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MATERIAL DIDÁTICO DISTÚRBIOS RENAIS/ METABÓLICOS E BALANÇO HÍDRICO DISTÚRBIOS RENAIS Sistema Urinário Fisiologia • Armazenar a urina e lançá-la na uretra. • Eliminar a urina. • Conduzir a urina dos rins até a bexiga. • Filtração do sangue, regulando volume e composição; • Regulação do pH do sangue; • Excreta resíduos; • Produção de hormônios. Rins Ureteres Bexiga Urinária Uretra Função excretora • Filtração de substâncias tóxicas • Produção de urina Função reguladora • Equilíbrio Ácido-básico • Equilíbrio Hidroeletrolítico Função Secretora • Produção de Renina e Eritropoetina • Ativação da Vitamina D Funções do sistema Renal Hormônios excretados pelo Rim Eritropoetina Aumenta a produção de Eritrócito Renina Ativa o sistema de Renina-Angiotensina-Aldosterona Di-hidroxivitamina D Estimula absorção de cálcio pelo intestino Mecanismo extras renal de excreção de sódio e água Excreção de Sódio • Renina • Angiotensina • Aldosterona Excreção de água • Osmolaridade e ADH* *vasopressina – hormônio antidiurético Fisiopatologia Renal Insuficiência Renal Crônica Diabetes HAS Nefrite Intersticial Doença Renovascular Insuficiência Renal aguda Causas Pré-renais Causas Intra-renais Causas Pós-renais MORTON; FONTAINE (2013) afirmam que... • IRA pré-renal ocorre devido qualquer complicação fisiológica que resulte numa perfusão renal diminuída, como hipovolemia, insuficiência cardiovascular ou sepse, acomete boa parte de pacientes hospitalizados. • IRA intra-renal inclui as complicações que causam danos glomerulares, chegando a acometer a maioria dos pacientes hospitalizados. • IRA pós-renal ocorre em menor proporção, apenas uma minoria é acometida, e é causada por qualquer condição que impeça o trajeto de urina ao ducto coletor do rim ao orifício uretral. Distúrbios Renais Grupo 1 - IRA pré-renal Grupo 2 - IRA intra-renal Grupo 3 - IRA pós-renal Porque desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem em pacientes com Distúrbios Renais na UTI??? • A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na prática assistencial, favorecendo o cuidado e a organização das condições necessárias para que ele seja realizado (MATTOS, 2012). SAE – Anamnese Localização, cateter e duração da dor; Relação da dor com a micção; Fatores que precipitam e aliviam a dor; História de infecção urinária prévia; Ocorrência de febre e calafrios; Uso de medicamentos, álcool, tabagismo e drogas; Alteração da coloração da urina; Inspeção Turgor da pele e das mucosas; Estado de Hidratação; Volume Urinário. Palpação Avaliar volume e forma; Consistência e contorno dos Rins; O Rim direito é palpado com maior facilidade. Exame Físico Geralmente os RINS não são palpáveis. Todavia, a palpação dos rins pode caracterizar um aumento que pode ter grande importância clínica (Bickley, 2007). O Rim direito é ligeiramente mais baixo que o esquerdo. Sinal de Giordano O exame físico pode detectar bexigoma, que indica uma possível alteração do BH. Atentar para os sons timpânicos e maciços próximo a linha média da cicatriz umbilical. Diagnóstico de Enfermagem Dor Aguda relacionada com a infecção, o edema, a obstrução ou a o sangramento ao longo do trato urinário ou com exames invasivos; Excesso de volume de líquidos relacionado com o débito urinário diminuído, os excessos da dieta e a retenção de sódio e da água. • Controle da eliminação de urina da bexiga Continência Urinária • Banho • Controle Hídrico • Cuidados com o Períneo • Micção Induzida • Supervisão da Pele • Sondagem Vesical Cuidados na Incontinência Urinária Intervenção de Enfermagem BALANÇO HÍDRICO Pode trazer várias repercussões clínicas desfavoráveis, o que se deve muitas vezes a infusão de líquidos elevada, prejudicando os rins, que sofrem uma pressão intersticial elevada, proporcionando a perfusão renal diminuída e a Taxa de Filtração Glomerular baixa, desenvolvendo uma lesão renal (OLINDA et al, 2014). O BH nos pacientes críticos é de grande valia, fazendo parte da rotina do serviço, o qual tais dados devem ser anotados adequadamente pela equipe de enfermagem, seu fechamento é realizado pelo enfermeiro, facilitando para a equipe médica a adequação da volemia do paciente. Uma taxa maior de mortalidade foi observada em pacientes com sobrecarga hídrica-acúmulo de líquidos >10% do peso na admissão (JERONIMO et al, 2011; VAARA et al., 2012). O enfermeiro frente a diálise peritoneal Obedecer com rigor o balanço da diálise peritoneal. Etiquetar todas as bolsas de diálise; Verificar o peso de cada bolsa; Somar o peso de todas as bolsas e anotar na folha de balanço como peso inicial; Seguir com a infusão até a drenagem, obedecendo ao tempo prescrito Anotar o horário de início – tempo de permanência do líquido na cavidade abdominal – início da drenagem; Ao final da drenagem, pesar a bolsa coletora na balança. Importante... Quando o paciente necessita da terapia, antes de iniciar o procedimento, é necessário explicar todas as práticas que permeará o cuidado ao paciente. Além de preparar os materiais a serem utilizados, inclusive aquecer o líquido de diálise à temperatura corporal através de dispositivo específico para tal, assistir o paciente ao longo da terapia, verificando seus sinais vitais, inclusive o peso. • Entre outras responsabilidades, o enfermeiro age na prevenção de complicações, a exemplo das infecções, tanto do peritônio quanto do cateter, através manuseio dos dispositivos com técnica asséptica. • Desenvolva um plano de ação para prevenir complicações relacionada à diálise peritoneal. SEMPRE AVALIAR A EFICÁCIA DO PROCESSO DE CUIDADO INSTITUÍDO AO PACIENTE.. DISTÚRBIOS METABÓLICOS Bioquímica do sangue e seus valores de referência Gasometria Arterial Acidose e Alcalose Bioquímica Sanguínea Sódio: 135 a 145 mEq/L Potássio: 3 a 5,5 mEq/L Cloro: 98 a 105 mEq/L Cálcio: 9 a 11 mg/dL Fósforo: 2,5 a 4,5 mg/dL Magnésio: 1,5 a 2,4 mg/dL Uréia: 20 a 40 mg/dL Creatinina: 0,7 a 1,4 mg/dL Glicose: 70 a 100mg/dL. Se > 125 (2x) – DM. teste de tolerância Proteínas totais: 5,5 a 8g/dL Albuminas: 3 a 5,5g/dL Globulinas: 2 a 3,5g/dL Gasometria pH: 7,35 a 7,45 BE: + – 2 (<0: acidose metab. | >0: alcalose metab.) SAT O2: >95% PaO2: 90 a 100 (95) PaCO2: 35 a 45 (40) HCO3-: 22 a 26 (24) • Esforço respiratório; • Perda de apetite, náuseas, vômitos; • Alterações neurológicas, dor de cabeça, confusão mental; • Cansaço, Oligúria, Hálito cetônico; • Redução da contração do músculo cardíaco. • Parestesia periférica (Formigamento nas mãos e pés); • Sensação de falta de ar; • Dores no peito; • Tontura; • Mais ansiedade; • Mais hiperventilação. • Náuseas. • Sensação de torpor. • Espasmos musculares prolongados. • Tremor nas mãos. • Contração muscular. • Batimento cardíaco acelerado. • Dor de cabeça. • Confusão mental. • Fraqueza e cansaço. • Náusea e vômito. • Hálito frutado pode ser sintoma de cetoacidose diabética. Acidose Metabólica Alcalose Metabólica Acidose Respiratória Alcalose Respiratória ( ⬇⬇ níveis sanguíneos de dióxido de carbono) Sistema Tampão Teste de Allen Material para colher Gasometria a. Seringa de 3ml b. Agulha 1,2x40 (rosa) c. Agulha 0,7x25 (cinza) d. Heparina e. Luva de procedimento f. Algodãog. Álcool 70%h. Gases i. Tampa de borracha para ocluir agulha j. Coxim Posicionamento do braço do paciente c. Identificar a artéria radial: palpar o processo estiloide do rádio e o tendão dos flexores do carpo – sente-se o pulso radial entre essas duas estruturas anatômicas. b. Estender o braço, com a palma da mão para cima e hiperextender o punho apoiando-o sobre o coxim (para deixar a artéria radial o mais superficial possível) a. Explicar o procedimento ao paciente PROCEDIMENTOa. Colocar luva b. Limpar o local da punção com o algodão embebido em álcool 70% c. Heparinizar a seringa com a agulha rosa (aspira a heparina e devolve no frasco) d. Trocar agulha rosa pela agulha de menor calibre e. Palpar o pulso radial usando a mão não dominante (polpa digital dos dedos indicador e médio) f. Com a mão dominante, inserir a agulha em ângulo de 30-45º em direção cefálica logo abaixo do local onde está palpando o pulso PROCEDIMENTO (continuação) g. Avançar a agulha lentamente até que o sangue arterial flua espontaneamente para a seringa. Coletar no mínimo 1ml (idealmente, coletar 3ml) h. Retirar a agulha e comprimir imediatamente com a gase, fazendo pressão por 5 minutos i. Retirar as bolhas da seringa e tampar a agulha (“espetar” na tampinha de plástico ou silicone) j. Identificar a seringa com o nome do paciente k. Encaminhar imediatamente para laboratório em bolsa térmica com gelo Gasometria Arterial Referências • MORTON, P. G; FONTAINE, D. K. Cuidados Críticos de enfermagem: uma abordagem holística. Guanabara Koogan, 9 ed. Rio de Janeiro, 2013. • SMELTZER, S. M. N.; BARE, B. G. Brunner&Suddarth: Tratado de Enfermagem MédicoCirúgica, 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. • PEREIRA, E. R; RIBEIRO, I. M. L; et al. Análise das principais complicações durante a terapia hemodialítica em pacientes com insuficiência renal crônica. R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134. Disponível em: <http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/603>Acesso em : 21.mar.2019. • OLINDA, N. A. M; et al. Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva. J Bras Nefrol ;36(3):379-388, 2014. Disponível em <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 28002014000300379>. • OLIVEIRA, S. M. de; et al. Elaboração de um instrumento da assistência de enfermagem na unidade de hemodiálise. Acta paul. enferm; 21(spe): 169-173, 2008. Disponível em <http://pesquisa.bvsalud.org/ghl/resource/en/lil-485263>. Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4463 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 DISTÚRBIOS RENAIS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA RENAL DISORDERS IN INTENSIVE CARE UNITS DISTURBIOS RENALES EN UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA Gabriela Gonçalo de Oliveira Silva1, Jacqueline Targino Nunes2, Isabele Rêgo Barboza3, Thiago Roberto Camarotti Costa do Rêgo Barros4, Ângela Monic Lima de Souza5, Rejane Marie Barbosa Davim6, Milva Maria Figueiredo de Martino7 RESUMO Objetivo: identificar os principais distúrbios renais em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Método: revisão integrativa, percorrendo seis etapas para sistematizar a pesquisa. A questão elaborada foi << Quais os principais distúrbios renais em pacientes internados em UTI? >>. Os dados foram coletados nas bases de dados Lilacs e Medline e na Biblioteca Virtual SciELO. Oito artigos atenderam aos critérios de inclusão. Resultados: a infecção renal é de alta incidência em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva e os principais distúrbios renais relacionavam-se à IRA, como sepses, choque séptico, ITU, doenças respiratórias e cardiovasculares. Conclusão: a contribuição do estudo subsidiará o desenvolvimento de novas pesquisas, bem como revisar anteriores para entendimento dos distúrbios renais em pacientes de UTI. É de fundamental relevância a presença do enfermeiro em UTI na atenção ao paciente com IRA para detecção e prevenção desta patologia, visto ser este o profissional que está próximo ao doente em tempo integral. Descritores: Enfermagem; Unidade de Terapia Intensiva; Insuficiência Renal; Unidades Hospitalares da Hemodiálise; Diálise; Infecção Hospitalar. ABSTRACT Objective: to identify the main renal disorders in patients admitted to Intensive Care Units. Method: integrative review, with six steps to systematize the research. The research question was "What are the main renal disorders occurring in ICU patients? >> Data were collected in the Lilacs, Medline database and SciELO Virtual Library. Eight articles met the inclusion criteria. Results: we observed from the analysis of the studies that kidney infection has high incidence in patients hospitalized in Intensive Care Units and that the main renal disorders were related to ARF, such as sepsis, septic shock, UTI, respiratory and cardiovascular diseases. Conclusion: the contribution of the study will provide support to the development of further research, as well as to review previous evidence to understand renal disorders in ICU patients. The presence of nurses in ICUs is of fundamental relevance to the care to the ARF patients, for the detection and prevention of this pathology, because these are the professionals who are closer and spend longer periods with patients. Descriptors: Nursing; Intensive Care Unit; Renal failure; Hemodialysis Hospital Units; Dialysis; Hospital Infection. RESUMEN Objetivo: identificar los principales disturbios renales en pacientes internados en Unidad de Terapia Intensiva. Método: revisión integradora, con seis etapas para sistematizar la investigación. La pregunta elaborada fue << ¿Cuáles son los principales disturbios renales en pacientes internados en UTI? >> Datos recolegidos en las bases de datos Lilacs y Medline y, en la Biblioteca Virtual SciELO. Ocho artículos atendieron a los criterios de inclusión. Resultados: la infección renal es de alta incidencia en pacientes internados en Unidad de Terapia Intensiva y los principales disturbios renales encontrados se relacionaban a la IRA, como sepsis, choque séptico, ITU, enfermedades respiratorias y cardiovasculares. Conclusión: la contribución del estudio subsidiará el desarrollo de nuevas investigaciones, así como revisar anteriores para entendimiento de los disturbios renales en pacientes de UTI. Es de fundamental relevancia la presencia del enfermero en UTI en la atención al paciente con IRA para detección y prevención de esta patología, ya que parece ser éste el profesional que está próximo al enfermo en tiempo integral. Descriptores: Enfermería; Unidades de Cuidados Intensivos; Insuficiencia Renal; Unidades de Hemodiálisis en Hospital; Diálisis; Infección Hospitalaria. 1Enfermeira, Especialista em Unidade de Terapia Intensiva, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte/FATERN. Natal (RN), Brasil. E-mail: gabiestudo@outlook.com; 2 Enfermeira, Especialista em Unidade de Terapia Intensiva, Aluna Especial do Mestrado em Saúde do Trabalhador, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: jacquelineenfermagem@hotmail.com; 3Enfermeira, Faculdade de Excelência Educacional do Rio grande do Norte Norte/FATERN. Natal (RN), Brasil. E-mail: isabele.rego@hotmail.com; 4Enfermeiro, Especialista em Saúde da Família, Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte/FATERN. Natal (RN), Brasil. E-mail: thiago.barros@ebserh.gov.br; 5Enfermeira, Mestranda, Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: angelamonicl@gmail.com; 6Enfermeira Obstetra, Doutora em Ciências da Saúde, Professor Associado III, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: rejanemb@uol.com.br; 7Enfermeira, Professora Visitante, Doutora, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Natal (RN), Brasil. E-mail: milva@unicamp.br ARTIGO REVISÃO INTEGRATIVA mailto:gabiestudo@outlook.com mailto:jacquelineenfermagem@hotmail.com mailto:isabele.rego@hotmail.com mailto:thiago.barros@ebserh.gov.br mailto:angelamonicl@gmail.com mailto:rejanemb@uol.com.br mailto:milva@unicamp.br mailto:Email:%20milva@unicamp.br Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al.Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4464 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 O hospital apresenta setores distintos com direcionamentos assistenciais individuais que visam atender às necessidades de cada paciente/usuário. A unidade de terapia intensiva (UTI) destaca-se por acumular grande quantitativo de pacientes de alta complexidade.1 A UTI é definida como local com um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que necessitam de assistência e intervenção à saúde ininterrupta, além de equipamentos e recursos especializados. Os cuidados de enfermagem aos pacientes críticos requerem recursos humanos especializados, materiais sofisticados de alta tecnologia com finalidade de oferecer suporte seguro às condições clínicas dos mesmos.1-2 Os pacientes com afecções renais necessitam de abordagem integral e sistematizada para avaliação do estado de saúde, em especial no ambiente de UTI, como os distúrbios renais associados a um tempo mais prolongado de hospitalização e custos.2-3 A Insuficiência Renal Aguda (IRA) afeta grande parte dos pacientes com problemas renais internados em UTI, é caracterizada pela rápida queda da capacidade dos rins em retirar e filtrar impurezas do organismo, o que leva a distúrbios hídricos, eletrólitos, indicadores ácido-base responsáveis por elevadas taxas de morbimortalidade. Cerca de 5% destes pacientes irão necessitar de tratamento dialítico e, para mantê-los metabolicamente estáveis, a hemodiálise conhecida como terapia de substituição da função renal é o tratamento mais utilizado quando há comprometimento desta função, observando-se bons resultados no tratamento especialmente quanto à assistência de enfermagem.3-4 A necessidade de hemodiálise para esta afecção aguda, a qual determina evolução desfavorável em pacientes graves, está diretamente relacionada a longas permanências em ambiente hospitalar e aumento da mortalidade.5 Os métodos dialíticos podem ser contínuos ou intermitentes e exercem papel importante no tratamento da disfunção renal. “A diálise consiste em um processo de depuração do sangue, no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável que separa dois compartimentos”.6:100 As principais causas da IRA nos internados em UTI são sepse, hipovolemia e uso prolongado de nefrotóxicos que podem levar a lesões nos néfrons com diminuição da função causando disfunção renal. Outra causa é a infecção do trato urinário (ITU), um dos sítios mais comuns de infecção hospitalar (IH). Essa infecção eleva os custos com a internação do paciente, aumenta as complicações, sequelas e danos.4,7 Uma problemática na saúde pública do Brasil são as infecções adquiridas durante procedimentos na prestação dos cuidados de saúde, tanto para pacientes quanto para a sociedade, aumentando gastos e permanência no hospital para tratar tais infecções. Dentre as infecções, a incidência daquelas relacionadas ao trato urinário corresponde de 38,5 a 40% as nosocomiais, sendo 70 a 88% diretamente relacionadas ao cateterismo vesical e 5 a 10% após cistoscopias ou procedimentos cirúrgicos com manuseio do trato urinário.8 Enfatiza-se a relevância deste estudo pela necessidade de tratar as questões que envolvem infecções adquiridas durante procedimentos na prestação dos cuidados de saúde a pacientes com afecções renais que necessitam de abordagem integral e sistematizada, visto que proporcionará divulgação das evidências científicas disponíveis para avaliação de opções e tomadas de decisão na assistência ao paciente em uso de cateter vesical. Haja vista também poderá estimular os enfermeiros, avaliar particularidades clínicas individuais dos pacientes guiando uma prática terapêutica adequada visando à prevenção e controle das ITU. Espera-se que a presente pesquisa contribua da mesma forma para a prática dos enfermeiros, ajudando-os a adquirir novos conhecimentos sobre a ITU associadas à prevenção dessas infecções em pacientes submetidos à cateterização vesical em UTI. ● Identificar os principais distúrbios renais em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foram consideradas as seguintes etapas: identificação da questão da pesquisa; busca na literatura; titulação dos estudos, autoria, periódico e ano de publicação.9 A questão norteadora da presente revisão consistiu em: <<Quais os principais distúrbios renais em pacientes INTRODUÇÃO MÉTODO OBJETIVO Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4465 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 internados em UTI?>> A revisão integrativa é um método que proporciona a síntese de conhecimento e incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática desenvolvida por meio de levantamento bibliográfico associado a artigos que relatem esta prática clínica. A amostra de uma pesquisa refere-se à captura dos elementos necessários à efetivação do estudo como busca ativa em periódicos eletrônicos, referências descritas nos estudos selecionados e utilização de outras referências, importante indicador da confiabilidade e fidedignidade dos resultados. Utilizou-se para a busca de artigos as bases de dados Lilacs e Medline e na Biblioteca Virtual SciELO no período de 2013 a 2017, por meio dos seguintes descritores inseridos no DeCS: Enfermagem, Unidade de Terapia Intensiva e Insuficiência Renal. Como critérios de inclusão foram estabelecidos artigos escritos na íntegra, em língua portuguesa, publicados entre o período de 2013 a 2017 e que atendessem ao objetivo proposto na pesquisa. Como exclusão artigos incompletos, em língua estrangeira, com mais de cinco anos de publicação e que não atendiam ao objetivo proposto nesta pesquisa. A análise ocorreu de acordo com a pesquisa diretamente na base de dados onde os artigos que não atendiam aos objetivos foram excluídos prontamente. Inicialmente, foram encontrados 97 artigos ao usar os descritores citados anteriormente. Após análise criteriosa, foram selecionados oito do total obtido, sendo estes utilizados para fundamentação desta pesquisa, os quais atendiam eminentemente ao objetivo proposto. Foram identificados 97 estudos e após análise criteriosa oito artigos responderam aos critérios de inclusão. Na Figura 1 estão descritos os artigos segundo título, autoria, periódico e ano de publicação. Título Autoria Periódico Ano de publicação Estadiamento da injúria renal aguda na sepse Gomes TM UNB 2014 A estrutura representacional do cuidado intensivo para profissionais de Unidade de Terapia Móvel Nascimento KC, Gomes AMT, Erdmann AL Rev esc enferm USP 2013 Perfil de diagnósticos de enfermagem de pacientes com distúrbios renais internados em uma unidade de terapia intensiva Machado JR UNB 2015 Principais causas de insuficiência renal aguda em unidades de terapia intensiva: intervenção de enfermagem Santos ES, Marinho CMS Rev Enf Ref 2013 Insuficiência renal aguda em pacientes infectados pelo H1N1: correlação clínico-histológica em uma série de casos Sevignani GM, Soares MF, Marques GL, Freitas AKE, Gentil A, Chula DC, Nascimento MM J Bras Nefrol 2013 A importância dos cuidados de enfermagemprestados em terapia intensiva a pacientes em processos hemodialíticos venosos contínuos: pesquisa bibliográfica Souza VJ Rev Eletrôn Atualiza Saúde 2015 Infecção do trato urinário relacionada com o uso do cateter: revisão integrativa Jorge BM, Mazzo A, Mendes IAC, Trevizan MA, Martins JCA Rev Enf Ref 2013 Evidências para a prevenção de infecção no cateterismo vesical: revisão integrativa Magalhães R, Melo EM, Lopes VP, Carvalho ZMF, Barbosa IV, Studart RMB J Nurs UFPE on line 2014 Figura 1. Estudos identificados nas bases de dados de acordo com títulos, autores, periódicos e anos de publicação. Natal (RN), Brasil, 2017. RESULTADOS Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4466 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 Observou-se a partir da análise dos estudos incluídos na revisão que a infecção renal tem alta incidência em pacientes internados em UTI, permitindo inferir a relevância de tal questionamento. Pacientes críticos em processo de adoecimento são acometidos ou mesmo estão suscetíveis à ocorrência da sepse. Tal fator não torna o evento “normal”, ao contrário, impõe necessidade de estabelecer estratégias de prevenção e tratamento individualizados com a finalidade de assegurar melhor prognóstico. Classicamente, sepse é uma condição caracterizada por resposta inflamatória sistêmica associada a uma infecção conhecida ou suspeita com graves consequências, incluindo falência de múltiplos órgãos.1 A assistência em UTI móvel fundamenta-se em paciente grave e tem influência na terapia intensiva hospitalar, equipamentos altamente técnicos e equipe multiprofissional especializada. Grande parte dos pacientes atendidos nas UTI móvel é crítica, ou seja, apresenta maior gravidade e por isso demanda assistência direta e dependente.2 Os distúrbios renais mais comuns em pacientes internados em UTI vão da IRA à terapia dialítica e distúrbios eletrolíticos. A IRA é uma patologia que afeta grande número de pacientes internados em unidades críticas com complicações mais comuns do ambiente hospitalar e sua incidência tem variação de acordo com a gravidade do doente.3 Um estudo observacional, exploratório descritivo e tipo série de casos teve como objetivo identificar ocorrência dos diagnósticos de enfermagem em indivíduos com distúrbios renais. Como resultado