Buscar

MONOGRAFIA PEDAGOGIA - Michelle

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

14
FCE-FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
ANDRESSA CRISTINA VITOR
MICHELE GISFREDE VANZELA
ALFABETIZAÇÃO E ODESENVOLVIMENTO COGNTIVO NA TERCEIRA INFÂNCIA
Mogi-Guaçu/SP
2020
FCE-FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
ANDRESSA CRISTINA VITOR - RA: P3082190
MICHELE GISFREDE VANZELA – RA: P3082928
ALFABETIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA TERCEIRA INFÂNCIA
Trabalho apresentado no curso de Pedagogia em cumprimento à exigência parcial da Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso junto à Faculdade Campos Elíseos, sob orientação da Profª Silvia Cristina.
Mogi-Guaçu / SP
2020
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA
ALFABETIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA TERCEIRA INFÂNCIA.
Autor (a): Andressa Cristina Vitor e Michele Gisfrede Vanzela
Orientadora: Professora Silvia Cristina.
Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia na FCE – Faculdade Campos Elíseos, como requisito para obtenção do Título do Curso de Pedagogia, sob orientação da Professora Silvia Cristina. 
Banca Examinadora
Nome: Professora Silvia Cristina
Título: Alfabetização e o desenvolvimento cognitivo na terceira infância.
Faculdade: Campos Elíseos.
Dedicamos a Deus por nos conceder a perseverança, otimismo e fortaleza, e por nos fazer acreditar nos nossos princípios e valores, aos nossos familiares e aos nossos amigos. “Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4:13. 
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por nos fazer acreditar e nos fortalecer a cada dificuldade, ajudando-nos a superar os obstáculos, aos nossos pais que esteve nos apoiando, e pela compreensão durante toda essa etapa da nossa vida. Dedicamos a nossa mãe e familiares, e aos nossos maridos e amigos que permaneceram ao nosso lado nos momentos mais difíceis, pois foram eles que nos deram a confiança e esperança de fazer acreditar em um novo recomeço. A professora e orientadora Silvia Cristina, pois teve muita paciência conosco e nos ensinou muito, e a todos os professores que se dispuseram a ensinar durante essa trajetória acreditando no nosso potencial com muita sinceridade e incentivo. Obrigada!
“Se a gente não pensar que quer sempre mais, fatalmente teremos sempre menos. O homem só fracassa quando desiste de tentar. Todos os dias me levanto para vencer.” Aristóteles Onassis.
RESUMO
VITOR, Andressa Cristina e VANZELA, Michele Gisfrede. ALFABETIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA TERCEIRA INFÂNCIA. Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia. Mogi-Guaçu: Faculdade Campos Elíseos. Orientadora: Silvia Cristina.
O presente trabalho foi planejado na perspectiva de apresentar reflexões sobre alfabetização escolar, um produto teórico do professor de estudo dos autores citados na pesquisa. Este estudo parte do princípio que é tão importante quanto a escola, é a metodologia empregada em sala de aula para atingir a alfabetização e o letramento. A abordagem sócio construtiva reflete a necessidade de considerar a criança, o meio as estratégias de ensino e o professor como mediador, como recursos indispensáveis para aprendizagem, onde a criança possa se desenvolver de maneira prazerosa. As considerações contidas neste trabalho dão conta dos estágios de desenvolvimento da criança dos sete aos onze anos, concepções acerca da alfabetização e letramento, bem como a descoberta do mundo da escrita pela criança. Como poderá ser observada a preocupação constante foi demonstrar que a alfabetização e letramento se tratam de dois conceitos indissociáveis, devendo a alfabetização ocorrer num contexto de letramento.
Palavras-chaves: ‘Alfabetização’, ‘educar’, ‘desenvolvimento’.
Abstract
The present work was planned with the perspective of presenting reflections on school literacy, a theoretical product of the study teacher of the authors mentioned in the research. This study is based on the principle that it is as important as the school, it is the methodology used in the classroom to achieve literacy and literacy. The socio-constructive approach reflects the need to consider the child, the environment, the teaching strategies and the teacher as a mediator, as indispensable resources for learning, where the child can develop in a pleasant way. The considerations contained in this work give an account of the developmental stages of children from seven to eleven years of age, conceptions about literacy and literacy, as well as the discovery of the world of writing by children. As can be seen, the constant concern was to demonstrate that literacy and literacy are two inseparable concepts, and that literacy should take place in a context of literacy.
Keywords: ‘Literacy’, ‘educate’, ‘development’.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	10
CAPÍTULO I	12
CONSTUINDO CAMINHOS	12
1.1	Teoria psicológica que explicam o desenvolvimento dos 7 anos aos 11 anos	13
1.2	Operações concretas (dos sete aos 11 anos)	15
1.3	Escolaridade e operações concretas	16
CAPÍTULO II	18
ALFABETIZAÇÃO: UM PROCESSO DE CRESCIMENTO INTELECTUAL	18
2.1 Alfabetização e escola	21
2.2 Alfabetização e letramento	22
2.3 Qual a idade para se alfabetizar?	23
2.4 Em quanto tempo se alfabetiza?	24
2.5 Os objetivos da alfabetização inicial	25
2.5.1 A língua escrita como objeto da aprendizagem	26
2.5.2 A descoberta do mundo da escrita	27
CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
REFERÊNCIAS	32
INTRODUÇÃO
Este trabalho de pesquisa iniciou-se a partir da necessidade que se vê em buscar caminhos para o grande conflito existente no mundo, na sociedade, na família e que atinge a escola.
