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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Pesquisa e Pratica em Educação – Pré-Projeto
 Fernanda Pereira Porto
ANGELIM
2020
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pesquisa e Pratica em Educação – Pré-Projeto
Projeto exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Pesquisa e Pratica em Educação – Pré-Projeto sob a orientação do Professor GEORGIA GOMES VICENTE
 Curso: Pedagogia
 ANGELIM
2020
 Alfabetização e Letramento na Pré – Escola e Suas Praticas
 Fernanda Pereira Porto
 GEORGIA GOMES VICENTE
RESUMO : Neste contexte a finalidade principal desta pesquiza tem como objetivo ressaltar a função da Educação Infantil, destacando o letramento como uma prática pedagógica a ser realizada de modo lúdico. É enfatizado que o processo de alfabetização formal irá ocorrer no Ensino Fundamental. Para a realização deste trabalho, foram realizadas entrevistas com três educadoras e três pais de crianças da Educação Infantil, sendo de duas escolas públicas no município de Angelim. Os resultados da pesquisa mostram de que forma as educadoras organizam o planejamento e o que evidenciam, e os pais mostram seu breve entendimento sob a mesma. Observou-se na pesquisa que ambas as escolas organizam o planejamento de modo que não proporcionem a alfabetização, tendo como foco o lúdico e as necessidades da Educação Infantil. Os pais demonstram ter uma noção do que pode ser proporcionado para seus filhos.
Em um enfoque principal a Alfabetização e o Letramento, como processos que caminham juntos, este trabalho, em específico, busca repensar a aquisição da língua escrita, baseada no alfabetizar letrando, não basta ao indivíduo ser simplesmente alfabetizado, ou seja, aprender meramente a decodificar. É  necessário e de suma importância  que o indivíduo seja também letrado para que possa exercer as práticas sociais de leitura e escrita que a sociedade exige, estar alfabetizado é ver o mundo com outros olhos, com olhos de leitor e escritor, com olhos de quem aprende e vai levar o seu aprendizado para toda a vida. Estar alfabetizado é muito mais do que pegar um texto e decodificar ler apenas, ser alfabetizado é compreender é abrir os olhos para um novo mundo do saber, é ir muito mais além do que saber ler e escrever é entender o que esta lendo e saber escrever um texto que tenha sentido, entender o que esta nas entre linhas ao interpretar um  texto.
Uma pessoa  que não consegue entender um pequeno texto ou só escreve um monte de palavras é um analfabeto funcional. A alfabetização é um processo que acontece no decorrer da vida do indivíduo, quanto mais se estuda mais capacidade a pessoa terá de usar a linguagem efetiva, ela terá uma maior possibilidade de se informar e uma maior capacidade de se expressar. Então não podemos dizer que uma criança que estuda apenas quatro ou oito anos esteja alfabetizada, a grande maioria apenas escreve e decodifica textos e elas só vão desenvolver suas capacidades com a continuação dos estudos e com a maturidade o aprendizado nunca termina sempre teremos coisas novas a aprender que levaremos por toda a vida. Conforme Rios (1993) é preciso, ainda, assimilar novas formas de se relacionar com o conhecimento, a pesquisa, a organização e a função da comunidade no envolvimento da educação como um todo, atrelado a um ambiente que desenvolvem aprendizagens significativas que possibilitem aos alunos conhecerem o mundo e conhecerem-se no mundo, como condição para o desenvolvimento de sua capacidade de atuação cidadã” como relata Lück (2009).
Palavras chave: Educação Infantil. Anos Inicias. Letramento. Alfabetização
 INTRODUÇÃO
A alfabetização e letramento são processos sobre os quais sempre me instiguei a entender como e de que maneira acontecem na escola, principalmente na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Entender esses dois processos é indispensável para que, o trabalho na Educação Infantil e nos Anos Inicias do Ensino Fundamental sejam significativos para os sujeitos que nela atuam.
Nesse contexto, a alfabetização é entendida como uma técnica que tem como objetivo ensinar a ler e escrever de maneira coerente, já o letramento se trata da habilidade de fazer o uso da leitura e escrita não só na escola, mas em outros espaços sociais. Assim, alfabetizar e letrar são interdependentes. Então quando bem articulados ao planejamento de um educador, podem trazer benefícios, ou seja, uma aprendizagem mais significativa e eficaz na vida dessas crianças.
No primeiro capítulo, trago a alfabetização e letramento em outra perspectiva, a de leitura de mundo. Alfabetizar e letrar é sim aprender a ler e escrever de maneira coerente, mas também, é a compreensão do mundo, a sociedade, o tempo e o espaço, sendo interpretados, de modo que compreendam a realidade pois, nessa perspectiva a leitura e a escrita ainda não são executadas sistematicamente. Nesse sentido, a alfabetização e letramento são processos que podem estar presentes no cotidiano da maioria dos seres humanos, e são necessários para que possam inserir-se na realidade e entender, compreender o mundo, a sociedade no qual se encontra.
No segundo capítulo, ressalto a etapa da Educação Infantil e suas especificidades, destacando o que de fato acredito, pautado nas obras de pesquisadores da infância, que seja ideal estar presente no cotidiano das crianças que frequentam esse ambiente. Então evidencio a possibilidade de elaboração de um currículo que tenha com base os princípios éticos, políticos e estéticos que garantem experiências e vivências de modo que se desenvolvam. Então, por meio currículo elaborado pelos educadores das escolas pesquisadas, é que se pode organizar um planejamento que atinja as metas e objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico. Para a organização deste, proponho que sejam elencadas os campos de experiência conforme a Base Nacional Curricular Comum apresenta.
A Educação Infantil precisa levar em conta que, esta é uma fase em que as crianças estão em desenvolvimento, e por isso precisa proporcionar vivências significativas. São essas vivências que se dão de maneira lúdica, por meio do brincar, do descobrir o mundo e a si mesmo que fazem parte do dia a dia nesta etapa. É por meio desse ambiente curioso que sugiro que esta etapa seja um ambiente que evidencia o letramento de maneira que os instigue ao mundo letrado. A educação Infantil não tem como foco a alfabetização, mas sim proporcionar o letramento e o contato com mundo da leitura.
Ressaltando-o, no terceiro capítulo, que a alfabetização se inicie nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Destaca-se a perspectiva de alfabetizar letrando, em um ambiente alfabetizador que interligue com o planejamento do educador. Proponho que a sala do primeiro ano seja um ambiente lúdico e que ofereça materiais que instiguem as crianças a aprender a ler e escrever. Alfabetizar letrando é mais do que ensinar ler e escrever, mas acima de tudo é perceber o uso da leitura e da escrita no contexto social, como uma prática que faz parte da realidade social de cada sujeito.
