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Semiologia Ortopédica

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Página 1 
 
Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
Semiologia Ortopérdica 
Ombro 
Revisão Anatomia 
Músculos do manguito rotador: Subscapular; 
Supraespinhal; Infraespinhal; Redondo menor. 
Músculos estabilizadores dinâmicos do ombro na 
cavidade glenoide. Responsáveis por movimentos 
de rotação interna (anteriores contraem) e externa 
(posteriores contraem). 
Ruptura do manguito geralmente começa no 
supraespinhal, redondo menor raramente é 
acometido. 
Arco coracoacromial: Sofre muito impacto. 
 
Articulações do ombro: 
• Glenoumeral: fossa glenoide da escápula 
e cabeça do úmero. 
• Acromioclavicular; 
• Esterno-clavicular; 
• Escapulotorácica; 
• Umeroacromial. 
Escapulotorácica e umeroacromial: não são 
articulações verdadeiras (com cápsula, etc.), são 
superfícies de deslizamento. 
ARTICULAÇÃO GENOUMERAL 
Estabilizadores estáticos 
• Cápsula articular 
• Ligamentos Glenoumerais 
(espessamentos da cápsula); 
• Lábio glenoidal. 
Estabilizadores dinâmicos 
• Manguito Rotador; 
• Musculatura periescapular. 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Paciente desnudo da cintura para cima. 
Observar sinais de lesão traumática: 
• Edema; 
• Equimose; 
• Deformidades: Sinal da dragona= luxação 
anterior. Ombro quadrado; Sinal da 
Tecla= luxação acromioclavicular. 
Clavícula mais alta; 
• Deformidades da coluna cervical e torácica 
com repercução na escápula. 
Luxação: perda da congruência total da 
articulação. 
Entorce: excesso de translação, com estiramento 
ligamentar, sem perda da congruência, volta ao 
lugar. 
Alterações musculares 
Atrofias: 
• Supra e infra: lesão no nervo 
supraescapular; 
• Deltóide e redondo menor: lesão no nervo 
axillar; 
Hipotrofias: comum nas lesões maciças e 
crônicas do manguito. 
Escapula alada: 
• Alada com protusão da borda medial da 
escápula: lesão músculo serrátil anterior 
(nervo torácico longo); 
• Alada com rotação lateral: Disfunção do 
trapézio (nervo acessório). Trapézio não 
consegue segurar a escápula. 
Exemplo: disfunção temporária do trapézio. 
Neuropraxia, nervo inteiro estruturalmente. 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
Amplitude de movimento 
• Comparar com lado oposto; 
• Comparar ativo e passivo. Diferencia 
déficit de força nas roturas e doenças 
Página 2 
 
Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
neuromusculares de antálgico que pode 
ser eliminada pela anestesia local. 
Movimentos do ombro 
• Abdução: plano coronal no eixo 
biacromial. Vai de 0 a 180 graus. Na 
glenoumeral, até 90 graus. 
• Elevação: no plano da escapula (angulada 
45 graus anteriormente). Passa a utilizar a 
escápula, indo de 0 a 180 graus. 
• Adução: realizada com braço em flexão de 
30 graus. De 0 a 75 graus 
• Flexão: no plano sagital; de 0 a 180 graus 
• Extensão: no plano sagital; de 0 a 60 
graus. 
• Rotação externa: com cotovelo em 90 
graus; de 0 a 75-90 graus. 
• Rotação interna: apor o dorso da mão às 
costas. 
• Rotação interna e externa com abdução 
de 90 graus: cotovelo em 90 graus. 0-90 
graus de ext e 0-90 graus de interna. 
A avaliação abrange a elevação ativa, elevação 
passiva, rotação externa e rotação interna. 
Flexão: peitoral maior (clavicular) e deltóide, 
auxiliados pelo coracobraquial e bíceps. 
Extensão: latíssimo dorso, deltóide. 
Abdução: deltóide (central) auxiliado pelo 
supraespinhal. 
Adução: peitoral maior e latíssimo dorso, redondo 
maior. 
RI: subescapular, peitoral maior, latíssimo, 
redondo maior. 
RE: infraespinhal, redondo menor. 
PALPAÇÃO 
• Relevo osteoarticular, ventres musculares. 
• Crepitação articular do ombro: processo 
articular crônico da bursa ou tendões. Em 
geral, indolor na maioria dos casos não é 
patológico. 
• Entre tendão do supraespinhal e acrômio -
> bursa subacromial. 
Bursa: bolsa com líquido sinovial. 
Testes especiais 
De impacto 
• Sinal de Neer: impacto do Tubérculo 
maior contra o Acrômio. Dor na elevação 
de 70 a 120 graus. 
 
Manguito Rotador 
• Supraespinhal. Teste de Jobe. Deve-se 
rodar internamente o braço. 
 
• Infraespinhal: Teste do Infraespinhal de 
Patte. Rotação externa contra resistência. 
 
• Subescapular: Teste de Gerber. Rotação 
interna máxima. Dorso da mão nas costas 
no máximo de rotação interna. Paciente 
deve tentar ativamente afastar a mão. 
 
Instabilidade 
• Anterior: Teste da apreensão. Abdução, 
RE e extensão passivas forçadas do 
braço. Ao mesmo tempo, com o polegar 
da outra mão, pressão posterior na 
cabeça do úmero. Tentativa de jogar a 
cabeça para anterior. Não sente dor, mas 
paciente fica apreensivo. 
 
Página 3 
 
Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
• Posterior: teste da Fukuda. Adução, 
flexão e RI passivas. Tentativa de jogar a 
cabeça para posterior. 
 
• Multidirecional/lassidão ligamentar: Sinal 
do sulco. Formação de um sulco na 
cabeça do úmero quando puxa. Se > 1cm: 
Frouxidão (sinal e não sintoma= 
instabilidade). 
Bíceps 
• Speed test - tendinopatia da cabeça longa 
do bíceps ou alteração. Flexão ativa do 
MS em extensão e RE (supinação) contra 
resistência. Dor com ou sem impotência 
funcional no sulco intertubercular (pode 
palpar). 
 
• Popeye: sinal da ruptura da cabeça longa 
do bíceps quando paciente o contrai. 
Cirurgia apenas por estética. 
 
