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→ Os membros inferiores suportam todo o peso do corpo quando ele está ereto, bem como estão submetidos a enormes forças quando saltamos ou corremos. → Assim, os ossos dos membros inferiores são mais robustos e mais fortes do que os ossos dos membros superiores. Os três segmentos do membro inferior são coxa, perna e pé. Coxa: → O fêmur é o único osso da coxa, sendo o maior, mais longo e mais forte osso do corpo. → Sua estabilidade é consequência do fato de que ele pode suportar tensões que podem alcançar 280 kg por cm2, ou 2 toneladas por polegada quadrada. → O fêmur posiciona-se mais medialmente, à medida que se inclina em direção ao joelho. Esse posicionamento coloca as articulações do joelho mais próximas ao centro de gravidade do corpo na linha mediana, proporcionando assim um melhor equilíbrio. → Esse trajeto do fêmur, de lateral para medial, é mais encontrado nas mulheres por causa de sua pelve mais larga. Assim, há um ângulo grande na articulação entre o fêmur e a tíbia, que é vertical. Isso pode contribuir para a maior incidência de problemas no joelho em atletas do sexo feminino. → A cabeça quase esférica do fêmur tem uma pequena depressão em seu centro chamada fóvea da cabeça do fêmur. Além disso um ligamento curto, o ligamento redondo da cabeça do fêmur, vai dessa depressão ao acetábulo do osso do quadril. A cabeça do fêmur é suportada por um colo do fêmur, que se projeta lateralmente em ângulo com a diáfise do osso. Esse trajeto angulado ocorre pelo fato de que o fêmur articula -se com a face lateral da pelve, em vez de se articular com sua região inferior. O colo é a parte mais fraca do fêmur e é frequentemente fraturado quando se “quebra a bacia”. Fratura do quadril causada por osteoporose Quando idosos descrevem que caíram e “quebraram a bacia”, na maioria das vezes a ordem dos eventos é inversa. A perda óssea em decorrência da osteoporose faz que o colo do fêmur — osso normal e saudável que resiste ao constante estresse a que está submetido — enfraqueça e frature, causando assim a queda da pessoa. → Na junção da diáfise e do colo estão o trocanter maior lateralmente e o trocanter menor posteromedialmente, que proporcionam locais para fixação muscular. Os dois trocanteres estão interligados pela linha intertrocantérica anteriormente e pela crista intertrocantérica posteriormente. Inferior à crista intertrocantérica, na face posterior da diáfise, está a tuberosidade glútea. A parte inferior dessa tuberosidade junta - se com uma elevação vertical longa, a linha áspera. Essas áreas também são locais de fixação muscular. → Distalmente, o fêmur expande -se para terminar nos côndilos lateral e medial, em forma de rodas largas (essas são as superfícies que se articulam com a tíbia). Os pontos mais elevados ao lado desses côndilos são os epicôndilos lateral e medial, onde os músculos e ligamentos se fixam (o tubérculo do adutor é uma intumescência na parte superior do epicôndilo medial). → Anteriormente, os dois côndilos estão separados por uma face patelar lisa, que se articula com a patela (rótula). Posteriormente, os côndilos são separados por uma fossa intercondilar profunda. Estendendo -se superiormente a partir dos respectivos côndilos para a linha áspera estão as linhas supracondilares lateral e medial. → A patela é um osso sesamoide triangular que mantém o tendão dos músculos do quadríceps femoral anteriormente à tíbia. Ela tem a função de proteger a articulação do joelho anteriormente e melhora a alavancagem do músculo quadríceps, ao agir no joelho. MEMBROS INFERIORES FÊMUR Perna: → O termo perna se refere à parte do membro inferior entre o joelho e o tornozelo, sendo que, dois ossos paralelos, a tíbia e a fíbula, formam o esqueleto da perna. → A tíbia, localizada medialmente, é mais maciça do que a fíbula e articulam entre si, tanto superior como inferiormente. Contudo, ao contrário das articulações entre o rádio e a ulna no antebraço, as articulações tibiofibulares não permitem quase nenhum movimento. Uma membrana interóssea conecta a tíbia e a fíbula ao longo de todo o seu comprimento. → A tíbia articula-se com o fêmur para formar a articulação do joelho e com o osso tálus do pé (tarso) na articulação do tornozelo. → A fíbula não contribui para a articulação do joelho e somente