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Unidade 4
Aspectos Docentes 
e de Gestão Escolar na 
Educação Infantil 
Analice Oliveira Fragoso
Educação Infantil
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
ANALICE OLIVEIRA FRAGOSO
A AUTOR
Analice Oliveira Fragoso
Olá! Meu nome é Analice Oliveira Fragoso. Sou formada em 
Pedagogia, especialista em Psicopedagogia, mestre e doutora em 
Distúrbios do Desenvolvimento. Tenho experiência como professora no 
ensino superior há mais de quatro anos, tanto no curso de graduação em 
Pedagogia quanto no curso de especialização em Neuropsicopedagogia. 
Sou apaixonada por educação, por isso há mais de sete anos realizo 
pesquisas nessa área do conhecimento. É um grande privilégio transmitir 
minha experiência àqueles que estão iniciando suas profissões. Agradeço 
à Editora Telesapiens pelo convite para integrar seu elenco de autores 
independentes e estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
O papel do professor na Educação Infantil ......................................10
Educar x cuidar ................................................................................................................................. 10
A identidade do professor na Educação Infantil....................................................... 12
Trabalhando a linguagem na Educação Infantil ....................................................... 15
O ensino da matemática na Educação Infantil ......................................................... 18
A arte na Educação Infantil ...................................................................................................... 19
Aspectos nutricionais e culturais na Educação Infantil ............. 22
Educação infantil x família ..................................................................... 29
Estado da arte e tendências para a Educação Infantil ................34
Práticas pedagógicas da educação infantil baseadas em evidências 
científicas ...............................................................................................................................................35
Neurociências e a aprendizagem: linguagem, cognição na 
Educação Infantil ......................................................................................................... 36
Funções executivas ................................................................................................... 39
Método fônico ............................................................................................................... 40
Mindfulness ...................................................................................................................... 41
Escolas bilíngues .............................................................................................................................43
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ..................................................................44
Educação socioemocional ....................................................................................45
7
UNIDADE
04
Educação Infantil
8
INTRODUÇÃO
Nesta última aula você verá as práticas que o professor de educação 
infantil pode ter nas diversas etapas do desenvolvimento das crianças e 
o importante papel que exerce durante o processo de desenvolvimento 
delas.
Você terá a oportunidade de refletir sobre sua identidade docente, 
conhecendo os aspectos que contribuíram para a formação desse 
profissional. Além disso, poderá ampliar seus conhecimentos sobre a 
importância de uma alimentação saudável para o bom desenvolvimento 
das crianças e, como você, enquanto professor, pode contribuir durante 
esse processo. Também vai compreender que apesar do papel do 
professor ser importante para a formação dos pequenos, a participação 
ativa da família e da escola são fundamentais para uma construção eficaz 
do processo de aprendizagem.
Por fim, para encerrarmos nossa unidade, você mergulhará nas 
novas tendências presentes na educação infantil e aprenderá como a 
ciência contribui com estudos voltados para essa modalidade de ensino.
Educação Infantil
9
OBJETIVOS
Olá, seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Definir as práticas que os professores de Educação Infantil devem 
ter em seu cotidiano; 
2. Definir a importância de uma alimentação saudável na Educação 
Infantil e como funcionam as suas políticas públicas;
3. Identificar que a boa interação entre escola e família pode contribuir 
positivamente no processo de aprendizagem das crianças;
4. Refletir sobre as novas tendências presentes na Educação Infantil. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Educação Infantil
10
O papel do professor na Educação Infantil
INTRODUÇÃO:
O papel do professor na Educação Infantil é um tema que 
gera muitos questionamentos, mesmo sabendo que a 
prática pedagógica é fundamental em todos os níveis de 
ensino.
Então, qual será minha ação enquanto docente na Educação 
Infantil? Educar ou cuidar? Devo respeitar o desenvolvimento da criança 
sem fazer nenhuma intervenção ou devo ter ações pedagógicas para 
estimular seu desenvolvimento? 
No decorrer desse tópico, responderemos esses questionamentos 
e veremos a atuação do professor dessa modalidade de ensino nas diver-
sas áreas do conhecimento.
Educar x cuidar
Considerando os significados dessas duas ações, pode-se dizer 
que o educar e o cuidar devem caminhar juntos na Educação Infantil. 
O cuidar é a ação de tratar alguém com cuidado e atenção, é 
preocupar-se com o bem-estar do outro de uma forma geral. O educar é 
ação de oferecer conhecimentos, de instruir alguém.
EXEMPLO: Vamos imaginar uma situação do cotidiano nas creches 
e Educação Infantil: como podemos diferenciar a ação de cuidar e educar 
em uma troca de roupa? Nesse contexto, a professora ao vestir uma 
criança pode fazê-lo de forma automática, vestindo uma criança atrás da 
outra em uma sequência de rotina (cuidar) ou pode auxiliá-la a realizar 
essa ação, dando-lhe autonomia na situação (educar). 
Percebam a importância da formação do professor para que ele 
seja capaz de diferenciar essas duas ações em sua prática pedagógica 
Educação Infantil
11
e fazer desse momento simples uma oportunidade de desenvolvimento 
da criança. 
A rotina de tarefas como vestir, lavar, levar ao banheiro e alimentar 
pode ser trabalhada de diferentes formas. Essas ações podem ser 
organizadas de uma forma que as crianças desenvolvam autonomia em 
diversas habilidades. Em algumas ocasiões as crianças podem ajudar osoutros na execução das tarefas, colocando-os em uma posição mais ativa, 
de alguém competente, capaz de aprender diversas funções, exercendo 
assim a ação de educar (ROSSETTI-FERREIRA, 2003).
TESTANDO:
Faça um exercício: escreva uma situação que costuma 
ocorrer no espaço da Educação Infantil que pode ser 
conduzida de diferentes formas e diferencie o cuidar do 
educar nessa situação. 
Educar e cuidar na Educação Infantil significa ver possibilidades 
do desenvolvimento das crianças em todas as situações do cotidiano, 
como troca de fraldas, banho, descanso, alimentação e higiene. Esses 
momentos além do cuidado para que fiquem sempre limpos e saciados, 
também permitem proporcionar o desenvolvimento integral das crianças 
(ROSSETTI-FERREIRA, 2003).
O professor deve ser capaz de compreender que o educar e o 
cuidar são processos complementares e indissociáveis no trabalho com 
as crianças. As crianças nessa faixa etária têm necessidades de atenção, 
carinho e segurança, mas nesse mesmo tempo elas entram em contato 
com o mundo que as cerca, o que ocorre por meio das experiências 
vivenciadas em seu cotidiano. Essa inserção no mundo só é possível 
através de atividades que proporcionem tanto o cuidar quanto o educar 
(CRAIDY; KAERCHER, 2007). 
Os educadores precisam compreender que o trabalho com 
bebês também é uma ação efetiva de intervenção pedagógica. Através 
dessas ações o professor consegue estabelecer práticas educativas que 
Educação Infantil
12
contribuem para o desenvolvimento integral dos bebês (RAMOS; ALEGRE, 
2003).
EXEMPLO: Quando trocamos a fralda de um bebê, ele chora, mexe 
braços e pernas, tenta tocar algum objeto deixado por perto etc. Durante 
esse momento de cuidado, o educador pode interagir com a criança 
cantando (estimula linguagem), mantendo brinquedos por perto (estimula 
os movimentos), entre outras ações práticas e estimulantes.
Dessa forma, fica claro que o professor de Educação Infantil tem o 
papel de proporcionar às crianças momentos de cuidado, aprendizado, 
crescimento e desenvolvimento.
ACESSE:
ACESSE o link a seguir e conheça o papel da creche no 
desenvolvimento infantil: https://bit.ly/3bRNdvz. 
