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Senadores 
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Tópicos da Aula 
 
1. Apresentação ................................................................................ 2 
2. Posse ............................................................................................ 3 
3. Exercício ..................................................................................... 15 
4. Assentamentos ........................................................................... 17 
5. Remuneração .............................................................................. 18 
6. Uso da palavra ............................................................................ 23 
7. Medidas Disciplinares .................................................................. 37 
8. Homengens devidas em caso de falecimento ............................... 41 
9. Vagas .......................................................................................... 42 
10. Suspensão das imunidades ........................................................ 56 
11. Ausência e licença ..................................................................... 57 
12. Convocação de Suplente ............................................................ 63 
13. Lista das questões apresentadas ............................................... 68 
14. Gabarito .................................................................................... 75 
	
  
1. Apresentação 
 
Olá, pessoal! O que acharam da aula inaugural? Lembrem que existe o 
fórum para sanar qualquer dúvida, ok? 
 
Vamos à nossa aula nº 1 sobre o Regimento Interno do Senado Federal 
(RISF). Trataremos do Título II do RI, que versa sobre os Senadores. Isso 
abrange do art. 4º ao 45 do Regimento. 
 
Vamos à matéria! 
 
 
Aula 1 – Senadores 
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2. Posse 
 
Vamos iniciar com uma palavra que muito te interessa: Posse! Isso é o 
que espero que aconteça com você em breve, porém não vamos tratar da sua 
posse específica, mas sim a dos Senadores. 
 
Do Direito Administrativo, conhecemos o processo referente aos 
servidores: 
 
concurso público >> homologação >> nomeação >> posse >> exercício 
 
Pois bem, em relação aos Senadores isso seria um pouco diferente. 
 
Atualmente, as eleições para o Senado ocorrem no primeiro domingo de 
outubro, de 4 em 4 anos. Após o pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem 
os nomes dos candidatos eleitos. Assim, no intervalo entre a eleição e a posse 
ocorre a DIPLOMAÇÃO do candidato eleito. É uma cerimônia que ocorre nos 
Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) para entrega do DIPLOMA, documento que 
atesta que efetivamente determinado cidadão concorreu nas eleições e foi 
eleito, tendo o direito de ocupar o cargo de Senador (também existe 
diplomação para outros cargos eletivos, ok?). A diplomação ocorre tanto para o 
titular quanto para os dois Suplentes que também foram eleitos na chapa. Após 
a cerimônia, podemos chamar o candidato eleito de “diplomado”. 
 
Se quiséssemos fazer um paralelo, a diplomação seria o equivalente à 
nomeação que ocorre conosco, meros mortais! Mas ATENÇÃO: não existe 
nomeação para Senador, ok? É diplomação. 
 
Para tomar posse, o diplomado deve apresentar previamente à 
Mesa o diploma expedido pela Justiça Eleitoral. Isso será publicado no 
Diário do Senado Federal, documento oficial de publicação de atos da Casa. 
 
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A apresentação do diploma pode acontecer de quatro formas 
distintas: 
 
! Pelo diplomado, pessoalmente 
! Por ofício ao Primeiro-Secretário 
! Por intermédio de seu partido 
! Por intermédio de qualquer Senador 
 
Cumprida essa etapa, o Senador poderá tomar posse, que nada mais é 
do que um ato público no qual o parlamentar é investido no mandato. 
 
De acordo com o caput do art. 4º, a posse ocorre no Senado em três 
situações distintas (veremos mais à frente que existe uma quarta opção): 
 
! Durante reunião preparatória 
! Em sessão deliberativa 
! Em sessão não deliberativa 
 
A posse pode ser: 
 
! Coletiva (mais comum, que ocorre nas eleições gerais) 
! Individual (quando um Suplente toma posse no lugar de um 
Senador que foi nomeado Ministro de Estado, por exemplo) 
 
Na posse coletiva, apenas um dos Senadores vai prestar o compromisso 
(juramento), qual seja: 
 
“Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar 
fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a 
união, a integridade e a independência do Brasil”. 
 
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Os demais serão chamados, um a um, e dirão: “assim o prometo”. Em 
outras palavras: “também prometo tudo o que acabou de ser dito”. 
 
Não há critério definido para escolher quem é o Senador que vai 
pronunciar o compromisso por completo. 
 
E como seria em uma posse individual? 
 
Estando presente o diplomado, o Presidente designa três Senadores 
para: 
 
! Recebê-lo 
! Introduzi-lo no plenário 
! Conduzi-lo até a Mesa 
 
Agora sim haverá o juramento, tal qual na posse coletiva. 
 
Obs.: durante o compromisso, seja individual ou coletivo, todos ficam de 
pé. 
 
Pessoal, falei para vocês que o RI previu três situações que podem 
ocorrer a posse, mas que havia outra. Lembram-se das situações vistas? 
 
! Durante reunião preparatória 
! Em sessão deliberativa 
! Em sessão não deliberativa 
 
Mas também é possível que um Senador tome posse durante o 
recesso. Não é comum, mas é possível. Imagine que a Presidente da República 
resolva exonerar um de seus Ministros no mês de janeiro e nomear um Senador 
para assumir o lugar. Veremos mais à frente que essa é uma das hipóteses que 
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o 1º Suplente vai assumir o cargo de Senador. Mas será que este Suplente teria 
que esperar até o início da Sessão Legislativa Ordinária seguinte para tomar 
posse? Não é necessário. 
 
Estando o Senado em recesso, a posse ocorre em solenidade 
pública perante o Presidente, em seu gabinete. 
 
Neste caso também há a exigência da apresentação do diploma e da 
prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado 
Federal. 
 
Vamos continuar com a estória do Senador que virou Ministro no mês de 
janeiro. Seis meses após assumir o Ministério, a Presidente faz uma reflexão e 
decide mudar o titular da pasta. Exonera o Ministro e nomeia outro. Assim, o 
ex-Ministro vai voltar ao cargo de Senador, para o qual foi eleito, e o 1º 
Suplente volta “ao banco de reservas”. Porém, mais alguns meses à frente, a 
Presidente decide dar nova chance ao Senador, em outro Ministério. Ele sai e o 
1º Suplente assume de novo o mandato. 
 
Agora vemo detalhe: o 1º Suplente, neste caso, não vai tomar posse 
com todas aquelas formalidades que vimos. Senadores para acompanhá-lo, 
compromisso, nada disso. Quando não é a primeira vez que o Suplente entra 
em exercício, o Presidente apenas comunica à Casa o retorno ao mandato. Bem 
mais simples. 
 
Na posse, o Senador (ou Suplente convocado) comunica à Mesa, por 
escrito: 
 
! nome parlamentar 
! sua filiação partidária (seu partido) 
 
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O nome parlamentar é o “nome de guerra” como o Senador é conhecido. 
Não necessariamente seu nome como consta na identidade. Pode ser até um 
apelido. Mas esse será o nome que deverá figurar nas publicações e registros 
da Casa. O nome parlamentar não pode ter mais de duas palavras, não 
computadas nesse número as preposições. 
 
Quando o Senador quiser alterar uma dessas duas informações (nome 
parlamentar ou partido) deve comunicar, por escrito, à Mesa. A mudança só 
valerá após a publicação no Diário do Senado Federal. 
 
Deixei por último nesse primeiro item sobre os Senadores, Posse, uma 
das coisas mais importantes a respeito: prazos. 
 
Qual é o prazo que um Senador tem para tomar posse? Você tem um 
prazo para tomar posse após ser nomeado. Vamos ver como isso funciona para 
nossos parlamentares. 
 
1º) Senador eleito no pleito normal (nas eleições gerais de outubro) 
Deve tomar posse em 90 dias da instalação da sessão legislativa. 
 
 
Pessoal, o RI possui algumas incongruências. Falei algumas porque não 
quero falar muitas para não desanimar você. É uma Resolução de 1970, já 
alterada diversas vezes, que virou uma grande colcha de retalhos. Você acabou 
de ler uma das incongruências e não deve ter percebido. 
 
Disse para você que o Senador tem um prazo de 90 dias para tomar 
posse a contar do início da sessão legislativa. E quando é o início da sessão 
legislativa? Já sabemos, dia 2 de fevereiro. 
 
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Mas por outro lado, já vimos que a posse coletiva, a mais comum, 
acontece em uma reunião preparatória. Aliás, acontece na 1ª (de três) reunião 
preparatória da 1ª SLO, no início da legislatura. E quando é isso? Também 
vimos na aula passada: dia 1º de fevereiro. 
 
