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Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4319 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
 
 
 
GRAVIDADE E DESFECHO DE PACIENTES COM LESÃO RENAL AGUDA NA 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
SEVERITY AND OUTCOME OF PATIENTS WITH ACUTE KIDNEY INJURY IN THE INTENSIVE 
CARE UNIT 
GRAVEDAD Y RESULTADO DE PACIENTES CON LESIÓN RENAL AGUDA EN LA UNIDAD DE CUIDADOS 
INTENSIVOS 
Samara Leopoldino Ferreira de Moura1, Tayse Tâmara da Paixão Duarte2, Marcia Cristina da Silva Magro3 
RESUMO 
Objetivo: identificar se a presença de agravos à saúde interfere no desfecho de pacientes que evoluem com 
lesão renal aguda (LRA) na unidade de terapia intensiva (UTI). Método: estudo quantitativo, longitudinal, 
prospectivo realizado na UTI de um hospital público com amostra de 19 pacientes e coleta de dados por meio 
de questionário estruturado. Os dados foram analisados estatisticamente pelos testes de Kruskal-Wallis e 
exato de Fisher, com nível de significância de p < 0,05. Resultados: 31,6% dos pacientes evoluíram com risco 
para LRA e 15,8% com falência renal, segundo a classificação “risk, injury, failure, loss, end-stage kidney 
injury” (RIFLE). O aumento do índice de massa corporal (IMC) mostrou associação significativa (p = 0,01) com 
lesão renal; 68,4% dos pacientes obtiveram alta hospitalar. Conclusão: pacientes que acumularam alguma 
condição de agravo à saúde, como aumento do IMC, mostraram-se mais predispostos a evoluir com LRA. Os 
achados deste estudo contribuem por mostrar a importância do controle de peso diário de pacientes críticos 
como medida preventiva de agravos à saúde e medida promotora de redução da mortalidade. Descritores: 
Unidades de Terapia Intensiva; Lesão Renal Aguda; Avaliação em Saúde; Ganho de Peso; Mortalidade. 
ABSTRACT 
Objective: identifying whether the presence of health problems interferes with the outcome of patients who 
evolve to acute kidney injury (AKI) in the intensive care unit (ICU). Method: quantitative, longitudinal, 
prospective study conducted in the ICU at a public hospital with a sample of 19 patients and data collection 
through a structured questionnaire. Data was analyzed statistically by means of the Kruskal-Wallis and Fisher's 
exact tests, with a significance level of p < 0.05. Results: 31.6% of the patients were at risk for AKI and 15.8% 
had kidney failure, according to the classification “risk, injury, failure, loss, end-stage kidney injury” (RIFLE). 
Increased body mass index (BMI) showed a significant association (p = 0.01) with renal injury; 68.4% of the 
patients were discharged from hospital. Conclusion: patients who accumulated any health condition, such as 
increased BMI, were more predisposed to progress with AKI. The findings of this study contribute to show the 
importance of daily weight control in critically ill patients as a preventive measure against health problems 
and a measure that promotes mortality reduction. Descriptors: Intensive Care Units; Acute Renal Injury; 
Health Evaluation; Weight Gain; Mortality. 
RESUMEN 
Objetivo: identificar si la presencia de problemas de salud interfiere con el desenlace de pacientes que 
evolucionan a lesión renal aguda (LRA) en la unidad de cuidados intensivos (UCI). Método: estudio 
cuantitativo, longitudinal, prospectivo realizado en la UCI de un hospital público con muestra de 19 pacientes 
y recogida de datos a través de un cuestionario estructurado. Los datos se analizaron estadísticamente 
mediante la prueba de Kruskal-Wallis y la prueba de Fisher, con un nivel de significación de p < 0,05. 
Resultados: 31,6% de los pacientes tenían riesgo de LRA y 15,8% tenían insuficiencia renal, según la 
clasificación “risk, injury, failure, loss, end-stage kidney injury” (RIFLE). El aumento del índice de masa 
corporal (IMC) mostró una asociación significativa (p = 0,01) con lesión renal; 68,4% de los pacientes tuvieron 
alta hospitalaria. Conclusión: pacientes que acumularon alguna condición de salud, como un IMC aumentado, 
estaban más predispuestos a progresar con LRA. Los hallazgos de este estudio contribuyen a mostrar la 
importancia del control diario del peso de pacientes críticamente enfermos como una medida preventiva 
contra los problemas de salud y una medida que promueve reducción de la mortalidad. Descriptores: 
Unidades de Cuidados Intensivos; Lesión Renal Aguda; Evaluación de Salud; Aumento de Peso; Mortalidad. 
1Enfermeira graduada pela Universidade de Brasília (UnB). Brasília (DF), Brasil. E-mail: emanuelgregoriosam@hotmail.com; 2Enfermeira, 
mestre em Ciências da Saúde, professora na UnB. Brasilia (DF), Brasil. E-mail: taysepaixao@unb.br; 3Enfermeira, doutora em 
Enfermagem, professora na UnB. Brasília (DF), Brasil. E-mail: marciamagro@unb.br 
 