Artrose acromioclavicular 
• Cross arm test. Dor na palpação do local 
da articulação acromioclavicular ao cruzar 
o braço a frente do corpo. 
 
Compressão vascular 
• Manobra de Adson. Face voltada para o 
MS. Inspira e prende enquanto 
examinador abduz palpando pulso radial. 
Diminuição pulso sugere compressão 
desfiladeiro torácico. Variação: Adson 
ao contrário – cabeça para lado oposto. 
 
Cotovelo 
Revisão Anatomia 
O cotovelo é uma articulação em dobradiça 
composto por 3 articulações: 
• úmero-ulnar; 
• úmero-radial; 
• rádio-ulnar. 
Avaliar a queixa como em todos os exames físicos. 
Excluir dor por radiculopatia cervical. 
Dor, questionário LINCIDEF. 
INSPEÇÃO LATERAL 
• Articulação subcutânea, de mais fácil 
inspeção; 
• Avaliar atrofias musculares e aumentos de 
volume; 
• Recesso infracondilar preenchido (abaixo 
epic. lateral) pode ser derrame articular, 
sinovite ou problemas com a cabeça do 
rádio; 
• Bursite olecroneana, fica muito mais 
evidente (pode ser por bursite inflamatória; 
queda, ou com também entrada de 
bactérias, necessitando de pulsão) 
 
Curiosidade: fat pad sign 
Derrame articular na cápsula desloca coxins 
gordurosos que ocupam a fossa do olecrano e do 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
coronoide. Ambos relacionados com fratura intra-
articular. (fratura oculta). 
• Em crianças sempre pede dois lados do 
raio x. 
• Mancha preta: sinal indireto de sangue na 
articulação que desloca os coxins 
gordurosos e provoca a mancha. 
Fratura mais comum na criança: supracondiliana 
de cotovelo. 
INSPEÇÃO ANTERIOR 
Ângulo de carregamento: medido com o 
cotovelo estendido em supinação do antebraço. 
• Normal: 10° de valgo nos homens e 13° 
nas mulheres. 
• Permite ao cotovelo adaptar-se 
intimamente à depressão da cintura, 
imediatamente acima da crista ilíaca. 
• A limitação de extensão do cotovelo não 
permite a avaliação correta do ângulo de 
carregamento. 
 
Cubitus valgo: por aumento anormal do ângulo 
de carregamento. Pode ocorrer por lesões fisárias 
secundárias a fratura do epicôndilo lateral. 
Cubitus varus: “deformidade em rifle”, ocorre 
diminuição do ângulo de carregamento (é a mais 
comum). Comumente visto em sequela de fratura 
supracondiliana na infância. 
Valgo afasta dalinha média, varo ao contrário. 
 
INSPEÇÃO POSTERIOR 
Normalmente se observa a ponta do olécrano. 
Podem ser vistos nódulos reumatóides, tofos 
gotosos, bursites, etc. 
Tofo gotoso: depósito extrarticular de ácido úrico. 
Geralmente em superfícies extensoras. 
 
INSPEÇÃO MEDIAL 
Poucas informações. 
Visível apenas epicôndilo medial; 
Nervo ulnar somente visto quando se desloca 
durante a flexão ou quando muito espessado 
como na Hanseníase. 
PALPAÇÃO ÓSSEA 
Crepitação: Pode ser causada por espessamento 
da sinóvia ou da bolsa olecraniana, por fraturas ou 
por osteoartrose. 
Cabeça do rádio: se o paciente é capaz de 
executar completamente a supinação e a 
pronação, 3/4 da cabeça do rádio serão palpáveis. 
Palpada em uma depressão abaixo da 
musculatura extensora do punho. 
Epicôndilos: Dor à palpação dos epicôndilos: 
lembrar epicondilites. 
• Epicondilite lateral (Cotovelo do tenista): 
entesopatia da origem comum dos 
extensores (muito mais comum!); 
• Epicondilite medial (Cotovelo do golfista): 
entesopatia da origem comum dos 
flexores. 
Entesopatia: doença da entese (região óssea de 
onde se insere um tendão de musculo ou 
ligamento). Cinta para diminuir tensão na origem. 
Palpação de tecidos moles 
Face posterior: 
• Bolsa olecraniana (bursite, nódulos 
reumatóides). 
• Músculo tríceps: biarticular. 
• Articulação úmero-ulnar. 
• Borda postero-medial do olécrano. 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
Face medial: 
• Grupo muscular: origem no epicôndilo 
medial: pronador redondo, flexor radial do 
carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo. 
• Nervo ulnar: sulco entre o epicôndilo 
medial e o processo olecraneano; 
(compressões por artrose, sinovites, ...); 
• Ligamento colateral medial: estabilizador 
do valgo, pesquisar dores. 
Importante: valgo testa ligamentos mediais e 
varo testa ligamento laterais. 
Face lateral: 
• Músculos extensores do punho: origem no 
epicôndilo lateral: braquiorradial, extensor 
radial longo do carpo, extensor radial curto 
do carpo; 
• Complexo ligamentar: ligamentos anular, 
colaterais radial e ulnar. 
Face anterior: 
Fossa cubital: espaço triangular, lateralmente 
margeada pelo braquiorradial e medialmente pelo 
pronador redondo. 
• A base do triângulo é formada por uma 
linha imaginária ligando os dois 
epicôndilos. 
• Conteúdo (de lateral para medial): nervo 
cutâneo lateral do antebraço, tendão do 
bíceps, artéria braquial, nervo mediano. 
ESTABILIDADE DO COTOVELO 
Ligamento medial (ulnar): resiste ao valgo 
Ligamento lateral (radial): é restritor ao varo; 
mais comum de lesionar. 
Ligamento colateral lateral: estabilidade 
posterolateral. 
Ligamento colateral medial: estabilidade 
posteromedial 
GRAU DE MOBILIDADE 
• Flexão: 140°; 
• Extensão: 0°; 
• Supinação: 80°; 
• Pronação: 80°; 
• Flexão e extensão: articulações úmero-
ulnar e úmero-radial; 
• Pronação e supinação: articulação rádio-
ulnar do cotovelo e punho. Déficit de 
supinação é pior que o de pronação; 
• Flexão/extensão e prono/supinação: 
manter o cotovelo rente à cintura, fixando 
o braço nesta posição; 
• O arco de flexo-extensão do cotovelo 
essencial para a realização das atividades 
diárias é de 30° de extensão e 130° de 
flexão; 
• Prono-supinação útil mínima é de 50° 
para cada lado; 
A pronação é um movimento mais necessário do 
que a supinação (para se alimentar e escrever), 
porém sua perda poderá ser compensada pela 
abdução do ombro. 
Por outro lado, a limitação da supinação poderá 
comprometer a realização da higiene pessoal e a 
abertura de portas. Movimentos do ombro não 
compensam a limitação da supinação. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Testes musculares 
Flexão: 
• Braquial= nervo musculocutâneo. Principal 
responsável pela flexão. 
• Bíceps= nervo musculocutâneo (quando 
antebraço em supinação). 
Flexores secundários: 
• Braquiorradial= nervo radial. 
• Pronador redondo= nervo mediano. 
• Flexor ulnar do carpo= nervo ulnar. 
Extensão: 
• Extensores primários: tríceps= nervo 
radial. 
• Extensores secundários: anconeu= nervo 
radial. 
Supinação: 
Supinadores primários 
• Bíceps= nervo musculocutâneo. O 
principal responsável pela supinação. 
• Supinador= nervo radial. 
Supinadores secundários: braquiorradial= nervo 
radial. 
Pronação: 
Pronadores primários: 
• Pronador redondo= mediano. 
• Pronador quadrado= mediano (int. 
anterior). 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
Pronador secundário: flexor radial do carpo= 
mediano. 
Exame dos reflexos 
Reflexo bicipital - C5: 
• Sem resposta: lesão neurológica ao nível 
de C5, em qualquer ponto desde a raiz até 
sua inserção no músculo bíceps. 
• Resposta aumentada: traduz uma lesão de 
neurônio motor superior (AVCs, 
mielopatia). 
• Resposta diminuída: lesão baixa, a nível 
de neurônio motor inferior (danos nervosos 
periféricos secundários a hérnia discal 
cervical). 
 
