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RELATÓRIO ALINE ZIDADE

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR
FARMÁCIA
ALINE ZIDADE ALMEIDA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV - DROGARIA
MANAUS, -- ------ DE 20—
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	JUSTIFICATIVA	6
3.	OBJETIVOS	6
3.1 Geral	6
3.2 Específico	6
4.	CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO	6
5.1 Atendimento e dispensação	7
5.2 Medicamentos sujeitos a controle especial	7
5.3 Antimicrobianos	9
5.4 Controle de temperatura (Termolábeis, ambiente)	10
5.5 Atenção farmacêutica	11
5.6 Serviços farmacêuticos	12
5.6.1 Aferir Pressão Arterial (PA)	12
5.6.2 Perfuração de lóbulo auricular	13
5.6.3 Teste de glicemia capilar	14
5.6.4 Aplicação de Injetáveis via intramuscular	15
5.7 Controle de Estoque	16
5.7.1 Entrada de medicamentos	16
5.7.2 Saída de medicamentos	17
5.7.3 Segregação	17
5.7.4 Inventário	18
5.9 Classificação de Resíduos – PPGRS	19
6.	CONCLUSÃO	21
REFERÊNCIAS	22
1. INTRODUÇÃO
	A farmácia é um estabelecimento de saúde, cuja atividade está regulada pela Lei Federal nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, e pela Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. O que determina a legislação federal em vigor ao conceituar tal estabelecimento: Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada à assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlato.
	As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como: 1.‎ Farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais e 2. Farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, com preendendo a dispensação e o atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. As farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado, na forma da lei, durante todo o horário de funcionamento. Em casos de ausência ou impedimento do responsável titular ou em estabelecimentos com amplo horário de funcionamento, será necessário manter farmacêuticos substitutos, em quantidade necessária, para garantir a presença deste profissional em todo o horário de funcionamento.
	O conhecimento e entendimento das principais legislações sanitárias que regem o varejo farmacêutico são imprescindíveis para as atividades que envolvem o dia ‎um ‎dia dos farmacêuticos nas farmácias e drogarias.
	As legislações estão em constantes mudanças (seja por meio de emendas, novas RDCs, decretos e/ou portarias) e o farmacêutico deve ter o hábito de consultar canais que divulguem essas informações diariamente como parte das suas atividades rotineiras, pois antes que uma determinada notícia chegue pela mídia para a população (televisão, rádio, jornais e revistas), é de extrema importância que já seja de conhecimento do profissional farmacêutico, pois é ele, no ponto de venda, que irá esclarecer as prováveis dúvidas da população em geral, e ele precisa ter esse conhecimento prévio e não ser “pego de surpresa”
	As legislações sanitárias “conversam entre si”, ou seja, muitas delas complementam e/ou alteram outras diretrizes, logo, é importante que sejam analisadas e estudadas em conjunto, de acordo com seus temas e critérios
	A Assistência Farmacêutica pode ser compreendida como, um conjunto de ações relacionadas ao medicamento, direcionando a orientação com o propósito de contribuir para o sucesso da terapêutica, a Atenção Farmacêutica foca suas atividades no paciente, humanizando o processo, em que o farmacêutico realiza as funções de controle e uso dos medicamentos, consciente de seu compromisso com os interesses do paciente.
	A escolha dos serviços farmacêuticos que serão oferecidos para a população deve estar dentro das considerações propostas pelas Boas Práticas Farmacêuticas, bem definidas na RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. A sala de serviços deve possuir infraestrutura e mobiliário compatíveis com as atividades prestadas, bem como: lavatório contendo água corrente, toalha descartável, sabonete líquido, gel bactericida, lixeira com pedal e tampa, materiais de primeiros socorros devidamente identificados, e os tipos de serviços oferecidos devem obedecer as normas descritas na legislação, como por exemplo: nos casos de medição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos os materiais utilizados, como aparelhos e acessórios, devem possuir registros, notificação e cadastro, exceto os que legalmente forem dispensados; os testes de glicemia capilar só poderão ser realizados por glicosímetros de autoteste; é obrigatório o registro dos serviços, manutenções e calibrações dos aparelhos, além de Procedimento Operacional Padrão (POP) indicando minuciosamente quais equipamentos, técnicas e metodologias utilizadas, bem como os parâmetros de interpretação de resultados com suas respectivas referências bibliográficos. Ou seja, oferecer uma simples aferição de pressão arterial requer, legalmente, uma documentação (POP) onde esteja descrito todo procedimento, daí a importância de conhecer as legislações vigentes e como elas influenciam diretamente na prática farmacêutica, pois é bem provável que muitos farmacêuticos que não elaboram o POP de cada serviço não o fazem por desconhecer tais legislações.