Calma aí, professor! Como que os Senadores tomam posse no dia 1º de 
fevereiro, se o prazo que eles têm é de 90 dias a partir do dia 2? 
 
Pois é, essa pergunta eu não vou responder, porque não tem resposta! 
Então, se a banca afirmar que a posse pode ocorrer na 1ª reunião preparatória, 
que é no dia 1º de fevereiro, ESTÁ CERTO. 
 
Se a banca afirmar que os Senadores têm um prazo de 90 dias para 
tomar posse a partir do início da sessão legislativa, que é dia 2 de fevereiro, 
ESTÁ CERTO. 
 
Saiba fazer a prova e não ficar brigando com as incongruências do RI, 
ok? Voltemos aos prazos: 
 
2º) Senador eleito durante a sessão legislativa 
 
Professor, não estou visualizando essa situação. Como assim eleito 
durante a sessão legislativa? As eleições gerais não são durante a sessão 
legislativa? 
 
Até são, mas a possibilidade que o RI ofereceu aqui é de exceção, caso 
atípico. Um exemplo: imagine que, por um ataque sucessivo de insanidade 
ocorrido ao final do primeiro ano da legislatura, um Senador renuncie ao 
mandato, seu 1º Suplente faça o mesmo, assim como o 2º Suplente. E agora? 
Não há mais ninguém a convocar. 
 
Estabelece a CF: 
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Art. 56, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo Suplente, far-se-á 
eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o 
término do mandato. 
 
Vimos até que essa é uma das competências do Presidente do Senado, 
prevista no RI: 
 
Art. 48, XVII Comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral a ocorrência 
de vaga de Senador, quando não haja Suplente a convocar e faltarem 
mais de quinze meses para o término do mandato. 
 
Assim, acontecerão novas eleições realizadas pelo TSE para cobrir a 
vaga em aberto no Senado. Entendemos um exemplo da exceção? Então 
continuemos. 
 
Qual é o prazo que o Senador tem para tomar posse se eleito durante a 
sessão legislativa? 
 
Deve tomar posse em 90 dias a partir da diplomação. 
 
Em ambos os casos (eleito no pleito normal ou durante a sessão 
legislativa) é permitida a prorrogação, por motivo justificado, a 
requerimento do interessado, por mais 30 dias. 
 
E se o Senador não tomar posse nem requerer a prorrogação? 
 
É considerado que ele renunciou ao cargo, ainda que de forma tácita. 
Tendo renunciado, é convocado o 1º Suplente. E quais são os prazos que o 1º 
Suplente tem para tomar posse? São dois prazos. 
 
Nos casos de: 
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! vacância (quando ocorre falecimento, renuncia ou perda de 
mandato) 
! afastamento para assumir os seguintes cargos: 
 
• Ministro de Estado 
• Governador de Território 
• Secretário de Estado 
• Secretário do Distrito Federal 
• Secretário de Território 
• Secretário de Prefeitura da Capital 
• Chefe de missão diplomática temporária 
 
(sugiro que você preste bem atenção nessa lista, porque ela vai voltar a 
aparecer algumas vezes ainda nessa aula) 
 
O prazo para o 1º Suplente é de 60 dias, prorrogáveis, a pedido, por 
mais 30 dias, desde que por motivo justificado. 
 
Agora, se o titular se afasta do cargo por motivo de licença (serão 
vistas em breve), o 1º Suplente tem o prazo improrrogável de 30 dias. 
 
Logo veremos que não são todas as licenças que há a convocação de 
Suplente, mas lembre: há convocação de Suplente por motivo de licença do 
titular? Prazo de 30 dias improrrogáveis. 
 
Mas e se o 1º Suplente não toma posse nem requer a prorrogação, 
quando possível? 
 
Nada mais justo do que dar tratamento igual, ou seja, é considerado que 
ele renunciou ao mandato tacitamente. 
 
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Nesse caso, será convocado o 2º Suplente, que terá, em qualquer 
hipótese, 30 dias para prestar o compromisso. 
 
É difícil imaginar uma situação que o Senador não tome posse nesses 
prazos elásticos, mas ainda assim o RI estabeleceu possibilidades, em alguns 
casos, de prorrogação. Essas prorrogações se dão mediante um pedido que é 
feito na forma de um requerimento do interessado. Esse requerimento é uma 
proposição legislativa, e deve ser deliberado, votado. Imagine que o prazo de 
90 dias que o Senador tem para tomar posse está se esgotando, e ele requer 
sua prorrogação (por motivo justo) faltando 2 dias para acabar o prazo. Pode 
acontecer de o Senado não ser muito ágil para deliberar antes do término do 
prazo para a posse. Mas ainda assim o RI resguardou os Senadores nesse caso: 
 
Quando possível a prorrogação, havendo requerimento e encerrado 
o prazo sem ter sido votado, será considerada como concedida a 
prorrogação. 
 
Vamos a um quadro-resumo sobre os prazos vistos? 
 
PRAZOS PARA A POSSE 
TITULAR 90 + 30 
A partir do início da sessão legislativa 
(pleito normal) 
A partir da diplomação (eleito durante asessão legislativa) 
1º SUPLENTE 60 + 30 Vacância/Afastamentos 
30 + 0 Licenças 
2º SUPLENTE 30 + 0 Qualquer caso 
 
Aqui finalizamos o item posse. Vamos fazer algumas questões? 
 
1) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): A posse do Senador 
se faz em ato público no qual é investido no mandato, devendo a 
respectiva reunião ser precedida da apresentação à Mesa do diploma 
expedido pela Justiça Eleitoral. 
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CERTO. Certo, a entrega do diploma é fato prévio à posse, e pode 
ocorrer das seguintes maneiras: 
 
! Pelo diplomado, pessoalmente 
! Por ofício ao Primeiro-Secretário 
! Por intermédio de seu partido 
! Por intermédio de qualquer Senador 
 
Art. 4º A posse, ato público por meio do qual o Senador se investe 
no mandato, realizar-se-á perante o Senado, durante reunião 
preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa, precedida da 
apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual 
será publicado no Diário do Senado Federal. (grifo nosso) 
 
2) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): Se o Senado estiver 
em recesso, a posse do Senador realizar-se-á perante a respectiva 
Mesa, podendo o empossado apresentar seu diploma no início da 
próxima sessão legislativa. 
 
ERRADO. Estando o Senado em recesso, a posse ocorre no Gabinete da 
Presidência, não perante a Mesa. E que papo é esse de “depois eu passo aqui e 
entrego o diploma”? Isso é sempre previamente. E não esqueça o compromisso, 
que também ocorre. 
 
Art. 4º, § 4º Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o 
Presidente, em solenidade pública em seu gabinete, observada a exigência 
da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o 
fato ser noticiado no Diário do Senado Federal. (grifo nosso) 
 
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3) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): O Senador deverá 
tomar posse dentro de noventa dias, contados da data de sua eleição, 
mas, a pedido do interessado e por motivo justificado, o prazo pode ser 
prorrogado por mais sessenta dias. 
 
ERRADO. A prorrogação, quando permitida, é sempre por 30 dias, e não 
60, ok? E prazo contado da eleição? Isso não existe. 
 
Art. 4º, § 5º O Senador deverá tomar posse dentro de noventa 
dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se eleito durante 
esta, contados da diplomação, podendo o prazo ser prorrogado, por 
motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias. 
 
4) João José Pereira da Silva foi eleito para Senador. Analise as 
afirmativas abaixo: 
 
I – Nestas condições ele deverá ter a consciência de que se não 
tomar posse dentro de noventa dias legalmente estabelecidos, e se não 
houver solicitado prorrogação, devidamente justificada, por mais trinta 
dias, haverá consideração de renúncia ao cargo. Assim ocorrerão novas 
eleições, pois faltam mais de 15 meses para o término do mandato. 
 
II – Ele pode informar seu nome parlamentar como sendo “Zezé 
da Silva”. 
 
III – Supondo que sua posse ocorra individualmente, prestará o 
compromisso "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, 
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a 
união, a integridade e a independência do Brasil". Ocorrendo a posse 
coletiva, pode ser que um dos Senadores presentes preste o 
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compromisso e João José Pereira da Silva, quando chamado, dirá: 
“assim o prometo”. 
 
Estão corretas: 
 
a) apenas o item II 
b) apenas os itens I e III 
c) apenas os itens I e II 
d) apenas os itens II e III 
e) todos 
 
Gabarito: A. 
 
