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Regime jurídico dos servidores públicos federais

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Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Conceito de regime jurídico: é o conjunto de regras às quais se submete algo ou alguém.
 Regime jurídico único da União (RJU): criado pela CF/88, acabou com as múltiplas possibilidades de contratação do servidor público, tornando obrigatório o regime estatutário para todos os entes federados (efeito moralizador).
 Estatuto: regras definidas unilateralmente pela Administração Pública por meio de lei, e em relação às quais não há direito adquirido (não existe direito adquirido a regime jurídico). Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Art. 39 da CF/88: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 Lei 8.112/1990: instituiu o regime jurídico único no âmbito da União. Trabalhadores até então contratados pelo regime celetista ou pelo antigo estatuto dos servidores são todos migrados para o novo regime. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Emenda Constitucional Nº 19/1998: tinha, inicialmente, o objetivo relativizar a exigência de concursos para a administração direta, abrindo mão do RJU. Acabou sendo aprovada versão que simplesmente não falava em RJU. Entendeu-se, assim, possível a dualidade de regimes. 
 Lei 9.962/2000: Disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências. Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 2.135: em razão da existência de vício formal, por meio dessa essa ADIN, proposta no ano 2000, o STF determinou, em 2007, a suspensão da nova redação dada ao art. 39 da CF, em razão de vício formal. O mérito dessa ação ainda não foi julgado. 
 Regime jurídico híbrido e regime jurídico único: apesar da controvérsia, hoje entende-se, majoritariamente, o seguinte: os entes públicos podem adotar o regime celetista, caso seja seu único regime; situações consolidadas durante a vigência da nova redação do art. 39 permanecem válidas.
Remoção e redistribuição (Art. 36 e 37): 
não são formas de provimento ou vacância, mas hipóteses de deslocamento: Remoção: deslocamento do servidor de um ponto para outro, dentro do mesmo quadro de pessoal e da mesma carreira, com ou sem mudança de sede. Pode ocorrer de ofício ou a pedido. Se for a pedido o ato é, em regra, discricionário da administração, exceto, se preenchidos os requisitos legais:
(i) deslocamento do cônjuge (ou companheiro) que foi removido de ofício;
(ii) (ii) por motivo de saúde, comprovado por laudo médico oficial, seja do servidor, do cônjuge ou companheiro ou de qualquer dependente econômico do servidor;
(iii) (iii) concurso de remoção. Regime jurídico dos servidores públicos federais Remoção e redistribuição (Art. 36 e 37): 
 Redistribuição: deslocamento do cargo, que passa da estrutura de um órgão para a de outro. Pode se dar mesmo entre órgãos diferentes, entre entidades etc, mas desde que seja dentro do mesmo poder (ex: entre IFETs e Universidades). Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Substituição (arts. 38 e 39): os servidores que ocupem cargos de direção, chefia, ou de natureza especial, terão definidos em regimento os seus substitutos, ou designados pelo dirigente máximo em caso de omissão, sendo que o substituto continua no desempenho de suas funções habituais, podendo optar pela maior remuneração. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Vantagens (arts. 49 e 50): além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as vantagens, que são as indenizações, as gratificações e os adicionais. Elas só se incorporam ao vencimento nos casos e condições previstos em lei.
 Indenizações (arts. 51 e 52): não constituem acréscimo patrimonial, sendo mero ressarcimento de despesas. Outras leis podem fazer novas previsões, mas a lei 8.112/1990 institui quatro modalidades de indenização: 
 Ajuda de custo: devida quando o servidor é deslocado para nova lotação, sendo paga uma única vez, quando a remoção se der por interesse público. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Vantagens: (...). Indenizações: (...). 
 Transporte: detalhes todos tratados por regulamento. 
 Auxílio-moradia: pago ao servidor deslocado de sede para exercer cargo em comissão tipo DAS 4, 5, um 6, cargo de natureza especial ou de Ministro do Estado.
Vantagens: (...). 
 Gratificações: (artigos 61 a 76-A). 
 De função: são as Funções Comissionadas e Cargos em Comissão. 
 Natalina: ao final de cada ano é devido 1/12 avos da remuneração de dezembro para cada mês de serviço prestado. 
