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Exemplo A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar são bons exemplos de órgãos policiais que atuam naquela fase. Há também a atuação repressiva, destinada a investigar delitos, de sorte que suas atuações ocorrem após a infração penal. A Polícia Civil e a Polícia Federal são bons exemplos desse tipo de atuação. Essa divisão hoje não é mais estanque, porque se percebeu que as duas fases estão interconectadas, já que a atuação na fase preventiva pode repercutir na fase repressiva e vice-versa. Por exemplo: informações que a PM obtém durante o patrulhamento podem ajudar a esclarecer crimes já ocorridos, assim como conhecimentos adquiridos pela Polícia Civil sobre o modo como determinados crimes estão ocorrendo podem auxiliar o patrulhamento preventivo da Polícia Militar. De qualquer forma, essa divisão em ciclos é didática e pode auxiliar você na compreensão da matéria, mas lembrando que atualmente os órgãos que atuam na fase preventiva têm reservado uma parte de seus integrantes para atuar na fase repressiva e vice-versa. Assim, podemos agrupar em três categorias os tipos de polícia de acordo com suas atividades preponderantes: polícia de segurança, administrativa e judiciária. 1 Polícia Administrativa: Polícia Aduaneira e Polícia Rodoviária. Tem caráter preventivo, e o objetivo é impedir aprática de atos lesivos a bens individuais e coletivos; (CAPEZ, 2019) 2 Polícia de Segurança: Polícia Militar. É uma polícia preventiva que existe para inibir a criminalidade. Tem a função precípua de evitar a ocorrência de delitos e intervir de imediato para fazer cessá-la. O policiamento ostensivo, armado, tem como uma das características marcantes a discricionariedade, ou seja, o poder de intervir no momento dos conflitos sem pedir autorização a ninguém (juiz). Quando a polícia de segurança não consegue evitar a ocorrência do delito, entra em cena a Polícia Civil, que é judiciária; 3 Polícia Judiciária: Polícia Civil e Polícia Federal. Tem a função de investigar de forma circunstanciada,esclarecendo o fato criminoso. Essa investigação é feita por inquérito policial. Conforme o caput do Art. 144 da CF, a segurança pública é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos. Seu objetivo é preservar a ordem pública e a incolumidade (segurança) das pessoas e do patrimônio que não tangem à competência da União. Para satisfazê-lo, é necessária a atuação de diversos órgãos, evitando-se a prática de infrações penais (preventivo) ou reprimindo aquelas já praticadas (repressivo). Essa atividade, vista de forma global, desde a preocupação com a prevenção até a investigação e o esclarecimento dos delitos, chama-se ciclo completo de polícia. De outro lado, como você já aprendeu, uma vez praticado um delito por alguém, nasce ao Estado o direito de punir aquele fato. A isso chamamos de pretensão punitiva. Mas, para que o exercício dessa pretensão punitiva seja legítimo, é preciso observar as regras do jogo (Direito Processual Penal). Comentário Então, é necessário, antes que haja uma investigação sobre o fato, colher provas mínimas que autorizem a propositura de uma ação penal contra o suspeito e, ao fim, comprovada a culpa dele, haverá uma condenação. Esse é o chamado ciclo de persecução penal, que envolve todos os sujeitos processuais já mencionados na nossa aula anterior (autoridade policial, acusação, defensor, juiz e réu). Logo, as ações policiais e o ciclo de polícia estão ligados à persecução penal. Esta envolve diversos órgãos, sejam eles o Ministério Público, a Defensoria Pública, a justiça etc. Tem seu início a partir das atividades de polícia, prevenindo e reprimindo o crime antes de o Ministério Público tomar seu lugar no cenário. É certo que muitas vezes a lei permite que um caso criminal seja solucionado sem observância daquele ciclo de persecução penal. Em determinados tipos de infrações penais, normalmente aqueles de menor gravidade (seja em razão da quantidade da pena ou por características do delito, por exemplo, sem violência ou grave ameaça) e quando características pessoais do suspeito permitirem (sem antecedentes criminais ou sem personalidade voltada ao crime, por exemplo), a lei admite a chamada justiça penal negociada. Ou seja, uma espécie de acordo entre o Ministério Público e o suspeito, no qual este cumpre determinadas condições e, em troca, pode deixar de ser processado (Art. 76 da Lei 9.099/95 e 28-A, §2º do CPP) ou ter seu processo suspenso com posterior extinção do direito de punir