ajuda a estabilizar a articulação do tornozelo. → A tíbia “canela” recebe o peso do corpo a partir do fêmur e o transmite para o pé. → É o segundo maior osso (depois do fêmur) em tamanho e resistência. → Na sua epífise proximal os côndilos lateral e medial dispõem -se lado a lado na parte superior da diáfise, e se articulam com os côndilos do fêmur. Os côndilos da tíbia são separados pela eminência intercondilar. Na parte inferior do côndilo da tíbia lateral está uma face que se articula com a fíbula para formar a articulação tibiofibular. Imediatamente inferior aos côndilos, na superfície anterior da tíbia, está a tuberosidade da tíbia, local de inserção do ligamento da patela. → A diáfise da tíbia é triangular em secção transversal. A margem anterior acentuada fica logo abaixo da pele e é facilmente palpável. → Distalmente, a extremidade da tíbia é plana onde ela se articula com o tálus do pé. Medial a essa superfície de articulação, a tíbia tem uma projeção inferior chamada maléolo medial (“pequeno martelo”), que forma a protuberância medial do tornozelo. A incisura fibular, na face lateral da epífise distal da tíbia, articula com a fíbula, formando a sindesmose tibiofibular. Fraturas do tornozelo Os maléolos medial e lateral são comumente fraturados quando o pé é forçosamente invertido ou evertido no tornozelo, isto é, quando apoiamos no solo com a margem lateral do pé e apontamos sua planta medialmente (inversão) ou na margem medial e apontamos a planta lateralmente (eversão). Esse tipo de lesão ocorre com frequência na população em geral e em pessoas que participam de esportes de contato. TÍBIA → A fíbula, está localizada lateralmente à tíbia, é um osso delgado e longo com duas extremidades expandidas. → Sua extremidade superior é a cabeça e sua extremidade inferior é o maléolo lateral. Esse maléolo forma a protuberância lateral do tornozelo e articula -se com o osso tálus do pé (tarso). A diáfise da fíbula é bastante sulcada, além disso a fíbula não suporta peso, mas vários músculos se originam a partir dela. Pé → O esqueleto do pé compreende os ossos tarsais, os ossos metatarsais e as falanges, ou ossos do dedo do pé. → O pé tem duas funções importantes: ele suporta o peso do corpo e atua como uma alavanca para impulsionar o corpo para a frente durante uma caminhada ou corrida. → Um único osso poderia servir a ambos os propósitos, mas teria um desempenho pobre em um terreno irregular. Sua estrutura multicomponente torna o pé flexível, evitando esse problema. → O tarso corresponde à metade posterior do pé e contém em seu conjunto sete ossos chamados tarsais. → O peso do corpo é suportado principalmente pelos dois maiores ossos tarsais, mais posteriores: o tálus (“tornozelo”), que se articula com a tíbia e a fíbula superiormente, e o robusto calcâneo (“osso do calcanhar”), que forma o calcanhar do pé. → A tíbia articula -se com o tálus na tróclea do tálus. Inferiormente, o tálus articula -se com o calcâneo. → O espesso tendão dos músculos do compartimento posterior da perna (panturrilha) insere -se à superfície posterior do calcâneo. A parte do calcâneo que toca o solo é a tuberosidade do calcâneo e a projeção medial em forma de prateleira é o sustentáculo do tálus. → Os demais ossos do tarso são o cuboide (em forma de cubo) lateralmente,o navicular (em forma de navio) medialmente e os cuneiformes (em forma de cunha) medial, intermédio e lateral anteriormente. FÍBULA TARSO → O metatarso do pé, que corresponde ao metacarpo da mão, consiste de cinco ossos pequenos e alongados chamados metatarsais, em seu conjunto, que são numerados de I a V começando do lado medial do pé. → O primeiro metatarsal, na base do hálux (primeiro dedo do pé), é o maior e desempenha um papel importante quanto ao apoio do peso do corpo. → Os metatarsais são mais aproximadamente paralelos uns aos outros do que os metacarpais na palma da mão. → Distalmente, onde os metatarsais articulam -se com as falanges proximais dos dedos dos pés, a cabeça alargada do primeiro metatarsal constitui a chamada “bola” do pé. Fratura por estresse do metatarso Uma das lesões mais comuns nos pés, essa fratura resulta de estresse repetitivo no pé, como resultado de marcha ou corrida prolongada. O segundo e terceiro metatarsais são os mais afetados. O tratamento geralmente envolve repouso