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Introdução ao diagnóstico por imagem e Tipos de Fraturas

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Introdução ao Diagnóstico por Imagem
e Tipos de Fraturas
Anna Carolina
AULA 1� Introdução ao Diagnóstico por Imagem;
03-09-2022
- Existem várias técnicas e procedimentos para gerar
imagens do corpo humano. Diversos tipos de imagem
possibilitam a visualização de estruturas no interior do
nosso corpo, e são cada vez mais úteis para o diagnóstico
preciso de um amplo espectro de distúrbios anatômicos e
fisiológicos.
Mecanismo para formação das imagens
- Radiologia Convencional e Tomografia Computadorizada
usam radiação ionizante criada a partir de equipamentos de
raios X, (Radiação ionizante é aquela que tem energia
suficiente para remover elétrons dos átomos, criando então
os íons);
- Medicina Nuclear usa radiação ionizante emitida por
fármacos injetáveis ou orais;
- USG (ultrassonografia) usa ondas sonoras;
- RMN (ressonância magnética nuclear) usa ondas
magnéticas.
Radiografia Convencional
- A Radiografia convencional faz referência às radiografias
simples geradas quando um filme de raio X é exposto à
radiação ionizante e desenvolvido por processo
fotoquímico.
- Ainda é o método de diagnóstico por imagem mais
utilizado na avaliação das doenças torácicas, das mamas,
dos ossos, do abdômen e nos traumatismos.
- Conta com o contraste natural e físico baseado na
densidade da matéria
na qual o raio X
passará:
• Gases - imagens
pretas
•Gordura: imagens
preta - acinzentadas
• Tecidos moles –
imagens cinzas
• Ossos – imagens
brancas.
Radiografia Digital
- A radiografia digital também é conhecida como
radiografia computadorizada;
• A vantagem sobre a radiografia convencional é melhor em
resposta a uma maior variedade de exposição a raios X;
• Diferentemente da radiografia convencional, a radiografia
digital utiliza sensores que enviam as imagens diretamente
a um computador, através do PPCR (photostimulable
phosphor computed radiography).
Fluoroscopia
• A fluoroscopia é uma técnica de imagem comumente
utilizada na medicina para obter imagens em tempo real em
movimento das
estruturas internas de
um paciente através do
uso de um
Fluoroscópio;
• Na sua forma mais
simples, um
fluoroscópio consiste
de uma fonte de raios
X e de uma tela
fluorescente entre a
qual o paciente é
posicionado;
• É muito útil para
exames do trato gastrointestinal, pois pode seguir o curso
do contraste para avaliar a estrutura e as funções do trato;
• Também é usado para monitorar a colocação de cateter
durante a angiografia e para guiar procedimentos
intervencionistas.
Tomografia Convencional
• Na Tomografia convencional a imagem é obtida por meio
do princípio físico de borramento de imagens por
movimento da fonte de raios X e do receptor de imagem;
• Produz a imagem de uma área pretendia deformando
estruturas sobrepostas à área pretendida;
Foi substituída pela Tomografia Computadorizada;
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 1
Mamografia
● A mamografia é a principal tecnologia a serviço das
mulheres para o diagnóstico precoce do câncer de
mama;
● Usada para diagnosticar lesões de mama;
● Utiliza um tubo de raio X e um equipamento plástico
para a compressão da mamária;
● Produz imagens dos seios nas seguintes projeções:
craniocaudal (CC), mediolateral oblíqua (MLO) e
mediolateral (ML) para caracterizar achados
potencialmente patológicos.
Ultrassonografia
● É uma técnica que utiliza um transdutor encostado à
pele do paciente, como uma fina camada de gel, e
emite e recebe ondas sonoras de alta frequência
(maiores do que 20kHz) de vários tecidos;
● O gel desloca o ar que refletiria praticamente todo o
feixe de ultrassonografia incidente;
● Não utiliza radiação ionizante;
● As ondas batem nos tecidos e voltam ao transdutor
onde são convertidos em sinal elétrico é amplificado;
● Limitações da técnica: não penetra nos ossos e nem
em gases, a visualização é variada nos órgãos médios
abdominais (pâncreas); visualização menor de vasos
sanguíneos na presença de gases intestinais;
● Aplicações: imagem do abdome (fígado, vesícula biliar,
pâncreas e rins); pelve (órgãos reprodutivos
femininos), feto (avaliações feitas de rotina para
detecção de anomalias) sistema vascular (aneurismas,
trombose profunda), testículos (tumor, torção,
infecção), mamas, cérebro pediátrico e tórax (líquido
pleural). Também é utilizado nas intervenções guiadas
por USG: biópsias, drenagem de abcessos, etc.;
Ultrassonografia Doppler
● Usada para avaliação do fluxo vascular por meio da
detecção de desvios de frequência no feixe refletido,
usando o efeito Doppler. Esse efeito ocorre quando o
emissor ou refletor de som se movimenta em relação
ao receptor
estacionário do som;
● O desvio Doppler
constitui a diferença
entre a frequência do
feixe original e a
frequência do feixe
refletido. As
diferenças de
frequência são usadas para calcular as velocidades de
fluxo correspondentes, das quais uma forma de onda
Doppler, ou traçado, pode ser gerado;
● O Doppler colorido atribui cores (azul e vermelho) às
estruturas de acordo com seu movimento a favor ou
contra os transdutores. É possível sobrepor essas
informações em uma imagem em escala de cinza.