Observar que o cérebro exerce ação inibitória ou 
reguladora sobre o reflexo mais baixo do neurônio 
motor, impedindo sua hiperatividade. 
Reflexo braquiorradial - C6 
 
Reflexo tricipital - C7 
 
Todos esses são reflexos tendinosos profundos, 
reflexos de neurônios motores inferiores, 
transmitidos à medula, às células do corno 
anterior, e que retornam aos músculos via nervos 
periféricos. 
 
Teste especiais 
Epicondilite lateral: a extensão ou supinação 
resistidas exacerbam a dor. 
Teste de Cozen: dorsiflexão do punho contra 
resistência com o cotovelo fletido 90° e o 
antebraço em pronação. 
 
Epicondilite medial: flexão de punho contra 
resistência. 
 
Síndrome do túnel cubital: percussão do nervo 
no túnel cubital (“Tinel”), com parestesia no 
território de inervação. 
 
Mão 
Revisão 
Pregas cutâneas, são consequência de 
movimentos fisiológicos. 
• Prega distal: Flexão metacarpofalângica; 
• Prega média: Flexão metacarpofalângica; 
• Prega proximal: Oponência trapézio, 
Metacárpica. 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Repouso: mão com articulação MTF e IF com 
flexão progressivamente maior do indicador para 
o dedo mínimo. 
Dorso da mão: observar saliências formadas 
pelas cabeças dos metacarpos, sendo a do 
terceiro dedo a mais saliente. 
Região palmar: pele mais grossa e aderida aos 
planos profundos. 
Tumores: 
• Os tumores mais frequentes da mão são 
os de partes moles e correspondem aos 
cistos sinoviais. 
• O tumor ósseo mais frequente na mão é o 
encondroma. 
• Tumores malignos são raros. 
 
Cisto sinovial: herniação da cápsula, líquido 
sinovial sai e acaba acumulando no tendão. 
Aparência de geleia. É mais comum dorsal do 
punho. 
Opera-se em caso de dor, esteticamente, ou em 
caso de compressão de estruturas 
neurovasculares. 
Volares (região anterior do punho) tem taxa de 
recidiva de 10%. 
 
PALPAÇÃO DE PARTES MOLES 
Palpação Dorsal 
Túneis do dorso do punho 
• Primeiro: abdutor longo e extensor curto do 
polegar. 
• Segundo: assoalho da tabaqueira. 
Extensor radial curto e longo do carpo. 
• Terceiro: extensor longo do polegar que 
passa pelo tubérculo de Lister e se 
direciona ao polegar, forma a tabaqueira 
anatômica junto com o compartimento 1. 
Retináculo: estrutura fibrosa que serve como uma 
polia para os tendões. Tem função de segurar o 
tendão do músculo, próximo as articulações. 
Para não ter atrito direto com o tendão, tem a 
bainha sinovial (sinovite mais certo que tendinite). 
Face volar do antebraço 
 
Lacertus fibrosus= aponeurose bicepital 
Palpação Ventral 
Pinça digital entre os dedos mínimo e polegar. 
Palmar longo: ausência em 5-15%da população. 
Túnel do carpo 
Túnel osteofibroso revestido por sinóvia. 9 
tendões. 
Delimitado por 4 proeminências ósseas: 
• Proximal: pisiforme e tubérculo do 
escafoide. 
• Distal: hámulo do hamato e pelo tubérculo 
do trapézio. 
• Teto: ligamento transverso do carpo 
(retináculo dos flexores). 
• Assoalho: ossos do carpo, cápsula e 
ligamentos volares. 
Conteúdo: nervo mediano, 4 tendões flexores 
superficiais e 4 profundos dos dedos e 1 flexor 
longo do polegar. 
Síndrome do túnel do carpo: hipoestesia na região 
do nervo mediano, e hipotrofia na eminência tênar. 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
Parte fibrosa: ligamento carpal transverso. 
Tenossinovite com espessamento dos 
tendões: nervo mediano sofre compressão. 
• Parestesia no território inervado por ele 
(polegar, 2, 3 e metade do 4 dedo). 
• Cisto sinovial também pode ocupar o 
espaço e comprimir esse nervo. 
• Muito comum na gestação, devido a 
retenção de liquído, o que geralmente se 
resolve após a gestação. 
• Perda motora da musculatura tenar 
(dificuldade na prensa). 
• Síndrome crônica: atrofia. 
• Corta um ligamento, já libera a 
compressão desse túnel. (Cortes sempre 
seguindo as linhas cutâneas). 
 