 
ARTIGO ORIGINAL 
mailto:emanuelgregoriosam@hotmail.com
mailto:taysepaixao@unb.br
mailto:marciamagro@unb.br
Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4320 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
 
A lesão renal aguda (LRA) é considerada 
uma condição abrupta que ocorre em 7 dias 
ou menos, potencialmente reversível, cuja 
realidade clínica é observada com frequência 
em unidades de terapia intensiva (UTI).1,2 
Caracteriza-se pela rápida queda no ritmo de 
filtração glomerular e pode ser acompanhada 
pela retenção de produtos nitrogenados e 
distúrbios hidroeletrolíticos. Atualmente, sua 
identificação e estadiamento são 
habitualmente guiados pelas classificações 
“risk, injury, failure, loss, end-stage kidney 
injury” (RIFLE), “Acute Kidney Injury 
Network” (AKIN) ou “Kidney Disease Improving 
Global Outcomes” (KDIGO), que adotam para 
esse fim os critérios creatinina sérica e débito 
urinário.3 
Dados epidemiológicos mostram que a LRA 
é menos frequente na comunidade dita 
“sadia” (0,4% a 0,9%), do que em pacientes 
hospitalizados (4,9% a 7,2%). O acúmulo e a 
gravidade das comorbidades tornam os 
pacientes cada vez mais vulneráveis a LRA. 
Além disso, esses fatores, combinados a idade 
avançada, diabetes mellitus e hipertensão, 
muitas vezes se sobrepõem e aumentam a 
complexidade do paciente e, 
consequentemente, a mortalidade.2 Dada essa 
realidade, os pacientes com LRA grave podem 
alcançar 80% de mortalidade. Entretanto, 
entre os sobreviventes e os dependentes de 
diálise, esse percentual é estimado em torno 
de 13%. É relevante destacar que 5% a 20% dos 
pacientes hospitalizados em UTI apresentam 
pelo menos um episódio de LRA associado à 
insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas.4-5 
A LRA é uma doença grave associada à 
elevada morbidade e mortalidade. O ambiente 
hospitalar pode predispor e agravar essa 
condição, contribuindo diretamente para o 
aumento da prevalência e gravidade dos 
casos. O uso de drogas vasoativas, o estresse, 
a ansiedade e a depressão são fatores que 
podem contribuir à ocorrência de 
comorbidades e, por sua vez, aumentar a 
incidência de LRA.3 
Evidências sinalizam a sepse e os processos 
inflamatórios sistêmicos como os principais 
causadores de LRA, principalmente quando 
combinados a faixa etária avançada e 
morbidades impactam de maneira negativa na 
sobrevida de pacientes com LRA em UTI.3-6 
A redução da incidência, do agravamento 
clínico e da mortalidade dos pacientes 
acometidos por LRA relaciona-se à adoção de 
medidas preventivas e ao diagnóstico precoce. 
Assim, identificar fatores relacionados ao 
aumento da gravidade pode ser fundamental e 
fazer diferença no desfecho dos pacientes. 
Nessa direção, uma condição fundamental a 
ser considerada relaciona-se à competência de 
profissionais da área dasaúde, especialmente 
do enfermeiro, para identificar de forma 
precoce esses fatores, a fim de mediar 
intervenções específicas e singulares voltadas 
às necessidades desses pacientes.6-7 
 
● Identificar se a presença de agravos à 
saúde interfere no desfecho de pacientes que 
evoluem com lesão renal aguda na unidade de 
terapia intensiva. 
 
