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Anatomia do Sistema Locomotor - Rui

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1 
 
UNISUAM 
 
Avaliação – Anatomia do Sistema Locomotor 
Aluno: Rui Oliveira dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2020 
 
2 
 
1. A síndrome do impacto é causada pelo atrito entre as estruturas ósseas, ligamentares, os tendões 
do manguito rotador e a bursa do ombro. O sintoma mais comum é a dor nas partes frontal e 
lateral do braço e dor súbita ao movimentar a região. Muitas vezes, a dor se manifesta com mais 
frequência à noite. Nos casos mais graves, pode haver perda de força e de movimento. Enumere 
os componentes desta articulação, bem como os movimentos e os músculos responsáveis por eles. 
Resposta: A articulação glenoumeral é uma das articulações associadas à cintura escapular que per-
mite uma séria de movimentos do membro superior. Complementarmente, as outras articulações são 
as articulações esternoclaviculares, acromioclaviculares e escapulotorácicas. 
Suas superfícies de articulação são: Fossa glenóide (escápula) e cabeça do úmero. Ela é uma articu-
lação sinovial, ou seja, não diretamente unida; os ossos compartilham a cavidade sinovial que é fe-
chada com a cápsula articular que conecta os ossos. Seus ligamentos são: glenoumeral superior, gle-
noumeral médio, glenoumeral inferior, coracoumeral e umerais transversos. 
Seus movimentos são: 
Flexão: peitoral maior, deltoide (primário; coracobraquial, bíceps braquial (acessório) 
Extensão: deltoide (primário); redondo maior, latíssimo do dorso, cabeça longa do bíceps (acessó-
rio) 
Abdução: deltoide (primário); supraespinhal (acessório) 
Adução: peitoral maior, latíssimo do dorso (primário); redondo maior, cabeça longa do tríceps bra-
quial (acessório) 
Rotação medial: subescapular (primário); peitoral maior, deltoide, redondo maior (acessório) 
Rotação lateral: infraespinhal (primário); redondo menor, deltoide (acessório) 
Músculos do manguito rotador: Supraespinhal, Infraespinhal, Redondo menor, Subescapular 
(SIRS) 
 
2. A fratura de Monteggia é uma fratura da ulna que afeta a articulação com o rádio. Mais precisa-
mente, é uma fratura do terço proximal da ulna com deslocamento da cabeça do rádio. Descreva 
as articulações desta região, bem como a relação de cada acidente anatômico do cotovelo com os 
ligamentos e músculos. 
Resposta: Esta lesão caracteriza-se por uma fratura do terço superior da ulna e uma luxação da arti-
culação radioulnar. 
A articulação do cotovelo é classificada estruturalmente como uma articulação sinovial. Também é 
classificada estruturalmente como uma articulação composta, pois há mais de uma articulação dentro 
da articulação. Uma cápsula fibrosa veste a articulação e é coberta internamente por uma membrana 
sinovial. A articulação do cotovelo é funcionalmente uma articulação em dobradiça, permitindo o 
movimento em apenas um plano (uniaxial). 
• A articulação umeroulnar é o ponto de contato entre o úmero e a ulna. Ela possui um único 
eixo, e é, portanto, uma articulação sinovial em dobradiça que simplesmente se abre e fecha. 
3 
 
