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Particularidades Geográficas de Ordenamento Territorial. ensaio

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO	1
1.1.	Justificativa	1
1.2.	Problematização	2
1.3.	Objectivos	2
1.3.1.	Objectivo geral	2
1.3.2.	Objectivos específicos	2
1.4.	Metodologias de Pesquisa	2
2.	REVISÃO DE LITERATURA	3
2.1- Conceito de Ordenamento do Território	3
2.2. Características do Ordenamento do Território em espaços urbanos	4
2.3. Impactos sócio-ambientais das formas de ocupação de espaços	4
2.4. Planificação e gestão urbana	5
3.	APRESENTACAO E ANALISE DE DADOS	6
3.1.	Formas de acesso do espaço no bairro de Maxaquene B	6
3.2.	Factores de ocupações desordenadas no Maxaquene B	7
3.3.	Impactos das ocupações desordenadas na Maxaquene B	8
3.4.	Acções a desenvolver para mitigação dos impactos das ocupações desordenadas	9
CONCLUSÃO	10
SUGESTÕES	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
1
INTRODUÇÃO 
Considerando-se os centros urbanos como os pontos fortes do espaço onde se concentram o essencial das actividades secundárias e terciárias e uma parte da população, parecem bastante evidentes que o conjunto das cidades de um país, em suas características, em sua distribuição e em suas inter-relações, reflecte as formas e as estruturas de um ordenamento territorial, do mesmo modo que as estruturas sociais que lhes respondem. O sistema de centros urbanos, na escala de cada espaço nacional, pode, portanto ser considerado como uma expressão muito sintética das características da formação social do país. O presente trabalho remete-nos a uma investigação no âmbito do Ordenamento do Território procurando discutir a Particularidade Geográfica de Ordenamento de Território no Bairro da Maxaquene B numa perspectiva do enquadramento das formas ocupacional do espaço e os problemas que poderão advir. 
Justificativa
As formas de ordenamento territorial constituem um problema político, sócio-económico e ambiental. O autor considera de extrema importância a realização desta pesquisa em virtude da ocupação desordenada do espaço, que tem contribuindo para a obstrução das vias naturais de escoamento de água, para o deficiente sistema de limpeza e recolha dos resíduos sólidos, na circulação dos veículos e peões, para a ocorrência de doenças ambientais e, para o deficiente sistema de abastecimento de água e de energia eléctrica.
Os resultados e recomendações da pesquisa poderão contribuir para melhorar as condições ambientais das áreas suburbanas da cidade de Maputo e as condições de vida da população local, em particular do bairro de Maxaquene B. Por outro lado, o diagnóstico/trabalho final da pesquisa a ser realizada poderá ser um instrumento útil para a população local, as autoridades político – administrativas locais, ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo e o Pais em geral.
Dada a relevância do tema, pretende-se que esta pesquisa encontre soluções e produza mecanismos que impeçam o aumento de problemas decorrentes da falta de um ordenamento territorial adequado na área de estudo.
Problematização
Devido à maior demanda de terrenos para a construção de habitações, surgiu nas áreas suburbanas da cidade de Maputo ocupações de espaços de forma irregular, o que levou ao atropelo do Plano de Estrutura Urbana da Cidade que rege as formas de ordenamento territorial do espaço. A ocupação desordenada de espaço expandiu-se de forma acelerada e, fazendo com que o mesmo se torne cada vez mais problemático, afectando a vida da população local. Por outro lado, devido a falta de implementação de políticas de ordenamento territorial, levou a proliferação de novas ocupações de forma desordenada, caso concreto do bairro de Maxaquene B. Por causa da ocupação desordenada do espaço, o estabelecimento de infra-estruturas sociais como estradas, abastecimento de água e energia eléctrica é extremamente difícil e complicado. Perante esta situação aqui apresentado, levanta-se a seguinte pergunta de partida: Que medidas poderão ser tomadas para a mitigação das implicações resultantes da falta de um ordenamento territorial adequado no bairro de Maxaquene B?
