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FISIOPATOLOGIA DERMATOLÓGICA Professor Me. Daniel Zucchi Professora Esp. Izadora Miura Tonon Reitor Márcio Mesquita Serva Vice-reitora Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Pró-Reitor Acadêmico Prof. José Roberto Marques de Castro Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitor Administrativo Marco Antonio Teixeira Direção do Núcleo de Educação a Distância Paulo Pardo Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico B42 Design *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade de Marília Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 CEP 17.525–902- Marília-SP Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia F385m sobrenome, nome nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília: Unimar, 2021. PDF (00p.) : il. color. ISBN xxxxxxxxxxxxx 1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título. CDD – 00000 2 BOAS-VINDAS Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR – Universidade de Marília. Na UNIMAR, a educação sempre foi sinônimo de transformação, e não conseguimos enxergar um melhor caminho senão por meio de um ensino superior bem feito. A história da UNIMAR, iniciada há mais de 60 anos, foi construída com base na excelência do ensino superior para transformar vidas, com a missão de formar profissionais éticos e competentes, inseridos na comunidade, capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio, a fim de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização e da solidariedade humanas. A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o futuro novos sonhos, conquistas e desafios. A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus de mais de 350 alqueires e de suas construções funcionais e conectadas; vêm também do seu corpo docente altamente qualificado e dos seus egressos: mais de 100 mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram suas vidas impactadas e transformadas pelo ensino superior da UNIMAR. Assim, é com orgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR com o mesmo propósito: promover transformação de forma democrática e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa está ligada de forma indissociável à educação. Nós nos comprometemos com essa educação transformadora, investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja ofertada e esteja acessível a todos. Muito obrigado por confiar uma parte importante do seu futuro a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos parceiros neste momento e não mediremos esforços para o seu sucesso! Não vamos parar, vamos continuar com investimentos importantes na educação superior, sonhando sempre. Afinal, não é possível nunca parar de sonhar! Bons estudos! Dr. Márcio Mesquita Serva Reitor da UNIMAR 3 Que alegria poder fazer parte deste momento tão especial da sua vida! Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado em um curso de ensino superior em uma Universidade de excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino, a pesquisa e a extensão universitária. Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as oportunidades, faça amizades e viva as experiências que somente um ensino superior consegue proporcionar. Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede do campus universitário localizado na cidade de Marília, navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR! Muito obrigada por escolher esta Universidade para a realização do seu sonho profissional. Seguiremos, juntos, com nossa missão e com nossos valores, sempre com muita dedicação. Bem-vindo(a) à Família UNIMAR. Educar para transformar: esse é o foco da Universidade de Marília no seu projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são as pessoas que transformam o mundo, e elas só o transformam se estiverem capacitadas para isso. Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transformação pessoal, oferecendo um ensino de qualidade, interativo, inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você tenha a melhor experiência educacional. E, mais do que isso, que você possa desenvolver as competências e habilidades necessárias não somente para o seu futuro, mas para o seu presente, neste momento mágico em que vivemos. A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo seu crescimento pessoal e profissional, mas agora você tem a gente para seguir junto com você. Sucesso sempre! Profa. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária da UNIMAR Prof. Me. Paulo Pardo Coordenador do Núcleo EAD da UNIMAR 4 007 Aula 01: 017 Aula 02: 023 Aula 03: 041 Aula 04: 050 Aula 05: 058 Aula 06: 066 Aula 07: 079 Aula 08: 086 Aula 09: 091 Aula 10: 098 Aula 11: 106 Aula 12: 114 Aula 13: 127 Aula 14: 138 Aula 15: 146 Aula 16: Fisiologia da Pele Derme Fisiologia do Sistema Circulatório Vascular (Sanguíneo e Linfático) Edema Linfedema Lipedema Fibroedema Geloide (Celulite) Flacidez Tissular Flacidez Muscular Envelhecimento Cutâneo Estrias Lipodistrofia (Gordura Localizada) Alopecia Cicatrizes Patológicas Acne Melasma 5 Introdução Olá, alunos! Fisiopatologia é um ramo que se ocupa em estudar os fenômenos que provocam alterações anormais no organismo com o objetivo de identi�car as origens e as etapas de formação das patologias. Também pode se referir a alterações funcionais associadas ou resultantes de doenças ou lesões, e outra de�nição são as mudanças funcionais que acompanham uma determinada doença. Trata-se de uma importante ferramenta para a formação acadêmica do pro�ssional da estética, pois por meio do conhecimento especí�co nesta área, vários campos de estudos são explorados, proporcionando, assim, uma melhor prática embasada em evidências cienti�camente comprovadas. Bons estudos! 6 01 Fisiologia da Pele 7 A pele é um órgão do corpo humano que se constitui de várias estruturas e funções ao longo de sua extensão, agindo como uma barreira física contra o meio externo. É o maior órgão do corpo humano, com 1,5 a 2,0 m², representando 15% do peso corporal no adulto médio. Na pele, a melanina é o que diferencia a cor da pele e vários outros fatores de ordem genética. Assim, a variação de tonalidade depende da quantidade de melanina depositada no corpo. Quanto à cor da pele, o número de melanócitos é aproximadamente o mesmo em todas as raças, e o que varia é o número, morfologia, tamanho e disposição dos melanossomos ou grânulos de melanina por determinação genética. A pele possui algumas funções básicas tais como: Função excretora: representada pela secreção sebácea e sudorípara, tem como objetivo excretar toxinas e resíduos metabólicos. Através da pele são eliminados resíduos do metabolismo corporal. Em condições normais, através do suor que contém 99% de água, são eliminados sais minerais, ureia, ácido úrico e ácidos graxos. Função protetora: a pele se opõe à penetração de substâncias, a camada córnea forma uma barreira capaz de neutralizar e impedir que a epiderme absorva compostos tóxicos ou irritantes. Já a absorção de substâncias pode ser por via transepidérmica (camada epidérmica) ou por via transanexial (através do folículo pilosoe da glândula sebácea). Função de relação: a estimulação das terminações nervosas receptoras permite-nos captar as condições do nosso ambiente imediato. A captação de sensações, tais como o tato, pressão, dor, calor, frio, entre outros, é realizada por receptores sensoriais que se relacionam com o sistema nervoso central. 8 Função termorreguladora: conjunto de mecanismos que permitem manter a temperatura corporal constante. Se a temperatura aumenta, gera-se uma vasodilatação que ativa a sudorese. Se a temperatura diminui, gera-se uma vasoconstrição que ao mesmo tempo ativa mecanismos de termogênese para gerar calor. Função metabólica: síntese de Vitamina D: vitamina absolutamente importante, para que, em nível intestinal, se dê a absorção de cálcio proveniente da alimentação. Reservatório energético: A hipoderme constitui a principal reserva energética do organismo. As células que a integram, os adipócitos, são dotadas de uma intensa atividade metabólica, participando em diversos processos. A pele é constituída por duas camadas justapostas e �rmemente unidas entre si: a epiderme, constituída por epitélio estrati�cado, e a derme, que é uma camada tissular, onde se situam as glândulas sebáceas e sudoríparas, o folículo piloso e as estruturas vasculares e nervosas. Há também a hipoderme, que conecta a pele aos tecidos subjacentes e contém tecido adiposo, mas todas são estruturas importantes para a proteção e funções da pele. 9 Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 120. Epiderme A epiderme é composta por um epitélio pavimentoso estrati�cado e pelos queratinócitos, que são estruturados por quatro camadas que se renovam continuamente, sendo elas: A camada basal ou germinativa é a única célula que entra em contato com a derme e possui quatro espécies de células, sendo a produtora de queratina responsável pela impermeabilidade e pelo fortalecimento da pele; os melanócitos, que são produtores de melanina, atribuem a cor da pele e protegem as células contra os raios solares; células táteis, que contribuem para a sensibilidade ao tegumento; e as células de Langerhans que são a primeira proteção contra os patógenos que fagocitam as bactérias e resíduos 10 estranhos. As camadas dessas células sofrem mitose para recompor as células mortas da epiderme com exceção das células de Langerhans. A camada espinhosa é composta por queratinócitos, portanto, o �lamento de queratina quanto os desmossomos desempenham a função de manter a coesão entre as células epiderme na resistência ao atrito; A camada granulosa é composta por grânulos queratomalina precursora da queratina que previne a perda de água no corpo, impermeabilizando as células; A camada córnea é um processo que transforma os queratinócitos em células córneas exercendo uma função importante para proteger a pele. Esse processo demora em torno de 26 a 28 dias, varia de acordo com as células mortas que se desprendem e esfoliam para que as novas células de camadas que são mais profundas sejam substituídas, portanto, a pele vive se renovando. 11 Fonte: Disponível aqui Células da pele: Queratinócitos – Células grandes, queratina – descamação – migram para ocorrer a epitelização. Melanócitos – Ficam juntos à camada basal e emitem prolongamentos que permitem depositar melanina dentro da camada basal e espinhosa. Células de Langerhans – Encontradas na periferia do estrato espinhoso. Participam na defesa imunológica (ex. reconhecem as áreas para fagocitar). Derivam da medula óssea. Facilitam e colaboram com os linfócitos T. São facilmente lesados pela radiação UV. 12 http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/11/PELE-ALTERA%C3%87%C3%95ES-ANAT%C3%94MICAS-E-FISIOL%C3%93GICAS-DO-NASCIMENTO-%C3%80-MATURIDADE.pdf Células de Merkel – Localizada na camada mais profunda da epiderme, tem importante papel sensorial e constituem cerca de 3% do conjunto de células da pele. Derme A derme é a camada mais profunda da pele, e seus principais componentes são: �broblastos, células dendríticas dérmicas, macrófagos e mastócitos. E os extracelulares são: as �bras colágenas e elásticas e a substância fundamental amorfa. Ela é dividida em dois compartimentos, o mais super�cial é a camada papilar, e a mais profunda é a camada reticular. A camada papilar é a que está mais perto da camada germinativa ou basal da epiderme, e é composta por tecido conjuntivo frouxo, sendo que na sua constituição tem um maior número de células e menor número de �bras, além de possuir mais capilares sanguíneos e linfáticos. É mais delicada e �na quando comparadas às da derme reticular. A camada reticular é mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso não modelado. Sua matriz é composta essencialmente por �bras colágenas, elásticas e reticulares e substância fundamental amorfa. Nesta camada, localizam-se muitas terminações nervosas e serve como local de implantação dos anexos cutâneos (pelos, unhas e glândulas sudoríparas e sebáceas). A derme participa ativamente da nutrição cutânea, do sistema imunológico e da regulação do tônus vascular, contribuindo para a homeostasia. 13 Corte histológico da pele, em que podem ser observadas a camada epidérmica e as duas camadas da derme, a camada papilar e a reticular. Sorrel e Caplan, 2004. 14 Hipoderme A hipoderme é constituída pelo tecido adiposo, conjuntivo frouxo e vascularizado, e representa de 15% a 30% do peso corporal, pois elas aumentam de tamanho devido à reserva celular, condição relacionada ao ganho de peso. A hipoderme não é considerada parte do sistema tegumentar. As funções da hipoderme são: Defesa contra choques físicos: tem como função de proteger os ossos e os órgãos contra traumas, além de modelar o corpo; Isolante térmico: contribui para proteger o corpo contra o frio e ajuda a regulação térmica (termorregulação); Reserva de energia: o nosso corpo armazena energia no tecido adiposo para que possa ser utilizado em momentos de necessidades (exemplo: quando a pessoa �ca em jejum intermitente); Conexão: tem como função �xar a pele e estruturas adjacentes, ligando a derme aos ossos e músculos. Todas as idades têm as mesmas propriedades da pele. Na fase infantil e adolescente, a pele é mais sensível e apresenta pouca maturidade, porém, na adolescência, há muita alteração hormonal, e as glândulas sebáceas produzem mais. Por outro lado, o colágeno e a elastina são produzidos diariamente para dar o sustento à pele. Na fase adulta, o tecido subcutâneo está mais maduro, decorrente da baixa divisão mitótica, consequentemente, vai ocorrer a diminuição do colágeno, iniciando o processo de envelhecimento. O envelhecimento é um processo natural da pele, e para mantê-la saudável, são necessários muitos cuidados – lembrando que isso também está relacionado à qualidade de vida da pessoa. 15 O processo de envelhecimento começa a partir dos 30 anos, aproximadamente, devido à alteração degenerativa das �bras por causa da desorganização do metabolismo, reduzindo a produção e aumentando a degeneração, porém, a transformação da pele começa desde a formação do embrião. 