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28/07/2022 19:30 Introdução ao atendimento de Primeiros Socorros
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02543/index.html#imprimir 1/33
Introdução ao 
atendimento de 
Primeiros Socorros
Prof. Marco Aurélio Dal�or
Descrição
Estudo dos protocolos utilizados em Primeiros Socorros e suas aplicabilidades à vítima de um mal súbito ou traumatismo.
Propósito
Fornecer subsídios para o desenvolvimento das habilidades necessárias ao socorrista referentes à conduta, à avaliação de vítimas, aos
Primeiros Socorros e seus aspectos legais.
Objetivos
Módulo 1
Comportamento e conduta do pro�ssional no atendimento de Primeiros Socorros
Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional que presta atendimento de Primeiros Socorros.
Módulo 2
Suporte básico de vida
Compreender os conceitos relacionados ao suporte básico de vida.
E úd õ f di d P i i S A i l i d
Introdução
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Orientações sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o
Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais
escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
1 - Comportamento e conduta do pro�ssional no atendimento de
Primeiros Socorros
Ao �nal deste módulo, você será capaz de conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um
pro�ssional que presta atendimento de Primeiros Socorros.
Um pouco de história
Em 1792, Dominique Jean Larrey aplicava cuidados a pacientes nas guerras do período napoleônico. Os cuidados se davam no próprio
campo de batalha, configurando-se na primeira tentativa moderna de auxílio médico de urgência documentada. Outros relatos históricos
relacionados aos Primeiros Socorros datam do século XIX.
Este conteúdo traz noções referentes ao atendimento de Primeiros Socorros. Apresenta os conceitos relacionados ao suporte
básico de vida e às práticas relacionadas com o atendimento pré-hospitalar, considerando seus aspectos legais.
Descreve ainda os protocolos utilizados mundialmente antes da chegada de um profissional qualificado da área da saúde ao local
de atendimento, protocolos esses que minimizam o quadro clínico apresentado pela vítima e possibilita sua chegada a salvo em
uma clínica ou hospital.
Os principais aspectos da conduta do profissional que presta atendimento de Primeiros Socorros também são aqui apresentados
para a formação de socorristas.
Orientações sobre unidade de medida
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Jean Henry Dumant.
Em 1859, o suíço Jean Henry Dumant, administrador da Sociedade Anônima Moinhos de Mons Djemile, foi a Paris encontrar com Napoleão
III com o propósito de conseguir autorização para instalar uma Companhia, o moinho, na Argélia, que pertencia ao domínio francês.
Dumant, atrás das linhas francesas, teve a oportunidade de observar e constatar a chegada dos feridos de guerra sem qualquer
atendimento pré-hospitalar adequado. O número de feridos que chegava à unidade aumentava a cada dia, transformando-a em um posto
de atendimento. A assistência aos feridos era aplicada indistintamente a amigos e inimigos.
Ao regressar à Genebra, escreveu um relatório descrevendo sangrentas batalhas e situações horríveis que havia presenciado. Preconizou a
criação de organizações em todos os países, com o objetivo de socorrer os feridos sem distinção de nacionalidade.
Dumant, com o apoio de um general, um jurista e dois médicos, criou a “Sociedade Internacional
Humanitária em Defesa do Ferido de Guerra”. Fundou-se aí a Cruz Vermelha.
Em 1955, na França, surgiram as primeiras equipes móveis de reanimação, as quais tinham como missão a assistência médica a pacientes
vítimas de acidentes de trânsito e pacientes submetidos a transferências inter-hospitalares.
Mais de uma década depois, em 1960, quando os médicos detectaram a discrepância entre o atendimento hospitalar e o atendimento pré-
hospitalar, surgiu o Serviço de Atendimento de Urgência.
Saiba mais
Percebeu-se que o trabalho de equipes treinadas, com a participação médica no local da urgência ou emergência, aumentava as chances
de sobrevivência dos atendidos. O processo de criação do Serviço de Atendimento de Urgência arrolou cuidados básicos e avançados que
tinham como norte a reestruturação da respiração e a circulação sanguínea do atendido.
Já os Serviços Móveis de Urgência e Reanimação (SMUR) foram oficialmente implantados em 1965, dispondo de Unidades Móveis
Hospitalares (UMH). Em 1968, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) nasceu com o objetivo de coordenar as atividades
do SMUR por meio de um centro de regulação médica.
Após a regulamentação de 1987, as UMHs passaram a atuar nos domicílios dos pacientes, caracterizando os princípios do atendimento
pré-hospitalar que elencamos a seguir:
1
O auxílio médico urgente é
uma atividade sanitária.
2
As intervenções sobre o
terreno devem ser rápidas,
eficazes e com meios
adequados.
3
A abordagem de cada caso
deve ser, simultaneamente,
médica, operacional e
humana.
4
As responsabilidades d
profissional e as inter-
relações com os dema
atores devem ser
estabelecidas clarame
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Em 1989, em Portugal, foi proclamada a “Declaração de Lisboa”, configurando-se as bases éticas da regulação médica.
Veja, a seguir, um pouco mais sobre a história do SAMU.
O SAMU teve início no Brasil por meio de um acordo bilateral com a França. O Ministério da Saúde brasileiro optou pelo modelo
francês que exige a presença de um médico, obrigatoriamente, nas viaturas de suporte avançado. No modelo estadunidense, por
exemplo, as atividades de resgate são realizadas, primariamente, por profissionais paramédicos — que não existe no Brasil.
No início da década de 1980, o estado de São Paulo já mostrava preocupação com a melhoria do atendimento pré-hospitalar, porém
somente em 1988 foi criado o “Projeto Resgate” ou SAMU (Serviço de Atendimento Móvel às Urgências), baseado no modelo
francês. No que tange à formação profissional, SAMU inspirou-se no modelo estadunidense e o adaptou à realidade brasileira.
Inicialmente, o Serviço de Atendimento Móvel às Urgências era vinculado ao Corpo de Bombeiros. Um médico da Secretaria de
Saúde do Estado regulava as solicitações de atendimento pela linha 193 interligada ao sistema 192 (Central de Solicitações de
Ambulâncias da Secretaria de Saúde). Esse sistema ainda existe hoje com algumas modificações.