A identidade do professor na Educação 
Infantil
O termo identidade docente é a forma identitária da relação 
estabelecida entre o “eu-nós”, ou seja, na interação do eu com o outro 
(DUBAR, 2006). 
Quando refletimos sobre a construção da identidade docente, 
logo pensamos em uma formação adequada e contínua. Essa formação 
deve ter como objetivo promover a apropriação de saberes no educador, 
levando-o a ter autonomia para refletir sobre suas ações e questionar suas 
práticas, aperfeiçoando seu trabalho a cada dia (PIMENTA, 1999). 
A profissão docente passou por um período de “crise identitária” em 
razão da separação do eu pessoal e do eu profissional. A identidade é 
a maneira de ser e estar em uma profissão, o que se constrói ao longo 
da vida através da experiência, isso deve levar em consideração as 
características pessoais e profissionais de cada um (NÓVOA, 1995).
Educação Infantil
https://bit.ly/3bRNdvz
13
Não é possível ser um profissional independente da pessoa que 
exerce esse trabalho, ou seja, não é possível sair de casa e vestir uma 
capa de professor quando adentra a escola.
A identidade profissional está diretamente associada à identidade 
pessoal. Crenças, valores e projetos futuros são elementos importantes 
que influenciaram diretamente a prática do trabalho (NÓVOA, 1995).
Diante do conceito de identidade docente, como é ou será sua 
identidade enquanto professor(a)?
Agora, vamos pensar no processo de formação dos profissionais 
que atuam na Educação Infantil. 
Durante muito tempo, a formação do professor de Educação Infantil 
não era tida como fundamental e, por isso, muitos profissionais que 
atuavam em instituições que atendiam crianças pequenas não tinham 
formação mínima para exercer tal função (MICARELLO, 2006). Assim, 
durante muito tempo vigorou a ideia de que qualquer pessoa poderia 
atuar na Educação Infantil.
É muito comum ouvirmos de estudantes do curso de pedagogia 
que a razão de escolherem essa profissão é porque gostam de crianças. 
Isso é necessário, mas será que é o bastante para construir uma identidade 
docente?
A identidade do professor de educação infantil começou a se 
construir com a feminização da docência, ou seja, apenas mulheres 
podiam exercer essa função. Formadas no magistério, eram conhecidas 
como “tias”, construindo um pensamento de que a mulher já nasce uma 
educadora nata (SOUSA; MELO, 2017).
Paulo Freire nos leva a refletir sobre reduzir a identidade das 
professoras de Educação Infantil a “tias” descrevendo o seguinte:
[...] a professora pode ter sobrinhos e por isso é tia da mesma 
forma que qualquer tia pode ensinar, pode ser professora, 
por isso, trabalhar com alunos. Isso não significa, porém, 
que a tarefa de ensinar transforme a professora em tia de 
seus alunos da mesma forma como uma tia qualquer não se 
Educação Infantil
14
converte em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles. 
Ensinar é profissão que envolve certa tarefa, certa militância, 
certa especificidade no seu cumprimento, enquanto ser tia 
é geograficamente ou afetivamente distante dos sobrinhos, 
mas não pode ser autenticamente professora, mesmo num 
trabalho a longa distância, “longe” dos alunos”. (FREIRE, 1997, 
p. 10-11) 
 Por não serem reconhecidas como professoras, essa categoria 
profissional passou a ser desvalorizada pela sociedade. Mas, com o 
passar dos anos, a necessidade da formação e do reconhecimento 
desses profissionais foi ganhando espaço através de políticas, pesquisas 
e investigações sobre essa área.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB) (Lei nº 9.394/1996), a formação desses profissionais passou a 
ser reconhecida. O artigo 62 afirma que: 
A formação de docentes para atuar na educação básica 
far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de 
graduação plena, em universidades e institutos superiores de 
educação, admitida, como formação mínima para o exercício 
do magistério na Educação Infantil e nos 5 (cinco) primeiros 
anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na 
modalidade normal. (BRASIL, 1996, p. 21)
As Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CP n. 1, de 
15 de maio de 2006) também apontam a necessidade da formação em 
pedagogia para atuar na Educação Infantil.
A partir dessas mudanças, o professor de Educação Infantil deve 
obrigatoriamente ter adquirido habilidades necessárias para interagir e 
estimular o desenvolvimento das crianças pequenas.
Educação Infantil
15
ACESSE:
Assista ao vídeo no YouTube sobre a identidade do professor 
de Educação Infantil: https://bit.ly/3qTnibl. 
Assim como em todas as profissões, o professor deve ser 
reconhecido como um profissional, pois não basta ter um dom. São 
necessários conhecimentos teóricos, técnicos e científicos.
Os artigos 63 e 67 da Lei nº 9.394/1996 além de estimular esses 
profissionais a investirem em uma formação contínua, asseguram-lhes o 
direito à melhoria das condições de trabalho (BRASIL, 1996). Dessa forma, 
o professor de Educação Infantil tem um papel fundamental na formação 
do ser humano. 
É na Educação Infantil, considerada primeira fase do ensino básico, 
que a criança deve desenvolver suas capacidades físicas e mentais. 
Os professores podem utilizar diferentes áreas do conhecimento para 
estimular o desenvolvimento dessas competências. 
A seguir, veremos a prática do professor de educação infantil 
na promoção de habilidades, como a linguagem e o conhecimento 
matemático.
Trabalhando a linguagem na Educação 
Infantil
A linguagem está muito presente no cotidiano das escolas, porém 
precisa ser trabalhada com intencionalidade pelos professores.
É importante que você saiba que a linguagem é um campo amplo 
a ser trabalhadoe sua forma de comunicação pode ter diversas variantes, 
como a oral, a escrita e a de sinais (GIL, 2010).
Educação Infantil
https://bit.ly/3qTnibl
16
De uma forma geral, a linguagem tem algumas características: 
 • Comunicativa: permite a comunicação entre pessoas que 
compartilham a mesma língua;
 • Arbitrariamente simbólica: é a relação entre o símbolo e o referente;
 • Regularmente estruturada: suas unidades mínimas recombinam-
se segundo regras pré-determinadas;
 • Estruturada em múltiplos níveis: correspondem a sons, morfemas, 
palavras, frases e discursos;
 • Gerativa: pode-se recombinar suas unidades e criar um número 
ilimitado de enunciados novos;
 • Dinâmica: visto que a língua está em contínua mudança 
(STERNBERG, 2008).
ACESSE:
ACESSE os links a seguir para ver exemplos de cada uma 
das características citadas acerca da linguagem:
Linguagem Oral Parte 1: https://bit.ly/3lRH5Hc
Linguagem Oral Parte 2: https://bit.ly/3fkzn7c
Todo contato que a criança estabelece com o mundo é sempre 
mediado pela linguagem através da relação com o outro (VYGOTSKY, 
2002). Por isso, o professor tem um papel fundamental como mediador 
dessa interação com as crianças.
E como estimular a linguagem com os bebês? Será que eles 
entendem?
A resposta é sim. De forma universal todas as crianças 
pronunciam vocalizações e balbucios sem significados. Porém, quando 
escutamos esses sons e respondemos pronunciando palavras, além do 
estabelecimento de vínculo, estamos mostrando a ela como funciona o 
discurso em nossa língua (AUGUSTO, 2011).
Educação Infantil
https://bit.ly/3lRH5Hc
https://bit.ly/3fkzn7c
17
EXEMPLO: Quando um bebê começa a diferenciar “sim” e “não”, não 
é porque ele compreendeu o significado dessas palavras, e sim porque 
ele é capaz de diferenciar as expressões e entonações na fala. 
Ou seja, a criança inicia sua compreensão da linguagem através das 
diferentes representações que vivencia.
Figura 1: Compreensão da linguagem
.
Fonte: Pixabay
A comunicação deve ser uma prática presente no cotidiano 
dos professores desde o berçário. O professor deve estabelecer uma 
comunicação verbal com os bebês a partir do uso de expressões faciais e 
diferentes entonações.