do pé e uso de botas gessadas, ou sapatos com palmilhas que concentram o peso do corpo no calcâneo. → As 14 falanges dos dedos dos pés são menores do que aquelas dos dedos das mãos e, por isso, são menos hábeis. → Existem três falanges em cada dedo, exceto para o I dedo (o hálux), que tem apenas duas falanges. Assim como na mão, esses ossos são nomeados falanges proximal, média e distal. → Uma estrutura composta de múltiplos componentes só pode suportar peso se for arqueada. O pé tem três arcos: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso. → Esses arcos são mantidos pelo formato de intertravamento dos ossos do pé, por ligamentos fortes e pela tração de alguns tendões durante a atividade muscular (os ligamentos e tendões também proporcionam resiliência). Como resultado, os arcos “cedem” quando é aplicado peso sobre o pé, depois retornam a sua posição original quando o peso é removido. → Ao examinar as pegadas em areia molhada, veremos que a margem medial do pé, do calcanhar à ponta distal do primeiro metatarso, não deixa impressão. Isso acontece porque o arco longitudinal medial faz a curva bem acima do chão. O tálus, perto da articulação talonavicular, é a “pedra -chave” desse arco, que se origina no calcâneo, sobe até o tálus e depois desce aos três metatarsais mais mediais. → O arco longitudinal lateral é muito baixo, pois eleva a margem lateral do pé apenas o suficiente para distribuir parte do peso do corpo para o calcâneo e parte para a cabeça do quinto metatarsal (isto é, para as duas extremidades do arco). O osso cuboide é a pedra -chave desse arco lateral. → Os dois arcos longitudinais servem como pilares para o arco transverso, que corre obliquamente de um lado ao outro do pé, seguindo a linha das articulações tarsometatarsais. Juntos, os três arcos formam uma meia cúpula, que distribui para os ossos do calcanhar aproximadamente metade do peso de uma pessoa, em pé e caminhando, e a outra metade para as cabeças dos metatarsais. METATARSO FALANGES DOS DEDOS DOS PÉS ARCOS DO PÉ → Como mencionado anteriormente, vários tendões correm abaixo dos ossos do pé e ajudam a apoiar os arcos do pé. Os músculos associados a esses tendões são menos ativos quando a pessoa está em pé do que caminhando. Portanto, pessoas que ficam o dia todo em pé em seu trabalho podem desenvolver arcos caídos, ou “pés chatos”. Correr em superfícies duras também pode causar esse efeito de arcos caídos, a menos que a pessoa use sapatos que deem sustentação adequada aos arcos. Músculos anteriores e mediais / origem na pelve ou nas vértebras Iliopsoas: É uma composição de dois músculos intimamente relacionados (o ilíaco e o psoas maior), cujas fibras passam sob o ligamento inguinal e se inserem no fêmur via um tendão comum. Ilíaco: se origina da fossa ilíaca e da asa do sacro músculo lateral. É plano e em forma de leque. Atua como agonista na flexão da coxa e na flexão do tronco (como no arqueamento do tronco). Inerva o nervo femoral (L2 e L3). Psoas maior: É um músculo medial, longo e espesso do par muscular. (Os açougueiros se referem a esse músculo como filé -mignon). Atua promovendo a flexão lateral da coluna vertebral; importante músculo postural. Inerva os ramos ventrais L1-L3. Tensor da fáscia lata: Está confinado entre as camadas de fáscia na face lateral da coxa; associado funcionalmente com os rotadores mediais e flexores da coxa. Atua estabilizando o tronco na coxa, enrijecendo o trato iliotibial; flexiona, abduz e gira medialmente a coxa Músculos do compartimento anterior da coxa Sartório: É um músculo superficial em forma de fita que segue obliquamente pela superfície anterior da coxa até o joelho; músculo mais longo do corpo; cruza as articulações do quadril e do joelho. Atua flexionando, abduz e gira lateralmente a coxa; flexiona a perna (fraco) como em um chute no futebol; ajuda a produzir a posição de pernas cruzadas (posição de lótus) Quadríceps femoral: Possui quatro cabeças distintas que formam a musculatura anterior e lateral da coxa. Essas cabeças (músculos reto femoral e vastos lateral, medial e intermédio) possuem um tendão de inserção comum, o tendão do quadríceps, que se insere na patela e depois, via ligamento da patela, na tuberosidade da tíbia. Atua como um extensor da perna utilizado na escalada, salto, corrida e ao levantar da posição