foi encontrado 14 diagnósticos da NANDA, sendo que 11 identificados em 100% da amostra. É importante a abordagem integral e sistematizada no cuidado ao paciente com afecções renais para avaliação do estado de saúde deste, em especial no ambiente de UTI. Foi visto que a disfunção renal IRA e a Insuficiência Renal Crônica (IRC) apresentadas nos pacientes eram devido a efeito secundário relacionado ao tratamento (drenos e medicamentos) e por consequência do volume de líquidos deficientes, corroborando com esta revisão.3 Por consequência de diversos tratamentos e hospitalização por demasiados períodos, ocorre aumento no número de doenças como IRA que se desenvolvem em complicações de outras comorbidades. Determinados eventos patológicos provocam lesões nos néfrons (pequenas estruturas para a filtração glomerular) que pode levar à diminuição rápida da função renal (IRA) e que, caso não seja revertido rapidamente, pode tornar-se irreversível ou levar o paciente a óbito. Grande parte dos acometidos por distúrbios renais na UTI necessita de tratamento dialítico, e que, segundo autores, seus objetivos foram: identificar as principais causas de IRA em pacientes internados em UTI e descrever as intervenções de enfermagem para as causas de IRA neste setor.4 O vírus influenza A (H1N1) foi identificado em abril de 2009, ganhou proporções mundiais e tornou-se pandemia em junho de 2009. Com formas graves da doença e alta mortalidade, restringe-se aos pacientes com comorbidades em extremos de idade ou baixa imunidade. A IRA tem sido relatada como uma situação frequente em pacientes por H1N1, encontrando-se incidência de até 66% em estudos no Canadá, Argentina e Brasil. Ademais, a IRA e a necessidade de hemodiálise determinam evolução pouco favorável nesses pacientes, estando relacionadas a um aumentado tempo de internação e maior mortalidade. Estudos relataram características pertinentes à apresentação clínica e acometimento pulmonar da doença. Contudo, informações precisas referentes à IRA e alterações histopatológicas renais nesses pacientes ainda são escassas, havendo limitações quanto ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas. São necessários mais estudos para permitir melhor manejo desses casos.5 Os rins desempenham papel importante na manutenção do volume adequado de líquido extracelular e de sua composição hidroeletrolítica correta. Infelizmente, na maioria das vezes, esse sistema apresenta alterações do funcionamento em pacientes que se encontram em estado crítico, decorrentes do uso frequente de diversas drogas nefrotóxicas.6 Ao analisar as evidências científicas disponíveis para prevenção de infecção associada ao cateterismo vesical, foi verificado que as infecções urinárias relacionadas ao uso de cateteres ainda apresentam alta incidência.8 Um estudo prospectivo de natureza quantitativa desenvolvido em um hospital privado da região Sul de São Paulo contou com a participação de 42 pacientes, no período de 1 a 10 de fevereiro de 2010, objetivando quantificar a incidência de emergências nefrológicas que necessitam de acompanhamento em UTI e as principais DISCUSSÃO Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4467 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 doenças de base que podem evoluir para os estágios de insuficiência renal. A análise geral entre todos os pacientes apresentou IRC e IRA sem enfatizar as patologias de base. Os principais motivos de internamento foram insuficiência respiratória e acidente vascular encefálico. Esse estudo ainda apresentou outros dados relevantes, como 34% dos internados apresentaram IRA fazendo uso de antibioticoterapia e analgesia e tinham comorbidades associadas, como diabetes (57%) e hipertensão arterial sistêmica (48%).10 Diante das altas taxas de mortalidade da IRA e IRC em pacientes críticos internados em UTI, é preciso rápida prevenção, como também diagnóstico precoce em todos os ambientes hospitalares quanto a estas morbidades. As formas de prevenção para IRA e IRC podem ser relacionadas como: fornecer hidratação adequada; evitar e tratar de imediato o choque; monitorizar as pressões, arterial e venosa central; tratar de imediato a hipotensão; avaliar continuamente a função renal; tomar devidas precauções em caso de transfusão; evitar e tratar de imediato as infecções; atenção especial às feridas, queimaduras e outras situações que possam levar a sepses; cuidado meticuloso com sonda de demora e retirá-la assim que possível; e evitar efeitos medicamentosos tóxicos.11 Em estudo exploratório qualitativo desenvolvido em uma cidade nordestina do Brasil e coleta no período de agosto a setembro de 2015 com o objetivo de investigar a percepção de familiares ao cuidar do paciente com IRC em tratamento hemodialítico, chegaram a conclusão que as mudanças impostas pela IRC, pacientes e familiares adaptam-se à rotina do tratamento, organizando-se quanto ao fluxo do cuidar, abdicando do própriotempo de vida e autocuidado pessoal para dispensar ao dialítico e, dessa forma, ocorrendo mudanças das mais variadas na vida de cada um e sofrimento além do esperado.12 Estudos associados aos cuidados de enfermagem na prevenção da ITU referiram como sendo fundamental que estes ultrapassem a técnica, haja vista que os riscos devem ser constantemente avaliados como a prática de higienização das mãos criteriosamente observada, condições anatômicas de cada paciente devem sempre ser levadas em consideração, educação do usuário e de familiares. Ademais, os resultados verificados manifestaram dicotomia entre conhecimento e prática dos técnicos de enfermagem relacionados ao controle e prevenção de infecção ao manusear o sistema de drenagem vesical. Ponderando que na maioria das vezes os cateteres vesicais são manipulados por esses profissionais, é relevante que o enfermeiro institua formas estratégicas de capacitação baseadas em conscientização, compromisso e responsabilidade na execução do cuidado prático, fundamentadas em evidências científicas.13 Nesse sentido, é de fundamental importância que o controle e prevenção de ITU relacionada ao cateter necessitam de uma gama de medidas, sendo, então, competência do enfermeiro intervenções com meta primordial na qualidade de vida do paciente, o qual deve estabelecer um plano de cuidados para prevenir a IRA e IRC nesses pacientes que já se encontram em estado grave. A conduta do enfermeiro deve basear-se em evitar a progressão da sepse, evitando, assim, complicações nos diversos órgãos, incluindo o rim que é tão vulnerável. Dentre os principais distúrbios renais encontrados nesta revisão em pacientes internados na UTI, relacionavam-se à IRA, como sepses, choque séptico, ITU, doenças respiratórias e cardiovasculares. A contribuição do estudo para o avanço do conhecimento científico neste campo possibilita desenvolver novas pesquisas e revisar anteriores para entendimento dos distúrbios renais em pacientes internados na UTI. Com identificação das principais causas de internamento dos pacientes que evoluíram para IRA, fornece-se subsídios ao enfermeiro, profissional este que identifica alterações de forma rápida sinalizando a equipe multiprofissional com ações de enfermagem objetivando evitar disfunções renais e/ou minimizar complicações utilizando a Classificação das Intervenções de Enfermagem. É relevante frisar o acompanhamento clínico, nefrológico, laboratorial e nutricional desses indivíduos acometidos com potencial iminência de prognóstico maléfico reduzindo custos dos tratamentos de terapia renal substitutiva, além de propiciar melhor qualidade de vida a esse grupo de pacientes em especial. 1. Gomes TM. Estadiamento da injúria renal aguda na sepse. Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia. Curso de Enfermagem, Brasília, 2014. Available from: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/ 2014_ThaisMartinsGomes.pdf REFERÊNCIAS CONCLUSÃO http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/2014_ThaisMartinsGomes.pdf http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9912/1/2014_ThaisMartinsGomes.pdf Silva GGO, Nunes JT, Barboza IR et al. Distúrbios renais em unidade de terapia intensiva. Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(11):4463-8, nov., 2017 4468 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.23542-49901-1-ED.1111201724 2. Nascimento KC, Gomes AMT, Erdmann AL. 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Available from: http://www.slideshare.net/idaval_1/632- einstein20v7n3p3725-port Submissão: 03/08/2017 Aceito: 28/09/2017 Publicado: 01/11/2017 Correspondência Rejane Marie Barbosa Davim Avenida Amintas Barros, 3735 Condomínio Terra Brasílis Bloco A, Ap. 601 Bairro Lagoa Nova CEP: 59056-215 Natal (RN), Brasil http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n1/a22v47n1.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n1/a22v47n1.pdf http://bdm.unb.br/handle/10483/10679 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000100019 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000100019 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-28002013000300004&lng=e&tlng=pt http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2014/10/a-importancia-dos-cuidados-de-enfermagem-prestados-em-terapia-intensiva-a-pacientes-em-processos-hemodialiticos-venovenosos-continuos-pesquisa-bibliografica-revista-atualiza-saude-n1-v1.pdf http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000300014 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832013000300014 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewFile/4611/pdf_4957 http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf http://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-20-4/ID-559-out-dez-2013-20(4).pdf http://users.phhp.ufl.edu/rbauer/EBPP/whittemore_knafl_05.pdf http://users.phhp.ufl.edu/rbauer/EBPP/whittemore_knafl_05.pdf http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/view/2165 http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/view/2165 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540 http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/9995/pdf_3540 http://www.slideshare.net/idaval_1/632-einstein20v7n3p3725-port http://www.slideshare.net/idaval_1/632-einstein20v7n3p3725-port 538 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Artigo Original Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda Diagnosis, results, and nursing interventions for patients with acute renal injury Mariana de Freitas Grassi1 Magda Cristina Queiroz Dell’Acqua1 Rodrigo Jensen1 Cassiana Mendes Bertoncello Fontes1 Heloísa Cristina Quatrini Carvalho Passos Guimarães2 Autor correspondente Mariana de Freitas Grassi Rua Nelo Cariola, 307, 18603-570, Botucatu, SP, Brasil. mariana.grassi1@hotmail.com DOI http://dx.doi.org/10.1590/1982- 0194201700078 1Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu, SP, Brasil. 2Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru, SP, Brasil. Conflitos de interesse: não há conflitos de interesse a declarar. Resumo Objetivo: Identificar prevalência de diagnósticos (DE), resultados (RE) e intervenções de enfermagem (IE) em pacientes com lesão renal aguda (LRA) internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Correlacionar DE, RE e IE identificados. Métodos: Estudo transversal, conduzido em Unidades de Terapia Intensiva de um hospital público de grande porte da cidade de São Paulo. Foram incluídos, numa amostra intencional, 98 pacientes com LRA em tratamento hemodialítico internados em UTI, maiores de 18 anos. Foi utilizado software SPSS v21.0 para estimação da prevalência, fixando a estimativa no intervalo de confiança (IC) de 95% e erro amostral de 0,05. A coleta de dados foi realizada por meio da consulta de enfermagem, composta de entrevista estruturada, anamnese e exame físico dos pacientes, utilizando instrumento elaborado pelos pesquisadores. A coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2016, e o instrumento de coleta de dados foi preenchido pela pesquisadora principal. A consulta de enfermagem teve duração de aproximadamente 30 minutos. Do total da amostra, 10% foi selecionada aleatoriamente e checada, com o propósito de avaliar a qualidade dos dados e valores atípicos. Foi também realizado teste piloto em dois pacientes, previamente, para verificar se as informações contidas no instrumento atingiriam os objetivos da pesquisa. Resultados: Participaram 98 pacientes, predominantemente com idade ≥60 anos (33%), sexo masculino (60%) e classificados com lesão pré-renal (54%). DE prevalentes (100%): risco de infecção, risco de perfusão gastrointestinal ineficaz, risco de perfusão renal ineficaz, risco de desequilíbrio eletrolítico, volume de líquidos excessivos e risco de volume de líquidos desequilibrados. RE prevalentes (100%): gravidade da infecção, acesso para hemodiálise, perfusão tissular: órgãos abdominais, equilíbrio hídrico, mobilidade, remoção de toxinas e função renal. IE prevalentes (100%): promoção contra infecção, controle de infecção, manutenção de acesso para diálise, controle hidroeletrolítico, controle de eliminação urinária, controle ácido-básico, controle de eletrólitos, controle de hipervolemia, controle hídrico, monitorização hídrica, fisioterapia respiratória, monitorização respiratória e posicionamento. Correlações foram significativas (p< 0,001) entre DE e IE e entre IE e RE. Conclusão: Os principais DE, RE e IE foram relacionados à perda da função renal, origem das alterações na perfusão renal, volemia, distúrbios hidroletroliticos e risco para infecção. O número de DE atribuídos mostrou-se relacionado ao número de IE, assim como, das IE aos RE. Abstract Objective: To identify prevalence and correlate diagnosis, results, and nursing interventions in patients with acute renal injury (ARI) who were hospitalized in an intensive care unit (ICU). Methods: This was a cross-sectional study including 98 patients older than 18 years old with ARI who were undergoing hemodialysis treatment in the ICU . The study was carried out in an ICU a large public hospital located in the city of São Paulo, Brazil. For statistics analysis we used the SPSS v21.0 to estimate prevalence, the 95% of confidence interval and sample error of 0.05. Data were collected from March to July 2016 using structured interviews, anamnesis and physical exam of patients using an instrument designed by this study researchers. The main instrument was completed by the principal researcher. Nursing consultation lasted for approximately 30 minutes. Of the total sample, 10% was selected and checked randomly in order to evaluate data qualityand atypical values. Two patients previously did a pilot test to verify whether information in the instrument achieved the objective of the study. Results: The 98 participatns were aged ≥60 years (33%), men (60%), and classified as pre-renal injury (54%). Prevalent diagnosis was (100%) risk of infection, risk of inefficient gastrointestinal perfusion, risk of ineffective renal perfusion, risk of electrolyte imbalance, excessive fluid volume, and risk of imbalanced fluid volume. Results (100%) were: severity of infection, access for hemodialysis, tissue perfusion - abdominal organs, hydric balance, mobility, removal of toxins and renal function. Prevalent nursing interventions (100%) were: promotion against infection, control of infection, maintenance of access for dialysis, hydroeletrolitic control, urinary elimination control, acid-base control, electrolytic control, hypervolemia control, hydric control, hydric monitoring, respiratory physiotherapy, respiratory and positioning monitoring. Correlations were significant (p< 0.001) between diagnosis and nursing interventions and between nursing interventions and results. Conclusion: Main diagnosis, results and nursing interventions related with loss of renal function originated from changes of renal perfusion, volemia, hydroelectrolytic dysfunctions, and risk of infection. The number of diagnosis showed to be correlated with number of nursing interventions and nursing interventions was correlated with results. Descritores Diagnósticos de enfermagem; Processo de enfermagem; Lesão renal aguda; Diálise renal; Cuidados críticos Keywords Nursing diagnosis; Nursing process; Acute kidney injury; Renal dialysis; Critical care Submetido 11 de Setembro de 2017 Aceito 24 de Outubro de 2017 539Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC Introdução A lesão renal aguda (LRA) em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) apresenta incidência que varia entre 25%(1) e 57%(2) e mor- talidade em torno de 60%.