Tão importante quanto à escola, é a metodologia empregada por ela para atingir a efetivação e ou letramento? Mas o que é mais importante, a alfabetização ou o letramento Será que existe diferença entre os dois? Qual é o papel da escola neste tocante?
Busca-se então, elucidar estratégias que possam vir a contribuir para a solução desejada por todos, ou chegar mais próximo dela.
Através da poesia de Paulo Freire, descrever-se à escola, mais próxima do ideal, almejada por todos os educadores, alunos e comunidade.
A escola: 
Escola é...
O lugar onde se faz amigos,
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola, é sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima,
O diretor e gente,
O coordenador é gente,
Cada funcionário é gente.
e a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio e só.
Importante na escola não é só estudar
Não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar e crescer,
Fazer amigos educar-se,
Ser feliz
No caminho dessa escola dos sonhos, será traçado metas que vão de encontro a essas necessidades primordiais, promover a aprendizagem de maneira significativa oferecendo aos educandos um jeito diferente de aprender, ou seja, se tornar “letrado”, dentro de um processo que lhe proporcione significado.
Com base nisso o estudo será dividido em dois capítulos, que procurarão através do confronto de várias fontes bibliográficas, desvendar esta problemática que é o de refletir conflitos, que invadem a escola quando se fala em alfabetizar e letrar. Transcorrerão este capítulos da seguinte maneira.
No capítulo I – Se fara descrição do tema a ser abordado, com embasamento teórico e legal; No capítulo II – Buscar-se a justificativa da problemática enfrentada pelas partes envolvidas no contexto, bem como apresentação de sugestões metodológicas para a possível busca de soluções a curto e a longo prazo, para amenizar a problemática da resolução de conflitos dentro e fora do ambiente escolar envolvendo a alfabetização e letramento.
Espera-se que este trabalho possa auxiliar muitos educadores e pais quelidam com tais problemas no dia-a-dia. Sabe-se que há falta de informação sobre alfabetização/letramento. Oque se espera é que esse processo aconteça de forma menos traumática possível e que sejam momentos de prazer para que possam ser lembrados com carinho e muitas saudades e que deixem marcas positivas em todos os educandos que passam pelo bancos escolares
CAPÍTULO I
CONSTUINDO CAMINHOS
Os anos intermediários da infância aproximadamente dos deis aos doze anos, são muitas vezes chamados de anos escolares porque a escola é a experiência central durante esse período um ponto focal de desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. As crianças desenvolvem maus competência em todos os campos, elas aprendem novas habilidades e seus conceitos e aplicam seus conhecimento e sua habilidade de modo mais efetivo. Cognitivamente as crianças fazem grandes avanços no pensamento lógico e criativo, nos juízos morais, na memória e na leitura escrita. As crianças se desenvolvem física, cognitiva, e emocionalmente bem socialmente, por meio de contato com outros jovens.
Durante os próximos seis anos a criança provavelmente irá aumentar sua autoconfiança é medida que lê, pensa, conversa, brinca e imagina de uma maneira que estava muito além de sua capacidade alguns anos antes. Ela também irá adquirir maior tamanho rapidez e coordenação. Se comparado com o ritmos acelerado da segunda infância, o crescimento entre as idades de seis a doze anos diminui consideravelmente até o salto de crescimento observado no final deste período, e sua habilidade motoras se aperfeiçoam de modo menos intenso do que antes. Entretanto, embora as mudanças, dia após dia, possam não ser evidentes, percebe-se uma diferença impressionante entre as crianças com seis anos e que ainda são pequenas, e as crianças de doze que começam a parecerem adultas.
A idade de seis pode parecer algo mágico e sempre foi considerada como o início de uma fase intelectual nova, fase que dá adolescência parece constituir um período da adolescência parece constitui um período de relativa tranquilidade afetiva, é também a idade que costuma coincidir com o início do ensino obrigatório. O começo deste período também é caracterizado pelo surgimento das operações concretas, enquanto o que caracteriza seu final é o surgimento de um pensamento formal.
Ambos os estágios não surgem de forma repentina, pelo contrário. Como os recentes estudos demonstraram, a competência cognitiva da criança no estágio concreto tem raízes nas mudanças graduais que ocorrem-no período pré operatório e a aquisição do pensamento lógico-formal é um processo longo e complexo que depende das aptidões e conhecimento dos indivíduos.
Neste período também cresce a autonomia em relação ao núcleo familiar. As experiências na escola e com amigos o acesso compreensivo aos meios de comunicação e a leitura proporcionam grande variedade de conhecimentos e demonstram novos modelos de uso da linguagem. Graças sobretudo, a educação formal, a criança aprende a variar o registro em função ao contexto.
1.1 Teoria psicológica que explicam o desenvolvimento dos 7 anos aos 11 anos
Segundo Palácio 2003, a criança dos 7 anos aos 11 anos, já possui um pensamento mais organizado com características de uma lógica de operações reversíveis, ela já tem capacidade de pensar no todo e nas partes simultaneamente, mas não é capaz de operar com hipóteses recorrendo a objetos e acontecimentos concretos. Cada período é definido pelas evidencias de que a criança dispõe de esquemas novos. A faixa etária determinada em cada período não pode ser considerada de forma rígida por causa das diferenças individuais e do meio ambiente, em que ela está inserida.
