Buscar

Davvid Mobile

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 98 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATERIAL DIDÁTICO
DISTÚRBIOS RENAIS/ METABÓLICOS E 
BALANÇO HÍDRICO
DISTÚRBIOS RENAIS
Sistema Urinário
Fisiologia
• Armazenar a urina e lançá-la na 
uretra.
• Eliminar a urina.
• Conduzir a urina dos rins até a 
bexiga.
• Filtração do sangue, regulando 
volume e composição;
• Regulação do pH do sangue;
• Excreta resíduos;
• Produção de hormônios.
Rins Ureteres
Bexiga 
Urinária
Uretra
Função excretora
• Filtração de substâncias tóxicas
• Produção de urina
Função reguladora
• Equilíbrio Ácido-básico
• Equilíbrio Hidroeletrolítico
Função Secretora
• Produção de Renina e Eritropoetina
• Ativação da Vitamina D
Funções do sistema Renal
Hormônios excretados pelo Rim
Eritropoetina
Aumenta a produção de Eritrócito
Renina
Ativa o sistema de Renina-Angiotensina-Aldosterona
Di-hidroxivitamina D
Estimula absorção de cálcio pelo intestino
Mecanismo extras renal de 
excreção de sódio e água
Excreção de 
Sódio
• Renina
• Angiotensina
• Aldosterona
Excreção de 
água
• Osmolaridade
e ADH*
*vasopressina – hormônio antidiurético
Fisiopatologia Renal
Insuficiência Renal Crônica
Diabetes HAS
Nefrite 
Intersticial
Doença 
Renovascular
Insuficiência Renal aguda
Causas Pré-renais Causas Intra-renais Causas Pós-renais
MORTON; FONTAINE (2013) afirmam que...
• IRA pré-renal ocorre devido qualquer complicação fisiológica que
resulte numa perfusão renal diminuída, como hipovolemia,
insuficiência cardiovascular ou sepse, acomete boa parte de pacientes
hospitalizados.
• IRA intra-renal inclui as complicações que causam danos
glomerulares, chegando a acometer a maioria dos pacientes
hospitalizados.
• IRA pós-renal ocorre em menor proporção, apenas uma minoria é
acometida, e é causada por qualquer condição que impeça o trajeto de
urina ao ducto coletor do rim ao orifício uretral.
Distúrbios Renais
Grupo 1 - IRA pré-renal
Grupo 2 - IRA intra-renal
Grupo 3 - IRA pós-renal
Porque desenvolver a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem em pacientes com Distúrbios Renais na UTI???
• A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro
aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na
prática assistencial, favorecendo o cuidado e a
organização das condições necessárias para que ele seja
realizado (MATTOS, 2012).
SAE – Anamnese
Localização, cateter e 
duração da dor;
Relação da dor 
com a micção;
Fatores que precipitam 
e aliviam a dor;
História de infecção 
urinária prévia;
Ocorrência de 
febre e calafrios;
Uso de 
medicamentos, álcool, 
tabagismo e drogas;
Alteração da 
coloração da urina;
Inspeção Turgor da pele e das mucosas;
Estado de 
Hidratação;
Volume 
Urinário.
Palpação Avaliar volume e forma;
Consistência e 
contorno dos 
Rins;
O Rim direito é 
palpado com 
maior 
facilidade.
Exame Físico
Geralmente os RINS 
não são palpáveis. 
Todavia, a palpação dos 
rins pode caracterizar 
um aumento que pode 
ter grande importância 
clínica (Bickley, 2007).
O Rim direito é 
ligeiramente mais 
baixo que o esquerdo.
Sinal de Giordano
O exame físico pode detectar 
bexigoma, que indica uma 
possível alteração do BH.
Atentar para os sons 
timpânicos e maciços 
próximo a linha média da 
cicatriz umbilical.
Diagnóstico de Enfermagem
Dor Aguda relacionada com a infecção, o edema, a obstrução ou
a o sangramento ao longo do trato urinário ou com exames
invasivos;
Excesso de volume de líquidos relacionado com o débito
urinário diminuído, os excessos da dieta e a retenção de sódio e
da água.
• Controle da eliminação de urina da bexiga
Continência Urinária
• Banho
• Controle Hídrico
• Cuidados com o Períneo
• Micção Induzida
• Supervisão da Pele
• Sondagem Vesical
Cuidados na Incontinência Urinária 
Intervenção de Enfermagem
BALANÇO HÍDRICO
Pode trazer várias repercussões clínicas desfavoráveis, o
que se deve muitas vezes a infusão de líquidos elevada,
prejudicando os rins, que sofrem uma pressão
intersticial elevada, proporcionando a perfusão renal
diminuída e a Taxa de Filtração Glomerular baixa,
desenvolvendo uma lesão renal (OLINDA et al, 2014).
O BH nos pacientes críticos é de grande valia,
fazendo parte da rotina do serviço, o qual tais dados
devem ser anotados adequadamente pela equipe de
enfermagem, seu fechamento é realizado pelo
enfermeiro, facilitando para a equipe médica a
adequação da volemia do paciente.
Uma taxa maior de mortalidade foi
observada em pacientes com sobrecarga
hídrica-acúmulo de líquidos >10% do peso
na admissão (JERONIMO et al, 2011;
VAARA et al., 2012).
O enfermeiro frente a diálise peritoneal
Obedecer com rigor o balanço da diálise peritoneal.
Etiquetar todas as bolsas de diálise;
Verificar o peso de cada bolsa;
Somar o peso de todas as bolsas e anotar na folha de
balanço como peso inicial;
Seguir com a infusão até a drenagem, obedecendo ao
tempo prescrito
Anotar o horário de início – tempo de permanência do
líquido na cavidade abdominal – início da drenagem;
Ao final da drenagem, pesar a bolsa coletora na balança.
Importante...
Quando o paciente necessita
da terapia, antes de iniciar o
procedimento, é necessário
explicar todas as práticas
que permeará o cuidado ao
paciente.
Além de preparar os
materiais a serem utilizados,
inclusive aquecer o líquido
de diálise à temperatura
corporal através de
dispositivo específico para
tal, assistir o paciente ao
longo da terapia,
verificando seus sinais
vitais, inclusive o peso.
• Entre outras responsabilidades, o enfermeiro age na
prevenção de complicações, a exemplo das infecções,
tanto do peritônio quanto do cateter, através manuseio
dos dispositivos com técnica asséptica.
• Desenvolva um plano de ação para prevenir
complicações relacionada à diálise peritoneal.
SEMPRE AVALIAR A EFICÁCIA DO 
PROCESSO DE CUIDADO INSTITUÍDO 
AO PACIENTE..
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
Bioquímica do sangue e seus valores de referência
Gasometria Arterial
Acidose e Alcalose
Bioquímica Sanguínea
Sódio: 135 a 
145 mEq/L
Potássio: 3 a 
5,5 mEq/L
Cloro: 98 a 105 
mEq/L
Cálcio: 9 a 11 
mg/dL
Fósforo: 2,5 a 
4,5 mg/dL
Magnésio: 1,5 
a 2,4 mg/dL
Uréia: 20 a 40 
mg/dL
Creatinina: 0,7 
a 1,4 mg/dL
Glicose: 70 a 
100mg/dL. Se 
> 125 (2x) –
DM. teste de 
tolerância
Proteínas 
totais: 5,5 a 
8g/dL
Albuminas: 3 a 
5,5g/dL
Globulinas: 2 a 
3,5g/dL
Gasometria
pH: 7,35 a 7,45
BE: + – 2 (<0: acidose metab. | >0: alcalose metab.)
SAT O2: >95%
PaO2: 90 a 100 (95)
PaCO2: 35 a 45 (40)
HCO3-: 22 a 26 (24)
• Esforço respiratório;
• Perda de apetite, náuseas, vômitos;
• Alterações neurológicas, dor de cabeça, 
confusão mental;
• Cansaço, Oligúria, Hálito cetônico;
• Redução da contração do músculo 
cardíaco.
• Parestesia periférica (Formigamento nas 
mãos e pés);
• Sensação de falta de ar;
• Dores no peito;
• Tontura;
• Mais ansiedade;
• Mais hiperventilação.
• Náuseas.
• Sensação de torpor.
• Espasmos musculares prolongados.
• Tremor nas mãos.
• Contração muscular.
• Batimento cardíaco acelerado.
• Dor de cabeça.
• Confusão mental.
• Fraqueza e cansaço.
• Náusea e vômito.
• Hálito frutado pode ser sintoma de 
cetoacidose diabética.
Acidose 
Metabólica
Alcalose 
Metabólica
Acidose 
Respiratória
Alcalose 
Respiratória ( 
⬇⬇ níveis 
sanguíneos de 
dióxido de 
carbono)
Sistema Tampão
Teste de Allen
Material para colher Gasometria
a. Seringa de 
3ml
b. Agulha 
1,2x40 (rosa)
c. Agulha 
0,7x25 (cinza)
d. Heparina
e. Luva de 
procedimento
f. Algodãog. Álcool 70%h. Gases
i. Tampa de 
borracha para 
ocluir agulha
j. Coxim
Posicionamento do braço do paciente
c. Identificar a artéria radial: palpar o processo estiloide do rádio e o 
tendão dos flexores do carpo – sente-se o pulso radial entre essas duas 
estruturas anatômicas.
b. Estender o braço, com a palma da mão para cima e hiperextender o 
punho apoiando-o sobre o coxim (para deixar a artéria radial o mais 
superficial possível)
a. Explicar o procedimento ao paciente
PROCEDIMENTOa. Colocar luva
b. Limpar o local da punção com o algodão embebido em álcool 70%
c. Heparinizar a seringa com a agulha rosa (aspira a heparina e devolve no frasco)
d. Trocar agulha rosa pela agulha de menor calibre
e. Palpar o pulso radial usando a mão não dominante (polpa digital dos dedos 
indicador e médio)
f. Com a mão dominante, inserir a agulha em ângulo de 30-45º em direção cefálica logo 
abaixo do local onde está palpando o pulso
PROCEDIMENTO (continuação)
g. Avançar a agulha lentamente até que o sangue arterial flua espontaneamente para a 
seringa. Coletar no mínimo 1ml (idealmente, coletar 3ml)
h. Retirar a agulha e comprimir imediatamente com a gase, fazendo pressão por 5 
minutos
i. Retirar as bolhas da seringa e tampar a agulha (“espetar” na tampinha de plástico 
ou silicone)
j. Identificar a seringa com o nome do paciente
k. Encaminhar imediatamente para laboratório em bolsa térmica com gelo
Gasometria Arterial
Referências
• MORTON, P. G; FONTAINE, D. K. Cuidados Críticos de enfermagem: uma abordagem holística. Guanabara Koogan, 9
ed. Rio de Janeiro, 2013.
• SMELTZER, S. M. N.; BARE, B. G. Brunner&Suddarth: Tratado de Enfermagem MédicoCirúgica, 12ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014.
• PEREIRA, E. R; RIBEIRO, I. M. L; et al. Análise das principais complicações durante a terapia hemodialítica em pacientes
com insuficiência renal crônica. R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134. Disponível em:
<http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/603>Acesso em : 21.mar.2019.
• OLINDA, N. A. M; et al. Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva. J
Bras Nefrol ;36(3):379-388, 2014. Disponível em <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
28002014000300379>.
• OLIVEIRA, S. M. de; et al. Elaboração de um instrumento da assistência de enfermagem na unidade de hemodiálise. Acta
paul. enferm; 21(spe): 169-173, 2008. Disponível em <http://pesquisa.bvsalud.org/ghl/resource/en/lil-485263>.
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4463 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
 