Estudo quantitativo, longitudinal, 
prospectivo realizado em uma UTI geral adulta 
de um hospital público da Secretaria de 
Estado de Saúde do Distrito Federal (SES DF). 
A coleta de dados ocorreu de janeiro a junho 
de 2016. 
A amostra foi de conveniência e constituída 
de pacientes que evoluíram com LRA após 
internação na UTI. Foram incluídos os 
pacientes com idade superior a 18 anos e 
foram excluídos aqueles com história prévia 
de insuficiência renal (taxa de filtração 
glomerular < 60 mL/min) e estadiamento de 
risco para LRA pela classificação RIFLE.8 
A classificação RIFLE se baseia na definição 
de 3 estágios de LRA (risk, injury e failure), 
que têm como referência alterações da 
creatinina sérica combinada ou não a 
alteração dos valores do débito urinário, 
configurando os estágios de disfunção renal.8 
A coleta de dados ocorreu por meio do 
preenchimento de um instrumento 
estruturado contendo dados de identificação, 
sociodemográficos, clínicos, cirúrgicos, 
hemodinâmicos e laboratoriais, obtidos no 
prontuário eletrônico disponibilizado pelo 
sistema Trakcare da SES DF. Todos os 19 
participantes do estudo assinaram o termo de 
consentimento livre e esclarecido. 
Os valores de referência adotados nos 
exames laboratoriais e medidas 
hemodinâmicas seguiu o protocolo da SES DF. 
Por exemplo: leucócitos = 3.800-9.800/mm3; 
ureia = 20-40 mg/dL; sódio = 138 ou 135 
mEq/L; potássio = 3,5 a 5,0 mEq/L; creatinina 
sérica masculina = 0,7-1,2mg/dL e feminina = 
0,5-1,1mg/dL; frequência cardíaca (FC) = 60-
100 bpm/min; pressão arterial sistólica (PAS) 
= 120-80 a 139-89 mmHg; pressão arterial 
média (PAM) = 60-80 mmHg; frequência 
respiratória (FR) = 12-20 ciclos/min; saturação 
periférica de oxigênio (SPO²) = 95-100%; 
temperatura = 35,8-37°C. 
INTRODUÇÃO 
 
OBJETIVO 
 
MÉTODO 
 
Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4321 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
Para a realização do estudo, foi construído 
um banco de dados no programa 
computacional Epi Info, versão 7. Foram 
calculadas as frequências relativas e 
absolutas, média, desvio padrão e mediana 
(percentis 25 e 75). Para a comparação entre 
grupos foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis e 
exato de Fisher. O resultado foi considerado 
significativo quando p < 0,05. 
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de 
Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e 
Pesquisa em Ciências da Saúde da SES DF 
(FEPECS/SES DF), sob o Parecer n. 1.399.410 e 
o Certificado de Apresentação para 
Apreciação Ética (CAAE) n. 
51515515.0.0000.5553 – em cumprimento à 
Resolução CNS n. 466/2012. 
 