Objectivos
Objectivo geral
· Analisar as particularidades geográficas de ordenamento territorial no bairro de Maxaquene B;
Objectivos específicos 
· Identificar as formas de acesso do espaço no bairro de Maxaquene B;
· Caracterizar os factores de ocupações desordenadas no Maxaquene B;
· Descrever os impactos decorrentes das ocupações desordenadas do espaço no Maxaquene B;
· Propor acções a desenvolver para mitigação dos impactos das ocupações desordenadas no bairro de Maxaquene B.
Metodologias de Pesquisa
Para fundamentos teóricos da temática, recorreu-se a diversas fontes bibliográficas, elaborando instrumentos como fichas de leitura, fichas de citações e fichas resumo e que serviram de base para a compilação da parte teórica do trabalho (bibliográfico). Foi elaborado um guião de inquérito, com questões fechadas cujo objectivo era de recolher sensibilidades ou percepções em prol da ocorrência de impactos ambienteis decorrentes das formas de ocupação de espaços para além de outros aspectos afins. O inquérito foi aplicado numa amostra de 60 residentes naquele bairro sendo 1 pessoa em cada agregado familiar num universo de 59.382 agregados familiares. Os inqueridos foram chefes dos agregados familiares e foram interpelados nas suas próprias residências para evitar o risco de inquerir pessoas não residentes e que não conhecem a realidade do bairro. Os dados colhidos a partir do inquérito foram sistematizados em gráficos através do programa de Excel. Foi aplicada entrevista a população residente no bairro de Maxaquene B e as estruturas administrativas locais. A entrevista terá como objectivo a obtenção de dados e informações para avaliar as implicações ambientais decorrentes da ocupação desordenada do espaço no bairro. Foi feita observação no bairro de Maxaquene B de modo a verificar a forma de ocupação de espaços com realce a verificação da existência ou não de vias de acesso, a existência de recipientes para deposição ou não, a existência ou não de iluminação pública, a existência ou não de focos de acumulação de resíduos sólidos, a ocorrência ou não de águas residuais estagnadas, a existência ou não sistema de drenagem e de esgoto, etc, onde com recurso ao telefone foi possível capturar algumas ilustrações. A observação foi efectuada em duas estacões climáticas distintas de modo a verificar o período em que os impactos são mais severos.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Conceito de Ordenamento do Território 
Segundo Becker (1995:04), o ordenamento territorial pode ser definido, em linhas gerais, como sendo ‘toda e qualquer estratégia, ação ou movimento cuja manifestação prática-empírica resulte numa consequência territorial, mesmo que tal consequência não modifique concretamente/ materialmente o espaço geográfico’.
Segundo Gaspar (1995:5) “o ordenamento do território é a arte de adequar as gentes e a produção de riqueza ao território numa perspectiva de desenvolvimento”. 
Segundo Silva (2001), citado por Gaspar (1995:15), o ordenamento do território é: 
· Fenómeno social: em que o ordenamento do território se refere ao modo como o território está organizado, em diversas escalas, às suas causas e problemas;
· Técnica: como estudo de um território para identificação das necessidades e potencialidades com vista a definir um plano de acção;
· Ciência interdisciplinar: que estuda a organização e o desenvolvimento do território a várias escalas: local, regional, nacional e supranacional.
Neste contexto, o ordenamento do território procura determinar as condições de equilíbrio dinâmico na estrutura biofísica do território, tendo em conta aspectos económicos, sociais, culturais e políticos, no sentido de as entender como pré-condições ao processo de planeamento do território.
2.2. Características do Ordenamento do Território em espaços urbanos
Para Araújo (1997) apoiando-se no modelo de Burgess, afirma que o meio urbano deve satisfazer os seguintes pressupostos implícitos: heterogeneidade cultural e social da população, o que implica uma grande variação nas características; economia da cidade baseada, fundamentalmenteno comércio e na indústria; propriedade privada do solo e competição económica pelo espaço; área e população da cidade em franca expansão; transporte com igual facilidade, rapidez e custos em todas as direcções da cidade.
Raboya (2007:2) por exemplo, classifica o uso dos solos segundo “as actividades desempenhadas (residencial, comercial, industrial, etc.); a função (económica) a que servem; o tipo de estrutura da edificação; o estado de utilização do lote ou gleba (ocupado, não ocupado, etc.) e a propriedade (público, privado, etc)”. 