 
 
DISTÚRBIOS RENAIS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
RENAL DISORDERS IN INTENSIVE CARE UNITS 
DISTURBIOS RENALES EN UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 
Gabriela Gonçalo de Oliveira Silva1, Jacqueline Targino Nunes2, Isabele Rêgo Barboza3, Thiago Roberto 
Camarotti Costa do Rêgo Barros4, Ângela Monic Lima de Souza5, Rejane Marie Barbosa Davim6, Milva Maria 
Figueiredo de Martino7 
RESUMO 
Objetivo: identificar os principais distúrbios renais em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. 
Método: revisão integrativa, percorrendo seis etapas para sistematizar a pesquisa. A questão elaborada foi << 
Quais os principais distúrbios renais em pacientes internados em UTI? >>. Os dados foram coletados nas 
bases de dados Lilacs e Medline e na Biblioteca Virtual SciELO. Oito artigos atenderam aos critérios de 
inclusão. Resultados: a infecção renal é de alta incidência em pacientes internados em Unidade de Terapia 
Intensiva e os principais distúrbios renais relacionavam-se à IRA, como sepses, choque séptico, ITU, doenças 
respiratórias e cardiovasculares. Conclusão: a contribuição do estudo subsidiará o desenvolvimento de novas 
pesquisas, bem como revisar anteriores para entendimento dos distúrbios renais em pacientes de UTI. É de 
fundamental relevância a presença do enfermeiro em UTI na atenção ao paciente com IRA para detecção e 
prevenção desta patologia, visto ser este o profissional que está próximo ao doente em tempo integral. 
Descritores: Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Insuficiência Renal; Unidades Hospitalares da 
Hemodiálise; Diálise; Infecção Hospitalar. 
ABSTRACT 
Objective: to identify the main renal disorders in patients admitted to Intensive Care Units. Method: 
integrative review, with six steps to systematize the research. The research question was "What are the 
main renal disorders occurring in ICU patients? >> Data were collected in the Lilacs, Medline database and 
SciELO Virtual Library. Eight articles met the inclusion criteria. Results: we observed from the analysis of the 
studies that kidney infection has high incidence in patients hospitalized in Intensive Care Units and that the 
main renal disorders were related to ARF, such as sepsis, septic shock, UTI, respiratory and cardiovascular 
diseases. Conclusion: the contribution of the study will provide support to the development of further 
research, as well as to review previous evidence to understand renal disorders in ICU patients. The presence 
of nurses in ICUs is of fundamental relevance to the care to the ARF patients, for the detection and 
prevention of this pathology, because these are the professionals who are closer and spend longer periods 
with patients. Descriptors: Nursing; Intensive Care Unit; Renal failure; Hemodialysis Hospital Units; Dialysis; 
Hospital Infection. 
RESUMEN 
Objetivo: identificar los principales disturbios renales en pacientes internados en Unidad de Terapia 
Intensiva. Método: revisión integradora, con seis etapas para sistematizar la investigación. La pregunta 
elaborada fue << ¿Cuáles son los principales disturbios renales en pacientes internados en UTI? >> Datos 
recolegidos en las bases de datos Lilacs y Medline y, en la Biblioteca Virtual SciELO. Ocho artículos atendieron 
a los criterios de inclusión. Resultados: la infección renal es de alta incidencia en pacientes internados en 
Unidad de Terapia Intensiva y los principales disturbios renales encontrados se relacionaban a la IRA, como 
sepsis, choque séptico, ITU, enfermedades respiratorias y cardiovasculares. Conclusión: la contribución del 
estudio subsidiará el desarrollo de nuevas investigaciones, así como revisar anteriores para entendimiento de 
los disturbios renales en pacientes de UTI. Es de fundamental relevancia la presencia del enfermero en UTI en 
la atención al paciente con IRA para detección y prevención de esta patología, ya que parece ser éste el 
profesional que está próximo al enfermo en tiempo integral. Descriptores: Enfermería; Unidades de Cuidados 
Intensivos; Insuficiencia Renal; Unidades de Hemodiálisis en Hospital; Diálisis; Infección Hospitalaria. 
1Enfermeira, Especialista em Unidade de Terapia Intensiva, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte/FATERN. Natal 
(RN), Brasil. E-mail: gabiestudo@outlook.com; 2 Enfermeira, Especialista em Unidade de Terapia Intensiva, Aluna Especial do Mestrado em 
Saúde do Trabalhador, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: 
jacquelineenfermagem@hotmail.com; 3Enfermeira, Faculdade de Excelência Educacional do Rio grande do Norte Norte/FATERN. Natal 
(RN), Brasil. E-mail: isabele.rego@hotmail.com; 4Enfermeiro, Especialista em Saúde da Família, Faculdade de Excelência Educacional do 
Rio Grande do Norte/FATERN. Natal (RN), Brasil. E-mail: thiago.barros@ebserh.gov.br; 5Enfermeira, Mestranda, Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: angelamonicl@gmail.com; 
6Enfermeira Obstetra, Doutora em Ciências da Saúde, Professor Associado III, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal 
(RN), Brasil. E-mail: rejanemb@uol.com.br; 7Enfermeira, Professora Visitante, Doutora, Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: milva@unicamp.br 
 
ARTIGO REVISÃO INTEGRATIVA 
 
mailto:gabiestudo@outlook.com
mailto:jacquelineenfermagem@hotmail.com
mailto:isabele.rego@hotmail.com
mailto:thiago.barros@ebserh.gov.br
mailto:angelamonicl@gmail.com
mailto:rejanemb@uol.com.br
mailto:milva@unicamp.br
mailto:Email:%20milva@unicamp.br
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al.Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4464 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
 
O hospital apresenta setores distintos com 
direcionamentos assistenciais individuais que 
visam atender às necessidades de cada 
paciente/usuário. A unidade de terapia 
intensiva (UTI) destaca-se por acumular 
grande quantitativo de pacientes de alta 
complexidade.1 
A UTI é definida como local com um 
conjunto de elementos funcionalmente 
agrupados, destinado ao atendimento de 
pacientes graves ou de risco que necessitam 
de assistência e intervenção à saúde 
ininterrupta, além de equipamentos e 
recursos especializados. Os cuidados de 
enfermagem aos pacientes críticos requerem 
recursos humanos especializados, materiais 
sofisticados de alta tecnologia com finalidade 
de oferecer suporte seguro às condições 
clínicas dos mesmos.1-2 
Os pacientes com afecções renais 
necessitam de abordagem integral e 
sistematizada para avaliação do estado de 
saúde, em especial no ambiente de UTI, como 
os distúrbios renais associados a um tempo 
mais prolongado de hospitalização e custos.2-3 
A Insuficiência Renal Aguda (IRA) afeta 
grande parte dos pacientes com problemas 
renais internados em UTI, é caracterizada 
pela rápida queda da capacidade dos rins em 
retirar e filtrar impurezas do organismo, o que 
leva a distúrbios hídricos, eletrólitos, 
indicadores ácido-base responsáveis por 
elevadas taxas de morbimortalidade. Cerca de 
5% destes pacientes irão necessitar de 
tratamento dialítico e, para mantê-los 
metabolicamente estáveis, a hemodiálise 
conhecida como terapia de substituição da 
função renal é o tratamento mais utilizado 
quando há comprometimento desta função, 
observando-se bons resultados no tratamento 
especialmente quanto à assistência de 
enfermagem.3-4 
A necessidade de hemodiálise para esta 
afecção aguda, a qual determina evolução 
desfavorável em pacientes graves, está 
diretamente relacionada a longas 
permanências em ambiente hospitalar e 
aumento da mortalidade.5 
Os métodos dialíticos podem ser contínuos 
ou intermitentes e exercem papel importante 
no tratamento da disfunção renal. “A diálise 
consiste em um processo de depuração do 
sangue, no qual a transferência de solutos e 
líquidos ocorre através de uma membrana 
semipermeável que separa dois 
compartimentos”.6:100 
As principais causas da IRA nos internados 
em UTI são sepse, hipovolemia e uso 
prolongado de nefrotóxicos que podem levar a 
lesões nos néfrons com diminuição da função 
causando disfunção renal. Outra causa é a 
infecção do trato urinário (ITU), um dos sítios 
mais comuns de infecção hospitalar (IH). Essa 
infecção eleva os custos com a internação do 
paciente, aumenta as complicações, sequelas 
e danos.4,7 
Uma problemática na saúde pública do 
Brasil são as infecções adquiridas durante 
procedimentos na prestação dos cuidados de 
saúde, tanto para pacientes quanto para a 
sociedade, aumentando gastos e permanência 
no hospital para tratar tais infecções. Dentre 
as infecções, a incidência daquelas 
relacionadas ao trato urinário corresponde de 
38,5 a 40% as nosocomiais, sendo 70 a 88% 
diretamente relacionadas ao cateterismo 
vesical e 5 a 10% após cistoscopias ou 
procedimentos cirúrgicos com manuseio do 
trato urinário.8 
Enfatiza-se a relevância deste estudo pela 
necessidade de tratar as questões que 
envolvem infecções adquiridas durante 
procedimentos na prestação dos cuidados de 
saúde a pacientes com afecções renais que 
necessitam de abordagem integral e 
sistematizada, visto que proporcionará 
divulgação das evidências científicas 
disponíveis para avaliação de opções e 
tomadas de decisão na assistência ao paciente 
em uso de cateter vesical. Haja vista também 
poderá estimular os enfermeiros, avaliar 
particularidades clínicas individuais dos 
pacientes guiando uma prática terapêutica 
adequada visando à prevenção e controle das 
ITU. Espera-se que a presente pesquisa 
contribua da mesma forma para a prática dos 
enfermeiros, ajudando-os a adquirir novos 
conhecimentos sobre a ITU associadas à 
prevenção dessas infecções em pacientes 
submetidos à cateterização vesical em UTI. 
 