	Outro serviço comumente oferecido no canal farmacêutico e muitas vezes conduzido de maneira errada é a perfuração de orelha para colocação de brincos. A primeira exigência legal é que a perfuração seja realizada com pistola e brincos regularizados junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), logo, procedimentos que utilizam agulhas ou outros objetos são ilegais. Além disso, os brincos devem, obrigatoriamente, estar conservados em condições que permitam a manutenção de sua esterilidade, logo, em hipótese alguma o procedimento deve ser feito com um brinco que o próprio cliente traga de casa, sem estar acondicionado em embalagem estéril. Outro detalhe importante é em relação à assepsia da orelha do paciente, das mãos do aplicador e do uso do aparelho de perfuração: tudo deve estar devidamente descrito no POP.
	Vale ressaltar que, conforme Art. 1º da Resolução nº 499/2008 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), somente o farmacêutico inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF) de sua jurisdição poderá prestar serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. A exceção desta determinação é verificada no Art. 21 da Resolução nº 499/2008 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o qual estabelece que as aplicações de medicamentos injetáveis também possam ser realizadas por profissional habilitado, com autorização expressa do farmacêutico responsável. Ainda, o parágrafo único do referido artigo deixa claro que a presença e/ou supervisão do farmacêutico é condição e requisito essencial para a aplicação de medicamentos injetáveis.
	Também de acordo com a RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, a declaração de serviço farmacêutico é obrigatória e deverá ser elaborada pelo farmacêutico e entregue ao usuário após a prestação do serviço farmacêutico. A declaração deverá ser emitida em duas vias, sendo a primeira entregue ao paciente e a segunda arquivada na loja. Obrigatoriamente devem constar na declaração: identificação do estabelecimento farmacêutico, contendo nome, endereço, telefone e CNPJ; identificação do usuário ou seu responsável legal; descrição do serviço farmacêutico prestado; data, assinatura e carimbo do farmacêutico responsável pelo serviço, contendo a sua inscrição no CRF e informações específicas sobre o serviço.
	Este relatório destina-se à descrição das atividadesdesenvolvidas durante o estágio curricular realizado na drogaria Santo Remédio, mediante a grande importância do farmacêutico na farmácia comunitária, o estágio supervisionado em drogaria é de caráter obrigatório e está inserido na grade curricular do curso de farmácia, portanto torna -se parte fundamental na formação profissional do acadêmico.
2. JUSTIFICATIVA
Ainda que a formação oferecida na Universidade seja de fundamental importância, ela por si só não é o suficiente para formar e preparar o acadêmico para pleno exercício de sua profissão. Com isso, para garantir a saúde de qualidade em todos os seus âmbitos para a sociedade, o farmacêutico é capacitado para trabalhar em todas as áreas que interferem na saúde da população, como farmácias e drogarias, indústrias de medicamentos, cosméticos, alimentos e no âmbito laboratorial.
3. OBJETIVOS
3.1 Geral
Proporcionar ao acadêmico de Farmácia uma perspectiva das responsabilidades do farmacêutico em uma drogaria, com o intuito de promover o entendimento e o desenvolvimento de suas habilidades nas diversas atividades relacionadas com este estabelecimento.
3.2 Específico
· Estudar os processos de aquisição, armazenamento, conservação, dispensação, intercambialidade e reabastecimento de medicamentos e demais produtos disponíveis na drogaria;
· Compreender as legislações e documentações legais obrigatórias do estabelecimento;
· Executar dos ofícios do farmacêutico no âmbito da drogaria.
4. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO 
	A estrutura da drogaria Santo Remédio conta com uma entrada que possui portas amplas que disponibilizam a visualização de toda a drogaria pelo lado de fora, um balcão de atendimento localizado no fundo da loja, permitindo que o cliente tenha acesso livre a toda a loja e restringindo a área de medicamentos de prescrição médica, no centro da loja ficam as gôndolas, bem distribuídas, sem obstruir a passagem dos clientes e sempre bem categorizadas (mix de produtos correlatos localizados juntos) e facilmente sinalizadas com placas que acima delas, para que o cliente não tenha dificuldade de encontrar o que está procurando, a drogaria conta ainda com o caixa, posicionado ao lado da porta, de forma a otimizar o fluxo e passagem, sem que possíveis filas obstruam a passagem. Além das gôndolas a drogaria possui imobiliários de paredes que possuem um plano de categorização e sinalização, neles os produtos também ficam expostos por sessões complementares, alguns medicamentos podem ficar no imobiliário de parede, como os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), sinalizados na sessão “Farmácia em casa”.
A Santo remédio conta ainda com ambulatório onde são ofertados serviços farmacêuticos, computadores com acesso à internet, armário onde são armazenados os medicamentos controlados em uma área exclusiva, depósito de material de limpeza e local de recebimento e armazenamento dos produtos.