Item I: errado. Só há novas eleições se faltarem mais de 15 meses para 
o fim do mandato e não houver Suplente a convocar. A renúncia ocorreu só em 
relação ao Senador eleito, então deve ser convocado o 1º Suplente. 
 
CF, Art. 56, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á 
eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término 
do mandato. 
 
Item II: correto. O nome parlamentar pode ter até duas palavras, não 
sendo contadas as preposições. E não necessariamente é o nome próprio do 
Senador. 
 
Art. 7o, § 1o Do nome parlamentar não constarão mais de duas 
palavras, não computadas nesse número as preposições. 
 
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Item III: errado. Esse compromisso aí é o dos Deputados Federais. O 
compromisso dos Senadores está transcrito ao final da página 4. 
 
Art. 4o, § 2o Presente o diplomado, o Presidente designará três 
Senadores para recebê-lo, introduzi-lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, 
onde, estando todos de pé, prestará o seguinte compromisso: “Prometo 
guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e 
lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a 
união, a integridade e a independência do Brasil”. 
§ 3o Quando forem diversos os Senadores a prestar o compromisso 
a que se refere o § 2o, somente um o pronunciará e os demais, ao serem 
chamados, dirão: “Assim o prometo”. 
 
3. Exercício 
 
Neste tópico estudaremos o exercício do mandato. Conheceremos 
algumas obrigações e alguns direitos dos Senadores. 
 
O Senador deve estar presente no Senado à hora regimental, tanto nas 
sessões do Plenário quanto das reuniões da comissão de que seja membro. 
 
Cabe ao Senador: 
 
I – oferecer proposições, discutir, votar e ser votado 
 
Um Senador pode oferecer (criar e iniciar a tramitação de) um projeto de 
lei, por exemplo. Por discutir podemos entender emitir sua opinião. Votar 
favoravelmente ou de forma contrária aos projetos em tramitação. E pode ser 
votado para compor a Mesa, por exemplo, ou para presidir uma comissão. 
 
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II – solicitar informações às autoridades sobre fatos relativos ao 
serviço público ou úteis à elaboração legislativa 
 
São os requerimentos de informações, disciplinados no art. 50, § 2º da 
CF e no art. 216 do RISF (os estudaremos em aula futura). 
 
III – usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento. 
 
Usar da palavra (discursar) é algo que os Senadores quase não fazem... 
rsrs Mais à frente veremos as peculiaridades do assunto. 
 
É direito do Senador, uma vez empossado: 
 
I – examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo 
 
II – requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou 
diretamente, providências para garantia das suas imunidades e informações 
para sua defesa. 
 
III – frequentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, 
podendo requisitá-los para consulta, fora das dependências do Senado, 
desde que não se trate de obras raras, assim classificadas pela Comissão 
Diretora. 
 
Ou seja, o Senador pode utilizar tudo que há na Biblioteca do Senado, 
mas só pode retirar do prédio o que a Comissão Diretora não tenha classificado 
como obra rara. 
 
IV – frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, 
só ou acompanhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário,durante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores. 
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Um convidado de um Senador não pode entrar no plenário durante as 
sessões e nem em locais privativos dos Senadores. 
 
V – utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para fins 
relacionados com as suas funções. 
 
Um Senador não pode utilizar a gráfica do Senado, por exemplo, para 
fazer material de campanha para sua próxima eleição. 
 
VI – receber em sua residência o Diário do Senado Federal, o do 
Congresso Nacional e o Diário Oficial da União 
 
Até parece que ele vai ler alguma publicação dessa... 
 
O detalhe é que o Senador substituído pelo Suplente continua com todos 
os direitos previstos acima. 
 
4. Assentamentos 
 
O Senador (ou Suplente) inscreverá em livro específico, por ocasião da 
posse, de próprio punho: 
 
! seu nome 
! o nome parlamentar 
! a respectiva rubrica 
! filiação partidária 
! idade 
! estado civil 
! outras declarações que julgue conveniente fazer 
 
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Com base nos dados acima, o Primeiro-Secretário expedirá as respectivas 
carteiras de identidade. Lembrem-se dessa competência do Primeiro- 
Secretário: 
 
Art. 54. Ao Primeiro-Secretário compete: 
X - expedir as carteiras de identidade dos Senadores. 
 
5. Remuneração 
 
Aqui vamos falar a respeito de normas gerais sobre a remuneração dos 
Senadores e não necessariamente do valor, que por sinal hoje corresponde ao 
teto constitucional. 
 
O Senador recebe sua remuneração a contar: 
 
I – a partir do início da legislatura, ao diplomado antes da 
instalação da primeira sessão legislativa ordinária (seria o caso dos eleitos 
nas eleições gerais). 
 
II – a partir da expedição do diploma, ao diplomado 
posteriormente à instalação (por exemplo, aquele caso de novas eleições 
devido às renúncias). 
 
III – a partir da posse, ao Suplente em exercício. 
 
Pessoal, talvez vocês não tenham percebido, mas vou chamar atenção 
de vocês para uma situação estranha, mas que tem aparato regimental. 
Observe o item I acima. O Senador eleito no pleito normal tem direito à 
remuneração a partir do início da legislatura, a partir de 1º de fevereiro. Mas 
lembre que ele não é obrigado a tomar posse no dia 1º, ele tem um prazo para 
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isso. Então pode ser que o Senador tome posse dia 10 e vá receber sua 
remuneração desde o dia 1º? 
 
Como isso não é comum de ocorrer, é difícil falar o que aconteceria na 
prática. Mas o regimento deixa essa porta aberta, ok? 
 
Lembram aquela lista de cargos que falei que se repetiria ainda nessa 
aula? 
 
! Ministro de Estado 
! Governador de Território 
! Secretário de Estado 
! Secretário do Distrito Federal 
! Secretário de Território 
! Secretário de Prefeitura da Capital 
! Chefe de missão diplomática temporária 
 
Então, o Senador que assumir um desses cargos pode optar pela 
remuneração do mandato. 
 
Claro que atualmente ele vai fazer essa opção, já que a remuneração do 
mandato equivale à remuneração de um ministro do STF. 
 
Pessoal, mais à frente estudaremos as sessões que ocorrem no Senado, 
as sessões plenárias. Elas podem ser deliberativas, não deliberativas, especiais 
e de debates temáticos. 
 
Sessão deliberativa é aquela que, obviamente, se DELIBERA sobre 
alguma proposição legislativa. Ou seja, são votados projetos de lei, de decreto 
legislativo, propostas de emenda à constituição... Isso tudo ocorre em uma fase 
da sessão chamada Ordem do Dia. As sessões deliberativas possuem 3 fases: 
período do expediente, ordem do dia e pós-ordem do dia. 
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As sessões não deliberativas não possuem ordem do dia, ou seja, só 
possuem período do expediente. Assim, como não se votam proposições 
legislativas, basicamente a sessão serve para leitura de documentos, discursos 
e pronunciamentos. 
 
As sessões especiais são destinadas a comemorações e homenagens. 
 
A sessão de debates temáticos serve para discussões e deliberações de 
assuntos relevantes de interesse nacional previamente fixados. 
 
Fiz somente essa rápida introdução porque o RI estabelece que nas 
sessões deliberativas o painel do plenário é acionado. 
 
O Senador vai ao plenário, digita sua senha em um dispositivo nas 
bancadas, e seu nome passa a aparecer no painel, como presente. 
 
E por que eu estou falando disso? Presença do Senador na Casa? 
 
Porque é considerado ausente o Senador cujo nome não conste da 
lista de comparecimento. 
 
A não ser que o Senador esteja: 
 
! em licença 
! em representação a serviço da Casa 
! em missão política ou cultural de interesse parlamentar, previamente 
aprovada pela Mesa 
 
Também é considerado ausente o Senador que, embora conste da lista 
de presença das sessões deliberativas, deixar de comparecer às votações, salvo 
se em obstrução declarada por líder partidário ou de bloco parlamentar. 
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E por que eu estou falando tanto de presença e ausência se estamos no 
tópico REMUNERAÇÃO? Porque, de acordo com o RI, nesses casos de ausência 
acima, o Senador tem seu dia de remuneração descontado. Ou seja, não foi à 
sessão, perdeu um dia no pagamento! 
 
Tivemos mais um bloco de teoria, então vamos a mais um bloco de 
exercícios. 
 