O RCNEI (BRASIL, 1998), documento visto na unidade anterior, 
indica que “a capacidade de uso da língua oral que as crianças possuem 
ao ingressar na escola foi adquirida no espaço privado: contextos 
comunicativos, informais, coloquiais, familiares”. Nessa perspectiva, 
a escola em suas práticas deve ensinar aos alunos o significado e a 
importância da fala. Os professores devem apresentar às crianças 
várias formas de comunicação, conversando com elas e levando-as a 
se expressarem. Há uma diversidade de trabalhos que o professor de 
Educação Infantil pode realizar para desenvolver a linguagem das crianças. 
Educação Infantil
18
ACESSE:
Para ampliar seus conhecimentos acerca do assunto, leia 
o artigo “O desenvolvimento da oralidade das crianças na 
Educação Infantil”. Disponível em: https://bit.ly/3rVN543.
O ensino da matemática na Educação Infantil 
Assim como a linguagem, a matemática também está presente em 
nossa vida desde o momento em que nascemos. 
Desde cedo, as crianças entram em contato com o conhecimento 
matemático em diferentes contextos, elas ouvem e falam sobre números, 
ordenam, agrupam e comparam. A troca de experiências com outras 
crianças ou com adultos através de brincadeiras e situações lúdicas 
proporcionam a elas os conhecimentos matemáticos (CURITIBA, 2012).
Dessa forma, é o professor quem deve proporcionar maneiras 
de fazer com que esses conhecimentos sejam ampliados. Vamos ver 
algumas atividades que o professor pode trabalhar com as crianças.
 • Estabelecer rotina: se o professor estabelece rotinas em suas 
aulas, utilizando objetos de mediação como calendário ou relógio, 
as crianças passam a ver significado em suas funções;
 • Cantar músicas e contar histórias que contenham números: 
quando o professor canta uma música, por exemplo: “quatro 
patinhos foram passear, além das montanhas para brincar...”, a 
criança entra em contato com a sequência numérica;
 • Contar nas atividades diárias: o professor pode criar a rotina de 
contar as crianças ao início das aulas, contar a quantidade de 
peças que existe em um brinquedo no momento de guardar etc.;
 • Utilizar brinquedos que contenham números: o professor pode 
dar oportunidade para que as crianças explorem brinquedos que 
contenham números, por exemplo: telefones, relógios, calculadora 
etc.
Educação Infantil
https://bit.ly/3rVN543
19
 • Atividades que trabalhem medidas: trabalhar noções de medidas 
com as crianças, ensinando cheio/vazio, grande/pequeno etc.;
 • Trabalhar espaços e formas: o professor deve ensinar noções 
de localização e orientação espacial, utilizando como referência 
pessoas e objetos.
Essas atividades devem ser ampliadas, aumentando seu grau de 
complexidade para que pouco a pouco as crianças reconheçam a função 
social dos números.
ACESSE:
Conheça várias formas divertidas e fáceis de estimular as 
habilidades matemáticas. Disponível em: 
https://bit.ly/3lnoG4M.
O professor deve trabalhar todas as habilidades de forma lúdica e 
divertida, para que em todas as atividades elas estejam em contato com 
o brincar ao mesmo tempo que aprendem, esse é o papel do professor 
de educação infantil.
A arte na Educação Infantil
Através da arte é possível construir diferentes caminhos para 
alcançar o desenvolvimento integral das crianças. Alguns documentos 
oficiais que norteiam a construção dos currículos escolares já mencionados 
na unidade anterior contemplam a arte dentro de suas diretrizes e 
orientações.
A arte abrange vários segmentos: artes visuais, dança, música 
e teatro (BRASIL, 1997). Dentro dessas áreas, o professor tem inúmeras 
possibilidades de trabalhos, o que possibilita que a criança se expresse 
livremente visto que a arte não pode ser ensinada e sim expressada. 
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, a arte trabalha a 
imaginação e criatividade das crianças:
Educação Infantil
https://bit.ly/3lnoG4M
20
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno 
tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão 
poética esteja presente: a arte ensina que é possível 
transformar continuamente a existência, que é preciso mudar 
referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que 
criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição 
fundamental para aprender. (BRASIL, 1997, p. 49)
Os PCNs também apontam que a arte pode contribuir no aspecto 
social, pois através dela as crianças podem ter acesso a outras culturas.
Figura 2: A Arte na educação
.
Fonte: Pixabay
Os Parâmetros Curriculares também apontam que o ensino da arte 
pode contribuir com as demais áreas do conhecimento:
O aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais 
amplas quando estuda um determinado período histórico. Um 
aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais 
habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias pes-
soais para resolver um problema matemático. (BRASIL, 1997, 
p. 59)
O documento também prevê que a arte não pode ser vista como 
um momento de recreação ou como uma atividade de descanso sem 
objetivo:
Educação Infantil
21
Sem uma consciência clara de sua função e sem uma 
fundamentação consistente de arte como área de 
conhecimento com conteúdos específicos, os professores não 
conseguem formular um quadro de referências conceituais 
e metodológicas para alicerçar sua ação pedagógica; não 
há material adequado para as aulas práticas, nem material 
didático de qualidade para dar suporte às aulas teóricas. 
(BRASIL, 1997, p. 59)
Diante disso, o professor de Educação Infantil mesmo sem 
ter formação específica em arte, precisa buscar os conhecimentos 
necessários para conduzir sua prática com o objetivo adequado.
ACESSE:
Leia mais sobre o papel da arte na Educação Infantilclicando aqui..
Vale ressaltar que o professor deve desenvolver um planejamento 
com um objetivo a ser alcançado a partir da atividade proposta. Entretanto, 
não pode limitar as crianças a uma tarefa previamente determinada, de 
forma a impedir que ela mostre sua criatividade e se expresse de maneira 
livre.
RESUMINDO:
Neste capítulo vimos a diferença entre os educar e o cuidar. 
Estudamos a identidade do professor na Educação Infantil 
e compreendemos a importância do ensino da linguagem, 
da matemática e da arte na Educação Infantil.
Educação Infantil
https://novaescola.org.br/conteudo/12590/qual-o-papel-da-arte-na-educacao-infantil
22
Aspectos nutricionais e culturais na 
Educação Infantil
INTRODUÇÃO:
Devido à escola ser um lugar onde os alunos passam bom 
tempo de suas vidas, é um ambiente para a promoção 
dos cuidados da saúde e alimentação. Por integrar alunos, 
professores, famílias e funcionários de diversas áreas, a 
escola deve propor um ambiente favorável à convivência 
saudável, promovendo os cuidados básicos (COSTA; 
RIBEIRO; RIBEIRO, 2001). Sendo assim, a Educação Infantil 
tem um papel importante na educação alimentar devido 
ao fato de ter influência sobre os alunos (PINHO, 2019). Por 
isso, neste capítulo, vamos estudar quais são os aspectos 
nutricionais e culturais na Educação Infantil.
A partir dos estudos científicos, podemos entender as funções 
dos diversos nutrientes presentes nos alimentos que beneficiam a nossa 
saúde. Alimentos como frutas, verduras, legumes e castanhas contém 
compostos anti-inflamatórios e antioxidantes que auxiliam na nossa 
imunidade (GUIA ALIMENTAR, 2014). 
A escola, por ser um ambiente educativo, proporciona uma saúde 
escolar, pois no seu cotidiano com as crianças, relaciona as diversas 
realidades sociais e culturais de cada membro. Os educadores envolvidos 
com esse processo podem estimular a alimentação no ambiente escolar 
propondo transformações nas experiências alimentares dos seus alunos 
(PINHO, 2019). 