Na última década, gestores de saúde pública dos estados sentiram necessidade de melhoria e expansão do atendimento pré-
hospitalar. Diversas cidades possuem o SAMU ou estão implantando o sistema, incluindo Araraquara, Belo Horizonte, Campinas,
Curitiba, Fortaleza, Marília, Porto Alegre, Recife, entre outras. Cada cidade possui um sistema próprio, deixando óbvio que não há
um sistema padrão e perfeito.
Ambulância atual do SAMU.
Primeiros Socorros
O atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à saúde que possa levar ao sofrimento, a sequelas
ou mesmo ao óbito, é considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência ou Primeiros Socorros.
Os Primeiros Socorros prestam atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao
Sistema Único de Saúde (SUS).
Saiba mais
Você sabe o que é o SUS? 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é garantido pela Constituição Federal de 1988. Atende mais de 200 milhões de pessoas que dependem
exclusivamentedo sistema público de saúde. O SUS é financiado pelo próprio cidadão brasileiro por meio de impostos, ou seja, com
recursos da União, dos estados e dos municípios.
SAMU 
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Quando a saúde está em xeque, logicamente, quanto antes forem prestados os atendimentos médicos necessários melhores serão as
chances de sucesso. Em uma emergência, cada segundo é crucial para determinar o que acontecerá posteriormente. Os Primeiros
Socorros dependem de atitudes que minimizem o quadro clínico apresentado pela vítima.
Confiança e superação emocional são pilares necessários para o atendimento. Não existe um procedimento exato para socorrer alguém, a
possibilidade de equívocos vai sempre existir. Mesmo um médico experiente pode se surpreender diante de uma urgência e não prestar o
atendimento adequado, se não possuir os devidos equipamentos e/ou instrumentos.
Atenção
Se você está inseguro ou com dúvida em relação à atitude a ser tomada em um atendimento, solicite a ajuda de alguém o mais rápido
possível. Se o caso é interpretado por você como uma situação grave, o melhor é não tomar qualquer atitude referente à vítima, apenas
solicite o resgate o mais rápido possível.
Toda pessoa que realizar um Atendimento Pré-Hospitalar (APH) — mais conhecido como Primeiros Socorros — deve atentar para a própria
segurança. O impulso de ajudar outras pessoas não justifica a tomada de decisões inconsequentes, que acabem transformando-o em
mais uma vítima.
A seriedade e o respeito também são premissas básicas para um bom APH. Para tanto, deve-se evitar que a vítima seja exposta
desnecessariamente e manter o devido sigilo sobre as informações pessoais reveladas durante o atendimento.
Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado. A demora na
prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como os procedimentos
inadequados.
É importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem comida, uma semana sem água, porém, é pouco provável
que sobreviva mais que cinco minutos sem oxigênio.
Conceitos-chave para o atendimento de Primeiros Socorros
O profissional socorrista deve ter bem claros os conceitos-chave do atendimento de Primeiros Socorros. Leia-os com atenção.
Acidente
Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.
Incidente
Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.
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Para facilitar o estudo, vamos apresentar alguns conceitos que envolvem o atendimento prestado às vítimas em casos de urgência ou
emergência em qualquer acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da ambulância ou de qualquer profissional qualificado da
área da saúde.
Urgência
Situação em que não há risco de vida. Em uma urgência, a vítima pode receber os cuidados imediatos no local onde se encontra. Vejamos
as diferentes categorias de urgência:
Manutenção da vida
Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a vida da vítima, sobrepondo-se à "qualidade de vida".
Prestador de socorro
Pessoa leiga, com o mínimo de conhecimento, capaz de prestar atendimento à vítima até a chegada do socorro
especializado.
Qualidade de vida
Ações desenvolvidas para reduzir as sequelas que possam surgir durante ou após o atendimento.
Sinal
É a informação obtida a partir da observação da vítima.
Sintoma
É a informação a partir de um relato da vítima.
Socorrista
Titulação utilizada em algumas instituições de caráter funcional ou operacional como Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha
Brasileira, Brigadas de Incêndio etc.
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Extrema urgência (remoção imediata)
As situações que configuram a extrema urgência são:
O sangue invade cavidades, como peritônio, pleura, pericárdio, meninges ou se difunde nos interstícios dos tecidos.
Toda e qualquer lesão sofrida pelos tecidos em consequência da ação curta ou prolongada de calor, atuando por contato direto ou
por radiação. A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra a perda de água e calor do corpo; tem também papel
importante na proteção contra infecções. As queimaduras têm o potencial de desfigurar, causar incapacitações e mesmo o óbito. A
gravidade das lesões tegumentares varia de acordo com a extensão e a profundidade da área atingida e será proporcional ao tempo
de exposição e ao coeficiente calórico da fonte de calor a que o tecido foi exposto.
Situação grave que ocorre quando se perde grande quantidade de sangue ou qualquer líquido biológico, o que compromete a
eficiência sistólica do coração e o incapacita de bombear o sangue para todo o corpo, assim como nutrientes (oxigênio, eletrólitos,
vitaminas, proteínas, glicose, entre outros), acarretando problemas em vários órgãos e gerando risco de vida.
Aspiração de corpo estranho ocorre com maior frequência em crianças e produz sintomas diferentes dependendo da localização do
corpo estranho nas vias aéreas (que conduzem ar até os pulmões). Os sintomas vão desde tosse por irritação até a obstrução total
da laringe nos casos mais graves.
Comprometimento de órgãos vitais como coração e pulmões, incapacitando-os fisiologicamente.
Primeira urgência (remoção na primeira hora)
As situações que configuram a primeira urgência são:
Hemorragia interna 
Grandes queimados 
Chocado 
Asfixia 
Feridas graves de tórax 
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Hemorragia externa
O sangue é eliminado para o exterior do organismo ou para os órgãos que se comunicam com o exterior, por exemplo, vias urinárias, vias
aéreas, vias digestórias.
Esmagamento
Caracteriza-se pela compressão do organismo (total ou parcial) e pode gerar fraturas ou esmagamento de órgãos.
Feridas graves abdominais
Comprometimento de vísceras abdominais, possibilitando quadros hemorrágicos ou falência visceral.