16 02 Derme 17 Olá, estudantes! A derme, como já introduzido na aula passada, é a segunda camada da pele e a mais vascularizada, constituída por um tecido conjuntivo denso irregular. Desse modo, o colágeno oferece resistência pelas �bras reticulares, e as �bras de elastina oferecem elasticidade, que são organizadas no interior para garantir o tônus da pele, servindo também para o suporte das redes vasculares e nervosas. A derme possui vários receptores sensoriais que detectam os estímulos por causa das �bras nervosas e das células neurais, que permitem receber informações diferentes na pele, como a sensação de frio, calor, dor e tato. Estruturas da Derme: Fibroblastos Colágeno Elastina Vasos sanguíneos Vasos linfáticos Folículo piloso Glândulas sudoríparas (regulação térmica tem ação bactericida e umectante) Glândulas sebáceas (controlam o pH, lubri�cação, impermeabiliza e hidrata a camada córnea) Terminações nervosasA derme pode conter ainda células musculares lisas, como nas aréolas mamárias e no escroto (músculos dartos), ou �bras musculares esqueléticas, como na face. 18 Vascularização O suprimento vascular da pele é limitado à derme e constitui-se de um plexo profundo em conexão com um plexo super�cial. Esses plexos – redes formadas por vasos sanguíneos e nervos – correm paralelos à superfície cutânea e estão ligados por vasos comunicantes dispostos perpendicularmente. O plexo super�cial situa-se na porção super�cial da derme reticular, com arteríolas pequenas das quais partem alças capilares que ascendem até o topo de cada papila dérmica e retornam como capilares venosos. O plexo profundo situa-se na base da derme reticular e é composto por arteríolas e vênulas de paredes mais espessas. Há ligação íntima entre os plexos por meio dos vasos comunicantes, e o controle do �uxo sanguíneo dérmico por esses vasos contribui para o controle da temperatura corpórea. Anexos Cutâneos Pelos Os pelos se desenvolvem de dentro dos folículos pilosos e possuem invaginações da epiderme na derme e na hipoderme. São abundantes na pele �na do couro cabeludo e ausentes nos lábios, na glande, nos pequenos lábios, na face vestibular dos grandes lábios, nas faces laterais das mãos e dos pés e na pele grossa da palma das mãos e da planta dos pés. 19 Os pelos possuem estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pelo de crescimento, se apresenta com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. No bulbo observam-se células-tronco – queratinócitos clonogênicos – que são responsáveis por originar a haste do pelo, novos queratinócitos da epiderme e as glândulas sebáceas, em respostas a sinais morfogenéticos. Unhas São placas córneas (queratina) que se dispõem na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos e artelhos. A superfície da falange, que é recoberta pela unha, possui o nome de leito ungueal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, devido a um processo de proliferação de células epiteliais, que gradualmente se queratiniza, gerando uma placa córnea. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. A unha é constituída por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem no sentido distal dos membros, deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa da formação da unha. 20 Glândulas Sebáceas São estruturas alveolares que desembocam no folículo piloso, ausentes em palmas e plantas. Essas glândulas produzem o sebo, constituído de material lipídico. Para que a secreção sebácea aconteça, é necessário haver o rompimento das células centrais, secreção conhecida como holócrina. A atividade dessa glândula é máxima durante a puberdade, pois a sua regulação é feita inteiramente por hormônios androgênios. Glândulas sudoríparas: são glândulas que se encontram em menor quantidade em toda a pele, exceto algumas regiões, como os lábios. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas. Glândulas sudoríparas écrinas: são tubulares enoveladas e encontram-se por toda a superfície corpórea, exceto lábios, leito ungueal, pequenos lábios, glande e face interna do prepúcio. Elas secretam o suor, possuindo uma função termorreguladora. Seu ducto é contínuo e se abre na superfície da pele. Glândulas sudoríparas apócrinas: são glândulas tubulares localizadas nas axilas, aréola e regiões pubianas anogenital. Sua secreção é mais viscosa e pode possuir odor desagradável devido à ação de bactérias e, também desemboca no folículo piloso acima do ducto sebáceo. 21 As glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas apócrinas despejam suas secreções dentro de um folículo piloso. As glândulas sudoríparas écrinas secretam sobre a superfície da pele. Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 152. 22 03 Fisiologia do Sistema Circulatório Vascular (Sanguíneo e Linfático) 23 O sistema circulatório é, na verdade, composto por dois sistemas: o sistema cardiovascular, responsável por levar o sangue do coração para todos os órgãos e tecidos do corpo humano, e o sistema linfático, que se distribui por todo corpo e recolhe o líquido tissular, �ltrando e reconduzindo a circulação sanguínea. O sistema cardiovascular atua no transporte de sangue em dois sentidos para fazer a função completa, já o sistema linfático atua apenas em um sentido (unidirecional). O sistema circulatório é constituído por vasos sanguíneos: As artérias, que têm como função levar o sangue do coração para o corpo inteiro; As veias, que levam o sangue do corpo para o coração; Os capilares fazem uma troca de substâncias entre o sangue e os tecidos; As vênulas fazem com que o sangue retorne dos capilares para as veias; Já o coração tem a função de levar o sangue do coração para os órgãos e tecidos, levando oxigênio e nutrientes para a circulação sistêmica, através desse sistema o sangue circula por todo o corpo transportando nutrientes, metabólitos, gases e sais minerais. O coração é um órgão oco, formado por quatro câmaras e realiza dois movimentos básicos para o sangue circular por todo o corpo: a sístole, capaz de realizar a contração do músculo cardíaco, e a diástole, que faz o relaxamento do músculo cardíaco. Ou seja: cada contração (sístole) é seguida de um relaxamento (diástole). As cordas tendinosas se originam dos músculos papilares e se prendem nas bordas livres das válvulas, impedindo a eversão das valvas durante a sístole ventriculares. São formadas por dois sincícios: os átrios e ventrículos. A comunicação entre eles 24 Fonte: Disponível aqui é feita através do nodo atrioventricular para que o coração faça a contração de forma regular. As paredes dos átrios são �nas comparadas às dos ventrículos, porque precisam de força. As bombas de recebimento são os átrios, e as bombas de propulsão são os ventrículos. A pequena circulação do coração (ou circulação pulmonar) é um ciclo do ventrículo direito - pulmões - átrio esquerdo. A grande circulação do coração (ou circulação sistêmica) é um ciclo do ventrículo esquerdo - sistema - átrio direito. Acompanhe pela imagem e pelo roteiroa rota do �uxo sanguíneo nas circulações pulmonar e sistêmica: 25 https://images.app.goo.gl/php62s8TaG5uZz6BA Fonte: Disponível aqui 1. O átrio direito recebe o sangue desoxigenado, porque vem do sistema venoso sistêmico da veia cava superior, e a valva tricúspide se abre para que o sangue passe do átrio direito para o ventrículo direito e, em seguida, se fecha para impedir o re�uxo do sangue; 2. Ventrículo direito: tem a função de coletar o sangue desoxigenado do átrio e através da contração do ventrículo direciona o sangue para a valva do tronco pulmonar; 26 https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fbiologiapontal.blogspot.com%2F2017%2F10%2Fsistema-circulatorio-uma-comparacao-dos.html&psig=AOvVaw0beN8qh4Uu39b5bstvy4Rb&ust=1622944422188000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOCRpaKx__ACFQAAAAAdAAAAABAD 3. O tronco pulmonar e a artéria pulmonar recebem o sangue levando até os pulmões para realizar a oxigenação; 4. Quando o sangue chega aos pulmões, realizam a troca do gás carbônico pelo oxigênio, para ser transportado para o átrio esquerdo; 5. Veia pulmonar: é responsável por transportar o sangue rico em oxigênio para os átrios; 6. Átrio esquerdo: após receber a troca de gases nos pulmões, o sangue já está oxigenado e é transportado para o ventrículo esquerdo. A valva bicúspide está entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, impedindo que o sangue faça o re�uxo após ser bombeado para o ventrículo; 7. Ventrículo esquerdo: tem a função de bombear o sangue oxigenado para o corpo, passando pela valva aórtica, em seguida, para a artéria aorta; 8. A aorta e a artéria sistêmica têm como função de levaro sangue para toda parte do corpo, através da circulação sistêmica; 9. Nos vasos capilares sistêmicos o sangue perde oxigênio e �ca rico em gás carbônico; 10. Veia cava superior, inferior e seio coronário: é responsável por transportar o sangue de todo o corpo para o coração, entrando no átrio direito e começando novamente todo o ciclo. 27 Para se aprofundar, leia um artigo acadêmico sobre as características, �siologia e anatomia do sistema circulatório: As camadas de tecidos cardíacos, ou seja, que envolvem o coração, são: Epicárdio: é a camada externa que reveste o coração, formada por um epitélio simples pavimentoso denominada como mesotélio. Miocárdio: é uma camada espessa média do coração, sendo formada por �bras musculares estriadas e de tecido conjuntivo �broso, permitindo a sustentação da musculatura e fazendo com que o coração se contraia levando o sangue para o interior dos vasos. Endocárdio: é formado por um tecido conjuntivo subendotelial, endotélio simples e pavimentoso, que auxilia na ação de bombear o coração, permitindo que o sangue percorra por todo o corpo. Pericárdio: tem como função proteger o coração e as raízes dos vasos. Desse modo, é composto por duas membranas: o tecido �broso e a membrana interna, denominada de pericárdio seroso. E são formadas por duas lâminas parietal e visceral. Entre as lâminas possui um líquido que lubri�ca e evita o atrito em cada batimento. 28 https://go.eadstock.com.br/XE Fonte: Disponível aqui Sistema de Condução Elétrica Por mais que o coração tenha a contração involuntária e diária, temos um intervalo do sistema nervoso autônomo, estimulando para que ocorra uma alteração �siológica e necessária da contração do músculo cardíaco. O nodo sino atrial e o nodo átrio ventricular têm inervações simpáticas, tendo como função acelerar e dilatar as artérias para aumentar suas próprias demandas metabólicas e a frequência cardíaca. A parassimpática obtém efeitos opostos sentindo menos impulsos e, assim, a frequência cardíaca diminui. O nervo vago é responsável por in�uenciar a frequência cardíaca, o débito cardíaco e a contração da musculatura do coração. Já a rede de Purkinje é uma estrutura fundamental para o estímulo elétrico, fazendo com que haja a contração dos músculos dos ventrículos, pois é necessário que estimulem o miocárdio de maneira sincronizada. 29 https://images.app.goo.gl/PhoiJ7mT8oxQ6Rd47 Fonte: Graaf, 2003, p. 553. A frequência correta dos batimentos cardíacos por minuto depende do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Exemplo: em repouso, a frequência normal apresenta uma variação entre 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). Assim, abaixo de 60 bpm a pessoa está com bradicardia, e acima de 100 bpm a pessoa está com taquicardia. 30 Sistema Linfático O sistema linfático é aquele pela qual a linfa circula pelo nosso corpo, auxiliando na drenagem e ajudando o sistema venoso a retornar o líquido acumulado no interstício. É responsável pela proteção do nosso organismo por meio das células de defesas combatendo as substâncias estranhas no interstício, essa substância forma o líquido intersticial e a partir do momento em que o líquido entra no sistema linfático começa a ser considerado linfa. O sistema é formado por órgãos linfóides, tecidos linfáticos, ductos linfáticos, linfonodos, vasos e capilares, e todas essas estruturas auxiliam no transporte da linfa. Temos duas divisões do sistema: o sistema linfático super�cial, que são líquidos que se distribuem nas redes paralelas às veias super�ciais, e o sistema profundo é o líquido que age sobre os órgãos, músculos e articulações, e assim se distribuem os vasos sanguíneos. A linfa é parecida com o plasma sanguíneo, a única diferença é a baixa concentração de proteína. A linfa é um líquido transparente e viscoso, assim, a concentração de leucócitos e linfócitos nele é muito grande, fazendo com que a pessoa tenha uma resposta imunológica no organismo (BACELAR et al., 2017). A linfa é constituída também por macromoléculas de ácidos graxos, proteínas, bactérias e fragmentos celulares, fazendo com que retire do meio do interstício para garantir a homeostase. Os elementos são ricos em sais minerais, nutritivos e vitaminas, ao sair do capilar arterial desembocam nos interstícios, fazendo com que as células retirem os elementos necessários do metabolismo e eliminando os produtos de degradação celular. 31 Segundo Ozolins (2018), o sistema linfático não tem um sistema de bombeamento próprio comparado com o sistema cardiovascular, portanto, a linfa é transportada devagar. Assim, é movimentada a compulsão da artéria e da contração muscular, peristaltismo visceral e respiratório. Destaca-se que existem duas válvulas que agem na contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos e é responsável por propulsionar a linfa para o espaço seguinte e, assim, sucessivamente. Hipótese de Starling A circulação linfática e a circulação sanguínea estão diretamente interligadas, pois a pressão sanguínea e a pressão osmótica das substâncias proteicas do plasma estabelecem a direção em que o líquido que segue pela corrente sanguínea vai se deslocar. O transporte da linfa pode ser explicado pela hipótese de Starling, em que várias pressões agem para que aconteçam as trocas através dos capilares sanguíneos: a pressão sanguínea faz com que o líquido seja empurrado para o exterior do capilar, enquanto a pressão osmótica das proteínas faz com que o líquido que está no espaço intercelular vá para o interior do capilar. Assim, tudo que não retorna pelo sistema venoso (90%) volta pelo sistema linfático (10%). 32 Fonte: Disponível aqui Di�são do sistema linfático O sistema linfático se divide em (LEDUC E LEDUC, 2007): Capilares linfáticos: têm como função captar o líquido intersticial dos órgãos e tecidos, iniciando o transporte da linfa. Pré-coletores: é formado por tecidos endotelial e envolvido por um tecido conjuntivo, �bras musculares e elásticas. 