5) Acerca do exercício dos Senadores, analise os itens a seguir: 
 
I) É facultado ao Senador, uma vez diplomado, examinar 
quaisquer documentos existentes no arquivo da Casa. 
 
II) O Senador empossado pode frequentar o edifício do Senado e 
as respectivas dependências, só ou acompanhado, podendo o 
acompanhante ter o acesso ao plenário, durante as sessões, exceto nos 
locais privativos dos Senadores. 
 
III) Um Senador foi substituído pelo Suplente para assumir o 
cargo de Ministro da Agricultura. Regimentalmente, ele ainda terá 
direito de receber em sua casa o Diário do Senado Federal, o Diário do 
Congresso Nacional e o Diário Oficial da União. 
 
Está(ão) correto(s): 
 
A) Apenas o item I. 
B) Apenas os itens I e II. 
C) Apenas o item II. 
D) Apenas o item III. 
E) nenhum. 
 
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Gabarito: D. 
 
Item I: errado. Uma vez diplomado não, uma vez empossado. A 
diplomação é antes da posse. 
 
Art. 9o É facultado ao Senador, uma vez empossado: 
I - examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo; 
 
Item II: errado. O acompanhante não tem acesso nem aos locais 
privativos de Senadores nem ao plenário, quando em sessão. 
 
Art. 9o É facultado ao Senador, uma vez empossado: 
IV - frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, 
só ou acompanhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário, 
durante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores;Item III: correto. O Senador, ainda que substituído pelo respectivo 
Suplente, permanece com os direitos que nós vimos. 
 
Art. 9o, parágrafo único. O Senador substituído pelo Suplente 
continuará com os direitos previstos neste artigo. 
 
6) Ao Senador diplomado antes da instalação da primeira sessão 
legislativa ordinária será devida a remuneração a partir do início da 
legislatura. 
 
CERTO. É exatamente essa a regra. Receberá seu dinheirinho suado a 
partir de 1º de fevereiro. Mas conheça também as outras duas situações: o 
diplomado durante a sessão legislativa recebe a partir da diplomação, ao passo 
que o Suplente que entrar em exercício recebe a partir da posse. 
 
 
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Art. 12. A remuneração do Senador é devida: 
I - a partir do início da legislatura, ao diplomado antes da 
instalação da primeira sessão legislativa ordinária; 
 
6. Uso da palavra 
 
Pessoal, chegamos a um dos itens do RI que mais causa pavor 
nos estudantes: o art. 14, que fala do uso da palavra. Também pudera. São 
14 incisos (cada qual com um prazo), alguns deles com várias alíneas e ainda 
por cima itens. E mais oito parágrafos para completar. Pois bem, o que há de 
mais provável de ser cobrado nesse artigo são os tempos (prazos), porque 
são vários, e assim fica fácil de confundir o candidato. Mas existe um jeito mais 
fácil de aprender isso? A minha função é descobrir, não? 
 
Antes de falar especificamente sobre o art. 14, peço que vocês se 
recordem da explicação que fiz na página 19 a respeito da classificação das 
sessões no Senado. Não estou falando de Sessão Legislativa Ordinária ou 
Extraordinária, aquilo que vimos na aula inaugural. Digo as sessões plenárias, 
aquelas que ocorrem (ou devem ocorrer) todos os dias no plenário do 
Senado. É cada unidade de trabalho. Existe um Título (que por sinal nem é 
pequeno) do RI só sobre o assunto, mas por hora, lembre que as sessões 
no Senado podem ser deliberativas, não deliberativas, especiais e de debates 
temáticos. 
 
Vamos, enfim, ao uso da palavra pelos Senadores. Qual o prazo que 
um Senador dispõe para falar? O RI nos diz, mas depende da situação. 
 
Basicamente, existem só 3 prazos no art. 14: 20 min, 10 min e 5 
min. 
 
O que nós vamos fazer é decorar quais são os casos de 20 e de 10 min, 
e o resto é 5, ok? 
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Os Senadores dispõem de 20 min para usar da palavra nos 
seguintes casos: 
 
! nas sessões não deliberativas 
 
! se líder, uma vez por sessão, após a ordem do dia, com 
preferência sobre os oradores inscritos 
 
! após a ordem do dia, para as considerações que entender (se está 
escrito "após a ordem do dia", claro que se trata de uma sessão 
deliberativa, ok?) 
 
E só. 
 
Ficou até mais fácil ainda porque basta saber que esse prazo vale para 
as sessões não deliberativas e para após a ordem do dia, porque os dois 
últimos itens acima se assemelham. 
 
E quando o Senador tem 10 min para usar da palavra? Também em 
três situações: 
 
! nos 120 minutos que antecedem a ordem do dia (isso é o 
período do expediente de uma sessão deliberativa) 
 
! na discussão de qualquer proposição, uma só vez 
 
! na discussão da proposição em regime de urgência (art. 336), 
uma só vez, limitada a palavra a 5 Senadores a favor e 5 contra 
 
Acabou. 
 
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De forma similar, lembre: 10 min => 120 min antes da ordem do dia 
e discussão de proposições. 
 
Pronto, o resto é 5 min. São exemplos, entre outros: pela ordem, 
questão de ordem, contradita de questão de ordem, comunicação inadiável, 
encaminhamento de votação, explicação pessoal... 
 
Fica mais fácil assim, não? 
 
Agora vamos às exceções. A regra geral você já sabe. Decore os casos 
de 20 e de 10 min, o resto é 5 min. 
 
! Quanto à interpelação de um Ministro de Estado convocado, por 
exemplo, qual seria o prazo estipulado para um Senador fazer uma 
pergunta? Se não está no rol nem de 20 nem de 10 min, o prazo é 
de 5 min. Correto. O Ministro tem igual prazo para responder, 5 min. 
Mas existe a possibilidade de réplica e tréplica, com prazos de 2 min, 
ok? Arts. 14, XIII e 398, X. 
 
! Os apartes são de 2 min. Aparte é quando um Senador tem o uso da 
palavra e concede-a a outro que deseja fazer algum comentário 
sobre o assunto em questão. Os apartes seguem as seguintes 
normas: 
 
• o aparte depende de permissão do orador, subordinando-se, 
em tudo que lhe for aplicável, às disposições referentes aos 
debates 
• não serão permitidos apartes: 
 
" ao Presidente 
" a parecer oral 
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" a encaminhamento de votação, salvo nos casos de 
requerimento de homenagem de pesar ou de voto de 
aplauso ou semelhante 
" a explicação pessoal 
" a questão de ordem 
" a contradita a questão de ordem 
" a uso da palavra por cinco minutos (difícil de entender 
porque o regimento citou expressamente os casos de 
encaminhamento, explicação pessoal, questão de 
ordem e contradita, e depois fala: “uso da palavra por 
5 min”. Ora, não precisava citar todos esses casos, já 
que eles são de 5 min!) 
 
• a recusa de permissão para apartear será sempre 
compreendida em caráter geral, ainda que proferida em 
relação a um só Senador (assim, se um Senador pede um 
aparte, e o orador não concede, nenhum Senador terá o 
direito de apartear o orador) 
• o aparte proferido sem permissão do orador não será 
publicado 
• ao apartear, o Senador fica sentado e fala ao microfone 
 
Vimos todos os prazos do art. 14. Agora, de uma forma mais 
completa, você já sabe que os prazos que os Senadores têm para falar são de 
20, 10, 5 e 2 min. 
 
Mas já que eu estou falando disso... 
 
Existem ainda no regimento duas situações de prazos de uso da 
palavra com tempos diferentes do que mencionei acima. São tempos de 3 
min. Isso não está no art. 14, claro, mas trago aqui porque acho essa relação 
válida. Vamos aos casos: 
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! Quando estudarmos comissões, veremos que estas podem realizar 
audiências públicas. É comum vir ao Senado alguém que entenda 
bastante de determinado assunto proferir uma exposição, uma 
palestra. Então, os membros da comissão poderão, terminada a 
leitura, interpelar o orador exclusivamente sobre a exposição lida, 
por prazo nunca superior a três minutos. Repetindo: prazo de 3 min. 
Art. 94, § 2º. 
 
! Existe toda uma regulamentação a respeito de uma sessão secreta. 
Até para se decidir se uma sessão deve ou não ser secreta, o senado 
já funciona secretamente. Assim, no início dos trabalhos de uma 
sessão secreta, será decidido se o assunto que motivou a convocação 
deverá ser tratado secreta ou publicamente, não podendo esse 
debate exceder a quinze minutos, sendo permitido a cada orador 
usar da palavra por três minutos, de uma só vez. Art. 193. 
 