Estudos Contrastados
● São utilizados para examinar órgãos que não tem
contraste natural com tecidos adjacentes;
● Meios de contraste são geralmente usados para avaliar
o trato gastrintestinal, o trato urinário, o sistema
vascular e os órgãos sólidos;
● A suspensão de bário ainda é usada diariamente no
exame do trato gastrintestinal;
● O contraste pode ser simples, apenas com bário, ou
duplo, com bário e ar.
Mielografia
● A mielografia é empregada com mais regularidade para
avaliar herniações discais e para excluir a compressão
da medula espinal causada por trauma ou tumor.
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 2
Tomografia Computadorizada
● A TC utiliza raios X para obter imagens por meio de
múltiplas fontes e detectores ao redor do paciente de
maneira radial. Por isso, o paciente parece estar
entrando em um dispositivo em forma de rosquinha
durante o exame da TC;
● A TC é bastante utilizada para obtenção de imagens da
coluna na avaliação de muitas condições patológicas.
As indicações mais comuns incluem trauma, tumores
espinais e doença discal degenerativa.
Ressonância Magnética
● Na imagem da RM, utiliza-se emissão de
radiofrequência pulsada na presença de um forte
campo magnético para gerar imagens de alta qualidade
do corpo;
● Essas imagens podem ser adquiridas em praticamente
qualquer plano, apesar de serem obtidas com mais
frequência as axiais, coronais e sagitais;
● As vantagens da imagem da RM incluem ótima
resolução de contraste, alta resolução espacial e
ausência de radiação ionizante;
● A RM é tradicionalmente usada com indicações
neurológicas, as quais incluem tumores cerebrais,
isquemia aguda, infecção e anormalidades congênitas;
● Aplicações ME (musculoesquelética) comuns envolvem
a obtenção de imagem de grandes articulações, como
joelho, ombro e quadril;
● A RM é contraindicada nos pacientes com implantes
metálicos ou corpos estranhos, como clipes de
aneurisma intracranianos, focos metálicos
intraorbitais, marca-passos cardíacos ou tipos
específicos de válvulas cardíacas. Nesses casos, esses
objetos podem ser deslocados ou danificados pelo
campo magnético. A RM também pode ser
contraindicada para pacientes claustrofóbicos e não
cooperativos que podem não responder aos protocolos
de sedação consciente.
Medicina Nuclear
● Os exames de imagem da medicina nuclear são
realizados por meio da administração de vários
radiofármacos no paciente e subsequentemente
registro da distribuição in vivo;
● Os radiofármacos consistem em dois componentes
principais: (1) o componente principal que é distribuído
aos vários órgãos por diversos mecanismos diferentes
e (2) o radionuclídeo, que é fixado ao componente
principal, o qual emite raios gama, permitindo a
detecção do composto no corpo
● A tomografia por emissão de pósitrons (PET) constitui
outra técnica única que faz imagens tomográficas por
meio da detecção de raios gama produzidos quando os
pósitrons interagem comos elétrons.
● O PET Scan é importante para o diagnóstico do
câncer, estadiamento, recorrências, metástases e
doenças degenerativas.
Raio X
- Procedimento: um único feixe de raios X atravessa o
corpo, produzindo uma imagem das estruturas interiores
em um filme sensível aos raios X. A imagem bidimensional
(2D) resultante é uma radiografia.
- Comentários: é um exame relativamente barato, rápido e
fácil de realizar; em geral fornece informações suficientes
para o diagnóstico. Os raios X não atravessam facilmente
estruturas densas, então os ossos aparecem brancos.
Estruturas ocas, como os pulmões, aparecem pretas. As
estruturas de densidade intermediária como a pele, gordura
e músculos, aparecem em tons variáveis de cinza. Em doses
baixas, os raios X são úteis para o exame de tecidos moles
como as mamas (mamografia) e para a determinação da
densidade óssea (densitometria óssea).
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 3
Obs: Incidência Antero Posterior (AP): É uma incidência de
frente para trás, o oposto de PA.
- É necessário utilizar uma substância chamada contraste
para fazer com que as estruturas ocas ou preenchidas por
líquidos tornem visíveis (apareçam brancas) nas
radiografias. Os raios X fazem com que as estruturas que
contêm ocontraste apareçam brancas. O contraste pode ser
introduzido por injeção, por via oral ou retal, dependendo
da estrutura ser analisada. O contraste de raios é utilizado
para visualizar vasos sanguíneos (angiografia),o sistema
urinário(urografia excretora) o sistema digestório
(radiografia com contraste baritado, como por exemplo,
clister opaco)
Proteção à radiação
Raios X podem causar:
● Queimaduras;
● Alterações menstruais
● Alterações gastrointestinais;
● Infertilidade;
● Neoplasia;
● Danos cerebrais;
● Doenças Congênitas;
● Morte.