33 https://www.google.com.br/search?q=sistema+sanguineo+e+linfatico&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj9xu2U3IvxAhVRqJUCHUH2CkEQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1707&bih=821#imgrc=Og0G8rYuxOZPNM Vasos linfáticos: são compostos por uma estrutura endotelial que tem como função transportar a linfa. Conduzem a linfa dos capilares linfáticos até a corrente sanguínea no sistema circulatório e todos os vasos possuem válvulas que fazem com que não ocorra o retorno da linfa, fazendo com que circule em apenas um sentido. Ducto linfático torácico: inicia no abdômen e desemboca na subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda. Ducto linfático direito: começa na subclávia direita e junta na veia jugular interna direita. Fonte: Disponível aqui 34 http://www.google.com.br/search?q=ductos+linfaticos+direito+e+esquerdo&tbm=isch&ved=2ahUKEwixz8KW3IvxAhUKrZUCHWYIBGkQ2-cCegQIABAA&oq=ductos+linfaticos+e+&gs_lcp=CgNpbWcQARgAMgYIABAIEB46AggAOgQIABAYOgQIABBDOgUIABCxAzoICAAQsQMQgwE6BwgAELEDEEM6BggAEAUQHjoECAAQHlDoxE5Y-e1OYI__TmgAcAB4BIAB-wKIAdockgEIMC4yNC4wLjGYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABAMABAQ&sclient=img&ei=x1DBYPFPitrWxA_mkJDIBg&bih=821&biw=1707#imgrc=phX6BgcHExNJBM&imgdii=U9F_hm89vZT__M Linfonodos ou gânglios: têm como função �ltrar a linfa e eliminar substâncias, corpos estranhos, vírus e bactérias. Quando ocorre a presença de bactérias, os gânglios aumentam o seu tamanho original e se tornam dolorosos, e podem formar íngua. Fonte: Disponível aqui 35 https://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2020.001.0001/1898 Os órgãos linfáticos são constituídos pelo baço, linfonodos, tonsilas palatina, tonsila faríngea e o timo. Esses órgãos pertencem ao sistema linfático, pois produzem linfócitos. BAÇO: é o principal por �ltrar o sangue e tem a capacidade de defender o organismo, tendo uma resposta imune. Ocorrem dois processos, um de hematopiose (produção de células sanguíneas) e as hemocaterese (destruição de células velhas); LINFONODO: ocorre um efeito bactericida por causa do armazenamento das células brancas,com isso, as células ajudam no combate de infecções e doenças em várias cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais, etc.); TONSILA PALATINA: (amígdalas) se localiza na parede lateral da parte oral da faringe e produzem os linfócitos; TONSILA FARÍNGEA: se localiza na parte posterior da parte nasal da faringe; TIMO: existem dois lobos laterais, mantidos em contato por meio do tecido conjuntivo. A função é a maturação dos linfócitos T, os linfócitos são imaturos, produzidos na medula óssea e migram até o timo, onde se transformam em linfócitos e entram na corrente sanguínea até chegar aos tecidos linfóides. 36 Fonte: Disponível aqui 37 https://afh.bio.br/sistemas/imune_linfatico/4.php#:~:text=SISTEMA%20LINF%C3%81TICO.%20Sistema%20paralelo%20ao%20circulat%C3%B3rio%2C%20constitu%C3%ADdo%20por,%C3%89%20constitu%C3%ADdo%20pela%20linfa%2C%20vasos%20e%20%C3%B3rg%C3%A3os%20linf%C3%A1ticos Hidrodinâmica A quantidade de líquido corpóreo que se localiza nas células normalmente é de 50%, mais 40% de líquido no interstício, 5% nos vasos e os outros 5% compõem os ossos. Essas distribuições equilibradas são mantidas devido à hidrodinâmica entre esses dois meios (líquido intersticial e vascular). O movimento do líquido intravascular para o interstício ocorre por causa da pressão hidrostática do sangue. O retorno do interstício para o vaso ocorre por causa da pressão osmótica. Quando ocorre essa dinâmica, acumula-se certa quantidade de líquido residual no interstício, mesmo sendo drenado pelos vasos linfáticos, depois retorna para o sistema vascular. Se houver algum desequilíbrio entre esses fatores, entre o interstício e o meio intravascular, ocorrerá um edema. A pressão hidrostática sanguínea (PHS) leva o �uido da membrana capilar em direção ao interstício, e quando essa pressão aumenta, há uma saída excessiva de líquido do vaso. Isso geralmente ocorre em estado de hipertensão e drenagem defeituosa (ex: insu�ciência cardíaca, varizes, entre outros). A pressão osmótica sanguínea (POS) ocorre com o movimento do �uido do interstício em direção ao capilar, originada por moléculas proteicas no sangue e no �uido intersticial. 38 Fonte: VanPutte, 2016, p. 747. 39 Fonte: VanPutte, 2016, p. 747. Conforme a �gura acima, 1. Na terminação arterial do capilar, a pressão hidrostática é maior do que a pressão osmótica. Quando esta última é subtraída da pressão hidrostática, o resultado é uma pressão de �ltração positiva que causa o movimento do �uido para fora do capilar. 33 mmHg (pressão hidrostática) 20 mmHg (pressão osmótica) 13 mmHg (pressão de �ltração). 2. Aproximadamente nove décimos do volume de �uido que deixa o capilar em sua terminação arterial retornam em sua terminação venosa. Um décimo do volume de �uido entra nos capilares linfáticos. 3. Na terminação venosa do capilar, a pressão hidrostática é menor do que a pressão osmótica. Quando esta é subtraída da pressão hidrostática, o resultado é uma pressão de �ltração negativa que promove a entrada de �uido no capilar. 13 mmHg (pressão hidrostática) 20 mmHg (pressão osmótica) 7 mmHg (pressão de �ltração) Os fatores que in�uenciam o movimento da linfa são: Movimento do músculo esquelético; Movimentos respiratórios diafragmáticos; Contração dos vasos linfáticos; Peristaltismo intestinal; Efeito gravitacional; Pressão externa, contensão elástica; Drenagem linfática. Na próxima aula, falaremos de algo brevemente citado aqui: o edema. Até lá! 40 04 Edema 41 Leduc e Leduc, 2007, p. 28. Olá, alunos! Certamente o assunto desta aula não é algo inédito para você, mas é preciso estudá-lo para o desempenho com excelência das atividades pro�ssionais. O edema é causado por uma alteração �siológica quando há um aumento do líquido no espaço intercelular (entre as células), fazendo com que tenham mudanças de volumes em algumas dimensões do corpo por causar um desequilíbrio da pressão hidrostática e oncótica. Segundo Bunders (2007) e Morison e Mo�att (2007), o edema é uma alteração patológica, e é necessário que se tenha um diagnóstico e�caz para realizar um plano de tratamento certo e seguro para o paciente. O edema leva a um aumento do acúmulo de resíduos metabólicos, causando hipóxia (diminuição da concentração de oxigênio sanguíneo) na região. 42 O edema não é uma doença, e sim um sintoma. Por isso, é necessário fazer uma investigação da causa, pois é uma maneira que o corpo avisa de que tem algo anormal. O edema é mais comum de se manifestar primeiramente nos pés e tornozelos, porém, pode se manifestar em qualquer parte do corpo. Edemas geralmente são bilaterais, de forma simétrica e regride com a elevação da perna. Vejamos as vias que levam ao desenvolvimento de edema sistêmico devido à insu�ciência cardíaca, insu�ciência renal ou pressão osmótica plasmática reduzida: 43 Fonte: Disponível aqui Causas e Classificações do Edema Edema dinâmico: ocorre quando aumentam a pressão e a permeabilidade capilar e diminuem as proteínas plasmáticas. Segundo Sanches e Elwing (2014), esses edemas são classi�cados como: 1. Edema in�amatório: a in�amação faz com que ocorra a vasodilatação arteriolar e vasoconstrição das vênulas; 2. Edema cardíaco: quando a pessoa apresenta uma insu�ciência cardíaca, aumenta a pressão venosa, di�cultando a entrada do líquido no sistema venoso; 44 https://images.app.goo.gl/veMtPHy77h728Y9N6 3. Edema iatrogênico: causada por insu�ciência cardíaca podendo ser causado por uso excessivo de anticoncepcional, corticoides, anti-in�amatórios, laxantes; 4. Edema gravídico: causada pela diminuição da pressão oncótica e plasmática; 5. Edema traumático: ocorre por romper vasos linfáticos e sanguíneos; 6. Edema renal: é comum acontecer quando o rim não está com a sua funcionalidade adequada, pois a pessoa tem di�culdade em eliminar a urina; 7. Edema venoso: por alguma insu�ciência das válvulas venosas; 8. Edema pré-menstrual: ocorre por uma disfunção hormonal e o corpo retém muito sódio e água no interstício; 9. Edemas em queimados: depois da queimadura a pele tem uma de�ciência em proteínas. Edema funcional ou orgânico: ocorre se tiver o aumento das proteínas plasmáticas. Edema hepático: isso é comum acontecer em quem tem doença no fígado (ex: cirrose), quando há um extravasamento de líquido por causa do aumento da pressão. Edema nutricional: é causada por falta de proteína nos capilares sanguíneos. Outra causa de edema é a obstrução linfática, que geralmente acontece após uma cirurgia, em pessoas com neoplasia ou em alguma fase in�amatória, quando os linfonodos podem se romper ou obstruir a drenagem, causando um grande edema. 45 Fonte: Disponível aqui Segundo Bundens (2007), não é difícil distinguir a causa do edema, porém, é preciso conhecer suas origens para realizar um tratamento e�caz. 46 https://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2020.001.0001/1898 Para avaliar a intensidade do edema, veri�ca-se o cacifo (ou sinal de Godet), um sinal clínico feito por meio da pressão digital sobre a pele por pelo menos 5 segundos. É considerado positivo se a depressão ("cacifo") formada não se des�zer imediatamente após a descompressão. ETIOLOGIA VENOSO LINFÁTICO CENTRAL/PENDENTE MEDICAMENTOSO Bilateral Ocasional e não equivalente Ocasional e não equivalente Sempre Sempre Alívio com a elevação Completo Mínimo Completo Variável Distribuição O pé geralmente não é afetado Pior distalmente Pior distalmente Variável Depressível +/- - + + Sintomas Sensação de peso/dor Ausente ou sensação de peso Ligeira sensação de peso ou ausente Ligeira sensação de peso ou ausente 47 Fonte: Disponível aqui O edema de cacifo se classi�ca de 1 + a 4+. Veja: 1+: ocorre uma depressão e rapidamente a pele volta à sua �siologia normal, sem grandes distorções por causa do edema; 2+: demora em torno de 10 a 15 segundos para desaparecer a depressão, e sem grandes distorções; 3+: demora mais de um minuto para a depressão desaparecer, isso signi�ca que o membroestá totalmente edemaciado e a depressão é profunda; 4+: demora de 2 a 5 minutos para a depressão desaparecer, é a fase mais edemaciada e mais marcada com distorção total da sua forma natural (ELSTON E SCEMONS, 2009). 48 https://www.mdsaude.com/nefrologia/inchacos-edema/ Fonte: Disponível aqui Por hoje, é isso. Muitas informações importantes, não foi? Na aula seguinte, trataremos dos linfedemas. Nos vemos lá! 49 https://images.app.goo.gl/dtt8H9FpkBWTsZYYA 05 Linfedema 50 Linfedemas em membros superiores e inferiores Fonte: Disponível aqui O linfedema é caracterizado por um acúmulo de proteína no interstício. Trata-se de uma de�ciência dos linfonodos e dos vasos linfáticos, e é considerado uma condição grave, progressiva e crônica. Classificação do Linfedema Os linfedemas se dividem em: Primário É um linfedema congênito, quando existe uma de�ciência do sistema desde o nascimento. É subdividido: Precoce: surge na adolescência, antes ou após os 15 anos. Tardio: surge na fase adulta, aproximadamente após os 35 anos. O linfedema atinge aproximadamente 85% da população e abrange homens e mulheres, porém, o sexo feminino é o mais afetado pelo linfedema primário. 51 https://www.meiaselecta.com.br/terapia-edema/ Estágios do linfedema em membros inferiores Fonte: Disponível aqui Secundário É um linfedema adquirido, no qual os linfonodos e os vasos linfáticos são lesionados a tal ponto em que, em alguns casos, é necessário retirá-los. É subdividido de acordo com sua extensão: Estágio I: de maneira espontânea o quadro pode reverter, pois o edema é macio e visível; Estágio II: o edema não regride sozinho, e é necessário que tenha um acompanhamento com um pro�ssional, pois o edema é mais acentuado; Estágio III: é o caso em que chega a ser evoluído para a �lariose linfática (elefantíase), o quadro mais grave quando os vasos linfáticos, veias e artérias já foram afetados. São vários os fatores que favorecem o quadro de linfedema, tais como: Cirurgias: quando há a retirada dos linfonodos (exemplo: pós-câncer de mama); 52 https://baraovascular.com.br/todos-os-tratamentos/linfedema/ Fonte: Disponível aqui Radioterapia: causa uma lesão dos linfonodos; Voluntário: quando há um bloqueio na circulação (exemplo: um garroteamento de membros); Acidentes: após queimaduras ou lesões graves nos linfonodos e nos vasos linfáticos; Filariose: quando uma infecção pode provocar obstrução dos vasos linfáticos, causando o linfedema; Lipema: é hereditário, comum aparecer em pessoas com obesidade. É normal nesses casos ter dor no local afetado. Veja a seguir os sintomas internos (à direita na imagem) e externos (à esquerda na imagem) de linfedemas dos membros tanto superiores quanto inferiores: 53 https://images.app.goo.gl/KxnxBcrKBGVMReVm9 Fonte: Disponível aqui 54 https://images.app.goo.gl/Mf6WgZpfuUt6FKD59 Fonte: Disponível aqui Quanto ao tratamento do linfedema, ele se inicia cuidando para não haver progressão da doença. Nesses casos, são necessários cuidados especí�cos: Elevação das extremidades. Terapia medicamentosa. Terapia descongestiva do sistema (massagem de drenagem linfática para estimular o �uxo). 55 http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/11/tratamento-do-linfedema.pdf Fonte: Disponível aqui Compressões pneumáticas intermitentes: são botas e luvas que insu�am e desinsu�am, criando uma pressão capaz de movimentar o sistema diminuindo o �uido local. Enfaixamento compressivo Fonte: Disponível aqui 56 http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/11/tratamento-do-linfedema.pdf http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/11/tratamento-do-linfedema.pdf Fonte: Disponível aqui Contenções elásticas, meias de alta compressão ou uso de faixas pouco elásticas. O tratamento do linfedema requer muito do paciente, por isso, é necessário orientá-lo a perder peso, diminuir o uso de sal, não fazer uso de bebidas alcoólicas, não usar roupas apertadas e fazer atividades físicas tais como caminhadas e alongamentos leves. O linfedema é uma doença de tratamento paliativo, que deve ser cuidado e diagnosticado antes que ocorra uma alteração irreversível nos tecidos. 57 http://veiasaiev.com/posso-dormir-com-meias-de-compress-o.html 06 Lipedema 58 O lipedema é uma doença crônica do metabolismo lipídico, hereditária e progressiva, que causa um comprometimento simétrico. Devido ao acúmulo de gordura na região subcutânea, ocorre uma má distribuição e armazenamento de tecido adiposo. Segundo Fife (2010), 11% da população feminina é acometida de lipedema, pois acumulam mais gordura nos membros inferiores e na região subcutânea. O início dos sintomas geralmente começa durante a puberdade ou na jovem adulta, mas algumas pacientes podem iniciar até mais tarde. Quando se trata de lipedema, é desa�ador achar um diagnóstico, principalmente se estiver em uma fase precoce – e se existirem outras comorbidades, pode ser ainda mais complicado por causa de suas semelhanças. Mas o lipedema e a obesidade têm diferenças marcantes: Obesidade: a gordura no organismo não é dolorosa, e seu acúmulo acontece de forma generalizada, em todo o corpo. Lipedema: apresenta uma sensibilidade dolorosa nos membros inferiores e tem alterações vasculares, como equimose (hematoma), fragilidade capilar, perda da elasticidade da pele e sensação de cansaço. A �siopatologia e os fatores determinantes do lipedema até hoje não são totalmente entendidas, porém, estudos sugerem que o aspecto genético e a in�uência hormonal in�uenciam em sintomas in�amatórios cíclicos. Sendo assim, apesar de ser uma condição distinta, o lipedema é normalmente confundido com doenças mais frequentemente diagnosticadas, tais como a obesidade e o linfedema. Veja algumas diferenças: 59 Fonte: os autores. LIPEDEMA LINFEDEMA simétrico assimétrico pouca dor dores mais presentes hematomas sem hematomas sem erisipela erisipela frequente sem edema nos pés edema nos pés sinal de Stemmer* negativo sinal de Stemmer positivo *O teste de sinal de Stemmerconsiste em puxar para cima a pele do segundo dedo do pé. Se conseguir agarrarbem a pele, é um sinal de Stemmer negativo. Neste caso, é provável que não exista um linfedema. Se não conseguir puxar a pele do dedo, é um sinal deStemmer positivo, o que indica que pode haver um linfedema. 