A razão da escolha do tema alfabetização e letramento se dá devido a percepção, durante minha trajetória como educadora, de crianças atuando na Educação Infantil com habilidades avançadas na leitura e escrita. Será mesmo que está habilidade precisa ser desenvolvida antes de ingressar nos Anos Iniciais? O que de fato pode ser evidenciado na Educação Infantil? alfabetização ou letramento? No decorrer do texto, o leitor entenderá como e de que maneira ressalto que estes processos podem ser evidenciados na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Portanto devem-se considerar contribuições para o desenvolvimento e letramento de seus alunos. É indiscutível a atuação do educador infantil de modo a contribuir para a formação de sujeitos que saibam ler e escrevercom autonomia, isto é, capazes de fazer o uso competente dessas habilidades de acordo com as demandas sociais. Em vista disso, esta investigação se desenvolveu em torno da temática das práticas de letramento e alfabetização na educação infantil, de modo específico, nos anos finais dessa etapa de ensino, isto é, na pré-escola. 
A educação infantil desempenha papel efetivo, do ponto de vista pedagógico, garantindo às crianças aprendizagem de novas formas de expressão. Nesse contexto, se há a valorização de sua realidade e de seus conhecimentos prévios, o aprendizado das técnicas de leitura e escrita é, sem dúvida, beneficiado. 
Na pré-escola, o trabalho direcionado ao processo de aquisição das referidas técnicas se realiza de modo mais evidente e sistemático, por isso a opção nesta investigação por essa etapa da educação infantil. 
Concomitantemente com essas práticas direcionadas à alfabetização vivenciadas na pré-escola, as crianças estão rodeadas de eventos de letramento nas diversas esferas da vida social. Nas instituições educativas, essas ações podem ser vivenciadas em maior ou menor grau, dependendo do trabalho da educadora, isto é, caso ela considere relevante propiciar condições para a promoção do desenvolvimento não apenas da alfabetização, mas também do letramento. Assim, cabe refletir: em que medida educadoras da pré-escola consideram favorecer o desenvolvimento dos processos de alfabetização e letramento de seus alunos? Com o intuito, então, de refletir em torno dessa questão, este estudo teve como objetivo geral discutir práticas apresentadas por educadoras do pré-escolar de uma instituição privada e de outra pública da rede municipal de ensino da cidade de Angelim - Pe direcionadas ao desenvolvimento dos processos de letramento e alfabetização de seus alunos. De modo mais específico, buscou-se conhecer a concepção dessas educadoras acerca dos processos de alfabetização e letramento. Além disso, procurou-se analisar, brevemente, suas considerações em relação às próprias práticas, de modo a favorecer o desenvolvimento do letramento e da alfabetização nessa etapa de ensino.
A alfabetização é um processo que começa muito antes da entrada da criança na escola, onde é submetida a mecanismos formais de aprendizagem da leitura e da escrita.
Alfabetzação e letramento : uma relação constante com o meio em que vivemos
Quando pensamos em alfabetização e letramento, logo ponderamos que este processo se inicia ao ingressar nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou até mesmo na Educação Infantil. Entretanto, ressalto que alfabetizar e letrar são práticas que precisam ser executadas em seu tempo, em meio ao desenvolvimento de cada sujeito.
Ao tratar de alfabetização e letramento como um processo contínuo, que vai se constituindo conforme nos desenvolvemos, saliento o estímulo da oralidade desde cedo para que impulsione este processo. A oralidade é uma produção cultural que se desenvolve conforme a língua que um sujeito traz consigo, diante da cultura em que vive, por isso se desenvolve por meio da interação coletiva com outros sujeitos.
A todo momento os sujeitos estão em constante contato com a oralidade, então, desde que o bebê se encontra no ventre de sua mãe por exemplo está sendo estimulado pelos adultos a iniciar o processo de aquisição da oralidade, que se inicia por meio de conversas, cantigas e histórias. Através desses estímulos, começam a perceber que as coisas, os objetos e as necessidades básicas possuem uma denominação, e consequentemente surgem as primeiras tentativas de expressar sua necessidade por meio da fala.
Esse vínculo afetivo desde muito cedo é, como uma base para que, ao nascer, crescer e ingressar na Educação Infantil os sujeitos já estejam provocados e instigados ao processo de alfabetização e letramento. É por meio desse processo que se inicia, antes mesmo de nascerem, que a oralidade vai se constituindo, contribuindo para o processo de alfabetização e letramento numa perspectiva de leitura de mundo.
Conforme este sujeito cresce, vai percebendo que tudo ao seu redor tem um significado e aos poucos inicia um processo de leitura de mundo, interpretando e conhecendo o espaço em que está inserido. Isso significa que mesmo sem saber que um determinado objeto pode ser lido e tem uma grafia, entende e interpreta que o mesmo tem sua função. Como exemplo disso, pode se pensar em uma criança que necessita para dormir uma chupeta e, toda noite antes de deitar-se encontra este objeto para usá-lo. Esta criança mesmo sem saber que a chupeta possui uma grafia, interpreta e entende que objeto é este, e que é necessário para que possa dormir. Além disso, o ambiente em que está inserido apresenta representações de variados lugares com que se depara cotidianamente, ou seja, toda representação de uma loja por exemplo, com roupas e manequins na vitrine mesmo que não saiba sua denominação, interpreta que este local representado é uma loja de roupas. Ferreiro afirma:
Muito antes de serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentam interpretar os diversos textos que encontram ao seu redor (livros, embalagens, comerciais, cartazes de rua), títulos (anúncios de televisão, histórias em quadrinhos, etc...)(1996, p.65). Logo que inserem-se no espaço em que vivem, vão percebendo que as representações estão presentes por todos os lados, bem como que necessitam se apropriar, entender o modo como as pessoas se comunicam, mesmo que ainda não saibam ler e escrever no sentido convencional. Assim, a alfabetização e letramento “passa a ser entendida como um longo processo que começa bem antes do ano escolar em que se espera que a criança seja alfabetizada e consiga ler e escrever pequenos textos” (BRANDÃO; ROSA, 2010 p.20).
A alfabetização e letramento se inicia antes de os sujeitos ingressarem na escola, pois inseridos na sociedade em que vivem tem de interpretar as representações que seu cotidiano oferece, os livros, folders, anúncios entre outras e localizar-se no espaço social.
o letramento se preocupa com a função social do ler e do escrever.