Vimos dois casos de uso da palavra por 3 min. Interessante, não? 
 
Pronto pessoal, já vimos tudosobre prazos de uso da palavra, que é 
o mais provável de ser cobrado em relação a este tópico. Porém, quando 
você pegar o RI para ler o artigo 14 (e você TEM que fazer isso, assim como 
todo tópico tratado aqui no nosso curso) você vai se deparar com várias 
expressões que não vai entender, porque ainda estamos no início do nosso 
curso. E você ler alguma coisa sem entender o que está escrito é uma coisa 
que eu não posso deixar acontecer. Assim, veremos agora todos os prazos 
de 5 min, mais em relação a prevenir que você não entenda o que está 
escrito do que em relação aos prazos. Claro, né? Todos são 5 min. 
 
! se líder, uma vez por sessão, no período do expediente ou após a 
ordem do dia, para comunicação urgente de interesse partidário 
(pode delegar a qualquer Senador) 
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! na discussão da redação final, o relator e um Senador de cada 
partido 
 
Redação final? O que é isso? 
 
Isso está disciplinado lá na frente, a partir do art. 321. Mas para você 
não ficar “voando”: 
 
Imagine que o plenário aprovou um projeto de lei com 25 
emendas. Algumas suprimem uns artigos, outras emendas modificam outros e 
ainda são aprovadas emendas que acrescentam dispositivos ao projeto de lei. 
Você sabe que o projeto foi aprovado e que as emendas também, mas qual 
é a forma final dessa bagunça (projeto + emendas)? Como é que isso vai 
ficar escrito? Isso é a redação final. Via de regra, esse projeto, juntamente 
com as 25 emendas iria para a Comissão Diretora para elaborar a 
Redação Final, que seria, oportunamente, incluída na Ordem do Dia para ser 
discutida e votada. Veremos mais detalhes quando abordarmos o tópico. 
 
! no encaminhamento de votação, uma só vez 
 
Encaminhamento de votação eu também não entendi, professor! Isso 
está disciplinado lá no art. 308. Basicamente, é um procedimento que pode 
acontecer (ou não) momentos antes da votação. Pode ser concedida a palavra, 
a pedido, a um ou mais oradores para “encaminhar” a matéria. E o que, afinal, 
é encaminhar? É quando um Senador usa a palavra para tentar convencer 
outros Senadores a votarem como ele. Ele pode encaminhar para os 
parlamentares votarem “sim” em determinado projeto. Ou votar “não”, se for 
o caso. É como se fosse uma “sugestão” de voto, beleza? 
 
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! para comunicação inadiável, homenagem de pesar, manifestação de 
aplauso ou semelhante, uma só vez 
 
! no encaminhamento de votação de proposição em regime de 
urgência (art. 336), uma só vez, o relator da comissão de mérito e os 
líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por eles 
designados 
 
! para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, se 
nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de ato ou fato 
que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo a 
palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na 
mesma sessão 
 
Imagine a seguinte situação: um Senador X está discursando e fala 
o seguinte: “o Senador Y sabia da corrupção que está acontecendo no 
estado tal”. Esse Senador Y foi nominalmente citado. Assim, terá direito a usar 
da palavra em explicação pessoal, como se fosse um “direito de resposta”. 
 
! para interpelar ministro de estado (e para a réplica, por 2 min) 
 
! pela ordem, em qualquer fase da sessão, para indagação do 
andamento dos trabalhos, reclamação sobre a observância do 
regimento, indicação de falha ou equívoco em relação à matéria da 
ordem do dia, vedado, porém, abordar assunto já resolvido pela 
presidência 
 
! em qualquer fase da sessão, para suscitar questão de ordem (art. 
403) 
 
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Um Senador pode levantar uma questão de ordem para sanar dúvida 
em relação à interpretação ou aplicação do regimento, ou ainda para 
denunciar a transgressão de um dos princípios do processo legislativo. 
 
! para contraditar questão de ordem, limitada a palavra a um só 
Senador 
 
Palavra dada a um orador que discorde da posição do Senador 
que levantou a questão de ordem. 
 
Finalizamos as situações onde os Senadores dispõem de 5 min para 
falar. Vamos agora a alguma considerações gerais sobre o uso da palavra. 
 
É vedado ao orador tratar de assunto estranho à finalidade do 
dispositivo em que se baseia para a concessão da palavra. Se o Senador pediu 
o uso da palavra para suscitar questão de ordem, não pode usar o tempo que 
foi concedido para outro assunto. 
 
Basicamente, nas situações que o líder tem a possibilidade do uso 
da palavra, ela pode ser delegada aos vice-líderes, na ordem em que estes 
forem indicados, ou ainda se o líder estiver ausente ou impedido. Lideranças é 
um assunto que veremos em breve, ok? 
 
O líder que acumular liderança de partido e bloco parlamentar só 
pode usar a palavra uma vez por sessão nos casos de comunicação urgente de 
interesse partidário ou após a ordem do dia, quando tem preferência sobre 
os demais oradores inscritos. 
 
Todos os prazos que vimos no art. 14 (20, 10, 5 e 2 min) só poderão 
ser prorrogados, pelo Presidente, por um ou dois minutos, para permitir o 
encerramento do pronunciamento, após o que o som do orador será 
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cortado, não sendo lícito ao Senador utilizar-se do tempo destinado a outro, 
em acréscimo ao de que disponha. 
 
Sobre a mesa do plenário, fica um livro especial no qual se inscrevem 
os Senadores que quiserem usar da palavra, nas diversas fases da sessão, 
devendo ser rigorosamente observada a ordem de inscrição. 
 
Assim, salvo a prévia inscrição mencionada, a palavra será dada 
na ordem em que for pedida. 
 
O Senador só poderá usar da palavra mais de duas vezes por semana 
se não houver outro orador inscrito que pretenda ocupar a tribuna. 
 
Imagine que um Senador faça um discurso em uma sessão de 
segunda- feira, que, como regra, é não deliberativa. Terá o prazo de 20 min, 
ok? Inscreve-se ainda para discursar na terça, na sessão deliberativa, sendo 
atendido após a ordem do dia. Também terá 20 min nesse caso. Ainda não 
satisfeito, quer discursar de novo na quarta. Nesse caso, ele pode até se 
inscrever, mas só poderá usar da palavra ao final da sessão, quando todos os 
oradores inscritos já tiverem falado, ok? 
 
A inscrição será para cada sessão, podendo ser aceita com 
antecedência de até duas sessões deliberativas ordinárias ou não deliberativas. 
 
Vimos diversos direitos dos Senadores em relação ao uso da palavra. 
Mas será que os parlamentares podem ser interrompidos enquanto têm a 
palavra? Sim, existem casos de interrupções pelo presidente e por outros 
Senadores. Percebam: 
 
O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido: 
 
 
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I – pelo Presidente: 
 
• para leitura e votação de requerimento de urgência e 
deliberação sobre a matéria correspondente 
• para votação não realizada no momento oportuno, por 
falta de número 
• para comunicação importante• para recepção de visitante 
• para votação de requerimento de prorrogação da sessão 
• para suspender a sessão, em caso de tumulto no recinto ou 
ocorrência grave no edifício do Senado 
• para adverti-lo quanto à observância do Regimento 
• para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos 
trabalhos 
	
  
II – por outro Senador: 
 
• com o seu consentimento, para aparteá-lo 
• independentemente de seu consentimento, para formular à 
Presidência reclamação quanto à observância do Regimento 
 
O tempo das interrupções vistas é descontado em favor do orador, 
salvo os apartes. Assim, se um Senador tem 10 min para falar, e concede um 
aparte a outro Senador (2 min), só sobrarão 8 min para o discurso, 
perceberam? 
 
Vimos direitos dos Senadores para falar. Vimos interrupções e 
agora vamos ver algumas proibições. 
 
Ao Senador é vedado: 
 
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I – usar de expressões descorteses ou insultuosas 
II – falar sobre resultado de deliberação definitiva do Plenário, salvo 
em explicação pessoal 
 
Não é permitido ler da tribuna ou incluir em discurso, aparte, 
declaração de voto ou em qualquer outra manifestação pública, documento de 
natureza sigilosa. Se é sigiloso, é sigiloso e pronto, não pode um Senador dar 
publicidade a um documento assim. 
 
