão no sistema está abaixo do ajuste inferior de D. O solenóide Ea está energizado fazendo com que a válvula E bloqueie a conexão de ventagem da válvula A. Assim, o fluxo da bomba é dirigido atravésde B para o sistema. Descarga da bomba em sistema com acumulador 86 DESCARREGANDO A figura acima mostra a condição do acumulador já carregado, tendo a pressão no sistema alcançado o ajuste superior do pressostato D. O solenóide Ea foi desenergizado ventando a válvula N, fazendo com que o fluxo da bomba dirija-se livremente ao tanque. A válvula de retenção B se fecha, mantendo a pressão e o volume aplicados no sistema. A alimentação e descarga do sistema continua automaticamente até que o motor elêtrico seja desligado. Os limites máximo e mínimo de pressão são fornecidos pelo pressostato D que estabelece também os regimes de trabalho da bomba em carga e em descarga. A válvula A protege o sistema da sobrecarga e o seu ajuste de pressão é superior ao ajuste superior do pressostato D. DESCARGA DA BOMBA EM SISTEMA COM ACUMULADOR (CONTROLE HIDRÁULICO) Uma outra forma de descarregar uma bomba num sistema com acumulador é com o uso de uma válvula de descarga de ação direta, conforme se vê na próxima ilustração. Uma válvula de retenção colocada na linha, após a válvula de segurança, evita que a carga feita no acumulador possa retroceder. Da bomba Ao tanque Ventagem Para o sistema Para o sistema Da bomba Válvula de retenção Descarregando Descarga da bomba em sistema com acumulador 87 Carregando Para o sistema Para o sistema Vista A CARREGANDO A figura anterior mostra que, na condição de carga, a seção de descarga dessa válvula está fechada e o fluxo da bomba é dirigido ao sistema por meio de uma válvula de retenção integral. Desde que a demanda do sistema seja menor que a vazão da bomba, haverá formação de reserva de fluido no acumulador, com um aumento gradativo da pressão. Vista B Descarregando Para o sistema Descarga da bomba em sistema com acumulador 88 DESCARREGANDO Quando esse aumento de pressão atingir o ajuste de pressão máximo da válvula de descarga, a mesma se abrirá, descarregando a bomba, enquanto a válvula de retenção irá manter a carga efetuada no acumulador. Quando alguma quantidade de fluxo for utilizada para efetuar trabalho, e também pelo efeito dos vazamentos internos, a pressão tenderá a cair. Quando essa pressão descer a um valor predeterminado da pressão ajustada na válvula de descarga, esta se fecha automaticamente, revertendo novamente o sistema à condição de carga, como se vê no esquema da página anterior. Tipos de acumulador 89 TIPOS DE ACUMULADOR Princípio Tipos principais Subtipos Aplicação De gravidade a) pistão móvel a) guiado externamente Grande volume, altas pressões b) guiado internamente b) cilindro móvel — c) diferencial a) guiado externamente Pressões altíssimas, pouco volume b) guiado internamente Pressões altas, pouco volume Com mola a) pistão livre a) juntas simples b) junta líquida Pequenas vazões sob pressões baixas c) final amortecido ou moderadas b) tandem — Volume constante de fluido Com gás a) sem separador a) um reservatório Hidráulica industrial de grandes vazões b) bujão de fluido e vários bujões de gás Leve e compacto, mas de aplicações limitadas b) separado a) pistão Efeito de inércia reduzido, adequado b) pistão-diafragma para amortecer golpes de aríete c) pistão em tandem Volume de fluido constante d) pistão anular Peso e volume reduzidos para grandes volumes de gás e) bolsa É mais versátil f) diafragma Muito versátil e compacto g) tubular Só para amortecer golpes de aríete { Acumulador 90 ACUMULADOR Figura 22. No osciloscópio reflete-se a redução das forças de choque Controles direcionais 91 CONTROLES DIRECIONAIS OBJETIVOS: • classificar válvulas direcionais de acordo com suas características principais; • descrever tipos de acionamentos. VÁLVULAS DIRECIONAIS As válvulas direcionais são usadas para controlar a direção do fluxo. Essas válvulas variam, consideravelmente, tanto em construção quanto em operação. São classificadas de acordo com suas características principais, tais como: • Tipo de elemento interno: pistão ou esfera, carretel rotativo ou carretel deslizante. a. tipo de pistão, onde o mesmo ou uma esfera se move dentro ou fora do assento; b. tipo de carretel rotativo; Entrada Saída Tanque Corpo Bomba Tanque Tanque Bomba Bomba Controles direcionais 92 c. tipo de carretel deslizante, onde este desliza axialmente em sua cavidade. • Tipo de acionamento: cames, êmbolo, alavancas manuais ou mecânicas, solenóides, pressão hidráulica (piloto) e outros, incluindo as combinações desses. As válvulas direcionais são classificadas ainda quanto a: • número de passagem de fluxo: duas vias, três vias, quatro vias, etc.; • tamanho: bitola nominal de conexão da válvula ou de sua placa de montagem, ou então sua capacidade de vazão em litros por minuto. • conexões: roscas de cano, roscas paralelas, flange, gaxeta ou montagem com subplaca. POSICIONAMENTO DETERMINADO A maioria das válvulas direcionais industriais é de posicionamento determinado. Isto é, controlam para onde o fluxo deverá se encaminhar fechando ou abrindo passagens em posições definitivas. Came (mecânico) Acionamento Combinado (Piloto) Êmbolo (manual) Alavanca Solenóide Válvulas de retenção 93 VÁLVULAS DE RETENÇÃO OBJETIVOS: • descrever o principio de funcionamento de válvula de retenção; • enunciar válvulas de retenção quanto à sua aplicação; • reconhecer os principais usos das válvulas de retenção em um circuito hidráulico. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Embora nem sempre classificadas como tais, essas válvulas podem ser consideradas como válvulas direcionais de uma via, que permitem o fluxo numa direção e o impedem na direção oposta. O símbolo gráfico de uma válvula de retenção indica duas posições: uma aberta e outra fechada. É um desenho complica- do e não muito usado para uma válvula tão simples. Universalmente usa-se um símbolo simplificado, composto de uma esfera e um assento. VÁLVULAS DE RETENÇÃO EM LINHA Essas válvulas são assim chamadas porque o óleo flui em linha reta através das mesmas. Sede Esfera (ou pistão) Entrada Saída Quando a esfera é deslocada o fluxo é livre neste sentido O fluxo é bloqueado, pois a esfera se assenta em sua sede. Símbolos Gráficos Composto Simples (esfera e sede) FLUXO LIVRE Fluxo impedido Válvulas de retenção Válvulas de retenção 94 Válvula de retenção em linha O interior desta válvula forma um asserto para um pistão móvel ou para uma esfera. O pistão é mantido no assento através da leve pressão da mola existente no interior da válvula permitindo a montagem da mesma em qualquer posição. As molas não possuem pressões reguláveis, porém são disponíveis numa variedade de tensões para atender a casos específicos, como criar pressão-piloto ou contornar um trocador de calor ou filtro. Pistão Corpo Mola O fluxo reverso é retido quando a pressão na abertura de saída e a força de mola (geralmente de 0,35 kg/cm2) mantêm o pistão em seu assento, formando uma vedação quase sem vazamento. Veja agora a válvula de fluxo livre. Fluxo impedido Fluxo livre Válvulas de retenção 95 Quando a pressão vence a fraca resistência da mola, o pistão é retirado de seu assento permitindo o fluxo através da abertura de saída. VÁLVULA DE RETENÇÃO EM ÂNGULO RETO A válvula de retenção em ângulo reto é uma unidade mais robusta, composta de um pistão de aço com assento endure- cido, estampado internamente num corpo de ferro fundido. O fluxo, da entrada para a saída, se dá em ângulo reto. Essas válvulas são construídas com roscas e flanges ou gaxetas. Sua capacidade varia de 12 a 1 200 litros por minuto, com uma grande variedade de pressões de abertura. OPERAÇÃO DE UMA VÁLVULA DE RETENÇÃO (ÂNGULO RETO) Fluxo impedido Válvulas de retenção 96 Agora, vejamos as caracteristicas da válvula de retenção com restrição que permite uma passagem de dreno na direção de fluxo não-permissível. Entrada Fluxo livre Saída Entrada Saída Entrada Saída Plugue com restrição A válvula de retenção com restrição é a válvula de retenção simples modificada.Um plugue perfilado é aparafusado no pistão para permitir um fluxo reverso controlado na posição fechada. As aplicações deste tipo, apesar de limitadas, incluem aquelas que requerem um fluxo livre numa direção e um fluxo controlado no retorno, por exemplo no controle de descompressão numa grande prensa hidráulica. Três usos comuns da válvula de retenção: a. retenção E: oprimida pela pressão da mola, assegura a pressão piloto para a operação da válvula de 4 vias (D); b. retenção F: limita a velocidade de avanço do cilindro e permite livre retorno; c. retenção C: oprimida por mola, atua como válvula de retenção para proteger o trocador de calor (TC). Fluxo livre Fluxo restringido Válvulas de retenção 97 Retorno rápido Avanço controlado Válvulas de retenção pilotadas 98 VÁLVULAS DE RETENÇÃO PILOTADAS OBJETIVOS: • enunciar funções das válvulas de retenção pilotadas em