Segunda urgência (remoção nas primeiras 3 horas)
As situações que configuram a segunda urgência são:
Fraturas
Caracterizadas pela perda da continuidade do osso, podendo ser parcial ou total, haver ou não perda do contato entre as duas
extremidades ósseas e ser ou não causada por traumatismo.
Luxações
Deslocamento com a perda do contato entre as extremidades ósseas e as superfícies articulares, decorrentes do estiramento anormal dos
ligamentos. Nesse tipo de lesão, deve-se atuar imediatamente em razão do risco de se perder a possibilidade de um tratamento
conservador não cirúrgico.
Feridas profundas
Ocasionadas por acidentes resultantes de traumatismos, as feridas podem ser abertas ou fechadas. Nas feridas fechadas (contusão), a
perda da integridade da pele não acontece; já nas abertas e profundas, há perda da integridade da pele, quadro hemorrágico significativo e
possibilidade de óbito.
Pequena urgência (remoção posterior)
As situações que configuram a pequena urgência são:
Feridas de pouca gravidade
Comprometimento superficial da pele, hemorragia capilar.
Feridas nos membros
Quadro hemorrágico de pouca gravidade, mas requer hemostase.
Situação-problema
Em uma situação hipotética de acidente, vamos classificar os tipos de urgência.
Em uma avenida movimentada, no centro da cidade, um socorrista avista um grave acidente de trânsito, aparentemente com muitas
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vítimas. Ao se aproximar, confirma a gravidade da situação e solicita socorro especializado (193 — Corpo de Bombeiros).Prioriza sua
segurança pessoal e avalia a cena do acidente. Sinaliza o espaço, afasta os curiosos e, aguardando a chegada da equipe de socorros,
imediatamente inicia a triagem das vítimas. O socorrista tem formação para o atendimento pré-hospitalar. Veja, a seguir, as vítimas.
Vítima I
Apresenta graves ferimentos no tórax e quadro sugestivo de hemorragia interna, pois, mesmo sem verificar o extravasamento de sangue,
a pessoa encontra-se pálida, pele fria ao toque, pulso periférico rápido, fraco e quase imperceptível, além de tremores. Caracteriza um
quadro de extrema urgência e, portanto, necessidade de remoção imediata.
Vítima II
Ao verificar a vítima presa nas ferragens do veículo, o socorrista visualiza um esmagamento no membro superior que compromete a
circulação e gera pequeno extravasamento de sangue. O socorrista realiza curativo compressivo para diminuir ou mesmo cessar o
sangramento (hemostasia). Tal quadro caracteriza primeira urgência e, portanto, necessidade de remoção na primeira hora.
Vítima III
Na terceira vítima, o socorrista confirma uma luxação no ombro direito: a pessoa apresenta deformidade articular com deslocamento do
osso úmero (braço) em relação à articulação gleno-umeral (ombro). Constitui, assim, uma segunda urgência e, portanto, necessidade de
remoção nas primeiras 3 horas.
Vítima IV
Apresenta leves escoriações, ou seja, comprometimento superficial da pele com hemorragia capilar, caracterizando uma pequena
urgência e, portanto, necessidade de remoção posterior.
Vítima V
O condutor do veículo apresenta traumatismo craniano com suspeita de comprometimento encefálico. Ao verificar a fotorreatividade
pupilar, o socorrista observou pupilas anisocóricas, ou seja, de tamanhos desiguais: uma contraída (miose) e outra dilatada (midríase). O
quadro de extrema urgência indica, portanto, necessidade de remoção imediata.
Como vimos, o socorrista ou prestador de socorro é um profissional qualificado e preparado para prestar os primeiros atendimentos em
quaisquer situações, desde que não exista comprometimento ou potencial perigo à sua vida. Veja, a seguir, algumas observações sobre o
tabalho dele.
Considerando a situação-problema apresentada anteriormente, percebemos que, ao abordar as vítimas, o socorrista determinou
rapidamente a presença dos sinais vitais e priorizou o atendimento de acordo com as condições de cada pessoa. Não é uma tarefa
fácil. O socorrista deve ter habilidade para dar e receber instruções, orientações verbais e escritas; administrar tratamento imediato
e apropriado na ordem de prioridade ditada pelo bom senso; promover e improvisar com segurança.
O socorrista deve estar preparado a todo momento, pois acidente ou mal súbito ou trauma não escolhe hora nem local. Saber
superar as emoções é uma virtude imperiosa em relação ao atendimento, pois a descarga de adrenalina num acidente dificulta o
acesso à informação guardada no córtex cerebral, o que pode comprometer a eficácia do atendimento pré-hospitalar.
Observações sobre o trabalho do socorrista 
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Durante o atendimento, é óbvio que o socorrista não tem tempo para acessar qualquer tipo de manual ou apostila sobre Primeiros
Socorros, todas as suas decisões devem ser rápidas e protocolares.
Emergência
Situação em que há risco de vida. A emergência caracteriza-se pela necessidade do transporte imediato da vítima para um hospital ou
clínica. Para que você entenda melhor, veja a seguir alguns exemplos de emergência e suas definições.
Ausência de pulso nas grandes artérias de vítimas inconscientes. Só existe PCR, ou seja, a parada cardíaca está vinculada à parada
respiratória, pois assim que o coração parar, também ocorrerá parada da função respiratória.
Quanto maior a quantidade de sangue perdida, mais grave é a hemorragia. A hemorragia não pode ser medida, mais sim estimada
pelo quadro clínico da vítima. É necessário observar sinais de choque compensado ou descompensado: perdas acima de 30%
(>1.500 ml) causam choque descompensado com hipotensão arterial, alterações de funções mentais, agitação, confusão ou
inconsciência, sede intensa, pele fria, palidez, suor frio, taquicardia superior a 120 bpm, taquipnéia severa e pulso radial ausente.
Habilidades e formação do socorrista
A maioria das universidades não oferece cursos específicos de Primeiros Socorros, mesmo as de Medicina e Enfermagem. Profissionais
formados em tais graduações atuam em suas especialidades, deixando em segundo plano a prática do atendimento de Primeiros
Socorros.