A farmácia Santo Remédio localiza-se na Av.---------- Manaus -------- e está aberta ao público de segunda a Domingo, das 7h00 às 00h00.
	Responsável técnico: 
	Subgerente: 
	Farmacêutica Intermitente: 
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
5.1 Atendimento e dispensação
	A drogaria Santo Remédio, além da dispensação de medicamentos, comercializa outros produtos, conforme permitido pelas legislações que regulam estes estabelecimentos. A relação de produtos permitidos para dispensação e comercialização em farmácias é prevista na Instrução Normativa – IN nº 9/2009 da Anvisa. Esses produtos devem ter registro junto à Anvisa para comercialização, sendo eles: medicamentos, plantas medicinais, drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal, produtos médicos e para diagnóstico in vitro, produtos de higiene pessoal, brincos estéreis, alimentos, suplementos vitamínicos e minerais, chás, mel e própolis.
5.2 Medicamentos sujeitos a controle especial
	A dispensação dos medicamentos constantes nas listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 e nas suas atualizações é ato exclusivo do farmacêutico e este deverá seguir as determinações do Procedimento Operacional Padrão respectivo do estabelecimento do qual é o diretor técnico. O farmacêutico deverá atentar para:
· Preenchimento correto de todos os campos da receita;
· Se os medicamentos prescritos estão na receita correta (receita de controle especial ou notificação de receita) conforme as listas da portaria;
· Se a dosagem do medicamento é condizente com as doses máximas recomendadas e/ou permitidas;
· Se a quantidade do medicamento prescrito está de acordo com o tempo máximo de tratamento permitido por receita (p.ex.: Clonazepam 2mg – 60 dias de tratamento);
· Se a receita não contém rasuras ou adulterações no nome do medicamento, na quantidade prescrita, na dose, na data de prescrição ou no nome do emissor;
· Se a data da prescrição já expirou.
	Após verificação minuciosa da receita, o farmacêutico deverá retirar o medicamento prescrito do armário específico para sua guarda, anotar os dados do comprador nos campos específicos da receita e apor o carimbo com espaço para anotar o número do lote dispensado (este número será usado para baixar o estoque no SNGPC). Em seguida, deverá proceder com as orientações ao paciente. Quanto a validade das receitas, as mesmas são válidas por até 30 dias a contar da data do seu preenchimento pelo profissional prescritor, exceto as prescrições da Lista C3 (imunossupressores) que obedecem à legislação ‎especificado.
	No que tange a quantidade máxima para a dispensação por prescrição, fica estabelecido:
· A1, A2, A3: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 30 dias de trata-‎queixo.;
· B1: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento; 
· B2: quantidade para 30 dias de tratamento. No caso da Sibutramina, é permitida a dispensação para até 60 dias; 
· C1: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento. Exceção: antiparkinsonianos e anticonvulsivantes – quantidade para até 6 meses de tratamento;
· C2: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 30 dias de tratamento;
· C3, C4: consultar legislação específica;
· C5: injetável: 5 ampolas. Demais apresentações: quantidade para 60 dias de tratamento.
	Quando o comprador não levar a quantidade máxima prescrita do medicamento, o farmacêutico deverá apor carimbo no verso da receita ou notificação de receita especificando a quantidade dispensada naquele momento, com os dados referentes e coletar a sua assinatura, declarando a quantidade dispensada.
	Em caso de devoluções de medicamentos de controle especial, é necessário informar ao comprador que os medicamentos sob controle não são passíveis de devoluções ou trocas conforme consta a portaria 344/98. Recomenda-se que o comprador esteja consciente desta impossibilidade coletando sua assinatura no verso da receita.
5.3 Antimicrobianos	
	Em relação a dispensação de medicamentos antimicrobianos, esses obedecem a Resolução da Anvisa nº 20/2011. Os medicamentos antimicrobianos sujeitos a prescrição passaram a ser dispensados com a retenção da receita pela farmácia. As regras para retenção das receitas dos antimicrobianos não são as mesmas dos medicamentos controlados pela Portaria SVS/MS nº 344/98, devendo o farmacêutico atentar para:
· Receita: os antimicrobianos devem ser prescritos em receituário simples, em duas vias e conter o nome completo, idade e sexo do paciente, preenchidos pelo prescritor;‎
· Retenção: será retida a 2ª via da receita, podendo ser uma cópia carbonada ou simples, não sendo obrigatória a inscrição “segunda via”;
· Dados do paciente: nos casos em que a receita não contenha os dados de idade e sexo do paciente, estes poderão ser preenchidos pelo farmacêutico responsável pela dispensação. Estes dados serão necessários para informação ao SNGPC;
· Validade da receita: a receita tem validade de 10 (dez) dias após sua emissão;
· Quantidade: a dispensação deve atender, sempre que possível, essencialmente ao que foi prescrito para o tempo de tratamento. Se necessário, dispensaras apresentações fracionáveis;
· Devolução ou troca: a devolução ou troca de antimicrobianos é permitida somente por motivo de desvio de qualidade do medicamento dispensado;
· Tratamento prolongado: para a prescrição de tratamento com antimicrobiano por tempo prolongado, a receita poderá ser utilizada para aquisições dentro de um período de 90 (noventa) dias a partir da sua emissão e deverá conter a descrição “uso prolongado”. Poderá ser dispensada a quantidade para 30 (trinta) dias ou para todo o período do tratamento (90 dias). As aquisições poderão ocorrer em diferentes farmácias. Para tanto, o farmacêutico deve reter a 2ª via e atestar no verso de ambas a quantidade dispensada. Nas compras posteriores o farmacêutico deve conferir a prescrição (uso prolongado), fazer uma cópia e atestar a dispensação; 
· Escrituração eletrônica no SNGPC: as movimentações (aquisição e venda) de medicamentos antimicrobianos devem ser escrituradas no SNGPC, juntamente com os sujeitos a controle especial descritos na Portaria SVS/MS nº344/98.