60 Fonte: Disponível aqui Para oferecer um tratamento ideal para cada caso, é necessária uma avaliação cuidadosa para não prejudicar ainda mais o paciente. É necessário identi�car o lipedema, reconhecer a sua �siopatologia, descrever o diagnóstico e acompanhar o tratamento e a evolução. Atualmente, a melhor maneira de diagnosticar o lipedema é realizando o exame físico e anamnese. Alguns médicos estão familiarizados com a distinção entre lipedema, linfedema e obesidade. Após a palpação da gordura, o pro�ssional pode sentir nódulos. Com a evolução da doença, os nódulos podem aumentar de tamanho e de número, podendo formar uma sequência de nódulos. 61 https://www.mediusa.com/patients-caregivers/edema-conditions/lymphedema/signs-and-symptoms/ Lipedema Obesidade Linfedema Sexo Exclusivamente feminino Masculino e feminino Masculino e feminino Dor Sim Não Provavelmente não Edema Nada ou pouco depressível Geralmente sem edema Depressível Característica do exame físico Sinal de Stemmer negativo nas fases iniciais, sinal de Stemmer positivo no lipolinfoedema Sinal de Stemmer negativo Sinal de Stemmer positivo Início Relação com grandes mudanças hormonais (ex: gestantes) Em qualquer faixa etária Congênito; após procedimentos cirúrgicos; após irradiação local ou pós-infecção cutânea. Local Bilateral, simétrico Bilateral Frequentemente unilateral. 62 O lipedema é mais comum nos membros inferiores, porém, já foram descritos alguns casos de lipedema nos membros superiores, com acúmulo de gordura nos antebraços e braços, mas não nas mãos. Também é conhecido como Síndrome da gordura dolorosa, porque ocorre um aumento da sensibilidade no local.A exposição ao calor e �car muito tempo em pé (ortostase) promove um aumento do inchaço. Fonte: Disponível aqui Estágios do Lipedema Se não for tratado, o lipedema pode progredir em seus quatro estágios de evolução: 63 https://www.saudedica.com.br/os-8-principais-sintomas-da-lipedema/ Estágios I: Pele normal com um alargamento da hipoderme. Estágios II: Desnivelamento da textura da pele com irregularidades da gordura e grandes montes de tecidos crescendo como massas não encapsuladas. Estágios III: Endurecimento e espessamento do subcutâneo com os nódulos grandes e acúmulos de gordura especialmente nas coxas e em volta dos joelhos. Estágios IV: Lipedema com linfedema, o chamado lipolinfedema. Tratamentos O lipedema é uma herança dominante cuja causa é 60% do histórico familiar. Não existe cura para essa doença, mas existem tratamentos. 64 Fonte: Disponível aqui 65 https://images.app.goo.gl/hQcqD2pKARRXQeHc7 07 Fibroedema Geloide (Celulite) 66 Olá, alunos! Vamos iniciar esta aula com um esclarecimento bastante importante: embora o termo celulite (o su�xo -ite indica in�amação) não seja adequado, já que não se trata de in�amação ou infecção do tecido celular subcutâneo, a palavra foi consagrada pelo uso geral para de�nir essa condição caracterizada pelo aspecto ondulado da pele de algumas regiões do corpo (AFONSO ET AL., 2010). Apesar de não ser uma doença, é uma preocupação estética importante para um grande número de indivíduos, principalmente mulheres. Em termos clínicos, a celulite também é chamada de lipodistro�a ginoide e de �broedema geloide, e usaremos este segundo aqui nesta aula sob a sigla FEG para nos referirmos à celulite. O FEG é considerado um distúrbio metabólico no tecido subcutâneo que provoca uma alteração no corpo. É quando ocorre uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, principalmente na região glútea, podendo levar a quadros de dor no local – ou seja, nada mais é que o depósito de gordura sob a pele. O gênero feminino é o mais acometido, e afeta entre 85% e 95% de mulheres em todas as raças – embora seja mais frequente em caucasianas. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, on-line), a celulite tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a in�uência de estrogênio (hormônio feminino), como nos quadris, coxas e nádegas; também pode ser observada nas mamas, parte inferior do abdome, braços e nuca – logo, percebe-se que são áreas do padrão feminino de acúmulo de gordura. A obesidade não é condição necessária para a incidência do FEG, pois há muitas mulheres magras com celulite. Sant’ana (2007) e Valls (2012) complementam que a celulite ocorre por um processo de in�ltração do tecido conjuntivo subcutâneo, não in�amatório, em que há di�culdade de realizar as trocas metabólicas, e isso consequentemente diminui a vascularização, acumula toxinas e produz reações �bróticas. 67 Fonte: Disponível aqui O tecido mais rígido faz com que aumente a pressão nas terminações nervosas e isso causa dor. Assim, pessoas que têm graus mais avançados de FEG relatam que sentem dor até em pequenos movimentos, além de sensação de cansaço por conta do edema gerado. 68 https://www.passeidireto.com/arquivo/60042825?utm_medium=mobile&utm_campaign=android Fonte: Afonso et al., 2010. Segundo Guirro e Guirro (2002), O FEG pode se localizar em várias partes do corpo, e se apresenta como nódulos e placas devido a uma insu�ciência venosa crônica. Geralmente, a pessoa apresenta sintomas como dor à palpação, câimbras, parestesia (frio, calor, formigamento, agulhadas, adormecimento, etc.) e sensação de peso nos membros afetados. Nas mulheres, as camadas são organizadas em câmaras verticais, e nos homens as câmaras são diagonais. Por isso, homens desenvolvem menos celulites porque acumulam menos gorduras. Quando há um aumento da quantidade de tecido gorduroso, automaticamente ocorre uma compressão dos vasos, e a circulação naquela região diminui. Como consequência, há uma alteração da pele. 69 Fonte: Disponível aqui Causas e Predisponentes As causas do FEG não são totalmente conhecidas, mas existem várias suposições não comprovadas (SBD, on-line). Os fatores parecem ser hereditários, tais como sexo, etnia, biotipo corporal e distribuição de gordura. Outros são fatores de predisposição são: Problemas circulatórios (quando o sangue não �ui bem, a drenagem das toxinas �ca prejudicada e isso deixa o líquido que �ca entre as células mais viscoso); Alterações hormonais: altos níveis de estrogênio provocam disfunções no metabolismo que podem criar ou agravar a celulite. A pílula anticoncepcional também pode desencadear o problema, pois adiciona mais uma dose de hormônios em circulação no organismo; Estilo de vida: a má alimentação, com alta ingestão de açúcares e carboidratos, o sedentarismo, a tensão emocional e o excesso de toxinas (fumo, álcool, etc.) no organismo também contribuem para o aparecimento da celulite. 70 https://www.passeidireto.com/arquivo/60042825?utm_medium=mobile&utm_campaign=android Para complementar, Kuhnen (2010) divide os fatores que podem desencadear o FEG em fatores predisponentes, fatores determinantes e fatores condicionantes: Fatores predisponentes: são fatores que podem predispor o aparecimento da FEG, e somando uns aos outros, têm probabilidade de ocorrer a FEG. Esses fatores são caracterizados pela genética, sexo, idade e desequilíbrio hormonal. Fatores determinantes: nessa classi�cação estão os maus hábitos de saúde que fazem com que apareça quadro de FEG. Esses maus hábitos são: estresse, uso de tabaco, sedentarismo, diabetes, má alimentação, disfunção hepática e desequilíbrios glandulares. Fatores condicionantes: devido aos fatores citados anteriormente, ocorre perturbações hemodinâmicas locais, ocasionando no aumento da pressão dos capilares, di�cultando a circulação linfática e sanguínea. Graus e Formas do FEG O FEG apresenta quatro graus: Grau 1: ocorre um acúmulo de gordura nas células adiposas por causa da hipertro�a e a drenagem do líquido intercelular diminui, mas o FEG é visível apenas com a compressão do tecido, assim, o(a) paciente é considerado(a) assintomático(a). Não há alteração de sensibilidade quanto à dor e é tratável. 71 Exemplo de pele com FEG grau 1 Fonte: Perez e Vasconcelos, e-book. Grau 2: a pele �ca pálida porque ocorre uma diminuição da temperatura e da elasticidade. Os vasos linfáticos são comprimidos, o sangue e a linfa são retidos, acumulando resíduos e, consequentemente, as �bras de colágenos diminuem, e os “durinhos” �cam visíveis sem compressão ou com a contração muscular. Existe alteração de sensibilidade (diminuição da temperatura e sensação dolorosa se apertada), mas é frequentemente tratável. 72 Exemplo de pele com FEG grau 2 (lado esquerdo) Fonte: Perez e Vasconcelos, e-book. Grau 3: a celulite já é evidente no membro em repouso, com granulações �nas em níveis profundos. O(a) paciente apresenta dor à palpação, a pele �ca mais pálida e diminuem a elasticidade e a temperatura local. O acometimento já é percebido com o indivíduo em qualquer posição. A pele �ca enrugada e �ácida. 73 Exemplo de pele com FEG grau 3 Fonte: Perez e Vasconcelos, e-book. Grau 4: as características são quase iguais às do grau 3, porém, os nódulos presentes são mais palpáveis, visíveis e dolorosos, com aderências profundas. O tecido de sustentação causa uma �broesclerose, fazendo com que os nutrientes, águas e lipídeos tenham di�culdade de chegar à região onde se têm a celulite no grau 4. 74 Exemplo de pele com FEG grau 4 Fonte: Perez e Vasconcelos, e-book. Formas Clínicas do FEG COMPACTA OU DURA: espessamento muito marcado; numerosas depressões e profundas; pouca mobilidade dos planos super�ciais e profundos; consistência dura ao tato por predomínio de �brose; constantemente observam-se varicosidades, equimoses e extremidades frias; pele seca e rugosa. Acomete, na maioria, jovens que apresentam a musculatura bem de�nida, indivíduos magros ou com excessode peso que nunca perderam quantidade de tecido adiposo importante. FLÁCIDA: forma mais importante, tanto em número quanto nas manifestações aparentes. Depressões numerosas, pouco profundas; raramente dolorosas e oscilações dos tecidos super�ciais com movimento sem consistência, deformando- se de acordo com a posição adotada, são comuns as varicosidades associadas a uma sensação de peso nos membros. Predominante após a 3ª década que perderam peso sem atividade física associada, sedentários e massa muscular pouco desenvolvida. 75 EDEMATOSA: aspecto externo de edema tecidual; depressões pouco profundas e alargadas; pele �na; sinal de Godet positivo; sensação de dor nas pernas; percepção ao tato de nódulos endurecidos. Encontra-se em qualquer faixa etária ou de peso com desequilíbrio circulatório que possam desencadear o edema. MISTA: presença de mais de um tipo, como FEG duro na região lateral da coxa e FEG �ácido no abdome. Tratamento O tratamento é feito com o objetivo de aumentar a circulação local, diminuir as �broses já formadas e reduzir o tecido adiposo, mediante a orientação para o(a) paciente ingerir bastante água, diminuir alimentações que predispõem essa situação, (doces, frituras, carboidrato), praticar atividade física (quando indicado) e fazer procedimentos estéticos para aliviar a dor e mudar o aspecto da pele. O desenvolvimento de terapias efetivas depende da avaliação detalhada para detectar os possíveis fatores que desencadeiam o processo. Hoje, existem vários cremes com princípios ativos anticelulíticos de ação vasodilatadora que podemos inserir durante a massagem, tais como nicotinato de metila, cânfora, mentol e silício, cuja função é aumentar a circulação local, melhorando, assim, o aspecto da pele. 76 Carboxterapia; Corrente russa; Drenagem linfática manual para incrementar a microcirculação. Elimina metabólitos. Promove analgesia, auxilia na penetração de produtos com princípios ativos especí�cos, e aumenta a maleabilidade tecidual; Eletrolipólise; Ultrassom vinculado à fonoforese, técnica que facilita a penetração do ativo por via cutânea através da energia ultrassônica, em que ocorre uma desorganização lipídica da epiderme promovendo a absorção. A técnica também promove a neovascularização com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das �bras colágenas, melhora das propriedades mecânicas do tecido; Vacuoterapia, que possui ação de drenagem linfática e eliminação dos resíduos metabólicos através da hipervascularização associada ao des�brosamento do tecido conjuntivo, melhora circulação dos �uidos e toni�ca a pele pelo estímulo gerado no �broblasto associado ao descongestionamento dos tecidos; Radiofrequência, em que ocorre um aquecimento do tecido fazendo com que aumente a circulação e oxigenação do local, estimulando a formação de colágeno e aumentando a �rmeza da pele, consequentemente, melhorando o aspecto da celulite; Power Shape, que ativa a circulação sanguínea estimulando a produção de colágeno e das �bras elásticas. Esse procedimento faz com que diminua o tamanho e a quantidade das células de gordura, promove a redução de medidas e melhora o aspecto da celulite; Terapias combinadas. Técnicas que podem ser utilizadas no tratamento de celulite são: 77 Para se aprofundar, leia um artigo acadêmico sobre o tratamento estético do �broedema geloide em: 78 https://go.eadstock.com.br/XF 08 Flacidez Tissular 79 Olá a todos! A �acidez nada mais é que um estado da pele �ácida, mole ou frouxa, cuja principal causa é o envelhecimento, pois com o tempo nossa pele vai perdendo a reposição de colágeno, elastina e proteínas, que dão a sustentabilidade do tecido cutâneo. Ela pode ocorrer por fatores intrínsecos causados pela desidratação ou desnutrição do �broblasto ou das �bras (efeitos �siológicos da pele) ou por alguma força extrínseca (fatores externos aos quais a estamos expostos). Com o avanço da idade, a pele adulta passa por alterações �siológicas do tecido tegumentar que compreendem diminuição da espessura da derme e epiderme, maior fragilidade, de�ciência de termorregulação, pele mais seca, diminuição da elasticidade e �acidez. Assim, a �acidez tissular é um processo lento, mas constante, e sua �siopatologia está relacionada diretamente à redução da formação de �bras de colágeno e elastina no tecido subcutâneo, com ausência de elasticidade. Por ser um processo �siológico, torna-se inevitável a partir dos 25 anos (SILVA et al., 2013; GOMES, 2015). Segundo Costa (2012), com o tempo ocorre uma alteração na estrutura do tecido conjuntivo de sustentação, com perda de �bras de colágeno, elásticas e reticulares que proporcionam o tônus e a elasticidade da pele. É normal que com o tempo a renovação celular �que mais lenta e cause a desidratação da pele, consequentemente, ela �ca mais �ácida. Porém, existem outros fatores que fazem acelerar o processo da �acidez, sendo eles: 80 Poluição; Exposição solar; Hereditariedade; Consumo excessivo de álcool; Fatores hormonais; Tabaco; Dietas; Efeito sanfona; Envelhecimento precoce e �siológico; Processo de emagrecimento excessivo, entre outros. Segundo Carvalho et al. (2011), as �bras de colágeno são predominantes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é uma proteína abundante no corpo do ser humano, representando 30% do total de proteínas, e tem como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos tecidos. É a sustentação da pele, é produzido pelos �broblastos e também pela produção de elastina (proteína �brosa). 