Osso sesamoide, é redirecionador de força. 
Pisiforme é sesamoide do flexor ulnar do carpo. 
Dedo em gatilho 
Quando a primeira polia arciforme (A1) torna-se 
estreita para passagem dos tendões flexores. 
Pela dificuldade do tendão em entrar no túnel 
osteofibroso, forma-se um pseudonódulo no 
tendão. 
Serie de polias, arciformes (na diáfise) e 
cruciformes (nas articulações). 
Tendão com atrito na A1, gera espessamento do 
tendão e polia, causando nodulação. Atrito leva a 
hipertrofia. 
Espessamento da polia passa o tendão e não 
retorna. 
Forma congênita em crianças quase sempre no 
polegar. Mais comum no 4 dedo, o que não é 
congênito. 
Incisão de polia para resolver o problema. 
 
Aumento de volume articular 
IFP: nódulo de Bouchart= por sinovite secundária 
à AR. 
IFD: nódulo de Heberden= por osteoartrose. 
Artrose ou artrite psuriática (na distal). 
Artrite reumatoide: poupa a interfalana distal. 
PALPAÇÃO DE PARTES ÓSSEAS 
Tabaqueira anatômica 
Importante no exame físico de suspeita de fratura 
do escafoide. 
Limites: tendões do 1º e 3º compartimentos. 
20% de fraturas de escafoide não aparece no raio-
x. 
Investiga-se com ressonância. No sus, coloca uma 
tala e pede retorno em 15 dias. 
Osso com baixa irrigação: alto índice de 
osteonecrose. 
Palpar o fundo da tabaqueira para descartar 
fratura. 
*Pseudoartrose: osso não consolida. Estado 
avançado de não uniam. Pode ter diferenciação do 
músculo ao redor, com formação de capsula 
articular, com liquido sinovial, e para de doer. 
Complexo ulnocarpal 
Sabe-se que a ulna não se articula 
verdadeiramente com o carpo, encontrando-se 
nessa região, entre a extremidade da ulna e o 
carpo, encontramos estruturas que formam o 
complexo ulnocarpal: 
• Fibrocartilagem triangular (menisco do 
punho, principal causa de dor na região 
ulnar no punho; 
• Ligamentos ulnocárpicos. 
Canal de Guyon: 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
• Teto: ligamento Piso-hamato; 
• Limite lateral: hamato; 
• Limite medial: pisiforme; 
• Conteúdo: nervo e artéria ulnar. 
Entre hâmulo do hamato e psiforme: ligamento. 
Síndrome do canal de Guyon: compressão 
do nervo ulnar. Ciclistas com apoio constante. 
Perda de abdução e adução (interósseos). 
 
DEFORMIDADES ESPECÍFICAS 
Dedo em martelo 
Ocorre por lesão do tendão extensor terminal em 
sua inserção na falange distal, levando a 
incapacidade de estender a IFD. 
Causa: flexão súbita da falange distal. 
Tratamento com tala por 6 semanas e não pode 
tirar em nenhum momento. 
Dedo em botoeira 
Ocorre por lesão do tendão extensor central em 
sua inserção na base da falange média. A 
incapacidade de extensão da IFP provoca a flexão 
dessa articulação. 
Comum em artrite reumatoide. 
As bandas laterais, por perderem seus elementos 
de contensão deslocam-se ventralmente, como se 
fosse a casa de um botão, que seria a articulação 
IFP. 
 
Deformidade em pescoço de cisne 
Deformidade em extensão da IFP com flexão da 
IFD. Envolve várias lesões. várias lesões. 
Associada a artrite reumatoide, por lesão dos 
elementos contensores do aparelho extensor. 
Pode ser lesão secundaria ao dedo em martelo, 
em razão de toda força se concentrar na IFP. 
 
MOVIMENTAÇÃO PASSIVA 
Prono-supinação 
• Cotovelo em 90 graus e junto ao corpo, 
para neutralizar rotação do ombro; 
• Pronação: 80 graus; 
• Supinação: 90 graus. 
Punho 
Duas articulações: radiocárpica e médiocárpica. 
Na extensão a mediocárpica contribui com 66% do 
movimento. Na flexão a radiocárpica é 
responsável por 60% do movimento. 
• Flexão: 80 graus; 
• Extensão: 80 graus; 
• Desvio ulnar: 30 graus; 
• Desvio radial: 30 graus. 
 
Dedos 
• Abdução digital: 4 Interósseos dorsais; 
Abdutor quinto dedo; 
• Adução digital. 3 Interósseos palmares. 
Ambos os movimentos: inervação ulnar. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Avalia-se a integridade do SNC e periférico pelo 
estudo da força muscular no exame da 
movimentação ativa e da sensibilidade e dos 
reflexos. 
Extensão dos dedos 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
 
Todos os extensores são radiais. Comum lesão 
em fratura do úmero. 
Teste: estabilizar o punho, e pede-se ao paciente 
que estenda as articulações metacarpofalângeas 
contra resistência no dorso da falange proximal. 
Extensor do polegar 
• Nervo radial; 
• Extensor longo do polegar: extensão da 
articulação interfalângica; 
• Extensor curto do polegar: extensão da 
metacarpofalangena. 
 
Flexão dos dedos 
• Flexor superficial dos dedos: n. mediano; 
• Flexor profundo dos dedos: 2° e 3° dedos -
> n. mediano. 4° e 5° dedos -> n. ulnar. 
Realiza-se testes separados para os superficiais e 
profundos. 
Importante, pois muito frequente na emergência. 
O flexor profundo se comporta como um sincício 
(massa muscular única), e ao bloquear um dedo, 
impedimos a ação do músculo para os outros 
dedos. Assim, ao pedir para o paciente fletir o 
dedo, somente o flexor superficial irá agir fletindo 
a IFP 
Bloqueando a IFP em extensão e pedindo ao 
paciente para fletir o dedo, apenas o flexor 
profundo irá agir fletindo a IFD. 
 