5.4 Controle de temperatura (Termolábeis, ambiente)
	A Santo Remédio obedecendo a RDC 304 de 17 de setembro de 2019 que dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. Seguindo o seguinte protocolo: os termolábeis são medicamentos sensíveis à ação da temperatura e que por isso requerem armazenamento sob refrigeração (entre 2ºC a 8ºC). Para que a Santo Remédio mantenha armazenados estes medicamentos para dispensação são necessários alguns requisitos:
· Possuir refrigerador apropriado, não sendo permitido: Frigobar, geladeiras tipo duplex ou frost-free.
· O refrigerador não deve guardar alimentos, pois pode haver contaminações pelo aumento na frequência de abertura do refrigerador;
· Não armazenar medicamentos na porta: variação de temperatura na abertura e fechamento;
· Congelador deve ser preenchido com bobinas de gelo que servirão como reserva térmica no caso de falta de energia elétrica ou defeito do refrigerador;
· gaveta inferior deve ser preenchida com garrafas de água com corantes, tampa das e identificadas com alerta para a proibição de uso (não beber), que, também, servirão de reserva térmica para o controle da temperatura interna do refrigerador;
· Os produtos devem ser dispostos com um espaço mínimo de 2 a 3cm, visando boa circulação de ar entre estes
	Quanto ao registro da temperatura, a mesma deve ser verificada e registrada no formulário de controle diário de temperatura, no mínimo 2 (duas) vezes ao dia (no início e no final da jornada de trabalho), o termômetro utilizado para a leitura da temperatura deve ser do modelo digital, devendo o sensor, de máxima e mínima, deve ficar suspenso no centro da segunda prateleira na posição vertical, em pé.
	Para a limpeza do refrigerador, a mesma deve ser realizada a cada 15 (quinze) dias, nesse momento os medicamentos devem ser acondicionados em caixa térmicas, com bobinas de gelo, para manutenção da temperatura durante a limpeza. A permanência dos medicamentos fora do refrigerador deve ser inferior a quatro horas.
5.5 Atenção farmacêutica
	A dispensação realizada pela Farmacêutico na Santo Remédio é um ato que não pode e não deve ser automatizado. É a última etapa do ciclo da assistência farmacêutica e, não por isso, o menos importante. Esse momento requer cuidado e perícia. A atenção farmacêutica prática exige do profissional um conhecimento aprofundado e contínuo sobre os medicamentos, insumos e recursos que ele pode lançar mão no ato de seu atendimento. Inseri-la em um contexto prático de execução ainda é algo mistificado na área. A própria normatização da consulta farmacêutica restringe a orientação completa a um local e hora marcada, com formulários e passos a seguir.
	O cuidado farmacêutico é um grande aliado na otimização da farmacoterapia e no prognóstico de doenças. Em uma drogaria ou farmácia comunitária, a aplicabilidade desse método é complexa, uma vez que a maioria dos pacientes está de passagem, e a intenção de compra já está (pré) formulada ou estabelecida realizar a atenção farmacêutica prática é perfeitamente possível. O procedimento realizado na consulta farmacêutica, com os métodos de acompanhamento farmacoterapêutico, tem por objetivo realizar uma pesquisa minuciosa com parâmetros bioquímicos e fisiológicos que permitiram adotar a conduta farmacoterapêutica que melhor atender à condição clínica do paciente avaliado. Na atenção farmacêutica prática o objetivo é o mesmo. No entanto, é condicionado ao tempo e às circunstâncias do momento do atendimento. A diferença está na dinâmica e na prioridade da informação. O atendimento no balcão acontece basicamente em duas situações: 1. com prescrição; 2. sem prescrição médica. 