A expressão letramento apareceu ao lado da alfabetização por se considerar o domínio mecânico da leitura e da escrita insuficiente na sociedade atual. Tornou-se objetivo da escola introduzir os alunos nas práticas sociais de leitura e escrita, pois deixou de ser satisfatório em sua formação o desenvolvimento específico da habilidade de codificar e decodificar a escrita.
Para tal, é necessário mais do que apresentar para os alunos as letras e sua relação com os sons, as palavras e as frases. É preciso trabalhar com textos reais estimulando a leitura e a escrita dos diversos gêneros textuais para que aprendam a diferenciá-los e a perceber a funcionalidade de cada um dos textos (para que eles servem) e as diversas finalidades da leitura e da escrita (para que lemos e escrevemos).
Dessa forma, percebemos que alfabetizar e letrar são duas tarefas a serem desenvolvidas concomitantemente nas classes de alfabetização.
O ambiente alfabetizador
O que é o ambiente alfabetizador?
[...] um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita das quais as crianças têm oportunidade de participar" (RCNEI; SEF, 1998, p. 154). O educador que tem como finalidade principal a aprendizagem de seus alunos. Deve proporcionar uma sala de aula que lhes permita ter acesso a diversos tipos de cultura escrita, com os quais possam interagir. 
Uma das funções estabelecidas pelos PCNs para língua portuguesa é levar o aluno a “utilizar a linguagem escrita de modo atender as múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos e considerar as diferentes condições de produção de discurso”, ou seja, que o aluno além de alfabetizado, faça uso da leitura e da escrita em práticas sociais. Uma das funções estabelecidas pelos PCNs para língua portuguesa é levar o aluno a “utilizar a linguagem escrita de modo atender as múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitoscomunicativos e expressivos e considerar as diferentes condições de produção de discurso”, ou seja, que o aluno além de alfabetizado, faça uso da leitura e da escrita em práticas sociais. 
Estímulo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos é a tônica de um ambiente alfabetizador. Tudo que for absolutamente desafiador e possível de ser realizado propiciará um processo de ensino e aprendizagem muito mais harmonioso, por ser mais produtivo.
As crianças têm preferências por atividades diferentes e cada uma apresenta um ritmo próprio. O desenvolvimento das atividades psicomotoras, do relacionamento com os outros, da fala e de diversas outras formas de comunicação vão acontecendo em épocas relativamente distintas. As crianças reagem de formas diferentes, por isso o ambiente alfabetizador precisa ser organizado e assimilar hábitos de trabalho que contribuam para a independência de cada uma delas. A sala de aula deve estar preparada de forma a despertar o interesse pela leitura, pela escrita e pelo manuseio do material didático.
Este é um material "vivo" na sala de aula, ou seja, está em constante ampliação e utilização; é uma escrita de referência para os alunos. Explore ao máximo o material.
A importância do lúdico no desenvolvimento do trabalho com a linguagem
A evolução da leitura e da escrita, tendência natural, expressiva e criativa da criança, pode ser facilitada pelo educador por meio de atividades lúdicas, que servirão de apoio ao desenvolvimento da linguagem falada e ao processo de aquisição da linguagem escrita. Jogar e brincar são atividades que, se bem orientadas, certamente contribuirão para o desenvolvimento da psicomotricidade no contexto do processo escolar.
O brincar ensina a criança a lidar com as emoções. Por meio da brincadeira, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade. Portanto, a escola deve facilitar a aprendizagem utilizando atividades lúdicas que criem um ambiente alfabetizador a fim de favorecer o processo de aquisição de autonomia na hora do aprendizado.
As atividades lúdicas, quando bem direcionadas, trazem benefícios que proporcionam saúde física, mental, social e intelectual à criança, ao adolescente e até mesmo ao adulto.
Elas propiciam benefício físico – os jogos lúdicos devem ser a base principal dos exercícios físicos oferecidos às crianças, pelo menos durante o período escolar – e intelectual – o brinquedo contribui para a desinibição, produzindo uma excitação mental altamente estimulante.
Como benefício social – a criança, através do lúdico, representa situações que simbolizam uma realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o eu. Por exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ela ainda vai viver e, portanto, desenvolve um instinto natural. O brincar constrói na criança a noção social da importância das regras e do respeito aos outros.
Como benefício didático – as brincadeiras transformam conteúdos em atividades interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do lúdico.
Em resumo, percebemos que, mais do que um passatempo, o lúdico é altamente importante como estratégia de trabalho para o desenvolvimento dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais na formação das crianças e deve estar presente na sala de aula.
Apresentação do Tema e do Problema
Alfabetização e letramento trás questionamentos a sociedade de quando e a idade certa e periodo adequado para este processo.a aprendizagem “inicial”, ou seja, na educação infantil, as práticas utilizadas são geralmente, baseadas na junção de silabas simples, mecanização, memorização, codificação e copias. Normalmente os professores utilizam o método sintético e método analítico. O método sintético preserva a correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia, ou seja, processo que consiste em partir das partes do todo, já o método analítico insiste no reconhecimento global das palavras ou orações (Ferreiro & Teberosky). Com o tempo, ocorreu o método misto, ou seja, misturavam estratégias dos métodos sintético e analítico.
Segundo Rocha (2005) “a partir dos anos 50, a psicologia começou a fazer um enorme sucesso nas universidades do Brasil, e utilizaram as escolas para teste e/ou laboratório para os estudantes e pesquisadores da área. Sem formação pedagógica, sem formação linguística, os psicólogos começaram a aplicar uma variedade de testes e chegaram à conclusão de que a grande dificuldade de aprendizagem das crianças na alfabetização devia-se ao fato de as crianças repetentes serem de famílias carentes. Carentes de alimentação na infância, carentes de emoções que as motivassem para aquisição de cultura, enfim, carentes de praticamente tudo. Assim, não podiam aprender”.
Diante deste motivo foi idealizado o um período que precedesse a alfabetização, o chamado “período preparatório”, no qual as crianças seriam treinadas nas habilidades básicas. Neste período seriam aplicadas atividades para as crianças, a exemplo de realizar as curvinhas, completar figuras, fazer bolinhas etc. Além da cartilha e do manual do professor, surgiu, então, o livro de “exercícios de prontidão”. Entretanto não resolveu o índice de cinquenta por cento de reprovação na primeira série manteve-se mais ou menos inalterado. (ROCHA, 2005)
 Abordagem qualitativa: . No início de década de 80, os resultados da pesquisa pioneira de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, descrevendo a psicogênese da língua escrita a partir de referencial piagetiano, provocaram significativas alterações na fundamentação teórica do processo ensino aprendizagem da lectoescrita - é a habilidade adquirida de poder ler e escrever, deslocando seu eixo de "como se ensina" para "como se aprende" a ler e a escrever. (ROCHA, 2005)
Nesta perspectiva os conceitos de prontidão, imaturidade das crianças, habilidades motoras e perceptuais, deixam de ter sentido isoladamente, os aspectos motores, cognitivos e afetivos, devem ser estimulados, mas vinculados ao contexto da realidade sociocultural dos alunos. Segundo Rocha, 2005, essa nova concepção de alfabetização ficou conhecida como "construtivista" e explica que o aprendizado da leitura e da escrita segue uma linha de evolução regular, - são classificados em pré-silábico, silábico e alfabético, independente da classe social do aprendiz, de ele ter/não ter cursado a pré-escola e do dialeto falado. Ferreiro e Teberosky (1986).