Flexão do polegar 
• Flexor longo do polegar age fletindo a 
interfalangeana= nervo mediano. 
• Flexor curto do polegar age fletindo a 
metacarpofalangena. Superficial= nervo 
mediano; Profundo= nervo ulnar. 
Teste geral para os nervos 
• Nervo mediano: Fazer “OK”. Para fazer 
isso precisa ter flexor profundo do 
indicador e flexor longo do polegar. 
• Nervo ulnar: fazer “TESOURA”. Precisa 
abdução e adução dos dedos. 
• Nervo radial: fazer “JÓIA”. Extensor do 
polegar. 
Sensibilidade 
• Radial (rosa); 
• Mediano (azul); 
• Ulnar (amarelo). 
 
Testes especiais 
Teste de Allen 
Objetivo: avaliar a permeabilidade das artérias 
radial e ulnar. 
Pede-se ao paciente para abrir e fechar a mão 
vária vezes, com vigor e rapidez, enquanto o 
examinador comprime a artéria radial e ulnar na 
região do punho. 
Com os vasos comprimidos, pede-se para o 
paciente abrir a mão e, então, libera-se uma das 
artérias mantendo a outra pressionada. 
O exame da perfusão da mão indicará se a artéria 
examinada está ocluída ou permeável. 
A seguir, procede-se o exame para outra artéria. 
Teste de Tinel – STC (síndrome do túnel do 
carpo). 
Percussão suave de um trajeto nervoso. Positivo 
se choque no trajeto distal. 
 
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Teste de Phalen – STC 
Avalia síndrome do túnel do carpo. Flexão máxima 
dos punhos por 1 minuto. Positivo se dormência 
no território do mediano (principalmente 3° dedo). 
Phalen invertido: extensão máxima. 
 
Teste de Durkan 
Teste mais sensível e específico para STC. 
Compressão por 30s. 
 
Teste de Finkelstein 
Avalia tenossinovite do 1° compartimento dorsal 
(abdutor longo e extensor curto do polegar) De 
Quervain. Polegar aduzido e fletido. Positivo se 
dor na estilóide radial ao desvio ulnar passivo do 
punho. 
 
 
Tornozelo e Pé 
Objetivo 
Localização das estruturas anatômicas envolvidas 
na gênese da dor. 
Pedir ao paciente para apontar o local da dor. 
Observar terminologias adequadas. 
Conhecimento da anatomia e do funcionamento. 
Inversão (torcer para dentro): Lesiona lateral. 
Eversão (torcer para fora): Lesiona medial. 
Torcer apenas rotacional: Lesão da sindesmose 
(entre tíbia e fíbula). 
ANATOMIA DA SUPERFÍCIE 
Fáscia plantar avulsiona o 5º metatarsal. 
Ruptura do tendão de Aquiles geralmente na parte 
média mais hipovascularizada. 
Fáscia plantar: parte principal e banda lateral que 
é responsável pela quebra do 5º metatarsal. 
Cabeças do metatarso podem estar doendo a 
palpação. 
EXAME FÍSICO 
Exame do pé sem carga 
• Paciente sentado sobre a mesa; 
• Pernas pendentes; 
• Examinador em um banco ou escada da 
mesa; 
• Pé vai estar com leve equinismo e ligeira 
inversão; 
• Pode usar posição prona; 
• Lembrar de seguir a sequência lógica: 
inspeção; palpação; manipulação. 
Exame das estruturas de superfície 
Tegumento (dorsal e plantar): 
• Pele; 
• Tecido celular subcutâneo; 
• Fáscias profundas adjacentes: 
Espessamento e Umidade normal; 
Coloração geral e Pigmentações; 
Condições vasculares (varicosidades) e 
Tróficas (úlceras); Edemas e Temperatura; 
Calos e Verrugas. 
Sensibilidade cutânea: raízes de L4, L5 e S1. 
 
Reflexo Aquileu: S1. 
Suprimento sanguíneo: 
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• Palpação dos pulsos (artéria pediosa e 
tibial posterior - retromaleolar); 
• Perfusão dos tecidos; 
• Qualidade e vitalidade dos tecidos. 
 
Anexos 
• Descrição das unhas e região periungueal; 
• Distribuição dos pelos. 
Exame das estruturas profundas 
Tornozelo: 
• ADM; 
• Palpação; 
• Posição e torção dos maléolos; 
• Eixo da perna e tornozelo e pé. 
 
Tendinopatia: 
• Em cima – tendinopatia não insercional do 
calcâneo. 
• Em baixo – tendinopatia insercional. 
• Pode estar associada a deformidade de 
Haglund (causa hipertrofia da Bursa). 
 
Fascite plantar: 
• Paciente sente dor na primeira pisada. 
• Alivia com movimento constante. 
• Tratamento com alongamento da fáscia, 
pois ela está encurtada. 
• Elevação da parte de trás do pé ajuda. 
• Calcificação da origem do flexor dos 
dedos- principal causa de esporão (melhor 
fazer USG) 
• Corticoide no tendão leva a degeneração a 
longo prazo. 
 
Deformidades nos dedos 
• Joanete pode predispor a dedo em garra 
por compensação. 
• Rx ortopédico AP + Perfil com carga. 
• Rx de trauma AP+ Obliquo. 
 
EXAME DO PÉ COM CARGA 
Observação do paciente em ortostáse e, depois, 
deambulando. 
 
Teste de Thompson 
Avalia a integridade do tríceps sural 
• Decúbito ventral e joelho com 90°; 
• Compressão na panturrilha (na transição 
musculotendínea de preferência); 
• Normal= encurtamento da massa muscular 
e movimentação do tendão; 
• Ruptura= nenhum movimento é 
observado. 
 
 
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Teste da gaveta anterior do tornozelo 
• Avalia integridade do fibulotalar anterior + 
cápsula articular ântero-lateral; 
• Uma mão segura a tíbia a outra envolve o 
calcanhar; 
• Força anterior; 
• Se lesão, haverá deslocamento anterior do 
talo no interior da pinça bimaleolar; 
• Surge zona de depressão na face antero 
lateral do tornozelo (sinal do vácuo); 
• Depende da avaliação contralateral para 
interpretação correta. 
Teste do estresse em varo do tornozelo 
• Testar a integridade do ligamento 
fibulocalcâneo e da cápsula lateral do 
tornozelo; 
• Uma mão fixa a extremidade distal da 
perna; 
• A outra faz força varizante no calcanhar; 
• Depende da avaliação contralateral para 
interpretação correta. 
 