	É possível realizar a atenção farmacêutica nas duas ocasiões. Para tanto, recomenda-se a aplicação de alguns passos que auxiliarão no desenvolvimento do raciocínio necessário para identificar uma possível ‎seguir PRM (problemas relacionados a medicamentos).
	Não há como obter uma excelente atenção farmacêutica prática em seu atendimento se a finalização dele não trouxer ao seu paciente a segurança de voltar e poder contar com a mesma prestação de seus serviços. Por isso é importante:
1. Mostrar interesse em suas aflições;
2. Deixar claro ao seu paciente que você estará disponível para sanar as possíveis dúvidas dele;
3. Dispensa-lo o chamando pelo nome.
Dessa forma, o farmacêutico estará colaborando para a saúde do paciente e, também, terá contribuído para a importância do farmacêutico nos estabelecimentos de que lhes são necessários.
5.6 Serviços farmacêuticos
5.6.1 Aferir Pressão Arterial (PA)
	Conforme previsto na RDC 44/2009	no Art. 69 e §1º a prática de aferição de pressão arterial era um dos serviços farmacêuticos ofertados na drogaria em questão. Para a solicitação do serviço, o cliente solicitava o mesmo no caixa da drogaria e posteriormente era encaminhado para a sala de atendimento farmacêutico, na qual era previamente avaliado pelo profissional buscando adequar o paciente para estar apto para a realização do serviço. Dessa forma, o paciente devia:
· Manter-se em repouso por no mínimo 5 minutos
· Não ter feito nenhuma atividade física na última 1 hora
· Não ter fumado ou ingerido bebida alcoólica e café
Uma vez estando dentro das adequações, o paciente sentava-se na cadeira da sala com as pernas descruzadas e com o dorso apoiado na cadeira, o farmacêutico explicava o procedimento antes de inserir no pulso do paciente o medidor de pressão arterial automático. Em seguida, com o aparelho no pulso esquerdo, o paciente apoiava o braço próximo ao coração com a palma da mão voltada para cima com cotovelo levemente dobrado e o farmacêutico iniciava o procedimento apertando no botão de start do aparelho. 
Com o medidor indicando o final do processo de aferição, o aparelho era retirado do pulso do paciente e, posteriormente na declaração de serviços farmacêuticos, os valores obtidos eram anotados, tanto da PA Diastólica quanto Sistólica e Frequência Cardíaca. 
Se necessário uma nova aferição, era aguardado 2 minutos e nos casos de PA alterada, o paciente recebia as devidas orientações de como proceder para uma melhor investigação de um provável quadro de Hipertensão. 
5.6.2 Perfuração de lóbulo auricular
Assim como o serviço anterior, o paciente realizava o pagamento do serviço e era direcionado para a sala de atendimento onde um farmacêutico habilitado explicava todo o procedimento. Para a aplicação do brinco no lóbulo auricular eram necessários os seguintes materiais:
· Aparelho para aplicação Studex-system
· Caneta simetricamente com tinta de violeta genciana
· Brincos Studex-system
· Luvas de procedimento
· Algodão
· Álcool 70%
Uma vez realizada a assepsia, o local onde seria realizado os furos para o brinco foram marcados com o auxílio da caneta simetricamente. Na frente do cliente, foi aberto a embalagem contendo os brincos e em seguida devidamente inseridos no aparelho Studex-system. Com a ponta do brinco posicionadona demarcação, o aparelho era acionado através do gatilho para de fato perfurar o lóbulo. 
	Uma vez finalizado a aplicação, o paciente era questionado quanto a qualquer possível incômodo e recebia, além da declaração de serviços farmacêuticos, as orientações de cuidado que deveria manter em casa como: 
· Realizar a limpeza com hastes flexíveis com ponta de algodão e líquido antisséptico dos locais, sem remover os brincos e com as mãos limpas; 
· No primeiro ano, não retirar o brinco por mais de 24 horas assim como evitar o uso de brincos pesados e argolas;
· Após o banho com utilização de cosméticos capilares, deve-se enxugar completamente o local dos furos;
5.6.3 Teste de glicemia capilar 
Conforme previsto na RDC 44/2009	no Art. 70, a drogaria realizava por meio de equipamento de autoteste, o glicosímetro, o teste de glicemia capilar. Assim como o procedimento anterior, o paciente fornecia algumas informações quanto sua alimentação para conseguir um resultado fidedigno. Dessa forma, se o paciente desejava aferir sua glicemia em:
· Jejum: Deveria estar 8 horas sem ingerir alimentos calóricos
· Pré-prandial: Ter acabado de ser alimentar
· Pós-prandial: 2 horas após o horário de início de uma refeição
· Casual: Quando o paciente desconhece o horário de sua última alimentação.