● Identificar os principais distúrbios renais 
em pacientes internados em Unidade de 
Terapia Intensiva. 
 
Trata-se de uma revisão integrativa da 
literatura, na qual foram consideradas as 
seguintes etapas: identificação da questão da 
pesquisa; busca na literatura; titulação dos 
estudos, autoria, periódico e ano de 
publicação.9 A questão norteadora da 
presente revisão consistiu em: <<Quais os 
principais distúrbios renais em pacientes 
INTRODUÇÃO 
MÉTODO 
OBJETIVO 
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4465 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
internados em UTI?>> A revisão integrativa é 
um método que proporciona a síntese de 
conhecimento e incorporação da 
aplicabilidade de resultados de estudos 
significativos na prática desenvolvida por meio 
de levantamento bibliográfico associado a 
artigos que relatem esta prática clínica. 
A amostra de uma pesquisa refere-se à 
captura dos elementos necessários à 
efetivação do estudo como busca ativa em 
periódicos eletrônicos, referências descritas 
nos estudos selecionados e utilização de 
outras referências, importante indicador da 
confiabilidade e fidedignidade dos resultados. 
Utilizou-se para a busca de artigos as bases de 
dados Lilacs e Medline e na Biblioteca Virtual 
SciELO no período de 2013 a 2017, por meio 
dos seguintes descritores inseridos no DeCS: 
Enfermagem, Unidade de Terapia Intensiva e 
Insuficiência Renal. Como critérios de inclusão 
foram estabelecidos artigos escritos na 
íntegra, em língua portuguesa, publicados 
entre o período de 2013 a 2017 e que 
atendessem ao objetivo proposto na pesquisa. 
Como exclusão artigos incompletos, em língua 
estrangeira, com mais de cinco anos de 
publicação e que não atendiam ao objetivo 
proposto nesta pesquisa. 
A análise ocorreu de acordo com a pesquisa 
diretamente na base de dados onde os artigos 
que não atendiam aos objetivos foram 
excluídos prontamente. Inicialmente, foram 
encontrados 97 artigos ao usar os descritores 
citados anteriormente. Após análise 
criteriosa, foram selecionados oito do total 
obtido, sendo estes utilizados para 
fundamentação desta pesquisa, os quais 
atendiam eminentemente ao objetivo 
proposto. 
 
Foram identificados 97 estudos e após 
análise criteriosa oito artigos responderam aos 
critérios de inclusão. Na Figura 1 estão 
descritos os artigos segundo título, autoria, 
periódico e ano de publicação. 
 
Título Autoria Periódico Ano de publicação 
Estadiamento da injúria 
renal aguda na sepse 
 
Gomes TM 
 
 
 UNB 
 
 
2014 
 
 
A estrutura 
representacional do 
cuidado intensivo para 
profissionais de Unidade 
de Terapia Móvel 
Nascimento KC, Gomes 
AMT, Erdmann AL 
 
 
 
Rev esc enferm USP 
 
 
 
 
 
2013 
 
 
 
 
 
Perfil de diagnósticos de 
enfermagem de 
pacientes com distúrbios 
renais internados em 
uma unidade de terapia 
intensiva 
Machado JR 
 
 
 
 
UNB 
 
 
 
 
2015 
 
 
 
 
Principais causas de 
insuficiência renal aguda 
em unidades de terapia 
intensiva: intervenção de 
enfermagem 
 
Santos ES, Marinho CMS 
 
 
 
 
Rev Enf Ref 
 
 
 
 
2013 
 
 
Insuficiência renal aguda 
em pacientes infectados 
pelo H1N1: correlação 
clínico-histológica em 
uma série de casos 
Sevignani GM, 
Soares MF, Marques GL, 
Freitas AKE, Gentil A, 
Chula DC, Nascimento 
MM 
J Bras Nefrol 
 
 
 
 
2013 
 
A importância dos 
cuidados de enfermagemprestados em terapia 
intensiva a pacientes em 
processos hemodialíticos 
venosos contínuos: 
pesquisa bibliográfica 
Souza VJ 
 
 
 
Rev Eletrôn Atualiza 
Saúde 
 
 
2015 
 
 
 
 
Infecção do trato urinário 
relacionada com o uso do 
cateter: revisão 
integrativa 
Jorge BM, Mazzo A, 
Mendes IAC, Trevizan MA, 
Martins JCA 
 
Rev Enf Ref 
 
 
 
2013 
 
 
Evidências para a 
prevenção de infecção no 
cateterismo vesical: 
revisão integrativa 
Magalhães R, Melo EM, 
Lopes VP, Carvalho ZMF, 
Barbosa IV, Studart RMB 
J Nurs UFPE on line 
 
 
 
2014 
 
Figura 1. Estudos identificados nas bases de dados de acordo com títulos, autores, periódicos e anos de 
publicação. Natal (RN), Brasil, 2017. 
 
RESULTADOS 
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4466 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
 