A formação do socorrista depende de uma gama de informações básicas voltadas para a prevenção de doenças e acidentes, o que
permitiria a qualquer pessoa disposta a aprendê-las prestar os primeiros atendimentos. As finalidades da formação do socorrista são:
Preservar a vida
O objetivo principal de um socorrista ou prestador de socorro é preservar a vida, sem se importar inicialmente com a qualidade de vida.
Restringir os efeitos da lesão
A atitude de um socorrista para estancar o sangue (hemostasia) ou diminuir o sangramento de uma vítima possibilita que a mesma
chegue ao socorro especializado (clínica/hospital).
PCR (parada cardiorrespiratória) 
Grandes hemorragias 
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Promover a recuperação da vítima
Liberar as vias aéreas da vítima e posicioná-la corretamente facilita a respiração e o devido fluxo sanguíneo.
Habilidades requeridas a um socorrista
Coordenação motora.
Equilíbrio emocional.
Destreza física no transporte, no levantamento, na retirada, na escalada e em outras manobras similares.
Capacidade para dar e receber instruções e orientações, verbais e escritas.
Espírito de liderança.
Bom senso, compreensão e paciência.
Iniciativa e atitudes firmes.
Solidariedade humana.
Atribuições do socorrista
1. Avaliar a cena com identificação de mecanismo do trauma.
2. Avaliar a situação com rapidez e segurança e pedir socorro médico adequado.
3. Garantir a segurança pessoal e das vítimas no local do atendimento e realizar exame primário, avaliando as condições de vias aéreas,
respiração, circulação e estado neurológico.
4. Medir e avaliar sinais vitais e sinais de apoio.
5. Identificar, na medida do possível, as lesões ou a natureza do problema que afeta a vítima.
�. Observar, planejar e executar.
7. Improvisar com segurança.
�. Administrar tratamento imediato e apropriado em ordem de prioridade ditada pelo bom senso.
9. Conseguir a remoção da vítima para um hospital, a fim de que tenha cuidados médicos. Muitas vezes basta encaminhar a vítima para
casa.
A formação pro�ssional do socorrista
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A formação pro�ssional do socorrista
A formação do socorrista não é restrita aos médicos. Pode fazer parte do currículo de diversos profissionais da área da saúde, como
paramédicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, além dos que trabalham com segurança pública, tais quais: bombeiros, policiais,
entre outros.
Como o leigo também não está isento de precisar prestar os primeiros atendimentos às vítimas de um mal súbito ou traumatismo, aqui
iremos abordar as atribuições relacionadas ao profissional qualificado e ao leigo para discernir tais responsabilidades.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), acidente é todo acontecimento não intencional que pode provocar lesão corporal
ou perturbação reconhecível. O profissional qualificado da área de saúde e portador de EPIs (equipamentos de proteção individual) está
apto para o atendimento pré-hospitalar e tem capacidade de avaliar as condições gerais da vítima e direcioná-la para um hospital ou
clínica. Cabe ao leigo somente avaliara cena do evento, sinalizar e pedir o socorro especializado o mais rápido possível por meio dos
números telefônicos (192/193).
Habilidades em Primeiros Socorros
Neste vídeo, o especialista fala sobre os requisitos necessários para o profissional realizar Primeiros Socorros.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Primeiros Socorros
Módulo 1 - Vem que eu te explico!


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Urgência
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Emergência
Todos
Módulo 1 - Video
Habilidades em Primeiros Socorros
Módulo 2 - Video
Sinais vitais
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
 Todos Módulo 1 Módulo 2 
Questão 1
Considerando o atendimento prestado às vítimas de qualquer acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da ambulância ou de
qualquer profissional qualificado na área de saúde, assinale a alternativa em que a vítima pode receber os cuidados imediatos no local
onde se encontra, não necessitando do transporte imediato.
A Emergência
B Primeiros Socorros
C Atendimento pré-hospitalar
D Urgência
E Extricação
Parabéns! A alternativa D está correta.
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2 - Suporte básico de vida
Ao �nal deste módulo, você será capaz de conhecer os conceitos relacionados ao suporte básico de vida.
O conceito de urgência remete ao atendimento prestado à vítima no local onde a mesma se
encontra, considerando o quadro clínico geral para a tomada de decisão.
Questão 2
Prevenção de acidentes ou mesmo prestar os Primeiros Socorros caracterizam sinais de civilidade e respeito ao próximo. Assinale a
alternativa que não caracteriza a finalidade de um socorrista.
A Preservar a vida.
B Restringir os efeitos da lesão.
C Promover a recuperação da vítima.
D Verificar os sinais da vítima.
E Sinalizar o local do acidente.
Parabéns! A alternativa E está correta.
O socorrista visa à manutenção da vida e não à qualidade de vida. Assim, apenas a sinalização do
local do acidente não é suficiente para tal finalidade.

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p p
Legislação
No que tange ao atendimento de Primeiros Socorros, o profissional da saúde deve conhecer alguns marcos da legislação brasileira que
vamos relacionar aqui.
Constituição Federal
O respeito à vida é tão importante que seu direito é um bem jurídico tutelado constitucionalmente no art. 5 caput da Constituição da
República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988. O dever de prestar os Primeiros Socorros advém da necessidade de
manutenção da coesão social. Além de um dever moral de solidariedade, o atendimento de Primeiros Socorros constitui um dever legal
positivado pelo direito brasileiro.
Art. 5º
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
Art. 196
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Código Penal
Art. 135 do Código Penal Brasileiro — Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de Saúde. Código de Ética dos Profissionais de saúde.
Constitui Lei Penal (art. 135 do Código Penal – Omissão de Socorro) não prestar auxílio a uma pessoa
em perigo, pois abster-se é um delito, além de falta de solidariedade humana. A ação é obrigatória e
imediata. Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
Parágrafo Único — A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave; e triplicada, se resulta a morte. Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos
em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
(ART. 135 DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO)
As situações de recusa ao atendimento de Primeiros Socorros podem acontecer nas seguintes circunstâncias:
Evidência real de óbito (decapitação/decomposição)
Diante de uma vítima decapitada ou mesmo em estado de decomposição, logicamente o socorrista não irá prestar os Primeiros
Socorros, porém pode analisar a cena e solicitar a retirada do corpo.