Para a realização do procedimento o farmacêutico utilizava os seguintes materiais:	
· Glicosímetro
· Tiras de medida
· Luvas de procedimento
· Lanceta 
· Álcool 70%
· Algodão embebido em álcool 70%
· Algodão seco
· Coletor para Material Perfurocortante
Após explicar todo o procedimento e inserir a tira de medida no glicosímetro, o farmacêutico calçava as luvas e realizava a assepsia do dedo com algodão embebido em álcool 70%, que geralmente era indicado pelo paciente, para fazer a punção digital com a lanceta na lateral da ponta do dedo. Uma vez perfurado, o dedo era pressionado da base para a ponta para se conseguir a quantidade adequada de sangue para que pudesse ser aplicada no local indicado da tira de medida. Após isso, era entregado ao cliente um algodão seco para estancar o sangue do local puncionado. 
Em seguida, na declaração de serviços farmacêuticos era anotado o valor obtido no visor do aparelho assim como a condição do paciente e horário de realização do procedimento. Uma vez interpretado o resultado, era prestado ao paciente as devidas orientações quanto ao resultado obtido e esclarecido todas as suas dúvidas. 
5.6.4 Aplicação de Injetáveis via intramuscular
	Com o paciente ciente de todo o procedimento a ser realizado, o farmacêutico realizava a checagem da prescrição de um profissional habilitado e confirmava com o paciente se ele já havia feito o uso do medicamento antes e se possuía alguma alergia. 
	Posteriormente, com as mãos devidamente higienizadas o farmacêutico separava todo o material a ser utilizado:
· Luva de procedimento
· A ampola ou frasco do medicamento
· Algodão com álcool 70% para a antissepsia do frasco ou ampola 
· Algodão seco e com álcool 70%
· Agulha para aplicação 
· Agulha para aspiração e/ou diluição do medicamento
· Curativo
· Seringa de 3 ou 5 ml
· Coletor para Material Perfurocortante
Com as luvas calçadas, o farmacêutico iniciava a primeira etapa do processo que consistia na aspiração do conteúdo da ampola ou do frasco para a seringa adequada, todo o procedimento era realizado na frente do paciente. Inicialmente era feito a antissepsia da embalagem e com a agulha era feito a transferência da ampola/frasco para o corpo da seringa. Com cuidado, a agulha era retirada e descartada no Coletor para Material Perfurocortante e a agulha nova era novamente acoplada a seringa. Nos casos em que era necessário a diluição, o medicamento recebia seu diluente jateado na parede do frasco e posteriormente era realizado movimentos circulares para que o processo de dissolução se concluísse para que, por fim, pudesse ser aspirado.
Em seguida, conforme preferência do cliente quanto a escolha do lado de aplicação, no glúteo do paciente era realizado a antissepsia e solicitado a ele que transferisse o peso corporal para a perna oposta e dessa forma relaxando todo o músculo do local da aplicação. 
Em um ângulo de 90º a agulha era inserida, realizava-se uma aspiração para confirmar que foi puncionado nenhum vaso sanguíneo e iniciava a aplicação do medicamento de forma lenta. Com o auxílio do algodão seco, retirava-se rapidamente a agulhar e comprimindo gentilmente o local. 
Ao fim do procedimento, a agulha era descartada no Coletor para Material Perfurocortante e aplicado o curativo no local da aplicação. Por fim, o farmacêutico descartava as luvas e higienizava as mãos, observava o paciente quanto a possíveis reações adversas ao medicamento e então entregava a declaração de serviços farmacêuticos na qual constava o nome do paciente, endereço, o serviço realizado, medicamento aplicado, número do lote e o nome do profissional prescritor. 
5.7 Controle de Estoque
5.7.1 Entrada de medicamentos 	
	Os medicamentos chegavam até a drogaria pelo Grupo Tapajós, por transferência do centro de distribuição para todas as drogarias. As aquisições que adentravam o estabelecimento eram encaminhadas para o estoque onde o Farmacêutico Responsável Técnico verificava se na Nota Fiscal (NF) constava todos os dados corretos do estabelecimento e posteriormente assinava e carimbava tanto no canhoto do entregador quanto na própria nota fiscal. Posteriormente todos os medicamentos eram inseridos no Sistema Integrado de Gestão (SINTEG) um a um por meio do código de barra informando também a quantidade e lote de cada medicamento. 
	Já os medicamentos sujeitos a controle especial, tanto os pertencentes à Portaria 344/98 quanto os antimicrobianos, eram inseridos dentro do SINTEG, porém, na função específica exigida na RDC nº 22, de 29 de abril de 2014, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) responsável pelo controle do armazenamento e venda dos produtos controlados. No SNGPC eram informados o código interno de cada produto, seu lote e quantidade e posteriormente era gerado o envio dessas informações para a ANVISA. 
