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Direito Penal I. Crime tentado e empreendimento Ação penal pública e privada

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Docente: Guilherme Dutra Marinho Cabral
Discente: Lucas Campos. 
Disciplina: Direito Penal I
Turma: 20- A
Crime tentado e de empreendimento
1) Diferença entre tentativa e consumação 
 Art. 14 - Diz-se o crime:  
        Crime consumado 
        I - Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
        Tentativa 
        II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.  
        Pena de Tentativa
        Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços
É importante identificar no processo de realização de execução e produção do resultado, o momento a caracterização da tentativa, que marca a impunibilidade. 
 A teoria da tentativa tem por objetivo estabelecer o conceito do inicio da execução, marcando o começo da punibilidade. Sendo constituída pela decisão de realizar o crime, ação de execução especifica do tipo e a ausência ou consumação de um resultado pretendido.
Enquanto a consumação é o crime realizado, ou seja, o autor consegue atingir o seu alvo desejado.
Exemplo:
Um indivíduo planeja um sequestro, mas a vítima foge (crime tentado), o mesmo c realiza o objeto crime (crime consumado).
2) crime de atentado ou de empreendimento
O crime de atentado ou de empreendimento é definido pela lei como: “Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente”. 
Nesse tipo de teoria o legislador busca punir o autor da tentativa com o a mesma forma de um crime já consumado. Dessa forma o crime de empreendimento não possui diferenciação entre a pena quando praticado na modalidade consumada ou tentada, assim, a punição prevista em lei para sua tentativa é a mesma que a de sua consumação.
Exemplo: 
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a (um) ano, além da pena correspondente à violência.
Tanto o detento que tentar fugir, quanto o detento que consumou a sua fuga terão a mesma pena.
Referências 
SANTOS, Juarez Cirino dos, Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020, 9ª edição. 
 https://wesl.jusbrasil.com.br/artigos/533967887/conheca-os-crimes-de-empreendimento
Ação Penal (Público e Privada)
Introdução:
Com o passar do tempo, o Estado assumiu o dever de distribuir a justiça, com o intuito de preservar os direitos individuais dos indivíduos, desse modo fora criado os tribunais e juízos. Desse modo, surgiu o direito de cada cidadão de provocar o Estado, para que esse ultimo possa solucionar os conflitos e litígios, na esfera criminal, essa prática é chamada de direito da ação penal.
Ação penal:
Segundo doutrinadores, entende-se como ação penal, o ato de invocar a prestação jurisdicional do Estado, assim requerendo em juízo a reparação de um direito já violado.
Ação penal pública:
Segundo Bitencourt, 2021, o Ministério Público é o dominus litis da ação pública, que se inicia através do oferecimento da denúncia em juízo. Um ponto a ressaltar está ligado ao fato de existir duas divisões para esta ação.
· Ação pública incondicionada:
Segundo a regra geral, os crimes previstos na Parte Especial do Código Penal, bem como os que estão na legislação especial, são de ação incondicionada/absoluta.
Com isso compreende-se que o MP não necessita de autorização ou manifestação para iniciar a ação, desse modo percebe-se que caso um policial tenha conhecimento de um crime de ação pública incondicionada, este deverá determinar que se instaure um inquérito policial. (Art. 5°, I, CP).
· Ação pública condicionada
Esse tipo de ação penal, continua sendo iniciada pelo MP, porém será dependente da satisfação de uma condição de procedibilidade para que possa ser instaurada.
Considerando os efeitos mais gravosos aos indivíduos em determinados crimes, o governo à pessoa ofendida o direito de avaliar a oportunidade e a conveniência de promover a ação penal, pois o ofendido poderá optar por suportar a lesão sofrida a expor-se em um tribunal.
Esse tipo de ação é mais complexo, pois de um lado temos o interesse/direito do ofendido em manter o crime ignorado, e por outro lado temos o Estado com o interesse público de punir.
Desse modo, não é movida a ação sem a representação do indivíduo, mas inicia a ação pública pela denúncia, prosseguindo até à decisão final pelo comando do Ministério Público.
“Em alguns casos, o juízo de conveniência e oportunidade é cometido ao Ministro da Justiça, que, na realidade, faz um juízo político sobre tal conveniência. Esses casos são restritos: crimes praticados por estrangeiros contra brasileiros fora do Brasil (art. 7º, § 3º, do CP) e nos crimes praticados contra a honra do Presidente ou contra chefe de governo estrangeiro (art. 145, parágrafo único, 1ª parte)309.” (BITENCOURT; 2021; p.452)