Abordagem quantitativa: Que relação a linguagem oral tem com o desenvolvimento da leitura e da escrita,
Que relação a linguagem oral tem com o desenvolvimento da leitura e da escrita?
A fala é o principal instrumento de comunicação das crianças com os professores e os colegas. Entretanto, é recente a tendência de torná-la um conteúdo na escola. Hoje, compreende-se que todos precisam saber se expressar e usar a linguagem em variadas situações comunicativas: conversas, entrevistas, seminários, ao telefone, entre tantas outras. Para desenvolver a comunicação oral desde cedo, é importante diversificar os assuntos tratados em sala de aula. O grupo pode discutir uma reportagem, um fato recente ou até um texto científico. Trazer outras pessoas para bater papo também ajuda. A importância do desenvolvimento da linguagem oral não se limita a questões ligadas aos relacionamentos sociais, como aprender a se comunicar, a expressar suas ideias, pensamentos e dúvidas. É fundamental também para o desenvolvimento cognitivo, principalmente ligado ao aprendizado da escrita e da leitura.
Por meio de um trabalho de desenvolvimento da oralidade, as crianças aprendem a distinção entre linguagem oral e escrita (quando percebem que o que está sendo lido não é exatamente igual ao que está sendo contado), organizam o pensamento e a linguagem, ampliam o vocabulário, aprendem a explicar, justificar, opinar e argumentar para defender seus pontos de vista.
O trabalho com a linguagem oral é fundamental também como preparação para a produção de textos, pois,mesmo no momento em que as crianças não escrevem convencionalmente, elas podem produzir textos oralmente trabalhando a organização de ideias, a topicalização dos fatos, a coerência, a organização discursiva dos textos.
Dessa forma, percebe-se que o trabalho com a linguagem oral é pré-requisito fundamental, devendo estar presente em todas as aulas.
Letramento 
A palavra “letramento” e relativamente nova, pois no inicio da década de 80 ainda não ouvíamos falar sobre o assunto. Foi no ano de 1986 que Mary Kato, em seu livro “No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística”, escreve as primeiras palavras, referindo-se ao tema. Dois anos depois, em 1988, Leda Verdiani Tfouni, em um dos seus livros, - “Adultos não alfabetizados: o avesso dos avessos", “Alfabetização e letramento” em 1995. - escreve sobre a diferenciação de alfabetização e letramento. Na realidade, o termo originou-se de uma versão feita da palavra da língua inglesa "literacy", com a representação etimológica de estado, condição ou qualidade de ser literate, e literate é definido como educado, especialmente, para ler e escrever.
Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, apresenta aspecto sócio-históricos, práticas psicossociais, e exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive. (SOARES, 2000; TFOUNI,1988).
Kleiman (1995, p. 19), define letramento como “um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”.
Para Soares (2001, p. 24):
O desenvolvimento da linguagem escrita
Como se desenvolve a linguagem escrita? Para que aprender a escrever e a ler?
A construção da escrita caracteriza-se por ser um processo que ocorre nas interações sociais vivenciadas pela criança, isto é, na interação com os adultos, a qual não somente vai dando sentido à escrita da própria criança, como também contribui para que ela se torne "sujeito".
Dessa forma, a alfabetização como prática social precisa lidar com textos reais e com as reais necessidades de leitura e escrita, para que as crianças percebam a função social de tal aprendizado e assim estabeleçam um diálogo com o mundo.
Nessa perspectiva, Soares (2001) afirma que "a função da escola, na área de linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, explorando tanto a língua oral quanto a escrita como forma de interlocução, em que quem fala ou escreve é um sujeito que em determinado contexto social e histórico, em determinada situação pragmática, interage com um locutor, também um sujeito, e o faz levado por um objetivo, um desejo, uma necessidade de interação". (SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 2001. 2. ed., p. 13-60.)
A aprendizagem do uso da escrita, na escola, torna-se um aprendizado a mais: ser capaz de assumir sua palavra na interação com interlocutores que reconhece e com quem deseja interagir para atingir objetivos e satisfazer desejos e necessidades de comunicação.
Portanto, é fundamental que, no processo de alfabetização, as crianças saibam as funções sociais e as finalidades da leitura e da escrita; precisam saber para que se aprende a escrever e a ler. Só compreendendo e praticando esse exercício é que a alfabetização terá sentido.
Reforçando os estudos antes apregoados por Vygotsky e Piaget, a aprendizagem se realiza em uma relação interativa entre o sujeito e a tradição em que vive. Esse fato significa que, ao lado dos processos cognitivos de preparação totalmente pessoal (ninguém consegue aprender pelo outro), há uma situação que, não só oferece informações peculiares ao aprendiz, como também incentiva e dá significado ao que é aprendido, e ainda favorece suas essenciais capacidades de aplicação e emprego nas situações que são experimentadas.
Para Carvalho Junior (2008) os campos conceituais de Vergnaud são meios para se elaborar uma intervenção didática que favorecerá o desenvolvimento das capacidades da criança, revelando que: “[...] o saber se forma a partir de problemas para resolver, quer dizer, de situações para dominar”.  
Para Vergnaud, a construção do conhecimento se dá pela sequência: conceitos » situações » representações.
Segundo Izelda Feil (1991, p. 91), [...] a criança passa por estágios bastante definidos. Dos traços desordenados até a representação de cenas, ela vai evoluindo harmonicamente na sua percepção, linguagem, compreensão, relação [...] a criança que é capaz de representar espontaneamente cenas, previamente planejadas, demonstra indício de maturidade para a leitura e para escrita.
Na aprendizagem inicial as práticas empregadas estão em sua maioria, fundamentada na união de sílabas simples, arquivamento na memória de sons e decifração de cópias. Tais formas fazem com que as crianças sejam um expectador passivo, um receptor mecânico, pois não compartilha do processo de formação do conhecimento.