	Depois da conclusão de todo o processo de recebimento, assim como a confirmação da quantidade correta e a separação de excessos de mercadoria todos os medicamentos eram encaminhados para a organização nas gôndolas e prateleiras, sendo os controlados de total responsabilidade do farmacêutico que eram organizados em armários com chave conforme preconizado na Portaria 344/1998. 
5.7.2 Saída de medicamentos 
	Assim como era enviado o informe de entrada dos medicamentos controlados na drogaria a saída também era comunicada por meio do SNGPC para a ANVISA. Diferentemente do processo de entrada, para informar a saída dos medicamentos eram fornecidos os dados presentes nos receituários e notificações de receitas retidos na drogaria:
· Receituários de antibióticos: Nome completo do paciente que utilizaria o medicamento; dados do prescritor; idade; código interno do medicamento e quantidade aviada; lote do medicamento; data da prescrição e data da dispensação. 
· Receituários de Controle Especial: Dados do comprador; dados do prescritor; código interno do medicamento assim como seu lote e quantidade avida; data do receituário e data de dispensação.
· Notificações de receitas: Numeração da notificação; Unidade Federativa; dados do comprador; dados do prescritor; código interno do medicamento assim como seu lote e quantidade avida; data do receituário e data de dispensação.
· Nos casos de prescrições de médicos veterinários, são coletado os dados do comprador tanto nas prescrições de antimicrobianos quanto dos medicamentos de controle especial.
O envio do relatório de saídas de medicamentos era feito em até no máximo 7 dias pelo farmacêutico que posteriormente armazenava todas as receitas e notificações nos arquivos da drogaria. 
5.7.3 Segregação
	Para manter o controle da validade de medicamentos, mensalmente o farmacêutico e os consultores de medicamentos realizavam a verificaçãoda data de vencimento de cada produto utilizando da regra dos 6 meses. Aqueles medicamentos que estavam a menos de 6 meses da sua data de vencimento, eram separados e caracterizados como pré-vencidos. Estes, por sua vez, eram organizados em uma prateleira devidamente identificada e de fácil acesso, buscando facilitar a venda para o cliente que era informado quanto a característica do produto. 
	Para os medicamentos que estivessem com 1 mês antes do seu vencimento eram segregados em caçapas identificadas, para que pudessem ser encaminhados para a incineração que era feita por uma empresa terceirizada. 
5.7.4 Inventário
	Para manter o sistema de controle de entrada e saída dos medicamentos era realizado o inventário de forma trimestral ou quando ocorresse a troca dos responsáveis técnicos. O processo de inventário das mercadorias da loja era realizado por uma empresa terceirizada enviada pelo próprio Grupo Tapajós, exceto o inventário de medicamentos controlados que era exclusivamente realizado pelo farmacêutico responsável técnico e seu subgerente. 
	Para a realização do inventário de controlados, o primeiro passo era iniciado no SNGPC e posteriormente todos os medicamentos eram retirados das prateleiras (antimicrobianos) e controlados (armário), organizados por ordem alfabética e lote para que pudessem ser bipados um a um na área do SNGPC dentro do SINTEG. O processo tinah o prazo máximo de 4 dias para ser finalizado, no qual, uma vez encerrado todo o relatório era enviado para aprovação. Uma vez aprovado, o acesso de entrada e saída de medicamentos do SNGPC era restituído. 
5.8 Controle de Pragas
	Como todo estabelecimento de saúde o controle de pragas precisava manter o certificado atualizado, este era um dos documentos regulatórios mais exigidos da drogaria. O controle de limpeza e sanitização era realizado por uma empresa terceirizada que realizava as visitas técnicas de manutenção onde era identificado possíveis pragas e eram aplicadas ações de sanitização para executar o tratamento adequado e eliminação de qualquer ameaça por meio da aplicação de produtos químicos em locais estratégicos. 
Essas pragas poderiam tanto ser identificadas durante uma visita periódica quanto por meio de solicitação do responsável técnico ao identificar qualquer suspeita de infestação de vetores e pragas. 
	Após o encerramento de cada visita, o certificado de controle de pragas era atualizado e fixado em um local de fácil verificação tanto dos clientes quanto dos órgãos regulatórios. 
5.9 Classificação de Resíduos – PPGRS
A drogaria Santo Remédio conta com o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), esse plano foi instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA (Resolução nº 358/05) em consonância com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (RDC nº 306/04), com o objetivo de prevenir e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente.
Como o farmacêutico é parte fundamental no processo de gerenciamento, o Conselho Federal de Farmácia publicou a Resolução nº 415/2004 na qual discorre sobre a responsabilidade do profissional pela consultoria para elaboração do plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, pela elaboração, implantação, execução, treinamento e gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde (RSS), desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde coletiva, sem prejuízo da responsabilidade civil solidária, penal e administrativa de outros entes envolvidos. 