Os hábitos alimentares de uma criança são formados a partir 
do estilo de vida de sua família. Crianças com os hábitos alimentares 
inadequados tendem a ter problemas de saúde no decorrer dos anos 
(COSTA et al., 2014).
Educação Infantil
23
Figura 3: Hábitos saudáveis de alimentação
.
Fonte: Pixabay
A partir de uma educação nutricional, é possível desenvolver 
hábitos alimentares saudáveis e respeitar a necessidade de cada sujeito. 
Por isso, nesse momento a escola assume um papel primordial, pois 
possibilita uma educação nutricional junto à família de seus alunos. Para 
isso, é importante considerar os diferentes contextos familiares, sociais e 
ambientais, bem como todos os envolvidos para a promoção de hábitos 
que proporcionem o desenvolvimento de uma saúde preventiva (COSTA 
et al., 2014). 
A educação alimentar na infância pode gerar resultados positivos em 
uma reeducação alimentar e na capacidade de fazer escolhas alimentares 
saudáveis. Por isso, esses novos hábitos precisam ser contínuos (COSTA 
et al., 2014). 
Os objetivos propostos para a educação alimentar na Educação 
Infantil são: propor boas atitudes diante dos alimentos e durante a 
alimentação; estimular uma alimentação saudável e variada; ensinar 
a relação da alimentação com a saúde para o desenvolvimento de 
bons hábitos. Para uma proposta de sucesso, é preciso incluir todos da 
Educação Infantil
24
comunidade – alunos, familiares, educadores e demais funcionários 
(COSTA et al., 2014). 
O perfil nutricional da criança é fundamental para seu 
desenvolvimento e crescimento. A infância é a melhor fase para ensinar 
sobre as práticas nutricionais ao indivíduo, pois os hábitos alimentares 
estão se desenvolvendo e são necessários incentivos para que possam 
fazer refeições saudáveis (COSTA et al., 2014). 
Por meio da motivação e curiosidade é possível trazer práticas 
alimentares saudáveis para as crianças através de refeições com os 
alimentos certos e seguros para a faixa etária. Estimular alimentos 
saudáveis como as frutas e vegetais, bem como reduzir as gorduras e 
açúcares em excesso são alguns hábitos para se ter ao longo da vida 
(COSTA et al., 2014).
A recusa e o medo de provar novos alimentos é muito comum nessa 
idade, por isso, no momento de oferecer novos alimentos para a criança é 
importante deixá-la ter contato através do cheiro, do sabor e até do toque 
para uma melhor aceitação, o que pode demorar de 12 a 15 ingestões do 
alimento. Elas preferem alimentos que já conhecem ou com aparência 
suave e doce (COSTA et al., 2014).
Figura 4: Alimentação na infância
.
Fonte: Pixabay
Educação Infantil
25
Os hábitos alimentares saudáveis estimulados desde cedo, além 
que contribuírem para uma conscientização alimentar, auxiliam no 
desenvolvimento, crescimento e na prevenção de doenças. Também é 
na infância, no momento da socialização, que as crianças diferenciam os 
sabores, começam a ter suas preferências alimentares e desenvolvem 
um comportamento alimentar. Com isso, as crianças passam a preferir os 
alimentos que gostam mais e nem sempre essas escolhas são compatíveis 
com uma alimentação saudável. Por isso é importante educar para uma 
conscientização alimentar (COSTA et al., 2014).
Segundo o “Manual de orientação para alimentação escolar na 
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio e na educação 
de jovens e adultos” (2012), a educação nutricional precisa acontecer da 
maneira correta ao inserir os alimentos: escolher os alimentos conforme 
o desenvolvimento das crianças, apresentar o alimento sozinho para que 
se conheça seu sabor e características. É importante também respeitar os 
hábitos alimentares, o perfil socioeconômico e cultural da família (BRASIL, 
2012). 
Para os envolvidos nesse processo, é importante incentivá-los e 
orientá-los através de palestras, oficinas, degustação de alimentos entre 
outras atividades para assim contribuir com uma formação e preparação 
para melhores resultados do projeto (BRASIL, 2012).
ACESSE:
Para conhecer o “Manual de orientação para alimentação 
escolar na educação infantil, ensino fundamental e ensino 
médio e na educação de jovens e adultos” na íntegra, 
acesse o link a seguir: https://bit.ly/30PHnES. 
Um estudo propondo atividades lúdicas de educação alimentar 
e nutricional foi aplicado para crianças de uma creche e pré-escola 
com o objetivo de promover o desenvolvimento de hábitos alimentares 
saudáveis em crianças de 2 e 6 anos. Foram desenvolvidas atividades 
como identificação dos sabores doce, azedo, amargo e salgado; descobrir 
Educação Infantil
https://bit.ly/30PHnES
26
os alimentos através dos sentidos; elaborar uma sopa de legumes; nomear 
e identificar alimentos; trazer de casa o seu alimento preferido; exercitar 
mastigação lenta, entre outras. O resultado desse estudo mostrou o 
interesse por parte das crianças e um processo de mudanças nos hábitos 
alimentares junto a família (MARIZ et al., 2015). 
Ao falar da alimentação das nossas crianças, não podemos esquecer 
do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um programa do 
Ministério da Educação (MEC). Um dos principais objetivos do programa é 
oferecer alimentos apropriados para atender as necessidades nutricionais 
do aluno durante o período escolar, além de contribuir para hábitos 
alimentares saudáveis durante toda a Educação Básica. 
ACESSE:
Para conhecer um pouco mais sobre o PNAE, assista ao 
vídeo a seguir: https://bit.ly/3rWgmLM.
Outro órgão importante é o Fundo das Nações Unidas para a Infância, 
mais conhecida como Unicef. Ele propõe 10 passos para a alimentação 
saudável nos dois primeiros anos de vida do bebê.
 • Passo 1 – Amamentação: o bebê deve ser alimentado somente 
com o leite materno até os 6 meses. Não há necessidade de 
outras bebidas como chás, sucos e até mesmo água;
 • Passo 2 – Não oferecer açúcar: nem mesmo mel ou melaço, pois 
o açúcar pode atrapalhar o aleitamento materno.O leite materno 
oferece todos os nutrientes que o bebê precisa, por isso que 
é importante que mãe tenha bons hábitos alimentares para a 
formação de hábitos alimentares;
 • Passo 3 – O sexto mês é o momento de novos hábitos alimentares: 
a partir desse mês o bebê irá conhecer novos alimentos como 
frutas e verduras até os 2 anos. Mês a mês deverá seguir as devidas 
orientações para a alimentação. Lembrando que a amamentação 
não deve ser interrompida até os 2 anos;
Educação Infantil
https://bit.ly/3rWgmLM
27
 • Passo 4 – A criança quando está com fome, come comida: o bebê 
deve comer quando tiver fome e o período de 2 horas sem comida 
e bebida é o tempo ideal para abrir o apetite dele. As refeições 
do almoço e jantar não devem ser substituídas por mingau ou 
biscoito;
 • Passo 5 – Ensinar a criança a mastigar: a mastigação é importante, 
pois ajuda a fortalecer as bochechas, a formação dos dentes e 
também para o desenvolvimento da fala. Por isso, é importante 
sempre oferecer para o bebê comidas espessas;
 • Passo 6 – Oferecer alimentos saudáveis: grãos, carnes, raízes, 
verduras e frutas, ou seja, feijão, arroz, batata, couve-flor, cenoura, 
beterraba, peixe, folhas verdes, entre outros. Lembrando que 
alimentos com excesso de sal, gorduras e açúcares não fazem 
bem para nenhuma pessoa, quem dirá para as crianças;
 • Passo 7 – Verduras, legumes e frutas: oferecer uma alimentação 
com diferentes cores e variar também na escolha dos alimentos 
para que o bebê possa ter um bom paladar e aproveitar todos 
os nutrientes necessários. Quando o bebê não gostar de algum 
alimento, não se preocupe e ofereça novamente;
 • Passo 8 – Antes dos 2 anos nada de refrigerantes, doces, biscoitos, 
salgadinhos, café: esses primeiros anos são fundamentais para o 
bem das crianças e dos seus hábitos alimentares, por isso o ideal 
é continuar não oferecendo mesmo depois dessa idade;
 • Passo 9 – Lavar bem as mãos, os alimentos e os utensílios: isso 
evita doenças e contaminações como a diarreia. A higiene é 
essencial para o bebê;
 • Passo 10 – Bebê ativo é um bebê saudável e feliz: deixar sempre 
perto do bebê e da criança um brinquedo para estimular as 
brincadeiras e seu desenvolvimento, levar para fazer passeios, 
estimular exercícios com bola, evitar a televisão, entre outros. E 
lembre-se, bebê acima do peso não é bebê saudável. Precisa ser 
acompanhado mês a mês. 
