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Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 1 de 75 Aula 1 Regimento Interno do Senado Federal Senadores Professor Julio Ponte Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 2 de 75 Tópicos da Aula 1. Apresentação ................................................................................ 2 2. Posse ............................................................................................ 3 3. Exercício ..................................................................................... 15 4. Assentamentos ........................................................................... 17 5. Remuneração .............................................................................. 18 6. Uso da palavra ............................................................................ 23 7. Medidas Disciplinares .................................................................. 37 8. Homengens devidas em caso de falecimento ............................... 41 9. Vagas .......................................................................................... 42 10. Suspensão das imunidades ........................................................ 56 11. Ausência e licença ..................................................................... 57 12. Convocação de Suplente ............................................................ 63 13. Lista das questões apresentadas ............................................... 68 14. Gabarito .................................................................................... 75 1. Apresentação Olá, pessoal! O que acharam da aula inaugural? Lembrem que existe o fórum para sanar qualquer dúvida, ok? Vamos à nossa aula nº 1 sobre o Regimento Interno do Senado Federal (RISF). Trataremos do Título II do RI, que versa sobre os Senadores. Isso abrange do art. 4º ao 45 do Regimento. Vamos à matéria! Aula 1 – Senadores Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 3 de 75 2. Posse Vamos iniciar com uma palavra que muito te interessa: Posse! Isso é o que espero que aconteça com você em breve, porém não vamos tratar da sua posse específica, mas sim a dos Senadores. Do Direito Administrativo, conhecemos o processo referente aos servidores: concurso público >> homologação >> nomeação >> posse >> exercício Pois bem, em relação aos Senadores isso seria um pouco diferente. Atualmente, as eleições para o Senado ocorrem no primeiro domingo de outubro, de 4 em 4 anos. Após o pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem os nomes dos candidatos eleitos. Assim, no intervalo entre a eleição e a posse ocorre a DIPLOMAÇÃO do candidato eleito. É uma cerimônia que ocorre nos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) para entrega do DIPLOMA, documento que atesta que efetivamente determinado cidadão concorreu nas eleições e foi eleito, tendo o direito de ocupar o cargo de Senador (também existe diplomação para outros cargos eletivos, ok?). A diplomação ocorre tanto para o titular quanto para os dois Suplentes que também foram eleitos na chapa. Após a cerimônia, podemos chamar o candidato eleito de “diplomado”. Se quiséssemos fazer um paralelo, a diplomação seria o equivalente à nomeação que ocorre conosco, meros mortais! Mas ATENÇÃO: não existe nomeação para Senador, ok? É diplomação. Para tomar posse, o diplomado deve apresentar previamente à Mesa o diploma expedido pela Justiça Eleitoral. Isso será publicado no Diário do Senado Federal, documento oficial de publicação de atos da Casa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 4 de 75 A apresentação do diploma pode acontecer de quatro formas distintas: ! Pelo diplomado, pessoalmente ! Por ofício ao Primeiro-Secretário ! Por intermédio de seu partido ! Por intermédio de qualquer Senador Cumprida essa etapa, o Senador poderá tomar posse, que nada mais é do que um ato público no qual o parlamentar é investido no mandato. De acordo com o caput do art. 4º, a posse ocorre no Senado em três situações distintas (veremos mais à frente que existe uma quarta opção): ! Durante reunião preparatória ! Em sessão deliberativa ! Em sessão não deliberativa A posse pode ser: ! Coletiva (mais comum, que ocorre nas eleições gerais) ! Individual (quando um Suplente toma posse no lugar de um Senador que foi nomeado Ministro de Estado, por exemplo) Na posse coletiva, apenas um dos Senadores vai prestar o compromisso (juramento), qual seja: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 5 de 75 Os demais serão chamados, um a um, e dirão: “assim o prometo”. Em outras palavras: “também prometo tudo o que acabou de ser dito”. Não há critério definido para escolher quem é o Senador que vai pronunciar o compromisso por completo. E como seria em uma posse individual? Estando presente o diplomado, o Presidente designa três Senadores para: ! Recebê-lo ! Introduzi-lo no plenário ! Conduzi-lo até a Mesa Agora sim haverá o juramento, tal qual na posse coletiva. Obs.: durante o compromisso, seja individual ou coletivo, todos ficam de pé. Pessoal, falei para vocês que o RI previu três situações que podem ocorrer a posse, mas que havia outra. Lembram-se das situações vistas? ! Durante reunião preparatória ! Em sessão deliberativa ! Em sessão não deliberativa Mas também é possível que um Senador tome posse durante o recesso. Não é comum, mas é possível. Imagine que a Presidente da República resolva exonerar um de seus Ministros no mês de janeiro e nomear um Senador para assumir o lugar. Veremos mais à frente que essa é uma das hipóteses que Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 6 de 75 o 1º Suplente vai assumir o cargo de Senador. Mas será que este Suplente teria que esperar até o início da Sessão Legislativa Ordinária seguinte para tomar posse? Não é necessário. Estando o Senado em recesso, a posse ocorre em solenidade pública perante o Presidente, em seu gabinete. Neste caso também há a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado Federal. Vamos continuar com a estória do Senador que virou Ministro no mês de janeiro. Seis meses após assumir o Ministério, a Presidente faz uma reflexão e decide mudar o titular da pasta. Exonera o Ministro e nomeia outro. Assim, o ex-Ministro vai voltar ao cargo de Senador, para o qual foi eleito, e o 1º Suplente volta “ao banco de reservas”. Porém, mais alguns meses à frente, a Presidente decide dar nova chance ao Senador, em outro Ministério. Ele sai e o 1º Suplente assume de novo o mandato. Agora vemo detalhe: o 1º Suplente, neste caso, não vai tomar posse com todas aquelas formalidades que vimos. Senadores para acompanhá-lo, compromisso, nada disso. Quando não é a primeira vez que o Suplente entra em exercício, o Presidente apenas comunica à Casa o retorno ao mandato. Bem mais simples. Na posse, o Senador (ou Suplente convocado) comunica à Mesa, por escrito: ! nome parlamentar ! sua filiação partidária (seu partido) Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 7 de 75 O nome parlamentar é o “nome de guerra” como o Senador é conhecido. Não necessariamente seu nome como consta na identidade. Pode ser até um apelido. Mas esse será o nome que deverá figurar nas publicações e registros da Casa. O nome parlamentar não pode ter mais de duas palavras, não computadas nesse número as preposições. Quando o Senador quiser alterar uma dessas duas informações (nome parlamentar ou partido) deve comunicar, por escrito, à Mesa. A mudança só valerá após a publicação no Diário do Senado Federal. Deixei por último nesse primeiro item sobre os Senadores, Posse, uma das coisas mais importantes a respeito: prazos. Qual é o prazo que um Senador tem para tomar posse? Você tem um prazo para tomar posse após ser nomeado. Vamos ver como isso funciona para nossos parlamentares. 1º) Senador eleito no pleito normal (nas eleições gerais de outubro) Deve tomar posse em 90 dias da instalação da sessão legislativa. Pessoal, o RI possui algumas incongruências. Falei algumas porque não quero falar muitas para não desanimar você. É uma Resolução de 1970, já alterada diversas vezes, que virou uma grande colcha de retalhos. Você acabou de ler uma das incongruências e não deve ter percebido. Disse para você que o Senador tem um prazo de 90 dias para tomar posse a contar do início da sessão legislativa. E quando é o início da sessão legislativa? Já sabemos, dia 2 de fevereiro. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 8 de 75 Mas por outro lado, já vimos que a posse coletiva, a mais comum, acontece em uma reunião preparatória. Aliás, acontece na 1ª (de três) reunião preparatória da 1ª SLO, no início da legislatura. E quando é isso? Também vimos na aula passada: dia 1º de fevereiro. Calma aí, professor! Como que os Senadores tomam posse no dia 1º de fevereiro, se o prazo que eles têm é de 90 dias a partir do dia 2? Pois é, essa pergunta eu não vou responder, porque não tem resposta! Então, se a banca afirmar que a posse pode ocorrer na 1ª reunião preparatória, que é no dia 1º de fevereiro, ESTÁ CERTO. Se a banca afirmar que os Senadores têm um prazo de 90 dias para tomar posse a partir do início da sessão legislativa, que é dia 2 de fevereiro, ESTÁ CERTO. Saiba fazer a prova e não ficar brigando com as incongruências do RI, ok? Voltemos aos prazos: 2º) Senador eleito durante a sessão legislativa Professor, não estou visualizando essa situação. Como assim eleito durante a sessão legislativa? As eleições gerais não são durante a sessão legislativa? Até são, mas a possibilidade que o RI ofereceu aqui é de exceção, caso atípico. Um exemplo: imagine que, por um ataque sucessivo de insanidade ocorrido ao final do primeiro ano da legislatura, um Senador renuncie ao mandato, seu 1º Suplente faça o mesmo, assim como o 2º Suplente. E agora? Não há mais ninguém a convocar. Estabelece a CF: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 9 de 75 Art. 56, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo Suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. Vimos até que essa é uma das competências do Presidente do Senado, prevista no RI: Art. 48, XVII Comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral a ocorrência de vaga de Senador, quando não haja Suplente a convocar e faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. Assim, acontecerão novas eleições realizadas pelo TSE para cobrir a vaga em aberto no Senado. Entendemos um exemplo da exceção? Então continuemos. Qual é o prazo que o Senador tem para tomar posse se eleito durante a sessão legislativa? Deve tomar posse em 90 dias a partir da diplomação. Em ambos os casos (eleito no pleito normal ou durante a sessão legislativa) é permitida a prorrogação, por motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais 30 dias. E se o Senador não tomar posse nem requerer a prorrogação? É considerado que ele renunciou ao cargo, ainda que de forma tácita. Tendo renunciado, é convocado o 1º Suplente. E quais são os prazos que o 1º Suplente tem para tomar posse? São dois prazos. Nos casos de: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 10 de 75 ! vacância (quando ocorre falecimento, renuncia ou perda de mandato) ! afastamento para assumir os seguintes cargos: • Ministro de Estado • Governador de Território • Secretário de Estado • Secretário do Distrito Federal • Secretário de Território • Secretário de Prefeitura da Capital • Chefe de missão diplomática temporária (sugiro que você preste bem atenção nessa lista, porque ela vai voltar a aparecer algumas vezes ainda nessa aula) O prazo para o 1º Suplente é de 60 dias, prorrogáveis, a pedido, por mais 30 dias, desde que por motivo justificado. Agora, se o titular se afasta do cargo por motivo de licença (serão vistas em breve), o 1º Suplente tem o prazo improrrogável de 30 dias. Logo veremos que não são todas as licenças que há a convocação de Suplente, mas lembre: há convocação de Suplente por motivo de licença do titular? Prazo de 30 dias improrrogáveis. Mas e se o 1º Suplente não toma posse nem requer a prorrogação, quando possível? Nada mais justo do que dar tratamento igual, ou seja, é considerado que ele renunciou ao mandato tacitamente. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 11 de 75 Nesse caso, será convocado o 2º Suplente, que terá, em qualquer hipótese, 30 dias para prestar o compromisso. É difícil imaginar uma situação que o Senador não tome posse nesses prazos elásticos, mas ainda assim o RI estabeleceu possibilidades, em alguns casos, de prorrogação. Essas prorrogações se dão mediante um pedido que é feito na forma de um requerimento do interessado. Esse requerimento é uma proposição legislativa, e deve ser deliberado, votado. Imagine que o prazo de 90 dias que o Senador tem para tomar posse está se esgotando, e ele requer sua prorrogação (por motivo justo) faltando 2 dias para acabar o prazo. Pode acontecer de o Senado não ser muito ágil para deliberar antes do término do prazo para a posse. Mas ainda assim o RI resguardou os Senadores nesse caso: Quando possível a prorrogação, havendo requerimento e encerrado o prazo sem ter sido votado, será considerada como concedida a prorrogação. Vamos a um quadro-resumo sobre os prazos vistos? PRAZOS PARA A POSSE TITULAR 90 + 30 A partir do início da sessão legislativa (pleito normal) A partir da diplomação (eleito durante asessão legislativa) 1º SUPLENTE 60 + 30 Vacância/Afastamentos 30 + 0 Licenças 2º SUPLENTE 30 + 0 Qualquer caso Aqui finalizamos o item posse. Vamos fazer algumas questões? 1) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): A posse do Senador se faz em ato público no qual é investido no mandato, devendo a respectiva reunião ser precedida da apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 12 de 75 CERTO. Certo, a entrega do diploma é fato prévio à posse, e pode ocorrer das seguintes maneiras: ! Pelo diplomado, pessoalmente ! Por ofício ao Primeiro-Secretário ! Por intermédio de seu partido ! Por intermédio de qualquer Senador Art. 4º A posse, ato público por meio do qual o Senador se investe no mandato, realizar-se-á perante o Senado, durante reunião preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa, precedida da apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual será publicado no Diário do Senado Federal. (grifo nosso) 2) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): Se o Senado estiver em recesso, a posse do Senador realizar-se-á perante a respectiva Mesa, podendo o empossado apresentar seu diploma no início da próxima sessão legislativa. ERRADO. Estando o Senado em recesso, a posse ocorre no Gabinete da Presidência, não perante a Mesa. E que papo é esse de “depois eu passo aqui e entrego o diploma”? Isso é sempre previamente. E não esqueça o compromisso, que também ocorre. Art. 4º, § 4º Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o Presidente, em solenidade pública em seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no Diário do Senado Federal. (grifo nosso) Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 13 de 75 3) (FGV/Senado Federal/Advogado/2008): O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da data de sua eleição, mas, a pedido do interessado e por motivo justificado, o prazo pode ser prorrogado por mais sessenta dias. ERRADO. A prorrogação, quando permitida, é sempre por 30 dias, e não 60, ok? E prazo contado da eleição? Isso não existe. Art. 4º, § 5º O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se eleito durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo ser prorrogado, por motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias. 4) João José Pereira da Silva foi eleito para Senador. Analise as afirmativas abaixo: I – Nestas condições ele deverá ter a consciência de que se não tomar posse dentro de noventa dias legalmente estabelecidos, e se não houver solicitado prorrogação, devidamente justificada, por mais trinta dias, haverá consideração de renúncia ao cargo. Assim ocorrerão novas eleições, pois faltam mais de 15 meses para o término do mandato. II – Ele pode informar seu nome parlamentar como sendo “Zezé da Silva”. III – Supondo que sua posse ocorra individualmente, prestará o compromisso "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil". Ocorrendo a posse coletiva, pode ser que um dos Senadores presentes preste o Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 14 de 75 compromisso e João José Pereira da Silva, quando chamado, dirá: “assim o prometo”. Estão corretas: a) apenas o item II b) apenas os itens I e III c) apenas os itens I e II d) apenas os itens II e III e) todos Gabarito: A. Item I: errado. Só há novas eleições se faltarem mais de 15 meses para o fim do mandato e não houver Suplente a convocar. A renúncia ocorreu só em relação ao Senador eleito, então deve ser convocado o 1º Suplente. CF, Art. 56, § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. Item II: correto. O nome parlamentar pode ter até duas palavras, não sendo contadas as preposições. E não necessariamente é o nome próprio do Senador. Art. 7o, § 1o Do nome parlamentar não constarão mais de duas palavras, não computadas nesse número as preposições. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 15 de 75 Item III: errado. Esse compromisso aí é o dos Deputados Federais. O compromisso dos Senadores está transcrito ao final da página 4. Art. 4o, § 2o Presente o diplomado, o Presidente designará três Senadores para recebê-lo, introduzi-lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, onde, estando todos de pé, prestará o seguinte compromisso: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. § 3o Quando forem diversos os Senadores a prestar o compromisso a que se refere o § 2o, somente um o pronunciará e os demais, ao serem chamados, dirão: “Assim o prometo”. 3. Exercício Neste tópico estudaremos o exercício do mandato. Conheceremos algumas obrigações e alguns direitos dos Senadores. O Senador deve estar presente no Senado à hora regimental, tanto nas sessões do Plenário quanto das reuniões da comissão de que seja membro. Cabe ao Senador: I – oferecer proposições, discutir, votar e ser votado Um Senador pode oferecer (criar e iniciar a tramitação de) um projeto de lei, por exemplo. Por discutir podemos entender emitir sua opinião. Votar favoravelmente ou de forma contrária aos projetos em tramitação. E pode ser votado para compor a Mesa, por exemplo, ou para presidir uma comissão. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 16 de 75 II – solicitar informações às autoridades sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa São os requerimentos de informações, disciplinados no art. 50, § 2º da CF e no art. 216 do RISF (os estudaremos em aula futura). III – usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento. Usar da palavra (discursar) é algo que os Senadores quase não fazem... rsrs Mais à frente veremos as peculiaridades do assunto. É direito do Senador, uma vez empossado: I – examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo II – requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou diretamente, providências para garantia das suas imunidades e informações para sua defesa. III – frequentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, podendo requisitá-los para consulta, fora das dependências do Senado, desde que não se trate de obras raras, assim classificadas pela Comissão Diretora. Ou seja, o Senador pode utilizar tudo que há na Biblioteca do Senado, mas só pode retirar do prédio o que a Comissão Diretora não tenha classificado como obra rara. IV – frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, só ou acompanhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário,durante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 17 de 75 Um convidado de um Senador não pode entrar no plenário durante as sessões e nem em locais privativos dos Senadores. V – utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para fins relacionados com as suas funções. Um Senador não pode utilizar a gráfica do Senado, por exemplo, para fazer material de campanha para sua próxima eleição. VI – receber em sua residência o Diário do Senado Federal, o do Congresso Nacional e o Diário Oficial da União Até parece que ele vai ler alguma publicação dessa... O detalhe é que o Senador substituído pelo Suplente continua com todos os direitos previstos acima. 4. Assentamentos O Senador (ou Suplente) inscreverá em livro específico, por ocasião da posse, de próprio punho: ! seu nome ! o nome parlamentar ! a respectiva rubrica ! filiação partidária ! idade ! estado civil ! outras declarações que julgue conveniente fazer Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 18 de 75 Com base nos dados acima, o Primeiro-Secretário expedirá as respectivas carteiras de identidade. Lembrem-se dessa competência do Primeiro- Secretário: Art. 54. Ao Primeiro-Secretário compete: X - expedir as carteiras de identidade dos Senadores. 5. Remuneração Aqui vamos falar a respeito de normas gerais sobre a remuneração dos Senadores e não necessariamente do valor, que por sinal hoje corresponde ao teto constitucional. O Senador recebe sua remuneração a contar: I – a partir do início da legislatura, ao diplomado antes da instalação da primeira sessão legislativa ordinária (seria o caso dos eleitos nas eleições gerais). II – a partir da expedição do diploma, ao diplomado posteriormente à instalação (por exemplo, aquele caso de novas eleições devido às renúncias). III – a partir da posse, ao Suplente em exercício. Pessoal, talvez vocês não tenham percebido, mas vou chamar atenção de vocês para uma situação estranha, mas que tem aparato regimental. Observe o item I acima. O Senador eleito no pleito normal tem direito à remuneração a partir do início da legislatura, a partir de 1º de fevereiro. Mas lembre que ele não é obrigado a tomar posse no dia 1º, ele tem um prazo para Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 19 de 75 isso. Então pode ser que o Senador tome posse dia 10 e vá receber sua remuneração desde o dia 1º? Como isso não é comum de ocorrer, é difícil falar o que aconteceria na prática. Mas o regimento deixa essa porta aberta, ok? Lembram aquela lista de cargos que falei que se repetiria ainda nessa aula? ! Ministro de Estado ! Governador de Território ! Secretário de Estado ! Secretário do Distrito Federal ! Secretário de Território ! Secretário de Prefeitura da Capital ! Chefe de missão diplomática temporária Então, o Senador que assumir um desses cargos pode optar pela remuneração do mandato. Claro que atualmente ele vai fazer essa opção, já que a remuneração do mandato equivale à remuneração de um ministro do STF. Pessoal, mais à frente estudaremos as sessões que ocorrem no Senado, as sessões plenárias. Elas podem ser deliberativas, não deliberativas, especiais e de debates temáticos. Sessão deliberativa é aquela que, obviamente, se DELIBERA sobre alguma proposição legislativa. Ou seja, são votados projetos de lei, de decreto legislativo, propostas de emenda à constituição... Isso tudo ocorre em uma fase da sessão chamada Ordem do Dia. As sessões deliberativas possuem 3 fases: período do expediente, ordem do dia e pós-ordem do dia. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 20 de 75 As sessões não deliberativas não possuem ordem do dia, ou seja, só possuem período do expediente. Assim, como não se votam proposições legislativas, basicamente a sessão serve para leitura de documentos, discursos e pronunciamentos. As sessões especiais são destinadas a comemorações e homenagens. A sessão de debates temáticos serve para discussões e deliberações de assuntos relevantes de interesse nacional previamente fixados. Fiz somente essa rápida introdução porque o RI estabelece que nas sessões deliberativas o painel do plenário é acionado. O Senador vai ao plenário, digita sua senha em um dispositivo nas bancadas, e seu nome passa a aparecer no painel, como presente. E por que eu estou falando disso? Presença do Senador na Casa? Porque é considerado ausente o Senador cujo nome não conste da lista de comparecimento. A não ser que o Senador esteja: ! em licença ! em representação a serviço da Casa ! em missão política ou cultural de interesse parlamentar, previamente aprovada pela Mesa Também é considerado ausente o Senador que, embora conste da lista de presença das sessões deliberativas, deixar de comparecer às votações, salvo se em obstrução declarada por líder partidário ou de bloco parlamentar. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 21 de 75 E por que eu estou falando tanto de presença e ausência se estamos no tópico REMUNERAÇÃO? Porque, de acordo com o RI, nesses casos de ausência acima, o Senador tem seu dia de remuneração descontado. Ou seja, não foi à sessão, perdeu um dia no pagamento! Tivemos mais um bloco de teoria, então vamos a mais um bloco de exercícios. 5) Acerca do exercício dos Senadores, analise os itens a seguir: I) É facultado ao Senador, uma vez diplomado, examinar quaisquer documentos existentes no arquivo da Casa. II) O Senador empossado pode frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, só ou acompanhado, podendo o acompanhante ter o acesso ao plenário, durante as sessões, exceto nos locais privativos dos Senadores. III) Um Senador foi substituído pelo Suplente para assumir o cargo de Ministro da Agricultura. Regimentalmente, ele ainda terá direito de receber em sua casa o Diário do Senado Federal, o Diário do Congresso Nacional e o Diário Oficial da União. Está(ão) correto(s): A) Apenas o item I. B) Apenas os itens I e II. C) Apenas o item II. D) Apenas o item III. E) nenhum. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 22 de 75 Gabarito: D. Item I: errado. Uma vez diplomado não, uma vez empossado. A diplomação é antes da posse. Art. 9o É facultado ao Senador, uma vez empossado: I - examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo; Item II: errado. O acompanhante não tem acesso nem aos locais privativos de Senadores nem ao plenário, quando em sessão. Art. 9o É facultado ao Senador, uma vez empossado: IV - frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, só ou acompanhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário, durante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores;Item III: correto. O Senador, ainda que substituído pelo respectivo Suplente, permanece com os direitos que nós vimos. Art. 9o, parágrafo único. O Senador substituído pelo Suplente continuará com os direitos previstos neste artigo. 6) Ao Senador diplomado antes da instalação da primeira sessão legislativa ordinária será devida a remuneração a partir do início da legislatura. CERTO. É exatamente essa a regra. Receberá seu dinheirinho suado a partir de 1º de fevereiro. Mas conheça também as outras duas situações: o diplomado durante a sessão legislativa recebe a partir da diplomação, ao passo que o Suplente que entrar em exercício recebe a partir da posse. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 23 de 75 Art. 12. A remuneração do Senador é devida: I - a partir do início da legislatura, ao diplomado antes da instalação da primeira sessão legislativa ordinária; 6. Uso da palavra Pessoal, chegamos a um dos itens do RI que mais causa pavor nos estudantes: o art. 14, que fala do uso da palavra. Também pudera. São 14 incisos (cada qual com um prazo), alguns deles com várias alíneas e ainda por cima itens. E mais oito parágrafos para completar. Pois bem, o que há de mais provável de ser cobrado nesse artigo são os tempos (prazos), porque são vários, e assim fica fácil de confundir o candidato. Mas existe um jeito mais fácil de aprender isso? A minha função é descobrir, não? Antes de falar especificamente sobre o art. 14, peço que vocês se recordem da explicação que fiz na página 19 a respeito da classificação das sessões no Senado. Não estou falando de Sessão Legislativa Ordinária ou Extraordinária, aquilo que vimos na aula inaugural. Digo as sessões plenárias, aquelas que ocorrem (ou devem ocorrer) todos os dias no plenário do Senado. É cada unidade de trabalho. Existe um Título (que por sinal nem é pequeno) do RI só sobre o assunto, mas por hora, lembre que as sessões no Senado podem ser deliberativas, não deliberativas, especiais e de debates temáticos. Vamos, enfim, ao uso da palavra pelos Senadores. Qual o prazo que um Senador dispõe para falar? O RI nos diz, mas depende da situação. Basicamente, existem só 3 prazos no art. 14: 20 min, 10 min e 5 min. O que nós vamos fazer é decorar quais são os casos de 20 e de 10 min, e o resto é 5, ok? Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 24 de 75 Os Senadores dispõem de 20 min para usar da palavra nos seguintes casos: ! nas sessões não deliberativas ! se líder, uma vez por sessão, após a ordem do dia, com preferência sobre os oradores inscritos ! após a ordem do dia, para as considerações que entender (se está escrito "após a ordem do dia", claro que se trata de uma sessão deliberativa, ok?) E só. Ficou até mais fácil ainda porque basta saber que esse prazo vale para as sessões não deliberativas e para após a ordem do dia, porque os dois últimos itens acima se assemelham. E quando o Senador tem 10 min para usar da palavra? Também em três situações: ! nos 120 minutos que antecedem a ordem do dia (isso é o período do expediente de uma sessão deliberativa) ! na discussão de qualquer proposição, uma só vez ! na discussão da proposição em regime de urgência (art. 336), uma só vez, limitada a palavra a 5 Senadores a favor e 5 contra Acabou. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 25 de 75 De forma similar, lembre: 10 min => 120 min antes da ordem do dia e discussão de proposições. Pronto, o resto é 5 min. São exemplos, entre outros: pela ordem, questão de ordem, contradita de questão de ordem, comunicação inadiável, encaminhamento de votação, explicação pessoal... Fica mais fácil assim, não? Agora vamos às exceções. A regra geral você já sabe. Decore os casos de 20 e de 10 min, o resto é 5 min. ! Quanto à interpelação de um Ministro de Estado convocado, por exemplo, qual seria o prazo estipulado para um Senador fazer uma pergunta? Se não está no rol nem de 20 nem de 10 min, o prazo é de 5 min. Correto. O Ministro tem igual prazo para responder, 5 min. Mas existe a possibilidade de réplica e tréplica, com prazos de 2 min, ok? Arts. 14, XIII e 398, X. ! Os apartes são de 2 min. Aparte é quando um Senador tem o uso da palavra e concede-a a outro que deseja fazer algum comentário sobre o assunto em questão. Os apartes seguem as seguintes normas: • o aparte depende de permissão do orador, subordinando-se, em tudo que lhe for aplicável, às disposições referentes aos debates • não serão permitidos apartes: " ao Presidente " a parecer oral Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 26 de 75 " a encaminhamento de votação, salvo nos casos de requerimento de homenagem de pesar ou de voto de aplauso ou semelhante " a explicação pessoal " a questão de ordem " a contradita a questão de ordem " a uso da palavra por cinco minutos (difícil de entender porque o regimento citou expressamente os casos de encaminhamento, explicação pessoal, questão de ordem e contradita, e depois fala: “uso da palavra por 5 min”. Ora, não precisava citar todos esses casos, já que eles são de 5 min!) • a recusa de permissão para apartear será sempre compreendida em caráter geral, ainda que proferida em relação a um só Senador (assim, se um Senador pede um aparte, e o orador não concede, nenhum Senador terá o direito de apartear o orador) • o aparte proferido sem permissão do orador não será publicado • ao apartear, o Senador fica sentado e fala ao microfone Vimos todos os prazos do art. 14. Agora, de uma forma mais completa, você já sabe que os prazos que os Senadores têm para falar são de 20, 10, 5 e 2 min. Mas já que eu estou falando disso... Existem ainda no regimento duas situações de prazos de uso da palavra com tempos diferentes do que mencionei acima. São tempos de 3 min. Isso não está no art. 14, claro, mas trago aqui porque acho essa relação válida. Vamos aos casos: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 27 de 75 ! Quando estudarmos comissões, veremos que estas podem realizar audiências públicas. É comum vir ao Senado alguém que entenda bastante de determinado assunto proferir uma exposição, uma palestra. Então, os membros da comissão poderão, terminada a leitura, interpelar o orador exclusivamente sobre a exposição lida, por prazo nunca superior a três minutos. Repetindo: prazo de 3 min. Art. 94, § 2º. ! Existe toda uma regulamentação a respeito de uma sessão secreta. Até para se decidir se uma sessão deve ou não ser secreta, o senado já funciona secretamente. Assim, no início dos trabalhos de uma sessão secreta, será decidido se o assunto que motivou a convocação deverá ser tratado secreta ou publicamente, não