Dos 7 aos 11 anos, as crianças já começa a desenvolver a AUTOCRÍTICA, indo um pouco além da conformidade às normas. Começa a aparecer o ‘certo’ e o ‘errado’ no comportamento do adulto. Nessa fase ela já possui papéis sexuais bem definidos, meninas com maior fluência verbal, mais afetivas dependentes e passivas. Tendem a ser superprotegidas e ter melhor desempenho escolar. Os meninos possuem um comportamento mais agressivo, não conseguem ficar parados, nem sentados.
A idade de 7 a 8 anos assinala, em geral, o início do período operacional-concreto, que se estende até 11 ou 12 anos, nesse período a criança entra progressivamente, em um mundo de várias perspectivas. O pensamento da criança, agora mais organizado, possui características de uma lógica de operações reversíveis.
Neste período, a criança ganha precisão no contraste e comparação de objetos reais e torna-se capaz, por exemplo, de dizer qual recipiente que contém uma quantidade maior. As operações nessa fase são de fato, concretas, isto é, incidem diretamente sobre objetos reais. Ela ainda não é capaz de operar com hipóteses com quais poderia raciocinar independentemente de saber se saber se são falsas ou verdadeiras. A criança recorre a objetos e acontecimentos concretos, presentes no momento, de maneira limitada, é que seu sistema operacional concreto a leva em direção ao ausente e ela tem que partir do concreto.
Segundo Emilia Ferreiro o desenvolvimento da conduta e socialização, marca a fase da criança dos 7 aos 11 anos torna-se capaz, de concentração individual, quando trabalha sozinha e de colaboração quando participa de atividades em grupo. Essa fase corresponde ao período das séries iniciais, e é muito importante no desenvolvimento social da criança, levando-a aquisição de conhecimento e habilidade necessária para se ajustar ao mundo do trabalho diário.
Essa fase coincide com o início da última fase da infância. Ao mesmo tempo em que começa as quatro primeiras séries, para maioria, os únicos anos escolares, têm início também as anos finais na infância. E a escola tem muito a ver com termino da infância os regulamentos e as exigências escolares fazem com que diminua o tempo livre da criança, os padrões comportamentais adultos “fique sentada”, “fique em silêncio”, “respeite o professor e o colega”, etc. Imposto na escola levam o aluno, aos poucos, a despedir-se da infância.
É preciso que os professores contribuam para que a criança continue ela mesma, durante toda a vida, espontânea, autentica e coerente no pensar e no agir, participando ativamente da construção de uma sociedade mais justa.
1.2 Operações concretas (dos sete aos 11 anos)
Este estágio segundo Piaget, representa a outra reorganização fundamental da estrutura cognitiva. No estádio pré-operatório, as crianças sonhadoras, tem pensamentos mágicos e fantasias em abundância. Agora no estágio das operações concretas, as crianças são positivistas lógicos infantis que compreendem as relações funcionais porque são especificas e porque pode testar os problemas. Por exemplo, se fizemos com a criança desta idade a experiência da fila de feijões ou a do copo de água, ela dirá que nãohá mudança no volume. Desta vez, as crianças compreendem os aspectos específicos, ou concretos, do problema. Agora já podem medir, pesar e calcular a quantidade de água ou número de feijões de tal forma que uma diferença aparente não as engana.
Não obstante, ao abandonarem sem reservas seu pensamento mágico, fantasias e amigos imaginários, torna-se quase que exageradamente concretas. A sua capacidade e de compreender o mundo é agora tão “logica” quanto anteriormente era ilógica. Por exemplo, as crianças podem facilmente distinguir sonhos de fatos, mas não podem separar hipóteses de fatos.
Crianças de cinco anos de idade descrevem normalmente um sonho como qualquer coisa que acontece no seu quarto de dormir, que vem como filme,
Enquanto que aos nove anos descrevem os sonhos como imagens mentais que se desenrolam dentro de suas cabeças.
1.3 Escolaridade e operações concretas
A escolaridade parece ajustar-se bastante bem e de muitas formas ao estádio cognitivo dos alunos. Sempre que a escola da ênfase a competência e atividades como contar, classificar, construir e manipular, o desenvolvimento cognitivo será estimulado. As atividades podem agora ter regras. De fato podem agora dizer se, quefazer regras para um jogo ou atividade é durante essa fase, mais significativo do que a atividade em si mesma.
Enquanto a criança pré-escolar obedecer às regras sem compreender porque elas existem, a criança das séries iniciais percebe as regras pelo seu valor funcional. Não se pode jogar futebol a sério sem cumprir as regras. No entanto, importa também lembrar que estas crianças têm uma compreensão literal, concreta, do conceito regra, reconhecendo que as regras são leis acabadas não podem ser modificadas.
Os adultos compreendem que as regras constituem um sistema de regulamentações que pode ser substituído por outro sistema, mas as crianças encaram-nas como fixas, necessárias e arbitrárias. O perigo serão de tirarmos partido do pensamento concreto dessa criança de forma a manipulá-las e não a educa-las. Porque é importante conhecer isso?