do Estado, caso o acordo seja cumprido (Art. 89 da Lei 9.099/95). De qualquer modo, não deixa de ser uma forma autorizada pelo Estado para solucionar o problema gerado com a prática do delito, de sorte que também devem compor o chamado ciclo de persecução penal. Investigação Criminal e Inquérito Policial A investigação criminal pode ser entendida como um procedimento destinado ao esclarecimento de um fato criminoso, sua autoria e circunstâncias em que foi praticado. O procedimento que mais conhecemos é o inquérito policial, mas ele não é o único. A conhecida Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI também pode ser uma forma de investigação criminal quando o seu objeto for um fato criminoso, assim como um procedimento administrativo fiscal aberto para investigar sonegação fiscal e também os chamados Procedimentos de Investigação Criminal - PIC instaurados pelo MP para investigar alguns delitos. Então, podemos dizer que esses instrumentos investigativos podem ser agrupados no conceito de fase de investigação preliminar ou fase pré-processual, pois antecedem a ação penal e podem servir para subsidiá-la. Por ser o mais recorrente e também por ser uma fonte inspiradora dos demais, o inquérito policial merece sua especial atenção. Ele tem previsão nos artigos 4º a 23 do CPP, podendo ser conceituado como: Procedimento administrativo inquisitório e preparatório consistente em um conjunto de diligências realizadas pela polícia investigativa para apuração da infração penal e de sua autoria, presidido pela autoridade policial a �m de fornecer elementos de informação para que o titular da ação penal possa ingressar em juízo.” - ANTUNES; MISAKA, 2020, p. 204 Desse conceito, podemos extrair as principais características do inquérito policial: Clique nos botões para ver as informações. é um instrumento de investigação preliminar para esclarecer o fato criminoso e sua autoria, evitando-se também acusações infundadas (sem o mínimo de provas); Instrumental embora importante, desde que o autor da ação penal já reúna elementos de prova mínimos da existência de um delito e da sua autoria, ele não precisa se basear em um inquérito policial. Este será indispensável quando for necessário esclarecer-se o fato criminoso e sua autoria antes da propositura da ação penal; Dispensável na forma do Art. 20 do CPP, a autoridade irá assegurar no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Muitas vezes, o sigilo é essencial para esclarecer os fatos, evitando-se por exemplo que o suspeito tome medidas para dissipar provas importantes. E quem pode ter acesso ao inquérito? Os agentes policiais que nele estão atuando, o Ministério Público e o juiz. E o suspeito? Devemos lembrar a súmula vinculante nº 14 do STF: Pelo teor da súmula, o suspeito e seu advogado podem saber o conteúdo das provas já produzidas no inquérito policial, mas não aquelas diligências que ainda estão em andamento. Isso é intuitivo, pois não teria sentido que o suspeito soubesse que seu telefone está interceptado ou que a polícia vai cumprir um mandado de busca na sua casa amanhã, por exemplo. Se o suspeito souber disso antes que ocorra, a medida pode se tornar ineficaz; Sigiloso o inquérito é um procedimento sem o mesmo grau de contraditório e ampla defesa da ação penal. Nele não há obrigatoriedade de assistência por advogado, e o suspeito ou o advogado podem sugerir diligências (Art. 14 do CPP), ficando ao prudente arbítrio da autoridade policial aceitar ou não; Hoje há umaressalva a isso no art. 14-A, do CPP, nos casos de inquérito policial contra agente de segurança pública com o objetivo de investigar o uso de força letal no exercício da sua profissão. Nesse caso, ele deve ser assessorado por um defensor que ele constituir ou nomeado pelo órgão a que ele pertencer; Inquisitivo as provas colhidas no inquérito policial se prestam a formar o convencimento do Ministério Público quanto à necessidade ou não de propor uma ação penal contra o suspeito. Uma vez que não há pleno exercício do contraditório e da ampla defesa sobre aquelas provas, elas por si sós não podem basear uma futura condenação contra o réu (Art. 155 do CPP). Daí por que se diz que aquilo que foi produzido no inquérito policial são elementos de informação para o autor da ação penal, e não provas para condenação. Informativo (Fonte: Shutterstock). O inquérito policial é presidido pelo delegado de polícia no âmbito da Polícia Civil e pelo delegado federal na Polícia Federal (Art. 4º do CPP), sendo que cada um deles atua dentro das esferas