81 Fonte: Disponível aqui Fases da Flacidez Segundo Guirro e Guirro (2004), a �acidez é classi�cada em quatro fases: 1. Primeira fase elástica: chamada lei de Hooke, é uma tensão diretamente proporcional à habilidade do tecido em resistir carga e volta ao normal quando a carga é retirada. Nesta fase, quando o tecido é submetido a uma tensão, apresenta resistência e volta ao normal quando a carga for retirada. Exemplo: quando a pessoa é obesa, a pele está preparada para sofrer essa distensão? Provavelmente não, pois se a pele não está preparada causa danos ao tecido. Geralmente, quando se estende ela consegue voltar totalmente para o seu lugar? Não, às vezes a pele estica tanto e por um período longo que a pele não volta mais. 2. Fase de �utuação: a carga é mantida por muito tempo, a pele continua em estiramento, após muito tempo depois que a carga é retirada, não haverá o retorno das características originais do tecido. Nesta fase, ocorrem alterações nas cadeias de carbono, portanto, se a carga a que o tecido foi submetido for retirada não voltará à con�guração inicial. 82 https://www.passeidireto.com/arquivo/62523242?utm_medium=mobile&utm_campaign=android 3. Fase plástica: o tecido obtém a deformação permanente, porque provavelmente o tecido passou da sua capacidade de elasticidade. Neste caso, o tecido já apresenta queda e ponto de ruptura que depois de um estiramento total, o organismo tenta reverter e não conseguiu. Portanto, já há instalação de estrias, outro problema estético. É como se um pano fosse esticado até o máximo e não aguentasse a força e como consequência haveria "rasgos" de �acidez de pele. 4. Ponto de ruptura: após o estiramento total o tecido tem disfunções estéticas como: �acidez, estrias e outros. Fonte: Disponível aqui 83 https://www.passeidireto.com/arquivo/62523242?utm_medium=mobile&utm_campaign=android Após a �acidez já instalada, é indicado realizar tratamento para melhorar o aspecto da pele, e como pro�ssionais da área, temos que criar uma conduta correta com o objetivo de estimular a produção de colágeno, aumentar a oxigenação tissular e do �broblasto, e ativar as moléculas de ATP. O tratamento indicado para �acidez são procedimentos que fazem com que o próprio corpo estimule a produção de colágeno e elastina, aumentando a circulação local (KITCHEN, 2003; GERSON et al., 2012). Os mais indicados para esse tratamento são: crioterapia,radiofrequência, ionização, masso�laxia, microcorrentes e nutrição cutânea. Glicação Junto com a �acidez, ocorre um processo que causa o endurecimento das estruturas conhecidas como glicação. Isso acontece quando a pessoa faz muito consumo de açúcar, fazendo com que a pele �que com um aspecto envelhecido (PEREIRA, 2013). A partir desse processo são formados os AGEs, caracterizados por um complexo de açúcar e proteína rígida que altera as estruturas dessas proteínas e impedem o desempenho e�ciente de seus papéis mais importantes no organismo, tais como elasticidade (FERREIRA, 2009). Os laboratórios farmacêuticos da atualidade se empenham em descobrir produtos que impeçam a formação de AGEs, mas no mercado já se encontram produtos combativos à base de carnosina, ácido alfalipóico, extrato de mirtilo e laranja associado ao proxylane, peptídeos associados à vitamina E, silício, FN3RK (enzima capaz de reverter as �bras de colágeno alteradas). 84 Fonte: terra.com.br (Adaptado) Disponível aqui Para evitar os AGEs, uma das maiores ferramentas é ter bons hábitos alimentares, o que melhora não apenas o aspecto da pele, mas o funcionamento do organismo. Con�ra algumas dicas: Toda refeição deve ser iniciada com uma proteína. Para preparar um peixe ou frango à milanesa, use nozes, sementes moídas ou farelo de aveia para a crosta. Coma três maçãs por dia, pois a fruta é rica em antioxidantes �avonoides (o mesmo tipo encontrado no chocolate amargo e no vinho). Peixes de água gelada (salmão, sardinha, truta, anchova e arenque) são ótimas fontes de ômega-3, além dos ovos enriquecidos com essa gordura, que está associada ao fortalecimento do sistema imunológico e à pele saudável, entre outros benefícios. Inclua �bras na dieta: feijões, ervilhas e lentilhas. São estabilizadores do açúcar por horas e ajudam a queimar gorduras. Consuma-os de preferência no almoço e no jantar. Use temperos frescos. Açafrão e canela são boas opções. Beba de seis a oito copos de água pura por dia. Evite café. Dê preferência a alimentos orgânicos. Evite comidas industrializadas, como salgadinhos, bolachas, refrigerantes e alimentos com corante ou caramelo na composição. Tome chá-verde ou peça ao seu médico suplementos à base desse elemento associado a probióticos, antioxidantes e substâncias antiAGEs. 85 https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/beleza/glicacao-e-um-processo-de-envelhecimento-combatido-com-dieta-e-suplementos,223830f5e0e27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html 09 Flacidez Muscular 86 Segundo Guyton (1998), o sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal. Na �acidez muscular, percebe-se que há uma diminuição do tônus muscular (hipotonia), e isso geralmente acontece porque a ausência da musculatura faz com que a pele tenha uma aparência mais mole ou frouxa (CARPANEZ, 2013). A �acidez é uma sequela causada por vários eventos ocorridos ao longo dos anos, tais como inatividade física, emagrecimento demasiado e envelhecimento, dentre outros. Nesses casos, a musculatura perde a tonicidade e, sem contornos de�nidos, as �bras musculares tornam-se atro�adas e �ácidas. O corpo humano possui mais de quatrocentos músculos esqueléticos voluntários, representando entre 40 a 50% do peso corporal total. O músculo esquelético possui três funções principais: produção de força para a locomoção e respiração, produção de força para a sustentação postural e produção de calor durante a exposição ao frio. A musculatura possui células ricas e alongadas em �lamentos contráteis de actina e miosina. Com o desgaste dessas células, as �bras �cam sem sustentação da musculatura. Temos três tipos de musculatura: o músculo esquelético (musculatura voluntária), o músculo cardíaco (musculatura involuntária) e a musculatura lisa (musculatura involuntária). Como estamos nos referindo à �acidez muscular, temos que entender que o músculo esquelético é uma musculatura voluntária responsável por fazer a contração. Segundo Borges (2010), existem dois tipos de �bras, as �bras brancas e as vermelhas, e é necessário entender as diferenças entre elas para conseguir realizar um tratamento correto para cada caso. 87 Fonte: Disponível aqui Fibra vermelha Fibra branca Fibra branca Tipo I II III Contração lenta rápida muito rápida Tamanho Pequena Média Grande Resistência à fadiga Muito resistente Intermediária Pouco resistente Utilização Utilizada em atividades cotidianas Pouco utilizada em atividades cotidianas Pouco utilizada em atividades cotidianas Exemplos Subir escadas Somente em atividades físicas especí�cas Somente em atividades físicas especí�cas Guirro e Guirro (2010) explicam que toda essa contração é exercida pelo comando do sistema nervoso central. Quando realizamos um exercício, ocorre a contração da musculatura de forma voluntária e de acordo com a força que a pessoa exerce ela atinge uma �bra, sendo que começa com as �bras lentas, em seguida, passam a ser trabalhadas as �bras intermediárias e, por último, a contração das �bras rápidas. A maioria dos grupos musculares dispõe de uma combinação igual de �bras tipo I e tipo II, embora em alguns grupos predominam as �bras de contração lenta ou �bras de contração rápida. Vários fatores podem in�uenciar a quantidade do tipo de �bra existente, dentre eles, a genética, níveis hormonais no sangue e prática de exercício. Sabemos que não existe apenas um fator para a musculatura �car �ácida, existe um conjunto que pode causar a �acidez como efeito sanfona, sedentarismo, envelhecimento, obesidade, gravidez e problemas hormonais. 88 https://app.minhabiblioteca.com.br/#//books/97885595023420/cfi/171!/4/4@0.00:47.2 A exemplo da �acidez tissular, a �acidez muscular acontece devido à perda de elementos do tecido conjuntivo, como �broblastos, elastina e colágeno, fazendo com que a rede de elementos se torne menos densa e a �rmeza entre as células diminua. Tanto a �acidez muscular quanto a dos tecidos geram pontos antissimétricos, pois os tecidos se afrouxam e caem. Tratamento Para oferecer um bom tratamento, é preciso avaliar o paciente e identi�car a �acidez muscular. Além de ser indicada, nesse caso, a atividade física, hoje temos aparelhos que aumentam o volume muscular com o objetivo de ganhar força nessa musculatura. Segundo Low e Reed (2011), a corrente russa é e�caz porque estimula a contração forte e sincronizada da musculatura, estimulando os vasos motores e aumentando o �uxo sanguíneo. 89 A vantagem da estimulação elétrica é a inibição de fadiga do sistema nervoso central, sendo assim, é possível fazer um maior número de repetições e, consequentemente, uma maior carga, o que também leva à maior massa muscular. A corrente russa vem sendo usada como recurso de eletroestimulação não só às �bras vermelhas do músculo, mas também às brancas, que são responsáveis pela sustentação muscular. É indicada para casos de celulite, gordura localizada, �acidez e distúrbios circulatórios. Há também o tratamento com microcorrentes, que é uma corrente de baixa frequência que estimula a revitalização cutânea, fazendo com que a �bra seja rejuvenescida. Estude um artigo cientí�co sobre os protocolos para o tratamento de �acidez tissular decorrente de cirurgia bariátrica em: 90 https://go.eadstock.com.br/0G 10 Envelhecimento Cutâneo 91 Como se sabe o envelhecimento da pele é um processo progressivo que ocorre pelo desgaste �siológico, histológico, morfológico e biológico. Essa alteração ao longo da vida é inevitável. É normal as modi�cações da pele, faz parte do processo do ciclo da vida, portanto, cada indivíduo envelhece em tempos diferentes, de acordo com a qualidade de vida que cada pessoa adota. Podemos dividir o envelhecimento em: Envelhecimento cronológico ou intrínseco: presente em todos os indivíduos e sujeito a in�uências genéticas. Envelhecimento extrínseco: o fator envelhecimento, por ser a exposição solar crônicao principal fator etiológico, acelera a degeneração dos tecidos. Causado por fatores ambientais, tais como a exposição solar, tabagismo, estresse, contrações musculares recorrentes e �utuações grandes de peso. Existem teorias que explicam os fatores do envelhecimento: Teoria biológica ou genética: o envelhecimento depende do seu gene, especi�cando quanto tempo a sua célula vai se manter viva. Com o passar dos anos, o material genético, automaticamente, sofre algumas alterações por causa das enzimas e proteínas, sendo assim, a pele perde a elasticidade; Teoria da multiplicação celular: o nosso corpo é composto por várias células, conforme elas vão se multiplicando essa capacidade vai declinando ao longo da vida, ocasionando o envelhecimento celular; Teoria das reações cruzadas de macromoléculas: o nosso corpo é composto por várias moléculas também, por sofrerem reações cruzadas elas vão perdendo as características apresentando os sinais de envelhecimento; Teoria dos radicais livres: conduz um estresse oxidativo, esse processo faz com que se inicie uma cadeia de reações, alterando as proteínas extracelulares e modi�cações celulares. Os maiores responsáveis por causar o processo de envelhecimento são: radicais superóxidos (O2), o peróxido de hidrogênio (H2O2), a radical hidroxila (OH) e o oxigênio nascente (O). Fatores que também contribuem para a sintetização são: o excesso de bebidas alcoólicas e gorduras saturadas, poluição, estresse, poluição ambiental, agrotóxico, reações alérgicas, cigarro e exposição demasiada ao sol. Claro que se não evitarmos essa quantidade de coisas que contribuem, ocorre uma diminuição da imunidade e vai ter um aumento da in�amação do sistema e isso faz com que acelere o processo de envelhecimento. 92 Teoria autoimune: o sistema imunológico tem uma porção de glóbulos brancos e anticorpos que protegem o nosso corpo de invasores, mas o envelhecimento faz com que essa quantidade de glóbulos e os anticorpos diminuem, então, com essa redução o sistema imunológico talvez não consiga combater as ameaças que possam surgir; Teoria ambiental: o envelhecimento é in�uenciado pelas atitudes do indivíduo ao decorrer da vida. O que contribui para o envelhecimento ambiental é a má nutrição na infância, estresse, fumo e exposição solar. As quedas geralmente ocorrem nas regiões das sobrancelhas, supercílios, pálpebras inferiores, sulco nasogeniano, lábios, platisma (músculo do pescoço) e queda da ponta do nariz. Podemos ver em algumas imagens: 93 94 Fonte: os autores As células de uma pele jovem, lisa e uniforme nascem, migram para as camadas mais super�ciais da pele, morrem e se renovam em um processo que pode durar em torno de 30 dias, o chamado ciclo celular. A partir dos 30 anos, o ciclo celular vai diminuindo, com o passar do tempo, de 30 a 50% em relação ao que ocorria na adolescência. Com isso, a pele envelhecida renova-se muito mais lentamente, formando uma superfície rugosa, desidratada, sensível e espessa. A pele que �cou exposta às intempéries por muito tempo mostra alterações que são mais graves do que aquelas devidas somente ao envelhecimento cronológico. Tal pele mostra mais marcadamente as rugas e pode desenvolver nódulos e tipos anormais de colágeno. 95 Tratamentos Existem diversos tratamentos que podem melhorar e até mesmo prevenir o envelhecimento cutâneo, estimulando a produção de �bras de colágeno, induzindo a pele a um aspecto mais �rme e saudável. Entre as técnicas na área da estética, encontram-se: Luz intensa pulsada; Laser fracionado; Peelings químicos, físicos ou mecânicos, Toxina botulínica (bactéria Clostridium botulinum), quando injetada age como um bloqueador neuromuscular, impedindo parcial ou totalmente a contração muscular. Preenchimentos, ácido hialurônico; Radiofrequência; Eletroestimulação. 96 Dentro da cosmetologia, encontram-se produtos que auxiliam nos tratamentos em casos de envelhecimento cutâneo, como: Retinoides – tretinoína (derivados de vitamina A – renovação celular); Dimetilaminoetanol (DMAE) – antioxidante combate a ação dos radicais livres; Elastinol – estimula o colágeno; Alphahidroxiácidos (AHAs) – mandélico e glicólico, ação esfoliante; Vitaminas C e E – hidratação e luminosidade; Hidratantes (ceramidas, lactato de amônio, ureia, ácido hialurônico, etc.); Rafermine, tensine – substâncias tensoras; Agentes clareadores, tais como a hidroquinona, ácido kójico, arbutin e ácido fítico, entre outros. 