O Senador, ao fazer uso da palavra, fica de pé, salvo licença para 
se conservar sentado, por motivo de saúde. Enquanto fala, não é lícito 
permanecer de costas para a Mesa. Que detalhe de rodapé, hein? 
 
Então vamos a alguns exercícios sobre uso da palavra. 
 
7) A respeito do uso da palavra por parte dos Senadores, analise 
os itens a seguir. 
 
I) Quando se tratar de discussão de redação final, o relator e um 
Senador de cada partido poderão fazer uso da palavra uma só vez, e por 
dez minutos. 
 
II) No encaminhamento de votação, o Senador poderá fazer uso 
da palavra uma só vez, e por quinze minutos. 
 
III) No encaminhamento de votação de proposição em regime de 
urgência o relator da comissão de mérito e os líderes de partido ou 
bloco parlamentar ou Senadores por eles designados poderão fazer uso 
da palavra uma só vez, por cinco minutos. 
 
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IV) Serão concedidos ao Senador dez minutos para explicação 
pessoal, em qualquer fase da sessão, se nominalmente citado na 
ocasião, para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido atribuído 
em discurso ou aparte, não sendo a palavra dada, com essa finalidade, 
a mais de dois oradores na mesma sessão. 
 
A quantidade de itens corretos é igual a: 
 
A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4 
 
Gabarito: B. 
 
Item I: errado. São 3 os casos de 10 min: 120 min antes da ordem do 
dia e na discussão de proposição (também inclusa a situação em regime de 
urgência). Assim, o tempo correto aqui seria 5 min. 
 
Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: 
V - na discussão da redação final (art. 321), uma só vez, por cinco 
minutos, o relator e um Senador de cada partido; 
 
Item II: errado. Prazo de 15 min? De onde veio isso? São 5 min, de 
novo. 
 
Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: 
VI - no encaminhamento de votação (art. 308 e parágrafo único do 
art. 310), uma só vez, por cinco minutos; 
 
Item III: correto. Ufa! Até que enfim. Exatamente isso. 
 
Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: 
VII - no encaminhamento de votação de proposição em regime de 
urgência (art. 336), uma só vez, por cinco minutos, o relator da comissão 
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de mérito e os líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por 
eles designados; 
 
Item IV: errado. Explicação pessoal é só mais um caso que não está nas 
situações de 20 ou 10 min, ou seja, tem o prazo de 5 min. 
 
Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: 
VIII - para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, por 
cinco minutos, se nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de 
ato ou fato que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo 
a palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na mesma 
sessão; 
 
8) O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido pelo 
Presidente, exceto: 
 
a) para comunicação importante. 
b) para recepção de visitante. 
c) para votação de requerimento de prorrogação da sessão. 
d) para discutir a matéria, quando o presidente desejar fazê-lo. 
e) para adverti-lo quanto à observância do Regimento. 
 
Gabarito: D. 
 
A única alternativa que não estabelece uma situação de interrupção do 
orador pelo presidente é a letra D, pois o presidente, se quiser participar 
ativamente dos trabalhos da Casa (discutindo uma matéria, por exemplo), deve 
passar a presidência a outro Senador. 
 
Art. 18. O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido: 
I - pelo Presidente: 
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a) para leitura e votação de requerimento de urgência, no caso do 
art. 336, I, e deliberação sobre a matéria correspondente; 
b) para votação não realizada no momento oportuno, por falta de 
número (arts. 304 e 305); c) para comunicação importante; d) para 
recepção de visitante (art. 199); e) para votação de requerimento de 
prorrogação da sessão; 
f) para suspender a sessão, em caso de tumulto no recinto ou 
ocorrência grave no edifício do Senado; 
g) para adverti-lo quanto à observância do Regimento; 
h) para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos 
trabalhos; 
 
Art. 50, parágrafo único. O Presidente deixará a cadeira 
presidencial sempre que, como Senador, quiser participar ativamente dos 
trabalhos da sessão. 
 
9) Em relação aos apartes, assinale a alternativa errada: 
 
a) o tempo para o aparte é de 2 minutos. 
b) o aparte não prescinde de permissão do orador. 
c) ao apartear, o Senador permanece sentado. 
d) o aparte realizado sem permissão não é publicado. 
e) a recusa ao aparte é específica para o Senador que solicitou. 
 
Gabarito: E. 
 
A recusa ao aparte tem caráter geral, para todos os Senadores, e não só 
para aquele que solicitou na hora. 
 
Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: 
XII - para apartear, por dois minutos, obedecidas as seguintes 
normas: 
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c) a recusa de permissão para apartear será sempre compreendida 
em caráter geral, ainda que proferida em relação a um só Senador; 
 
7. Medidas disciplinares 
 
Imaginemos que um Senador se utiliza de expressões descorteses ou 
insultuosas. Que esteja pronunciando palavrões da tribuna, por exemplo. O que 
acontecerá com ele? 
 
O Presidente tomará 5 ações, na sequência: 
 
1) o Presidente advertirá o Senador, usando da expressão “Atenção!” 
 
2) se essa observação não for suficiente, o Presidente dirá “Senador X, 
atenção!” 
 
3) não bastando o aviso nominal, o Presidente retirar-lhe-á a palavra 
 
4) insistindo o Senador em desatender às advertências, o Presidente 
determinarásua saída do recinto, o que deverá ser feito 
imediatamente 
 
5) em caso de recusa, o Presidente suspenderá a sessão, que não será 
reaberta até que seja obedecida sua determinação 
 
É importante conhecer as atitudes acima na sequencia como acontecem, 
ok? 
 
Existem duas situações que o RI enquadra como desacato ao Senado: 
 
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1º) reincidência da desobediência vista acima. É aquele Senador “boca 
suja” que reincide na recusa de sair do plenário por ordem do Presidente, pelo 
uso de expressões descorteses ou insultuosas 
 
2º) agressão, por atos ou palavras, praticada por Senador contra a Mesa 
ou contra outro Senador, nas dependências da Casa. É o Senador que agride 
(física ou verbalmente) outro Senador ou a Mesa, dentro do Senado. 
 
E o que acontece em caso de desacato ao Senado? Vamos a um passo-a-
passo: 
 
1º) o Segundo-Secretário, por determinação da Presidência, vai fazer um 
relatório detalhado do ocorrido 
 
2º) cópias autenticadas do relatório são encaminhadas aos demais 
membros da Mesa e aos líderes 
 
3º) a presidência vai convocar uma reunião com as autoridades acima 
(membros da Mesa mais os líderes) 
 
4º) nessa reunião, será decidido entre: 
 
! arquivamento do relatório (bom para o Senador, acaba o processo) 
! constituição de comissão para se manifestar sobre o fato (se deu 
mal) 
 
5º) na hipótese de ser constituída a referida comissão (o regimento não 
expressa quantos membros a comporão), esta vai se reunir, de posse do 
relatório, no prazo de duas horas, a partir de sua constituição, a fim de eleger o 
Presidente, que designará relator para a matéria 
 
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6º) a comissão pode ouvir as pessoas envolvidas no caso e as 
testemunhas que entender 
 
7º) a comissão terá o prazo de dois dias úteis para emitir parecer, que 
será conclusivo (significa que indicará uma ação), podendo propor uma das 
seguintes medidas (uma pena branda ou uma grave): 
 
! censura pública ao Senador 
! instauração de processo de perda de mandato 
 
8º) aprovado pela comissão, o parecer será encaminhado à Mesa para o 
procedimento cabível no caso 
 
Em relação à quebra de decoro parlamentar (existe uma resolução que 
trata do assunto, a Resolução nº 20, de 1993, que só deve ser lida, 
obviamente, se estiver no seu edital) o RI estabelece o seguinte: 
 
Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato 
incompatível com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa 
dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que sobre ele 
deliberará, no prazo improrrogável de dez dias úteis. 
 
E mais à frente, no art. 32, § 1º, está expresso que é incompatível com o 
decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Senador e a 
percepção de vantagens indevidas. 
 
Exercícios. 
 
10) Conforme estabelece o RISF, constitui desacato ao Senado a 
agressão, por atos praticados por Senador contra a Mesa, ou contra 
outro Senador, não estando, porém, nessa qualidade as palavras 
proferidas pelos Senadores, tendo em vista a imunidade parlamentar. 
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ERRADO. Ainda que os Senadores sejam imunes material e 
formalmente, estabelece o RI que a agressão, por atos ou palavras, a outro 
Senador ou à Mesa, nas dependências da Casa, é considerada desacato ao 
Senado. 
 