As superfícies articulares podem ser encontradas entre a tróclea do úmero e a incisura troclear 
da ulna. 
• A articulação umeroradial é o ponto de contato entre o úmero e o rádio. Ela também é uma 
articulação uniaxial sinovial em dobradiça, que articula o capítulo do úmero à cabeça do rádio. 
• A articulação radioulnar possui uma distinção proximal e distal, devido ao fato de ser com-
posta de duas articulações destacadas, nas extremidades proximal e distal dos ossos. Como as 
outras articulações, a articulação radioulnar proximal também é uniaxial, mas funciona como 
uma articulação em pivô. Suas superfícies articulares são a cabeça do rádio e a incisura radial 
da ulna. 
Paralelamente, existem vários ligamentos que ajudam a reforçar a articulação do cotovelo. Esses in-
cluem os ligamentos colaterais do rádio e da ulna, bem como o ligamento anular: 
• O ligamento colateral ulnar é um ligamento triangular que possui uma banda anterior, uma 
posterior e uma oblíqua. Ele se estende do epicôndilo medial ao processo coronoide e o 
olécrano. 
• O ligamento colateral radial cursa entre o epicôndilo lateral, o ligamento anular e as margens 
anterior e posterior da incisura radial da ulna. 
• O ligamento anular possui a forma de um forte círculo fibroso que cursa desde a margem da 
incisura radial da ulna, envolvendo a cabeça do rádio. Sua função é manter a posição da cabeça 
do rádio durante a pronação e a supinação. 
Os acidentes ósseos do úmero são: Cabeça do úmero (articula-se com a fossa glenoidal da escápula); 
colo anatômico (forma um ângulo obtuso com a cabeça); Tubérculo Menor (medialmente logo abaixo 
do colo); Tubérculo Maior (lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor); Sulco intertubercular; Tu-
berosidade deltoide (elevação triangular áspera para inserção do músculo deltoide e origem do M. 
Braquial); Fossa coronoidea (acima da tróclea, recebe processo coronoide da ulna na flexão do ante-
braço); Fossa olecraniana (recebe o olécrano na extensão do antebraço); Fossa radial; Epicôndilo 
lateral (Localizado lateralmente ao capítulo); Epicôndilo medial (Localiza -se medialmente à tróclea); 
Tróclea (articula-se com a incisura troclear da ulna); e Capítulo (eminência lisa e arredondada. Arti-
cula-se com a cabeça do rádio); 
Os acidentes ósseos do rádio são: Cabeça (chata e articula-se com o capítulo do úmero); Colo do 
Rádio (porção lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça); Tuberosidade Radial (eminência lo-
calizada medialmente, na qual o tendão do bíceps se insere); Incisura Ulnar (Face articular para a 
ulna); Incisura Cárpica ou face articular Carpal (côncava, lisa e articula- se com o osso escafoide e 
semilunar do carpo); Processo Estiloide. 
Os acidentes ósseos da ulna são: Olécrano (eminência grande que forma a ponta do cotovelo); Incisura 
Troclear (grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronoide e serve para articulação 
com a tróclea do úmero); Processo Coronoide (projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da 
ulna); Incisura Radial (articula-se com a cabeça do rádio); Tuberosidade Ulnar; Cabeça da Ulna (emi-
nência articular arredondada localizada lateralmente); Processo Estiloide (Localizado mais medial-
mente e é mais saliente, não articular). 
4 
 
3. Os ossos do quadril são revestidos por um tecido muito liso e macio, a cartilagem articular. Esta 
está nas extremidades de seus ossos. que ajuda a sua articulação do quadril a deslizar suavemente, 
e pode desgastar, ocasionando lesões nas superfícies articulares e a necessidade de intervenção 
cirúrgica, como a artroplastia total de quadril. Na artroplastia total do quadril, tanto a cabeça do 
fémur quanto o acetábulo são substituídos por componentes metálicos, de polietileno ou cerâmica, 
que podem ser fixados ao osso através de uma camada de cimento ósseo (prótese cimentada) ou 
não (prótese não cimentada). Classifique esta articulação, descreva seus componentes e indique a 
origem e inserção dos músculos que a movimentam. 
Resposta: A articulação do quadril, ou articulação coxofemoral, é uma grande articulação sinovial 
em bola e soquete (esferoide) entre a cabeça do fêmur e o acetábulo da pelve. Está estruturada de 
forma que permite o movimento em todos os eixos, enquanto suporta a nossa massa corporal inde-
pendente do período do ano e proporciona estabilidade ao corpo durante o movimento. A articulação 
do quadril é reforçada por uma cápsula e ligamentos fortes; o ligamento anular do quadril e os liga-
mentos acetabular transverso, iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral. 
Os músculos do quadril são todos os músculos que atuam na articulação do quadril. São estes: 
• Os músculos glúteos: dão às nádegas a sua curvatura característica. Existem quatro músculos 
glúteos, localizados posteriormente ao osso pélvico (ilíaco): glúteo máximo, glúteo médio, 
glúteo mínimo e tensor da fascia lata. Todos são potentes extensores e flexores do quadril 
(anca), o que os torna essenciaispara manter a postura ereta do corpo humano. 
 