sentada. O grupo é inervado pelo nervo femoral. O tônus do quadríceps é importante no fortalecimento da articulação do joelho. • Reto femoral: é um músculo superficial do compartimento anterior da coxa, onde se posiciona em linha reta, é a cabeça mais longa e única do grupo do quadríceps a cruzar a articulação do quadril. Atua estendendo a perna e flexionando a coxa. • Vasto lateral: maior cabeça do grupo, forma a face lateral da coxa; um local comum de injeção intramuscular. Atua estendendo a perna e estabilizando o joelho. • Vasto medial: forma a face inferomedial da coxa. Atua estendendo a perna; as fibras inferiores estabilizam a patela. • Vasto intermédio: encoberto pelo reto femoral; situado entre o vasto lateral e o vasto medial na coxa, anteriormente. Atua estendendo a perna. Músculos do compartimento medial da coxa Pectíneo: é um músculo curto e plano; sobrejacente ao adutor curto, proximalmente na coxa; adjacente ao adutor longo medialmente. Atua aduzindo, flexionando e girando medialmente a coxa. Grácil: é um músculo longo, fino e superficial da coxa medialmente. Atua aduzindo a coxa, flexionando e girando medialmente a perna, especialmente durante a marcha. MÚSCULOS Adutores: Essa grande massa muscular consiste em três músculos (longo, curto e magno) que formam a face medial da coxa. Eles originam-se na parte inferior da pelve e se inserem em vários níveis no fêmur. Todos são utilizados nos movimentos que pressionam as coxas uma contra a outra (como montar em um cavalo); importantes nos movimentos de inclinação da pelve que ocorrem durante a marcha e na fixação do quadril quando o joelho é flexionado e o pé está fora do chão. O grupo inteiro é suprido pelo nervo obturatório. A tensão ou alongamento de um músculo deste grupo se chama “distensão da virilha”. • Adutor longo: está sobrejacente ao adutor magno; mais anterior dos músculos adutores. Atua aduzindo, flexionando e girando medialmente a coxa. • Adutor curto: está em contato com o músculo obturador externo; sobreposto pelo adutor longo e pelo pectíneo. Atua aduzindo e roda medialmente a coxa. • Adutor magno: é um músculo triangular com umainserção ampla; é um músculo composto, com uma ação parcialmente de adutor e parcialmente de extensor. A parte anterior aduz, roda medialmente e flexiona a coxa; a parte posterior é sinergista dos músculos do comportamento posterior na extensão da coxa Músculos posteriores / músculos da região glútea Glúteo máximo: maior e mais superficial dos músculos glúteos; forma o volume da massa dos glúteos; os fascículos são espessos; um local de injeção intramuscular (região dorso glútea); sobrejacente ao grande nervo isquiático; cobre o túber isquiático apenas quando a pessoa está em pé; quando sentada, move -se superiormente, expondo o túber isquiático sob a pele. Atua como principal extensor da coxa. Glúteo médio: músculo espesso coberto em grande parte pelo glúteo máximo; local importante para injeções intramusculares (região ventro glútea); considerado mais seguro que o dorso glúteo porque há menos chance de lesionar o nervo isquiático. Atua abduzindo e rodando medialmente a coxa. Glúteo mínimo: menor e mais profundo dos músculos glúteos. Músculos do compartimento posterior da coxa Bíceps Femoral: é o músculo mais lateral do grupo; origem a partir de duas cabeças. Atua estendendo a coxa e flexionando a perna. Semitendíneo: está situado medialmente em relação ao bíceps femoral; seu tendão longo e delgado começa aproximadamente a dois terços do caminho na coxa. Atua estendendo a coxa e flexionando a perna. Semimembranáceo: é o mais profundo que o semitendíneo. Ele estende a coxa e flexiona a perna. Músculos da região glútea: rotadores laterais Piriforme: é um músculo piramidal localizado posteriormente em relação à articulação do quadril. Inferior ao glúteo mínimo; sai da pelve via incisura isquiática maior. Ele roda lateralmente a coxa estendida. Obturador externo: é um músculo triangular plano e profundo na superfície medial superior da coxa. Obturador interno: circunda o forame obturado no interior da pelve; sai da pelve via incisura isquiática menor e faz uma curva aguda para se inserir no fêmur. Gêmeo — superior e inferior: dois músculos pequenos com inserções e ações comuns; considerados como partes extrapélvicas do obturador interno. Quadrado