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Processo civil.técnico dos tribunais aula 1 e 2- Damásio

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CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
Disciplina: Direito Processual Penal | Professor: Fábio Nunes 
Aula: 01 e 02 | Data: 23/07/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
Emenda da aula 
1. Inquérito Policial 
2. Ação Penal 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Inquérito Policial 
 Conceito 
É um procedimento administrativo, meramente investigatório através do qual a policia judiciária vai investigar 
autoria, materialidade e as circunstâncias do crime para que a acusação possa formar um juízo de valor quanto a 
propositura ou não de uma ação penal. 
O inquérito em regra não serve de prova para o processo pois sua realização tem como finalidade servir de 
base para uma acusação, a polícia judiciária é responsável pelo inquérito policial. 
 
 Polícia Judiciária X Polícia Administrativa 
 Polícia Judiciária é a polícia civil também chamada de polícia sem farda, pois ela atua após a prática 
de delituosa investigando crimes; 
 Polícia Administrativa é a polícia militar e bombeiro militar também conhecidos como polícia fardada 
que atua antes da prática delitiva com a finalidade de prevenir crimes. 
 Inquérito Extrapolicial 
O inquérito policial não é a única fonte para investigação de crimes (art. 4, parágrafo único) esse artigo prevê 
a possibilidade de existência de inquéritos extrapoliciais desde que realizados por autoridades administrativas 
expressamente autorizadas por lei. Ex: CPI. 
 
 Características 
a) Escrito: é um procedimento integralmente escrito, sendo que no caso de uma prova produzida oralmente, 
deverá esta ser reduzida a termo. 
b) Sigiloso: em regra é sigiloso para resguardar uma investigação. Exceção é que esse sigilo não se estende ao 
Juiz, ao MP e ao advogado do indiciado. 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
c) Oficialidade: deve ser presidido por autoridades públicas, ou seja, por órgãos oficiais do Estado. 
d) Oficiosidade: como a função de investigar é inerente ao poder público, sempre que houver a prática de um 
crime, a autoridade policial deverá iniciar o inquérito de oficio. 
e) Indisponibilidade uma vez instaurada o I.P este será indisponível ou seja a autoridade policial não pode 
arquiva-lo. Dispensável: a acusação pode propor uma ação penal desde que possua elementos mínimos 
dispensando o inquérito; 
f) Valor probatório: valor relativo, ou seja, não serve para fundamentar uma condenação. Exceção é que 
algumas provas produzidas na fase do I.P podem assumir valor probatório para uma futura condenação em 
juízo. Ex: provas periciais. 
g) Inquisitivo: não existe contraditório e nem ampla defesa, pois é um procedimento presidido e conduzido 
exclusivamente pelo delegado de polícia. 
h) Vícios: O I.P como não possui valor probatório relativo, eventuais vícios na fase do inquérito não 
repercutem no processo ocorrido. 
i) Incomunicabilidade (art. 21, CPP) A incomunicabilidade do preso não foi recepcionada pela CF/88. 
 
 Noticia crime “notitia criminis” 
 Conceito 
É o conjunto de informações decorrentes de uma prática delituosa que chegam até a autoridade policial através 
de terceiros ou em razão as sua própria atividade. 
 
 Espécies 
Notitia criminis de cognição direta ou imediata: é aquela em que a noticia da infração penal chega até a 
autoridade policial através de suas atividades investigativas. Ex: Durante uma diligência o policial encontra o corpo 
de uma vítima de homicídio. 
Notitia criminis de cognição indireta ou mediata: é aquela em que a noticia do crime chega até a autoridade 
policial através de terceiros de uma autoridade publica ou da própria vítima. 
Notitia criminis de cognição coercitiva: é a noticia que chega até a autoridade policial através de uma prisão 
em flagrante. 
 
 Formas de instauração do Inquérito 
a) Ofício: São instaurados de ofício através de uma portaria pelo delegado; 
b) Requisição da autoridade judiciária ou do MP: é a ordem do juiz ou ministério público; 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
c) “Delatio Criminis”: manifestação de vontade da vítima; 
d) Representação do ofendido ou representação legal: ação civil publica penal condicionada. 
e) Requisição do Ministro da Justiça. 
 
 Providências para a investigação 
O delegado de polícia é o presidente do inquérito bem como responsável por sua condução. No art. 6° do CPP 
encontramos várias providencias que podem ser tomadas pelo delegado de acordo com sua discricionariedade. 
Não existe uma sequência obrigatória de atos a serem praticados no inquérito. 
a) Obrigatória: O delegado deverá dirigir-se ao local do crime para preservar o estado das coisas, até a 
chegada da perícia. Exceção: art. 1°, lei 5970/73 em se tratando de crimes de trânsito a autoridade poderá autorizar 
a liberação do local do crime mesmo antes da chegada da perícia. 
b) Facultativas: busca e apreensão, oitiva do ofendido, oitiva do indiciado, reconhecimento de pessoas e 
coisas, exame de corpo de delito, etc. 
 
 Indiciamento 
Conceito 
É um procedimento formal através do qual a autoridade policial de forma fundamentada atribui ao suspeito a 
autoria da infração penal. 
a) Indiciamento do menor 
Não existe mais o indiciamento do menor, pois em razão do novo Código Civil que diminuiu a maioridade civil 
para 18 anos, a pessoa com 18 anos passa a ser absolutamente capaz não mais sendo exigida a figura do curador. 
b) Encerramento do Inquérito Policial (art. 10, §1° e 2°, CPP). 
Concluídas as providências a serem tomadas pela autoridade policial, fará o delegado um relatório 
circunstanciado de tudo quanto foi investigado no inquérito. 
 
 Prazo do inquérito policial (art. 10, caput, CPP). 
Prazo normal: 10 dias, se indiciado estiver preso e 
 20 dias se estiver solto. 
Prazos especiais: 
a) Lei 11343/06 art. 51, caput e parágrafo único (Lei de tóxicos) - 90 dias se estiver solto e 30 dias se estiver 
preso; 
b) Lei 5.010/66 art. 66 (Crime federal): 15 dias se preso e 30 dias se solto; 
 
 
CARREIRAS PÚBLICAS 
Damásio Educacional 
TÉCNICO DOS TRIBUNAIS 
 
c) Lei 1.521/51 art. 10, § 1° (Crime contra ordem econômica) – 10 dias preso ou solto. 
 
 Arquivamento do inquérito policial (art. 28,CPP) 
Encerrado o I.P esse será remetido ao juízo, se o crime objeto de investigação for de ação penal pública será 
enviado para o Ministério Público e se for ação penal privado vai para o ofendido. 
O arquivamento do I.P ocorre em regra nos crimes de ação penal publica, pois na ação privada basta deixar o 
prazo correr quando haverá decadência. 
Nas ações públicas não havendo indícios de autoria e de materialidade o MP poderá representar pelo 
arquivamento do inquérito perante a autoridade judiciária. 
 
 Desarquivamento do inquérito policial 
Se o crime ainda não estiver prescrito, desde que surjam novas provas para investigação. 
 
2. Ação Penal 
É o instrumento através do qual o Estado administração pede ao Estado juiz a aplicação de uma pena a um caso 
concreto considerado infração penal. 
 Espécies (art. 100, CP) 
 Ação penal pública incondicionada – REGRA 
 Ação penal pública condicionada 
 Ação penal privada 
 Ação penal privada subsidiária 
Em regra as ações penais serão públicas incondicionadas, serão públicas condicionadas ou privadas quando 
houver expressa disposição legal.

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