podendo esse debate exceder a quinze minutos, sendo permitido a cada orador usar da palavra por três minutos, de uma só vez. Art. 193. Vimos dois casos de uso da palavra por 3 min. Interessante, não? Pronto pessoal, já vimos tudosobre prazos de uso da palavra, que é o mais provável de ser cobrado em relação a este tópico. Porém, quando você pegar o RI para ler o artigo 14 (e você TEM que fazer isso, assim como todo tópico tratado aqui no nosso curso) você vai se deparar com várias expressões que não vai entender, porque ainda estamos no início do nosso curso. E você ler alguma coisa sem entender o que está escrito é uma coisa que eu não posso deixar acontecer. Assim, veremos agora todos os prazos de 5 min, mais em relação a prevenir que você não entenda o que está escrito do que em relação aos prazos. Claro, né? Todos são 5 min. ! se líder, uma vez por sessão, no período do expediente ou após a ordem do dia, para comunicação urgente de interesse partidário (pode delegar a qualquer Senador) Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 28 de 75 ! na discussão da redação final, o relator e um Senador de cada partido Redação final? O que é isso? Isso está disciplinado lá na frente, a partir do art. 321. Mas para você não ficar “voando”: Imagine que o plenário aprovou um projeto de lei com 25 emendas. Algumas suprimem uns artigos, outras emendas modificam outros e ainda são aprovadas emendas que acrescentam dispositivos ao projeto de lei. Você sabe que o projeto foi aprovado e que as emendas também, mas qual é a forma final dessa bagunça (projeto + emendas)? Como é que isso vai ficar escrito? Isso é a redação final. Via de regra, esse projeto, juntamente com as 25 emendas iria para a Comissão Diretora para elaborar a Redação Final, que seria, oportunamente, incluída na Ordem do Dia para ser discutida e votada. Veremos mais detalhes quando abordarmos o tópico. ! no encaminhamento de votação, uma só vez Encaminhamento de votação eu também não entendi, professor! Isso está disciplinado lá no art. 308. Basicamente, é um procedimento que pode acontecer (ou não) momentos antes da votação. Pode ser concedida a palavra, a pedido, a um ou mais oradores para “encaminhar” a matéria. E o que, afinal, é encaminhar? É quando um Senador usa a palavra para tentar convencer outros Senadores a votarem como ele. Ele pode encaminhar para os parlamentares votarem “sim” em determinado projeto. Ou votar “não”, se for o caso. É como se fosse uma “sugestão” de voto, beleza? Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 29 de 75 ! para comunicação inadiável, homenagem de pesar, manifestação de aplauso ou semelhante, uma só vez ! no encaminhamento de votação de proposição em regime de urgência (art. 336), uma só vez, o relator da comissão de mérito e os líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por eles designados ! para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, se nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo a palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na mesma sessão Imagine a seguinte situação: um Senador X está discursando e fala o seguinte: “o Senador Y sabia da corrupção que está acontecendo no estado tal”. Esse Senador Y foi nominalmente citado. Assim, terá direito a usar da palavra em explicação pessoal, como se fosse um “direito de resposta”. ! para interpelar ministro de estado (e para a réplica, por 2 min) ! pela ordem, em qualquer fase da sessão, para indagação do andamento dos trabalhos, reclamação sobre a observância do regimento, indicação de falha ou equívoco em relação à matéria da ordem do dia, vedado, porém, abordar assunto já resolvido pela presidência ! em qualquer fase da sessão, para suscitar questão de ordem (art. 403) Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 30 de 75 Um Senador pode levantar uma questão de ordem para sanar dúvida em relação à interpretação ou aplicação do regimento, ou ainda para denunciar a transgressão de um dos princípios do processo legislativo. ! para contraditar questão de ordem, limitada a palavra a um só Senador Palavra dada a um orador que discorde da posição do Senador que levantou a questão de ordem. Finalizamos as situações onde os Senadores dispõem de 5 min para falar. Vamos agora a alguma considerações gerais sobre o uso da palavra. É vedado ao orador tratar de assunto estranho à finalidade do dispositivo em que se baseia para a concessão da palavra. Se o Senador pediu o uso da palavra para suscitar questão de ordem, não pode usar o tempo que foi concedido para outro assunto. Basicamente, nas situações que o líder tem a possibilidade do uso da palavra, ela pode ser delegada aos vice-líderes, na ordem em que estes forem indicados, ou ainda se o líder estiver ausente ou impedido. Lideranças é um assunto que veremos em breve, ok? O líder que acumular liderança de partido e bloco parlamentar só pode usar a palavra uma vez por sessão nos casos de comunicação urgente de interesse partidário ou após a ordem do dia, quando tem preferência sobre os demais oradores inscritos. Todos os prazos que vimos no art. 14 (20, 10, 5 e 2 min) só poderão ser prorrogados, pelo Presidente, por um ou dois minutos, para permitir o encerramento do pronunciamento, após o que o som do orador será Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 31 de 75 cortado, não sendo lícito ao Senador utilizar-se do tempo destinado a outro, em acréscimo ao de que disponha. Sobre a mesa do plenário, fica um livro especial no qual se inscrevem os Senadores que quiserem usar da palavra, nas diversas fases da sessão, devendo ser rigorosamente observada a ordem de inscrição. Assim, salvo a prévia inscrição mencionada, a palavra será dada na ordem em que for pedida. O Senador só poderá usar da palavra mais de duas vezes por semana se não houver outro orador inscrito que pretenda ocupar a tribuna. Imagine que um Senador faça um discurso em uma sessão de segunda- feira, que, como regra, é não deliberativa. Terá o prazo de 20 min, ok? Inscreve-se ainda para discursar na terça, na sessão deliberativa, sendo atendido após a ordem do dia. Também terá 20 min nesse caso. Ainda não satisfeito, quer discursar de novo na quarta. Nesse caso, ele pode até se inscrever, mas só poderá usar da palavra ao final da sessão, quando todos os oradores inscritos já tiverem falado, ok? A inscrição será para cada sessão, podendo ser aceita com antecedência de até duas sessões deliberativas ordinárias ou não deliberativas. Vimos diversos direitos dos Senadores em relação ao uso da palavra. Mas será que os parlamentares podem ser interrompidos enquanto têm a palavra? Sim, existem casos de interrupções pelo presidente e por outros Senadores. Percebam: O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 32 de 75 I – pelo Presidente: • para leitura e votação de requerimento de urgência e deliberação sobre a matéria correspondente • para votação não realizada no momento oportuno, por falta de número • para comunicação importante• para recepção de visitante • para votação de requerimento de prorrogação da sessão • para suspender a sessão, em caso de tumulto no recinto ou ocorrência grave no edifício do Senado • para adverti-lo quanto à observância do Regimento • para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos trabalhos II – por outro Senador: • com o seu consentimento, para aparteá-lo • independentemente de seu consentimento, para formular à Presidência reclamação quanto à observância do Regimento O tempo das interrupções vistas é descontado em favor do orador, salvo os apartes. Assim, se um Senador tem 10 min para falar, e concede um aparte a outro Senador (2 min), só sobrarão 8 min para o discurso, perceberam? Vimos direitos dos Senadores para falar. Vimos interrupções e agora vamos ver algumas proibições. Ao Senador é vedado: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 33 de 75 I – usar de expressões descorteses ou insultuosas II – falar sobre resultado de deliberação definitiva do Plenário, salvo em explicação pessoal Não é permitido ler da tribuna ou incluir em discurso, aparte, declaração de voto ou em qualquer outra manifestação pública, documento de natureza sigilosa. Se é sigiloso, é sigiloso e pronto, não pode um Senador dar publicidade a um documento assim. O Senador, ao fazer uso da palavra, fica de pé, salvo licença para se conservar sentado, por motivo de saúde. Enquanto fala, não é lícito permanecer de costas para a Mesa. Que detalhe de rodapé, hein? Então vamos a alguns exercícios sobre uso da palavra. 