Ferrari (1986) “destaca três teorias sobre as formas ecológicas de crescimento urbano nomeadamente: teoria de zonas concêntricas, teoria de sectores e teoria de núcleos múltiplos”.
A teoria de zonas concêntricas subdivide a região urbana do centro a preferia. Nesta sequência existe a zona central constituída por centros comerciais (lojas, hotéis, cinemas, bares, etc.). Circundando a zona central situa-se a zona de transição que constitui a zona de reserva para expansão imediata da área central e tem um carácter efémero.
2.3. Impactos sócio-ambientais das formas de ocupação de espaços 
Segundo Andreoli et al. (2003:46) por exemplo, sustenta que: os principais efeitos da ocupação desordenada, devido a inexistência ou inadequação de planeamento, são:
· Alteração do regime de produção: a impermeabilização do solo impede a infiltração da água, acentuando os problemas da erosão urbana e aumentando os picos de cheia. Por outro lado, a minimização da recarga nos solos, reduz a disponibilidade de água nos períodos de baixa precipitação;
· Ausência de infra-estrutura básica: a falta de colecta e tratamento de esgotos e a disposição inadequada de resíduos leva contaminantes aos rios, que tem a qualidade da água comprometida, o que dificulta a potabilização da água; e 
· Desperdício: diferentes usos da água associados ao baixo custo e a disponibilidade aparentemente abundante torna o recurso natural de uso mais negligente, mal administrado e desperdiçado pelo homem.
Ely (2002) citado por Araújo e Nunes (2005:97) afirmam que as mudanças do ambiente natural, impostas pela urbanização, promovem alterações na relação da atmosfera com a superfície terrestre, fazendo com que a dinâmica dos elementos do clima apresentem uma nova caracterização. Desse modo, actuam sobre as cidades os climas urbanos, entendidos como um sistema aberto, com uma estrutura interna caracterizada pelas interconexões do ambiente natural e pelas actividades socioeconómicas. As características ecológicas e sanitárias dos diversos ambientes nas cidades são resultados da interacção desta sociedade e da natureza, assim como a desigualdade da qualidade urbana das diversas áreas, que também tem consequências na saúde da população. 
2.4. Planificação e gestão urbana 
Sanoff citado por Philiphi (2004:727), sugere diversas técnicas para obter a participação comunitária na planificação e na gestão urbana: levantamento de opinião, reunião de vizinhos, conferencias, grupos de trabalho seminários e entrevistas.
Para Borns citado por Philiphi (2004:728) sustenta que: a participação é classificada em quatro categorias: a consciência, envolvendo a descoberta e redescoberta da realidade do ambiente e da situação; a percepção, que segue a tomada de consciência da situação para compreender suas determinações físicas sociais, económicas e culturais; tomada de decisão, quando os participantes programam e projectam suas prioridades; e finalmente a implementação, quando as pessoas participam da resposta às questões do tipo como, onde, quando e quem.
	
3. APRESENTACAO E ANALISE DE DADOS
3.1. Formas de acesso do espaço no bairro de Maxaquene B
De modo à perceber as formas de acesso do espaço, foram submetidos 60 formulários de inquéritos aos residentes desta área. Segundo os dados ilustrados no gráfico 1 abaixo, foi possível perceber que são varias as formas de acesso dos espaços no bairro de Maxaquene B, visto que, durante o questionamento sobre o assunto, a população manifestou-se de diferentes maneiras e os dados resumiram-se em: cerca de 31% de inqueridos referiram que o espaço em que se encontra a ocupar terá adquirido de um particular, 25% referiram para ocupação independente, 22% disseram que o espaço terá sido atribuído pelo chefe do bairro, 19% disseram que foram atribuídos o espaço pelo familiar e os restantes 3% terão sido atribuído o espaço pelo município.
Gráfico 1: formas de acesso de espaço.
Fonte: elaborado pelo autor com base de dados de inquérito, 2019.