As series iniciais têm vários objetivos, mas o principal deles é alfabetizaras crianças. A alfabetização é uma das coisas mais importantes que as pessoas fazem na escola e na vida. O ponto principal desse trabalho é ensinar o aluno a decifrar a escrita, cada criança tem um ritmo próprio que precisa ser respeitado. Ensinar as crianças a tornarem conscientes dos procedimentos de decifração da escrita é uma estratégia que se agrada mais do que ficarem repetindo coisas aparentemente sem sentido, ou ser largada a própria sorte, esperando que saiam de dentro de si os conhecimento que a escola exige para ler e escrever.
A leitura do mundo é algo que todo ser humano faz a todo instante, graças a racionalidade. Por isso, tudo o que faz é fruto de um pensamento, de uma reflexão de uma decisão pensada. Consequentemente, toda pessoa precisa estar constantemente lendo o mundo e procurando entende-lo.
Ser alfabetizado hoje não um estado, mas um processo, ele tem início bem cedo e termina somente quando morremos. Nós não somos igualmente é indispensável de lermos determinados textos evitamos outros. O conhecimento é indispensável papa que as características e competências que se usam na vida sejam constituídas.
È importante falarmos desse tema porque queremos que nossas crianças se tornem aprendizes pelo resto da vida, que consigam pensar com autonomia e independência e sejam capazes de se importar com a vida, com a comunidade, com o meio ambiente e com o planeta, que saibam usar bem os recursos do meio vivem e que também tenham as competência básicas de falar, escrever, ouvir, e lidar com quantidades e números.
Para Paulo Freire a pergunta para que se alfabetizar? Ele diz que se sente levado a dizer algo o que é se alfabetizar, para fazer isso vou tentar um caminho simples e muito discreto. Veja bem este momento tenho algo em minha mão. Pego a coisa que tenho nos dedos, apalpo-a, sinto-a. Ganho a sensibilidade da coisa e escrevo o nome da coisa. Assim sinto a caneta nos dedos percebo-a caneta, pronuncio o nome caneta, e depois escrevo ca-ne-ta. O mesmo ocorre quando falamos palavras abstratas, só que não pegamos a significação delas. Eu não pego recife com as minhas mãos eu sinto saudade inteira no meu corpo. Eu falo e escrevo saudade. Veja a pessoa analfabeta, que não sabe ler nem escrever, sente com nós a coisa, pegando-a ou não percebe e fala, só não escreve portanto não le também. Alfabetizar num sentido bem direto e possibilitar que as pessoas a quem falta o domínio desta operação criem este domínio. È muito importante o papel da educadora ou do educador na montagem deste domínio o educador não pode fazer isto em lugar do alfabetizando. A alfabetização é um ato de criação de que fazem parte o alfabetizando, e o educador. O educador é fundamental. Ele tem mesmo que ensinar desde que jamais anule o esforço criador do alfabetizando. O ato de aprender e a escrever começa a partir de uma compreensão abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Educador para o desenvolvimento não é tanto transmitir conteúdos particulares de conhecimento, reduzir o ensino a determinadas matérias nem restringir o saber exclusivamente a assunto de natureza técnica. È muito mais que isto. E despertar no educando novo modo de pensar e de sentir a existência, em face das condições racionais com que se defronta. É dar-lhe a consciência de uma constante relação a um pais que precisa de seu trabalho pessoal para modificar o estado de atraso, faze-lo receber tudo quanto lhe é ensinado por um novo ângulo de percepção, o de que todo o seu saber deve contribuir para o empenho coletivo da transformação da realidade. Com base nestes itens, tratamos no cápitulo II, a alfabetização enquanto processo de crescimento intelectual.
CAPÍTULO II 
ALFABETIZAÇÃO: UM PROCESSO DE CRESCIMENTO INTELECTUAL
Alfabetização tem sido uma questão bastante discutida pelos que se preocupa com educação já que há muitas décadas se observam as mesas dificuldades de aprendizagem as inúmeras reprovações e a invasão profissional. 
Alfabetização é a aprendizagem da escrita e da leitura, a compreensão da natureza da escrita, de suas funções e usos indispensáveis no processo de alfabetização. O seu sucesso está ligado a capacidade do educando em estabelecer relações com o que aprende. Desta forma o motor da alfabetização é a capacidade de pensar dos educandos e não a memorização mecênica de letras e silabas.
Alfabetizar é ensinar a ler e escrever. O segredo da alfabetização é a leitura escrever é uma decorrência do conhecimento de que tem para ler. Portanto, o ponto principal do trabalho é ensinar o aluno a decifrar a escrita e em seguida a aplicar esse conhecimento para produzir sua própria escrita.
O fato de a escola em geral não saber fazer de seus alunos bons leitores traz consequências graves para o futuro deste que terão dificuldades enormes em continuar na escola, a leitura se faz necessária a todo instante e serão fortes candidatos á envasão escolar.
A alfabetização é sem dúvida, o momento mais importante da formação escolar de uma pessoa, assim como a inversão da escrita foi o momento mais importante da história da humanidade, pois somente através de registro escritos o saber acumulado pode ser controlado pelos indivíduos.
A história da escrita, vista no seu conjunto, sem uma linha de evolução cronológica de nenhum sistema especificamente, pode ser caracterizada como tendo três fases distintas: a pictórica, a ideográfica e a alfabética.