Teste do estresse em valgo do tornozelo 
• Testar integridade do ligamento deltóide; 
• Ruptura do ligamento sem fratura é raro; 
• Uma mão aplica força valgizante no 
calcanhar; 
• A outra segura a perna; 
• Positivo se excursão exagerada em valgo. 
Mas é difícil de comprovar positividade 
mesmo com radioscopia. 
 
Teste da gaveta posterior da fíbula 
• Testar a integridade dos ligamentos da 
sindesmose tibiofibular distal; 
• Uma mão segura o tornozelo; 
• Polegar da outra mão aplica força para 
deslocar posteriormente a fíbula; 
• Se lesão dos ligamentos tibiofibulares 
distais. Dor viva na região correspondente 
à articular. Fíbula desloca levemente para 
trás. 
 
Manobra da hiperextensão do tornozelo e dos 
artelhos 
• Usada para distender a fáscia plantar 
tornando-a mais superficial e plapável em 
toda sua extensão; 
• Com uma mão apreende os artelhos e 
produz sua extensão máxima, ao mesmo 
tempo que produz dorsiflexão máxima do 
tornozelo; 
• Dor aguda nos quadros inflamatórios. 
Sinal dos “muitos dedos” 
• Indica presença de deformidade em 
abdução do antepé; 
• Se relaciona com a pronação do retropé 
em virtude da insuficiência do tibial 
posterior; 
• Positivo se mais de um artelho na visão 
posterior. 
Teste da compressão látero-lateral do antepé 
• Detecção de processos inflamatórios e 
expansivos dos espaços intermetatarsais; 
• Aplica-se força de compressão nas 
cabeças dos metatarsos para aproximá-
las; 
• Pode ser potencializada com a pressão 
plantar na região de interesse; 
• Sinal de Mulder → dor + estalido 
característico (clique) + ressalto doloroso 
devido a movimentação brusca do 
neuroma no espaço entre as cabeças dos 
metatarsos. 
 
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Neuroma de Morton: entre 3° e 4° dedo. Dor, 
parestesia na região interna desses dois dedos. 
 
Joelho 
Ligamentos 
• Ligamento cruzado anterior: estabilidade 
anterior; 
• Ligamento cruzado posterior: estabilidade 
posterior; 
• Ligamento côndilo medial: estabilidade em 
valgo; 
• Ligamento côndilo lateral: estabilidade em 
varo. 
Meniscos 
 
 
Dor femoropatelar 
Joelho tem compartimento medial, lateral e 
articulação femoropatelar. Dor na interface do 
fêmur e da patela. 
Patela se articula com a Tróclea. 
Condromalácia: sobrecarga na patela que leva a 
alterações degenerativas na cartilagem. 
Cartilagem do joelho: mais grossa do corpo 
(suporta muita tensão). 
 
Instabilidade femoropatelar 
Luxação da patela é diferente da luxação do 
joelho. 
Geralmente luxa para lateral (joelho fisiológico 
tem um certo grau de valgo- 5 a 7 graus). 
 
INSPEÇÃO 
Avaliar paciente em pé: frente e perfil; andando 
frente e de costas. 
• Alinhamento (varo/valgo, torcional) ; 
• Atrofias (comum no pós-operatório); 
• Derrame articular; 
• Equimoses, cicatrizes; 
• Recurvato X flexo; 
• Flambagem; 
• Trofismo muscular; 
• Osgood-Schlatter. 
Varo X Valgo 
 
Recurvo X Flexo 
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Recurvato com hiperextensão. 
Arco de movimentos 
Observar arcos de movimentos, sempre 
comparando com o joelho contralateral. 
Flexo: deficiência. 
• Flexo \ extensão: 5° a 140°. 
• Rotação lateral \ Rotaçãomedial: 10°. 
• Translação anterior \ posterior: 2mm. 
• Varo \ valgo: 5mm. 
Durante a marcha, avaliar claudicação e 
flambagem. 
Claudicação: distúrbio da marcha. “Mancar”. Mais 
comum é a antálgica, paciente não deixa soltar o 
peso na perna que sente dor. 
Flambagem: insuficiência de ligamento. Joelho 
“chaqualha” durante pisa. 
 
Trofismo Muscular 
 
Desuso, comum no pós-operatório. 
Se existente, deve ser mensurada na coxa e na 
perna. Com o joelho em extensão total, usa-se 
como referência a patela ou a interlinha articular, 
sempre comparando com o lado contralateral. 
Ex: circunferência da coxa 10cm acima do polo 
superior da patela. 
Quando quadríceps contrai, a patela sobe e anda 
lateralmente. Ligamento segura 
Tendência de luxar lateralmente 
PALPAÇÃO 
Essencialmente, palpamos: 
• Tubérculo de Gerdy; 
• Cabeça da fíbula; 
• Epicôndilos femorais; 
• Facetas M e L da patela; 
• Polo sup e inf da patela; 
• Tuberosidade tibial; 
• Interlinhas articulares. 
Atrofia muscular: se existente, deve ser 
mensurada tanto na coxa como na perna. Com o 
joelho em extensão total, usa-se como referência 
a patela ou a interlinha articular, sempre 
comparando com o lado contralateral. (Ex: 
circunferência da coxa 10cm acima do polo 
superior da patela.). 
 
Normal do crescimento 
Cisto de Baker 
Cápsula articular com comunicação com a bursa. 
Processo intra-articular -> aumento da produção 
de líquido sinovial -> extravasamento e formação 
do cisto benigno. Não é necessária cirurgia. 
 
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Derrame articular 
Após trauma, sugere hemartrose e caracteriza 
lesão grave (geralmente, aumento de volume 
rápido). 
Derrames que aparecem tardiamente sugerem 
sinovite reacional. 
Pode ser graduado fazendo-se a simples 
compressão da região suprapatelar: 
• Grau 1 - Ausência de líquido; 
• Grau 2 - Discreta elevação da patela; 
• Grau 3 - Presença de rechaço patelar; 
• Grau 4 - Derrame articular intenso,a patela 
não toca a tróclea à compressão. 
Sinal da tecla= patela afunda. 
Pulsão de tratamento é feita na parte superior da 
capsula. 
 