Observou-se a partir da análise dos estudos 
incluídos na revisão que a infecção renal tem 
alta incidência em pacientes internados em 
UTI, permitindo inferir a relevância de tal 
questionamento. 
Pacientes críticos em processo de 
adoecimento são acometidos ou mesmo estão 
suscetíveis à ocorrência da sepse. Tal fator 
não torna o evento “normal”, ao contrário, 
impõe necessidade de estabelecer estratégias 
de prevenção e tratamento individualizados 
com a finalidade de assegurar melhor 
prognóstico. Classicamente, sepse é uma 
condição caracterizada por resposta 
inflamatória sistêmica associada a uma 
infecção conhecida ou suspeita com graves 
consequências, incluindo falência de múltiplos 
órgãos.1 
A assistência em UTI móvel fundamenta-se 
em paciente grave e tem influência na terapia 
intensiva hospitalar, equipamentos altamente 
técnicos e equipe multiprofissional 
especializada. Grande parte dos pacientes 
atendidos nas UTI móvel é crítica, ou seja, 
apresenta maior gravidade e por isso demanda 
assistência direta e dependente.2 
Os distúrbios renais mais comuns em 
pacientes internados em UTI vão da IRA à 
terapia dialítica e distúrbios eletrolíticos. A 
IRA é uma patologia que afeta grande número 
de pacientes internados em unidades críticas 
com complicações mais comuns do ambiente 
hospitalar e sua incidência tem variação de 
acordo com a gravidade do doente.3 
Um estudo observacional, exploratório 
descritivo e tipo série de casos teve como 
objetivo identificar ocorrência dos 
diagnósticos de enfermagem em indivíduos 
com distúrbios renais. Como resultado foi 
encontrado 14 diagnósticos da NANDA, sendo 
que 11 identificados em 100% da amostra. É 
importante a abordagem integral e 
sistematizada no cuidado ao paciente com 
afecções renais para avaliação do estado de 
saúde deste, em especial no ambiente de UTI. 
Foi visto que a disfunção renal IRA e a 
Insuficiência Renal Crônica (IRC) apresentadas 
nos pacientes eram devido a efeito secundário 
relacionado ao tratamento (drenos e 
medicamentos) e por consequência do volume 
de líquidos deficientes, corroborando com 
esta revisão.3 
Por consequência de diversos tratamentos 
e hospitalização por demasiados períodos, 
ocorre aumento no número de doenças como 
IRA que se desenvolvem em complicações de 
outras comorbidades. Determinados eventos 
patológicos provocam lesões nos néfrons 
(pequenas estruturas para a filtração 
glomerular) que pode levar à diminuição 
rápida da função renal (IRA) e que, caso não 
seja revertido rapidamente, pode tornar-se 
irreversível ou levar o paciente a óbito. 
Grande parte dos acometidos por distúrbios 
renais na UTI necessita de tratamento 
dialítico, e que, segundo autores, seus 
objetivos foram: identificar as principais 
causas de IRA em pacientes internados em UTI 
e descrever as intervenções de enfermagem 
para as causas de IRA neste setor.4 
O vírus influenza A (H1N1) foi identificado 
em abril de 2009, ganhou proporções mundiais 
e tornou-se pandemia em junho de 2009. Com 
formas graves da doença e alta mortalidade, 
restringe-se aos pacientes com comorbidades 
em extremos de idade ou baixa imunidade. A 
IRA tem sido relatada como uma situação 
frequente em pacientes por H1N1, 
encontrando-se incidência de até 66% em 
estudos no Canadá, Argentina e Brasil. 
Ademais, a IRA e a necessidade de 
hemodiálise determinam evolução pouco 
favorável nesses pacientes, estando 
relacionadas a um aumentado tempo de 
internação e maior mortalidade. Estudos 
relataram características pertinentes à 
apresentação clínica e acometimento 
pulmonar da doença. Contudo, informações 
precisas referentes à IRA e alterações 
histopatológicas renais nesses pacientes ainda 
são escassas, havendo limitações quanto ao 
desenvolvimento de estratégias terapêuticas. 
São necessários mais estudos para permitir 
melhor manejo desses casos.5 
Os rins desempenham papel importante na 
manutenção do volume adequado de líquido 
extracelular e de sua composição 
hidroeletrolítica correta. Infelizmente, na 
maioria das vezes, esse sistema apresenta 
alterações do funcionamento em pacientes 
que se encontram em estado crítico, 
decorrentes do uso frequente de diversas 
drogas nefrotóxicas.6 
Ao analisar as evidências científicas 
disponíveis para prevenção de infecção 
associada ao cateterismo vesical, foi 
verificado que as infecções urinárias 
relacionadas ao uso de cateteres ainda 
apresentam alta incidência.8 
Um estudo prospectivo de natureza 
quantitativa desenvolvido em um hospital 
privado da região Sul de São Paulo contou com 
a participação de 42 pacientes, no período de 
1 a 10 de fevereiro de 2010, objetivando 
quantificar a incidência de emergências 
nefrológicas que necessitam de 
acompanhamento em UTI e as principais 
DISCUSSÃO 
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4467 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
doenças de base que podem evoluir para os 
estágios de insuficiência renal. A análise geral 
entre todos os pacientes apresentou IRC e IRA 
sem enfatizar as patologias de base. Os 
principais motivos de internamento foram 
insuficiência respiratória e acidente vascular 
encefálico. Esse estudo ainda apresentou 
outros dados relevantes, como 34% dos 
internados apresentaram IRA fazendo uso de 
antibioticoterapia e analgesia e tinham 
comorbidades associadas, como diabetes 
(57%) e hipertensão arterial sistêmica (48%).10 
Diante das altas taxas de mortalidade da 
IRA e IRC em pacientes críticos internados em 
UTI, é preciso rápida prevenção, como 
também diagnóstico precoce em todos os 
ambientes hospitalares quanto a estas 
morbidades. As formas de prevenção para IRA 
e IRC podem ser relacionadas como: fornecer 
hidratação adequada; evitar e tratar de 
imediato o choque; monitorizar as pressões, 
arterial e venosa central; tratar de imediato a 
hipotensão; avaliar continuamente a função 
renal; tomar devidas precauções em caso de 
transfusão; evitar e tratar de imediato as 
infecções; atenção especial às feridas, 
queimaduras e outras situações que possam 
levar a sepses; cuidado meticuloso com sonda 
de demora e retirá-la assim que possível; e 
evitar efeitos medicamentosos tóxicos.11 
Em estudo exploratório qualitativo 
desenvolvido em uma cidade nordestina do 
Brasil e coleta no período de agosto a 
setembro de 2015 com o objetivo de 
investigar a percepção de familiares ao cuidar 
do paciente com IRC em tratamento 
hemodialítico, chegaram a conclusão que as 
mudanças impostas pela IRC, pacientes e 
familiares adaptam-se à rotina do tratamento, 
organizando-se quanto ao fluxo do cuidar, 
abdicando do própriotempo de vida e 
autocuidado pessoal para dispensar ao 
dialítico e, dessa forma, ocorrendo mudanças 
das mais variadas na vida de cada um e 
sofrimento além do esperado.12 
Estudos associados aos cuidados de 
enfermagem na prevenção da ITU referiram 
como sendo fundamental que estes 
ultrapassem a técnica, haja vista que os riscos 
devem ser constantemente avaliados como a 
prática de higienização das mãos 
criteriosamente observada, condições 
anatômicas de cada paciente devem sempre 
ser levadas em consideração, educação do 
usuário e de familiares. Ademais, os 
resultados verificados manifestaram dicotomia 
entre conhecimento e prática dos técnicos de 
enfermagem relacionados ao controle e 
prevenção de infecção ao manusear o sistema 
de drenagem vesical. Ponderando que na 
maioria das vezes os cateteres vesicais são 
manipulados por esses profissionais, é 
relevante que o enfermeiro institua formas 
estratégicas de capacitação baseadas em 
conscientização, compromisso e 
responsabilidade na execução do cuidado 
prático, fundamentadas em evidências 
científicas.13 
Nesse sentido, é de fundamental 
importância que o controle e prevenção de 
ITU relacionada ao cateter necessitam de uma 
gama de medidas, sendo, então, competência 
do enfermeiro intervenções com meta 
primordial na qualidade de vida do paciente, 
o qual deve estabelecer um plano de cuidados 
para prevenir a IRA e IRC nesses pacientes que 
já se encontram em estado grave. A conduta 
do enfermeiro deve basear-se em evitar a 
progressão da sepse, evitando, assim, 
complicações nos diversos órgãos, incluindo o 
rim que é tão vulnerável. 
 
Dentre os principais distúrbios renais 
encontrados nesta revisão em pacientes 
internados na UTI, relacionavam-se à IRA, 
como sepses, choque séptico, ITU, doenças 
respiratórias e cardiovasculares. 
A contribuição do estudo para o avanço do 
conhecimento científico neste campo 
possibilita desenvolver novas pesquisas e 
revisar anteriores para entendimento dos 
distúrbios renais em pacientes internados na 
UTI. Com identificação das principais causas 
de internamento dos pacientes que evoluíram 
para IRA, fornece-se subsídios ao enfermeiro, 
profissional este que identifica alterações de 
forma rápida sinalizando a equipe 
multiprofissional com ações de enfermagem 
objetivando evitar disfunções renais e/ou 
minimizar complicações utilizando a 
Classificação das Intervenções de 
Enfermagem. 
É relevante frisar o acompanhamento 
clínico, nefrológico, laboratorial e nutricional 
desses indivíduos acometidos com potencial 
iminência de prognóstico maléfico reduzindo 
custos dos tratamentos de terapia renal 
substitutiva, além de propiciar melhor 
qualidade de vida a esse grupo de pacientes 
em especial. 
 
1. Gomes TM. Estadiamento da injúria renal 
aguda na sepse. Universidade de Brasília, 
Faculdade de Ceilândia. Curso de 
Enfermagem, Brasília, 2014. Available from: 
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/
2014_ThaisMartinsGomes.pdf 
REFERÊNCIAS 
CONCLUSÃO 
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/2014_ThaisMartinsGomes.pdf
http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/2014_ThaisMartinsGomes.pdf
Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. 
Português/Inglês 
Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4468 
ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 
2. Nascimento KC, Gomes AMT, Erdmann AL. A 
estrutura representacional do cuidado 
intensivo para profissionais de Unidade de 
Terapia Intensiva móvel Rev Esc Enferm USP 
[Internet]. 2013 [cited 2017 July 
15];47(1):176-84. Available from: 
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n1/a22v
47n1.pdf 
3. Machado JR. Perfil de diagnósticos de 
enfermagem de pacientes com distúrbios 
renais internados em uma unidade de terapia 
intensiva. Faculdade de Ciências da Saúde, 
Universidade de Brasília (UnB). Brasília, 2015. 
Available from: 
http://bdm.unb.br/handle/10483/10679 
4. Santos ES, Marinho CMS. Principais causas 
de insuficiência renal aguda em unidades de 
terapia intensiva: intervenção de 
enfermagem. Rev Enf Ref [Internet]. 2013 
[cited 2017 July 15];3(9):181-9. Available 
from: 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=s
ci_arttext&pid=S0874-02832013000100019 
5. Sevignanai G, Soares MF, Marques GL, 
Freitas AKE, Gentili A, Chula DC, et al. 
Insuficiência renal aguda em pacientes 
infectados pelo H1N1: correlação clínico-
histológica em uma série de casos. Rev J Bras 
Nefrol [Internet]. 2013 [cited 2017 July 
18];35(3):185-90. Available from: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_a
bstract&pid=S0101-
28002013000300004&lng=e&tlng=pt 
6. Sousa VJ. A importância dos cuidados de 
enfermagem prestados em terapia intensiva a 
pacientes em processos hemodialíticos 
venovenosos contínuos: pesquisa bibliográfica. 
Rev Eletrôn Atualiza Saúde [Internet]. 2015 
[cited 2017 July 18];1(1):99-108. Available 
from: http://atualizarevista.com.br/wp-
content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-
cuidados-de-enfermagem-prestados-em-
terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-
hemodialiticos-venovenosos-continuos-
pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-
n1-v1.pdf 
7. Jorge BM, Mazzo A, Mendes IAC, Trevizan 
MA, Martins JCA. Infecção do trato urinário 
relacionada com o uso do cateter: revisão 
integrativa. Rev Enf Ref [Internet]. 2013 
[cited 2017 July 18];serIII(11):125-32. 
Available from: 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=s
ci_arttext&pid=S0874-02832013000300014 
8. Magalhães SR, Melo EM, Lopes VP, Carvalho 
ZMF, Barbosa IV, Studart RMB. Evidências para 
a prevenção de infecção no cateterismo 
vesical: revisão integrativa. J Nurs UFPE on 
line [Internet]. 2014 [cited 2017 July 
18];8(4):1057-63; Available from: 
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermage
m/index.php/revista/article/viewFile/4611/p
df_4957 
9. Cardoso SS, Facundim SD, Pompeo DA, 
Cesarino CB, Ribeiro RCHM. Intervenções 
nutricionais para a melhoria da qualidade de 
vida em pacientes com lesão renal aguda. Arq 
Ciênc Saúde [Internet]. 2013 [cited 2017 July 
18];20(4):134-39. Available from: 
http://repositorio-
racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-
dez-2013-20(4).pdf 
9.Whittmore R, Knafl K. The integrative 
review: updated methodology. J Adv Nurs 
[Internet]. 2005 [cited 2017 July 
18];52(5):546-53. Available from: 
http://users.phhp.ufl.edu/rbauer/EBPP/whitt
emore_knafl_05.pdf 
10. Sousa ML, Malagutti W, Rodrigues FSM, 
Barnabé AS, Francisco L, Silva RN, et al. 
Incidência de insuficiência renal aguda e 
crônica como complicações de pacientes 
internados em uma unidade de terapia 
intensiva. ConScientiae Saúde [Internet]. 2010 
[cited 2017 July 18];9(3):456-61. Available 
from: 
http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saud
e/article/view/2165. 
11. Brunner BS, Suddarth DS. Tratado de 
enfermagem médico-cirúrgica. 11a ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
12. Lima LR, Cosentino SF, Santos AM, 
Strapazzon M, Lorenzoni AMC. Percepção dos 
familiares frente ao cuidado com paciente em 
diálise. J Nurs UFPE on line [Internet]. 2017 
[cited 2017 July 18];11(7):2704-10. Available 
from: 
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermage
m/index.php/revista/article/view/9995/pdf_
3540 
13. Vieira FA. Ações de enfermagem para 
prevenção de infecção do trato urinário 
relacionada ao cateter vesical de demora. 
Einstein [Internet]. 2009 [cited 2017 July 18]; 
7(3):372-5. Available from: 
http://www.slideshare.net/idaval_1/632-
einstein20v7n3p3725-port 
 