Educação Infantil
28
ACESSE:
A Unicef disponibilizou cartilhas para auxiliar na alimentação 
de crianças e adolescentes. Acesse-as pelos links a seguir: 
10 passos para alimentação e hábitos saudáveis: 
https://uni.cf/3eLOyWN.
COMER BEM E MELHOR: Dicas para promover alimentação 
saudável entre crianças e adolescentes: 
https://bit.ly/3vuLxjv.
RESUMINDO:
Uma criança bem alimentada e bem nutrida aprende com 
mais facilidade. Além disso, o trabalho com os alimentos 
também é uma ótima opção para o professor desenvolver 
atividades que estimulem as crianças a manterem hábitos 
saudáveis em sua alimentação.
Educação Infantil
https://uni.cf/3eLOyWN
https://bit.ly/3vuLxjv
29
Educação infantil x família
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, vamos ver a importância da relação da 
educação infantil com a família.
O importante papel que a família exerce juntamente com a escola é 
destacado na Política Nacional para Educação Infantil:
A educação infantil tem função diferenciada e complementar 
à ação da família, o que implica uma profunda, permanente e 
articulada comunicação entre elas. (BRASIL, 2006)
A relação escola, aluno e família é conhecida como o tripé que 
sustenta o processo de formação da criança. 
Outro documento que aborda o papel da família dentro do contexto 
educacional é o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil 
(RCNEI):
Constata-se que as famílias independentes da classe social 
a qual pertencem se organizam das mais diversas maneiras. 
Além da família nuclear que é constituída pelo pai, mãe e 
irmãos, proliferam hoje as famílias monoparentais, nas quais 
apenas a mãe ou o pai está presente. Existem, ainda, as 
famílias que se reconstruíram por meio de novos casamentos 
e possuem filhos advindos dessas relações. Há, também, as 
famílias extensas, comuns na história brasileira, nas quais 
convivem na mesma casa várias gerações e/ou pessoas 
ligadas por parentescos diversos. É possível ainda encontrar 
várias famílias para os arranjos familiares na atualidade. As 
crianças têm direito de serem criadas e educadas no seio de 
suas famílias. O Estatuto da Criança e do Adolescente reafirma, 
em seus termos, que a família é a primeira instituição social 
responsável pela efetivação dos direitos básicos das crianças. 
Cabe, portanto, às instituições sociais responsáveis pela 
Educação Infantil
30
efetivação dos direitos básicos das crianças. Cabe, portanto, 
às instituições estabelecerem um diálogo aberto com as 
famílias, considerando-as como parceiras e interlocutoras no 
processo educativo infantil. (BRASIL, 1998) 
Figura 5: Pais na escola
Fonte: Freepik
O RCNEI apresenta o que está contido no ECA sobre as diferentes 
constituições de família, traz que independentemente do seu formato, as 
crianças têm o direito de serem criadas junto a ela e incumbe as escolas 
de terem um bom relacionamento com a família de seus alunos. 
No entanto, essa boa relação entre família e escola nem sempre 
se dá de forma tranquila. Isso acontece pela falta de clareza sobre as 
obrigações de cada um no que se refere ao desenvolvimento da criança.
O RCNEI ainda relata que: 
[...] em muitas instituições que estas relações [familiares] têm 
sido conflituosas, baseadas numa concepção equivocada 
de que as famílias dificultam o processo de socialização e de 
aprendizagem das crianças. No caso das famílias de baixa ren-
da, por serem consideradas como portadoras de carências de 
toda ordem. No caso das famílias de maior poder aquisitivo, a 
crítica incide na relação afetiva estabelecida com as crianças. 
Esta concepção traduz um preconceito que gera ações discri-
minatórias, impedindo o diálogo. Muitas instituições que agem 
em funções deste tipo de preconceito têm procurado implantar 
programas que visam a instruir as famílias, especialmente as 
mães, sobre como educar e criar seus filhos dentro de um pa-
Educação Infantil
31
drão preestabelecido e considerado adequado. Essa ação, em 
geral moralizadora, tem por base o modelo da família idealiza-
da e tem sido responsável muito mais por um afastamento das 
duas instituições do que por um trabalho conjunto em prol da 
educação das crianças. (BRASIL, 1998)
Mas, afinal, qual o papel da escola e qual o papel da família nesse 
processo?
O envolvimento de ambos é fundamental para garantir o 
desenvolvimento integral das crianças de educação infantil, vamos 
conhecer um pouco do papel de cada um.
A família é considerada a primeira educadora da criança, responsável 
por ensinar valores morais e sociais e a forma como ela se vê enquanto 
sujeito (SZYMANZKI, 2003).
Dentro do contexto familiar podem ser desenvolvidas práticas que 
facilitarão o processo de aprendizagem quando essa criança ingressar na 
escola. 
EXEMPLO: Desenvolver hábitos de conversação, autonomia, lidar 
com as emoções, etc.
Dessa forma, a família passa a participar do processo educacional 
da criança realizando ações que geram grandes mudanças em seu 
comportamento e aprendizado.
Quando a criança ingressa na escola, a família deve continuar 
contribuindo para o desenvolvimento educacional do filho:
 • Mostrar interesse na rotina da criança na escola;
 • Valorizar as produções feitas pelas crianças na escola;
 • Valorizar o trabalho da escola.
A escola vem contribuir para a formação integral dos alunos nos 
fatores: 
 • Emocionais
 • Sociais;
Educação Infantil
32
 • Educacionais.
ACESSE:
Assista ao vídeo do YouTube sobre a influência da família na 
vida escolar das crianças. Disponível em: 
https://bit.ly/3eUitvQ.É importante que você compreenda que mesmo cada um tendo 
seu papel na formação da criança enquanto sujeito, a ação deve ser 
coletiva com a participação e o envolvimento de ambos (MARANHÃO, 
2004).
Muitos estudos já comprovaram que quanto maior o envolvimento 
família-escola, melhor o desempenho da criança. A escola tem a 
fundamental tarefa de organizar o ambiente escolar, com o objetivo de 
envolver pais e professores a colaborarem de forma ativa na educação das 
crianças. Dessa maneira, tanto os pais quanto os professores devem estar 
preparados para trabalhar conjuntamente para o pleno desenvolvimento 
das crianças (ARRIBAS, 2004).
Com o objetivo de aproximar a família da escola, alguns trabalhos 
nacionais e internacionais foram realizados para construir esse laço.
O Programa Internacional FAST (Família e Escola Juntas) tem obtido 
bons resultados com esse trabalho. Apesar de não ser voltado apenas 
para a educação infantil, vale a pena conhecer.
O objetivo do programa é construir conexões entre o ambiente 
escolar e familiar, criando uma comunidade envolvida na promoção do 
desenvolvimento integral das crianças. 
ACESSE:
Conheça mais sobre o FAST acessando o link a seguir: 
http://bit.ly/30PzlM9. Conheça também a proposta do 
programa, disponível em: https://bit.ly/2OIQwMV.