(3) A LRA caracteriza-se por perda abrupta da função renal, com redução da taxa de filtração glomerular, gera acúmulo de pro- dutos nitrogenados, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico.(4-6) Na assistência ao portador de LRA o Processo de Enfermagem (PE) é uma importante ferramenta utilizada pelo enfermeiro para gerenciar cuidados, detalhado em fases, e registrado no prontuário do paciente. Contempla cinco fases: histórico de enfer- magem/coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem.(7) Destaca-se que o diagnóstico de enfermagem é um processo cognitivo ao agrupamento da coleta e análise de dados, geração e avaliação de hipóteses. A acurácia deve permear a avaliação, as decisões e o processamento de informações que geram o diag- nóstico. O diagnóstico apoia a comunicação e a decisão sobre os resultados esperados e as interven- ções para atingi-los.(8) Este estudo tem o objetivo de identificar a prevalência de diagnósticos, resul- tados e intervenções de enfermagem de pacientes com LRA em terapia hemodialítica internados em UTI. Propõe-se também correlacionar o número de diagnósticos, resultados e intervenções de en- fermagem identificados. Métodos Estudo transversal, conduzido em Unidades de Te- rapia Intensiva de um hospital público de grande porte da cidade de São Paulo. Foram incluídos, numa amostra intencional, 98 pacientes com LRA em tratamento hemodialítico internados em UTI, maiores de 18 anos. Foi utilizado software SPSS v21.0 para estimação da prevalência, fixando a esti- mativa no intervalo de confiança (IC) de 95% e erro amostral de 0,05. A coleta de dados foi realizada por meio da consulta de enfermagem, composta de entrevista estruturada, anamnese e exame físico dos pacientes, utilizando instrumento elaborado pelos pesquisadores. As variáveis de interesse foram itens clínicos, sociodemográficos e diagnósticos (DE), re- sultados (RE) e intervenções de enfermagem (IE) que refletiam necessidades de cuidados dos pacien- tes com LRA. A coleta de dados foi realizada no período de março a julho de 2016, e o instrumento de coleta de dados foi preenchido pela pesquisadora prin- cipal. A consulta de enfermagem teve duração de aproximadamente 30 minutos. Os pacientes e/ou familiares participantes foram convidados a res- ponder a entrevista após assinar o Termo de Con- sentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O formu- lário foi composto por dados referentes à anamne- se, exame físico, dados de exames complementares e dados do prontuário do paciente. Este foi apli- cado uma única vez, no momento da internação do paciente na UTI, com o diagnóstico de LRA em tratamento dialítico. Após a coleta de dados, foram identificados os DE, RE e IE, utilizando as classificações NANDA International (NANDA -I),(9) Classificação das Intervenções de Enferma- gem (NIC)(10) e Classificações dos Resultados de Enfermagem (NOC).(11) As variáveis clínicas, sociodemográficas, assim como, os diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem foram analisados de forma descritiva. Para a correlação entre o número de DE, número de RE e número de IE foi aplicado o teste de correla- ção linear por correlação de Spearman, por meio do software SPSS versão 21.0. Do total da amostra, 10% foi selecionada aleatoriamente e checada, com o propósito de avaliar a qualidade dos dados e valores atípicos. Foi também realizado teste piloto em dois pacien- tes, previamente, para verificar se as informações contidas no instrumento atingiriam os objetivos da pesquisa. Este estudo seguiu os preceitos éticos e legais preconizados pela resolução 466/2012, do Conse- lho Nacional de Saúde.(12) A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (CAAE) nº 53058316.0.0000.5411. 540 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda Resultados Participaram do estudo 98 pacientes com LRA em tratamento hemodialítico hospitalizados em UTI. Na tabela 1 é apresentada a caracterização sociode- mográfica dos participantes do estudo. Além do diagnóstico de LRA cada paciente possuía mais de um diagnóstico médico concomi- tante, motivo principal da internação, os princi- pais diagnósticos médicos foram relacionados às doenças de trato gastrointestinal (35; 36%) e trato respiratório (27; 28%). O choque séptico esteve presente em 38 pacien- tes (37%), o qual contribuiu para o surgimento, evolução e gravidade da LRA. A classificação da LRA pré-renal esteve presente em 53 (54%) pa- cientes, o que se relaciona com a hipovolemia e hi- pofluxo sanguíneo. O início da terapia hemodialítica ocorreu nas primeiras 24 horas de admissão na UTI em 45 (46%) pacientes. A terapia hemodialítica contínua foi indicada para 66 (67%) pacientes, destas a he- mofiltração venovenosa contínua ocorreu em 59 (60%) dos casos. Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos pacientes com lesão renal aguda em tratamento dialítico em unidade de terapia intensiva Variáveis n(%) Mediana (Max-Min) Faixa etária 18-30 anos 8(8) 31- 40 anos 13(13) 41-50 anos 20(20) 51- 60 anos 25(26) Acima de 60 anos 32(33) Idade (anos) 55(20-79) Sexo Masculino 59(60) Feminino 39(40) Procedência São Paulo 58(59) Outros municípios 35(36) Outros estados 3(3) Outro país 1(1) Situação conjugal Casado 49(50) Solteiro 35(36) Divorciado 8(8) Viúvo 3(3) Quanto ao balanço hídrico, apresentava-se po- sitivo em 52 (53%) pacientes, a diurese estava pre- sente em 73 (75%) dos casos e o uso de diurético em 31 (32%) pacientes. O uso de sedação estava presente em 53 (54%) pacientes, todos totalmen- te dependentes dos cuidados de enfermagem, e 60 (61%) em uso de droga vasoativa. Faziam uso de ventilação mecânica 66 (68%) pacientes. Na avaliação dos pacientes de forma geral, foipossível notar a gravidade e instabilidade hemodi- nâmica, 57 (61%) pacientes evoluíram para óbito. Os diagnósticos de enfermagem prevalentes, características definidoras, fatores de risco e rela- cionados elencados nestes pacientes estão descritos na tabela 2. Na tabela 3 são vinculados aos diagnósticos, resulta- dos e intervenções de enfermagem. Foi encontrado no estudo, por paciente, media- na de 15 (min 8 - max 22) DE, 3,7 (min 3 - max 4) RE e 40 (min 23 - max 46) IE. Na correlação entre os DE, RE e IE, as correlações foram significativas entre os DE e as IE (r = 0,51; p< 0,001) e entre as IE e os RE (r = -0,34; p=0,001). Não houve corre- lação significativa entre os DE e os RE (r = -0,18; p = 0,072). Discussão Foram identificados nove DE, 13 RE e 27 IE pre- valentes em pacientes portadores de LRA em trata- mento dialítico em UTI, com a finalidade de con- tribuir ao raciocínio clínico dos profissionais e pro- mover impacto positivo na assistência, prevenção e tratamento de pacientes com essa patologia. Os pacientes incluídos nesta pesquisa apresen- taram-se como criticamente graves e com instabili- dade hemodinâmica, consequentemente com altas taxas de mortalidade, 61% dos casos. Esta taxa é congruente com as taxas encontradas nacional e in- ternacionalmente.(13-16) Após traçados o perfil sociodemográfico e clí- nico dos pacientes com LRA em tratamento dialí- tico em UTI, foram identificados os DE prevalen- tes; ocorreram em 100% destes: risco de infecção, risco de perfusão gastrointestinal ineficaz, risco de 541Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC perfusão renal ineficaz, volume de líquidos excessi- vos, risco de desequilíbrio eletrolítico, risco de vo- lume de líquidos desequilibrados. Estes resultados assemelham-se a outro estudo brasileiro, realizado por técnica Delphi, que identificaram cinco diag- nósticos principais: débito cardíaco diminuído, perfusão tissular ineficaz: renal, volume de líqui- dos deficiente, volume excessivo de líquidos e risco para infecção.(17) Outro estudo realizado com pacientes em Te- rapia de Reposição Renal Contínua (CRRT) iden- tificou em 100% dos casos os DE: perfusão renal ineficaz, volume de líquidos excessivos, proteção ineficaz, débito cardíaco diminuído, risco de inte- gridade da pele prejudicada, risco de infecção e ter- morregulação ineficaz.