7) A respeito do uso da palavra por parte dos Senadores, analise os itens a seguir. I) Quando se tratar de discussão de redação final, o relator e um Senador de cada partido poderão fazer uso da palavra uma só vez, e por dez minutos. II) No encaminhamento de votação, o Senador poderá fazer uso da palavra uma só vez, e por quinze minutos. III) No encaminhamento de votação de proposição em regime de urgência o relator da comissão de mérito e os líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por eles designados poderão fazer uso da palavra uma só vez, por cinco minutos. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 34 de 75 IV) Serão concedidos ao Senador dez minutos para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, se nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo a palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na mesma sessão. A quantidade de itens corretos é igual a: A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4 Gabarito: B. Item I: errado. São 3 os casos de 10 min: 120 min antes da ordem do dia e na discussão de proposição (também inclusa a situação em regime de urgência). Assim, o tempo correto aqui seria 5 min. Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: V - na discussão da redação final (art. 321), uma só vez, por cinco minutos, o relator e um Senador de cada partido; Item II: errado. Prazo de 15 min? De onde veio isso? São 5 min, de novo. Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: VI - no encaminhamento de votação (art. 308 e parágrafo único do art. 310), uma só vez, por cinco minutos; Item III: correto. Ufa! Até que enfim. Exatamente isso. Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: VII - no encaminhamento de votação de proposição em regime de urgência (art. 336), uma só vez, por cinco minutos, o relator da comissão Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 35 de 75 de mérito e os líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por eles designados; Item IV: errado. Explicação pessoal é só mais um caso que não está nas situações de 20 ou 10 min, ou seja, tem o prazo de 5 min. Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: VIII - para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, por cinco minutos, se nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo a palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na mesma sessão; 8) O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido pelo Presidente, exceto: a) para comunicação importante. b) para recepção de visitante. c) para votação de requerimento de prorrogação da sessão. d) para discutir a matéria, quando o presidente desejar fazê-lo. e) para adverti-lo quanto à observância do Regimento. Gabarito: D. A única alternativa que não estabelece uma situação de interrupção do orador pelo presidente é a letra D, pois o presidente, se quiser participar ativamente dos trabalhos da Casa (discutindo uma matéria, por exemplo), deve passar a presidência a outro Senador. Art. 18. O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido: I - pelo Presidente: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 36 de 75 a) para leitura e votação de requerimento de urgência, no caso do art. 336, I, e deliberação sobre a matéria correspondente; b) para votação não realizada no momento oportuno, por falta de número (arts. 304 e 305); c) para comunicação importante; d) para recepção de visitante (art. 199); e) para votação de requerimento de prorrogação da sessão; f) para suspender a sessão, em caso de tumulto no recinto ou ocorrência grave no edifício do Senado; g) para adverti-lo quanto à observância do Regimento; h) para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos trabalhos; Art. 50, parágrafo único. O Presidente deixará a cadeira presidencial sempre que, como Senador, quiser participar ativamente dos trabalhos da sessão. 9) Em relação aos apartes, assinale a alternativa errada: a) o tempo para o aparte é de 2 minutos. b) o aparte não prescinde de permissão do orador. c) ao apartear, o Senador permanece sentado. d) o aparte realizado sem permissão não é publicado. e) a recusa ao aparte é específica para o Senador que solicitou. Gabarito: E. A recusa ao aparte tem caráter geral, para todos os Senadores, e não só para aquele que solicitou na hora. Art. 14. O Senador poderá fazer uso da palavra: XII - para apartear, por dois minutos, obedecidas as seguintes normas: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 37 de 75 c) a recusa de permissão para apartear será sempre compreendida em caráter geral, ainda que proferida em relação a um só Senador; 7. Medidas disciplinares Imaginemos que um Senador se utiliza de expressões descorteses ou insultuosas. Que esteja pronunciando palavrões da tribuna, por exemplo. O que acontecerá com ele? O Presidente tomará 5 ações, na sequência: 1) o Presidente advertirá o Senador, usando da expressão “Atenção!” 2) se essa observação não for suficiente, o Presidente dirá “Senador X, atenção!” 3) não bastando o aviso nominal, o Presidente retirar-lhe-á a palavra 4) insistindo o Senador em desatender às advertências, o Presidente determinarásua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente 5) em caso de recusa, o Presidente suspenderá a sessão, que não será reaberta até que seja obedecida sua determinação É importante conhecer as atitudes acima na sequencia como acontecem, ok? Existem duas situações que o RI enquadra como desacato ao Senado: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 38 de 75 1º) reincidência da desobediência vista acima. É aquele Senador “boca suja” que reincide na recusa de sair do plenário por ordem do Presidente, pelo uso de expressões descorteses ou insultuosas 2º) agressão, por atos ou palavras, praticada por Senador contra a Mesa ou contra outro Senador, nas dependências da Casa. É o Senador que agride (física ou verbalmente) outro Senador ou a Mesa, dentro do Senado. E o que acontece em caso de desacato ao Senado? Vamos a um passo-a- passo: 1º) o Segundo-Secretário, por determinação da Presidência, vai fazer um relatório detalhado do ocorrido 2º) cópias autenticadas do relatório são encaminhadas aos demais membros da Mesa e aos líderes 3º) a presidência vai convocar uma reunião com as autoridades acima (membros da Mesa mais os líderes) 4º) nessa reunião, será decidido entre: ! arquivamento do relatório (bom para o Senador, acaba o processo) ! constituição de comissão para se manifestar sobre o fato (se deu mal) 5º) na hipótese de ser constituída a referida comissão (o regimento não expressa quantos membros a comporão), esta vai se reunir, de posse do relatório, no prazo de duas horas, a partir de sua constituição, a fim de eleger o Presidente, que designará relator para a matéria Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 39 de 75 6º) a comissão pode ouvir as pessoas envolvidas no caso e as testemunhas que entender 7º) a comissão terá o prazo de dois dias úteis para emitir parecer, que será conclusivo (significa que indicará uma ação), podendo propor uma das seguintes medidas (uma pena branda ou uma grave): ! censura pública ao Senador ! instauração de processo de perda de mandato 8º) aprovado pela comissão, o parecer será encaminhado à Mesa para o procedimento cabível no caso Em relação à quebra de decoro parlamentar (existe uma resolução que trata do assunto, a Resolução nº 20, de 1993, que só deve ser lida, obviamente, se estiver no seu edital) o RI estabelece o seguinte: Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato incompatível com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que sobre ele deliberará, no prazo improrrogável de dez dias úteis. E mais à frente, no art. 32, § 1º, está expresso que é incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Senador e a percepção de vantagens indevidas. Exercícios. 