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Estado terminal de doença incurável
Ao interpretar uma enfermidade clinicamente diagnosticada, o socorrista não necessita prestar os Primeiros Socorros.
Vítima em apnéia e sem pulso há mais de quinze minutos
Parada respiratória e ausência de pulso, considerando tempo superior a quinze minutos, caracterizam óbito clinicamente determinado.
Perigo imposto ao socorrista
Ao avaliar a cena e interpretar perigo ao redor, o socorrista deve considerar sua segurança pessoal e prestar o socorro no momento
oportuno.
Sem EPI
O equipamento de proteção individual é de uso obrigatório por parte do socorrista, porém ele poderá improvisar o atendimento, mas com
segurança.
Algodão
Esparadrapo
Papel e caneta
Ataduras
Estetoscópio
Pinças hemostáticas
Atadura elástica
Gaze esterilizada
Respirador “Ambu”
Cobertor térmico
Lenço triangular
Sabão
Colar cervical
Luva de procedimentos
Soro fisiológico
Compressas limpas
Máscaras
Talas variadas
Curativos protetores
Micropore
Cânulas de Guedel
Maca rígida
Colete de imobilização KED
Tesoura
Esfignomanômetro
Óculos de proteção
Válvula para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
Principais materiais e equipamentos de proteção individual (EPIs) para o atendimento de Primeiros Socorros 
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Conselho Nacional de Saúde
A Resolução nº 218/97 do Código de Ética dos Profissionais de Saúde reconhece como profissionais de saúde de nível superior as
seguintes categorias: assistentes sociais, biólogos, profissionais de educação física, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos, médicos, médicos veterinários, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
Inicialmente, somente o médico teria a obrigação legal de agir em situações de socorro, mas isso também
passou a se aplicar a bombeiros e policiais.
Buscando um discernimento maior em relação ao atendimento de Primeiros Socorros prestado à vítima e considerando os aspectos legais
e éticos envolvidos na ação, faremos a abordagem de dois grupos distintos, o leigo e o médico. Veja a seguir.
Socorro prestado pelo leigo
Se o socorrista é um leigo e não toma qualquer atitude, pois desconhece as técnicas protocolares necessárias ou apresenta
instabilidade emocional, não comete qualquer tipo de delito. Afinal, não possui conhecimento básico para agir em tal situação. Todavia, a
atitude mínima esperada é que solicite ajuda o mais rápido possível e sinalize o local. A prática desesperada/despreparada de Primeiros
Socorros por parte do leigo pode agravar o quadro clínico apresentado pela vítima.
Socorro prestado pelo médico
Além do art. 135 do Código Penal — Omissão de socorro supracitado, o médico responde também ao Código de Ética da Medicina em
seu Artigo 1:
“A Medicina é uma profissão a serviço da saúde, do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer
natureza.”
Dessa forma, o médico precisa estarciente de suas obrigações que certamente serão questionadas futuramente.
Direitos da vítima
São direitos da vítima a recursa para o atendimento e o consentimento para o atendimento. Veja a seguir.
Recusa para o atendimento
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Recusa para o atendimento
O prestador de socorro deve saber que a vítima possui o direito de recusar o atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando
as vítimas estiverem conscientes e com clareza de pensamento. A recusa de atendimento pode ocorrer por diversos motivos, por exemplo,
crença religiosa ou falta de confiança no prestador de socorro.
A vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros. Mas o socorrista deve se certificar de que o
socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima enquanto tenta ganhar a sua
confiança pelo diálogo.
No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local
do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deve, se possível, arrolar testemunhas que comprovem o
fato.
Se a vítima estiver impedida de falar em decorrência do acidente, mas demonstre por meio de sinais que não aceita o atendimento,
fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, o socorrista deve proceder da seguinte maneira:
Consentimento para o atendimento
O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal ou implícito. Veja a seguir.
Consentimento formal
A vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, depois de o prestador de socorro ter se identificado como tal e
informado à vítima que possui treinamento em Primeiros Socorros.
Consentimento implícito
Ocorre quando a vítima está inconsciente, confusa ou gravemente ferida, a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar que consente o
1
O prestador de socorro não
deve discutir com a vítima.
2
Não questionar suas razões,
principalmente se elas forem
baseadas em crenças
religiosas.
3
Não tocar na vítima, pois isso
poderá ser considerado como
violação dos seus direitos.
4
Informar a vítima que p
treinamento em Primei
Socorros, mas respeita
direito de recusa ao
atendimento.

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atendimento.
No caso do consentimento implícito, a legislação cita que a vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu
desejo de receber o atendimento de Primeiros Socorros.
Comentário
O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou
responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação cita que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem
presentes no local.
Etapas básicas e protocolares para o atendimento de Primeiros
Socorros
Prestar os Primeiros Socorros não é uma tarefa fácil, pois, além da superação emocional diante da cena apresentada, exige do socorrista
conhecimento básico para o atendimento pré-hospitalar. A possibilidade de um equívoco sempre existe, podendo agravar o quadro clínico
apresentado pela vítima. Para que tal fato não ocorra, vamos considerar etapas básicas e protocolares para o atendimento de Primeiros
Socorros:
Avaliar a cena do evento, ter cuidados com a segurança pessoal, observar e sinalizar.
Abordar a vítima, verificar sua responsividade e priorizar sinais vitais/apoio.
Solicitar serviço de auxilio 193/192, se necessário.
Prestar atendimento segundo a gravidade.
Organizar remoção da vítima.
Detalharemos a seguir a avaliação da cena e a avaliação clínica da vítima, assim como forneceremos detalhes sobre os sinais vitais e os
sinais de apoio, além das alterações que o paciente pode apresentar durante o atendimento de Primeiros Socorros.
Avaliação da cena
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros
Socorros. Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.
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Nessa fase, verifica-se a provável causa do acidente, o número de vítimas e a possível gravidade de caso. Todas as outras informações que
possam ser úteis para a notificação do acidente devem ser verificadas, bem como a utilização dos equipamentos básicos de proteção
individual (EPIs: luvas, máscaras, óculos, capote etc.).