de atribuições que a lei lhes dá. A lei pode limitar essa atuação de acordo com o assunto (por exemplo: quando há delegacias especializadas) ou a localização (a Polícia Federal do Rio de Janeiro atuará em crimes praticados naquele município, por exemplo). O Art. 5º do CPP nos diz quais são as formas de se instaurar um inquérito policial, e isso tem ligação com o tipo de futura ação penal. Nos crimes de ação penal privada, a instauração depende de pedido do ofendido (Art. 5º, §5º do CPP); a autoridade policial não pode instaurar de ofício, ou seja, sem esse pedido. Já no caso de ação penal pública condicionada, na forma do Art. 5º, §4º do CPP, é preciso também a representação do ofendido ou a requisição do Ministro da Justiça em crimes desta natureza (Por exemplo: Art. 141, I e 145, § único do Código Penal). Quando o crime for de ação penal pública incondicionada, há mais liberdade para o Estado agir. O inquérito policial pode ser instaurado a pedido do juiz (Art. 5º, II do CPP), do Ministério Público (Art. 5º, II do CPP), do ofendido, de qualquer pessoa (Art. 5, §3º do CPP) ou de ofício pela autoridade policial ao tomar conhecimento de um delito cuja investigação seja de sua atribuição. Ele pode tomar conhecimento pelo auto de prisão em flagrante, boletim de ocorrência ou até por noticiários. Atenção Destaque-se que, quando o juiz ou o Ministério Público requisitam a instauração de inquérito policial, a autoridade policial deve instaurá-lo. Nos demais casos, há maior liberdade para a autoridade policial em decidir ou não pela instauração. Na condução do inquérito policial, a autoridade policial tem discricionariedade para realizar as diligências que entender necessárias ao esclarecimento do fato e sua autoria (Art. 6º do CPP); não há uma ordem a ser seguida, como na fase processual. O prazo para o encerramento do inquérito policial, por regra, será de dez dias se o suspeito estiver preso e de 30 dias se solto (Art. 10 do CPP). É possível que a autoridade policial solicite ao juiz a prorrogação do prazo de conclusão, desde que justifique as diligências que ainda faltam ser realizadas (Art. 10, §3º do CPP). Nos inquéritos da Polícia Federal, os prazos são: 15 dias para réu preso e 30 dias para solto. Cuidando-se de investigação de tráfico de drogas, o prazo é de 30 dias para réu preso e de 90 dias para suspeito solto. Em qualquer hipótese de tráfico de drogas, há possibilidade de duplicarem-se os prazos (Art. 51 da Lei 11.343/2006). Esgotadas todas as diligências investigativas ou transcorrido o prazo para conclusão do inquérito policial, a autoridade policial deve fazer um relatório de tudo (Art. 10, §1º do CPP) e encaminhar o inquérito para o Poder Judiciário, que por sua vez possibilitará ao Ministério Público a manifestação sobre ele. Nesse momento, o Ministério Público pode adotar uma das seguintes posturas: a) Requerer a realização de novas diligências, apontando-as e justificando a sua necessidade (Art. 16 do CPP); b) Oferecer a ação penal (denúncia) contra o suspeito; c) Promover o arquivamento do inquérito policial (Art. 17 do CPP). Caso o juiz concorde com o pedido de novas diligências, o inquérito retornará ao delegado para a realização delas (Art. 13, II do CPP). Se o Ministério Público oferecer a ação penal, terá início a fase processual. Já se o juiz concordar com o pedido de arquivamento do inquérito policial, este será encerrado e arquivado, apenas podendo ser reaberto se novas provas surgirem (Art. 18 do CPP). Interessante que, uma vez arquivado pela autoridade judiciária, não há recurso contra esta decisão, por exemplo; mesmo que a vítima discorde, o inquérito será arquivado. É possível também que o juiz discorde do pedido de arquivamento do inquérito policial. Aí ele aplicará o Art. 28 do CPP, remetendo o procedimento ao Procurador-Geral de Justiça (Ministério Público Estadual) ou Câmara de Coordenação e Revisão (Ministério Público Federal), que são os órgãos superiores do Ministério Público para análise da manifestação de arquivamento. Atenção Se o Procurador-Geral de Justiça ou a Câmara concordarem com o arquivamento, isso ocorrerá mesmo com a discordância do juiz. Se aqueles órgãos concordarem com o juiz, eles designarão outro membro do Ministério Público para oferecer a ação penal no lugar daquele que pediu o arquivamento. Atividade Assinale a alternativa que apresenta uma descrição correta do inquérito policial: a) É o único procedimento administrativo e judiciário com previsão legal, conforme a doutrina tradicional. b) No ordenamento jurídico brasileiro, não há outra forma de investigação criminal que não seja o inquérito policial. c) É um instrumento de investigação final para definir a penalidade do fato criminoso. d) É presidido pelo delegado de polícia, no âmbito da Polícia Civil, e pelo delegado federal, no âmbito da Polícia Federal. 