circuitos hidráulicos; • reconhecer válvula de retenção pilotada em esquema hidráulico. VÁLVULAS DE RETENÇÃO PILOTADAS Essas válvulas são construídas para permitir fluxo livre numa direção e para bloquear o fluxo de retorno, até o momento em que uma pressão piloto desloque o pistão e abra a válvula. São usadas como válvulas de preenchimento em prensas hidráulicas, para permitir o enchimento do cilindro por gravi- dade durante um avanço rápido. São também usadas para suportar pistões verticais que poderiam descer devido a vazamento através do carretel da válvula direcional. Existem dois modelos de válvulas de retenção pilotadas. Embora a função de ambos os modelos seja igual, cada tipo se destina a diferentes aplicações. Esse tipo de válvula é aplicado quando seu pórtico de entrada está ligado ao tanque durante o fluxo reverso. Um exemplo típico deste caso ocorre quando é feita adaptação a um cilindro vertical com o intuito de evitar que o mesmo venha a descer lentamente devido a um vazamento na válvula direcional. O pistão é levemente mantido no assento por uma mola, sendo que o assento é parte integral da camisa-guia do pistão piloto. A conexão de pressão piloto, na tampa inferior, está ligada por uma passagem à cabeça do pistão piloto. Válvulas de retenção pilotadas 99 Três condições de operação da válvula são demonstradas a seguir. Válvula de retenção pilotada Mola Pistão Pistão piloto Saída Tampa Pressão piloto Entrada Luva A pressão empurrando o pistão principal (entrada) vence a tensão da mola abrindo, assim, a válvula e, portanto, permitindo o fluxo de óleo para a saída. A pressão é mais alta do lado da mola do pistão (saída) bloqueando o fluxo de retorno. Fluxo impedido Saída Entrada Entrada Sem pressão piloto Fluxo livre Sem pressão piloto Válvulas de retenção pilotadas 100 Com a pressão piloto aplicada na cabeça do pistão piloto, a haste deste empurra o pistão principal, levantando-o do assento a permitindo, assim, o fluxo reverso livre. A pressão necessária para levantar o pistão do assento deve ser, no mínimo, de 40% da pressão na câmara de saída. Neste caso, a aplicação é feita para bloquear intermitentemente o fluxo de saída de um acumulador. A válvula permite fluxo livre ao acumulador e pode ser facilmente pilotada para permitir que o acumulador se descarre- gue, apesar da pressão estar presente nos dois pórticos. Na válvula em corte, na figura abaixo, vemos que o pistão principal se assemelha a uma válvula de um motor a explosão e o pistão piloto faz parte do pistão principal, seguro por uma porca. Uma mola leve mantém o pistão principal assentado na condição de bloqueio e atua no pistão piloto. Um pórtico de drenagem está previsto para evitar uma possível formação de pressão sob o pistão piloto. A pressão piloto desloca o pistão. O pistão abre a válvula. Fluxo reverso Válvula de retenção pilotada Pressão piloto Entrada de fluxo livre Saída de fluxo livre Porca do pistão piloto Pistão piloto Dreno ou pressão piloto de fechamento Sede Pistão Válvulas de retenção pilotadas 101 As figuras seguintes mostram a operação de uma válvula de retenção convencional, sem a pressão piloto aplicada. Como mostra a próxima ilustração, o fluxo reverso acontece somente quando uma pressão de, no mínimo 80% da pressão de saída, é efetiva contra o pistão piloto. Sem pressão piloto Sem pressão piloto Pressão piloto Dreno Fluxo livre Fluxo impedido Fluxo reverso A válvula também pode funcionar sem a mola, em aplicações onde se deseja manter o pistão aberto ou fechado. No tipo sem mola, os pórticos de dreno e de piloto funcionam como pórticos de atuação de pressão piloto e são reversíveis através de uma válvula direcional separada. A pressão piloto é usada para manter a válvula na posição desejada. Dreno Válvulas de retenção pilotadas 102 Dreno Pressão piloto fecha a válvula Fluxo impedido Uma válvula direcional re- verte os pórticos de dreno e pressão piloto. Pressão Pressão piloto Fluxo reverso permitido Válvulas de retenção pilotadas 103 No avanço rápido, a válvula A é posicionada para dirigir o óleo (P → A) para a cabeça do cilindro D e a válvula direcional B dirige o fluxo da bomba piloto (P → B) para abrir a válvula de retenção pilotada E. A descarga D passa pela válvula E e se dirige livremente ao tanque através de A. Ao terminar o avanço rápido, o came do cilindro D atua a chave fim-de-curso LS, desativando a bobina da válvula B que bloqueia o fluxo da bomba piloto. A válvula de retenção E se fecha. O óleo