Educação Infantil
https://bit.ly/3eUitvQ
http://bit.ly/30PzlM9
https://bit.ly/2OIQwMV
33
RESUMINDO:
Neste capítulo, vimos a importância da família no 
desenvolvimento do aprendizado da criança baseado 
no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil 
(RCNEI), além de conhecermos o Programa Internacional 
FAST. Assim, concluímos que enquanto professores 
devemos investir nesse bom relacionamento com a família 
de nossos alunos. 
Educação Infantil
34
Estado da arte e tendências para a 
Educação Infantil
INTRODUÇÃO:
Chegamos ao último capítulo e, ao longo do nosso 
estudo, vimos a criança em seu desenvolvimento desde o 
momento em que era vista como um adulto em miniatura 
e como passou ser respeitada em sociedade. Tivemos 
muitos pesquisadores que contribuíram com suas teorias 
e ajudaram muitas famílias e educadores para a educação 
e formação delas. Neste tópico vamos ver quais são as 
tendências para a educação daqui para frente.
Sabemos que a Educação Infantil não é apenas um lugar para 
cuidados básicos de alimentação e higiene, pelo contrário, outros 
aspectos envolvem os cuidados e a educação, como a afetividade. 
É considerado um período muito importante para a formação 
da criança, pois contribui no seu desenvolvimento emocional, físico, 
cognitivo, social, ético e afetivo. Momento também de descobrimento de 
mundo e inserção na vida social. Porém, é muito importante que a escola 
respeite a individualidade de cada aluno, pois cada um tem seu perfil de 
aprendizagem. 
Figura 6: Tendências nas brincadeiras infantis
.
Fonte: Pixabay
Educação Infantil
35
Atualmente, muitos estudiosos continuam se dedicando a essa área 
e com isso trazer novas tendências. A seguir, vamos apresentar algumas 
delas baseadas nas discussões atuais. 
Práticas pedagógicas da educação infantil 
baseadas em evidências científicas
Na década de 80 a medicina foi a área que inicialmente discutiu a 
prática baseada em evidências e consequentemente influenciou outras 
áreas até chegar na educação (ORSATI et al., 2015). 
Figura 7: Evidências científicas na educação infantil
Fonte: Pixabay
A educação baseada nas evidências descreve os conhecimentos a 
partir dos resultados de pesquisas científicas para respaldar e orientar boas 
práticas para a educação. Essas práticas proporcionam aos profissionais 
envolvidos identificar com mais clareza as melhores estratégias para 
seus alunos, com embasamento e comprovação científica. Porém, essas 
pesquisas precisam de uma condução com rigor metodológico para ter 
eficácia e esse caminho não é assim tão simples (ORSATI et al., 2015). 
Diferentemente, mas não menos importante, as discussões 
realizadas a partir das práticas em sala de aula podem mostrar opiniões 
diferentes em relação às estratégias utilizadas com os alunos. 
Se eu perguntar: “quais habilidades você acredita que influenciam 
no sucesso acadêmico do aluno e que poderiam ser estimuladas na sala 
Educação Infantil
36
de aula?”, provavelmente eu terei diferentes opiniões, pois cada leitor vai 
responder com base nos seus conhecimentos e experiências (ORSATI et 
al., 2015). 
Todas essas respostas resultariam em variadas opiniões, porém não 
em evidências. Pode ser que algumas delas poderiam ser eficazes em um 
contexto e outras não, dificultando o processo de aprendizagem (ORSATI 
et al., 2015). 
A realidade escolar, na maioria das vezes, é influenciada por essas 
diversas opiniões de aprendizagem, tanto de professores como de 
seus gestores e isso pode ser decorrente de vários motivos: diferentes 
formações, experiências e o ambiente em que os educadores atuam. As 
práticas baseadas em evidências colaboram para o desenvolvimento dos 
alunos. Assim, os professores podem atribuir na sua prática propostas 
que comprovadas resultam em melhores resultados para os seus alunos 
(ORSATI et al., 2015). 
ACESSE:
Para saber um pouco mais sobre a importância dessa 
prática, assista a nossa sugestão de vídeo: 
https://bit.ly/2OXxUsy.
Neurociências e a aprendizagem: linguagem, 
cognição na Educação Infantil
As crianças, ao entrarem na escola de Educação Infantil, já 
apresentam diferenças em suas habilidades e conhecimentos, 
influenciados pelas crenças familiares, situação socioeconômica e 
cultural (SARGIANI; MALUF, 2018).
No contexto socioeconômico, as crianças de classes baixas, por 
suas situações mais escassas, não só na alimentação, saúde e higiene, 
mas também em questões culturais como o contato com livros, tendem a 
ter prejuízos no desenvolvimento da linguagem (SARGIANI; MALUF, 2018). 
Educação Infantil
https://bit.ly/2OXxUsy
37
O desenvolvimento do vocabulário nos primeiros anos contribui, 
posteriormente, para a fase de alfabetização. Assim, cada estrutura 
familiar influencia nesse processo de acordo com a frequência de 
conversas e interações com a crianças. Filhos que interagem mais com 
seus pais tendem a ter melhor desenvolvimento de vocabulário do que a 
situação oposta. Estudos apontam que as crianças de classe social baixa 
tendem a escutar menos palavras que crianças de família de classe média 
ou superior, influenciando, assim, o vocabulário oral dessas crianças na 
escolarização (HART; RISLEY, 2003). 
Figura 8: Desenvolvimento do vocabulário com a família
Fonte: Pixabay
As crianças, ao longo dos seus 6 primeiros anos, aprendem 
habilidades importantíssimas para o seu aprendizado, as quais influenciam 
na sua vida escolar: cognitivas e de linguagem. O desenvolvimento 
cerebral acontece nesse processo juntamente com as vivências 
influenciadas pelos ambientes e principalmente os estímulos linguísticos 
que contribuem para a área específica do cérebro responsável pela 
linguagem. Assim, as crianças da educação infantil, com seus diferentes 
perfis de aprendizagem, podem apresentar limitações ou não nos anos 
posteriores (SARGIANI; MALUF, 2018).
As crianças quando pequenas ao apresentarem melhores 
habilidades na linguagem oral e inicias da linguagem escrita, tendem 
Educação Infantil
38
a ter melhor desempenho durante a aprendizagem da leitura e escrita. 
Oferecer para essas crianças programas durante a Educação Infantil pode 
auxiliar nesse processo e garantir uma educação de qualidade (SARGIANI; 
MALUF, 2018).
Muitas discussões acontecem em torno do ensino para Educação 
Infantil referente ao brincar e às vivências, outras linhas mostram a 
possibilidade de inserir propostas que possam garantir o desenvolvimento 
das habilidades para os anos seguintes da alfabetização, sem perder a 
ludicidade e baseadas em evidências (SARGIANI; MALUF, 2018).
ACESSE:
Para saber um pouco mais sobreessa forma lúdica de 
trabalhar na educação infantil assista a nossa sugestão de 
vídeo: https://bit.ly/3bPuHUJ.
Muitas pesquisas na área da leitura e escrita desde os anos 1970 
promoveram a criação da Ciência da Leitura. Essa ciência se constitui a 
partir de evidências científicas em torno de como ensinar e como aprender 
a leitura e escrita vindo de teorias voltadas da psicologia cognitiva que 
têm como embasamento científico os processos psicológicos como 
linguagem, memória, atenção e raciocínio essenciais para a aprendizagem 
a partir da neurociência cognitiva (SARGIANI; MALUF, 2018, MALUF, 2015; 
MALUF & CARDOSO-MARTINS, 2013).
As evidências da Ciência da Leitura mostram as alterações 
causadas no cérebro e na cognição com a aprendizagem da leitura e 
escrita, viabilizando novos meios para assimilar novos conhecimentos e 
processar as informações (SARGIANI; MALUF, 2018).