De acordo com Martins (2007, p. 27) “[...] a leitura vai, portanto, além do texto e começa antes do contato com ele”. A leitura acontece a partir do diálogo do leitor como uma finalidade lida, seja escrito ou sonoro, seja um gesto, uma figura, um evento. Esse diálogo é valorizado por um tempo e um espaço, uma situação ampliada de acordo com os desafios e as respostas que o objeto oferece, em função de expectativas e obrigações, do prazer das descobertas e do conceito de vivência do leitor.
De acordo com Ana Teberosky, um ambiente alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos – digitais ou em papel – um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo o momento esses escritos, que faz circular ideias que eles contêm, é chamada alfabetizadora”. Permitindo desta maneira, a inserção da língua escrita no cotidiano do alfabetizando, seja por meio de revistas, jornais, gibis, livros, cartazes, das palavras na lousa, ou de situações cotidianas, como outdoors, letreiro de ônibus ou metrô, caixas eletrônicos etc. 
O ambiente alfabetizador, portanto, deve ser organizado de forma que se constitua uma ferramenta de aprendizagem, e que inclua diversos gêneros textuais, os quais devem estar acessíveis aos alunos e permitir uma interação com os mesmos. 
Tal ambiente não valoriza apenas a aparência, o material escrito deve estar relacionado com as atividades desenvolvidas, de acordo com as necessidades dos alunos, o que possibilita as crianças construírem seu próprio conhecimento, e, neste processo dinâmico de aprendizagem, o professor é o mediador. 
EDUCAÇÃO INFANTIL: RECONHECENDO ESTA ETAPA E SUA FUNÇÃO PEDAGÓGICA
Muito se discute sobre o que precisa ser proporcionado às crianças entre quatro e cinco anos em plena fase de desenvolvimento na Educação Infantil. O que percebo, é que muitas vezes esta etapa é considerada menos importante para as escolas, educadores e pais. Pensar desta forma é um equívoco, por isso discutir o ambiente da Educação Infantil me remete a pensar que etapa é essa e qual sua função pedagógica no âmbito escolar.
A Educação Infantil é a etapa no qual, as crianças tem seu primeiro contato com a escola, a partir daí encontram-se inseridas no contexto escolar. Para muitas crianças este contato se inicia muito cedo, por volta dos seis meses, um ano de idade, outras, iniciam este contato somente com quatro anos, já que sua frequência a partir desta idade é obrigatória por lei. Entretanto, independentemente da idade em que estes sujeitos ingressam na Educação Infantil, a permanência nesta etapa é muito importante para o desenvolvimento dos mesmos. Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil esta fase é considerada a:
O papel do professor é fundamental, pois o bom andamento das atividades de ensino depende diretamente da ação docente, de como se faz a mediação conhecimento/criança. Compreende-se como importante característica do profissional de Educação Infantil a busca constante por aprender sobre o desenvolvimento da criança, sua forma de ver e sentir o mundo,criando oportunidades para ela manifestar suas ideias, sua linguagem, seus sentimentos, sua criatividade, suas reações, suas relações sociais e sua imaginação.
Na ação pedagógica, deve-se compreender o ato de brincar como estratégia permanente da prática educativa e oferecer aos alunos um ambiente com espaços e materiais organizados que propiciem desafios e diferentes manifestações infantis, potencializando assim sua expressão por meio de diferentes linguagens, movimentos, imaginação, criatividade, emoções, socialização, autonomia, conhecimento de mundo, pensamentos e sentimentos.
Ter uma boa interação, estabelecer um trabalho conjunto com outros profissionais de modo integrado e relacionar o ato de educar e ensinar de maneira responsável, reconhecendo a criança como um ser inteiro, são características que o professor deve cultivar de maneira ética, respeitando os demais profissionais, os alunos e as famílias.
Importante também ser criativo e paciente nas relações, ter disponibilidade para brincar com os alunos, exercitar o olhar e a escuta infantil e reconhecer que a educação, especialmente nesta fase, é um ato de amor, de construção, de exploração de potencialidades, de busca e de descoberta.
A mediação do professor e sua importância no desenvolvimento dos alunos
O que é mediação?
Ser mediador é se posicionar literalmente entre o ensino e a aprendizagem, ou seja, é não dar respostas prontas, e sim estimular a busca de respostas promovendo a reflexão, mostrando os caminhos, compreendendo as dificuldades e o motivo de elas estarem ocorrendo. Dessa maneira, o professor-mediador estará colaborando para a construção da autonomia dos alunos - seja de pensamento seja de ação - ampliando a participação social e dinamizando o desenvolvimento mental deles, de forma a capacitá-los a exercer o papel de cidadão do mundo.
Resultados de uma mediação adequada
A mediação terá sucesso quando o professor: 
· interagir com a criança, e não coagi-la;
· interagir com a criança procurando compreender seu mundo e o modo de ela vivenciá-lo; para isso, é preciso entender o universo dela e o processo que está em andamento;
· considerando o conhecimento de mundo que a criança traz, valorizá-la, estimulá-la e proporcionar-lhe outros conhecimentos e outras leituras;
· estimular a reflexão e a busca de respostas;
· usar o “erro” da criança para buscar o “acerto”;
· não ignorar nem desrespeitar as várias formas dialetais utilizadas pelos alunos. Ao contrário, num clima de respeito, desde a Educação Infantil, encorajar todas as crianças a falar, a escrever e a ler como sabem;
· der voz à criança e orientá-la a respeitar a fala dos outros.
Vygotsky (1989), ao abordar o brincar, refere-se especificamente ao brinquedo de faz-de-conta, tanto em sua dimensão individual quanto grupal. Mais recentemente, estudos têm mostrado a importância das brincadeiras turbulentas para o desenvolvimento infantil (Jarvis, 2006; Scott & Panksepp, 2003; Smith & Pellegrini, 2004). Estas seriam brincadeiras que envolvem comportamentos fisicamente vigorosos e agitados, como empurrar, brincar de luta e perseguir. Esses estudos vêm demonstrando que as brincadeiras turbulentas estão relacionadas ao criança estabelece com os adultos e pares mais capazes de seu grupo cultural que se dá a aprendizagem e a transmissão da cultura. O adulto tem, assim, um importante papel de mediador na relação da criança com os elementos culturais. 
O tipo de interações, as atividades, a organização dos espaços e do tempo nas escolas infantis estão fortemente relacionados ao contexto cultural em que as instituições estão inseridas. Para Rogoff, Mosier, Mistry e Göncu (1993), as práticas sociais que promovem o desenvolvimento infantil variam conforme a cultura e estão ligadas a valores e hábitos considerados importantes em determinado contexto.