 Gratificação por encargo de curso ou concurso: paga ao servidor que exercer atividade de coordenação ou aplicação de prova de concurso ou como examinador em banca de concurso ou instrutor em curso de formação. Não pode ultrapassar 120 horas por ano nem ser a função habitual do servidor. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Vantagens: (...).
 Adicionais (artigos 61 a 76-A): são retribuições pecuniárias específicas e transitórias, a saber: 
 Insalubridade: são funções que expõem os servidores a agentes ambientais prejudiciais à saúde. É inacumulável com o adicional de periculosidade. 
 Periculosidade: para servidores que atuam em situações de perigo.
 Penosidade: exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem. Atenção: os adicionais a cima não se aplicam à gestante. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Vantagens: (...).
 Adicionais (artigos 61 a 76-A):
 Trabalho noturno: 25% sobre o valor da hora diurna para o trabalhada das 22h às 5h. Além disso, cada 52 minutos e 30 segundos passados no relógio equivalem a 1 hora de trabalho noturno. 
 De férias: sempre que gozar férias, o servidor fará jus ao adicional de um terço do seu salário naquele mês. Importante: Lei Federal nº 12.855/2013, que instituiu o adiciona de fronteira. Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Férias (Arts. 77 a 80): 
 Trinta dias por ano. 
 Gozo do primeiro período depende de 12 meses de exercício.
 Em caso de interesse da administração, podem ser acumulados no máximo dois períodos de férias.
 Em caso de interesse público, podem ser interrompidas (casos como calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral e necessidade do serviço), desde que determinado pela autoridade máxima do órgão. 
 O operador de “Raios-X” tem 20 dias a cada 6 meses, sendo os períodos são inacumuláveis. Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Licenças (Arts. 81 a 92): são possibilidades de ausência do servidor concedidos por diversos motivos, com ou sem remuneração. Características gerais: 
 Licenças não remuneradas não contam como tempo de serviço, mas podem contar como tempo de contribuição (isso era facultativo mas Medida Provisória tornou obrigatório. A ver se não caducará). 
 Se após o término de uma licença o servidor pede outra do mesmo tipo em menos de 60 dias a segunda licença será considerada prorrogação da primeira. Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Licenças (Arts. 81 a 92): 
 Algumas licenças podem ser concedidas mesmo durante o estágio probatório, enquanto outras não. Se for possível a concessão no EP, fica suspensa a contagem do tempo do referido estágio, exceto no caso da licença para prestação do serviço militar, cujo tempo é normalmente computado para o estágio probatório do servidor. A seguir, as licenças em espécie. Regime jurídico dos servidores públicos federais
 Licenças: licenças em espécie: Licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 83): possível para acompanhar pessoa (cônjuge, companheiro, pais, filhos, padrasto, madrasta, enteado ou dependente) doente, que dependa da assistência direta do servidor, desde que a assistência seja incompatível com o trabalho normal ou jornada com compensação.
 A licença e suas prorrogaçõessão limitadas, a cada período de 12 meses, a: (i) 60 dias, consecutivos ou não, com remuneração; e (ii) 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. É possível no estágio probatório. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Licenças: licenças em espécie:
 Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro (art. 84): caso o cônjuge ou companheiro do servidor seja deslocado a trabalho (na iniciativa pública ou não) para outro ponto do Brasil ou para o exterior, o servidor tem o direito de licenciar-se para acompanhar o cônjuge pelo tempo que for necessário e sem remuneração. 
Pode ser concedida durante o período do estágio probatório. 
 Licença para o serviço militar (art. 85): concedida enquanto durar a prestação do serviço militar. Pode ser concedida mesmo durante o período do estágio probatório, mas conta para o respectivo tempo. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Licenças. Licenças em espécie: 
 Licença para tratar de interesses particulares (art. 91): é discricionária e pode ser interrompida a qualquer tempo. Não é remunerada e não pode ter duração superior a três anos. Não pode ser concedida no estágio probatório.