 
ACESSE:
Para saber mais sobre as definições de neurociência e 
neurociência cognitiva assista ao vídeo: 
https://bit.ly/2OEgotq.
Educação Infantil
https://bit.ly/3bPuHUJ
https://bit.ly/2OEgotq
39
Funções executivas
Funções executivas (FE) é um termo muito comum na 
neuropsicologia e, aos poucos, está se aproximando da área educacional, 
pois seus estudos estão mostrando sua relação com a aprendizagem e 
a importância na Educação Infantil. Mas antes de falar mais sobre isso, 
vamos entender o que significa esse termo.
As funções executivas são o conjunto de habilidades, dos 
processos cognitivos e metacognitivos do indivíduo que influencia no seu 
autocontrole e autorregulação de comportamentos e pensamentos para 
estabelecer e alcançar suas metas e seus objetivos (DIAMOND, 2013).
Muitos são os estudos e discussões sobre o tema, porém o modelo 
mais aceito e utilizado na literatura define três habilidades principais: 
1. Memória de trabalho: é a habilidade capaz de receber e manipular 
as informações mentais.
2. Controle inibitório: habilidade capaz de inibir distratores e 
comportamentos impróprios.
3. Flexibilidade cognitiva: é a habilidade em se adaptar a imprevistos 
e diferentes ambientes, agindo assim conforme as exigências. 
Outras habilidades também presentes nas funções executivas são 
o planejamento e a tomada de decisões (DIAMOND, 2013). 
ACESSE:
Para entender mais o significado de funções executivas 
assista ao vídeo a seguir: https://bit.ly/2OwyTA7.
Pensando no ambiente escolar, muitas tarefas no dia a dia, desde 
conteúdos sobre a área da linguagem oral e escrita e o raciocínio até os 
voltados para a organização do material, compreensão e cumprimento 
das regras e em sala de aula, entrega de atividades, manejo de tempo, 
Educação Infantil
https://bit.ly/2OwyTA7
40
entre outras, têm grande influência no desempenho acadêmico dos 
alunos e todas elas demandam funções executivas (MELTER, 2010). 
A pesquisadora Pazeto (2016), em sua pesquisa de doutorado, 
mostrou que as habilidades de funções executivas junto com a linguagem 
oral e as habilidades iniciais de leitura escrita na Educação Infantil 
influenciam no desempenho acadêmico da leitura e escrita para o Ensino 
Fundamental. Outro estudo realizado anteriormente por León (2015), em 
seu mestrado, corrobora com esses resultados. 
As autoras Dias e Seabra (2013) publicaram o primeiro programa 
de intervenção em autorregulação e funções executivas (Piafex) no Brasil 
para a sala de aula. 
ACESSE:
Para aprender mais sobre as funções executivas e a sua 
influência na aprendizagem durante a educação infantil, 
assista ao vídeo: https://bit.ly/2P4I7U8.
Método fônico
Outra proposta baseada em evidências é o método fônico para 
alfabetização, que pode ser estimulado na Educação Infantil. Quando 
se fala estimular, não é alfabetizar antes do primeiro ano, mas propor 
atividades para preparar as habilidades prévias da alfabetização. Ou seja, 
a criança recebe um suporte para que as habilidades que ela precisa 
para leitura e escrita sejam desenvolvidas no momento certo da sua 
aprendizagem (SEABRA; CAPOVILLA, 2010). 
E quais seriam essas habilidades prévias? A Linguagem oral e a 
consciência fonológica. 
Na linguagem oral temos o vocabulário, o contato com diferentes 
tipos de textos através da contação de histórias, que podem ser 
estimulados pelo professor sem ter as atividades escritas. Essa habilidade 
Educação Infantil
https://bit.ly/2P4I7U8
41
futuramente vai auxiliar na compreensão de texto durante a leitura 
(SEABRA; CAPOVILLA, 2010).
A consciência fonológica é a capacidade de manipular os sons da 
nossa língua através de rimas, aliteração e segmentação, por exemplo. 
Ao manipular os sons, a criança percebe que a nossa fala não é contínua 
e pode ser quebrada em palavras, sílabas e fonemas. Pode estimular a 
consciência fonológica através de brincadeiras com músicas ou cartas 
(SEABRA; CAPOVILLA, 2010).
ACESSE:
Para saber um pouco mais sobre a estimulação dessas 
habilidades para alfabetização, assista ao vídeo a seguir: 
https://bit.ly/3lmGzRj.
Mindfulness
Provavelmente você deve estar escutando muito sobre o termo 
mindfulness e o quanto essa prática pode trazer benefícios a longo prazo 
para a qualidade de vida de todo ser humano. Além disso, essa tendência 
está chegando nas escolas. Mas o que seria o mindfulness?
O termo mindfulness significa atenção plena e tem como objetivo 
aprender a se concentrar e se conectar no presente sem lembranças do 
passado e pensamentos do futuro através da meditação. Portanto, essa 
prática propõe que as pessoas possam alcançar a atenção plena para o 
momento que se encontra e aprendam a lidar com seus pensamentos 
e sentimentos sem julgamentos (KABAT-ZINN, 1990). O mesmo autor 
propõe algumas atitudes em suas práticas como: o não julgamento, a 
paciência, a confiança, a perda, a aceitação, a gratidão e a generosidade.
O praticante aprende a lidar com sentimentos como a raiva por uma 
pessoa da qual gosta muito ou algum medo que sente, pensamentos não 
aceitos por outras pessoas e ansiedade por conta de uma situação que está 
para acontecer (KABAT-ZINN, 1990). 
Educação Infantil
https://bit.ly/3lmGzRj
42
Figura 9: Meditação infantil
Fonte: Pixabay
Com o mindfulness, podemos aprender uma nova maneira 
de lidar com os nossos sentimentos, pensamentos e emoções sem 
necessariamente mudar, eliminar ou lutar contra eles, pois podemos 
mudar o foco. Assim, desviando a atenção e aprendendo uma forma 
melhor de nos relacionar com nós mesmos e consequentemente nos 
ajudar a lidar com o que se passa ao nosso redor (SANCHES, 2016). ..............
O mindfulness chegou no mundo da educação por Kabat-Zinn, em 
1997, discutindo como o mindfulness pode contribuir para a relação dos 
pais com seus filhos. No momento, outras publicações como Educar com 
mindfulness, de Mikaela Oven (2015), e Mindulness para pais, de Laura 
Sanches (2016), propõe aos pais e educadores práticas para a construção 
de relações saudáveis (NUNES, 2018). 
Um estudo realizado por Nunes (2018) sobre a prática de mindfulness 
na educação pré-escolar, mesmo com algumas limitações e dificuldades, 
conclui que essa prática pode contribuir para o nosso sistema de educação, 
pois pode ajudar na formação das nossas crianças a se tornarem mais 
confiantes, conscientes de seus pensamentos e emoções.
Educação Infantil
43
ACESSE:
Para saber um pouco sobre a prática mindfulness no 
ambiente escolar e sua relação com a neurociências, 
acesse o site a seguir: https://bit.ly/3vA0KQz.
Escolas bilíngues
Você já deve ter reparado que o número de escolas bilíngues tem 
aumentado nos últimos tempos. O ensino bilíngue sempre foi muito 
discutido sobre suas vantagens e desvantagens. Porém, atualmente essa 
modalidade de ensino tem sido alvo de muitas famílias para a formação 
de seus filhos.
O dicionário Oxford define bilíngue como: sujeito capaz de falar dois 
idiomas simultaneamente bem porque as utiliza desde muito novo. 
Segundo a ABEBI(Associação Brasileira do Ensino Bilíngue), é 
na infância o melhor momento para aprendizagem de uma segunda 
língua, pois o cérebro está aberto a novos conhecimentos e o seu 
desenvolvimento é rápido. Também, muitas pesquisas sugerem que as 
crianças não se confundem e que diferenciam o momento certo em que 
vão utilizar cada língua.