97 11 Estrias 98 Fonte: Disponível aqui As estrias são de�nidas como um processo degenerativo cutâneo em que ocorre uma ruptura das �bras elásticas que dão sustentação à camada da pele, tendo relação também com a perda da capacidade de sínteses dos �broblastos e a com alteração no tecido conjuntivo, das �bras de �brilinas, colágenas e elastina. Elas aparecem principalmente em regiões em que a pele sofreu uma força excessiva, iniciando com marcas avermelhadas e evoluindo para estrias esbranquiçadas, de comprimento e largura diversos (PEREIRA 2007). Mas as causas do rompimento das �bras não são apenas fatores mecânicos e endocrinológicos, mas também de predisposição genética e familiar, seu principal fator desencadeante. Tais regiões geralmente são coxas, abdômen, nádegas, dorso do tronco e mamas. O excesso de distensão que causa o rompimento das �bras é comum em: Jovens na fase de crescimento; Gravidez; Fatores genéticos; Hormônios; Exercício físico intenso; 99 https://blog.shopfisio.com.br/tratamento-para-estrias/ Síndrome de Cushing (excesso de produção ou de exposição a níveis elevados de cortisol por um longo período); Ganho ou perda de peso constante. Mesmo sabendo das causas que podem colaborar para o aparecimento das estrias, é preciso ter em mente que a principal delas é a falta de hidratação da pele. Uma pele constantemente hidratada di�culta o aparecimento de estrias. Segundo Fonseca (2012), é necessário fazer a hidratação diária na pele para prevenir as estrias, pois o creme fornece benefícios que associam com os componentes orgânicos normais. Existem dois tipos de estrias: as estrias rubras, que são avermelhadas e chegam a ser inchadas, podem apresentar discreta coceira e são acompanhadas por um processo in�amatório local. Quando se apresentam em uma fase inicial, chamada de in�amatória, e com uma coloração avermelhada, geralmente não apresentam sintomas, mas alguns pacientes relatam leve prurido na fase in�amatória. 100 Fonte: Disponível aqui Fonte: Disponível aqui 101 http://abr-resortsbrasil.com.br/4-tratamentos-para-acabar-com-estrias-vermelhas/ https://novidadesestetica.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Como-Fazer-para-tirar-Estrias-Vermelhas-da-Barriga.jpg Já as estrias brancas (estrias albas) são mais antigas e não apresentam in�amação, pois quando chegam a essa fase, já ocorreu uma atro�a mais intensa nas �bras. É quando o processo de formação está praticamente �nalizado e as lesões se tornam esbranquiçadas, apresentando-se numa fase atró�ca. Para se aprofundar, veja esse artigo que fala sobre os tratamentos de estrias: 102 https://go.eadstock.com.br/0H Tratamentos Estrias são lesões irreversíveis e, portanto, não existe um tratamento que faça a pele voltar 100% ao que era antes. Mas o tratamento melhora o aspecto estético estimulando �broblastos e a formação de tecido colágeno nas lesões, dependendo do estado evolutivo da estria. O tratamento pode ser realizado com peeling, que causa um processo de descamação e renovação de todas as células da epiderme. Pode ser utilizado microdermoabrasão também, um tratamento não invasivo cujo procedimento faz a renovação celular local com novos estímulos de colágenos (BORGES, 2006). O tratamento com ácido glicólico aumenta a hidratação da pele e traz os benefícios de aumentar a elasticidade epidérmica e a produção de colágeno e elastina nas camadas mais profundas (HENRIQUES, 2007). Já o tratamento com carboxiterapia consiste em uma aplicação de gás carbônico que atua na formação de novos vasos, melhorando a irrigaçãosanguínea e dilatando os vasos locais e, consequentemente, diminuindo as marcas locais. A luz pulsada é outro ótimo tratamento principalmente nas estrias vermelhas, pois faz uma estimulação dos �broblastos fazendo com que aumente a produção das �bras de colágenos, essa técnica faz com que diminua a quantidade de estrias. A radiofrequência fracionada é um tratamento feito por meio de aplicação da rádio para estimular mais colágeno através de alta temperatura, e a indução percutânea de colágeno ou microagulhamento é uma técnica que utiliza um aparelho manual (rolo) com microagulhas que possuem diferentes tamanhos, podendo variar de 0,25 mm até 3,0 mm, que se inserem na pele ajudando na produção de colágeno. O mecanismo de ação ocorre quando a agulha é penetrada na pele, causando uma lesão controlada e, como toda lesão, existe a formação de um novo tecido. 103 Saiba como funciona a Radiofrequência Microagulhada para o tratamento das estrias em: A subcisão é uma técnica invasiva, realizada com anestesia local, que apenas médicos podem realizar. Utiliza-se agulha do tipo Nokor (grossa e cortante), que é introduzida em nível dérmico, realizando movimentos circulares e de “vai e vem”, suaves, com intuito de causar hematoma local. O estímulo mecânico do movimento da agulha e a reorganização deste hematoma determinarão uma nova organização do tecido tratado. Esta técnica é especialmente útil para estrias largas e deprimidas. 104 https://go.eadstock.com.br/0I Agulha Nokor Fonte: Disponível aqui 105 https://portuguese.alibaba.com/product-detail/high-quality-nokor-subcision-needle-with-fiber-handle-50039502379.html 12 Lipodistrofia (Gordura Localizada) 106 A lipodistro�a, conhecida popularmente como gordura localizada, é uma desordem estética em que ocorre um acúmulo de gordura dentro do tecido adiposo. É uma hipertro�a das células adiposas, e cada indivíduo acumula em certas regiões, naquela em que têm mais predisposição. Nos homens, é comum ter acúmulo na região do abdômen, e nas mulheres, é mais comum na região posterior da perna, glúteo e lateral da coxa (BRAVO, ISSA, MUNIZ DE & TORRADO, 2013; CHRISTENSEN, 2014; HEXSEL & SOIREFMANN, 2011). Os padrões de beleza vigente valorizam os magros, e que o ideal seria não ter a indesejada “gordurinha localizada”. Porém, hoje, é preciso desconstruir alguns modelos irreais de beleza, pois as mulheres – principalmente as brasileiras – têm mais curvas. Combater a obesidade é regra geral de saúde e estética, mas é preciso usar os tratamentos disponíveis para se cuidar e se sentir bem dentro da noção de autoestima e aceitação do corpo. 107 A lipodistro�a pode se iniciar na infância ou na puberdade, e o público mais acometido são as mulheres, embora também aconteça em homens e em qualquer idade e raça. Mello (2010) explica que a lipodistro�a é classi�cada em: Androide ou central: é mais comum no sexo masculino, e a gordura se concentra no abdômen. Essa gordura é visceral e tem predisposição em desenvolver riscos como: diabetes, problemas cardiovasculares, câncer, apneia do sono e até a morte. 108 Fonte: Disponível aqui Ginoide ou periférica: é mais comum em mulheres por conta do estrogênio (hormônio feminino), e a gordura se concentra mais na região de coxas e quadril. Essa gordura não é visceral, mas tem predisposição de desenvolver algumas doenças por causa dos hormônios, como síndrome metabólica, doenças vasculares nas pernas, osteoartrose e insu�ciência venosa ou arterial. 109 https://blog.buonavita.com.br/wp-content/uploads/2015/11/ginoide-androide.jpg Fonte: Disponível aqui Mista: quando o indivíduo tem a associação da androide com a ginoide. O tecido adiposo tem por função fazer o armazenamento da gordura, classi�cado como: 110 https://blog.buonavita.com.br/wp-content/uploads/2015/11/ginoide-androide.jpg Reserva energética: são quatro formas de estocar energia no nosso corpo, por reserva de gordura, proteínas, fosfocreatina e glicogênio. Essa reserva acontece porque se o indivíduo �zer um jejum prolongado, vai ter o estoque de energia fazendo com que ele consiga sobreviver. Auxílio na regulação térmica: tem como função proteger o nosso corpo contra o frio. Envolvendo os órgãos: acomoda e protege os órgãos contra traumas. Segundo Neves (2007), a lipodistro�a é causada por fatores internos e externos: Uso de anticoncepcional; Estresse; Distúrbios hormonais; Sedentarismo; Tabagismo; Síndrome pré-menstrual; Patologia venosa ou linfática; Elevação do estrogênio, aldosterona, prolactina e insulina; e Alimentação irregular. Evita-se a gordura localizada comendo alimentos ricos em �bras, ingerir bastante água, praticar algum exercício físico, comer devagar e evitar fazer dietas muito prolongadas entre uma refeição e outra. Tratamentos Segundo Ribeiro (2006), a lipodistro�a bloqueia o metabolismo lipolítico dos adipócitos, por causa da sobrecarga causada por edema, �brose e estase venosa. Assim, a massagem modeladora é um procedimento de grande benefício, pois ajuda no aumento da circulação vascular periférica, elimina toxinas, mobiliza gordura fazendo a modelação do corpo e facilita no retorno venoso (BORGES, 2006). 111 Fonte: Disponível aqui Pode-se também utilizar o ultrassom de alta potência no tratamento de gordura localizada. A aplicação não gera desconforto e pode ser feita em qualquer região com acúmulo de gordura (OLIVEIRA, 2016). Por meio da lipólise, o ultrassom reduz a gordura localizada, reduz medidas, modela o corpo, um tratamento não invasivo e não gera efeitos colaterais. 112 https://www.dicio.com.br/lipolise/ Criolipólise: após a aplicação, a temperatura corporal local diminui e aumenta a produção de calor, consequentemente, aumenta a taxa metabólica e diminui o volume da célula de gordura, porque utilizará todas as reservas energéticas armazenadas nos adipócitos (DATSCHI, 2012). Cavitação: a onda de choque gera um dano físico nas células, causando a quebra da gordura no seu interior. Radiofrequência: as ondas têm capacidade de chegar até as células de gorduras, com a temperatura até 42°, pois estas células se rompem e eliminam a gordura. Endermologia: o endermo faz com que se rompam os nódulos �brosos e transforma a gordura em glicerol e o próprio organismo absorve e elimina do corpo e, secundariamente, aumenta a produção de colágeno dando a sustentabilidade da pele. Terapia combinada: a combinação de várias técnicas e aparelhos de alta potência pode gerar resultados e�cazes. Para se aprofundar, veja esse artigo que fala sobre os tratamentos de lipodistro�a: 113 https://go.eadstock.com.br/0J 13 Alopecia 114 Fonte: Disponível aqui Alunos, hoje vamos falar de cabelo, couro cabeludo e de alopecia, uma disfunção dermatológica in�amatória crônica que afeta os folículos pilosos (HUNT & MCHALE, 2005). Primeiro, vamos estudar brevemente a estrutura da haste capilar, que tem três partes: Cutícula: que protege o córtex. Córtex: responsável pela estrutura do pelo; e Medula: constituído por células mais internas da haste capilar. 115 https://core.ac.uk/reader/235033800 Fonte: Disponível aqui Os pêlos, presentes em todo o nosso corpo, são dos tipos velo –representados por pelos �nos e não têm pigmentação – e do tipo terminal –representados por pelos grossos, pigmentados e longos (VOGT, MCELWEE & BLUME-PEYTAVI, 2008). Alopecia Nas fases mais agudas da alopecia, os pelos �cam mais a�lados e menos pigmentados, com espessura maior na extremidade e �no próximo à raiz. 116 https://core.ac.uk/reader/235033800 Fonte: Disponível aqui A alopecia apresenta dois tipos: areata, causada por fatores emocionais, e androgenética, causada por disfunção de hormônios. Alopecia Areata A alopecia do tipo areata ocorre por causa desconhecida, mas veri�ca-se que existe uma afecção crônica dos folículos pilosos e das unhas. As quedas acontecem por uma interrupção da síntese e não por destruição ou atro�a dos folículos, e por isso o quadro pode ser revertido por meio de tratamentos. Temos as formasclássicas da alopecia areata: Alopecia areata em placa ou unifocal: a pele se mantém na cor original do couro cabeludo, a queda ocorre de forma redonda ou ovalada e através de tração o pelo pode ser retirado. 117 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# Fonte: Disponível aqui Alopecia areata em placas múltiplas ou multifocal: como o próprio nome diz, acontecem múltiplas placas de alopecia que afeta tanto o couro cabeludo quanto outras áreas. 118 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# Fonte: Disponível aqui Fonte: Disponível aqui Alopecia areata o�ásica: a perda de cabelos ocorre na linha temporo-occipital. 119 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# Fonte: Disponível aqui Alopecia areata total: perda total dos pelos do couro cabeludo, porém, não compromete o resto do corpo. Alopecia areata universal: ocorre a perda total dos pelos do corpo todo. Alopecias de formas atípicas: Alopecia areata tipo sisaifo: ocorre a perda dos cabelos poupando as margens inferiores. 120 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# Fonte: Disponível aqui Fonte: Disponível aqui Alopecia areata reticular: ocorrem perdas de cabelo por placas separadas. 121 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# Fonte: Disponível aqui Alopecia difusa: ocorre a perda de cabelo de forma aguda. O diagnóstico da alopecia difusa é mais difícil. Pode ter início nas crianças e jovens e evoluir para uma alopecia mais grave (areata total). Por mais que as causas reais sejam desconhecidas, podem-se considerar vários fatores predisponentes para a alopecia tais como fatores genéticos, fatores imunológicos, traumas psíquicos e aspectos histopatológicos (no nível dos tecidos). Para realizar um diagnóstico e�caz e saber o tipo de tratamento para cada indivíduo, é necessário fazer uma biópsia. O tratamento é geralmente realizado por meio do uso de medicamentos e da exclusão da alteração emocional. Sobre os sintomas da alopecia areata, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia: 122 https://www.scielo.br/j/abd/a/vXCLdmVdz8ct6qzkmjBCSyd/?lang=pt# A alopecia areata não possui nenhum outro sintoma além da perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante, e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos, quando renascem, podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba, conhecida popularmente como “pelada”. (Adaptado de https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e- problemas/alopecia-areata/22/) Para se aprofundar sobre alopecia areata, acesse esse artigo: 123 https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/alopecia-areata/22/ https://go.eadstock.com.br/0K Fonte: Disponível aqui Alopecia Androgenética Popularmente conhecida como calvície, são disfunções que ocorrem devido a fatores genéticos e hormonais, com características de perder o pigmento do �o, diâmetro e comprimento de forma progressiva (GORDON E TOSTI, 2011). A alopecia androgenética é mais comum em homens, pois a queda do cabelo está ligada à presença de testosterona. Quando acontece em mulheres, geralmente é causada por uma desregulação da enzima 5-alfa-redutase, cujo poder é transformar a testosterona em di-hidrotestosterona que, quando está em excesso, ataca os folículos capilares. 