A partir dos dados colhidos, percebe-se que a maior parte da população do bairro de Maxaquene B encontrar-se a ocupar o espaço pela aquisição de particular ou mesmo independente e poucos recorrem ao município para a aquisição do espaço. Tendo em vista que o município é o órgão legal para a atribuição, estruturação e a definição da localização dos espaços urbanos, pode-se concluir que a maior parte da população que encontra-se a ocupar os espaços no bairro de Maxaquene B, poderá não estar a obedecer a normas legais de ordenamento dos espaços, e esta acção poderá futuramente trazer vários problemas junto a população local caraterizada pela ocupação desordenada e problemas socioambientais.
Segundo Bruschi et al. (1998:03), a ocupação desordenada do espaço expõe uma diversidade de problemas, estes problemas quer seja por planeamento inadequado, inexistência de planeamento ou omissão do poder público.
3.2. Factores de ocupações desordenadas no Maxaquene B
Face as formas de acesso do espaços encontradas no terreno, que de certo modo leva a ocupação desordenado do espaço, efectuou-se o inquérito com intuito de conhecer os factores que ditam para esta forma de assentamento da população de Maxaquene B, e os resultados do inquérito encontram-se ilustrados na forma de gráfico (vide abaixo);
Gráfico 2: factores de ocupações desordenadas no Maxaquene B.
Fonte: elaborado pelo autor com base de dados de inquérito, 2019.
Estes dados mostram que o principal factor do agravamento da ocupação desordenada no Maxaquene B é a demora na atribuição e legalização de espaço por parte do CMCM e também falta de conhecimentos sobre procedimentos legais, levando a concluir que o município pouco tem feito para orientar a população da área de estudo na instalação de várias infraestruturas de forma a conduzir para um melhor ordenamento do espaço, implicando nos modos de vida da população local. 
Portanto, devido à importância de produzir o espaço de forma consciente, Souza (2007:21), ressalta que uma condição fundamental para a planificação e o desenvolvimento territorial é a existência de políticas públicas que tenham um enfoque holístico e integrado, capazes de regular os impactos no território. 
Neste sentido, o poder público local devia intervir para promover na comunidade, um espirito de parcelamento do espaço que se adequasse aos instrumentos legais de urbanização na cidade de Maputo, de modo a criar condições para a prevenção dos problemas ambientais, melhoria das condições de saneamento do meio, entre outros.
3.3. Impactos das ocupações desordenadas na Maxaquene B
Percebendo-se que o bairro de Maxaquene B apresenta uma ocupação desordenada, questionou-se sobre os impactos que poderiam resultar destes assentamentos desordenados. Os resultados indicaram que 15% acharam que houve deficiente saneamento do meio, 14% apontaram para o incremento de vectores de doenças ambientais, 13% indicaram para dificuldades na recolha de resíduos sólidos e ocorrência de águas estagnadas, 12% disseram que tem havido dificuldades de implantação de infraestruturas básicas (sistema de esgotos, electricidade, água, etc.), 10% indicaram para ausência de espaços públicos para recreação, 9% apontaram para insegurança no bairro, cerca de 4% indicaram para ausência de espaços verdes públicos e alteração dos processos de escoamento superficial, 3% apontaram para alteração do micro clima (circulação do vento e temperatura e a alteração dos processos de infiltração e o restante 49% referiram outros impactos comoé o caso de arruamento. 
 
Gráfico 3: Impactos das ocupações desordenadas no Maxaquene B
 Fonte: elaborado pelo autor com base de dados de inquérito, 2019.
Pode-se concluir que ocupação desordenada no Maxaquene B é um dos problemas que para alem de não permitirem a circulação do ar devido as condições que elas apresentam quanto ao parcelamento e abertura de vias, apresentando deficiente saneamento do meio, pois não permite a entrada de viaturas de município para a recolha do “lixo”, devido a falta da harmonização entre a densidade e as formas da gestão dos espaços.
Segundo Forjaz (2009:17), “a qualidade de vida só é boa quando a legislação urbana ocasiona harmonia entre a densidade e ocupação do solo”. Essa harmonia ocorre através de alturas edificadas, afastamento de frente, fundos e laterais, e larguras nas ruas. Áreas permissíveis e actividades dos usuários são factores importantes para a qualificação de qualquer meio do ambiente urbano.
3.4. Acções a desenvolver para mitigação dos impactos das ocupações desordenadas
Gráfico 4: Acções a desenvolver para mitigação dos impactos das ocupações desordenadas.