Um ensaio realizado por Nobre e Hodges (2010) mostrou que o 
bilinguismo não oferece danos ao desenvolvimento cognitivo da criança 
e nem perdas durante a aprendizagem da escrita. 
ACESSE:
Existe uma Associação Brasileira do Ensino Bilíngue 
(ABEBI). Para conhecer mais sobre essa tendência e 
entender melhor os fundamentos dessa proposta, 
acesse o site a seguir: http://bit.ly/3qNqJAk. 
Educação Infantil
https://bit.ly/3vA0KQz
http://bit.ly/3qNqJAk
44
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um dos assuntos 
muito discutidos atualmente, visto que as escolas precisam se adaptar ao 
novo planejamento curricular de ensino. 
A BNCC é um documento normativo que descreve quais são as 
aprendizagens específicas que todos os alunos precisam desenvolver em 
cada etapa da Educação Básica. Foi criada com o objetivo propor uma 
educação de qualidade de acordo com direito dos alunos.
A Base vai guiar a nova formulação dos currículos, dos sistemas e 
das escolas de todo o país, mostrando as competências e habilidades 
que são esperadas para que os alunos se desenvolvam ao longo da vida 
acadêmica (BRASIL, 2017). O novo documento está organizado pela BNCC 
assim:
Textos introdutórios (geral, por etapa e por área);
Competências gerais que os alunos devem desenvolver ao lon-
go de todas as etapas da Educação Básica;
Competências específicas  de cada área do conhecimento e 
dos componentes curriculares;
Direitos de Aprendizagem ou 
Habilidades  relativas a diversos objetos de conhecimento 
(conteúdos, conceitos e processos) que os alunos devem 
desenvolver em cada etapa da Educação Básica — da 
Educação Infantil ao Ensino Médio. (BRASIL, 2017)
O novo documento propõe os direitos de aprendizagem e 
desenvolvimento na Educação Infantil com as seguintes etapas descritas 
resumidamente:
Conviver com outras crianças e adultos;
Brincar  diariamente de formas variadas em diferentes 
ambientes com as crianças e adultos; 
Educação Infantil
45
Participar  ativamente dos planejamentos e atividades, com 
adultos e outras crianças;
Explorar todas as diversas formas de aprendizagem por mo-
vimentos, sons, texturas, cores, palavras, emoções, transfor-
mações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da 
natureza, entre outros. 
Expressar suas opiniões, pensamento e emoções por meio de 
diferentes linguagens.
Conhecer-se  e construir sua identidade pessoal, social e 
cultural. (BRASIL, 2017)
ACESSE:
Está disponível no site da BNCC o documento completo, 
planilhas e materiais de apoio e todas as orientações para 
os educadores e profissionais envolvidos nesse processo. 
Acesse em: http://bit.ly/2Qg4Xc1. 
Educação socioemocional
Ao ingressarem na escola com habilidades socioemocionais pre-
judicadas, as crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem. 
Porém, muitos professores dizem que não estão capacitados para auxiliar 
seus alunos a desenvolver essas habilidades. Por isso, é importante dar 
atenção para todos os profissionais envolvidos com a educação, para que 
possam compreender o desenvolvimento do aluno, porém não é uma 
ação fácil em nosso país (COLAGROSSI; VASSIMON, 2017).
Você sabia que as habilidades socioemocionais podem ser ensinadas 
e aprendidas para os alunos? Pois é, o ensino dessas habilidades pode 
ser considerado uma das estratégias mais relevantes para promover aos 
alunos uma formação acadêmica e as devidas reformas escolares. Muitas 
pesquisas mostram que a aprendizagem socioemocional contribui para 
que os alunos melhorem suas relações sociais, diminuindo os conflitos, 
Educação Infantil
http://bit.ly/2Qg4Xc1
46
melhorando a disciplina em sala de aula, auxiliando no desenvolvimento 
da autorregulação e melhorando resultados acadêmicos ao longo da vida 
(COLAGROSSI; VASSIMON, 2017).
Casel (2019), em seus estudos, propõe as habilidades 
socioemocionais que devem ser ensinadas: autoconhecimento, 
reconhecer as próprias emoções e pensamentos; autorregulação, poder 
regular em diversas situações as próprias emoções, pensamentos e 
comportamentos; relacionamento pessoal, saber como estabelecer e 
manter relacionamentos saudáveis; consciência social, entender a visão 
da outra pessoa e mostrar empatia; tomada de decisões, conseguir fazer 
escolhas próprias e em suas interações sociais. 
Os adultos também fazem parte desse processo. Tanto educadores 
como os pais precisam estar juntos e acompanhar suas crianças. Outro 
fator importante é o equilíbrio das áreas social, cognitiva e emocional 
(MCCOY, 2017). 
As pesquisas mostram a importância do papel dos adultos na 
relação com as crianças na primeira infância. As estratégias utilizadas 
pelos professores têm muita importância para o vínculo com as crianças 
e suas famílias, pois podem influenciar as habilidades socioemocionais 
por toda a vida delas. A família é essencial para dar continuidade no 
processo, assim, permitindo que as crianças deem continuidade ao que 
foi aprendido na escola (COLAGROSSI; VASSIMON, 2017).
Com as novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), todas as escolas brasileiras a partir de 2020 terão que incluir 
as habilidades socioemocionais nos seus currículos. Assim, todos os 
programas escolares deverão ser adaptados e seus professores devem 
estar capacitados para assumir esse papel (Revista Educação, 2018). 
Educação Infantil
47
ACESSE:
Já existem alguns programas preparados para atender as 
escolas para o cumprimento da nova lei como Nuvem 9 
Brasil, Líder em Mim, Programa Liv, Amigavelmente, entre 
outros. Caso queira saber mais, acesse os respectivos links: 
http://bit.ly/3qPtktn; 
https://bit.ly/3lnrhLY; 
https://bit.ly/30O0K1d; 
https://bit.ly/3rZfvdm. 
Chegamos ao final do nosso curso. Diante de um momento com 
tantas informações, como nós educadores devemos nos preparar frente 
a tantas mudanças? Cabe a nós seguirmos em busca de estudos e 
aperfeiçoamento para contribuir com o futuro de nossas crianças. 
RESUMINDO:
Neste capítulo, vimos que neurociência é o estudo do 
sistema nervoso e a neurociência cognitiva é o estudo da 
memória, linguagem, atenção e pensamento que são as 
habilidades básicas para a aprendizagem, ou seja, é o estudo 
de como se aprende. Estudamos as práticas pedagógicas 
da educação infantil baseadas em evidências científicas. 
Vimos o que são escolas bilíngues e a importância da 
educação socioemocional para a aprendizagem da criança.
Educação Infantil
http://bit.ly/3qPtktn
https://bit.ly/3lnrhLY
https://bit.ly/30O0K1d
https://bit.ly/3rZfvdm
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http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/nucleos-interdisciplinares/nuprevi/documentos/alimentacao-escolar-na-educacao-infantil-saberes-e-saboreshttps://www.unicef.org/brazil/media/1081/file
Analice Oliveira Fragoso
Educação Infantil
	O papel do professor na Educação Infantil
	Educar x cuidar
	A identidade do professor na Educação Infantil
	Trabalhando a linguagem na Educação Infantil
	O ensino da matemática na Educação Infantil 
	A arte na Educação Infantil
	Aspectos nutricionais e culturais na Educação Infantil
	Educação infantil x família
	Estado da arte e tendências para a Educação Infantil
	Práticas pedagógicas da educação infantil baseadas em evidências científicas
	Neurociências e a aprendizagem: linguagem, cognição na Educação Infantil
	Funções executivas
	Método fônico
	Mindfulness
	Escolas bilíngues
	Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
	Educação socioemocional

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