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A revista Nature, em 27 de fevereiro de 1997, noticiou o nascimento da ovelha Dolly, por obra dos cientistas escoceses Jan Vilmut e K. H. S. Campbell, e seus colaboradores do Roslin Institute, de Edimburgo, cuja vida foi fruto, não de um procedimento de fertilização in vitro, como já conhecido e realizado inúmeras vezes, mas sim de uma experiência de clonagem assexuada. Esse evento abalou excepcionalmente a opinião pública, levantando questões sobre a possibilidade de realização desse procedimento em humanos e, até mesmo, se já não teria sido realizado e não divulgado para a comunidade científica. De acordo com os princípios éticos descritos na resolução do CNS nº 466/2012 e os aspectos éticos acerca da clonagem humana, as questões levantadas são pertinentes? Justifique sua resposta. Sim, são pertinentes, já que se trata da dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos; A realização de pesquisas por profissionais da área de saúde, envolve em grande parte seres humanos, tornando necessária a avaliação dos projetos de pesquisa antes da sua fase de execução, objetivando avaliar, do ponto de vista ético, garantindo aos participantes da pesquisa integridade e dignidade. A Resolução do CNS 466/12 direciona seu foco ao âmbito bioético dos estudos, ao enfatizar a necessidade de valorizar “o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas envolvendo seres humanos”; “o desenvolvimento e o engajamento ético, que é inerente ao desenvolvimento científico e tecnológico”; e que “todo o progresso e seu avanço devem, sempre, respeitar a dignidade, a liberdade e a autonomia do ser humano” No Brasil a Lei 11.105/2005, chamada Lei de Biossegurança, que traz as normas de segurança e os mecanismos de fiscalização das atividades que envolvem os organismos geneticamente modificados. Entre eles, estão as diretrizes e as vedações no caso do uso das células tronco embrionárias, inclusive, envolvendo as questões de pesquisa. O método reprodutivo de clonagem humana é amplamente rejeitado, haja visto que a doutrina jurídica concorda com a criminalização de suas técnicas em virtude de alguns inerentes quanto a sua utilização. Por exemplo: Ameaça de destruição ao direito a identidade genética, eugenia positiva, comprometimento das futuras gerações da especie humana, comprometimento da "identidade genética” do individuo clonado. Todo indivíduo possui dados genéticos próprios que caracterizam sua individualidade e personalidade. Nesse contexto, o processo de clonagem humana, dentre outros riscos, pode destruir a identidade genética do ser humano, no sentido de receber um material genético intacto, levando à despersonalizando do individuo. A Ética dentro do Biodireito deve ser respeitada pelos profissionais que realizam pesquisas que englobam a manipulação de genes humanos, o cientista deve seguir as exigências apresentadas no código de ética médica para não infringir nenhum regulamento e assim poder desenvolver seus estudos resguardando a moral em busca de melhoria para a vida do ser humano, sem colocar em risco a vida de nenhum ser existente ou que venha a existir. A Manipulação Genética em face da pesquisa com o genoma humano busca a melhoria da vida humana, tende a encontrar a cura de diversas doenças que hoje acabam tirando a vida das pessoas, a legislação não serve para atrapalhar estas pesquisas que de alguma maneira é boa para a sociedade, afinal quem não quer a oportunidade de acabar com a célula cancerígena e tornar os filhos imunes ao HIV por exemplo. O que pesa na modificação da carga genética humana é que nem mesmo os pesquisadores sabem ao certo as consequências destas alterações, como dizer que não afeta o princípio da dignidade humana quando nem se sabe a consequência que este ser sofrerá com estas alterações, não quer dizer que as pesquisas devem ser cessadas, porém devem ser efetuadas de maneira cautelosa visando à segurança do ser manipulado independente de ser ele um homem adulto ou um embrião.
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