Origem: Superfície látero-posterior do sacro e do cóccix, superfície glútea 
do ílio (atrás da linha glútea posterior), fascia toracolombar, ligamento 
sacrotuberal
Inserção: Trato iliotibial, tuberosidade glútea do fêmur
Inervação: Nervo glúteo inferior (L5, S1 e S2)
Função: Articulação do quadril (anca): Extensão da coxa, rotação lateral 
da coxa, abdução da coxa (porção superior), adução da coxa (porção 
inferior)
Origem: Superfície glútea do ílio (entre as línhas glúteas anterior e 
posterior)
Inserção: Região lateral do trocânter maior do fêmur
Inervação: Nervo glúteo superior (L5, S1)
Função: Articulação do quadril: Abdução da coxa, rotação medial da coxa 
(porção anterior), estabilização da pelve
Origem: Superfície glútea do ílio (entre as linhas glúteas anterior e 
inferior)
Inserção: Região anterior do trocânter maior do fêmur
Inervação: Nervo glúteo superior (L5, S1)
Função: Articulação do quadril: Abdução da coxa, rotação medial da coxa 
(porção anterior), estabilização da pelve
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: Trato iliotibial
Inervação: Nervo glúteo superior (L5, S1)
Função: Articulação do quadril: rotação medial da coxa (abdução fraca da 
coxa / flexão / extensão); Articulação do joelho: extensão da perna, 
rotação lateral da perna.
Glúteo máximo
Glúteo médio
Glúteo mínimo
Tensor da fáscia lata
5 
 
• Existem nove músculos internos do quadril, encontrados na região anterior da pelve: ilíaco, 
psoas maior, psoas menor, obturador externo, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo in-
ferior, piriforme e quadrado femoral. 
 
Origem: Fossa ilíaca
Inserção: Trocânter menor do fêmur
Inervação: Nervo femoral (L2-L4)
Função: Articulação coxofemoral: flexão da coxa
Origem: Corpos vertebrais de T12-L4, discos intervertebrais entre T12-L4, processos 
(apófises) costais das vértebras L1-L5
Inserção: Trocânter menor do fêmur
Inervação: Ramos do plexo lombar (L1-L3)
Função: Articulação coxofemoral: flexão da coxa e do tronco, rotação lateral da coxa, 
flexão lateral do tronco
Origem: Corpos vertebrais das vértebras T12-L1
Inserção: Eminência iliopúbica, linha pectínea do pubis
Inervação: Ramos do plexo lombar (L1-L3)
Função: Articulação coxofemoral: flexão da coxa e do tronco, rotação lateral da coxa, 
flexão lateral do tronco
Origem: Face anterior da membrana obturadora, limites ósseos do forame (buraco) 
obturado (obturador)
Inserção: Fossa trocantérica do fêmur
Inervação: Nervo obturador (L3, L4)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, abdução da coxa (de um 
quadril flexionado), estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo
Obturador interno
Origem: Ramo isquiopúbico, face posterior da membrana obturadora
Inserção: Face medial do trocânter maior do fêmur
Inervação: Nervo para o obturador interno (L5, S1)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, abdução da coxa (de um 
quadril flexionado), estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo
Gêmeo superior
Origem: Espinha isquiática
Inserção: Face medial do trocânter maior (através do tendão do obturador interno)
Inervação: Nervo para o obturador interno (L5, S1)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, abdução da coxa (de um 
quadril flexionado), estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo
Gêmeo inferior
Origem: Tuberosidade isquiática
Inserção: Face medial do trocânter maior, (através do tendão do obturador interno)
Inervação: Nervo para o quadrado femoral (L5, S1)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, abdução da coxa (de um 
quadril flexionado), estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo
Origem: Face anterior do sacro
Inserção: Ápice do trocânter maior do fêmur
Inervação: Nervo para o piriforme (S1-S2)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, abdução da coxa (de um 
quadril flexionado), estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo
Origem: Tuberosidade isquiática
Inserção: Crista intertrocantérica do fêmur
Inervação: Nervo para o quadrado femoral (L5, S1)
Função: Articulação coxofemoral: rotação lateral da coxa, estabiliza a cabeça do fêmur 
no acetábulo
Psoas menor
Obturador externo
Tríceps da coxa
Piriforme
Quadrado femoral
Ilíaco
Psoas maior
6 
 