(18) Em estudo prévio que traçou o perfil diagnós- tico de pacientes com doença renal crônica em he- Tabela 2. Diagnósticos de enfermagem, características definidoras, fatores de risco e relacionados de pacientes com lesão renal aguda em tratamento dialítico em unidade de terapia intensiva Diagnóstico de Enfermagem (%) Características definidoras (%) Fatores de risco/fatores relacionados (%) Risco de infecção 100 - - Procedimento invasivo 100 Resposta inflamatória suprimida 100 Diminuição de Hemoglobina 97 Integridade da pele prejudicada 56 Desnutrição 38 Obesidade 6 Risco de perfusão gastrointestinal ineficaz 100 - Doença renal 100 Doença gastrointestinal 36 Função hepática prejudicada 34 Diabetes melitus 15 Risco de perfusão renal ineficaz 100 - - Doença renal 100 Exposição á nefrotoxinas 93 Hipertensão arterial 28 Diabetes melitus 15 Trauma 15 Queimaduras 1 Volume de líquidos excessivo 100 Hemoglobina e hematócrito diminuído 97 Mecanismo regulador comprometido 100 Desequilíbrio eletrolítico 62 Oligúria 67 Ruídos respiratórios adventícios 59 Edema 52 Ingesta maior que eliminação 52 Risco de desequilíbrio eletrolítico 100 - - Disfunção renal 100 Mecanismo regulador comprometido 100 Volume de líquidos excessivos 100 Vômito 16 Diarréia 8 Risco de volume de líquidos desequilibrados 100 - - Regime de tratamento 100 Sepse 37 Trauma 15 Queimaduras 1 Troca de gases prejudicada 61 pH arterial anormal 67 Desequilíbrio na relação ventilação-perfusão 100 Cianose 40 Taquicardia 38 Padrão respiratório anormal 27 Gases sanguíneos arteriais anormais 10 Hipercapnia/hipoxemia 10 Risco de sangramento 61 - Regime de tratamento 62 Função hepática prejudicada 47 Trauma 13 Integridade da pele prejudicada 60 Alteração na integridade da pele 100 Fator mecânico 100 Alteração no volume de líquidos 100 Circulação prejudicada 44 Nutrição inadequada 42 Hipotermia 17 Hipertemia 5 542 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda modiálise, foram identificados alguns DE que se assemelham à presente pesquisa como: risco de in- fecção, risco de desequilíbrio eletrolítico e volume de líquidos excessivos. Entretanto, foram divergen- tes os DE: risco de trauma vascular, risco de função hepática prejudicada, risco de glicemia instável, dor aguda, insônia e ansiedade.(19) O DE volume de líquidos excessivos é frequen- te em pacientes em tratamento dialítico, tanto crônicos ou agudos, as características definidoras foram estudas e averiguadas em estudo brasileiro, algumas são semelhantes aos achados desta pesqui- sa, como por exemplo: desequilíbrio eletrolítico, ruídos pulmonares adventícios, edema e ingestão maior que a eliminação.(20) Em outro estudo que identificou DE em pa- cientes portadores de cateter de curta permanência para hemodiálise foram encontrados oito princi- pais DE: risco de perfusão renal ineficaz, mobili- dade física prejudicada, risco de síndrome por es- tresse por mudança, risco de infecção, integridade Tabela 3. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem de pacientes com lesão renal aguda em tratamento dialítico em unidade de terapia intensiva Diagnóstico de Enfermagem (%) Resultados de Enfermagem (%) Intervenções de Enfermagem (%) Risco de infecção 100 Gravidade da Infecção 100 Promoção contra infecção 100 Controle de infecção 100 Acesso para hemodiálise 100 Manutenção de acesso para diálise 100 Risco de perfusão gastrointestinal ineficaz 100 Perfusão tissular: órgãos abdominais 100 Controle hidroeletrolítico 100 Função gastrointestinal 69 Controle de eliminação urinária 100 Risco de perfusão renal ineficaz 100 Função renal 100 Controle ácido-básico 100 Terapia por hemofiltração 66 Terapia por hemodiálise 35 Remoção de toxinas 100 Controle de eliminação urinária 100 Equilíbrio eletrolítico 71 Controle de eletrólitos 100 Controle hidroeletrolítico 100 Volume de líquidos excessivo 100 Equilíbrio hídrico 100 Controle de hipervolemia 100 Controle hídrico 100 Monitorização hídrica 100 Risco de desequilíbrio eletrolítico 100 Equilíbrio eletrolítico e ácido-base 83 Controle ácido-básico 100 Controle de eletrólitos 100 Risco de volume de líquidos desequilibrados 100 Gravidade da sobrecarga hídrica 69 Controle hídrico 100 Controle de hipervolemia 100 Troca de gases prejudicada 61 Estado respiratório 64 Fisioterapia respiratória 100 Monitorização respiratória 100 Risco de sangramento 61 Coagulação sanguínea 98 Redução do sangramento 61 Precaução contra sangramentos 61 Administração de hemoderivados 56 Integridade da pele prejudicada 60 Cicatrização de feridas 67 Posicionamento 100 Cuidado com lesões 64 Prevenção de úlceras por pressão 38 Supervisão da pele 38 da pele prejudicada, integridade tissular prejudica- da, proteção ineficaz e risco de trauma vascular.(21) O PE é considerado um instrumento que torna possível a prática de enfermagem com jul- gamento clínico ao aplicar habilidades críticas, metacognitivas e pensamento crítico.(22) Para a enfermagem, o PE possui vários significados, dentre eles, autonomia, valorização e reconhe- cimento profissional. Além de contribuir para a qualidade da assistência, trabalho em equipe e respaldo legal.(23) Com base nos achados, é possível afirmar que a população estudada apresenta inúmeras par- ticularidades, que demandam alta carga de tra- balho de enfermagem, destaca-se a importância do PE estruturado para contribuir à qualidade da assistência e individualizar o cuidado. Este, realizado com conhecimento técnico-científicoe habilidades, é capaz de empoderar a equipe de enfermagem e promover a autonomia e reconhe- cimento profissional. 543Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC Os principais RE encontrados nos pacientes com LRA em terapia dialítica em UTI foram: gravidade da infecção, acesso para hemodiálise, perfusão de órgãos abdominais, função gastroin- testinal, equilíbrio hídrico, remoção de toxinas, função renal, equilíbrio eletrolítico, equilíbrio eletrolítico e ácido-básico, gravidade da sobre- carga hídrica, estado respiratório, coagulação sanguínea e cicatrização de feridas. Estes estão fortemente associados à diminuição da função renal e às inúmeras alterações fisiológicas. Não foram encontrados artigos de comparação, que analisaram RE na população estudada. As IE prevalentes neste estudo foram: promoção contra infecção, controle da infecção, manutenção de acesso para diálise, controle hídrico, controle áci- do-básico, controle de eliminação urinária, controle de hipervolemia, terapia por hemofiltração, terapia por hemodiálise, fisioterapia respiratória, controle de eletrólitos, controle hidroeletrolítico, monitorização de eletrólitos, monitorização hídrica, monitorização respiratória, redução de sangramento, precaução contra sangramento, administração de hemoderiva- dos, posicionamento, cuidado com lesões, preven- ção de úlceras por pressão e supervisão da pele. Dentre as inúmeras ações de enfermagem a estes pacientes destacam-se três pontos fundamentais. O primeiro, cuidados com o cateter: realizar o curati- vo, monitorar sangramentos e hematomas, observar presença de sinais flogísticos, heparinizar vias após o uso, utilizar o cateter exclusivamente para a CRRT e ocluir extensões. O segundo, cuidados com o circui- to: preparar o equipamento realizar o autoteste com- pletamente, verificar conexões da extensão ao cateter, verificar se não há clampeamento das vias, monitorar a cada hora parâmetros do equipamento e realizar a troca do circuito a cada 72 horas. O terceiro, cui- dados com o paciente: verificar nível de consciência, monitorização hemodinâmica, controle de exames laboratoriais e realização de mudança de decúbito com a finalidade de evitar lesões por pressão.(24) Uma revisão de literatura aponta algumas in- tervenções de enfermagem para prevenção e tra- tamento da LRA em UTI que corroboram com a presente pesquisa: prevenção de choque, regulação hemodinâmica, controle hidroeletrolítico, controle ácido-básico e controle de infecção, controle da hi- povolemia, controles cardíacos, precauções contra embolias e monitorização respiratória.