proveniente de D é obrigado a passar pela válvula controladora C que ajusta a velocidade lenta de D. No retorno de D, a válvula direcional A é invertida; o óleo segue (P → B), passa pela válvula E e alcança o lado da haste de D, provocando o seu retorno rápido. Passagem de avanço rápido a lento usando válvula de retenção rápida Válvulas direcionais 104 VÁLVULAS DIRECIONAIS OBJETIVOS: • reconhecer a função básica das válvulas direcionais; • reconhecer tipos de válvulas direcionais quanto ao tipo de elemento interno, número de vias (passagens) e número de posições; • interpretar aplicações de válvulas direcionais em circuitos hidráulicos. VÁLVULAS DE DUAS E DE QUATRO VIAS A função dessas válvulas é direcionar um fluxo de entrada para qualquer um dos pórticos de saída. O fluxo do pórtico P pode ser dirigido a qualquer dos pórticos A ou B. Na válvula de quatro vias, o pórtico alterado está aberto ao tanque, permitindo ao fluxo retornar ao reservatório. Tanque Bomba Cilindro (pórtico A) Cilindro (pórtico B) Válvula de duas vias Duas trajetórias de fluxo Símbolos gráficos Trajetórias seguidas pelo fluxo nas válvulas de duas vias Válvulas direcionais 105 Válvula de quatro vias Quatro trajetórias de fluxo Símbolos gráficos Trajetórias seguidas pelo fluxo nas válvulas de quatro vias Nas válvulas de duas vias, o pórtico alternado está bloqueado e o pórtico do tanque serve somente para drenar o vazamento interno da válvula. A maioria dessas válvulas é do tipo carretel deslizante, apesar de existirem válvulas rotativas, usadas principalmente para controle do piloto. São construídas para duas ou três posições, sendo que as de três posições têm posição central (neutra). Válvulas direcionais 106 VÁLVULA ROTATIVA DE QUATRO VIAS Essa válvula consiste simplesmente de um rotor que trabalha com uma mínima folga no corpo. As passagens no rotor ligam ou bloqueiam os pórticos do corpo da válvula fornecendo as quatro vias de fluxo. Se necessário, uma terceira posição pode ser incorporada. As válvulas rotativas são atuadas manual ou mecanicamente. São capazes de inverter as direções de movimento de cilindros e de motores; entretanto, são usadas mais como válvulas-piloto para controlar outras válvulas. Exemplo: fornecer movimentos recíprocos dos cabeçotes de retífica. Válvula rotativa de quatro vias O rotor gira no corpo para interligar ou bloquear os pórticos Centro fechado (todas as aberturas bloqueadas) Símbolos gráficos Tanque Tanque Tanque Bomba Bomba Bomba Corpo VÁLVULAS DE DUAS VIAS TIPO CARRETEL Naválvula direcional tipo carretel, um carretel cilíndrico desliza num furo no corpo da válvula. Os pórticos, através de passagens fundidas ou usinadas no corpo da válvula, são interligados através de canais (rebaixos) no carretel ou bloqueados pela parte “cheia” cilíndrica do mesmo. A válvula de duas vias permite a seleção de duas vias de fluxo. Numa posição, o fluxo é livre do pórtico P para A; na outra posição, de P para B. Os outros pórticos e passagens estão bloqueados. Válvulas direcionais 107 VÁLVULA DE QUATRO VIAS TIPO CARRETEL Essa válvula é idêntica àquela de duas vias, exceto pelo desenho do carretel, que é dimensionado com áreas de bloqueio menores para permitir o retorno de fluxo ao tanque T. Válvula de quatro vias tipo carretel deslizante Válvula de duas vias tipo carretel deslizante Pressão A B Tanque O ressalto no carretel im- pede a passagem entre os pórticos Os canais entre os ressaltos permitem passagem entre dois pórticos Pressão B A bloqueado Pressão A B bloqueado O carretel desliza permi- tindo as mudanças nas trajetórias do fluxo Pressão B A Tanque Válvulas direcionais 108 Abaixo, há um exemplo de aplicação de válvula direcional em um circuito de avanço rápido, lento e retorno rápido. Passagem de avanço rápido a lento usando uma válvula direcional A válvula direcional A é posicionada de modo a dirigir o fluxo da bomba ao lado da cabeça do cilindro D. A bobina da válvula B é ativada para permitir que o óleo, proveniente do lado da haste de D, se dirija ao tanque através da válvula A. No final do avanço rápido, um came de D desativa o solenóide de B bloqueando a passagem do óleo pela válvula B; o óleo é, então, controlado pela válvula C, que fornece o ajuste preciso de avanço lento. Para retornar o cilindro D, a válvula A é invertida de modo a permitir que o óleo passe pela válvula de retenção E até o lado da haste do cilindro, propiciando um retorno rápido.
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