femoral: é um músculo curto e espesso; o mais inferior dos músculos rotadores laterais; estende -se lateralmente a partir da pelve. Atua rodando a coxa lateralmente e estabiliza a articulação do quadril. Músculos do compartimento anterior da perna Tibial anterior: músculo superficial da perna anteriormente; segue em paralelo com a margem anterior da tíbia. Atua como agonista na flexão dorsal. Extensor longo dos dedos: músculo unipeniforme na superfície anterolateral da perna; lateral ao músculo tibial anterior. Atua como agonista na extensão dos dedos do pé. Fibular terceiro: músculo pequeno; geralmente contínuo à parte distal do extensor longo dos dedos; nem sempre está presente. Atua na flexão dorsal e eversão do pé. Extensor do hálux: profundo ao extensor longo dos dedos e ao tibial anterior. Ele estende o hálux e realiza a flexão dorsal do pé. Músculos do compartimento lateral da perna Fibular longo: músculo lateral superficial; sobrejacente à fíbula. Realiza a flexão plantar e eversão do pé. Fibular curto: o menor músculo; profundo ao fibular longo; confinado em uma bainha comum. Realiza a flexão plantar e eversão do pé. Músculos superficiais do compartimento posterior da perna Gatrocnêmicos: par de músculos superficiais, realiza a flexão plantar do pé e cruzam a articulação do joelho, flexionam a perna e o pé. Sóleo: músculo da panturrilha amplo e plano, profundo aos gastrocnêmios. Realiza a flexão plantar do pé; importante músculo locomotor e postural durante a marcha, corrida e dança. Plantar: geralmente um músculo pequeno e fraco, mas com tamanho e alcance variáveis; pode estar ausente. Ajuda na flexão da perna e na flexão plantar do pé. Músculos profundos do compartimento posterior da perna Poplíteo: músculo fino e triangular posteriormente no joelho; dirige-se inferior e medialmente para a face posterior da tíbia. Ele flexiona e roda a perna medialmente para desbloquear o joelho em extensão total quando a flexão começa. Flexor longo dos dedos: músculo longo e estreito; dirige-se medialmente; e parcialmente sobre o tibial posterior. Realiza a flexão plantar e inversão do pé; flexiona os dedos; ajuda a “prender” o pé no solo. Flexor longo do hálux: músculo bipeniforme; situado lateralmente ao tibial posterior. Realiza a flexão plantar e inversão do pé; flexiona o hálux em todas as articulações; músculo de “partida” durante a marcha. Tibial posterior: músculo espesso e plano profundamente ao sóleo; situado entre os flexores posteriores. Atua como agonista principal na inversão do pé. Músculo do dorso do pé Extensor curto dos dedos: músculo pequeno e quadripartido no dorso do pé. Ajuda a estender os dedos do pé nas articulações metatarsofalângicas. Músculos da planta do pé • 1° camada Flexor curto dos dedos: músculo em forma de faixa no meio da sola; corresponde ao flexor superficial dos dedos do antebraço e se insere nos dedos da mesma maneira. Ele flexiona os dedos do pé. Abdutor do hálux: abduz o hálux. • 2° camada Quadrado plantar: músculo retangular profundo ao flexor curto dos dedos na metade posterior da planta; duas cabeças; flexor acessório. Ajusta a tração oblíqua do flexor longo dos dedos. Lumbricais: quatro pequenos músculos em forma de “verme” (como os lumbricais da mão). Ele flexiona os dedos do pé nas articulações metatarsofalângicas e estende os dedos nas articulações interfalângicas. • 3° camada Flexor curto do hálux: cobre o primeiro metatarsal. Ele fixa o hálux na articulação metatarsofalângica. Adutor do hálux: cabeças oblíqua e transversa; profundo aos lumbricais. Ajuda a manter o arco transverso do pé. Flexor curto do dedo mínimo: cobre o metatarsal V. Ele flexiona o dedo mínimo do pé na articulação metatarsofalângica. • 4° camada Interósseos plantares e dorsais: três plantares e quatro dorsais; similares aos interósseos palmares e dorsais da mão quanto à localização, conexões e ações; no entanto, o eixo longitudinal do pé em torno do qual esses músculos se orientam é o segundo dedo, não o terceiro. Articulações do Joelho (Tortora, 14 ed) → É a maior e mais complexa articulação do corpo. → Permite uma rotação medial e lateral, quando está na posição de flexão e durante a extensão da perna. → É composta e bicondilar, já que o fêmur e a tíbia possuem duas superfícies condilares. → Nas articulações do joelho, os côndilos do fêmur deslizam sobre os côndilos da tíbia, como “pneus em estrada”. → A articulação do joelho (articulação tibiofemoral) é a maior e mais complexa articulação do corpo. → Trata-se de uma articulação do tipo gínglimo modificada (porque seu movimento principal é um movimento de dobradiça uniaxial) que consiste em 3 articulações dentro de uma única cavidade articular: 1. Lateralmente se encontra a articulação tibiofemoral, entre o côndilo lateral do fêmur, o menisco lateral e o côndilo lateral da tíbia, que consiste no osso de sustentação de peso da perna. 