Foram acompanhados 19 pacientes que 
evoluíram com LRA durante o período de 
internação na UTI. A idade média desses 
pacientes foi de 58,8 ±20 anos. A maioria 
(52,6%) se declarou de raça branca, 26,3%, 
negros e 21,0% pardos. Entretanto, daqueles 
que evoluíram com LRA, a maioria (64,2%) era 
negra (p = 0,02). 
A escala de coma de Glasgow e o índice 
APACHE médios (9 ±4; 21 ±7,5), 
respectivamente, revelaram a condição de 
gravidade dos pacientes. A exemplo disso, a 
maioria dos pacientes (78,9%) permaneceu em 
ventilação mecânica na modalidade assistida 
controlada por 18,7 ±13,3 dias. Apenas 10,5% 
permaneceram na modalidade ventilatória 
espontânea ou controlada. A pressão positiva 
no final da expiração (PEEP) da maioria dos 
pacientes (68%) apresentou tendência a se 
elevar durante o acompanhamento (9 a 12 
cm/H2O). Contudo, 21% manteve a PEEP de 5 
a 8 cm/H2O. 
A condição de gravidade dos pacientes 
pode ser fundamentada pela necessidade 
majoritária de noradrenalina por 68% dos 
pacientes. O tempo médio de administração 
de vasopressor (noradrenalina) foi de 9,4 ±4,9 
dias. Tanto a hipertensão arterial como 
sequela de infarto agudo do miocárdio foram 
as condições patológicas mais frequentes 
(57,8%) que acometeram os pacientes. Apesar 
da alta hospitalar ter sido obtida pela maioria 
(68,4%) dos pacientes, 26,3% evoluíram ao 
óbito e 5,2% permaneceram internados. A 
sepse foi diagnosticada em 47,3% e a 
pneumonia em 42,1%, complicações clínicas 
mais frequentes entre os pacientes durante o 
período de internação. Além disso, daqueles 
que evoluíram com LRA, em 50% diagnosticou-
se sepse. 
A maioria dos pacientes (31,6%) evoluiu 
com risco para LRA, mas 21,1% deles 
apresentaram lesão renal durante a 
hospitalização na UTI. Um percentual menor 
(15,8%) evoluiu com falência renal, condição 
de maior gravidade segundo a classificação 
RIFLE. 
De forma geral, os pacientes evoluíram 
com quadro de acidose. A creatinina sérica 
inicialmente se mostrou na faixa de 
normalidade (1 ±0,22 mg/dL), mas a partir do 
segundo dia de internação apresentou 
alteração no valor basal/de referência. 
Entretanto, no percurso do acompanhamento, 
esse valor tendeu a normalização, como 
mostra a Tabela 1. 
 
 
Tabela 1. Variação dos valores de exames 
biológicos de pacientes durante a hospitalização 
na UTI. Ceilândia (DF), Brasil, 2016. 
Exames (nível sérico) (n = 19) 
Média ± desvio 
padrão 
Gasometria (pH) 6,97±1,69 
Potássio (mEq/L) 3,56±0,75 
Ureia (mg/dL) 56±43,09 
Creatinina 1_dia (mg/dL) 1±0,22 
Creatinina 2_dia (mg/dL) 1,66±2,31 
Creatinina 3_dia (mg/dL) 1,35±0,79 
Creatinina 4_dia (mg/dL) 1,28±0,75 
Creatinina 5_dia (mg/dL) 1,59±1,963 
Creatinina 6_dia (mg/dL) 1,53±1,96 
Creatinina 7_dia (mg/dL) 1,10±0,8 
Sódio (mEq/L) 140,79±7,54 
 
RESULTADOS 
Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4322 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
A gravidade verificada segundo o APACHE II 
foi menor nos sobreviventes do que naqueles 
não sobreviventes. O sobrepeso caracterizou o 
grupo de pacientes não sobreviventes, assim 
como a elevação da creatinina sérica. Isso 
pôde ser confirmado principalmente nos dias 3 
e 4 de acompanhamento da creatinina sérica 
(p = 0,04; p = 0,02), respectivamente. A 
gasometria arterial, a pressão arterial média e 
a saturação periférica de oxigênio não 
mostraram diferença entre os grupos. 
Entretanto, o uso de noradrenalina foi elevado 
em ambos os grupos (Tabela 2). 
 
Tabela 2. Associação das variáveis clínicas e desfechos de pacientes durante a hospitalização na 
UTI. Ceilândia (DF), Brasil, 2016. 
Variável 
Sobrevivente 
(n = 13) 
Não sobrevivente 
(n = 5) 
Valor p 
Mediana (25-
75) 
N (%) Mediana (25-
75) 
N (%) 
Idade (anos) 62(42-72) - 46 (39-65) - 0,8* 
APACHE II (1ª 
semana) 
18(13-28) - 25 (22-25) - 0,45* 
Índice massa corporal (kg/m2) 22(20-28) - 27 (22-30) - 0,35* 
Escala de coma de Glasgow 10(8-14) - 6 (3-6) - 0,01* 
Tempo de 
ventilação 
mecânica 
(dias) 
17(8-24) - 17 (16-19) - 0,9 
Creatininas séricas (mg/dL) 
Creatinina sérica (dia 1) 0,9 (0,8-1,1) - 1,2 (0,8-1,2) - 0,8* 
Creatinina sérica (dia 3) 0,9(0,7-1,1) - 2,5 (2,0-2,6) - 0,04* 
Creatinina sérica 
(dia 4) 
0,9(0,7-1,2) - 1,9 (1,8-2,4) - 0,02* 
Creatinina sérica 
(dia 7) 
0,9(0,8-1,0) - 1,9 (0,6-3,1) - 0,6* 
Gasometria (pH) 7,3(7,3-7,4) - 7,4 (7,3-7,5) - 0,1* 
Pressão arterial média (mmHg) 87(81-97) - 85 (75-110) - 0,9* 
Saturação periférica de oxigênio 
(%) 
96(95-98) - 98 (96-99) - 0,2* 
Uso de noradrenalina - 8 (100,0)5 (61,5) 0,2ʇ 
*Teste de Kruskal Wallis; ʇTeste de Fisher; Acute Physiology and Chronic Health disease 
Classification System (APACHE II). 
 