Fonte: elaborado pelo autor com base de dados de inquérito, 2019.
Da análise feita pelo autor, importa referir que a partir destas acções a desenvolver para mitigação dos impactos das ocupações desordenadas no Maxaquene B, permitirá a requalificação das áreas ocupadas para a promoção de infra-estruturas de desenvolvimento social e económico. Com o envolvimento da população em processos de saneamento do meio, espera-se a criação de alternativas de melhoria de qualidade ambiental e de vida da população.
A promoção de projectos de reutilização e reciclagem de resíduos sólidos no Maxaquene B poderá ser necessário para o conhecimento de novos valores, hábitos, posturas e boas condutas em relação a gestão e tratamento de resíduos sólidos. Verifica-se que na área de estudo não existe a troca e partilha de informações, conhecimentos, ideias e valores no que concerne a gestão e tratamento de resíduos sólidos. Para o melhor dinamismo destas acções, deverá envolver o Conselho Municipal, entidades políticas administrativas locais, como elementos que possam regular o desenvolvimento de qualquer actividade de género.
CONCLUSÃO 
Ao longo da abordagem do presente trabalho ocorrido no bairro de Maxaquene B, concluiu-se que, o problema relacionado com o ordenamento territorial inadequado (ocupação desordenada) está associado as formas de acesso do espaço, pois, a maior parte da população residente adquiriu o espaço pela compra a particulares ou independente o que de certo modo as suas instalações não obedecem os instrumentos legais de urbanização, outrossim, constitui um factor determinante para esta prática a demora na atribuição e legalização de espaço por parte do CMCM, dificultando a população na ocupação do espaço de forma ordenada. De acordo com o estudo realizado, foi possível perceber que a ocupação desordenada tem levado para implicações negativas no uso do espaço tais como a falta de um bom saneamento do meio, dificultando que as autoridades locais possam desenvolver actividades que possam mitigar estes problemas causados por um ordenamento territorial não adequado, influenciando bastante na qualidade de vida e na saúde pública dos moradores. Face as situações aqui mencionadas foram propostas acções com vista a mitigação deste problema e tal acção recaindo mais para o parcelamento do bairro e a atribuição do DUAT aos agregados familiares que os espaços não coincidem com ruas ou outras infraestruturas públicas.
SUGESTÕES 
· Em relação ao uso e aproveitamento do espaço no bairro de Maxaquene B para fins de habitação o desenvolvimento da actividade comercial, é pertinente que o município dentro dos planos pré-elaborados faça conhecer a população sobre as implicações que poderão advir da má gestão dos espaços a seu redor; 
· Sensibilizar a população a reordenar o espaço a seu redor de modo a permitir melhor saneamento básico, arruamento, e consequente a melhoria das condições de vida local, envolvendo o Conselho Municipal, entidades políticas administrativas locais, como elementos que possam regular o desenvolvimento de qualquer actividade de género.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, Rui. Planejamento e Ordenamento do Território e o Estado português: contributos para uma intervenção renovada. Lisboa: IST, 2001.
BARRIOS, Sonia. A produção do espaço. In: SANTOS, Milton, SOUZA, Maria Adélia de (orgs.). A Construção do Espaço. São Paulo: Nobel,1986.
BECKER, Bertha K. A Geopolítica na Virada do Milênio: Logística e Desenvolvimento Sustentável. In: CASTRO, Iná E.; GOMES, Paulo C. da C.; CORRÊA, Roberto L. (orgs.) Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1995.
BRUSCHI, S.. Planificar as cidades: por que razão e para quem? Maputo: Imprensa Universitária, UEM, 1998.
FORJAZ, J.. Urbanização e ordenamento territorial. VI Reunião Nacional dos Municípios Moçambicanos, Maputo, 2009.
OLIVEIRA, Fernanda Paula. Direito do Ordenamento do Território. Cadernos CEDOUA. Coimbra: Almedina, 2002.
SOUZA, M. L.. ABC do desenvolvimento urbano. 3 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
Atribuído pelo município 	Atribuído pelo chefe do bairro	Atribuído pelo familiar 	Vendido por um particular (dono de espaço)	Ocupação independe 	1	8	7	11	9

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