A fase pictórica se distingue pela escrita através de desenhos ou pictogramas. Os pictogramas não estão associados a um som, mas a imagem do que se quer representar consiste em apresentações bem simplificadas como objetos da realidade.
A fase ideográfica se caracteriza pela escrita através de desenhos especiais chamados ideogramas. Esses desenhos ao longo de sua evolução foram perdendo alguns traços mais representativos das figuras retratadas e tornaram-se uma simples convenção de escrita. As letras do alfabeto vieram desse tipo de evolução.
A Fase alfabética se caracteriza pelo uso de letras. Estas tiveram sua origem nos ideogramas, antes que o alfabeto tomasse a forma que conhecemos atualmente, passou por inúmeras transformações.
A escrita, seja ela qual for sempre foi uma maneira de representar a memória coletiva religiosa, mágica, cientifica, política, artística e cultural.
A invenção do livro e, sobretudo da imprensa, são grandes marcos da história da humanidade, depois é claro, da própria invenção da escrita. Está foi passando do domínio de poucas pessoas para o público em geral e seu consumo é mais significativo na forma de leitura do que na produção de textos. Os jornais e revistas são hoje tão comuns quanto a comida. Para a maioria das pessoas além de aprender a andar, necessitam também a ler e escrever.
Diante das mais recentes conquista tecnológicas e dos novos hábitos da vida moderna, talvez alfabetizar da forma tradicional seja um anacronismo, segundo Calos Cagriari, 2001.
É curioso notar atualmente uma preocupação talvez a mais séria da história com relação com a alfabetização tradicional, a mais séria da história de caráter tradicional,em um momento que brevemente será considerado analfabeto quem não conseguir operar as maquinas computadores, ser alfabetizados hoje é representa uma ameaça bem menor a quem detem as formas de poder na sociedade do que aprender a operar os computadores, que são hoje as verdadeiras bibliotecas, o lugar da memória coletiva da nossa sociedade. Memoria que não so guardar os valores em uso da sociedade, mas que traça também o destinos das pessoas e da própria humanidade com antigamente, faziam as bibliotecas, os livros, os pergaminhos, as próprias representações pictóricas das cavernas. 
O processo da alfabetização inclui muitos fatores. Quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento de como a criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de interação social; da natureza; da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo alfabetização mais condições terá este professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem.
Agindo desta forma o professor estará mais livre para selecionar os métodos e as técnicas. Buscara os rumos e os ritmos que considerar mais adequados a sua turma, fazendo com que se torne mais fácil seu dia a dia, correspondendo com conhecimento do meio em que está trabalhando.
É de fundamental importância que o professor conheça melhor a escola, na sua relação com sociedade, pois seu espaço de trabalho não se restringe a sala de aula mas toda a comunidade.
2.1 Alfabetização e escola
Alfabetização que poderia e deveria se rum processo de construção de conhecimento que faz com certa facilidade tornou-se um pesadelo na escola a razão principal e a atitude autoritária da instituição escolar. A autoridade escolar funciona melhor depois que os alunos estão domados segundo Cagliari, 2001 p.52. 
Porém nas primeiras séries as crianças resistem, porque ainda não aprenderam a se submeter a tudo que ouvem, ou vêem. A individualidade ainda pe uma marca forte da personalidade das crianças, mas infelizmente não se pode dizer o mesmo dos alunos das últimas séries e sobretudo dos níveis mais alto de escolaridade.
Enquanto a alfabetização ficou presa a autoridade dos mestre e métodos, e livros, que tinham todo o processo preparado de antemão constatou-se que muitos alunos que não trabalhavam segundo as expectativas os mestre métodos e livros eram considerados incapazes e acabavam de fato não conseguindo alfabetizar.
Por outro lado a alfabetização que começaram a valorizar a criança e seu trabalho criaram um clima mais calmo e tranquilo na sala de aula uma melhor interação entre professor e aluno proporcionando condições mais saudáveis para o processo de alfabetização se realize.
O professor deveria se apoiar em sólidos e profundos conhecimentos de linguística e do sistema de escrita (de matemática, e de ciência inclusive). Esses conhecimentos alinhados a pedagogia e psicologia fazem dele um profissional sabem exatamente o que fazer de um jeito e não de outro. Se formássemos de maneira correta nossos professores alfabetizadores teríamos neste pais em pouco tempo outra realidade em termo de alfabetismo. Hoje não só existe milhões de pessoas analfabetas como também pessoas que foram de fato mal alfabetizadas. Nenhum método educacional garante bons resultados sempre, e em qualquer lugar, isso só obtém com a competência do professor.