 
 
Submissão: 03/08/2017 
Aceito: 28/09/2017 
Publicado: 01/11/2017 
Correspondência 
Rejane Marie Barbosa Davim 
Avenida Amintas Barros, 3735 
Condomínio Terra Brasílis 
Bloco A, Ap. 601 
Bairro Lagoa Nova 
CEP: 59056-215  Natal (RN), Brasil 
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n1/a22v47n1.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n1/a22v47n1.pdf
http://bdm.unb.br/handle/10483/10679
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000100019
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000100019
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000300014
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000300014
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957
http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf
http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf
http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf
http://users.phhp.ufl.edu/rbauer/EBPP/whittemore_knafl_05.pdf
http://users.phhp.ufl.edu/rbauer/EBPP/whittemore_knafl_05.pdf
http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/view/2165
http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/view/2165
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540
http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540
http://www.slideshare.net/idaval_1/632-einstein20v7n3p3725-port
http://www.slideshare.net/idaval_1/632-einstein20v7n3p3725-port
538 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Artigo Original
Diagnósticos, resultados e 
intervenções de enfermagem em 
pacientes com lesão renal aguda
Diagnosis, results, and nursing interventions 
for patients with acute renal injury
Mariana de Freitas Grassi1
Magda Cristina Queiroz Dell’Acqua1
Rodrigo Jensen1
Cassiana Mendes Bertoncello Fontes1
Heloísa Cristina Quatrini Carvalho Passos Guimarães2
Autor correspondente
Mariana de Freitas Grassi
Rua Nelo Cariola, 307,
18603-570, Botucatu, SP, Brasil.
mariana.grassi1@hotmail.com
DOI
http://dx.doi.org/10.1590/1982-
0194201700078
1Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil.
2Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, SP, Brasil.
Conflitos de interesse: não há conflitos de interesse a declarar.
Resumo
Objetivo: Identificar prevalência de diagnósticos (DE), resultados (RE) e intervenções de enfermagem (IE) em pacientes com lesão renal aguda 
(LRA) internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Correlacionar DE, RE e IE identificados.
Métodos: Estudo transversal, conduzido em Unidades de Terapia Intensiva de um hospital público de grande porte da cidade de São Paulo. Foram 
incluídos, numa amostra intencional, 98 pacientes com LRA em tratamento hemodialítico internados em UTI, maiores de 18 anos. Foi utilizado software 
SPSS v21.0 para estimação da prevalência, fixando a estimativa no intervalo de confiança (IC) de 95% e erro amostral de 0,05. A coleta de dados foi 
realizada por meio da consulta de enfermagem, composta de entrevista estruturada, anamnese e exame físico dos pacientes, utilizando instrumento 
elaborado pelos pesquisadores. A coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2016, e o instrumento de coleta de dados foi preenchido 
pela pesquisadora principal. A consulta de enfermagem teve duração de aproximadamente 30 minutos. Do total da amostra, 10% foi selecionada 
aleatoriamente e checada, com o propósito de avaliar a qualidade dos dados e valores atípicos. Foi também realizado teste piloto em dois pacientes, 
previamente, para verificar se as informações contidas no instrumento atingiriam os objetivos da pesquisa.
Resultados: Participaram 98 pacientes, predominantemente com idade ≥60 anos (33%), sexo masculino (60%) e classificados com lesão 
pré-renal (54%). DE prevalentes (100%): risco de infecção, risco de perfusão gastrointestinal ineficaz, risco de perfusão renal ineficaz, risco 
de desequilíbrio eletrolítico, volume de líquidos excessivos e risco de volume de líquidos desequilibrados. RE prevalentes (100%): gravidade da 
infecção, acesso para hemodiálise, perfusão tissular: órgãos abdominais, equilíbrio hídrico, mobilidade, remoção de toxinas e função renal. IE 
prevalentes (100%): promoção contra infecção, controle de infecção, manutenção de acesso para diálise, controle hidroeletrolítico, controle de 
eliminação urinária, controle ácido-básico, controle de eletrólitos, controle de hipervolemia, controle hídrico, monitorização hídrica, fisioterapia 
respiratória, monitorização respiratória e posicionamento. Correlações foram significativas (p< 0,001) entre DE e IE e entre IE e RE.
Conclusão: Os principais DE, RE e IE foram relacionados à perda da função renal, origem das alterações na perfusão renal, volemia, distúrbios 
hidroletroliticos e risco para infecção. O número de DE atribuídos mostrou-se relacionado ao número de IE, assim como, das IE aos RE.
Abstract
Objective: To identify prevalence and correlate diagnosis, results, and nursing interventions in patients with acute renal injury (ARI) who were 
hospitalized in an intensive care unit (ICU).
Methods: This was a cross-sectional study including 98 patients older than 18 years old with ARI who were undergoing hemodialysis treatment in the 
ICU . The study was carried out in an ICU a large public hospital located in the city of São Paulo, Brazil. For statistics analysis we used the SPSS v21.0 to 
estimate prevalence, the 95% of confidence interval and sample error of 0.05. Data were collected from March to July 2016 using structured interviews, 
anamnesis and physical exam of patients using an instrument designed by this study researchers. The main instrument was completed by the principal 
researcher. Nursing consultation lasted for approximately 30 minutes. Of the total sample, 10% was selected and checked randomly in order to evaluate 
data qualityand atypical values. Two patients previously did a pilot test to verify whether information in the instrument achieved the objective of the study.
Results: The 98 participatns were aged ≥60 years (33%), men (60%), and classified as pre-renal injury (54%). Prevalent diagnosis was 
(100%) risk of infection, risk of inefficient gastrointestinal perfusion, risk of ineffective renal perfusion, risk of electrolyte imbalance, excessive 
fluid volume, and risk of imbalanced fluid volume. Results (100%) were: severity of infection, access for hemodialysis, tissue perfusion - 
abdominal organs, hydric balance, mobility, removal of toxins and renal function. Prevalent nursing interventions (100%) were: promotion 
against infection, control of infection, maintenance of access for dialysis, hydroeletrolitic control, urinary elimination control, acid-base control, 
electrolytic control, hypervolemia control, hydric control, hydric monitoring, respiratory physiotherapy, respiratory and positioning monitoring. 
Correlations were significant (p< 0.001) between diagnosis and nursing interventions and between nursing interventions and results.
Conclusion: Main diagnosis, results and nursing interventions related with loss of renal function originated from changes of renal perfusion, 
volemia, hydroelectrolytic dysfunctions, and risk of infection. The number of diagnosis showed to be correlated with number of nursing 
interventions and nursing interventions was correlated with results.
Descritores
Diagnósticos de enfermagem; Processo 
de enfermagem; Lesão renal aguda; 
Diálise renal; Cuidados críticos
Keywords
Nursing diagnosis; Nursing process; 
Acute kidney injury; Renal dialysis; 
Critical care
Submetido
11 de Setembro de 2017
Aceito
24 de Outubro de 2017
539Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC
Introdução
A lesão renal aguda (LRA) em pacientes internados 
em unidade de terapia intensiva (UTI) apresenta 
incidência que varia entre 25%(1) e 57%(2) e mor-
talidade em torno de 60%.(3) A LRA caracteriza-se 
por perda abrupta da função renal, com redução da 
taxa de filtração glomerular, gera acúmulo de pro-
dutos nitrogenados, distúrbios hidroeletrolíticos e 
ácido-básico.(4-6)
Na assistência ao portador de LRA o Processo 
de Enfermagem (PE) é uma importante ferramenta 
utilizada pelo enfermeiro para gerenciar cuidados, 
detalhado em fases, e registrado no prontuário do 
paciente. Contempla cinco fases: histórico de enfer-
magem/coleta de dados, diagnóstico, planejamento, 
implementação e avaliação de enfermagem.(7)
Destaca-se que o diagnóstico de enfermagem é 
um processo cognitivo ao agrupamento da coleta e 
análise de dados, geração e avaliação de hipóteses. 
A acurácia deve permear a avaliação, as decisões e o 
processamento de informações que geram o diag-
nóstico. O diagnóstico apoia a comunicação e a 
decisão sobre os resultados esperados e as interven-
ções para atingi-los.(8) Este estudo tem o objetivo 
de identificar a prevalência de diagnósticos, resul-
tados e intervenções de enfermagem de pacientes 
com LRA em terapia hemodialítica internados em 
UTI. Propõe-se também correlacionar o número 
de diagnósticos, resultados e intervenções de en-
fermagem identificados.
Métodos
Estudo transversal, conduzido em Unidades de Te-
rapia Intensiva de um hospital público de grande 
porte da cidade de São Paulo. Foram incluídos, 
numa amostra intencional, 98 pacientes com LRA 
em tratamento hemodialítico internados em UTI, 
maiores de 18 anos. Foi utilizado software SPSS 
v21.0 para estimação da prevalência, fixando a esti-