124 https://revistasaudecapilar.com.br/mulher/?gclid=EAIaIQobChMI68nq4-KA8QIVhhCRCh3U1QazEAAYASAAEgJrFfD_BwE Nas mulheres, os cabelos permanecem �nos e rarefeitos no topo da cabeça, e os �os caem com muita intensidade. O tratamento é feito com estimulantes do crescimento dos �os (como o minoxidil) e com bloqueadores hormonais (via oral) com objetivo o tratamento de estacionar o processo e recuperar parte da perda. Nos homens, a �nasterida é a mais usada. Nas mulheres, anticoncepcionais, espironolactona, ciproterona e a própria �nasterida podem ser receitados. Nos casos mais graves, um transplante capilar pode melhorar o aspecto estético. As fases da alopecia são: 1. ocorrem as primeiras quedas. É a fase de �car atento, pois isso pode ser um alerta. 2. na segunda fase, deve-se iniciar um tratamento. Por mais que ainda não sejam visíveis, as falhas podem se agravar e o couro cabeludo acaba �cando visivelmente exposto. 3. ocorre bastante queda de cabelo, pois o tratamento se torna um pouco mais difícil. 125 Fonte: Disponível aqui Para se aprofundar sobre alopecia androgenética, estude o artigo em: 126 https://revistasaudecapilar.com.br/mulher/?gclid=EAIaIQobChMI68nq4-KA8QIVhhCRCh3U1QazEAAYASAAEgJrFfD_BwE https://go.eadstock.com.br/0L 14 Cicatrizes Patológicas 127 Fonte: Disponível aqui Olá, estimados! Todos nós temos cicatrizes, não é? Elas fazem parte da nossa história, e algumas podem apresentar um aspecto mais saliente, como as cicatrizes patológicas. Em geral, cicatriz é uma reparação tecidual que acontece depois de um ferimento (pós-traumas, queimaduras, cirurgias ou infecções) para formar um tecido novo. Mas quando ocorre alguma alteração nos mecanismos �siológicos de cicatrização, há forma-se uma cicatriz patológica, que pode ser queloide ou hipertró�ca, como veremos a seguir. Quando o processo de produção de colágeno é maior que sua degradação, a cicatrização �nal resulta em uma marca elevada, ou uma cicatriz grossa, em relação à pele ao redor. A cicatriz patológica pode vir acompanhada de sintomas tais como coceira e dor. Por outro lado, quando o processo de degradação do colágeno é maior que sua produção, a cicatriz �ca afundada e/ou alargada em relação à pele ao redor, a chamada cicatriz atró�ca, considerada uma cicatriz inestética. 128 http://evidenciarevista.com.br/posts/57/queloide-cicatriz-hipertrofica-e-cicatrizes-inesteticas Fonte: Disponível aqui A cicatriz torna-se menos notável com o passar do tempo. Muitas cicatrizes, inicialmente inestéticas, tornam-se aceitáveis depois de cerca de três meses. O aspecto da cicatriz depende: da localização no corpo, do sentido da cicatriz, da cor e textura da pele, de comprimento, largura e profundidade. O processo de cicatrização tem quatro fases: 129 https://ultrabio.pt/pt-pt/especialidade/corre%C3%A7%C3%A3o-de-cicatrizes-inest%C3%A9ticas-e-de-queloides Fonte: Adaptado de “Enfermagem Ilustrada”, 2021. 1. Limpeza: imediatamente após o ferimento, os tecidos liberam na superfície mediadores químicos (exsudatos �brinosos) que, quando entram em contato com o ar, ressecam e formam uma crosta. Esse processo tanto ajuda a conter sangramentos quanto protege a ferida de contaminação externa, 2. Retração: a ação de células especí�cas (mio�broblastos) reduz o tamanho do ferimento contraindo-o, e por isso começa a coçar. Porém, em cicatrizes mais extensas tais como a de queimadura, podem acontecer contraturas musculares. 3. Granulação: é quando o novo tecido começa a crescer para preencher o ferimento. Nesse processo, há a formação de vasos que vão irrigar a região. 4. Re-epitelização: as células epiteliais começam a se acumular por debaixo da crosta, agindo das bordas para o meio, e dão �m ao processo de reparação da pele lesionada. Essas células crescem e restabelecem o revestimento do tecido. Quanto aos fatores que in�uenciam na cicatrização, temos: Fatores locais: feridas contaminadas e com presença de corpo estranho, bordas irregulares e desvitalizadas, hematomas, sentido desfavorável às linhas de força da pele, excesso de tensão e aproximação inadequada das bordas das feridas, áreas com pouca vascularização ou irritação crônica da pele, áreas de tração ou pressão mecânica, materiais, técnicas de sutura e curativos inadequados. Fatores gerais: idade, obesidade, estado nutricional (anemia, hipoproteinemia),diabetes mellitus, tabagismo, doenças sistêmicas (do conjuntivo, hormonais e tumorais), doenças vasculares e uso de medicamentos (corticosteroides, anticoagulantes, citostáticos, etc.). 130 Para se aprofundar sobre cicatrizes patológicas, acesse esse artigo: Acompanhe a seguir o tempo de cura de dois tipos de feridas: 131 https://go.eadstock.com.br/0M Fonte: Disponível aqui 132 https://www.sanarmed.com/reparo-e-formacao-cicatricial-colunistas Fonte: Disponível aqui Cicatriz Queloide O queloide, além de ter a aparência alargada e/ou elevada, invade a pele ao redor do tecido e corre o risco de crescer durante os anos, e em alguns casos, pode causar dor e coceira. Isso ocorre pela produção em demasia do colágeno, que acaba por interferir no processo normal de cicatrização. É uma alteração benigna e não possui risco para a saúde. Na formação do queloide, há uma perda dos mecanismos de controle que normalmente regulam o equilíbrio do reparo e regeneração de tecidos (SBD, on- line). O queloide pode afetar os dois sexos, mas existe uma maior incidência em mulheres. Indivíduos com pigmentação mais escura, pessoas negras e pessoas asiáticas são mais propensas a desenvolver queloides. Se a pessoa tem a tendência de formar queloides, qualquer lesão causa cicatriz pode levar à sua formação, incluindo cortes, uma cirurgia, uma queimadura ou até mesmo cicatrizes de acne severa. Algumas pessoas podem desenvolver um queloide depois de furar a orelha para colocar brincos e piercings ou mesmo apenas no trauma da tatuagem (SBD, on-line). 133 https://www.mdsaude.com/dermatologia/queloide/ É como se uma cicatrização não soubesse quando parar de produzir um novo tecido. Ao contrário de outras cicatrizes elevadas, chamadas cicatrizes hipertró�cas, os queloides crescem sem respeitar os limites da ferida original. Fonte: Disponível aqui Cicatriz Hipertrófica A cicatriz hipertró�ca tem uma aparência alargada e/ou elevada, mas não invade a pele ao redor da cicatriz. A causa desse tipo de cicatriz é a produção desproporcional de colágeno comparado ao restante do tecido. Em muitos casos, a cicatriz hipertró�ca regride com o tempo. Seu aspecto é bem mais “natural”, o que causa bem menos efeitos psicológicos e problemas estéticos para as pessoas que apresentam esse tipo de marca na pele. Outras características: Cicatriz é mais elevada, permanece nas bordas da cicatriz original; Prurido; Pouca dor; e Tende a melhorar com o tratamento. 134 https://www.cirurgiaestetica.com.br/cicatriz-hipertrofica-diferenca-da-queloide/ Tratamentos Atualmente, a melhor opção é associar a betaterapia (irradiação na nova cicatriz por meio de uma placa contendo átomo radioativo do estrôncio) à remoção cirúrgica. A aplicação de irradiação deve ser iniciada de 24 a 48 horas depois da operação. Para tentar equilibrar o colágeno por meio de farmacoterapia sugere-se o uso de corticoide, pois é o único que consegue destruir o colágeno e diminuir a cicatriz. Outra opção é a �ta para cicatrizes hipertró�cas e queloidianas, placas de silicone que não são invasivas nem provocam dor. É uma �ta adesiva compressiva, pois aumenta a temperatura, reduz a disponibilidade de oxigênio e �ca comprimindo o local. O ultrassom também auxilia na diminuição de sequelas, pois aumenta a elasticidade do tecido conjuntivo e propicia diminuição da dor ao promover a reabsorção de hematomas, aderências e �broses. Já a laserterapia melhora a coloração da cicatriz, fazendo com que os contornos sejam mais imperceptíveis. A aparência �nal da cicatriz nem sempre é previsível. O paciente deve continuar retornando ao médico para avaliar progressivamente a qualidade da cicatriz, mas em geral, o aspecto �nal depende mais de como o corpo cicatriza do que da técnica aplicada. É recomendado esperar por volta de um ano ou mais antes de corrigir a cicatriz. Durante esse período, algumas cicatrizes hipertró�cas e queloidianas podem ser tratadas com corticoide para aliviar sintomas tais como dor e coceira. 135 Cicatriz de �brose A cicatriz de �brose se dá após uma cicatrização pós-cirurgia plástica (ex: lipoaspiração), na formação de tecido conjuntivo �broso como uma resposta reparadora a algum ferimento. As �broses se caracterizam pela presença de tecido cicatricial, variando muito a quantidade de tecido, sempre de acordo com a intensidade do trauma, e apresentam conteúdo rico em colágeno (por isso são tão resistentes). Apesar de serem formadas pelo colágeno, o que compõe a �brose é bastante diferente do colágeno normal: o colágeno cicatricial é muito mais rígido, atrapalhando o metabolismo tecidual levando a acúmulo de líquidos, aderências, perda da mobilidade da pele adjacente, dor e aparência inestética. Leia mais sobre �brose em: 136 https://go.eadstock.com.br/0N Fonte: Disponível aqui 137 https://www.lucianapepino.com.br/blog/como-evitar-fibrose/ 15 Acne 138 A acne é uma das doenças mais comuns do folículo pilossebáceo da pele, considerada a doença cutânea mais frequente existente. É caracterizada por lesões que aparecem devido à ação dos hormônios sobre as glândulas sebáceas da pele, afetando as áreas com maior densidade de folículos sebáceos. Esse acometimento acontece devido ao desequilíbrio da microbiota da pele e à hiperqueratinização folicular. O folículo pilossebáceo é uma invaginação da epiderme e, por isso, essa hiperqueratinização favorece o surgimento da acne. O quadro clínico pode variar, bem como o grau de severidade. A interação entre hiperprodução de sebo glandular, hiperqueratinização folicular, colonização bacteriana folicular e liberação de mediadores inflamatórios no folículo e na derme adjacente fazem parte da fisiopatologia da acne. Os hormônios androgênicos (principalmente a testosterona) também estão ligados ao estímulo da glândula sebácea. Estima-se que cerca de 80% da população entre 11 e 30 anos são afetados pela acne. O sexo masculino, na adolescência, é mais acometido do que o sexo feminino, em uma proporção de 95% para 83%. Já na fase adulta, esse cenário muda: 12% das mulheres e 3% dos homens. Cerca de 41% das mulheres possuem acne da mulher adulta. 139 A acne gera impactos que vão muito além dos aspectos estéticos tais como cicatriciais, psicossociais, hiperpigmentações pós-inflamatórias e, dependendo do grau de acne, uma infecção cutânea séria que pode, em casos incomuns e específicos, evoluir para uma sepse (infecção generalizada), condição que requer cuidados em unidade de terapia intensiva. A acne pode deixar cicatrizes permanentes na pele e no psiquismo do paciente quando não for tratada a tempo, justi�cando a necessidade de tratamento especí�co para esse tipo de patologia (BRASIL, 2010). Os fatores mais comuns da acne são: Queratinização: o folículo piloso, que �ca obstruído, seja por células, sebo e queratina, gera cravos pretos ou brancos no rosto, que são os primeiros a sinalizar a existência da acne. A taxa aumentada e a constância do complexo de queratina e lipídeo fazem um tampão para o ducto sebáceo. Alteração hormonal: na fase da puberdade os andrógenos são hormônios que aparecem em meninos e meninas, fazendo as glândulas sebáceas aumentarem e produzirem mais sebo. As alterações hormonais pertinentes com a gravidez e o uso de anticoncepcionais orais também podem in�uenciar a produção de sebo. Excesso de sebo: a pele acneica excreta em abundância lipídios sebáceos na superfície cutânea, onde encontram-se os ácidos graxos livres, que são produto da hidrólise de triglicérides, com capacidade irritativa. 140 Ações bacterianas: a função da bactéria é gerar um processo in�amatório pela atividade lipolítica dentro dos ductos, provocando vermelhidão e pus. As bactérias presentes na formação da acne são Genu pityrisporum (esporos), Esta�lococos, Corynebacterium acnes, fazendo parte da �ora bacteriana local, e Propionibacterium acnes, sendo a mais comum. Fonte: Graus e tipos de acne, espinhas | DermatoVirtual Classificação Pode-se classi�car a acne como acne não in�amatória, quandoapresenta somente comedões, sem sinais in�amatórios, e acne in�amatória, conforme as lesões predominantes, pode ser graduada de I a V, conforme a gravidade do caso. Grau I, a forma mais leve de acne, não inflamatória ou comedoniana, caracterizada pela presença de comedões fechados e/ou abertos. Grau II, acne inflamatória ou pápulo-pustulosa, os comedões se associam às pápulas (lesões sólidas) e pústulas (lesões líquidas de conteúdo purulento). Grau III, acne nódulo-cística, quando se somam os nódulos (lesões sólidas mais exuberantes). Grau IV, acne conglobata, na qual há formação de abscessos e fístulas (TEIXEIRA e FRANÇA, 2007). 141 Fonte: Disponível aqui O quadro de acne, mesmo que não tenha associação com patologias de base, gera grandes desconfortos ao paciente, não apenas pelas lesões ativas, mas de caráter crônico pela presença de hiperpigmentação pós-inflamatória (HIP) e cicatrizes delas decorrentes (ADDOR e SCHALKA, 2010). As lesões de acne podem ser descritas como: Pápula: lesão palpável, rosada ou avermelhada, com 5 mm ou menos, podendo ser formada por aumento de qualquer uma das camadas da epiderme, por in�ltrações da camada superior da derme ou pelos dois mecanismos juntos. Pústula: evolui da lesão anterior, aparecendo exsudato no seu conteúdo. São lesões dolorosas a pressões e aparecem com maior frequência na borda maxilar, na região submandibular, no peito e nas costas. Nódulo: lesão pápulo-pustulenta, gerando tumefações de cor avermelhada e situadas na derme mais profunda que a pápula. Cisto (ou quisto): nódulo elástico, o qual não adere às estruturas subjacentes, que facilmente in�ama e sutura. Se localiza abaixo da camada basal, resultando em cicatriz. 142 http://theskinbalance.com/acne-causas-tipos-e-cosmeticos/ O tratamento da acne pode ser tópico, sistêmico e, algumas vezes, até cirúrgico, quando predominam os cistos, comedões e cicatrizes. A escolha do tratamento dependerá do grau de acometimento, da tolerância e do poder aquisitivo do paciente. Algumas vezes, as três modalidades podem ser usadas ao mesmo tempo para um controle mais rápido das lesões. Alguns cuidados no dia a dia auxiliam no tratamento, e cuidado: a higienização da área afetada várias vezes ao dia tem pouco efeito e pode gerar um efeito rebote com o aumento de sebo e piorar o quadro. O tratamento tópico tem um papel extremamente importante em todos os pacientes com acne, e pode ser utilizado nas formas leve e moderada. Os produtos prescritos geralmente são os antibióticos associados a outros agentes, como peróxido de benzoíla, ácido retinoico, ácido salicílico, nicotinamida e ácido azelaico. Por ser uma doença que deixa sequelas como cicatrizes atró�cas e hipercromias, os objetivos dos tratamentos estéticos são a remoção dos comedões com a limpeza de pele, o controle da produção sebácea e do processo in�amatório, e a prevenção de manchas com o uso de �ltro solar. 