Nada substitui a competência do professor enquanto nossas escolas continuarem mal nossos professores, a alfabetização e processo escolar com um todo continuarão seriamente comprometidos 
2.2 Alfabetização e letramento
Houve um tempo em que alfabetizar era apenas passar os rudimentos da língua para outra pessoa. Aquele que conhecia estes códigos era considerado alfabetizados. Hoje o indivíduo que possui o domínio do código é apenas realizar a tarefa de codificar/decodificar já não é considerado como alfabetizado. Assim em face do aparecimento de novas situações e exigências linguísticas surgiu uma nova concepção de alfabetização segundo o qual não basta que o aluno tenha o domínio do código, mas é preciso aprender a escrever texto eficiente ou que envolver muito mais conhecimento e habilidade doque simplesmente codificar e decodificar palavras ou escrever frases 
Porém, em função de mudanças sociais a alfabetização assumiu proporções mais amplas e passou a ser compreendida como um processo de compreensão do sistema de escrita inserindo em outro maior, que abrangem a aprendizagem da linguagem escrita e de seus usos sociais possíveis. Entretanto, tal mudanças:
 {...} ganha visibilidade depois que é minimamente resolvido o problema do alfabetismo e que desenvolvimento social, cultural, econômico e político traz novas intensas variadas práticas de leitura e escrita fazendo emergirem novas necessidades além de novas alternativas de lazer. Ao florando o novo fenômeno, foi preciso dar um nome a ele: quando uma nova palavra surge na língua, e que um novo fenômeno surgiu a palavra letramento. (Soares 2002 p.97)
Letramento passou a ser compreendido como estado ou condições de quem não apenas sabe ler ou escrever mas cultiva ou exercem as práticas sociais que usa a escrita. 
Letramento torna-se uma alfabetização em sentido amplo onde o aluno, além de dominar o código oral e escrito, precisa dominar outros conceitos formais de elaboração dos mais diferentes tipos de textos.
A estratégia para a conquista do letramento está na prática da leitura e da escrita. As pessoas que cultivam o habito de ler terão mais facilidades de se expressar graficamente pois a medida que leem com frequência vão incorporando, assimilando aspectos formais de diferentes tipos de textos. Esta prática influenciará na construção de habilidade e competências que resultarão no bom desempenho do futuro escritor.
2.3 Qual a idade para se alfabetizar?
Aos 5 anos uma criança está mais que pronta para ser alfabetizada basta o professor, desenvolver um trabalho correto de ensino e de aprendizagem na sala de aula, nesta idade ela já conheceu e aprendeu muita coisa da vida do mundo e até da história, já testou sua participação na sociedade, seu relacionamento com pessoas diferentes. Aprender a ler e a escrever dentro desse contexto e algo simples e banal, considerando-se a capacidade e a experiência de vida de qualquer criaça de cinco anos.
Posso alfabetizar crianças de educação infantil desde que não seja uma tortura. Fazer aulas que desperte a curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios, nunca será algo cansativo. Em turmas que tem acesso a cultura escrita a alfabetização ocorre mais facilmente porque observar os adultos ouvir histórias contadas pelos pais brincar de ler e escrever algumas crianças chegam a educação infantil em fase avançada. Por isso oferecer o acesso ao mundo escrito desde cedo é uma forma de amenizar as diferenças sociais econômicas que abrem um abismo entre a qualidade da escolarização de crianças ricas e pobres.
2.4 Em quanto tempo se alfabetiza?
Ao longo dos últimos anos o processo de alfabetização foi confundido com tantas coisas estranhas e ficou amarrado a tantas atividades inúteis que o tempo necessário para um aluno aprender a ler e a escrever se espichou demais. O que podia ser feito em um semestre passou a ser feito em um ano.
Com o ciclo básico alguns professores passaram a compreender que agora o aluno tem dois anos para se alfabetizar, o que é falso. Em alguns casos contados com a pré-escola e o segundo ano, o aluno leva três anos a ser alfabetizado, o que é um absurdo.
Alguns professores acham que as crianças começam a ir a escola com três anos não tem a capacidade de ser alfabetizada, isso não é verdade pois a criança já deve saber reconhecer letras, cores, números para quando para o ano seguinte já tenha conhecimento. Mas não é bem isso que acontece muitas crianças chegam com seis anos sem saber nem mesmo a letra do nome, e alguns casos que vão para a primeira série sem saber ler nem escrever o professor precisater ideias bem claras a respeito do que espera de seus alunos, de todos os períodos escolares.
É de importância fundamental que o aluno tenha em mão a chave da decifração da escrita, o segredo da alfabetização sem isso. Tudo o mais fica prejudicado. Uma vez adquirida a chave da decifração da escrita o aluno tem condições de desenvolver até por si só o resto do processo de alfabetização, explorando a extensão e a profundidade da matéria. O professor que sabe disso trabalha mais satisfeito, porque consegue acompanhar o progresso de seus alunos, valorizando o que cada um faz inclusive seu próprio trabalho.
Por outro lado alguns professores vivem em meio a muitas frustrações, porque exigem demais do processo de alfabetização e tem pressa de resolver todos os problemas de fala leitura e escrita dos alunos em apenas um ano. É preciso aliviar um pouco estas tensões na escola, acalmar a ansiedade e ter perspectivas mais realistas. O tempo é o melhor remédio e a paciência uma virtude do educador.
O importante é o professor e os alunos trabalharem sério e constantes com perseverança e calma, porque a aprendizagem não tem dia para acontecer.
Perguntam com frequência os professores, quando posso pedir que as crianças escrevam?
Vários autores dizem que elas devem escrever sempre mesmo quando a escrita parece apenas rabiscos. Ao pegar o lápis e imitar o adulto elas criam um comportamento escritor. E, ao ter contato com texto e conhecer a estrutura deles podem começar a elaborar os seus, aos estudantes alfabetizados devemos oferecer canções, poesias e parlendas, atividades uteis para se chegarem a incrível magica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga pode acompanhar com os dedinhos as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é atirei o “pau no gato,” ela tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras.