TESTES ESPECIAIS 
Ligamentos 
• LCA: Lachman; gaveta anterior. 
• LCP: gaveta posterior; Godfrey. 
• LCM: teste em valgo. 
• LCL: teste em varo. 
Meniscos 
• Smille: dor na interlinha. 
• Steimann: sentado, roda interno e externo. 
• Appley: decúbito ventral, igual, mas 
“aplicando” força. 
Patelofemoral 
Teste da compressão patelar. 
Palpação da patela + compressão sobre o sulco 
femoral → contração concomitante do quadríceps. 
A dor e a crepitação refletem 
condromalácia/artrose patelofemoral. 
A dor localizada nos polos proximal e distal 
representa processos inflamatórios do tendão 
quadricipital e do tendão patelar, respectivamente, 
e é característica das tendinites ou entesites 
locais. 
 
AVALIAÇÃO LIGAMENTAR 
Ligamentos Colaterais 
Entorse de primeiro grau: lesão de um número 
mínimo de fibras do ligamento, com aumento da 
sensibilidade local, mas não apresenta 
instabilidade. Abertura de 5 mm ou menos 
(apenas estiramento do ligamento, raramente é 
cirúrgico). 
Entorse de segundo grau: lesão de um número 
maior de fibras ligamentares, com maior limitação 
de função e sensibilidade aumentada e uma leve 
ou moderada instabilidade. Abertura de 5 a 10 
mm. 
Entorse de terceiro grau: ruptura total do ligamento 
e uma grave instabilidade presente. Abertura de 
10 mm ou mais. 
Maioria dos casos, lesão do colateral medial 
cicatriza sozinha. 
Teste em Valgo- Ligamento Colateral Medial 
Decúbito dorsal, paciente relaxado e o quadril a 0 
graus de extensão, com a coxa apoiada na mesa. 
Realizada em extensão máxima do joelho, em 0 a 
30 graus. 
Uma das mãos segurando o pé ou tornozelo e 
outra apoiada na face lateral do joelho. 
 
Teste em Varo- Ligamento Colateral Lateral 
Mesma posição do teste em valgo, mas apoiando 
uma das mãos na face medial do joelho 
Realizado em extensão, 0 a 30 graus. 
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Esse teste também poderá ser classificado, como 
no anterior, em leve, moderado e grave. 
 
Ligamentos Cruzados 
Ligamento Cruzado Anterior 
• Manobra da Gaveta Anterior: joelho em 90 
graus de flexão e as duas mãos segurando 
a parte posterior tibial com os polegares ao 
nível da tuberosidade tibial, sendo 
realizada uma força anterior, tracionando a 
tíbia para a frente. 
 
• Manobra de Lachman: o examinador 
estabiliza o joelho com leve grau de flexão 
(30 graus), com uma mão no fêmur (logo 
acima da patela) e a outra na tíbia (na 
região da tuberosidade tibial), 
excursionando-a anteriormente. Gradua-
se igualmente a gaveta anterior. É 
considerado o teste mais sensível para 
lesão no LCA. Positivo quando não sente 
resistência (parada mole). 
 
Ligamento Cruzado Posterior 
• Teste da Gaveta Posterior: O joelho é 
flexionado em torno de 90 graus e o quadril 
fletido a 45 graus. O pé fica apoiado pelo 
quadril do examinador, sendo que este faz 
força no sentido posterior para testar a 
integralidade do LCP. 
 
• Teste de Godfrey: o paciente é examinado 
em posição supina, com ambos os joelhos 
e quadris a 90 graus de flexão e os 
calcanhares apoiados pela mão do 
examinador. Se observa a queda posterior 
da tíbia em relação ao joelho contralateral 
 
MENISCOS 
Todas as manobras, com exceção daquelas que 
palpam a periferia dos meniscos (manobra de 
Smillie), tem como princípio básico a “rotação da 
perna sobre o fêmur”. 
• Rotação interna da perna o corno posterior 
do menisco lateral é comprimido. 
• Rotação externa da perna o corno 
posterior do menisco medial é comprimido. 
Essas rotações determinam o pinçamento da área 
lesada ou o deslocamento de um fragmento solto 
do menismo. 
Lesão é mais comum no corpo e corno posterior. 
Difícil a palpação. 
Sinal de Smille 
A dor a palpação da interlinha correspondente é o 
sinal de Smillie para a lesão meniscal. 
Dor interlinha lateral: lesão menisco lateral. 
Dor interlinha medial: lesão menisco medial. 
 
Manobra de Steinmann 
Com o paciente sentado sobre a mesa, com os 
joelhos fletidos em 90 graus e pendentes, faz-se a 
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Flávia Sanagiotto Ross Medicina UNOESC - TXXXV 
 
rotação interna e externa da perna, segurando 
pelo pé. 
A presença de dor ou estalido junto a interlinha 
articular é sinal de lesão do menisco 
correspondente. 
 
Manobra de Apley 
Considerado como uma modificação da manobra 
de Steinmann. 
Paciente em decúbito ventral, aplica-se (“apley”) 
força de compressão sobre o menisco, com as 
rotações da perna sobre o fêmur. 
As lesões meniscais são caracterizadas pela 
presença de dor ou estalidos junto às interlinhas 
articulares durante a fase de compressão do teste. 
A contra-prova da positividade do teste faz-se 
quando se repete a manobra aplicando força de 
distração, quando a dor desaparece ou diminui de 
intensidade. 
Maior sensibilidade. 
 
AVALIAÇÃO FEMOROPATELAR 
Teste de compressão 
Palpação da patela + compressão sobre o sulco 
femoral. Contração concomitante do quadríceps. 
A dor e a crepitação refletem condromalácia/ 
artrose patelofemoral. 
 
Pernas estendidas, relaxadas e em posição 
neutra. Empurra-se a patela distalmente, no 
interior do sulco troclear e solicita contração de 
quadríceps. Positivo: condromalácia. 
Teste de apreensão 
Paciente deitado em decúbito dorsal horizontal na 
mesa de exame, com o joelho fletido a 30º sobre 
a coxa do examinador e com o quadríceps 
relaxado. 
O examinador desloca a patela lateralmente a 
partir de uma pressão na borda medial. Se 
“apreensão”do examinado, sugestivo de 
instabilidade femoropatelar. 
 