2 (FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira fase) Tício está sendo investigado pela prática do delito de roubo simples, tipificado no Artigo 157, caput do Código Penal. Concluída a investigação, o delegado titular da 41ª Delegacia Policial envia os autos ao Ministério Público, a fim de que este tome as providências que entender cabíveis. O Parquet, após a análise dos autos, decide pelo arquivamento do feito, por faltas de provas de autoria. A vítima ingressou em juízo com uma ação penal privada subsidiária da pública, que foi rejeitada pelo juiz da causa, que, no caso acima, agiu: a) Erroneamente, tendo em vista que a Lei Processual admite a ação privada nos crimes de ação pública quando esta não for intentada. b) Corretamente, pois a vítima não tem legitimidade para ajuizar ação penal privada subsidiária da pública. c) Corretamente, já que a Lei Processual não admite a ação penal privada subsidiária da pública nos casos em que o Ministério Público não se mantém inerte. d) Erroneamente, já que a Lei Processual admite, implicitamente, a ação penal privada subsidiária da pública. 3 - (MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto - Adaptada) Sobre o inquérito policial, controle externo da atividade policial e poder investigatório do Ministério Público, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa incorreta: a) O inquérito policial pode ser instaurado de ofício, por requisição do Ministério Público e a requerimento do ofendido em casos de crime de ação penal pública incondicionada. b) O membro do “Parquet”, com atuação na área de investigação criminal, pode avocar a presidência do inquérito policial, em sede de controle difuso da atividade policial. c) No exercício do controle externo da atividade policial, o membro do “Parquet”, pode requisitar informações, a serem prestadas pela autoridade, acerca de inquérito policial não concluído no prazo legal, bem como requisitar sua imediata remessa ao Ministério Público ou Poder Judiciário, no estado em que se encontre. d) O membro do Ministério Público pode encaminhar peças de informaçãoem seu poder diretamente ao Juizado Especial Criminal, caso a infração seja de menor potencial ofensivo. 4 - Sobre a persecução penal, assinale a alternativa incorreta: a) A investigação criminal é a atividade preparatória para o exercício da ação penal, procurando elementos sobre autoria e materialidade, bem como as circunstâncias que envolvem o delito. b) O Ministério Público não pode oferecer denúncia com base em peças de informação, mesmo se estas forem suficientes para indicar elementos de autoria e materialidade de determinado fato típico, sendo necessário requisitar a instauração de inquérito policial. c) A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não podendo ser considerada para efeitos de reincidência. d) O inquérito policial é uma das formas de investigação criminal, não tem rito preestabelecido, nem é providência prévia indispensável ao início da persecução penal. e) Na persecução penal, o Estado cria dois órgãos persecutórios que são chamados de Polícia Judiciária, que leva ao conhecimento da infração e o Ministério Público, que pode dar início à ação penal. 5 - (Polícia Civil do Espírito Santo - PC/ES/ES 2019 - Adaptada) Considere a seguinte situação: Gerson está respondendo a procedimento investigatório, conduzido por delegado de Polícia Civil. Em meio à investigação, foi decretado sigilo do inquérito policial para assegurar as investigações. Levando em conta este caso hipotético, é correto afirmar que: a) Apenas no caso de não ser decretado o sigilo dos autos do inquérito, o advogado terá acesso aos autos, caso em que terá que aguardar a instauração do processo judicial. b) Os autos do inquérito policial poderão ser examinados pelo advogado, que ainda terá informações sobre os atos de investigação a serem realizados. c) O advogado do indiciado não terá acesso aos autos, nos crimes hediondos, para assegurar a proteção das investigações. d) Ainda que tenha sido decretado o seu sigilo, o advogado poderá examinar os autos do inquérito policial. e) Tendo em vista a necessidade de preservar a ordem pública, o sigilo decretado no inquérito policial não impede que os meios de comunicação televisivas tenham acesso. 