Art. 23. Constituirá desacato ao Senado: 
II - agressão, por atos ou palavras, praticada por Senador contra a 
Mesa ou contra outro Senador, nas dependências da Casa. 
 
11) Ao Senador é vedado usar de expressões descorteses ou 
insultuosas, e quando ocorrido o fato, o Senador poderá perder a 
palavra, e não sendo o bastante, o Presidente determinará sua saída do 
recinto, o que deverá ser feito imediatamente. 
 
CERTO, por mais que não esteja citado todo o procedimento, qual 
seja: 
 
! “atenção” 
! “Senador X, atenção” 
! retirada da palavra 
! determinação da saída do recinto 
! suspensão da sessão 
 
Art. 19. Ao Senador é vedado: 
I - usar de expressões descorteses ou insultuosas; 
 
Art. 22. Em caso de infração do art. 19, I, proceder-se-á da 
seguinte maneira: 
I - o Presidente advertirá o Senador, usando da expressão 
“Atenção!”; 
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II - se essa observação não for suficiente, o Presidente dirá 
“Senador F..., atenção!”; 
III - não bastando o aviso nominal, o Presidente retirar-lhe-á a 
palavra; 
IV - insistindo o Senador em desatender às advertências, o 
Presidente determinará sua saída do recinto, o que deverá ser feito 
imediatamente; 
V - em caso de recusa, o Presidente suspenderá a sessão, que não 
será reaberta até que seja obedecida sua determinação. 
 
8. Homenagens devidas em caso de falecimento 
 
Meus alunos, sabemos que a idade mínima para um cidadão se tornar 
Senador da República é de 35 anos. Aí você pode até pensar então que a faixa 
etária na Casa fica em torno dos quarenta e poucos anos. Bem, é algo mais que 
isso, tá? Temos Senadores com mais de 80 anos. Aquela aposentadoria 
compulsória aos 75 anos que você aprende no Direito Administrativo não vale 
para os parlamentares, claro, já que eles são trabalhadores incansáveis. Mas 
também não são imortais, por mais que alguns pareçam. Assim, o RI previu 
algumas homenagens em caso de falecimento de Senadores, fato não tão 
esporádico. 
 
Vindo a falecer algum Senador em período de funcionamento do Senado, 
o Presidente vai: 
 
! comunicar o fato à Casa 
! propor que a sessão do dia seja dedicada a reverenciar a memória 
do extinto 
 
O Plenário vai deliberar com qualquer número. Isto quer dizer que, ainda 
que no momento da proposta do presidente, estivessem presentes no plenário 
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somente 10 dos 81 Senadores, eles decidirão sobre a questão (muito 
provavelmente aprovarão). 
 
Nas cerimônias fúnebres que se realizarem pelo falecimento de qualquer 
dos Senadores, o Senado será representado por uma comissão constituída, no 
mínimo, de três Senadores. 
 
A escolha dos membros da comissão pode ser: 
 
! designação pelo Presidente, de ofício 
! mediante deliberação do Plenário 
 
No caso de a comissão ser designada de ofício, o fato será comunicado 
ao Plenário, pelo Presidente. 
 
O fato de ser constituída a referida comissão não obsta a ocorrência de 
outras homenagens aprovadas. 
 
9. Vagas 
 
Meus amigos, vamos conhecer agora quais são os casos onde ocorre 
vacância no cargo de Senador. 
 
Quando estudamos a Lei nº 8.112, aprendemos as hipóteses de vaga 
referentes aos servidores públicos, quais sejam: 
 
! exoneração 
! demissão 
! promoção 
! readaptação 
! aposentadoria 
! posse em outro cargo inacumulável 
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! falecimento 
	
  
Pessoal, isso acima vale para os servidores, agora vamos ver o que diz 
o RI em relação aos Senadores: 
 
Ocorre vacância no Senado em virtude de: 
 
! falecimento 
! renúncia 
! perda de mandato 
 
Expressamente, de acordo com o RI, são só 3 casos de vacância. 
Bem mais simples, não? 
 
Vamos agora ver caso a caso. 
 
Devemos saber desde já que a ocorrência de vacância, em 
qualquer hipótese, será comunicada pelo Presidente ao Plenário. 
 
FALECIMENTO 
 
Não há muito o que comentar. O Senador faleceu, é convocado o 
1º Suplente. Se este vier a falecer também, o 2º Suplente assume. E se esse 
também for um azarado? Aí depende daquele prazo dos 15 meses que já 
vimos. Faltando mais de 15 meses para o fim do mandato, haverá novas 
eleições. Se faltarem 15 meses ou menos, o cargo vai ficar vago e o respectivo 
estado (ou DF) fica com um representante a menos mesmo. 
 
RENÚNCIA 
 
A renúncia pode ser: 
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! expressa (escrita ou oral) 
! tácita 
 
Como se dá a renúncia expressa escrita? 
 
O Senador (ou Suplente, que também pode renunciar a suplência) 
elabora um documento, com firma reconhecida, comunicando sua renúncia 
e encaminha à Mesa. 
 
A renúncia independe de deliberação do plenário, ou seja, nada vai 
ser votado. Porém, a renúncia só é considerada efetiva e irretratável após: 
 
! a leitura no período do expediente 
! a publicação no Diário do Senado Federal 
 
Assim, ainda que o Senador elabore seu documento, o encaminhe à 
Mesa e haja sua leitura no período do expediente, ainda há tempo para desistir 
da renúncia e continuar com seu cargo, tendo em vista que a publicação no 
Diário do Senado Federal só vai ocorrer, no mínimo, no dia seguinte. 
 
E a renúncia expressa oral? 
 
É possível que o Senador, ou ao Suplente em exercício, faça em 
plenário, oralmente, a renúncia ao mandato. De forma idêntica, ela só se 
torna efetiva e irretratável depois da sua publicação no Diário do Senado 
Federal. Ou seja, pode discursar falando que não quer mais brincar disso, e 
depois mudar de ideia. 
 
E essa tal de renúncia tácita? 
 
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Ah, isso já vimos. Lembrem-se dos casos que são considerados 
como renúncia tácita pelos parlamentares: 
 
! o Senador que não prestar o compromisso no prazo 
! o Suplente convocado que não se apresentar para entrar em 
exercício no prazo 
 
O detalhe aqui na renúncia tácita é o seguinte: a comunicação 
dessa vacância será publicada no Diário do Senado Federal, como todas as 
outras. Mas até o dia útil que se seguir a essa publicação, qualquer 
Senador da Casa poderá interpor recurso para o Plenário. Esse é um 
recurso que visa “ajudar” o Senador ou Suplente que não se apresentou para 
trabalhar. É o plenário que vai deliberar sobre o recurso, ouvida a Comissão 
de Constituição, Justiça e Cidadania. 
 
PERDA DE MANDATO 
 
Chegamos ao nosso último item sobre vacância, o qual também é o 
mais extenso. Alerto a todos que quando vocês forem ler esses artigos no 
próprio RISF, o façam de uma forma devagar, porque existem vários 
procedimentos diferentes (para cada caso) que estão todos misturados na letra 
da lei. Assim, com certeza sua leitura por aqui será mais “amigável”. 
 
Antes de entrarmos propriamente no RI, preciso fazer uma 
remissão constitucional. Estabelece o art. 54 da CF: 
 
Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito 
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou 
empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato 
obedecer a cláusulas uniformes; 
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b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades 
constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa 
que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, 
nas entidades referidas no inciso I, a; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das 
entidades a que se refere o inciso I, a; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
Pessoal, não pensem que o Senador diplomado não pode fazer contrato 
algum com uma sociedade de economia mista por exemplo. Imagine que ele 
queira abrir uma conta corrente no Banco do Brasil. Vai celebrar um contrato? 
Sim. Está proibido? Não. Isso seria um contrato que qualquer cidadão faria nas 
mesmas condições, um contrato com cláusulas uniformes. 
 
E cargo demissível ad nutum seria um cargo de livre nomeação e 
exoneração. 
 