O PGRSS é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que correspondem às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Os RSS são classificados em cinco grupos, que devem ser segregados, identificados e acondicionados conforme seu risco a saúde. A drogaria é um estabelecimento de saúde que gera lixos como:
A – Resíduos Infectantes: Luvas, máscaras, algodão usado para antissepsia;
B – Resíduos Químicos: Medicamentos vencidos, interditados ou não utilizados;
D – Lixo Comum: Papel higiênico, papel toalha, guardanapos sujos;
D – Lixo Comum Orgânico: Restos de comida;
D – Lixo Comum Reciclável: Papel seco, copos descartáveis, plásticos limpos, isopor, latas de alumínio;
E – Resíduos Perfurocortantes: Perfurocortantes, como seringas com agulha, lancetas e vidro quebrado.
O manejo dos RSS gerados pela Santo Remédio é feito por empresa especializada terceirizada, essa empresa fica responsável pelas seguintes etapas:
· Segregação: separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos;
· Acondicionamento: embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo;
· Identificação: medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS;
· Coleta e transporte externos: remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
Para que este descarte ocorra, a farmácia Santo Remédio disponibiliza recipientes adequados e de fácil visualização para o recolhimento de medicamentos, vencidos ou não utilizados. Os recipientes devem ser de material resistente à ruptura e vazamento, impermeável e inviolável, possibilitando segregar a coleta dos resíduos em medicamentos sólidos, líquidos e recicláveis.
6. CONCLUSÃO
	Diante todo o período de estágio foi possível vivenciar na prática a importância do profissional farmacêutico no desenvolvimento do papel de promoção da recuperação da saúde dos pacientes, uma vez que, foi observado que a drogaria consiste no primeiro acesso do paciente a um profissional da saúde, seja no fornecimento de orientações básicas de saúde com o desenvolvimento da atenção farmacêutica ou no comprometimento farmacêutico na realização da dispensação de medicamentos de forma correta, buscando otimizar o tratamento do paciente não só através de uma correta orientação de uso, assim como, no processo de controle de qualidade dos medicamentos desde a verificação da temperatura e umidade até o processo de aquisição, armazenamento até a dispensação de fato. 
O contato direto do aluno com os pacientes proporcionou uma melhor compreensão do desenvolvimento da avaliação do ponto de vista clínico através da análise das prescrições, do contato com os medicamentos e do uso terapêutico de cada classe, facilitando um melhor viés de aprendizado quanto as categorias, posologias mais utilizadas, assim como, a verificação de interações medicamentosas sob a supervisão do farmacêutico. 
Por fim, foi possível compreender por completo qual são as responsabilidades exercidas pelo farmacêutico dentro do estabelecimento, desde seu contato direto com a população até suas atividades administrativas para manter os dados de entrada e saída de medicamentos, principalmente controlados, fidedignos e atualizados não só para o desenvolvimento da empresa quanto para os órgãos regulatórios. Tal como, manter os recursos humanos do estabelecimento atualizados e devidamente alinhados com as normas éticas e sanitárias.
	Dessa forma, o estágio supervisionado em drogaria proporcionou ao acadêmico a oportunidade de conhecer a principal área de atuação do profissional farmacêutico constatando a importância do seu trabalho para com a comunidade. 
REFERÊNCIAS 
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe sobre o o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de usosob prescrição, isoladas ou em associação. Brasília, Anvisa, 2011 Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/rdc0020_05_05_2011.html. 
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 22, de 29 de abril de 2014. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC, revoga a Resolução de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e dá outras providências. Brasília, Anvisa, 2014 Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3676841/RDC_22_2014_COMP.pdf/5f0991df-efae-4794-b206-86045447b5f0. 
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009.
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasília, Anvisa, 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/rdc0044_17_08_2009.pdf. 
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 499, de 27 de maio de 2021.
Que altera a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 432, de 4 de novembro de 2020, que dispõe sobre a obrigatoriedade de descrever a composição em português na rotulagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Brasília, Anvisa, 2021. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/2959455/RDC_499_2021_.pdf/843d0bb7-903c-43b7-b51b-dd856a5fe5f3..
ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 304, de 17 de setembro de 2019. Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. Brasília, Anvisa, 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-304-de-17-de-setembro-de-2019-216803526. 
BRASIL. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. 	Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasil: Ministério da Saúde, [1998]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13021.htm. Acesso em: 05 de junh. de 2022.
BRASIL. Lei nº 13.021, de 08 de agosto de 2014. 	Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Brasil: Presidência da República, [2014]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13021.htm. 
BRASIL. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. 	Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências. Brasil: Presidência da República, [1973]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5991.htm.
CFF. Conselho Federal de Farmácia. RCD nº 415 de 29 de junho de 2004. Ementa: Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde. Brasília, CFF, 2004 Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/415.pdf. 
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