Os ligamentos que formam a articulação do quadril são: 
• Cápsula Articular: A cápsula articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxofe-
moral. É mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior 
resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa. 
• Ligamento Iliofemoral: É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação. 
Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la. 
• Ligamento Pubofemoral: Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube; distal-
mente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do ligamento iliofe-
moral. 
• Ligamento Isquiofemoral: Consiste em um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce no 
ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares da cápsula. 
• Ligamento da Cabeça do Fêmur: É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no 
ápice da fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena 
função como ligamento e algumas vezes está ausente. 
• Orla Acetabular: É uma orla fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, tornando as-
sim mais profunda essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela as desigualdades de sua 
superfície, formando assim um círculo completo que circunda a cabeça do fêmur e auxilia na 
contenção desta em seu lugar. 
• Ligamento Transverso do Acetábulo: É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por não 
ter fibras cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam a 
incisura acetabular. 
 
4. Torcer o tornozelo durante a prática esportiva é muito comum. Geralmente durante uma entorse 
ocorre o estiramento dos ligamentos ao redor do tornozelo, o que pode ser muito doloroso, po-
dendo até chegar à ruptura dos mesmos. No caso do atacante Neymar - que fissurou o quinto 
metatarso do pé direito durante a vitória do Paris Saint-Germain sobre o Olympique de Marselha 
em fevereiro de 2018 - todos acharam que a princípio seria uma entorse simples, principalmente 
porque os exames iniciais não mostraram nada ligamentar. Mas devido à dor exacerbada, eviden-
ciou-se que a energia da torção passou pelos ligamentos e foi tracionado o osso por um tendão, 
levando à fratura. Descreva e localize os dois principais ligamentos do tornozelo (lig. deltoide e 
lig. colateral lateral), bem como disserte sobre os músculos que podem ter levado à fratura do 
metatarso do jogador Neymar. 
Resposta: 
Ligamento deltoide: Um importante ligamento da articulação do tornozelo é o ligamento deltoide, 
que é composto das partes tibiocalcâneana, tibionavicular e tibiotalar. Ele localiza-se no lado medial 
da articulação do tornozelo, conforme localizado na imagem abaixo, em verde. um feixe triangular, 
robusto e achatado. Consta de dois feixes de fibras: superficial (fibras tibionaviculares, calcaneotibi-
ais e talotibiais posteriores) e profundo (fibras talotibiais anteriores). Sua principal função é estabili-
zar a região medial do tornozelo e impedir o movimento de eversão. 
7 
 
 
Foto do acervo do site Kenhub. 
• Fibras Tibionaviculares: Estão inseridas na tuberosidade do osso navicular e posterior a este 
elas se unem com a margem medial do ligamento calcaneonavicular plantar. 
• Fibras Calcaneotibiais: Descem quase perpendicularmente para se inserir em toda a extensão 
do sustentáculo do talo do calcâneo. 
• Fibras Talotibiais Posteriores: Dirigem-se lateralmente para se inserir no lado interno do talo 
e no tubérculo proeminente em sua face posterior, medial ao sulco para o tendão do flexor 
longo do hálux. 
• Fibras Talotibiais Anteriores: Estão inseridas na ponta do maléolo medial e na face medial 
dotalo. 
 