Vamos a um quadro-resumo das proibições do art. 54 da CF? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Em: 
! Pessoa Jurídica de Direito Público (PJDP) 
! Entidade da administração indireta 
! Concessionária de serviço público 
O Senador não pode, desde a 
expedição do diploma: 
O Senador não pode, desde a 
posse: 
! firmar ou manter contrato 
com essas entidades (salvo 
com cláusulas uniformes) 
! aceitar ou exercer cargo, 
função ou emprego 
remunerado, inclusive os 
demissíveis ad nutum 
! ocupar cargo ou função ad 
nutum 
! patrocinar causa em que 
seja interessada qualquer 
das entidades acima 
 
Além disso, o Senador não pode, desde a posse: 
! exercer função remunerada, ser proprietário, controlador ou 
diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com 
PJDP 
! ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo 
 
Vamos agora a todos os casos. Perde o mandato o Senador: 
 
1a) que infringir qualquer das proibições constantes do art. 54 da 
Constituição 
1b) cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro 
parlamentar 
1c) que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível 
 
2a) que deixar de comparecer à terça parte das sessões 
deliberativas ordinárias do Senado, em cada sessão legislativa anual, salvo 
licença ou missão autorizada 
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2b) que perder ou tiver suspensos os direitos políticos 
2c) quando o decretar a Justiça Eleitoral 
 
Você deve ter percebido a numeração diferente que coloquei. Isso foi 
para explicitar que existem dois grupos diferentes, grupos 1 e 2. Fiz isso 
porque os procedimentos em relação à perda de mandato dentro de cada grupo 
são até parecidos, mas totalmente diferentes em relação ao outro grupo. 
 
Além disso, fiz questão de grifar as palavras chaves de cada 
situação, para facilitar seu estudo, quais sejam: 
 
Grupo 1: 
 
! proibições (as proibições do art. 54 da CF) 
! decoro (quebra de decoro parlamentar) 
! crime (sentença criminal transitada em julgado, ou seja, sem 
mais recursos) 
 
Grupo 2: 
 
! falta (faltar a 1/3 das sessões deliberativasordinárias de 
uma sessão legislativa) 
! direitos políticos (perda ou suspensão dos direitos políticos) 
! Justiça Eleitoral (perda de mandato decretada pela Justiça 
Eleitoral) 
 
Assim, a partir de agora, sempre que precisar fazer remissão a um 
desses casos, só vou utilizar essas palavras-chave, para fins de 
simplificação, beleza? 
 
A perda do mandato pode ser: 
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! Decidida pelo plenário (grupo 1) 
! Declarada pela Mesa (grupo 2) 
 
A perda do mandato é decidida pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, nos casos do grupo 1 (proibições, decoro e crime). É 
necessário que haja provocação da Mesa ou de partido político 
representado no Congresso Nacional. 
 
Partido político representado no Congresso Nacional é um partido 
que tenha, pelo menos, 1 Senador ou 1 Deputado Federal. 
 
Nos casos do grupo 2 (falta, direitos políticos e Justiça Eleitoral), 
a perda do mandato é declarada pela Mesa. Isso pode ocorrer de 
ofício ou mediante provocação de qualquer Senador ou partido político 
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
 
ATENÇÃO: 
 
Nos casos abaixo: 
 
! Proibições 
! Decoro 
! Crime 
! Falta 
 
Ou seja, grupo 1 + falta, haverá uma apreciação da representação 
dos fatos pela CCJ, em 15 dias úteis. Esse parecer será lido e publicado no 
Diário do Senado Federal e em avulsos. 
 
Mas fiquem atentos: nos outros dois casos, quais sejam: 
 
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! Direitos políticos 
! Justiça Eleitoral 
 
Não há análise da CCJ. Assim, cabe a Mesa declarar a perda do 
mandato do Senador que se encontrar nessas situações. Note que essas duas 
situações vêm por parte Poder Judiciário, da Justiça Eleitoral, assim, só resta ao 
Senado cumprir. 
 
No caso de falta a 1/3 das sessões, o parecer da CCJ concluirá 
pela procedência ou improcedência da representação. Após a publicação 
no Diário do Senado e em avulsos, será encaminhada à Mesa para 
decisão. 
 
Aqui o procedimento é bem mais simples, porque a CCJ só vai resgatar 
o controle da presença do referido Senador e comprovar se realmente ele 
faltou ou não a 1/3 das sessões deliberativas ordinárias de determinada 
sessão legislativa. 
	
  
Agora, nos casos do grupo 1 (proibições, decoro e crime), o parecer 
da CCJ concluirá pela aceitação da representação para exame ou pelo 
seu arquivamento. 
 
Perceba a diferença da possível conclusão do parecer da CCJ em relação 
a cada caso. 
 
Esse parecer vai ser votado pelos Senadores. Após ser lido, publicado 
no Diário do Senado Federal e em avulsos, ele é incluído na Ordem do Dia 
após o interstício regimental para que o plenário decida se será admitida ou 
não a representação contra o Senador. 
 
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51 de 75 
Se o plenário votar por não admitir a representação, esta é arquivada. 
É pizza mesmo. 
 
Agora, no caso contrário, as coisas começam a ficar tensas para o 
parlamentar. 
 
Sendo admitida a representação pelo voto do Plenário, o Presidente 
designará comissão composta de nove membros para instrução da matéria. 
 
Assim que for recebida e processada, será fornecida cópia da 
representação ao acusado, que terá o prazo de quinze dias úteis, prorrogável 
por igual período, para apresentar, à comissão, sua defesa escrita. 
 
A “comissão” citada aqui já é a comissão de 9 membros formada, 
não mais a CCJ, ok? 
 
A comissão pode realizar as diligências que entender necessárias. Ao 
fim de seu prazo, sendo apresentada ou não a defesa, a comissão emitirá um 
parecer. 
 
Esse parecer concluirá por um projeto de resolução com duas 
opções possíveis: 
 
! da perda do mandato 
! arquivamento definitivo do processo 
 
Será concedida vista do processo ao acusado pelo prazo de dez dias 
úteis para falar sobre o parecer. 
 
O acusado pode assistir, pessoalmente ou por procurador, a todos os 
atos e diligências, e requerer o que julgar conveniente aos interesses da 
defesa. 
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O projeto de resolução, depois de lido no Período do Expediente, 
publicado no Diário do Senado Federal e distribuído em avulsos, será 
incluído em Ordem do Dia. Essa que é a votação que exige maioria absoluta 
para a perda do mandato do parlamentar. 
 
Ufa! 
 
Encerramos o assunto perda de mandato. Mais uma vez enfatizo a 
você para ter cuidado ao ler essa parte no RISF (vai do art. 32 ao 35) porque 
está tudo misturado lá. 
 
Então vamos exercitar: 
 
12) Assinale a alternativa correta. 
 
A) As vagas, no Senado, ocorrem em virtude de falecimento, 
renúncia e suspensão de mandato. 
 
B) A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência deve 
ser dirigida por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e independe da 
aprovação do Senado, mas somente é efetiva e irretratável depois de 
lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado Federal. 
 
C) É lícito ao Senador, ou ao Suplente em exercício fazer 
renúncia ao mandato, a qual se torna efetiva e irretratável, quando 
realizada em plenário e oralmente. 
 
D) A ocorrência de vacância deverá ser comunicada pelo 
respectivo Senador ao plenário. 
 
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E) O Senador que sofrer sentença criminal transitada em julgado 
pode vir a perder o mandato, sendo esta questão decidida pelo 
plenário, com quorum de 2/3 para a perda. 
 
Gabarito: B. 
 
Item A: incorreta. Suspensão do mandato não, perda do mandato. 
 
Art. 28. As vagas, no Senado, verificar-se-ão em virtude de: 
I - falecimento; 
II - renúncia; 
III - perda de mandato. 
 
Item B: correta. Perfeito resumo sobre a renúncia expressa escrita. 
 
Art. 29. A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência 
deve ser dirigida por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e independe 
da aprovação do Senado, mas somente tornar-se-á efetiva e irretratável 
depois de lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado 
Federal. 
 
Item C: incorreta. A renúncia expressa oral só se torna efetiva e 
irretratável após publicada no Diário do Senado Federal. 
 
Art. 29, parágrafo único. É lícito ao Senador, ou ao Suplente em 
exercício, fazer em plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a qual 
tornar-se-á efetiva e irretratável depois da sua publicação no Diário do 
Senado Federal. 
 
Item D: incorreta. Essa comunicação é feita pelo presidente à Casa. 
 
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Art. 31. A ocorrência de vacância, em qualquer hipótese, será 
comunicada pelo Presidente ao Plenário. 
 
Item E: incorreta. O quorum é de maioria absoluta, e não 2/3. 
 
Art. 32. Perde o mandato o Senador (Const., art. 55): 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e 
irrecorrível. 
§ 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda

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