Ação penal de iniciativa privada
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
 § 2º A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
 § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
  § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
 Introdução 
Com base no Código penal iremos ser conteudista para não haver nem um déficit quando as definições. Ação penal privada é promovida pelo ofendido ou representante legal, nos casos expressamente previstos em lei. A queixa é o ato formal de acusação de ação penal privada, com os mesmo requisitos da denuncia: identificação do autor, descrição do ato criminoso, indicação do tipo de crime realizado e pedido de condenação às penas cominadas. Ação privada se caracteriza pela disponibilidade de seu exercício pelo ofendido ou representante legal.
Portanto para fica mais esclarecido que já esta, irei usar uma citação para titulo de complementar, na precisa lição de Frederico Marques: 
"Ação penal privada e aquela em que o direito de acusar pertence, exclusiva ou subsidiariamente, ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo. Ela se denomina privada, porque seu titular é um particular, em ação contraposição à ação penal pública, em que o titular do ius actionis é um órgão estatal: o Ministério Público.” (MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal, v.1, p.321.).
Entrando não paramos por aqui, pois à Ação penal de iniciativa privada vai além do conceito apresentado a cima, ela se subdivide em: a) privada propriamente dita, b) privada subsidiária da publica, c) privada personalíssima. 
Ação Penal Propriamente dita.
Ação privadas propriamente ditas são aquelas promovidas mediante a queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Caso ofendido venha a óbito ou tenha sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação penal passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão nos termos do § 40 do art.100 previsto no Código penal e Código Processual Penal. 
Privada subsidiária da pública. 
As ações penais de iniciativas privada subsidiária da pública encontram respaldo não somente na legislação penal (art. 100, § 30, do CP e art.29 do CPP), como também no texto constitucional (art. 50, LIX), relata que será admitida ação privada nos crimes de ação publica, se esta for intentada no prazo legal. Em razão desses dispositivos legais, se o Ministério Público, por desídia sua, deixar de oferecer denuncia no prazo legal, abre-se ao particular a possibilidade de, substituindo-o, oferecer sua queixa-crime, dando-se, assim inicio à ação penal. 
Privada personalíssima.
A característica da ação privada personalíssima são aquelas ações que somente o ofendido, emais ninguém, pode propô-las. Tal infração penal praticada entendeu por bem a lei penal que determinada infração atinge a vitima de forma tão pessoal, tão intima, que somente ela caberá emitir o seu juízo de pertinência a respeito da propositura ou não dessa ação penal.
Ex: Como exemplo de ação penal de iniciativa personalíssima pode se mencionar aquela que correspondente ao delito previsto no Art.236: 
 Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
O parágrafo único desse artigo assevera que a ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. Afastando- se qualquer possibilidade de ser transferida para as pessoas descritas no Art.100, § 40, do CP, me virtude de sua natureza personalíssima, como bem destacou Mirabete: 
“Só podem ser intentadas única e exclusivamente pelo ofendido, não havendo, portanto, sucessão por morte ou ausência.” (MIRABETE, Júlio Fabrini. Código de processo penal interpretado, p.78.).
Referencias: 
MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. Campinas: Bookseller, 1997, v.1
MIRABETE, Júlio Fabrini. Código de processo penal interpretado. São Paulo: Atlas, 1997 
DOS SANTOS, Juarez Cirino. Direito Penal parte Geral. Florianópolis: Tirant lo blanch, 2018, 8a edição. 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal Parte Geral. Rio de Janeiro , Impetus, 2018, 20ª edição.
DELMANTO, Celso; DELMANTO, Roberto; JUNIOR, Roberto Delmanto. Código Penal comentado. São Paulo : Edição Renovar, 1983, 4a edição.
Código Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tradado de Direito Penal 1 – Parte Geral. Editora Saraiva, 2021. E-book. 9786555590333. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555590333/. Acesso em: 21 ago. 2022.
        
 
 
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