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Resenha _A morte de Ivan Ilitch_ _ Passei Direto

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Impresso por Fernanda gabriela, E-mail fernandag444@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/09/2022 18:32:16
 
O livro “A morte de Ivan Ilitch” do autor Lev Tolstói, lançado pela editoria 34 em 
2009, é um dos mais geniais, e com uma perfeita reflexão, sobre a morte. 
A história parte do enterro de Ivan Ilitch, caminhando para a descrição do que 
fora sua vida de magistrado, marido, homem “do bem” tendo em relação ao que a 
sociedade julga como do bem e correto. Uma das frases do livro que me marcou foi: 
“A história de vida de Ivan Ilitch foi das mais simples, das mais comuns e, portanto, 
das mais terríveis.” O livro nos leva a refletir sobre o que todos julgam como uma vida 
boa a ser vivida, onde a pessoa se forma, casa, e geralmente tem filhos, pode não 
ser a “correta”, a que te faz feliz. No fundo, a grande pergunta que fica é “qual vida 
vale a pena ser vivida?”. 
Os questionamentos sobre a vida e a forma como a levamos é uma constante 
ao longo das páginas. A cada capítulo, pensamos sobre o sentido da vida, se deve 
mesmo haver algum significado para o que fazemos enquanto estamos nesta terra. 
Sem poder fazer muito diante de sua triste realidade, Ivan Ilitch questiona a si 
mesmo, e passa sua vida em revista, tentando encontrar nas suas lembranças, os 
momentos que a tenham feito valer a pena. 
Ivan se vê sozinho, abandonado, despedaçado, enquanto o mundo ao seu 
redor continua a girar sem sua presença, ou melhor, sem se importar com sua 
ausência. Tolstói nos mostra como tratamos a morte com artificialidade. Não sabemos 
lidar com a morte. Não sabemos lidar com quem está morrendo. Mente-se. Finge-se. 
Essa questão fica evidente no trecho “Aquilo que mais o atormentava era a mentira, 
aquela mentira que por qualquer razão era aceite por todos, segundo a qual ele 
estava apenas doente e não estava a morrer…”. 
Talvez por serem questões que nos afetam a todos como humanos. A morte é 
a certeza que temos e algo pelo qual todos passaremos um dia. É interessante poder 
refletir sobre ela e por que não, sobre a nossa vida, na pele de alguém que não –
soube muito bem como passar nem por uma, nem pela outra. 
Por fim, esse livro me impactou muito, pois eu me questiono bastante se a vida 
que eu vivo, as coisas que eu faço, realmente é o que eu quero, se me faz feliz de 
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fato. Com isso, a frase que mais me impactou e que mais me identifiquei no livro foi 
“E se na verdade toda minha vida tiver sido errada?”.

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