A maioria dos pacientes evoluiu com LRA. 
Logo, a gravidade, ou seja, o risco de morte 
verificado a partir do APACHE II, foi menor nos 
pacientes sem LRA. O valor mediano da escala 
de coma de Glasgow indicou maior gravidade 
nos pacientes acometidos pela LRA. O IMC foi 
significativamente superior no grupo de maior 
gravidade, ou seja, com LRA (p = 0,01) 
(Tabela 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4323 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
Tabela 3. Associação de variáveis clínicas e a ocorrência de lesão renal aguda segundo a classificação RIFLE em 19 
pacientes durante a hospitalização na UTI. Ceilândia (DF), Brasil, 2016. 
Variável clínica 
LRA (lesão e falência) 
(n = 14) 
Não LRA/risco 
(n = 5) Valor p 
Mediana (25-75) N (%) Mediana (25-75) N (%) 
Idade 49,5 (40-79,5) - 78 (74,5-82) - 0,1* 
APACHE II (1ª semana) 20 (15,5-22) - 18 (17,5-23) - 0,6* 
Índice massa corporal 24,3 (21,9 29,8) - 19 (18,4-21,5) - 0,01* 
Escala de coma de 
Glasgow 
8,5 (7-14,5) - 6 (6-9) - 0,2* 
Tempo de ventilação 
mecânica (dias) 
18 (13,5-19) 7 (7-8) 0,15* 
Raça parda e negra - 9 (64,2) - 0 (0,0) 0,02ʇ 
Uso de noradrenalina - 10 (71,4) - 4 (80,0) 0,6ʇ 
Sepse - 7 (50,0) - 2 (40,0) 0,5ʇ 
*Teste de Kruskal Wallis; ʇTeste de Fisher. 
 