É necessário se proteger da radiação dos raios X:
● Menor quantidade de radiação possível;
● Curta duração de exposição;
● Distância satisfatória: pelo menos 10m;
● Equipamentos de proteção individual (EPI’s): paciente e
técnico: avental, protetor de tireóide, óculos de
proteção, luvas, dosímetro (faz a dosagem da radiação);
● Ambiente protegido: proteção com revestimento de
chumbo.
Raio X das mãos
● A mão faz contato com a ulna mais medial e com o
rádio mais lateral na posição
em supino;
● Ossos do carpo:
● Fileira proximal: escafóide,
semilular, piramidal e
psiforme;
● Fileira distal: trapézio,
trapezóide, captato e
hamato.
● Incidências mais pedidas para o raio X da mão:
● PA (póstero-anterior);
● Oblíqua da mão.
Radiografia normal da mão:
- É necessário saber localizar os ossos
carpais.;
- Corpos estranhos são radiopacos.
Fraturas na mão:
● Fratura e
luxações:
interrupção
(fratura) da continuidade do osso,
linhas de fraturas
radiotransparentes (linha preta),
sobreposição ou desalinhamento
dos ossos, fragmentos e calos
(durante a reabsorção óssea);
Luxações:
Nas luxações não há fratura
● Subluxação: deslocamento parcial do osso;
● Luxação: deslocamento total do osso, perde a
articulação;
Raio X do punho
● O punho é formado do encontro com os ossos do
carpo, rádio e ulna;
● Ulna é a face mais medial e o rádio mais lateral;
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 4
● Fratura em galho verde: mais comum em crianças,
pois as mesmas possuem ossos mais maleáveis. Nesta
fratura não existe descontinuidade do osso, sem
interrupção do osso, sem a linha radiotransparente.
Tipos de Fratura
● Completa: a fratura se estende de um córtice a outro;
● Simples (fechada): fratura na qual o osso não
atravessa a pele;
● Composta (aberta): fratura na qual o osso projeta-se
através da pele;
● Incompleta (parcial): o osso não é quebrado em duas
partes. É mais comum em crianças
● Fratura em Tara:
pequena ou nenhuma
luxação e ausência de
quebra completa do
córtex;
● Fratura em galho
verde: ocorre apenas
em um lado. O córtex
de um lado está
quebrado e o outro está
envergado;
● Fratura em avulsão: um
fragmento do osso é traumatizante arrancado por
um tendão ou ligamento, em um sítio de origem ou
inserção;
Tipos de Fraturas de acordo com a Anatomia
● Intra-articulares: as fraturas se estendem aos espaços
articulares e são acompanhadas por sangramentos
nestes espaços. Estes líquidos são facilmente vistos
nas articulações;
● Geralmente ocorrem no joelho, tornozelo e cotovelo;
● Quando o raio X detecta uma coleção líquida
intra-articular, provavelmente existe uma fratura
óssea subjacente;
● O raio X mostra um deslocamento do coxim
gorduroso.
Tipos de Fraturas de acordo com a etiologia
● Fratura de estresse: estresse sobre um osso:
● Fratura de Fadiga: ocorre quando estresses
anormais são feitos sobre um osso normal;
● Fratura de insuficiência: ocorre quando estresses
normais são feitos sobre um osso anormal. Ocorre
em pacientes idosos com osteoporose.
Fraturas em relação ao eixo do corpo
● Fratura Transversa: a fratura é transversal em um
ângulo quase reto em relação ao eixo longitudinal
do osso;
● Fratura Espiral: causada por lesão ou uma tensão
de alto impacto. A fratura espiral é do tipo de
fratura difícil de distinguir da fratura oblíqua;
● Fratura Oblíqua: a fratura atravessa o osso em um
ângulo oblíquo;
● Fratura Simples: a fratura não atravessa a pele;
● Fratura Cominutiva: o osso é estilhaçado ou
esmagado no local do impacto, resultando em um
ou mais fragmentos.
Noções de Patologias Radiográficas Fraturas
As fraturas cominutivas podem ser:
● Fratura Segmentar: tipo de fratura com duas
linhas de fratura isolando um segmento distinto de
osso;
● Fratura em Borboleta: fratura cominutiva com dois
fragmentos de cada lado de um fragmento
principal separado em forma de cunha, semelhante
às asas de uma borboleta;
● Fratura Estilhaçada: fratura cominutiva na qual o
osso é esmigalhado em fragmentos finos e
pontiagudos;
● Fraturas Impactadas ou Patológicas: quando há
doença causadora.
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 5
Imagens de Fraturas
Fratura Simples e Completa
Fratura Completa
Fratura cominutiva do úmero
Fratura Impactada
Fratura Oblíqua
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 6
Anna Carolina - MED XVII - UNICAP - 1º Período 7

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