mativa no intervalo de confiança (IC) de 95% e erro 
amostral de 0,05. A coleta de dados foi realizada 
por meio da consulta de enfermagem, composta de 
entrevista estruturada, anamnese e exame físico dos 
pacientes, utilizando instrumento elaborado pelos 
pesquisadores. As variáveis de interesse foram itens 
clínicos, sociodemográficos e diagnósticos (DE), re-
sultados (RE) e intervenções de enfermagem (IE) 
que refletiam necessidades de cuidados dos pacien-
tes com LRA.
A coleta de dados foi realizada no período de 
março a julho de 2016, e o instrumento de coleta 
de dados foi preenchido pela pesquisadora prin-
cipal. A consulta de enfermagem teve duração de 
aproximadamente 30 minutos. Os pacientes e/ou 
familiares participantes foram convidados a res-
ponder a entrevista após assinar o Termo de Con-
sentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O formu-
lário foi composto por dados referentes à anamne-
se, exame físico, dados de exames complementares 
e dados do prontuário do paciente. Este foi apli-
cado uma única vez, no momento da internação 
do paciente na UTI, com o diagnóstico de LRA 
em tratamento dialítico. Após a coleta de dados, 
foram identificados os DE, RE e IE, utilizando 
as classificações NANDA International (NANDA
-I),(9) Classificação das Intervenções de Enferma-
gem (NIC)(10) e Classificações dos Resultados de 
Enfermagem (NOC).(11)
As variáveis clínicas, sociodemográficas, assim 
como, os diagnósticos, resultados e intervenções de 
enfermagem foram analisados de forma descritiva. 
Para a correlação entre o número de DE, número de 
RE e número de IE foi aplicado o teste de correla-
ção linear por correlação de Spearman, por meio do 
software SPSS versão 21.0.
Do total da amostra, 10% foi selecionada 
aleatoriamente e checada, com o propósito de 
avaliar a qualidade dos dados e valores atípicos. 
Foi também realizado teste piloto em dois pacien-
tes, previamente, para verificar se as informações 
contidas no instrumento atingiriam os objetivos 
da pesquisa.
Este estudo seguiu os preceitos éticos e legais 
preconizados pela resolução 466/2012, do Conse-
lho Nacional de Saúde.(12) A pesquisa foi aprovada 
no Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de 
Medicina de Botucatu da Universidade Estadual 
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (CAAE) nº 
53058316.0.0000.5411.
540 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda
Resultados
Participaram do estudo 98 pacientes com LRA em 
tratamento hemodialítico hospitalizados em UTI. 
Na tabela 1 é apresentada a caracterização sociode-
mográfica dos participantes do estudo.
Além do diagnóstico de LRA cada paciente 
possuía mais de um diagnóstico médico concomi-
tante, motivo principal da internação, os princi-
pais diagnósticos médicos foram relacionados às 
doenças de trato gastrointestinal (35; 36%) e trato 
respiratório (27; 28%).
O choque séptico esteve presente em 38 pacien-
tes (37%), o qual contribuiu para o surgimento, 
evolução e gravidade da LRA. A classificação da 
LRA pré-renal esteve presente em 53 (54%) pa-
cientes, o que se relaciona com a hipovolemia e hi-
pofluxo sanguíneo.
O início da terapia hemodialítica ocorreu nas 
primeiras 24 horas de admissão na UTI em 45 
(46%) pacientes. A terapia hemodialítica contínua 
foi indicada para 66 (67%) pacientes, destas a he-
mofiltração venovenosa contínua ocorreu em 59 
(60%) dos casos.
Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos pacientes com 
lesão renal aguda em tratamento dialítico em unidade de terapia 
intensiva 
Variáveis n(%) Mediana (Max-Min)
Faixa etária
18-30 anos 8(8)
31- 40 anos 13(13)
41-50 anos 20(20)
51- 60 anos 25(26)
Acima de 60 anos 32(33)
Idade (anos) 55(20-79)
Sexo
Masculino 59(60)
Feminino 39(40)
Procedência
São Paulo 58(59)
Outros municípios 35(36)
Outros estados 3(3)
Outro país 1(1)
Situação conjugal
Casado 49(50)
Solteiro 35(36)
Divorciado 8(8)
Viúvo 3(3)
Quanto ao balanço hídrico, apresentava-se po-
sitivo em 52 (53%) pacientes, a diurese estava pre-
sente em 73 (75%) dos casos e o uso de diurético 
em 31 (32%) pacientes. O uso de sedação estava 
presente em 53 (54%) pacientes, todos totalmen-
te dependentes dos cuidados de enfermagem, e 60 
(61%) em uso de droga vasoativa. Faziam uso de 
ventilação mecânica 66 (68%) pacientes.
Na avaliação dos pacientes de forma geral, foipossível notar a gravidade e instabilidade hemodi-
nâmica, 57 (61%) pacientes evoluíram para óbito.
Os diagnósticos de enfermagem prevalentes, 
características definidoras, fatores de risco e rela-
cionados elencados nestes pacientes estão descritos 
na tabela 2.
Na tabela 3 são vinculados aos diagnósticos, resulta-
dos e intervenções de enfermagem.
Foi encontrado no estudo, por paciente, media-
na de 15 (min 8 - max 22) DE, 3,7 (min 3 - max 4) 
RE e 40 (min 23 - max 46) IE. Na correlação entre 
os DE, RE e IE, as correlações foram significativas 
entre os DE e as IE (r = 0,51; p< 0,001) e entre as 
IE e os RE (r = -0,34; p=0,001). Não houve corre-
lação significativa entre os DE e os RE (r = -0,18; 
p = 0,072).
Discussão 
Foram identificados nove DE, 13 RE e 27 IE pre-
valentes em pacientes portadores de LRA em trata-
mento dialítico em UTI, com a finalidade de con-
tribuir ao raciocínio clínico dos profissionais e pro-
mover impacto positivo na assistência, prevenção e 
tratamento de pacientes com essa patologia.
Os pacientes incluídos nesta pesquisa apresen-
taram-se como criticamente graves e com instabili-
dade hemodinâmica, consequentemente com altas 
taxas de mortalidade, 61% dos casos. Esta taxa é 
congruente com as taxas encontradas nacional e in-
ternacionalmente.(13-16)
Após traçados o perfil sociodemográfico e clí-
nico dos pacientes com LRA em tratamento dialí-
tico em UTI, foram identificados os DE prevalen-
tes; ocorreram em 100% destes: risco de infecção, 
risco de perfusão gastrointestinal ineficaz, risco de 
541Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC
perfusão renal ineficaz, volume de líquidos excessi-
vos, risco de desequilíbrio eletrolítico, risco de vo-
lume de líquidos desequilibrados. Estes resultados 
assemelham-se a outro estudo brasileiro, realizado 
por técnica Delphi, que identificaram cinco diag-
nósticos principais: débito cardíaco diminuído, 
perfusão tissular ineficaz: renal, volume de líqui-
dos deficiente, volume excessivo de líquidos e risco 
para infecção.(17)
Outro estudo realizado com pacientes em Te-
rapia de Reposição Renal Contínua (CRRT) iden-
tificou em 100% dos casos os DE: perfusão renal 
ineficaz, volume de líquidos excessivos, proteção 
ineficaz, débito cardíaco diminuído, risco de inte-
gridade da pele prejudicada, risco de infecção e ter-
morregulação ineficaz.(18)
Em estudo prévio que traçou o perfil diagnós-
tico de pacientes com doença renal crônica em he-
Tabela 2. Diagnósticos de enfermagem, características definidoras, fatores de risco e relacionados de pacientes com lesão renal aguda 
em tratamento dialítico em unidade de terapia intensiva 
Diagnóstico de Enfermagem (%) Características definidoras (%) Fatores de risco/fatores relacionados (%)
Risco de infecção 100 - - Procedimento invasivo 100
Resposta inflamatória suprimida 100
Diminuição de Hemoglobina 97
Integridade da pele prejudicada 56
Desnutrição 38
Obesidade 6
Risco de perfusão gastrointestinal ineficaz 100 - Doença renal 100
Doença gastrointestinal 36
Função hepática prejudicada 34
Diabetes melitus 15
Risco de perfusão renal ineficaz 100 - - Doença renal 100
Exposição á nefrotoxinas 93
Hipertensão arterial 28
Diabetes melitus 15
Trauma 15
Queimaduras 1
Volume de líquidos excessivo 100 Hemoglobina e hematócrito diminuído 97 Mecanismo regulador comprometido 100
Desequilíbrio eletrolítico 62
Oligúria 67
Ruídos respiratórios adventícios 59
Edema 52
Ingesta maior que eliminação 52
Risco de desequilíbrio eletrolítico 100 - - Disfunção renal 100
Mecanismo regulador comprometido 100
Volume de líquidos excessivos 100
Vômito 16
Diarréia 8
Risco de volume de líquidos desequilibrados 100 - - Regime de tratamento 100
Sepse 37
Trauma 15
Queimaduras 1
Troca de gases prejudicada 61 pH arterial anormal 67 Desequilíbrio na relação ventilação-perfusão 100
Cianose 40
Taquicardia 38
Padrão respiratório anormal 27
Gases sanguíneos arteriais anormais 10
Hipercapnia/hipoxemia 10
Risco de sangramento 61 - Regime de tratamento 62
Função hepática prejudicada 47
Trauma 13
Integridade da pele prejudicada 60 Alteração na integridade da pele 100 Fator mecânico 100
Alteração no volume de líquidos 100
Circulação prejudicada 44
Nutrição inadequada 42
Hipotermia 17
Hipertemia 5
542 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda
modiálise, foram identificados alguns DE que se 
assemelham à presente pesquisa como: risco de in-
fecção, risco de desequilíbrio eletrolítico e volume 
de líquidos excessivos. Entretanto, foram divergen-
tes os DE: risco de trauma vascular, risco de função 
hepática prejudicada, risco de glicemia instável, dor 
aguda, insônia e ansiedade.(19)
O DE volume de líquidos excessivos é frequen-
te em pacientes em tratamento dialítico, tanto 
crônicos ou agudos, as características definidoras 
foram estudas e averiguadas em estudo brasileiro, 
algumas são semelhantes aos achados desta pesqui-
sa, como por exemplo: desequilíbrio eletrolítico, 
ruídos pulmonares adventícios, edema e ingestão 
maior que a eliminação.(20)
Em outro estudo que identificou DE em pa-