Assim, os aspectos da escola mencionados pelas crianças em pesquisas também costumam ser coerentes com a proposta pedagógica da instituição e com os valores de sua cultura. Na Islândia, por exemplo, Einarsdóttir (2008) constatou que as crianças valorizavam muito a oportunidade de brincar com seus pares na escola. A autora ressalta que, nesse país, a filosofia e a prática da educação infantil enfatizam justamente o papel do brincar e buscam que as crianças desenvolvam desejo e curiosidade pela aprendizagem. 
desenvolvimento de habilidades psicomotoras e sociais nas crianças.
Embora se saiba da importância do papel do brincar para o desenvolvimento infantil, esse conhecimento nem sempre se reflete no cotidiano das creches e pré-escolas. Estudos observaram, nas rotinas das escolas de educação infantil no Brasil, ou o predomínio de atividades que enfatizam o cuidado ou o caráter escolarizante das práticas desenvolvidas nesses locais (Campos, Füllgraf, & Wiggers, 2006; Cruz, 2001; Tomazzetti, 1997). 
Pesquisadores que investigam o cotidiano de creches e pré-escolas costumam enfatizar a função disciplinadora da escola, a presença de inúmeras regras e proibições e as tentativas de controle do comportamento das crianças (Barbosa, 2006; Carvalho, 2008). Não por acaso, as crianças, quando escutadas em pesquisas, mencionam com frequência as regras e a disciplina da escola (Cruz, 2002, 2008; Gonçalves, 1990). Os professores, por sua vez, costumam aparecer como os principais articuladores dessa função disciplinadora. As crianças destacam, assim, os mecanismos de controle empregados pelas educadoras, as normas básicas de sala de aula, o merecimento da punição mediante mau comportamento, etc. (Cruz, 2002, 2008; Gonçalves, 1990, 1996). 
Quando boa parte do tempo e das relações estabelecidas entre adultos e crianças na escola toma essas características, a promoção do desenvolvimento das crianças fica em segundo plano. Vygotsky (1989) ressalta o papel central da interação social no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores. É através das interações que a 
A escola se define como um ambiente em que sua principal função é ensinar, entretanto, ensinar significa também oferecer vivências e experiências significativas na vida desses sujeitos, estimulando-os a agirem de forma cidadã perante a sociedade no qual estão inseridos. É neste local em que os sujeitos permanecem grande parte de seu dia, alguns em período integral, outros somente por um período, mas independentemente do tempo em que a frequentam, todos estão em um ambiente que precisa proporcionar a aprendizagem. O ambiente da Educação Infantil também proporciona descobertas, isto é, descobrir as cores, os tamanhos, as alturas, o grande e o pequeno, o duro e o mole, o corpo e suas partes, os gestos, os sons, as palavras, os objetos, as necessidades físicas e fisiológicas. Bem como descobrir-se como sujeito, os outros sujeitos como seres diferentes, a fala como forma de interagir e comunicar-se, fazer amizades, brincando de diversas formas e com diferentes parceiros, bem como ter autonomia de escolha das brincadeiras. Além de descobrir o espaço diferenciado da sala de aula, da escola, que se distingue do espaço de casa, descobrir os gostos, sabores, e sobretudo descobrir o mundo em que se encontra inserido.
Assim, o brincar nesta etapa assume um papel fundamental, pois é através dele que as crianças descobrem e aprendem o que está a sua volta. O brincar de diversas maneiras é uma estratégia de aprendizagem, pois em meio a este ato seja qual for a forma como executa o brincar, o sujeito tem de tomar decisões, resolver, estabelecer estratégias e pensar. “É brincando que as crianças participam do mundo adulto e aprendem suas características” (BRANDÃO; ROSA, 2010, p.21). O brincar proporciona que as crianças sintam-se em um mundo de faz de conta, onde imaginam, sonham e até mesmo pretendem alcançar esses sonhos, isso faz com que o brincar se torne algo prazeroso.
Sem perceber, os sujeitos vão vivenciando novas formas de brincar e fazendo descobertas em meio a este ato de descobrir o mundo. É isto que precisa ser evidenciado na Educação Infantil juntamente com olúdico, que além de envolver o brincar, as brincadeiras e os jogos, também engloba a contação de histórias, a música, o teatro, a dança. Isso requer que o educador esteja ciente do que realmente se evidencia neste espaço escolar, organizando um planejamento que atenda todas essas demandas.
. POR QUE A ALFABETIZAÇÃO NÃO SE EVIDENCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A alfabetização na Educação Infantil é um tema que gera constantes discussões a seu respeito. Há quem diga que alfabetizar nesta fase auxilia para que ao ingressarem nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, já estejam preparados e avançados nos níveis de leitura e escrita, favorecendo a aprendizagem.
A alfabetização como um processo que precisa ser colocado em prática o quanto antes pelos educadores, mas este é o grande problema, a alfabetização é um processo demorado e requer estratégias do educador. A etapa da Educação Infantil não é o ambiente no qual se ensina ler e escrever formalmente, mas oferece oportunidades para que em seguida, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental iniciam a alfabetização formal. A educadora Paula, (pré de 4a) afirma “não se deve alfabetizar na educação infantil e sim proporcionar acesso à leitura e a escrita com ludicidade e interação, desafiando e provocando curiosidades nesse sentido nas crianças”.
Percebo também a cobrança dos pais em relação a alfabetizar na Educação Infantil, indagando que este processo é bom para as crianças, e cobrando dos educadores de forma geral que isto se execute. O que acontece é que muitas vezes os pais podem não ter noção do que de fato as crianças precisam vivenciar na Educação Infantil. Ouve-se muito que “tal escola é boa, por que tal filho já sabe ler e escrever, está ainda na Educação Infantil”. Daí a importância de o educador juntamente com a escola organizar reuniões ou uma simples conversa com cada pai, esclarecendo o que esta etapa deve proporcionar.
Mas por que de fato não podemos alfabetizar na Educação Infantil? Primeiramente alfabetizar não é tarefa fácil, e requer o tempo necessário para que cada sujeito desenvolva essa prática. Conforme o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, a alfabetização deve ser assegurada até os 8 anos de idade, ao fim do terceiro ano do Ensino Fundamental.