A solicitação de auxílio a serviços especializados como Corpo de Bombeiros (193), SAMU (192), Polícia Militar (190), Polícia Civil (181) e
Defesa Civil (199) também é indicada.
Na fase de avaliação da cena, o prestador de socorro tem algumas atribuições, algumas delas já vistas anteriormente:
Inteirar-se do ocorrido com tranquilidade e rapidez
Ao chegar no local do acidente, o socorrista deve avaliar a cena o mais rápido possível e com tranquilidade prestar os primeiros
atendimentos.
Veri�car os riscos para si próprio, para a vítima e para terceiros
A segurança pessoal do socorrista é imperiosa e deve permitir concentração plena no atendimento.
Veri�car sinais vitais/apoio
Os sinais vitais de respiração e pulso representam prioridade para o socorrista. Sinais de apoio permitem avaliações secundárias.
Veri�car se a vítima está consciente, tentando obter uma resposta
Ao determinar a presença da respiração (ver/ouvir/sentir ) e do pulso (central/carotídeo), o socorrista deve questionar a vítima
estimulando que ela fale respondendo a perguntas.
Não movimentar a vítima bruscamente
Qualquer movimento realizado pelo socorrista em relação à vítima necessita de cuidado, para não agravar a natureza da lesão.
Realizar curativo compressivo em caso de sangramento, visando a estancá-lo (hemostase)
Impedir ou diminuir o sangramento é fundamental, pois oportuniza a manutenção da vida até a chegada do socorro especializado ou
transporte para clínica ou hospital.
Criar um rápido plano de ação para administrar os recursos materiais e humanos
Avaliando a cena, determinando o número de vítimas, solicitando a ajuda de terceiros e improvisando com segurança, é possível que o
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socorrista consiga eficiência no atendimento.
Assegurar cena segura, vítima estável e extricação (retirada da vítima) padrão
Diante de um quadro estável e uma cena segura, não há a necessidade de extricação rápida, ou seja, a retirada imediata da vítima. O
socorrista treinado pode, com uma certa tranquilidade, transportar a vítima utilizando os protocolos de imobilização.
Atenção
Um socorrista deve estar sempre preparado para quaisquer situações envolvendo vítimas de mal súbito ou mesmo de situações
traumáticas. Deve agir de forma preventiva em determinadas cenas, incluindo acidentes naturais e provocados pelo homem, máquinas ou
animais.
Avaliação clínica da vítima
Após a avaliação de do cenário completo da ocorrência e dos riscos a sua própria integridade é a hora de fazer uma avaliação do estado
clínico da vítima. Veja, a seguir, o que o socorrista precisa avaliar.
Anamnese
Etimologicamente, anamnese significa o “ato de trazer algo à memória”. Clinicamente, ela caracteriza o histórico sintomático da vítima até
o momento da observação clínica por um profissional treinado e é realizada com base nas lembranças do paciente. Conforme o caso, pode
haver um questionário padrão que se encaixe na situação de urgência ou emergência. As informações obtidas na anamnese podem
auxiliar o socorrista nos cuidados a serem prestados à vítima.
Exame físico
Realizado por profissional qualificado,este exame visa verificar a integridade física da vítima. Prioriza cabeça, pescoço, coluna vertebral e
tórax, pois são regiões relacionadas com os órgãos vitais.
Exame complementar de diagnóstico
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Realizado no ambiente intra-hospitalar, em laboratórios de análises clínicas e de diagnóstico por imagem, visa a um diagnóstico conclusivo
do estado da vítima.
Respiração
Como sabemos, a respiração pulmonar se divide em inspiração (penetração) e expiração (expulsão) do ar atmosférico nos pulmões. Na
mulher, os movimentos respiratórios são percebidos pela respiração torácica (intercostais e diafragma). No homem, são percebidos pela
respiração abdominal (abdominais e diafragma).
Ritmo
Pode-se observar a frequência através das incursões respiratórias por minuto (IRM). Os parâmetros estabelecidos são:
Adultos: entre 15 e 20 incursões respiratórias por minuto.
Crianças: entre 20 e 25 incursões respiratórias por minuto.
Com base na frequência das IRM, podemos classificar a repiração da seguinte forma.
Normopneia
Caracterizada como respiração normal, pois os valores se apresentam entre 15 e 20 incursões respiratórias por minuto em adultos.
Taquipneia
Situação de aceleração (excitação), caracterizando valores superiores a 20 incursões respiratórias por minuto.
Bradipneia
Diminuição da frequência respiratória por minuto, valores inferiores a 15 incursões por minuto.
Dispneia
Alteração do ritmo respiratório, não necessariamente da frequência, ora curta, rápida e superficial; ora longa e profunda.
Apneia
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Falta de respiração, literalmente parada respiratória, podendo ocorrer por várias causas indeterminadas.
Amplitude
De acordo com o critério da amplitude a classificação pode ser: Superficial, profunda, irregular.
Pulso
A cada contração do miocárdio, o ventrículo esquerdo impulsiona o sangue para todo o organismo. Podemos verificar, através do pulsar
arterial, quantas vezes o coração contrai por minuto, ou seja, quantas sístoles ou batimentos por minuto conferem a frequência cardíaca
(FC).
O pulso pode ser verificado em qualquer artéria superficial, como a artéria radial (punho/periférico), a artéria femoral (região inguinal), a
artéria carótida (carotídeo/central) e a artéria temporal (anterior ao pavilhão auricular). A frequência cardíaca (FC) é dividida por categorias,
veja no quadro a seguir.
Recém-natos 130 a 160 batimentos por minuto (bpm)
Lactentes 110 a 130 bpm
Crianças 80 a 120 bpm
Adultos 50 a 90 bpm
Com base nesses números podemos verificar as possíveis alterações da frequência cardíaca (FC). Veja!
Bradicardia
Em adultos, abaixo de 50 bpm. Decorrente de vagotonia, idade, treinamento físico (principalmente aeróbio), falência cardíaca,
medicamentos etc.
Taquicardia
Em adultos, acima de 90 bpm. Decorrente de medicamentos, ICC, arritmias cardíacas etc.
Fora a frequência cardíaca (FC), podemos ainda obter outros dados com a pulsação: volume (muito tenso/cheio; pouco tenso/filiforme) e
ritmo.