143 Fonte: Disponível aqui Técnicas realizadas em quadros de acne: ALTA FREQUÊNCIA: Segundo Borges (2010), o aparelho é um emissor de ondas eletromagnéticas que, quando aplicada sobre a pele, gera a formação de ozônio, possuindo ação desinfetante e possui e�cácia contra agentes microbianos. A desinfecção é a principal prioridade nos casos de acne. MICROCORRENTES: Quando utilizado no quadro de acne, a microcorrente apresenta todos os efeitos citados para rugas e �acidez, e possui efeitos anti-in�amatórios e cicatrizantes, além de auxiliar na drenagem linfática (AGNES, 2013). LED AZUL: Essa técnica é extremamente e�ciente nos quadros de acne, pois quando penetra nos tecidos, o led favorece a ação bactericida sobre a P. acne, auxiliando a cicatrização e impedindo que as pápulas evoluam para pústulas (PEREIRA, 2013). LASER VERMELHO E INFRAVERMELHO: O laser vermelho com comprimento de onda 660nm e o laser infravermelho com 804 nm geram efeitos bené�cos nos casos de acne devido à fotobiomodulação, que possui ação anti-in�amatória, analgesia e cicatrizante, melhora do sistema imunológico, consequentemente, minimizando as possíveis sequelas (PEREIRA, 2013). 144 http://theskinbalance.com/acne-causas-tipos-e-cosmeticos/ COSMÉTICOS: Associando às técnicas citadas, podem-se aplicar argilas, óleos essenciais, como eucalipto, lavanda, melaleuca e alecrim, e princípios ativos, como ácidos salicílicos, glicólico, mandélico, láctico, azelaico, entre outros. Para se aprofundar sobre fotobioestimulação na acne, acesse artigo sobre: A acne deve ser tratada para evitar escoriações que podem marcar a pele e deixar cicatrizes. Sendo assim, o tratamento está relacionado a uma assepsia da pele para a sua recuperação. O protocolo deve ser especí�co para cada indivíduo, visando higienizar, esfoliar, toni�car e hidratar a pele utilizando cosméticos adequados e em acréscimo ao tratamento tradicional (VINADÉ, 2014). 145 https://go.eadstock.com.br/0O 16 Melasma 146 Fonte: Disponível aqui O tratamento do melasma pode ser frustrante para os pacientes e gerar um estresse emocional, além de ser uma preocupação também para os pro�ssionais da área, devido à di�culdade no clareamento das manchas com aplicações de diversos ativos dermatológicos e métodos e, na maioria das vezes, ter apenas uma pequena melhora no clareamento das manchas hiperpigmentadas (AVRAM et al., 2008; BAUMANN et al., 2004). O melasma é um tipo de hipercromia adquirida de coloração acastanhada, de bordas bem de�nidas, uniforme e simétrica, principalmente localizada na região central da face (nariz, testa, queixo, maçãs do rosto e buço). Mulheres jovens e pardas normalmente são as mais afetadas, e dentre as causas estão gestação, exposição solar e uso oral de estrogênios. 147 https://orientacaomedicaessencial.com.br/melasma-manchas-acastanhadas-no-rosto/ Melanócitos e Síntese de Melanina Os melanócitos são as células responsáveis pela produção e distribuição da melanina. Quando hipercromias como o melasma se instalam, é devido a uma alteração que ocorreu nessas células. Os melanócitos encontram-se na camada basocelular da epiderme e são responsáveis pela pigmentação da pele e dos pelos, in�uenciando na tonalidade cutânea, na proteção direta aos danos causados pela radiação ultravioleta, sendo responsáveis pela produção de um pigmento conhecido como melanina (MIOT et al., 2009). Existe cerca de um melanócito para cinco células basais. Cada melanócito fornece pigmento para muitos queratinócitos, e esta associação é denominada unidade epidermomelânica. Os queratinócitos fagocitam as porções dendríticas dos melanócitos preenchidas com melanina e, sendo assim, a pigmentação da pele depende da quantidade de melanina transferida para o queratinócito (DU VIVIER, 2004). 148 Fonte: Melanina. O que é e principais tipos de melanina - Biologia Net A melanina é uma proteína produzida com a ajuda da enzima tirosinase, pois através dela o aminoácido tirosina transforma-se primeiro em 3,4-diidroxifenilalanina, agindo também sobre esse composto, se convertendo em melanina. Segundo Sampaio e Rivitti (2007), cada indivíduo possui quantidade constitucional de melanina, podendo aumentar devido à irradiação ultravioleta ou sob a in�uência da produção aumentada de determinados hormônios, sobretudo, o hormônio melanócitos-estimulante (MSH) e o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). A tirosinase é a enzima responsável pela síntese de melanina dentro das células, os melanócitos. Qualquer desligamento que tenha a função de inibir o trabalho desta enzima irá resultar em clareamento. 149 Fonte: Características morfológicas dos melanossomas, em seus diversos estágios | Download Scienti�c Diagram (researchgate.net) Tipos de Melasma É possível encontrar três tipos de melasma: epidérmico, dérmico e misto, conforme o local de depósito de pigmento. A maioria dos casos possui padrão misto. MELASMA EPIDÉRMICO No epidérmico, a concentração maior de melanócitos e melanina ocorre na camada basal e epiderme, proporciona uma coloração castanha à pele, com um aumento da melanina nos melanócitos e queratinócitosda epiderme (SOUZA e GARCEZ, 2005). Características encontradas: Borda bem de�nida; Cor castanho escuro; Aparece mais evidentemente sob a lâmpada de Wood; e Responde bem ao tratamento. MELASMA DÉRMICO No melasma dérmico, o pigmento se encontra na derme dentro dos melanófagos e possui nuanças variando do castanho ao azulado, às vezes até acinzentado, devido ao aumento de melanina nos macrófagos da derme (SOUZA e GARCEZ, 2005). Ou seja, esse tipo de melasma é quando as manchas de melanina atingem a derme super�cial e profunda. 150 Características encontradas: Borda mal de�nida; Castanho claro ou cor azulada; Não se altera sob a lâmpada de Wood; e Não responde bem aos tratamentos. MELASMA MISTO Nesses casos, é quando os dois tipos de depósitos de melanina (epidérmico e dérmico) coexistem no mesmo tecido. Características encontradas: Combinação de manchas marrons claras e escuras azuladas; Padrão misto visto sob a lâmpada de Wood; e Responde parcialmente aos tratamentos. A lâmpada de Woods pode ser utilizada para determinar a profundidade da pigmentação melânica da pele, permitindo uma visão instantânea das anomalias da pele, inclusive de manchas que não são visíveis a olho nu. E, dependendo da profundidade destas manchas, será traçado o tratamento mais e�caz para cada caso. O exame deve ser feito em um local totalmente escuro, com a lâmpada de Woods a aproximadamente 15 cm da área a ser avaliada (MATOS e CAVALCANTI, 2009; SEELIG et al., 2012). 151 Pele analisada sob a lâmpada de Wood Fonte: Disponível aqui Tratamento O tratamento do melasma tem como principal objetivo o clareamento das lesões e a prevenção e redução das áreas afetadas, com o menor efeito colateral possível. É indicado que seja traçado um plano estratégico para obterem-se melhores resultados, pois se trata de uma dermatose crônica, e de etiopatogenia desconhecida. Para tanto, a estratégia é: 1. Proteção em relação à radiação solar 2. Inibição da atividade dos melanócitos 3. Inibição da síntese de melanina 4. Remoção da melanina 5. Destruição dos grânulos de melanina. Dentro dos tratamentos de melasma, encontra-se o uso de medicamentos tópicos e procedimentos para o clareamento. Os procedimentos mais realizados são os peelings e aplicações de luzes ou lasers. É importante ressaltar que o tratamento do 152 https://www.belezahd.com.br/lampada-de-wood-avaliacao-tecnica-e-precisa-para-discromias-da-pele/ melasma sempre prevê um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte. Alguns princípios ativos despigmentantes são utilizados para clarear a pele e manchas pigmentadas, a ação desses princípios possuem diferentes mecanismos de ação, estando ligados à interferência na produção de melanina ou transferência da mesma. Podendo atuar inibindo a formação de melanina, alterando quimicamente a melanina, no transporte de grânulos, podem atuar inibindo a biossíntese de tirosina e destruir alguns melanócitos, além de inibir a formação de melanomas (SAMPAIO e RIVITTI, 2007). Alguns tipos de tratamento devem ser orientados pelo dermatologista, pois promovem a remoção da camada super�cial da pele e conferem resultados mais rápidos: O peeling químico é realizado com ácidos, com concentrações mais fortes que os usados em cremes, removendo a camada da pele. Podendo ser leve para o melasma super�cial ou mais intenso para melasma profundo. Microdermoabrasão é uma técnica de esfoliação pro�ssional que remove as camadas super�ciais da pele para um aspecto renovado; Microagulhamento é uma técnica que perfura a pele com agulhas para estimular a produção de colágeno e circulação sanguínea, podendo ser útil para diminuir algumas manchas na pele, além de diminuir as rugas e �acidez facial. Luz intensa pulsada não é uma opção inicial, mas é usada em alguns casos que não melhoram com outros tratamentos, pois caso usada de forma errada, pode piorar as manchas na pele. 153 Alguns suplementos podem ser utilizados durante o tratamento do melasma, pois suprem algumas carências de vitaminas e minerais que são de extrema importância para a saúde da pele. Algumas opções são o ácido tranexâmico, que inibe substâncias que geram o escurecimento da pele, além de antioxidantes, como colágeno, luteína, vitamina C, selênio, minerais, carotenoides e �avonoides, que auxiliam na recuperação da pele, além de prevenir rugas e �acidez. O mais importante é prevenir a formação do melasma evitando a exposição solar. As formas de proteção devem ser seguidas, diariamente, mesmo que o dia esteja nublado ou chuvoso. Como o melasma também pigmenta com a luz visível, os �ltros solares comuns não protegem totalmente as pessoas com melasma. Sendo assim, pode-se associar à fotoproteção �ltros físicos, que protegem da luz visível. Outra medida importante é a reaplicação do �ltro solar, para manter a proteção adequada durante todo o dia. Indivíduos com melasma devem usar roupas, chapéu, boné, óculos escuros, sombrinha e guarda-sol. Toda medida que evite a exposição solar da região acometida deve ser estimulada. 154 Para se aprofundar, veja esse artigo que fala sobre os Tratamentos do melasma em: 155 https://go.eadstock.com.br/0P Conclusão Nesta disciplina, abordamos diversas disfunções das camadas da pele, aprendemos brevemente sobre a anatomia e a �siologia do corpo humano. Esses estudos contribuíram para alcançarmos os principais processos do organismo humano que, com certeza, irão in�uenciar em um atendimento e�caz. Daqui em diante é preciso muito desempenho e sempre fazer uma avaliação para realizar o diagnóstico, visando sempre o melhor para cada paciente. Agradeço muito por con�ar em exercer este importante trabalho. O seu estudo tem um enorme signi�cado na atuação da área da estética. 156 Material Complementar Livro Drenagem linfática Autor: Fernanda Ribeiro de Oliveira Editora: Grupo A Sinopse: O Livro Drenagem Linfática Está Organizado De Forma A Apresentar Ao Estudante Os Aspectos Anatomo�siológicos Do Sistema Linfático Bem Como Técnicas E Manobras Da Drenagem Linfática. Livro Anatomia humana Autor: Kent M. Van de Graa� Editora: Manole Sinopse: A obra Anatomia Humana, em sua sexta edição, foi concebida para servir como base e recurso aos estudantes das mais diversas áreas da saúde, como medicina, odontologia, enfermagem, nutrição, pediatria, optometria, quiroprática, tecnologia médica, �sioterapia, educação física, massoterapia, terapia ocupacional, bem como outras áreas relacionadas. Por meio de ilustrações claras, de�nidas e coloridas, juntamente com imagens detalhadas e precisas da dissecção do corpo humano, o objetivo de Anatomia Humana é proporcionar conhecimentos aplicados da 157 estrutura do corpo humano e informações para a compreensão da �siologia, biologia celular, embriologia, histologia e genética.Você encontrará no livro:- Uma estrutura de aprendizagem por meio da utilização de conceitos concisos e capítulos com questões de revisão. Livro Doenças Vasculares Periféricas Autor: Francisco H. de A. Ma�ei Editora: Grupo GEN Sinopse: O grande avanço nesta área de conhecimento, especialmente nos métodos diagnósticos e nas técnicas terapêuticas, levou à elaboração da 5ª edição deste tratado consagrado, que certamente contribuiu para a formação e a atualização de gerações de cirurgiões vasculares e angiologistas, bem como para a divulgação da experiência desta especialidade em nosso país. Doenças Vasculares Periféricas | 5ª edição apresenta novo projeto grá�co, mais moderno e elegante, textos revisados e atualizados, alguns reescritos, ilustrações e algoritmos redesenhados, além de 27 capítulos inéditos, que abordam temas de relevância grande, como novas técnicas e táticas endovasculares, que hoje constituem o tratamento de escolha inicial para a maioria dos pacientes. 158 Livro Envelhecimento Cutâneo Autor: Denise Steiner e Flávia Addor Editora: AC farmacêutica Sinopse: Envelhecimento Cutâneo aborda, de forma única, o comportamento nas mais diversas culturas com relaçãoaos cuidados e a prevenção do envelhecimento da pele. As autoras, Denise Steiner e Flávia Addor, especialistas reconhecidas no Brasil e no exterior, inclusive por sua atuação frente às principais sociedades de Dermatologia, nacionais e estrangeiras, procuraram abordar as teorias e os mecanismos biomoleculares do envelhecimento cutâneo, assim como a histopatologia e a clínica do envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele. Fatores que interferem no envelhecimento geral e, em especial, na pele são revisitados com grande maestria, abrangendo os aspectos �siológicos, hormonais, nutricionais e farmacológicos. As doenças gerais que acometem os idosos, assim como as cutâneas, além de aspectos especiais sobre alergia e cuidados com a pele, especialmente dessa população, também são abordados. Atualizada com os principais tratamentos existentes para prevenir e retardar o envelhecimento da pele, Envelhecimento Cutâneo é leitura obrigatória para aqueles que precisam estar em dia com os avanços dessa especialidade tão dinâmica, a Dermatologia. 159 Referências AFONSO, J. P. J. M. et al. Celulite: artigo de revisão. Surg. cosmet. dermatol. 2(3): 214- 219, 2010. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-600137. Acesso em: 30 jun. 2021. ANDRADE M. F. C. Linfedema pós-in�amatórios: terapia física complexa. In: GARRIDO M.; PINTO-Ribeiro A., editores. Linfangites e erisipelas. 2ª edição. São Paulo: Revinter; 1999. p. 155-160. AVRAM, M. R.; TSAO, S.; TANNOUS, Z.; AVRAM, M. M. Atlas colorido de Dermatologia Estética. Rio de Janeiro: McGraw-hill Interamericana do Brasil, 2008. AZEVÊDO, F. S.; TEIXEIRA, G. M.; SANTOS, L. L. A. Análise do grau de satisfação de universitárias submetidas ao tratamento de estrias atró�cas através da corrente microgalvânica. 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