Isso significa que a maioria das crianças não terão desenvolvido totalmente a capacidade de ler e escrever de maneira coerente ao terminar o primeiro ano letivo do Ensino Fundamental, o que não é um problema ou um atraso na leitura e escrita, já que é um processo complexo que demanda tempo e organização. A escola precisa respeitar o tempo e a maneira que cada sujeito precisa para aprender a ler e escrever, e iniciar a alfabetização de maneira formal na Educação Infantil não contribuirá para que saibam ler e escrever antes do tempo que é necessário a cada criança. Essa alternativa somente irá tornar a Educação Infantil um ambiente que ensina ler e escrever, tirando o tempo das crianças de brincar e extrapolando com a possibilidade de despertar essas crianças ao mundo da leitura e escrita. Joice, educadora (pré de 4a) afirma: “o que não concordo é que se tire o brincar da educação infantil para ensina-los a ler e escrever”.
Para João, um dos pais entrevistados, (29 anos), a alfabetização deve se iniciar com cinco anos de idade, fazendo a criança desenvolver e despertar o lúdico e o estímulo pela leitura, ou seja, na Educação Infantil. Este é um exemplo claro que este pai não tem clareza da idade e etapa em que a alfabetização formal deve iniciar, mas percebe que o lúdico e o incentivo à leitura são importantes. Percebi a partir dos outros pais entrevistados que estes têm maior noção que a alfabetização se inicia aos seis anos de idade, e que o contato com a leitura, os livros e o letramento está presente desde que as crianças nascem.
Sugiro que o letramento esteja vinculado as atividades diárias no planejamento do educador, proporcionando aos sujeitos o conhecimento de maneira lúdica das grafias que compõem o alfabeto. A função do educador nesse sentido é de assumir-se como mediador do conhecimento no processo de aprendizagem por meio da ludicidade, permitindo uma relação entre educador/criança que favoreça a troca de ideias, o diálogo na resolução de conflitos diários, estabelecendo a sala de aula como um espaço de mediação.
 Objetivos Específicos:
Detectar os principais aspectos que as leituras auxiliam no aprendizado da criança da Educação Infantil.
Proporcionar um conhecimento mais histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crianças, mas sim aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.
Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil sobre o assunto, esclarecendo que a leitura de histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crianças, mas sim aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.
Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil
Objetivo Geral:
Essa pesquisa tem por objetivo geral o intuito de estudar, analisar, perceber e compreender como a leitura de textos e histórias infantis, interferem de maneira produtiva no processo de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil e assim contribuir de uma maneira positiva e de forma eficaz para a educação no processo de Alfabetização e letramento, enriquecendo a dinâmica das relações sociais em sala de aula .
Assim, conforme Kramer (1988), a implantação de creches e pré-escolas no período ditatorial não foi tão simples. Somente no final da década de 1970 é que essa luta ganhou forças, pois, conquanto houve manifestações, estas não eram um movimento significativo, pois davam-se de forma isolada. Um exemplo foi o “Movimento de Luta por Creches”, criado no ano de 1979. Para tanto, cabe sobrelevar que o público que lutava pela criação e implementação de creches e pré-escolas, o que causaria um impacto gigante na alfabetização infantil, eram grupos políticos contrários à ditadura militar. Tratavam-se de movimentos estudantis que realizavam passeatas em prol da democracia (KUHLMANN JÚNIOR, 2015).
No ano de 1996, foi criada a Lei nº 9.394. Esta lei é para a educação, tal como a Constituição Federal de 1988 é para o Brasil,posto que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e conforme estabelece o §1º do art. 1º da referida lei infraconstitucional:“[...] disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias”(BRASIL, 1996, Art. 1º, §1º).
A partir do advento da Lei nº 9.394/1996, foi possível estabelecer os Parâmetros Curriculares Nacionais –PCN(BRASIL, 2000). Estes, para tanto,são discutidos durante meses por especialistas e educadores de todo o país. Servem, portanto, para apoiar as equipes escolares na execução de seus trabalhos e para fomentar e apoiar a reflexão acerca da prática diária, ao planejamento das aulas, bem como para o desenvolvimento do currículo escolar, corroborando ainda para a atualização profissional(BRASIL, 1996).
Outro avanço de imensurável relevânciafoia elaboração do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil–RCNEI,oqualintegra a série de documentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais,elaborados pelo Ministério da Educação,atendendo às determinações da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (BRASIL, 1996).Nota-se,portanto, que a educação foi um dos aspectos que em nenhummomento fora deixado de ser discutido no Brasil. Em que pese os momentos históricos do país, a educação sempre foi uma das prioridades, resultado este que podem ser denotados pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais –PCN, e especialmente, doReferencial Curricular Nacional para a Educação Infantil–RCNEI
Atualmente,o Plano Nacional da Educação e a Base Nacional Comum Curricular são os documentos bases que guiam os parâmetros da educação, seja em âmbito da educação infantil, do ensino fundamental e médio.
Entretanto, embora reconhecida como direito de todas as crianças e dever do Estado, a Educação Infantil passa a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos apenas com a Emenda Constitucional nº 59/2009, que determina a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos. Essa extensão da obrigatoriedade é incluída na LDB em 2013, consagrando plenamente a obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de Educação Infantil(BRASIL, 2017, p. 34
ALFABETIZAÇÃO VERSUS LETRAMENTO
O letramento e a alfabetização, conquanto pareçam ter uma diferença tênue, possuem características singulares que permitem serem diferenciados de forma simples e clara, sendo que sua utilização como sinônimos, já não deve ser suportada na educação infantil.Desta forma, é fundamental ressalvar os aspectos conceituais de cada uma das questões, quais sejam: letramento e alfabetização, a fim de que haja uma maior compreensão acerca de como elas vêm ocorrendo na pré-escolada cidade de Angelim- PE, Conforme Holanda (2018), o letramento é o processo em que o indivíduo não somente consegue ler e escrever, mas sim, interpretar suas escritas bem como suas leituras. Já a alfabetização, restringe-se em o indivíduo saber ler e escrever, sem necessariamente saber realizar o processo de interpretação de texto. Neste sentido, pode-se afirmar que o indivíduo estar alfabetizado não é sinônimo de estar letrado, posto que se estiver letrado, certamente estará alfabetizado
11A alfabetizaçãose trata da aprendizagem do sistema de representação dos sons da fala, fonemas e grafemas (SOARES, 2016). Ademais, cabe ressaltar que é mister a compreensão do profissional da educação, responsável pela alfabetização, realize-a com maestria, pois é nesse momento que se prepara o indivíduo para a vida. Nota-se que uma pessoa que com déficit em sua alfabetização, por óbvio, terá dificuldades de interpretação, o que pode gerar um atraso em seu desenvolvimento educacional.
 Metodologia
Pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já que foi dito ou escrito sobre o assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras. Sendo assim, o estudo bibliográfico subsidiara e favorecera todo o percurso da pesquisa.