Temperatura
A temperatura corporal pode ser avaliada no dorso da mão (qualitativa) ou com ajuda de “termômetro” (quantitativa), que pode ser de
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coluna de mercúrio ou digital, de contato ou à distância por infravermelho. Veja, no quadro, os locais de verificação de temperatura de
contato.
Tempo Temperatura
Axilar 5 minutos 36,2 a 37,0°C
Bucal 2 minutos 36,5 a 37,3°C
Retal 2 minutos 36,5 a 37,4°C
Veja, a seguir, as recomendações para medir a temperatura.
Baixar a coluna de mercúrio antes de usar o termômetro.
Secar bem a região axilar antes de colocar o termômetro.
Limpar o termômetro após o uso e conservá-lo com assepsia.
Não segurar na ponta de mercúrio.
Se a verificação for retal, deve-se lubrificar o termômetro.
As alterações de temperatura são classificadas da seguinte forma:
Pirexia
Caracteriza a febre alta (acima de 40°C) em consequência de estados infecciosos graves. Pode levar à convulsão, principalmente em
crianças. A recomendação é encaminhar a vítima o mais rápido possível para avaliação clínica.
Hipotermia
Caracteriza a febre abaixo de 36°C. Pode ocorrer em hemorragias, afogamentos, chocados, coma. Causa sonolência, face abatida, pulso
filiforme, pele fria e pálida. As recomendações são repouso e aquecimento da vítima, seja nas extremidades corpóreas ou no ambiente.
Hipertermia
Caracteriza a febre acima de 37,5°C. Pode se dar em decorrência de um processo viral ou infeccioso. Causa sonolência, calafrios, face
abatida e pulso rápido, entre outras alterações. Nesse caso, as recomendações são: repouso, roupas leves, ambiente arejado, ingerir
líquidos, tomar banho frio (não gelado), antitérmicos recomendados pelo médico.
Pressão arterial
Caracteriza-se pela pressão exercida pelo sangue através do coração nas paredes íntegras vasculares das artérias. Veja na tabela, a seguir,
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os valores referenciais (mm%Hg) da pressão.
Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica
Baixa <105 <60
Ótima 105 - 120 60 - 80
Normal 120 - 129 80 - 84
Acima do normal 130 - 139 85 - 89
Hipertensão grau 1 140 - 159 90 - 99
Hipertensão grau 2 160 - 179 100 - 109
Hipertensão grau 3 > 180 > 110
Sinais de apoio
Estão relacionados ao funcionamento dos órgãos vitais, podendo ser alterados em situações hemorrágicas, parada cardiorrespiratória,
traumatismo craniano, entre outros acidentes. A seguir, alguns dos principais sinais de apoio:
Caracteriza-se pela observação direta da face e as extremidades dos membros superiores, regiões onde mais facilmente o
socorrista consegue observar as alterações ocorridas na vítima.
É sinal de hipotermia, parada cardiorrespiratória, choque, óbito.
Cor e umidade da pele 
Cianose (labial/extremidades) 
P lid
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É sinal de hemorragias, parada cardiorrespiratória, alterações emocionais, choque.
É sinal de febre, queimaduras grau I, traumatismos.
É sinal de hemorragias/choque.
É sinal de icterícia, hipercarotenemia.
Palidez 
Hiperemia (pele avermelhada) 
Pele fria, úmida e pegajosa 
Pele amarelada 
M tilid d / ibilid d
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O comprometimento da sensibilidade do corpo é um indicativo relacionado a traumatismo medular (medula espinal) ou periférico
(nervos espinais) ou a traumatismo crânio encefálico. Tais traumatismos podem comprometer a sensibilidade da vítima e seus
movimentos espontâneos.
O nível de consciência da vítima é um sinal de apoio imprescindível para determinar sua capacidade de resposta sobre a condição
física. Em algumas situações, o socorrista pode se deparar com uma vítima inconsciente, em estado comatoso, de torpor, de
apreensão, entre outros. Veja, a seguir, como é sinalizada a responsividade do atendido (para medir o nível de consciência).
A – ALERTA 
V – RESPONDE A ESTÍMULO VERBAL 
D – RESPONDE A ESTÍMULO DOLOROSO 
I – INCONSCIENTE
É um dos principais sinais de apoio, pois determina variações pupilares relacionadas com a atividade cerebral, o que permite ao
socorrista priorizar a extricação da vítima. Para avaliar a fotoreatividade, utiliza-se uma fonte de luz de forma lateral para verificar as
reações pupilares. A avaliação pupilar é feita da seguinte forma:
Isocóricas (normais): reavaliação necessária.
Miose(contraídas, sem reação à luz): comprometimento do sistema nervoso central, overdose de drogas.
Midríase (pupilas dilatadas): pouca luz, choque, Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE), anóxia, hipóxia severa, hemorragias, PCR.
Anisocóricas (assimétricas): Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE).
Motilidade/sensibilidade 
Estado de consciência 
Fotoreatividade pupilar 
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Equipamentos e substâncias de emergência
O profissional de saúde que dispor dos equipamentos necessários ao atendimento de Primeiros Socorros deve usá-los de forma segura.
Segue a lista de alguns deles:
1. Desfibrilador/monitor 
2. Equipamentos para vias aéreas
Oxigênio
Ambu com válvula de pressão
Cânula orofaríngea
Laringoscópio
Cânula endotraqueal
Material de sucção
Luvas e máscaras
3. Conjuntos intravenosos
Equipos de soro
Cânulas intravenosas (jelco/scalp)
Seringas e agulhas de vários tamanhos
Líquidos intravenosos
Esparadrapo
4. Componentes de conduta:
O pessoal envolvido com testes de esforço deve ser treinado em RCP.
Dispositivos de comunicação de emergência devem estar prontamente disponíveis e funcionando adequadamente.
Planos de remoção devem ser previamente estipulados.
Condutas de emergência devem ser estabelecidas e treinadas regularmente.