2.5 Os objetivos da alfabetização inicial
Os objetivos se definem de forma muito geral nos planos e programas e, de uma maneira muito contraditória na prática cotidiana e nos exercícios propostos para a aprendizagem.
Um dos objetivos sintomaticamente ausentes dos programas de alfabetização dos programas de crianças e de compreender as funções da língua na sociedade. Como as crianças chegam a compreender essas funções? As crianças que crescem em famílias onde a pessoas alfabetizadas e onde a língua escrita, cumpre funções preciosas. Por exemplo: a mãe escreve a lista de compras do Marcado, leva consigo essa lista e a consulta antes de terminar suas compras: sem querer está transmitindo informações sobre uma das funções da língua escrita. 
Recebe-se uma carta ou alguém deixa um recado que deve ser lido por outro familiar ao chegar, sem querer transmite informação sobre outra das funções da língua escrita.
Essa informação que a cresce em um ambiente alfabetizado recebe cotidianamente é inacessível para aqueles que crescem em lares com níveis de alfabetização baixos ou nulos. Isso é o que a “escola dá por sabido”, ocultando assim sistematicamente, aqueles que mais necessitam, para que serve a língua escrita.
2.5.1 A língua escrita como objeto da aprendizagem
A escola como instituição converte o ler e escrever em atividades cotidianas, ela recebe esta informação através da participação em atos ou como guardiã do objeto social que é a língua escrita e solicita do sujeito em processo de aprendizagem uma atitude de respeito cego diante desse objeto, que não se propões como um objeto sobre o qual se pode atuar, mas como um objeto para ser completamente e reproduzido fielmente, sem modifica-lo.
Essa atitude de respeito cego manifesta-se nos mínimos detalhes. O aprendiz deve respeitar cuidadosamente a forma das letras e reproduzi-las seguindo um traçado imposto.
Ocultasse-lhe, assim, que as formas das letras não são fixas, mas que, como as unidades da língua, não se definem isoladamente senão em função de todas as outras, cada uma tem uma definição diferente “tipos” de letra (de imprensa, cursiva, ornamentais etc.); oculta-se também que dentro de cada tipo cada letra tem uma quantidade permitida de variações irrelevantes (porque não afetam sua identificação).
Desde o início, exige-se que o aluno pronuncie como está escrito, invertendo assim as relações fundamentais entre a fala e a escrita: não são as letras que se pronunciam de certa maneira, são as palavras que se grafam de certo modo. Exige-se do aluno, desde o início, um respeito cego para como que um texto “diz”, exatamente, independentemente do que “queria dizer”, o respeito pela forma se põe adiante de qualquer intenção de interpretar o conteúdo, porque se teme que as intenções de interpretar levem a antecipar significado.
Por mais que se repita nas declarações iniciais dos métodos, manuais ou programas, que a criança aprende em função de sua atividade e que se tem que estimular o raciocínio e a criatividade, as práticas de introdução a língua escrita desmentem sistematicamente tais declarações. O ensino nesse domínio continua apegado às práticas mais envelhecidas da escola tradicional, aquelas que supõem que só se aprende algo através de repetição, da memorização da cópia reiterada de modelos, da mecanização.
Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar-se muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Porém a outras crianças, precisamente aquelas de quem se fala no projeto principal, que necessitam da escola para apropriar-se de nada.
Aprender a ler é o segredo da alfabetização, para alguém conseguir ler algo, precisa decifrar a escrita. De acordo com o sistema de escrita, o processo de decifração ocorre de uma determinada maneira. Para decifrar uma escrita feita com letras de um alfabeto, a questão mais importante é saber quais sons estão associados as quais letras. As letras são unidades do alfabeto que representam os sons vocálicos ou consonantais que constituem as palavras. É importante aprender a distinguir as letras entre si e com relação a outros sinais e marcas da escrita.
2.5.2 A descoberta do mundo da escrita 
A descoberta do mundo da escrita é mais fácil para alguns do que ara outros. As crianças que vivem em casa onde se tem livros, revistas, jornais onde as pessoas lêem e escrevem, começam logo cedo a se interessar por essas atividades e a saber coisas a respeito da escrita e seu funcionamento. Por outro lado, crianças que vivem em casa onde não se lê e não se escreve crescem tendo um tipo de comportamento e de conhecimentos a respeito da escrita e da leitura.
Fora de casa, no mundo, a escrita está em toda parte, e tanto ricos como pobres sabe que ela existe e podem até dizer que em um jornal, na embalagem de um produto, nas placas comerciais há coisas escritas. Isso não quer dizer que todos sejam capazes de distinguir qualquer material de escrita do que não é escrita. A escrita pode ser feita de inúmeras maneiras o que torna muito difícil ter uma ideia clara sobre ela.
Parece que a primeira tentativa que as crianças fazem para penetrar no mundo da escrita tem como estratégia considerar toda escrita como sendo ideológica. Muitas crianças abordam a escrita dessa maneira quando ainda são muito novas e estão explorando o mundo. Mas algumas chegam a levar essas ideias para a sala de aula, se o professo não perceber, durante certo tempo elas tratarão a escrita escolar como se fosse um puro sistema ideológico.
Essa ideia é reforçada muitas vezes quando uma criança (ou um analfabeto) pergunta a um adulto (ou a quem sabe ler) o que está escrito. A resposta não é uma explicação de como a escrita funciona, mas a identificação de uma ou mais palavras.