 Licença capacitação (art. 87): é discricionária e substitui a antiga licença prêmio, sendo concedida com remuneração, por até 3 meses a cada cinco anos, para que o servidor desenvolva atividades de capacitação. Como depende de 5 anos de exercício, não pode ocorrer durante o estágio probatório. Regime jurídico dos servidores públicos federais Licenças. Licenças em espécie: 
 Licença para o exercício de mandato classista (artigo 92): para o exercício de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, o servidor eleito poderá licenciar-se pelo tempo de duração do seu mandato, sem remuneração. Se reeleito uma vez, a licença pode ser prorrogada. Não pode ser concedida no estágio probatório e deve respeitar os limites que vão de 2 a 8 servidores. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Afastamentos (arts. 93 a 96-A): junto com as concessões, são outras formas de ausência do servidor, contadas como tempo de serviço para todos os efeitos. São as seguintes: 
 Para o exercício de mandato eletivo: no caso de mandatos federais, estaduais e distritais, o servidor será sempre afastado; para exercer mandato de prefeito, o servidor é afastado e pode optar pela remuneração; e no caso de mandato de vereador, será possível a acumulação de cargos, se houver compatibilidade de horários. A licença pode ser concedida durante o estágio probatório, e o tempo do afastamento é contado para todos os efeitos, menos para fins de promoção por merecimento. As regras são da CF/88. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Afastamentos (arts. 93 a 96-A): 
 Para servir a outro órgão: para o exercício de cargos em confiança ou funções comissionadas, possível apenas para s DAS 4, 5 e 6 se o servidor estiver em estágio probatório. A responsabilidade pelos encargos será do órgão que recebe o servidor (cessionário), exceto se houver disposição em contrário no ato de cessão e exceto quando a cessão for para outro órgão. Pode recair sobre empregados públicos, havendo disposições específicas. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
 Afastamentos (arts. 93 a 96-A): Para estudo ou missão no exterior: pelo prazo máximo de 4 anos, ficando o servidor sujeito, ao retornar, ao “pedágio” do mesmo tempo que ficou afastado sem poder pedir exoneração ou licença para tratar de interesses particulares (salvo se ressarcir os cofres públicos), nem poder gozar de novo do mesmo afastamento (por 4 anos). Pode ser concedido no estágio probatório e não suspende a contagem do tempo do estágio. Porém, caso o afastamento se dê para servir a organismo internacional do qual o Brasil faça parte, a lei prevê a perda total da remuneração e a suspensão da contagem do tempo de estágio probatório. 
Atenção: carreira diplomática. Regime jurídico dos servidores públicos federais Afastamentos (arts. 93 a 96-A): Para pós-graduação stricto sensu no país: permitido quando houver incompatibilidade de horários, sendo necessários 3 anos na carreira, no caso do mestrado, ou 4 anos, no caso de doutorado e pós-doutorado. O servidor, nos últimos 2 anos, não poderá ter pedido licença para tratar de interesses particulares e licença capacitação, sendo que no caso do pós-doutorado esse prazo sobe para 4 anos. A lei veda ao servidor, após o gozo desse afastamento, qualquer outro afastamento da função pelo mesmo tempo em que ficou afastado, além de exoneração, sob pena de ressarcimento ao erário, o mesmo ocorrendo em caso de não obtenção do título.
Concessões (arts. 97 a 99): 
Comuns: concedidas a todos os servidores, nas seguintes hipóteses: um dia para doar sangue; dois dias para alistamento eleitoral; oito dias pelo casamento (gala) ou luto de irmão, ascendente, descendente ou cônjuge (nojo). 
Especiais: dependem de condição específica do servidor e são as seguintes: horário especial para o servidor estudante, mediante compensação; horário especial para o servidor deficiente, podendo ser concedido independentemente de compensação de horários; horário especial para servidores que tenham dependentes com problema de saúde, também mediante compensação. Regime jurídico dos servidores públicos federais Art. 99.
 Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.
 Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial. Regime jurídico dos servidores públicos federais 
• Direito de petição (arts. 104 a 115): a lei 8.112/90 disciplinou, para os servidores federais, a maneira de se exercer o direito de petição. A lei define prazos e outros detalhes para que os servidores dirijam seus pleitos à administração. Cuidado para não confundir com as regras do processo administrativo federal, previstas na lei 9.784/99, muito parecidas e que possuem caráter supletivo, valendo para o direito de petição do servidor em relação ao que lei 8.112/90 for omissa.

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