 
Cerca de 5% das hospitalizações gerais e 
até 30% das internações em UTI são 
determinadas pela LRA. A prevalência dessa 
patologia oscila de acordo com os valores de 
referência da creatinina sérica, condições 
geográficas locais e definição assumida pelas 
equipes de saúde na prática clínica.7 Estudos 
mostram que a completa e sustentada 
reversão da LRA em 48 a 72 horas de seu início 
está associada a melhores desfechos. Em 
nosso estudo os pacientes foram acometidos 
pela LRA por um período superior, o que 
ratifica uma condição de gravidade.9-10 
A classificação RIFLE tem demonstrado que 
pacientes predispostos a LRA necessitam de 
um período mais prolongado de assistência 
hospitalar, condição que predispõe a maior 
taxa de mortalidade.11 
Nessa direção, pacientes que acumulam 
gravidade, em nosso estudo, caracterizada 
pelo elevado índice APACHE II (21 ±7,5) estão 
mais predispostos a LRA. O APACHE II elevado 
se traduz em um índice que representa 
probabilidade aproximada de 40% de risco de 
morte. Evidências científicas sinalizam que 
esse índice, quando acima de 16, tem uma 
relação estreita com a ocorrência de LRA.12 
Situação presente nos resultados deste 
estudo. 
A condição de gravidade expressa neste 
estudo, pode ser identificada entre algumas 
características dos pacientes, a saber o 
avanço da idade, condição suscetível a 
redução da taxa de filtração glomerular. Essa 
situação é estabelecida fisiologicamente pelo 
processo de envelhecimento natural do 
organismo e pode ser agravado pela 
combinação de patologias.13-4 
O sobrepeso também esteve presente entre 
os pacientes que evoluíram com LRA. 
Sabidamente, a sobrecarga metabólica 
ocasionada pelo excesso de lipídio na clínica 
configura-se como sobrepeso ou obesidade. 
Essas condições, quando combinadas a 
hipertensão arterial sistêmica e diabetes 
mellitus, elevam o risco de morte de 
pacientes acometidos com LRA, hospitalizados 
principalmente no cenário de UTI.15-6 
A escala de coma de Glasgow é um 
instrumento adotado para avaliação de 
pacientes em situação crítica de risco e 
comatosos. É comprovado cientificamente que 
valores de 4 a 9 pontos indicam gravidade, 
dada pelo estado de inconsciência e drive 
respiratório prejudicado, condições que 
indicam necessidade de suporte ventilatório.17 
Identificou-se essa gravidade entre os 
pacientes do presente estudo, fato que pode 
ter contribuído para o agravo da função renal 
da maioria deles. 
Outro fator de gravidade dos pacientes no 
presente estudo foi o tempo de ventilação 
mecânica prolongado, logo, estudos mostram 
que o uso de ventilação mecânica invasiva se 
associa ao aumento de três vezes a chance de 
LRA em pacientes críticos. Além disso, a PEEP 
associada à ventilação mecânica também é 
um importante fator de risco para disfunção 
renal. Isso se deve aos efeitos hemodinâmicos 
e bio-humorais, distúrbios de gases sanguíneos 
e biotrauma decorrentes da ventilação 
mecânica invasiva, bem como ao aumento da 
pressão intra-abdominal advinda da instituição 
de valores elevados da PEEP.18-9 Pautado nessa 
teoria, os pacientes deste estudo acumulam 
condições para evoluir com LRA. 
A noradrenalina, administrada aos 
pacientes em situação crítica de risco, otimiza 
DISCUSSÃO 
 
Moura SLF de, Duarte TTP, Magro MCS et al. Gravidade e desfecho de pacientes com lesão renal... 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4319-25, nov., 2017 4324 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201707 
a pressão arterial, favorecendo a melhor 
perfusão de órgãos e menor necessidade de 
volume para manter a função renal.20 Neste 
estudo, 68% dos pacientes usaram 
noradrenalina, com um tempo médio de 9,4 
±4,9 dias. 
Na contramão, a hipertensão arterial 
sistêmica, presente em mais da metade dos 
pacientes do presente estudo, causa lesão nas 
unidades filtrantes dos rins, como 
consequência esses órgãos podem interromper 
a remoção de resíduos e excesso de líquido do 
sangue, o que acarreta instabilidade na 
pressão arterial sistêmica e ocasiona piora no 
quadro clínico do paciente, predispondo à 
LRA.21 Situação identificada na maioria dos 
pacientes deste estudo. 
Evidências científicas mostraram que a raça 
negra está associada ao risco aumentado de 
LRA quando comparado à raça branca. Em 
nosso estudo, a raça negra associou-se 
significativamente (p = 0,02) à LRA. Vários 
fatores são postulados para explicar o 
aumento do risco de nefropatia em pessoas 
negras, como a própria diabetes mellitus, 
incluindo fatores biológicos, comportamentos 
de risco individuais e contextos físicos, sociais 
e de saúde.22 No estudo ARIC, o risco elevado 
de LRA entre os negros foi atenuado após 
ajuste das diferenças de renda, sugerindo que 
fatores socioeconômicos e acesso aos cuidados 
de saúde podem estar mediando a disparidade 
racial na LRA.23 
 
Pacientes que acumularam alguma 
condição de agravo à saúde, como o aumento 
do IMC, mostraram-se mais predispostos a 
evoluir com LRA. Os achados deste estudo 
contribuem por mostrar a importância do 
controle de peso diário de pacientes críticos 
como medida preventiva de agravos à saúde e 
promotora de redução da mortalidade. 
 
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Submissão: 08/08/2017 
Aceito: 28/09/2017 
Publicado: 01/11/2017 
Correspondência 
Tayse Tâmara da Paixão Duarte 
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