Alfabetização e Letramento
 Segundo Magda soares, alfabetização é tornar o individuo capaz de ler e escrever, é o processo pelo qual a pessoa  adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja domínio de técnicas pra exercer a arte e a ciência da escrita,e também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e interpretação e uso da linguagem de uma maneira geral.
O surgimento do termo literacy (cujo significado é o mesmo de alfabetismo), nessa época, representou, certamente, uma mudança histórica nas práticas sociais: novas demandas sociais pelo uso da leitura e da escrita exigiram uma nova palavra para designá-las. Ou seja: uma nova realidade social trouxe a necessidade de uma nova palavra (SOARES, 2011, p. 29,).
Na verdade estar alfabetizado é poder ir além do código escrito, é apropriar-se da função social constituinte dos atos de ler e escrever é fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, ser capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, estar apto a escrever com total compreensão, ou seja, saber o que está lendo e escrevendo sem somente juntar as silabas, é poder no mundo da cultura conseguir acessar informações e delas se utilizar com senso crítico.
O conceito de alfabetização para  Paulo freire tem um significado mais abrangente na medida em que vai além do domínio do código escrito, ele tinha uma visão mais ampla desse conceito, enquanto prática discursiva que  possibilita uma leitura critica da realidade.Ele defendia a idéia de que o ser humano aprende a ler o mundo bem antes de aprender a ler e escrever defendia que a leitura do mundo precede a leitura da palavra fundamentando se na antropologia: o ser humano, muito antes de inventar códigos lingüísticos, já lia o seu mundo. 
Enfim, ser alfabetizado não é só ser capaz de juntar letras para formar sílabas, juntar sílabas para formar palavras e palavras para formar frases e frases para formar textos, e sim saber o que esta lendo e escrevendo ter noção de concordância  saber se o que esta escrevendo tem coerência dizer que um sujeito é alfabetizado não é tão simples como parece.
“Progredir alfabetização adentro não é uma jornada tranqüila .Encontram-se muitos altos e baixos nesse caminho, cujos significados precisam ser compreendidos .Como qualquer outro conhecimento no domínio cognitivo, é uma aventura excitante, repleta de incertezas, com muitos momentos críticos, nos quais é difícil manter  ansiedade sob controle.”( FERREIRO, 2001)
Na maioria das vezes as crianças são alfabetizadas na escola, mas a escola vai além do alfabetizar a escola tem como objetivo formar pessoas leitoras competentes e dar sentido ao ato de ler e escrever formar sujeitos amantes dos livros cidadãos alfabetizados e letrados.
A alfabetização é um processo que não termina, pois no decorrer de nossas vidas estaremos sempre em constante aprendizagem, seja na questão intelectual na escrita ou na fala estar aprendendo é estar se alfabetizando.
Tem-se tentado, ultimamente, atribuir um significado demasiado abrangente á alfabetização, considerando-a um processo permanente, que se estenderia por toda vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita.É  verdade que, de certa forma, a aprendizagem da língua materna, quer escrita , quer oral,é um processo permanente, nunca interrompido .(SOARES, 2012 pg 15)
Alfabetizar não é apenas ensinar códigos de língua escrita não deve de maneira alguma ser um processo mecânico hoje não basta apenas saber ler e escrever, mas que se saiba fazer uso da leitura e da escrita
Pode se concluir da discussão  processo de alfabetização  a respeito do conceito de alfabetização, que essa não é uma habilidade, é um conjunto de habilidades, o que a caracteriza como um fenômeno de natureza complexa, multifacetado. Essa complexidade  e multiplicidade de facetas explicam porque o processo de alfabetização tem sido estudado por diferentes profissionais, que privilegiam ora estas ora aquelas habilidades, segundo a área do conhecimento a que pertencem.(SOARES, 2012 pg.18)
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Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado ate por que alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, interpretar mas, que responde adequadamente às demandas da sociedade voltada ao uso adequado da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser não apenas alfabetizado, mas também letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social de cada um. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.  
Alguns estudos sobre alfabetização e letramento vêm, contribuindo para a reflexão sobre novas possibilidades de ação pedagógica com a linguagem verbal, na perspectiva de repensarem-se metodologias de trabalho que favoreçam a construção critica e a formação de sujeitos letrados.
O letramento surge sempre envolvido no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma interpretação errônea desses dois procedimentos, sendo que o conceito de letramento prevalece sobre o de alfabetização, porém não se podem  separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da língua escrita se dá justamente por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimentode habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento.
Na escola a criança deve interagir de maneira firme e constante com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos e que os levem a buscar mais, devem ouvir histórias que gostam para estimular  e sua capacidade de interpretar e a sua imaginação. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.
A criança deve ver a escrita como momento natural de seu desenvolvimento e não como treinamento imposto de fora para dentro: "o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita das letras" (vigotsky,2007)   
A alfabetização deve seguir lado a lado com o letramento apesar de serem dois processos de significados diferentes deve ter como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação ao aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada .
Letramento é informar-se através da leitura, não apenas do que esta escrita mas quando por exemplo, uma pessoa identifica uma placa de pare, ou um sinal de proibido fumar, ou um sinal indicando silêncio, mesmo não sendo alfabetizada , isso é letramento.Estar letrado é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, caça palavras, seguir receita de bolo, a lista de compras etc.
Ser letrado é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir o mundo através da leitura e da escrita é ler e compreender não apenas decodificar textos é estar vivendo no mundo do conhecimento constante é estar dentro da história quando você lê um texto , um conto, ou uma história e consegue capturar a sua essência aí você passa a fazer parte dela e isso é mágico.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em conta todo processo de pesquiza para elaboração desse trabalho de conclusão de curso, pode-se dizer que essa experiência  proporcionou importantes reflexões e aprendizagem para o meu processo de formação como profissional, toda a pesquisa pode me proporcionar  uma compreensão  melhor do tema e da realidade educacional e suas carências quanto à visão de Alfabetização e Letramento.
Através dessa pesquisa pude aprimorar meus conhecimentos e me aprofundar  mais no tema que escolhi ,pois, desde o inicio achei que era um tema interessante para ser estudado , que também já foi tema de pesquisa de vários estudiosos e pensadores da área da educação ,essa pesquisa pode me proporcionar uma visão ampla e clara do conceito de Alfabetização e Letramento e o uso de textos como recurso mediador na aquisição da linguagem e da escrita.
Deixo minhas considerações aos autores dos livros que usei como referência, que foram de grande relevância para minha pesquisa, admiro muito o trabalho de todos e suas contribuições para educação .
“Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos”, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens, na criação de um mundo em que seja menos difícil amar”.(PAULO FREIRE)
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