(25) A prevenção da LRA inclui alguns pontos chave como identificação de fatores de riscos para desenvolvimento da LRA, como patologias crônicas prévias, insuficiência cardíaca conges- tiva, hipertensão, arteriosclerose coronariana, acidose, exposição nefrotóxica, sepse, ventilação mecânica e anemia. Realização do diagnóstico precoce a partir da dosagem de creatinina sérica e urinária.(26) Após o diagnóstico a prioridade é a manuten- ção volêmica e correção da depleção de volume, porém é necessário atenção para não causar ba- lanço hídrico positivo, pois se associa a alta mor- talidade. Monitorizar débito urinário e balanço hídrico rigoroso, monitorização hemodinâmica e de oxigenação. Atentar para medicações nefrotó- xicas e corrigir a dose para pacientes com função renal alterada.(26) A indicação de terapia de substituição renal in- clui fatores como hipervolemia, alteração eletrolíti- ca e ácido-básico. A modalidade depende de condi- ções socioeconômicas da instituição, país e sistema de saúde, além de equipamentos médicos e equipe especializada e/ou treinada.(26) Quanto ao conhecimento da enfermagem para a detecção precoce da LRA vem sendo estudado, pois se espera competente atuação na prevenção e no tratamento. Conclui-se que tanto os enfermei- ros que atuam nas unidades de internação, terapia intensiva e emergência, em instituições privadas e públicas, não possuem conhecimento satisfatório para executar a avaliação e as medidas que garan- tam condições para prevenção, diagnóstico e sinais e sintomas da LRA. Estes resultados demonstram que é fundamental a implementação de ações em espaços de educação continuada e a necessidade de treinamentos para capacitação e desenvolvimento destas habilidades.(27) Há resultados que demonstram a insegurança dos profissionais da saúde ao diagnosticar e tratar a LRA. O déficit de conhecimento acerca deste as- sunto reitera a necessidade de ações que subsidiem as ações médicas e de enfermagem.(28) 544 Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem em pacientes com lesão renal aguda Outro estudo aponta que o treinamento da equi- pe de enfermagem sobre a LRA promoveu conheci- mento e gerenciamento da LRA, evidencia alto im- pacto após três meses da intervenção educacional.(29) Uma equipe de enfermagem com treinamento para atuar com pacientes com LRA em CRRT em UTI está associado à diminuição da mortalidade destes pacientes, pois estes enfermeiros estão ca- pacitados para solucionar problemas do equipa- mento, há melhor gerenciamento da terapia, con- sequentemente melhor efeitos clínicos. Há evidên- cias que uma equipe treinada diminui o tempo de hospitalização, há diminuição das interrupções do circuito extracorpóreo, menor número de trocas indevidas do filtro, consequentemente há aumen- to da dose de diálise oferecida de acordo com a prescrição médica.(30) Identificou-se que o aumento do número de DE está correlacionado com o aumento das IE, entretanto o aumento das IE está correlacionado à diminuição dos RE. Ou seja, ao modo que au- menta o número de DE por paciente irá aumentar as IE; entretanto, ao modo que aumenta o número de IE por paciente, se reduz o número de resulta- dos. Faz-se necessário estudos futuros que inves- tiguem estas relações encontradas, considerando a plausibilidade destes achados. Destaca-se que é frequente RE que gerem múltiplas intervenções, assim como, RE que gerem intervenções específi- cas. Estes resultados refletem na alta carga de tra- balho de enfermagem, assim como, no alto custo hospitalar de assistência. Conclusão Conclui-se que o perfil dos pacientes com LRA em tratamento dialítico em UTI é do sexo masculino (60%), com idade superior a 60 anos (33%), com diagnóstico médico primário relacionado à patolo- gia do trato gastrointestinal (36%) e sepse esteve presente em 37% dos casos. O tipo de lesão renal mais frequente foi a pré-renal em 54% dos pacien- tes, sendo necessária a terapia de substituição renal no primeiro dia de admissão na UTI (46%), a mo- dalidade prevalente foi a terapia contínua (67%). Estes pacientes apresentavam gravidade hemodi- nâmica, todos totalmente dependentes dos cuida- dos de enfermagem, 68% em ventilação mecânica, 61% em uso de drogas vasoativas e 54% sedados. Apresentavam alta taxa de mortalidade em 61% dos pacientes. Os principais DE, RE e IE estavam relacionados à perda da função renal e alterações na perfusão renal, na volemia, nos distúrbios hi- droeletrolíticos e, consequentemente, expunham o paciente a procedimentos invasivos e a alto ris- co para infecção. Os DE presentes em 100% dos pacientes foram: Risco de infecção, Risco de per- fusão gastrointestinal ineficaz, Risco de perfusão renal ineficaz, Risco de desequilíbrio eletrolítico, Volume de líquidos excessivos e Risco de volume de líquidos desequilibrados. Os RE presentes em 100% dos pacientes foram: gravidade da infecção, acesso para hemodiálise, perfusão tissular: órgãos abdominais, equilíbrio hídrico, mobilidade, remo- ção de toxinas e função renal. As IE presentes em 100% dos pacientes foram: promoção contra in- fecção, controle de infecção, manutenção de acesso para diálise, controle hidroeletrolitico, controle de eliminação urinária, controle ácido-básico, contro- le de eletrólitos,controle de hipervolemia, controle hídrico, monitorização hídrica, fisioterapia respira- tória, monitorização respiratória e posicionamento. Visto a escassez do tema, tanto na literatura nacio- nal quanto internacional, esta pesquisa mostra-se com importância à literatura, pois promove a am- pliação do tema do PE a esta população e com- prova a alta demanda de cuidados de enfermagem. Sugere-se a realização de pesquisas relacionadas ao tema, que investiguem não somente a prevalência dos DE, bem como a associação entre tempo de enfermagem e o valor agregado para as instituições hospitalares. Propõe-se também a realização de no- vos estudos com avaliação de acurácia diagnóstica. Colaborações Grassi MF, Dell’Acqua MCQ, Jensen R, Fontes CMB e Guimarães HCQCP declaram que contri- buíram com a concepção do estudo, análise e inter- pretação dos dados, redação do artigo e revisão críti- ca relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada. 545Acta Paul Enferm. 2017; 30(5):538-45. Grassi MF, Dell’Acqua MC, Jensen R, Fontes CM, Guimarães HC Referências 1. Siew ED, Parr SK, Abdel-Kader K, Eden SK, Peterson JF, Bansal N, et al. Predictors of recurrent AKI. J Am Soc Nephrol. 2016; 27(4):1190-200. 2. Hoste EAJ, Bagshaw SM, Bellomo R, Cely CM, Colman R, Cruz DN, et al. Epidemiology of acute kidney injury in critically ill patients: the multinational AKI-EPI study. Intensive Care Med. 2015; 41(8):1411-23. 3. Druml W, Lenz K, Laggner AN. Our paper 20 years later: from acute renal failure to acute kidney injury-the metamorphosis of a syndrome. Intensive Care Med. 2015; 41(11):1941-9. 4. Villa G, Ricci Z, Ronco C. Renal replacement therapy. 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The effect of specialized continuous renal replacement therapy team in acute kidney injury patients treatment. Yonsei Med J. 2015; 56(3):658-65. Balanço Hídrico Balanço Hídrico. Definição: É o registro diário de líquidos infundidos e eliminados de um paciente. Este registro é realizado em papel padronizado que possui espaço também para, sinais vitais, PVC e haemoglucoteste. O peso corporal e o Balanço Hídrico. “O peso corporal tornou-se uma medida bastante importante, porque as alterações AGUDAS refletem aumentos ou diminuições na água total do organismo. A água total do organismo representa de 60 a 70% do peso corporal. Em um adulto de 70 Kilos essa fração seria de 35 a 42 litros de água, que tem relações com a idade,sexo e as diferenças na composição do organismo existentes entre adultos normais” (Évora et al, 1999). • Uma única medida do peso corporal, geralmente tem pouco valor no cálculo da agua total, porém no contexto das UTIs as mudanças no peso a curto ´prazo devem-se , em grande parte , mais as alterações na agua total do organismo.... O cliente em estado critico precisa ter ser peso aferido diariamente, pois o conhecimento da direção e da desse parametrosidade da alteração Objetivo do BH. Realizar rígido controle sobre infusões x eliminações para avaliação da evolução clinica do paciente. Por isto, a importância de um bom registro. Através do registro do balanço
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