cientes portadores de cateter de curta permanência 
para hemodiálise foram encontrados oito princi-
pais DE: risco de perfusão renal ineficaz, mobili-
dade física prejudicada, risco de síndrome por es-
tresse por mudança, risco de infecção, integridade 
Tabela 3. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem de pacientes com lesão renal aguda em tratamento dialítico em 
unidade de terapia intensiva
Diagnóstico de Enfermagem (%) Resultados de Enfermagem (%) Intervenções de Enfermagem (%)
Risco de infecção 100 Gravidade da Infecção 100 Promoção contra infecção 100
Controle de infecção 100
Acesso para hemodiálise 100 Manutenção de acesso para diálise 100
Risco de perfusão gastrointestinal ineficaz 100 Perfusão tissular: órgãos abdominais 100 Controle hidroeletrolítico 100
Função gastrointestinal 69 Controle de eliminação urinária 100
Risco de perfusão renal ineficaz 100 Função renal 100 Controle ácido-básico 100
Terapia por hemofiltração 66
Terapia por hemodiálise 35
Remoção de toxinas 100 Controle de eliminação urinária 100
Equilíbrio eletrolítico 71 Controle de eletrólitos 100
Controle hidroeletrolítico 100
Volume de líquidos excessivo 100 Equilíbrio hídrico 100 Controle de hipervolemia 100
Controle hídrico 100
Monitorização hídrica 100
Risco de desequilíbrio eletrolítico 100 Equilíbrio eletrolítico e ácido-base 83 Controle ácido-básico 100
Controle de eletrólitos 100
Risco de volume de líquidos desequilibrados 100 Gravidade da sobrecarga hídrica 69 Controle hídrico 100
Controle de hipervolemia 100
Troca de gases prejudicada 61 Estado respiratório 64 Fisioterapia respiratória 100
Monitorização respiratória 100
Risco de sangramento 61 Coagulação sanguínea 98 Redução do sangramento 61
Precaução contra sangramentos 61
Administração de hemoderivados 56
Integridade da pele prejudicada 60 Cicatrização de feridas 67 Posicionamento 100
Cuidado com lesões 64
Prevenção de úlceras por pressão 38
Supervisão da pele 38
da pele prejudicada, integridade tissular prejudica-
da, proteção ineficaz e risco de trauma vascular.(21)
O PE é considerado um instrumento que 
torna possível a prática de enfermagem com jul-
gamento clínico ao aplicar habilidades críticas, 
metacognitivas e pensamento crítico.(22) Para a 
enfermagem, o PE possui vários significados, 
dentre eles, autonomia, valorização e reconhe-
cimento profissional. Além de contribuir para a 
qualidade da assistência, trabalho em equipe e 
respaldo legal.(23)
Com base nos achados, é possível afirmar que 
a população estudada apresenta inúmeras par-
ticularidades, que demandam alta carga de tra-
balho de enfermagem, destaca-se a importância 
do PE estruturado para contribuir à qualidade 
da assistência e individualizar o cuidado. Este, 
realizado com conhecimento técnico-científicoe 
habilidades, é capaz de empoderar a equipe de 
enfermagem e promover a autonomia e reconhe-
cimento profissional.
543Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC
Os principais RE encontrados nos pacientes 
com LRA em terapia dialítica em UTI foram: 
gravidade da infecção, acesso para hemodiálise, 
perfusão de órgãos abdominais, função gastroin-
testinal, equilíbrio hídrico, remoção de toxinas, 
função renal, equilíbrio eletrolítico, equilíbrio 
eletrolítico e ácido-básico, gravidade da sobre-
carga hídrica, estado respiratório, coagulação 
sanguínea e cicatrização de feridas. Estes estão 
fortemente associados à diminuição da função 
renal e às inúmeras alterações fisiológicas. Não 
foram encontrados artigos de comparação, que 
analisaram RE na população estudada.
As IE prevalentes neste estudo foram: promoção 
contra infecção, controle da infecção, manutenção 
de acesso para diálise, controle hídrico, controle áci-
do-básico, controle de eliminação urinária, controle 
de hipervolemia, terapia por hemofiltração, terapia 
por hemodiálise, fisioterapia respiratória, controle de 
eletrólitos, controle hidroeletrolítico, monitorização 
de eletrólitos, monitorização hídrica, monitorização 
respiratória, redução de sangramento, precaução 
contra sangramento, administração de hemoderiva-
dos, posicionamento, cuidado com lesões, preven-
ção de úlceras por pressão e supervisão da pele.
Dentre as inúmeras ações de enfermagem a estes 
pacientes destacam-se três pontos fundamentais. O 
primeiro, cuidados com o cateter: realizar o curati-
vo, monitorar sangramentos e hematomas, observar 
presença de sinais flogísticos, heparinizar vias após o 
uso, utilizar o cateter exclusivamente para a CRRT e 
ocluir extensões. O segundo, cuidados com o circui-
to: preparar o equipamento realizar o autoteste com-
pletamente, verificar conexões da extensão ao cateter, 
verificar se não há clampeamento das vias, monitorar 
a cada hora parâmetros do equipamento e realizar a 
troca do circuito a cada 72 horas. O terceiro, cui-
dados com o paciente: verificar nível de consciência, 
monitorização hemodinâmica, controle de exames 
laboratoriais e realização de mudança de decúbito 
com a finalidade de evitar lesões por pressão.(24)
Uma revisão de literatura aponta algumas in-
tervenções de enfermagem para prevenção e tra-
tamento da LRA em UTI que corroboram com a 
presente pesquisa: prevenção de choque, regulação 
hemodinâmica, controle hidroeletrolítico, controle 
ácido-básico e controle de infecção, controle da hi-
povolemia, controles cardíacos, precauções contra 
embolias e monitorização respiratória.(25) 
A prevenção da LRA inclui alguns pontos 
chave como identificação de fatores de riscos 
para desenvolvimento da LRA, como patologias 
crônicas prévias, insuficiência cardíaca conges-
tiva, hipertensão, arteriosclerose coronariana, 
acidose, exposição nefrotóxica, sepse, ventilação 
mecânica e anemia. Realização do diagnóstico 
precoce a partir da dosagem de creatinina sérica 
e urinária.(26)
Após o diagnóstico a prioridade é a manuten-
ção volêmica e correção da depleção de volume, 
porém é necessário atenção para não causar ba-
lanço hídrico positivo, pois se associa a alta mor-
talidade. Monitorizar débito urinário e balanço 
hídrico rigoroso, monitorização hemodinâmica e 
de oxigenação. Atentar para medicações nefrotó-
xicas e corrigir a dose para pacientes com função 
renal alterada.(26)
A indicação de terapia de substituição renal in-
clui fatores como hipervolemia, alteração eletrolíti-
ca e ácido-básico. A modalidade depende de condi-
ções socioeconômicas da instituição, país e sistema 
de saúde, além de equipamentos médicos e equipe 
especializada e/ou treinada.(26)
Quanto ao conhecimento da enfermagem para 
a detecção precoce da LRA vem sendo estudado, 
pois se espera competente atuação na prevenção e 
no tratamento. Conclui-se que tanto os enfermei-
ros que atuam nas unidades de internação, terapia 
intensiva e emergência, em instituições privadas e 
públicas, não possuem conhecimento satisfatório 
para executar a avaliação e as medidas que garan-
tam condições para prevenção, diagnóstico e sinais 
e sintomas da LRA. Estes resultados demonstram 
que é fundamental a implementação de ações em 
espaços de educação continuada e a necessidade de 
treinamentos para capacitação e desenvolvimento 
destas habilidades.(27)
Há resultados que demonstram a insegurança 
dos profissionais da saúde ao diagnosticar e tratar 
a LRA. O déficit de conhecimento acerca deste as-
sunto reitera a necessidade de ações que subsidiem 
as ações médicas e de enfermagem.(28)
544 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda
Outro estudo aponta que o treinamento da equi-
pe de enfermagem sobre a LRA promoveu conheci-
mento e gerenciamento da LRA, evidencia alto im-
pacto após três meses da intervenção educacional.(29)
Uma equipe de enfermagem com treinamento 
para atuar com pacientes com LRA em CRRT em 
UTI está associado à diminuição da mortalidade 
destes pacientes, pois estes enfermeiros estão ca-
pacitados para solucionar problemas do equipa-
mento, há melhor gerenciamento da terapia, con-
sequentemente melhor efeitos clínicos. Há evidên-
cias que uma equipe treinada diminui o tempo de 
hospitalização, há diminuição das interrupções do 
circuito extracorpóreo, menor número de trocas 
indevidas do filtro, consequentemente há aumen-
to da dose de diálise oferecida de acordo com a 
prescrição médica.(30)
Identificou-se que o aumento do número de 
DE está correlacionado com o aumento das IE, 
entretanto o aumento das IE está correlacionado 
à diminuição dos RE. Ou seja, ao modo que au-
menta o número de DE por paciente irá aumentar 
as IE; entretanto, ao modo que aumenta o número 
de IE por paciente, se reduz o número de resulta-
dos. Faz-se necessário estudos futuros que inves-
tiguem estas relações encontradas, considerando 
a plausibilidade destes achados. Destaca-se que é 
frequente RE que gerem múltiplas intervenções, 
assim como, RE que gerem intervenções específi-
cas. Estes resultados refletem na alta carga de tra-
balho de enfermagem, assim como, no alto custo 
hospitalar de assistência.
Conclusão
Conclui-se que o perfil dos pacientes com LRA em 
tratamento dialítico em UTI é do sexo masculino 
(60%), com idade superior a 60 anos (33%), com 
diagnóstico médico primário relacionado à patolo-
gia do trato gastrointestinal (36%) e sepse esteve 
presente em 37% dos casos. O tipo de lesão renal 
mais frequente foi a pré-renal em 54% dos pacien-
tes, sendo necessária a terapia de substituição renal 