6 - Marque a assertiva incorreta acerca da investigação no processo penal: a) O Ministério Público não encontra respaldo em qualquer regulamentação constitucional e legal em relação à autorização de apuração de infração penal. b) A condução da investigação criminal cabe ao delegado de polícia e ao promotor de justiça, que têm autoridade policial e procederão à investigação criminal por meio de inquérito policial ou, ainda, se utilizar de outro procedimento legalmente previsto, com a finalidade de apurar nas infrações penais suas circunstâncias, sua materialidade e sua autoria. c) Em alguns estados, a PM lavra um termo circunstanciado de infração penal mesmo em face da determinação legal de o delegado de polícia presidir a investigação criminal, além de não haver atribuição constitucional e legal para a polícia militar investigar crimes comuns. d) É possível ao detetive particular contribuir com a investigação criminal. e) A investigação criminal pode ser conduzida pelo Ministério Público, conforme entendimento expresso do Supremo Tribunal Federal. 7 - (Concurso Agente de Polícia Legislativa, Câmara Legislativa do Distrito Federal, 2018 – Adaptada) Conforme concepção moderna, o inquérito policial: a) É procedimento presidido tanto pelo delegado de polícia quanto pelo membro do Ministério Público, se o MP for o órgão responsável pela investigação. b) Não poderá acompanhar a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. c) Que apresentar vício poderá contaminar eventual ação penal subsequente proposta com base unicamente nos elementos contaminados. d) É um procedimento escrito, obrigatório e preparatório da ação penal, prescindível, em regra, para embasar o oferecimento da denúncia. e) É o único procedimento investigatório policial em nosso ordenamento jurídico. 8 - Marque a alternativa que apresenta afirmação correta sobre a investigação criminal: a) A inteligência tem como objetivo a produção de conhecimento e investigação criminal se orienta pelo modelo de persecução penal que encontra previsão e regulamentação em norma processual própria, portanto, a investigação criminal não se confunde com a inteligência. b) Encontramos inovação no ordenamento jurídico, em relação à possibilidade de realização de investigações criminais por meio do detetive particular, quando consideramos o texto da lei 13432/17, conhecida como Lei do Detetive Particular. c) Na investigação criminal, é totalmente vedada a contribuição do detetive particular, mesmo sob autorização do contratante e aceite do Delegado de Polícia d) Conforme o Art. 144, §4 da CF, parte final, cabe à Polícia Militar a apuração de crimes comuns. e) Para a doutrina tradicional, o inquérito policial, que é um método de investigação, é um processo administrativo sui generis. 9 - (CESPE - 2018 - PC-MA - Médico Legista adaptada) Ao tomar conhecimento da prática de uma infração penal, caberá à autoridade policial: 1. Dirigir-se ao local, onde deve providenciar para que não se alterem o estado e a conservação das coisas até a chegada dos peritos criminais. 2. Informar o fato de pronto ao Ministério Público, ao qual compete fiscalizar o trabalho policial. 3. Proceder a diligências, no sentido de apurar as circunstâncias do fato criminoso e identificar a autoria provável. 4. Encerrar a investigação quando não for possível identificar um suspeito dentro de prazo razoável. Estão certos apenas os itens: a) I e II b) I e III c) III e IV d) I, III e IV e) II, III e IV Notas Referências ANTUNES, Carlos P.; MISAKA, Marcelo Y. Prática penal: do exame da OAB à prática forense. Birigui: Mundial, 2020. CAPEZ, F. Curso de processo penal. 26. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. Próxima aula A intervenção da polícia nos crimes de menor potencial ofensivo e nas contravenções penais; As principais etapas do procedimento sumaríssimo e os seus institutos; O processo nestes delitos, suas fases, suas consequências e aplicação da pena que não seja privativa de liberdade. Explore mais • Assista ao vídeo: AGU Explica - Ciclos do Poder de Polícia (Clarissa Borges). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oi- hRKxwmBM. Acesso em: 2 jul. 2020. • Leia o artigo: Primeiras impressões sobre o acordo de não persecução penal (Salvei Alai). Disponível em:https://www.migalhas.com.br/depeso/320078/primeiras-impressoes-sobre-o-acordo-de-nao-persecucao-penal. Acesso em: 2 jul. 2020. javascript:void(0); javascript:void(0);
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