10) Conforme estabelece o RISF, constitui desacato ao Senado a agressão, por atos praticados por Senador contra a Mesa, ou contra outro Senador, não estando, porém, nessa qualidade as palavras proferidas pelos Senadores, tendo em vista a imunidade parlamentar. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 40 de 75 ERRADO. Ainda que os Senadores sejam imunes material e formalmente, estabelece o RI que a agressão, por atos ou palavras, a outro Senador ou à Mesa, nas dependências da Casa, é considerada desacato ao Senado. Art. 23. Constituirá desacato ao Senado: II - agressão, por atos ou palavras, praticada por Senador contra a Mesa ou contra outro Senador, nas dependências da Casa. 11) Ao Senador é vedado usar de expressões descorteses ou insultuosas, e quando ocorrido o fato, o Senador poderá perder a palavra, e não sendo o bastante, o Presidente determinará sua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente. CERTO, por mais que não esteja citado todo o procedimento, qual seja: ! “atenção” ! “Senador X, atenção” ! retirada da palavra ! determinação da saída do recinto ! suspensão da sessão Art. 19. Ao Senador é vedado: I - usar de expressões descorteses ou insultuosas; Art. 22. Em caso de infração do art. 19, I, proceder-se-á da seguinte maneira: I - o Presidente advertirá o Senador, usando da expressão “Atenção!”; Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 41 de 75 II - se essa observação não for suficiente, o Presidente dirá “Senador F..., atenção!”; III - não bastando o aviso nominal, o Presidente retirar-lhe-á a palavra; IV - insistindo o Senador em desatender às advertências, o Presidente determinará sua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente; V - em caso de recusa, o Presidente suspenderá a sessão, que não será reaberta até que seja obedecida sua determinação. 8. Homenagens devidas em caso de falecimento Meus alunos, sabemos que a idade mínima para um cidadão se tornar Senador da República é de 35 anos. Aí você pode até pensar então que a faixa etária na Casa fica em torno dos quarenta e poucos anos. Bem, é algo mais que isso, tá? Temos Senadores com mais de 80 anos. Aquela aposentadoria compulsória aos 75 anos que você aprende no Direito Administrativo não vale para os parlamentares, claro, já que eles são trabalhadores incansáveis. Mas também não são imortais, por mais que alguns pareçam. Assim, o RI previu algumas homenagens em caso de falecimento de Senadores, fato não tão esporádico. Vindo a falecer algum Senador em período de funcionamento do Senado, o Presidente vai: ! comunicar o fato à Casa ! propor que a sessão do dia seja dedicada a reverenciar a memória do extinto O Plenário vai deliberar com qualquer número. Isto quer dizer que, ainda que no momento da proposta do presidente, estivessem presentes no plenário Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 42 de 75 somente 10 dos 81 Senadores, eles decidirão sobre a questão (muito provavelmente aprovarão). Nas cerimônias fúnebres que se realizarem pelo falecimento de qualquer dos Senadores, o Senado será representado por uma comissão constituída, no mínimo, de três Senadores. A escolha dos membros da comissão pode ser: ! designação pelo Presidente, de ofício ! mediante deliberação do Plenário No caso de a comissão ser designada de ofício, o fato será comunicado ao Plenário, pelo Presidente. O fato de ser constituída a referida comissão não obsta a ocorrência de outras homenagens aprovadas. 9. Vagas Meus amigos, vamos conhecer agora quais são os casos onde ocorre vacância no cargo de Senador. Quando estudamos a Lei nº 8.112, aprendemos as hipóteses de vaga referentes aos servidores públicos, quais sejam: ! exoneração ! demissão ! promoção ! readaptação ! aposentadoria ! posse em outro cargo inacumulável Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 43 de75 ! falecimento Pessoal, isso acima vale para os servidores, agora vamos ver o que diz o RI em relação aos Senadores: Ocorre vacância no Senado em virtude de: ! falecimento ! renúncia ! perda de mandato Expressamente, de acordo com o RI, são só 3 casos de vacância. Bem mais simples, não? Vamos agora ver caso a caso. Devemos saber desde já que a ocorrência de vacância, em qualquer hipótese, será comunicada pelo Presidente ao Plenário. FALECIMENTO Não há muito o que comentar. O Senador faleceu, é convocado o 1º Suplente. Se este vier a falecer também, o 2º Suplente assume. E se esse também for um azarado? Aí depende daquele prazo dos 15 meses que já vimos. Faltando mais de 15 meses para o fim do mandato, haverá novas eleições. Se faltarem 15 meses ou menos, o cargo vai ficar vago e o respectivo estado (ou DF) fica com um representante a menos mesmo. RENÚNCIA A renúncia pode ser: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 44 de 75 ! expressa (escrita ou oral) ! tácita Como se dá a renúncia expressa escrita? O Senador (ou Suplente, que também pode renunciar a suplência) elabora um documento, com firma reconhecida, comunicando sua renúncia e encaminha à Mesa. A renúncia independe de deliberação do plenário, ou seja, nada vai ser votado. Porém, a renúncia só é considerada efetiva e irretratável após: ! a leitura no período do expediente ! a publicação no Diário do Senado Federal Assim, ainda que o Senador elabore seu documento, o encaminhe à Mesa e haja sua leitura no período do expediente, ainda há tempo para desistir da renúncia e continuar com seu cargo, tendo em vista que a publicação no Diário do Senado Federal só vai ocorrer, no mínimo, no dia seguinte. E a renúncia expressa oral? É possível que o Senador, ou ao Suplente em exercício, faça em plenário, oralmente, a renúncia ao mandato. De forma idêntica, ela só se torna efetiva e irretratável depois da sua publicação no Diário do Senado Federal. Ou seja, pode discursar falando que não quer mais brincar disso, e depois mudar de ideia. E essa tal de renúncia tácita? Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 45 de 75 Ah, isso já vimos. Lembrem-se dos casos que são considerados como renúncia tácita pelos parlamentares: ! o Senador que não prestar o compromisso no prazo ! o Suplente convocado que não se apresentar para entrar em exercício no prazo O detalhe aqui na renúncia tácita é o seguinte: a comunicação dessa vacância será publicada no Diário do Senado Federal, como todas as outras. Mas até o dia útil que se seguir a essa publicação, qualquer Senador da Casa poderá interpor recurso para o Plenário. Esse é um recurso que visa “ajudar” o Senador ou Suplente que não se apresentou para trabalhar. É o plenário que vai deliberar sobre o recurso, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. PERDA DE MANDATO Chegamos ao nosso último item sobre vacância, o qual também é o mais extenso. Alerto a todos que quando vocês forem ler esses artigos no próprio RISF, o façam de uma forma devagar, porque existem vários procedimentos diferentes (para cada caso) que estão todos misturados na letra da lei. Assim, com certeza sua leitura por aqui será mais “amigável”. Antes de entrarmos propriamente no RI, preciso fazer uma remissão constitucional. Estabelece o art. 54 da CF: Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 46 de 75 b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Pessoal, não pensem que o Senador diplomado não pode fazer contrato algum com uma sociedade de economia mista por exemplo. Imagine que ele queira abrir uma conta corrente no Banco do Brasil. Vai celebrar um contrato? Sim. Está proibido? Não. Isso seria um contrato que qualquer cidadão faria nas mesmas condições, um contrato com cláusulas uniformes. E cargo demissível ad nutum seria um cargo de livre nomeação e exoneração. Vamos a um quadro-resumo das proibições do art. 54 da CF? Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 47 de 75 Em: ! Pessoa Jurídica de Direito Público (PJDP) ! Entidade da administração indireta ! Concessionária de serviço público O Senador não pode, desde a expedição do diploma: O Senador não pode, desde a posse: ! firmar ou manter contrato com essas entidades (salvo com cláusulas uniformes) ! aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os demissíveis ad nutum ! ocupar cargo ou função ad nutum ! patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades acima Além disso, o Senador não pode, desde a posse: ! exercer função remunerada, ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com PJDP ! ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo Vamos agora a todos os casos. Perde o mandato o Senador: 1a) que infringir qualquer das proibições constantes do art. 54 da Constituição 1b) cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar 1c) que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível 2a) que deixar de comparecer à terça parte das sessões deliberativas ordinárias do Senado, em cada sessão legislativa anual, salvo licença ou missão autorizada Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 48 de 75 2b) que perder ou tiver suspensos os direitos políticos 2c) quando o decretar a Justiça Eleitoral Você deve ter percebido a numeração diferente que coloquei. Isso foi para explicitar que existem dois grupos diferentes, grupos 1 e 2. Fiz isso porque os procedimentos em relação à perda de mandato dentro de cada grupo são até parecidos, mas totalmente diferentes em relação ao outro grupo. Além disso, fiz questão de grifar as palavras chaves de cada situação, para facilitar seu estudo, quais sejam: Grupo 1: ! proibições (as proibições do art. 54 da CF) ! decoro (quebra de decoro parlamentar) ! crime (sentença criminal transitada em julgado, ou seja, sem mais recursos) Grupo 2: ! falta (faltar a 1/3 das sessões deliberativasordinárias de uma sessão legislativa) ! direitos políticos (perda ou suspensão dos direitos políticos) ! Justiça Eleitoral (perda de mandato decretada pela Justiça Eleitoral) Assim, a partir de agora, sempre que precisar fazer remissão a um desses casos, só vou utilizar essas palavras-chave, para fins de simplificação, beleza? A perda do mandato pode ser: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 49 de 75 ! Decidida pelo plenário (grupo 1) ! Declarada pela Mesa (grupo 2) A perda do mandato é decidida pelo Senado Federal, por maioria absoluta, nos casos do grupo 1 (proibições, decoro e crime). É necessário que haja provocação da Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional. Partido político representado no Congresso Nacional é um partido que tenha, pelo menos, 1 Senador ou 1 Deputado Federal. Nos casos do grupo 2 (falta, direitos políticos e Justiça Eleitoral), a perda do mandato é declarada pela Mesa. Isso pode ocorrer de ofício ou mediante provocação de qualquer Senador ou partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. ATENÇÃO: Nos casos abaixo: ! Proibições ! Decoro ! Crime ! Falta Ou seja, grupo 1 + falta, haverá uma apreciação da representação dos fatos pela CCJ, em 15 dias úteis. Esse parecer será lido e publicado no Diário do Senado Federal e em avulsos. Mas fiquem atentos: nos outros dois casos, quais sejam: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 50 de 75 ! Direitos políticos ! Justiça Eleitoral Não há análise da CCJ. Assim, cabe a Mesa declarar a perda do mandato do Senador que se encontrar nessas situações. Note que essas duas situações vêm por parte Poder Judiciário, da Justiça Eleitoral, assim, só resta ao Senado cumprir. No caso de falta a 1/3 das sessões, o parecer da CCJ concluirá pela procedência ou improcedência da representação. Após a publicação no Diário do Senado e em avulsos, será encaminhada à Mesa para decisão. Aqui o procedimento é bem mais simples, porque a CCJ só vai resgatar o controle da presença do referido Senador e comprovar se realmente ele faltou ou não a 1/3 das sessões deliberativas ordinárias de determinada sessão legislativa. Agora, nos casos do grupo 1 (proibições, decoro e crime), o parecer da CCJ concluirá pela aceitação da representação para exame ou pelo seu arquivamento. Perceba a diferença da possível conclusão do parecer da CCJ em relação a cada caso. Esse parecer vai ser votado pelos Senadores. Após ser lido, publicado no Diário do Senado Federal e em avulsos, ele é incluído na Ordem do Dia após o interstício regimental para que o plenário decida se será admitida ou não a representação contra o Senador. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 51 de 75 Se o plenário votar por não admitir a representação, esta é arquivada. É pizza mesmo. Agora, no caso contrário, as coisas começam a ficar tensas para o parlamentar. Sendo admitida a representação pelo voto do Plenário, o Presidente designará comissão composta de nove membros para instrução da matéria. Assim que for recebida e processada, será fornecida cópia da representação ao acusado, que terá o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período, para apresentar, à comissão, sua defesa escrita. A “comissão” citada aqui já é a comissão de 9 membros formada, não mais a CCJ, ok? A comissão pode realizar as diligências que entender necessárias. Ao fim de seu prazo, sendo apresentada ou não a defesa, a comissão emitirá um parecer. Esse parecer concluirá por um projeto de resolução com duas opções possíveis: ! da perda do mandato ! arquivamento definitivo do processo Será concedida vista do processo ao acusado pelo prazo de dez dias úteis para falar sobre o parecer. O acusado pode assistir, pessoalmente ou por procurador, a todos os atos e diligências, e requerer o que julgar conveniente aos interesses da defesa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 52 de 75 O projeto de resolução, depois de lido no Período do Expediente, publicado no Diário do Senado Federal e distribuído em avulsos, será incluído em Ordem do Dia. Essa que é a votação que exige maioria absoluta para a perda do mandato do parlamentar. Ufa! Encerramos o assunto perda de mandato. Mais uma vez enfatizo a você para ter cuidado ao ler essa parte no RISF (vai do art. 32 ao 35) porque está tudo misturado lá. Então vamos exercitar: 12) Assinale a alternativa correta. A) As vagas, no Senado, ocorrem em virtude de falecimento, renúncia e suspensão de mandato. B) A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência deve ser dirigida por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e independe da aprovação do Senado, mas somente é efetiva e irretratável depois de lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado Federal. C) É lícito ao Senador, ou ao Suplente em exercício fazer renúncia ao mandato, a qual se torna efetiva e irretratável, quando realizada em plenário e oralmente. D) A ocorrência de vacância deverá ser comunicada pelo respectivo Senador ao plenário. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 53 de 75 E) O Senador que sofrer sentença criminal transitada em julgado pode vir a perder o mandato, sendo esta questão decidida pelo plenário, com quorum de 2/3 para a perda. Gabarito: B. Item A: incorreta. Suspensão do mandato não, perda do mandato. Art. 28. As vagas, no Senado, verificar-se-ão em virtude de: I - falecimento; II - renúncia; III - perda de mandato. Item B: correta. Perfeito resumo sobre a renúncia expressa escrita. Art. 29. A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência deve ser dirigida por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e independe da aprovação do Senado, mas somente tornar-se-á efetiva e irretratável depois de lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado Federal. Item C: incorreta. A renúncia expressa oral só se torna efetiva e irretratável após publicada no Diário do Senado Federal. Art. 29, parágrafo único. É lícito ao Senador, ou ao Suplente em exercício, fazer em plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a qual tornar-se-á efetiva e irretratável depois da sua publicação no Diário do Senado Federal. Item D: incorreta. Essa comunicação é feita pelo presidente à Casa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Regimento Interno do Senado Federal Aula 1 Prof. Julio Ponte www.pontodosconcursos.com.br | www.facebook.com/professorjulioponte 54 de 75 Art. 31. A ocorrência de vacância, em qualquer hipótese, será comunicada pelo Presidente ao Plenário. Item E: incorreta. O quorum é de maioria absoluta, e não 2/3. Art. 32. Perde o mandato o Senador (Const., art. 55): VI - que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível. § 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda
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