no primeiro dia de admissão na UTI (46%), a mo-
dalidade prevalente foi a terapia contínua (67%). 
Estes pacientes apresentavam gravidade hemodi-
nâmica, todos totalmente dependentes dos cuida-
dos de enfermagem, 68% em ventilação mecânica, 
61% em uso de drogas vasoativas e 54% sedados. 
Apresentavam alta taxa de mortalidade em 61% 
dos pacientes. Os principais DE, RE e IE estavam 
relacionados à perda da função renal e alterações 
na perfusão renal, na volemia, nos distúrbios hi-
droeletrolíticos e, consequentemente, expunham 
o paciente a procedimentos invasivos e a alto ris-
co para infecção. Os DE presentes em 100% dos 
pacientes foram: Risco de infecção, Risco de per-
fusão gastrointestinal ineficaz, Risco de perfusão 
renal ineficaz, Risco de desequilíbrio eletrolítico, 
Volume de líquidos excessivos e Risco de volume 
de líquidos desequilibrados. Os RE presentes em 
100% dos pacientes foram: gravidade da infecção, 
acesso para hemodiálise, perfusão tissular: órgãos 
abdominais, equilíbrio hídrico, mobilidade, remo-
ção de toxinas e função renal. As IE presentes em 
100% dos pacientes foram: promoção contra in-
fecção, controle de infecção, manutenção de acesso 
para diálise, controle hidroeletrolitico, controle de 
eliminação urinária, controle ácido-básico, contro-
le de eletrólitos,controle de hipervolemia, controle 
hídrico, monitorização hídrica, fisioterapia respira-
tória, monitorização respiratória e posicionamento. 
Visto a escassez do tema, tanto na literatura nacio-
nal quanto internacional, esta pesquisa mostra-se 
com importância à literatura, pois promove a am-
pliação do tema do PE a esta população e com-
prova a alta demanda de cuidados de enfermagem. 
Sugere-se a realização de pesquisas relacionadas ao 
tema, que investiguem não somente a prevalência 
dos DE, bem como a associação entre tempo de 
enfermagem e o valor agregado para as instituições 
hospitalares. Propõe-se também a realização de no-
vos estudos com avaliação de acurácia diagnóstica.
Colaborações
Grassi MF, Dell’Acqua MCQ, Jensen R, Fontes 
CMB e Guimarães HCQCP declaram que contri-
buíram com a concepção do estudo, análise e inter-
pretação dos dados, redação do artigo e revisão críti-
ca relevante do conteúdo intelectual e aprovação da 
versão final a ser publicada.
545Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45.
Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC
Referências
1. Siew ED, Parr SK, Abdel-Kader K, Eden SK, Peterson JF, Bansal N, et al. 
Predictors of recurrent AKI. J Am Soc Nephrol. 2016; 27(4):1190-200.
2. Hoste EAJ, Bagshaw SM, Bellomo R, Cely CM, Colman R, Cruz DN, 
et al. Epidemiology of acute kidney injury in critically ill patients: the 
multinational AKI-EPI study. Intensive Care Med. 2015; 41(8):1411-23.
3. Druml W, Lenz K, Laggner AN. Our paper 20 years later: from acute 
renal failure to acute kidney injury-the metamorphosis of a syndrome. 
Intensive Care Med. 2015; 41(11):1941-9.
4. Villa G, Ricci Z, Ronco C. Renal replacement therapy. Crit Care Clin. 
2015; 31(4):839-48.
5. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Acute Kidney 
Injury Work Group. KDIGO clinical practice guideline for acute kidney 
injury. Kidney Int Suppl. 2012; 2(1):1-138.
6. Joannidis M, Metnitz PG. Epidemiology and natural history of acute 
renal failure in the ICU. Crit Care Clin. 2005; 21(2):239-49.
7. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN - 358/2009. 
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a 
Implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos 
e privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá 
outras providências. Brasília (DF): COFEN; 2009.
8. Barros AL, Sanchez CG, Lopes JL, Dell’Acqua MC, Lopes MH, Gengo 
e Silva RC. Processo de enfermagem: guia para a prática. São Paulo: 
COREN-SP; 2015.
9. Herdman TH, Kamitsuru S. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: 
definições e classificação 2015-2017/ [NANDA Internacional]. 10a ed. 
Porto Alegre: Artmed; 2015.
10. Moorhead S, Johnson M, Mass ML, Swanson E. NOC: classificação 
dos resultados de enfermagem: mensuração dos resultados em saúde. 
Tradução de Alcir Fernandes, Carla Pecegueiro do Amaral, Eliseanne 
Nopper. 5a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016.
11. Bulechek GM, Butcher HK, Dochterman JM, Wagner CM. NIC: 
classificação das intervenções de enfermagem. Tradução de Denise 
Costa Rodrigues. 6a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016.
12. Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional da Saúde. Resolução nº 466 
de 12 de dezembro de 2012. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2012.
13. Srisawat N, Sileanu FE, Murugan R, Bellomod R, Calzavacca P, Cartin-Ceba 
R, et al. Variation in risk and mortality of acute kidney injury in critically ill 
patients: a multicenter study. Am J Nephrol. 2015; 41(1):81-8.
14. Boltansky A, Bassa C, Melani S, Sepúlveda A, Maldonado I, Postigo J, et 
al. Incidencia de la injuria renal aguda en unidad de paciente crítico y su 
mortalidad a 30 días y un año. Rev Méd Chile. 2015; 143(9):1114-20.
15. Costa e Silva VT, Costalonga EC, Oliveira APL, Hung J, Caires RA, Hajjar 
LA, et al. Evaluation of intermittent hemodialysis in critically ill cancer 
patients with acute kidney injury using single-pass batch equipment. 
Plos One. 2016; 11(3):e0149706.
16. Druml W, Lenz K, Laggner AN. Our paper 20 years later: from acute 
renal failure to acute kidney injury--the metamorphosis of a syndrome. 
Intensive Care Med. 2015; 41(11):1941-9.
17. Souza GR, Avelar MC. Nursing Diagnosis in care of patients with Renal 
Insufficiency Acute: Delphi Technique. Online Braz J Nurs [Internet]. 2008; 
8(1). [citado 2016 Jun 29]. Disponível em: <http://www.objnursing.uff.
br/index.php/nursing/article/view/j.1676-4285.2009.2059/443.
18. Souza RC, Faria FP. [Nursing diagnosis in a patient undergoing 
continuous renal replacement therapy]. Rev Nurs. 2012; 15(170):1. 
Portuguese.
19. Guimarães GL, Goveia VR, Mendoza IY, Souza KV, Guimarães MO, 
Matos SS. Contribuição da teoria de horta para crítica dos diagnósticos 
de enfermagem no paciente em hemodiálise. Rev Enferm UFPE. 2016; 
10(2):554-61.
20. Fernandes MI, Medeiros AB, Macedo BM, Vitorino AB, Lopes MV, Lira 
AL. Prevalência do diagnóstico de enfermagem volume de líquidos 
excessivo em pacientes submetidos à hemodiálise. Rev Esc Enferm 
USP. 2014; 48(3):446-53.
21. Mendonça NN, Dutra MG, Funghetto SS, Stival MM, Lima LR. 
Diagnósticos de enfermagem de pacientes hemodialíticos em uso 
do cateter duplo lúmen. Rev Enferm Centro Oeste Min. 2013; 
3(2):632-44.
22. González-Castilloa MG, Monroy-Rojas A. Proceso enfermero de tercera 
generación. Enferm Univ. 2016; 13(2):124-9.
23. Trindade LR, Silveira A, Ferreira AM, Ferreira GL. Compreensão do 
processo de enfermagem por enfermeiros de um hospital geral do sul 
do Brasil. Rev Enferm UFSM. 2015; 5(2): 267-77.
24. Basurto AP, Torres NF, Barrientos GM, Mejía AL. Terapias de 
reemplazo renal lentas continuas. Rev Mex Enferm Cardiol. 2010; 
18(3):87-90.
25. Santos ES, Marinho CM. Principais causas de insuficiência renal aguda 
em unidades de terapia intensiva: intervenção de enfermagem. Rev 
Enferm Ref. 2013; serIII(9):181-9.
26. Macedo E, Mehta RL. Preventing acute kidney injury. Crit Care Clin. 
2015; 31(4):773-84.
27. Nascimento RA, Assunção MS, Silva Junior JM, Amendola CP, Carvalho 
TM, Lima EQ, et al. Nurses’ knowledge to identify early acute kidney 
injury. Rev Esc Enferm USP. 2016; 50(3):399-404.
28. Evans R, Rudd P, Hemmila U, Dobbie H, Dreyer G. Deficiencies in 
education and experience in the management of acute kidney 
injury among Malawian healthcare workers. Malawi Med J. 2015; 
27(3):101-3.
29. Kirwan CJ, Wright K, Banda P, Chick A, Mtekateka M, Banda E, et al. A 
nurse-led intervention improves detection and management of AKI in 
Malawi. J Renal Care. 2106; 42(4):196-204
30. Kee YK, Kim EJ, Park KS, Han SG, Han IM, Yoon CY, et al. The effect of 
specialized continuous renal replacement therapy team in acute kidney 
injury patients treatment. Yonsei Med J. 2015; 56(3):658-65.
Balanço Hídrico
Balanço Hídrico.
 Definição:
É o registro diário de líquidos infundidos e 
eliminados de um paciente. Este registro é 
realizado em papel padronizado que possui 
espaço também para, sinais vitais, PVC e 
haemoglucoteste.
O peso corporal e o Balanço 
Hídrico.
“O peso corporal tornou-se uma medida bastante 
importante, porque as alterações AGUDAS 
refletem aumentos ou diminuições na água total do 
organismo. A água total do organismo representa 
de 60 a 70% do peso corporal. Em um adulto de 70 
Kilos essa fração seria de 35 a 42 litros de água, 
que tem relações com a idade,sexo e as diferenças 
na composição do organismo existentes entre 
adultos normais” (Évora et al, 1999).
• Uma única medida do peso corporal, 
geralmente tem pouco valor no cálculo da 
agua total, porém no contexto das UTIs as 
mudanças no peso a curto ´prazo devem-se , 
em grande parte , mais as alterações na agua 
total do organismo.... O cliente em estado 
critico precisa ter ser peso aferido 
diariamente, pois o conhecimento da 
direção e da desse parametrosidade da 
alteração
Objetivo do BH.
 Realizar rígido controle sobre infusões x 
eliminações para avaliação da evolução clinica do 
paciente. Por isto, a importância de um bom 
registro. Através do registro do balanço

Outros materiais