Na sociedade, existem pessoas que leem ou interpretam a escrita, mas também não é raro as palavras virarem decifradores tentando ler. Algumas criançasinteressam-se pela escrita logo cedo e começam a reconhecer certas palavras que veem frequentemente. Depois querem saber como se escreve o próprio nome e acabam decorando que determinada letra é a letra do seu nome.
Quando o professor começa a falar de escrita para as crianças, precisa lembrar que a maioria delas já tem as informações a respeito. Se ele fizer com que as crianças explicitem essas informações, conversando a respeito do que já sabem, terá um bom motivo e um caminho interessante para ensinar a ler e a escreve.
Em algumas classes, com crianças que já passaram por escolas maternais ou pré-escolas, tem alunos que sabem muito mais a respeito da escrita. Por isso, nós professores devemos fazer um levantamento antes de organizar o trabalho de ensino. Reconhecer e respeitar esses conhecimentos das crianças motiva-as a aprender mais rápido uma vez que elas mostram que já sabem muita coisa. Com os alunos que sabem muito pouco ou quase nada sabe a respeito do sistema de escrita, o professor deverá tomar cuidados especiais, devendo ensinar noções que parecem óbvias para todo mundo, mas que não foram sequer percebidas por algumas crianças. Se esses alunos não receberem uma boa explicação, por exemplo, a respeito da diferença entre desenho e escrita ou ainda, que escrevemos como letras representando os sons das palavras, dificilmente acompanharão explicações ais específicas a respeito do funcionamento da escrita, da leitura e da fala.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao encerrar este trabalho monográfico, acreditamos que oi possível realizar o objetivo proposto inicialmente e responder às questões problematizados do tema, ou seja, trazer considerações importantes acerca alfabetização e do letramento.
Para tanto utilizamos uma pesquisa bibliográfica bastante abrangente, onde vários autores demonstram como deve ser a alfabetização e o letramento no processo educativo, bem como o que os professores precisam saber diante dos desafios de ensinar a ler e escrever.
No capítulo I concluímos que a criança passa por várias fases até chegar à idade adulta desenvolvendo em cada uma das fases as habilidades correspondentes a cada uma delas.
É importante falarmos deste tema neste trabalho porque queremos que nossas crianças se tornem aprendizes pelo resto da vida, que consigam pensar com autonomia, independência e sejam capazes de se importar com a vida, com a comunidade, com o meio ambiente e com o planeta, que saibam usar bem os recursos do meio em que vivem e que também tenham as competências básicas de falar, escrever, ler, ouvir e lidar com quantidades e números.
É preciso que os professores contribuam para que as crianças continuem a serem, durantes toda a sua vida, espontâneas, autênticas e coerentes no pensar e no agir, participando ativamente da construção de uma sociedade mais justa. 
No capítulo II concluímos que a alfabetização rem sido uma questão bastante discutida pelos que se preocupa com a educação.
Cabe a escola ensinar a ler, escrever e fazer de seus alunos bons leitores e para isso terá que ler constantemente para eles, oportunizando aos alunos contato com a diversidade de textos existentes na sociedade. Ressaltamos ainda que em breve serão considerados analfabetos quem não conseguir operar as máquinas e os computadores.
Durante as exposições das considerações acerca do tema foi possível que nem sempre a alfabetização foi vista como tal, por tanto não havia preocupação com o letramento, uma vez que a alfabetização era tida como decodificação.
O objetivo desse trabalho foi colocar as diferentes concepções construídas historicamente a fim de que aqueles que leiam reflitam qual sua concepção de alfabetização e letramento no contexto histórico atual, bem como o significado o letramento na educação do cidadão.
Finalmente, os diferentes autores citados no trabalho dão credibilidade suficiente para que se posa viabilizar o trabalho educativo pautado em teoria que justifique a alfabetização e o letramento.
Este trabalho oportunizou-nos reflexão sobre o tema. A necessidade de utilização de texto de uso social em sala de aula.
Como pode ser observado, o tema apresentado traz considerações significativas que colaboram e engrandecem a bagagem intelectual de todos aqueles que tiverem a oportunidade de conhece-los.
REFERÊNCIAS 
TARDIF, M e LESSARD, M.C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
SILVA, E. P. da. Ser professor e a relação ensino-aprendizagem: uma contribuição piagetiana. 2015. 253 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2015.
MELO, S. G. de. Relação entre clima escolar e desempenho acadêmico em escolas públicas de ensino médio representativas de um estado brasileiro. 2017. 260f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista. Marília, 2017.
DEVRIES, R.; ZAN, B. A ética na educação infantil: o ambiente sociomoral na escola. 1. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
BONFIM, P. A. Educação Infantil e o desenvolvimento da autonomia sócio-moral. 2008, 108f. Monografia. Universidade Estadual Paulista, Bauru.
MORAIS, Artur Gomes de.Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correar. Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire.São Paulo: Cortez, 2007
MORAIS, Artur Gomes de.Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2012.
GRAMINHA, S. S. V., & COELHO, W.F. (1994). Problemas emocionais/ comportamentais em crianças que necessitam ou não de atendimento psicológico ou psiquiátrico. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), XXIV Reunião Anual de Psicologia, Resumos de Comunicações Científicas. Ribeirão Preto: SBP

Continue navegando