Quadril 
Quadril é apenas a articulação entre pelve e 
fêmur. 
Cabeça do fêmur dentro do acetábulo, mostra um 
quadro de artrose -> redução do espaço articular -
> formação de osteófitos. 
Labrum acetabular: estrutura fibrocartilaginosa 
(semelhante ao menisco) que circunda a 
cartilagem hialina ao redor do perímetro do 
acetábulo, exceto em uma área ao redor da 
fossa acetabular. Aumenta e estabiliza a 
cavidade, de onde sai a capsula articular do 
quadril. 
Fratura de colo (dentro da cápsula) maiores 
chances de pseudoartrose. 
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Glúteo médio: função de abdução que mantém a 
perna estável enquanto está o apoio está em uma 
perna só. 
Anamnese 
• Características epidemiológicas, início e 
duração da dor; 
• Estalido; 
• Ressaltos. 
Ressalto 
• Interno: iliopssoas contra parede anterior 
do acetábulo e cabeça do fêmur. 
• Externo: banda ilitibial contra o trocanter 
maior. 
 
O ressalto lateral do quadril, também chamado de 
ressalto ou estalido da banda iliotibial (BIT), deve-
se ao atrito da borda posterior desta ou da borda 
anterior do músculo glúteo máximo sobre a face 
lateral do grande trocanter durante movimentos do 
quadril, principalmente flexão e extensão. 
Apesar dessa passagem da BIT pelo grande 
trocanter ser fisiológica, nos casos de aumento da 
tensão lateral pode ocorrer o ressalto, que por 
vezes torna-se um quadro inflamatório e doloroso, 
com irradiação para a face lateral da coxa ou para 
a região glútea ipsilateral. 
Pacientes com ressaltos sintomáticos são quase 
sempre jovens e ativos fisicamente. O ressalto 
pode ser voluntário ou involuntário e palpável e/ou 
audível e por vezes é visível. 
O ressalto deve ser diferenciado de causas intra-
articulares de estalido no quadril, como corpos 
livres, osteocondromatose sinovial e lesão do 
labrum acetabular. 
Radiografia simples da articulação coxofemoral é, 
geralmente normal. Exames como a 
ultrassonografia e a ressonância magnética são 
úteis no diagnóstico diferencial. 
Localização da dor 
• Coluna lombar e sacroilíaca: espinha ilíaca 
posterossuperior e nádegas; 
• Peritrocantérica: lateral do quadril; 
• Intra-articular: dor em região inguinal, 
“sinal C“. 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção; 
• Palpação; 
• Mobilidade; 
• Testes específicos. 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA (MARCHA) 
Visões anterior, posterior e lateral: alterações 
de pele, trofismo muscular, contraturas, desvios 
posturais. 
Marcha antálgica: diminuição da fase de apoio no 
lado acometido, com elevação do lado acometido. 
Sinal de Trendelenburg: perna cai para o lado 
contrário da lesão do glúteo médio. 
 
Abdutor magno: impede que o quadril caia 
PALPAÇÃO 
Face anterior 
• Crista e tubérculo ilíaco. 
• Espinha ilíaca anterossuperior. 
• Tubérculo púbico e sínfise púbica. 
• Trígono femoral. 
 
Face lateral 
• Trocanter maior. 
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• Inserções musculares. 
• Bursa trocantérica. 
• Aponeurose do trato iliotibial. 
 
Face posterior 
Decúbito lateral, quadril em flexão. 
• Crista ilíaca posterior. 
• Espinha ilíaca posterossuperior. 
• Tuberosidade isquiática. 
• Nervo ciático. 
• Articulação sacroilíaca. 
 
Face medial 
Músculo adutor longo. 
 
MOBILIDADE 
Flexão 
Decúbito dorsal, fletir o quadril até a coxa se 
aproximar do tronco. 
Movimento passivo ou ativo. 
ADM: 0-130 graus. 
Principal Iliopssoas e segundo quadríceps – flexor 
do quadril. 
 
Extensão 
ADM: 0-30 graus. 
Movimento passivo ou ativo. 
 
Abdução 
Decúbito dorsal 
Uma das mãos estabiliza a pelve e a outra abduz 
o membro. 
Movimento passivo ou ativo. 
ADM: 0 a 45 graus. 
Adução 
Decúbito dorsal 
Tornozelo cruza a linha média com o membro 
contralateral elevado. 
Movimento passivo ou ativo. 
ADM: 0 a 30 graus. 
 
Rotação interna 
Decúbito dorsal. 
Examinador segura o tornozelo e promove flexão 
e rotação interna do membro. 
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ADM: 0 a 30 graus. 
 
Rotação externa 
Decúbito dorsal. 
Examinador segura o tornozelo e promove a 
flexão e rotação externa do membro. 
ADM: 0 a 45 graus. 
 
TESTES ESPECIAIS 
Teste de Tredelenburg- teste de insuficiência 
do glúteo médio. 
Examinador: atrás do paciente. 
Manobra: apoio unilateral no quadril a ser 
examinado por mais de um minuto (extinguir a 
ação do quadrado da coxa). 
Positivo: inclinação da pelve (> 2 cm), com 
elevação no lado testado. 
 
 
 
Teste do impacto anterior (faduri) 
Flexão, Adução e Rotação Interna 
Manobra: decúbito dorsal. Flexão do quadril 90 
graus, adução ultrapassando a linha média e 
rotação interna máxima. 
Positivo: limitação ou dor à rotação interna 
máxima. 
Se dor: sugestivo do IFA (impacto 
femoroacetabular) 
Acetábulo com hipercobertura – Pincer 
Cam- colo do fêmur é maior – principal indicação 
de cirurgia por vídeo de quadril. 
Misto – as duas alterações anatômicas. 
 
Bursite Trocantérica 
Síndrome dolorosa do trocanter maior. 
Dor mais comum do quadril na região lateral. 
Tendinopatia associada a bursite -> síndrome 
dolorosa. 
Teste de Patrick (fabere)- Articulação do 
quadril ipisilateal e sacroilíaca contralateral 
Flexão, Abdução e Rotação Externa 
Manobra: decúbito dorsal, com membro em flexão, 
abdução e rotação externa. Examinador exerce 
força sobre o membro e sobre a sacroilíaca 
oposta. 
Positivo: dor posterior (sacroilíaca) ou dor em 
virilha ipsilateral (quadril). 
Recomenda não fazer mais pressão nesse lado, 
dormir para o outro lado, com travesseiro entre as 
pernas de preferência para não tensionar o trato 
iliotibial.

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