Ligamento colateral lateral: Os três ligamentos abaixo são colateralmente referidos como Liga-
mento Colateral Lateral. Ele sustenta o aspecto lateral do tornozelo, impedindo o movimento de in-
versão. Tem origem no maléolo tibial e inserção nos ossos navícula, tálus e calcâneo. Este ligamento 
possui importante papel na restrição da supinação na porção inferior da articulação do tornozelo. 
• Ligamento Talofibular Anterior: Dirige-se anterior e medialmente da margem anterior do ma-
léolo fibular para o talo, anteriormente à sua faceta articular lateral. 
• Ligamento Talofibular Posterior: Corre quase horizontalmente da depressão na parte medial 
e posterior do maléolo fibular para um tubérculo proeminente na face posterior do talo, ime-
diatamente lateral ao sulco para o tendão do flexor longo do hálux. 
• : É um cordão estreito e arredondado que corre do ápice do maléolo fibular para um tubérculo 
na face lateral do calcâneo. 
 
. 
8 
 
 
Foto encontrada na internet. 
 
Sobre a fatura do jogador Neymar: 
O metatarso é o osso mais comprido na região do dorso do pé. São cinco ossos nesta área, 
porém como o quinto metatarso está ligado ao dedo mindinho, ele fica na lateral externa do pé, o 
que o deixa mais exposto a traumas. 
Para a compreensão, é necessário recapitular o movimento natural do pé durante a marcha. 
Ao tocarmos o solo, nosso pé está em posição de leve inversão (sola do pé apontando para dentro), 
cabendo a dois músculos realizarem a eversão – apontar a sola do pé para fora -, a fim de amortecer 
o impacto e “acertar o pé”, evitando o mecanismo de entorse lateral. Esses músculos pertencem ao 
Compartimento Lateral da Perna, que é constituído pelos Fibulares: Longo e Curto. 
O sentido das fibras desses músculos revela o sentido da contração. Proximalmente, ambos 
estão fixados à face lateral da fíbula; distalmente, o Fibular Curto está inserido na Tuberosidade do 
V Metatarso, já o Longo, na parte inferior do pé (Base do 1º Metatarso e Cuneiforme Medial). 
Dessa forma, por meio de suas inserções e movimentos sinérgicos, o pé é evertido após a aterrissa-
gem. Além disso, esses músculos também realizam leve flexão plantar, contribuindo para aumentar 
a estabilidade, pois o osso tálus é mais estreito na parte posterior, o que favorece a instabilidade 
quando o pé está fletido. A partir desta pequena descrição, notamos que quem está ancorado ao 
quinto metatarso é o Fibular Curto. Por meio deste tendão, no momento de entorses em inversão sú-
bitas, como a de Neymar, é possível que ocorra uma fratura do osso (na base do 5º Metatarso), onde 
está inserido o tendão. 
Isso ocorre pois o tendão serve como impedimento ao movimento de inversão (virar o pé 
para dentro), que quando ocorrido pode avulsionar o osso. Além disso, o mecanismo pode ser po-
tencializado pela contração do músculo Fibular curto, que ao perceber que o pé está sendo invertido 
em demasia, tenta compensar “puxando para seu lado” (eversão). Entretanto, nesse tipo de entorse o 
9 
 
pé geralmente está fixo no solo, o que impede a realização do movimento compensatório. Dessa 
maneira, a contração apenas encurta o músculo sem movimentar a inserção distal, o que tensiona 
ainda mais o tendão e sua inserção, favorecendo a fratura. 
Resumindo, no futebol, entre as partes do corpo mais exigidas estão os pés. Por questões 
anatômicas, grande parte da confluência das cargas axiais (peso do corpo) acontece na região dos 
metatarsos, pois é onde se intercruzam os arcos plantares. Possuímos três arcos plantares, que, sim-
plificadamente, são estruturas que atuam como amortecedores fisiológicos dos pés. 
Neste esporte especialmente, devido à demanda de ampla mobilidade imposta aos pés, além 
da sobrecarga comum das cargas axiais, também acontece a sobrecarga pelo mecanismo de inversão 
súbita e a consequente tensão imposta pela inserção do músculo Fibular Curto. Por isso, o principal 
lesionado dos Metatarsos nesse esporte é justamente o Quinto (V), bem como em outras atividades 
que envolvam súbitas mudanças de direção com associação de longas distâncias percorridas, como 
no basquete.

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