2. Medialmente se encontra a outra articulação tibiofemoral, entre o côndilo medial do fêmur, o menisco medial e o côndilo medial da tíbia. 3. A articulação femoropatelar é aquela intermediária entre a patela e a face patelar do fêmur. Ligamento da patela: Continuação do tendão comum de inserção do músculo quadríceps femoral que se estende da patela até a tuberosidade da tíbia. Tambémreforça a parte anterior da articulação. A face posterior do ligamento é separada da membrana sinovial da articulação por um corpo adiposo infrapatelar. Ligamento poplíteo oblíquo: Um largo ligamento achatado que se estende da fossa intercondilar e do côndilo lateral do fêmur até a cabeça e o côndilo medial da tíbia. O ligamento reforça a parte posterior da articulação. Ligamento poplíteo arqueado: Estende-se do côndilo lateral do fêmur até o processo estiloide da cabeça da fíbula. Reforça a parte lateral e inferior da face posterior da articulação. Ligamento colateral tibial: Ligamento largo e achatado que se encontra na face medial da articulação e que se estende do côndilo medial do fêmur até o côndilo medial da tíbia. Os tendões dos músculos sartório, grácil e semitendíneo, que reforçam a face medial da articulação, cruzam o ligamento. O ligamento colateral tibial está firmemente fixado ao menisco medial. Ligamento colateral fibular: Forte ligamento arredondado que se encontra na face lateral da articulação e que se estende do côndilo lateral do fêmur até o lado lateral da cabeça da fíbula. Reforça a face lateral da articulação. O ligamento é coberto pelo tendão do músculo bíceps femoral. O tendão do músculo poplíteo é profundo ao ligamento. Ligamento cruzado anterior: Estende-se posterior e lateralmente de um ponto anterior à área intercondilar da tíbia até a parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur. Esse ligamento limita a hiperextensão do joelho (que normalmente não ocorre nessa articulação) e evita o deslizamento anterior da tíbia sobre o fêmur. Esse ligamento é estirado ou rompido em ARTICULAÇÕES cerca de 70% de todas as lesões graves de joelho. Ligamento cruzado posterior: Estende-se anterior e medialmente a partir de uma depressão na área intercondilar posterior da tíbia e do menisco lateral até a parte anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur. Esse ligamento evita o deslizamento posterior da tíbia (e deslizamento anterior do fêmur) quando o joelho é flexionado, o que é muito importante para descer degraus ou uma ladeira íngreme. Articulação do Tornozelo (Marieb, 7 ed) → A articulação do tornozelo é uma diartrose cilíndrica, entre 1) as extremidades inferiores da tíbia e fíbula unidas e 2) o tálus do pé. → Essa articulação permite apenas a dorsiflexão e a flexão plantar. → A articulação do tornozelo tem uma cápsula que é fina anterior e posteriormente, mas espessada com ligamentos, medial e lateralmente. → O robusto ligamento colateral medial (deltóideo) estende-se do maléolo medial da tíbia para uma longa linha de inserção nos ossos navicular e tálus e no sustentáculo do tálus do calcâneo. No outro lado do tornozelo, o ligamento colateral lateral consiste de três faixas que vão desde o maléolo lateral da fíbula aos ossos do pé: os ligamentos talofibulares anterior e posterior e o ligamento calcaneofibular, que se estende inferoposteriormente para atingir o calcâneo. Funcionalmente, os ligamentos colaterais evitam o deslizamento anterior e posterior do tálus e do pé. → Formando a profunda articulação do tornozelo com encaixe em forma de U, as extremidades inferiores da tíbia e da fíbula são unidas por ligamentos próprios: os ligamentos tibiofibulares anterior e posterior e a parte inferior da membrana interóssea.
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