Entre as substâncias de emergência necessárias ao atendimento de Primeiros Socorros, algumas são indispensáveis:
Substância Função Apresentação
Adrenalina Simpaticomimético Ampola 1ml – 1mg
Equipamentos necessários ao atendimento 
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Substância Função Apresentação
Atropina Anticolinérgico Ampola 1ml – 1mg
Bicarbonato de sódio Alcalinizante Ampola 10ml
Cloreto de potássio Hipocalemia - desidratação Ampola 10ml
Cloridrato dopamina Baixo DC Ampola 10ml - 50mg
Cloridrato diltiazem - Balcor EV Antiarritmico SV 25mg + 5ml (H2O bid)
Cloridrato diltiazem - Cardizem Antiarritmico cp 60mg
Cloridrato amiodarona - Ancoron Antiarritmico V e SV cp 100mg
Diazepan Ansiolítico Ampola 2ml - 10mg
Digoxina Cardiotônico - digitálico 0,25mg
Furosemida Diurético Ampola 2ml -20mg
Isocord SL Vasodilatador coronariano cp 5mg
Lidocaína Antiarritmico Ampola 5ml
Maleato de enalapril Insuficiência Cardíaca – HAS cp 20mg
Nifedipina - Adalat Angina de esforço Cápsula 10mg
Nitroglicerina - Nitronal infusão Vasodilatador - IAM 1ml - 1mg
Nitronal spray Vasodilatador Frascos com doses 0,4mg
Propanolol Beta - bloqueador cp 40mg
Vectarion-Almitrina Hipoxemia aguda – DPOC cp 50mg
Verapamil Antiarrítmico - vasodilatador coronariano Ampola 2ml - 5mg
Sinais vitais
Neste vídeo, o especialista ensina a identificar a situação do paciente em função dos sinais vitais.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Código de Ética dos Pro�ssionais de saúde
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Direitos da pessoa que estiver sendo atendida
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Avaliação da cena da vítima
Todos
Módulo 1 - Video
Habilidades em Primeiros Socorros
Módulo 2 - Video
Sinais vitais
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

 Todos Módulo 1 Módulo 2 
Questão 1
Constitui Lei Penal (art. 135 do Código Penal – omissão de socorro) não prestar auxílio a uma pessoa em perigo, pois abster-se é um
delito, além de falta de solidariedade humana. A ação é obrigatória e imediata. Pena de detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
Porém, situações de recusa ao atendimento serão avaliadas perante a lei.
Considerando o texto supracitado, assinale a alternativa que não caracteriza uma situação de recusa ao atendimento.
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A Evidência real de óbito (decapitação/decomposição).
B Estado terminal de doença incurável.
C Atendimento com EPI.
D Vítima em apneia e sem pulso há mais de quinze minutos.
E Perigo imposto ao socorrista.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Um socorrista com equipamento de proteção individual não poderá recusar o atendimento à
vítima.
Questão 2
Prestar os Primeiros Socorros não é uma tarefa fácil. Além da superação emocional diante da cena apresentada, exige do socorrista
conhecimento básico para o atendimento pré-hospitalar. A possibilidade de um equívoco sempre existe, podendo agravar o quadro clínico
apresentado pela vítima. São etapas básicas e protocolares para o atendimento, exceto.
A Avaliar a cena do evento, ter cuidados com a segurança pessoal, observar e sinalizar.
B Abordar a vítima, verificar sua responsividade e priorizar sinais vitais/apoio.
C Solicitar serviço de auxílio imediatamente.
D Prestar atendimento segundo a gravidade.
E Organizar a remoção da vítima.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Nem sempre a vítima necessita de um atendimento realizado por um profissional qualificado.
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Considerações �nais
Vimos neste conteúdo que o atendimento de Primeiros Socorros exige o imediatismo e, portanto, o socorrista precisa se apropriar dos
conhecimentos necessários para o atendimento. Vimos também que em Primeiros Socorros não existe resposta para tudo. Por mais que o
socorrista utilize as medidas protocolares ou mesmo chegue a improvisar com segurança, ainda assim o risco de óbito existe.
O conteúdo aqui apresentado procurou fornecer os subsídios básicos para o desenvolvimento das habilidades do socorrista no que se
refere à conduta, à avaliação de vítimas, aos Primeiros Socorros propriamente ditos e seus aspectos legais. Esclarecemos também alguns
conceitos fundamentais para o atendimento pré-hospitalar.
Sabemos que, em alguns países, a disciplina “Socorros e Urgência” pertence à grade curricular já no Ensino Fundamental, permitindo a
formação de uma cultura voltada para o atendimento pré-hospitalar e criando hábitos solidários na sociedade. Nosso estudo visa
sedimentar os conhecimentos básicos sobre o tema e conscientizar a todos da necessidade de sermos cada vez mais solidários.
Podcast
Neste podcast, o especialista fala sobre a legislação que norteia o conteúdo.

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Referências
FALCÃO, L. F. R.; BRANDÃO, J. C. M. Primeiros socorros. 1. ed. São Paulo, SP: Martinari, 2010.
FLEIGEL, J. M. Primeiros socorros no esporte. 1. ed. Barueri, SP: Manole, 2002.
GARCIA, S. B.; DEMARZO, M. M. P.; SCARPELINI, S.; BORGES, R. M. Primeiros socorros: fundamentos e práticas na comunidade, no esporte
e no ecoturismo. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2003.
NUNES, R. A. M.; NOVAES, G. S.; NOVAES, J. S. Guia de socorros e urgências. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2006.
OLIVEIRA, B. F. M.; PAROLIN, M. K. F.; TEIXEIRA JR., E. V. Trauma: atendimento pré-hospitalar. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte: Atheneu, 2002.
SANTOS, R.R.; CANETTI, M.D. Manual de socorro de emergência. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.
VIANA, M. Socorro de emergência: guia básico para o primeiro atendimento. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
28/07/2022 19:30 Introdução ao atendimento de Primeiros Socorros
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Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo:
Acesse o site da Fiocruz e conheça o Manual de Primeiros Socorros publicado em 2003 pelo Núcleo de Biossegurança da Fundação
OswaldoCruz.
Leia o artigo O leigo em Primeiros Socorros: uma revisão integrativa, publicado na Revista de Ciências da Saúde, v. 15, nº 3, dez. 2017,
para saber mais sobre a atuação do leigo em situação de urgência e emergência.
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