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QUESTÕES HEMATO - ANEMIAS COM GABARITO

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
QUESTÕES HEMATO – ANEMIAS (MEGALOBLÁSTICA E 
FERROPRIVA) – M1 
1. Pagofagia é tratada habitualmente com 
A) sertralina. 
B) eritropoetina. 
C) folato. 
D) ferro. 
E) cobalamina. 
 
2. 2020 SUS - SP Considere os índices hematimétricos: VCM 
(volume corpuscular médio), HCM (hemoglobina corpuscular 
média), CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular 
média), RDW (red cell distribution width) e CTLF (capacidade 
total de ligação de ferro). Na anemia ferropênica, ocorre 
aumento de 
A) RDW e CTLF 
B) saturação de transferrina e VCM 
C) ferritina sérica e RDW 
D) CTLF e HCM 
E) saturação de transferrina e CHCM. 
 
3 - 2020 SUS - SP Investigando-se a etiologia de quadros de 
anemia megaloblástica, deficiência de cobalamina será mais 
provável nos casos de 
A) diálise crônica. 
B) hemólise crônica. 
C) má-absorção induzida por metformina. 
D) ressecção jejunal. 
E) gravidez. 
 
4 - 2020 IAMSPE Mulher de 26 anos de idade faz uma dieta 
vegetariana rígida há cerca de 10 anos, sem ingerir produtos 
de origem animal, como carne, peixe, ovo, laticínios, entre 
outros. Refere comer uma grande variedade de proteínas 
oriundas de feijão, leguminosas e grãos, além de frutas, 
legumes e verduras. Em relação ao hábito alimentar, os 
achados mais prováveis de a paciente manifestar são: 
A) depressão, tetania, mononeurite múltipla, pele seca e 
espessada. B) glossite, anemia, parestesias e perda da 
sensibilidade à vibração e posição. 
C) hematomas, petéquias, hiperceratose folicular e redução da 
acuidade visual. 
D) hiperpigmentação cutânea, fissuras da língua, diarreia e 
demência. 
E) pancitopenia, hipogeusia (alteração do paladar), erupção 
cutânea psoriática e eczema. 
 
5 - 2020 UNICAMP Lactente, 11 meses, apresenta-se com 
mucosas descoradas e palidez cutânea. Está inapetente e com 
geofagia. Dieta essencialmente láctea e baixa ingesta de 
alimentação sólida. Hb= 9,5 g/dL Htc= 29%; Reticulócitos= 
1,7%; VCM= 62fl; HCM= 22pg; RDW= 18%; Ferritina= 8ng/mg. 
A CONDUTA É: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
A) Investigar alergia à proteína do leite de vaca. 
B) Investigar parasitose. 
C) Solicitar eletroforese de hemoglobina. 
D) Prescrever sulfato ferroso. 
 
6 - 2020 USP - RP Menina, 6 meses, está internada na 
enfermaria para tratamento de pneumonia, em uso de 
antibioticoterapia com ampicilina há 3 dias. Está afebril há 12 
horas. Ao exame físico: bom estado geral, com palidez 
cutânea, sem desconforto respiratório, FR 30 ipm. Ausculta 
pulmonar: murmúrio vesicular diminuído em base a D. Ausculta 
cardíaca: 2 BRNF sem sopros, FC 150 bpm, pulsos cheios, 
perfusão 2 segundos. PA 90 x 50 mmHg. Abdome: fígado e 
baço não palpáveis, RH+. AP: fez o uso de leite materno 
exclusivo e atualmente está na introdução de papa de frutas e 
legumes. Hemograma: Hb 8 g/dl, Ht 25%, HCM 18 pg, VCM 50 
FI, RDW 20%, GB 10000, neutrófilos 65% (predomínio de 
segmentados), linfócitos 30%, monócitos 2%, eosinófilos 3%. 
Plaquetas 300.000. Qual o melhor exame para elucidar o 
diagnóstico nesta situação? 
A) VHS. 
B) Ferritina. 
C) Saturação de transferrina. 
D) Reticulócitos. 
 
7 - 2020 IAMSPE Menina, 1 ano e 2 meses de idade, está em 
acompanhamento ambulatorial, em tratamento de anemia 
diagnosticada há 2 meses. No início do tratamento a 
hemoglobina era 9,7 g/dl. A mãe refere que está oferecendo 
sulfato ferroso na dose diária de 5 mg de ferro elementar/kg, 
longe das refeições lácteas, e que está seguindo todas as 
recomendações dietéticas. Na consulta de hoje foram colhidos 
novos exames, com os seguintes achados: a criança encontra-
se com o exame clínico sem alterações e nega intercorrências 
desde a última consulta. O exame que provavelmente revelará 
a causa da persistência da anemia é: 
 
A) Perfil de ferro. 
B) Dosagem de vitamina B12. 
C) Pesquisa de anticorpos irregulares. 
D) Dosagem de hormônios tireoidianos. 
E) Eletroforese de hemoglobina. 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
8 - 2020 FJG A hipersegmentação dos granulócitos no sangue 
periférico e a dosagem sérica de ácido metilmalônico 
confirmam o diagnóstico de: 
A) deficiência de tiamina 
B) deficiência de piridoxina 
C) deficiência de cobalamina 
D) deficiência de ácido ascórbico 
 
9 - 2020 UFF Paciente, 34 anos, submete-se a endoscopia 
digestiva alta na qual se observa redução do pregueado 
mucoso no corpo gástrico. Exame anatomopatológico mostra 
gastrite crônica autoimune. Esse achado está frequentemente 
associado a 
A) anemia perniciosa. 
B) hipercloridria. 
C) infecção pelo H. pylori. 
D) FAN positivo. 
E) linfoma gástrico de células B 
 
10 - 2020 HNMD Podemos afirmar que a maioria dos casos de 
anemia megaloblástica são ocasionados por deficiência de: 
A) cobalamina e folato. 
B) piridoxina e tiamina. 
C) ácido ascórbico e niacina. 
D) piridoxina e ácido fólico. 
E) tiamina e cobalamina. 
 
11 - 2020 FJG Lactente de sete meses de vida, amamentando 
ao seio por dois meses, vem sendo alimentado com leite em pó 
integral diluído com adição de açúcar e farinha, e sopa de 
legumes batida no liquidificador. Nunca recebeu suplemento 
vitamínico. Apresenta palidez, anorexia e sonolência excessiva. 
O diagnóstico mais provável é: 
A) anemia ferropriva 
B) Giardla lamblia 
C) anorexia nervosa 
D) deficiência de zinco 
 
12 - 2020 PSU - MG Homem de 64 anos queixa-se de fraqueza 
aos esforços há uma semana. É portador de câncer gástrico, 
obesidade grau 2 e osteoartrose dos joelhos. Realizou cirurgia 
bariátrica (Billroth II) há 10 anos. Faz uso regular de ranitidina e 
ibuprofeno. É tabagista e etilista desde os 20 anos de idade. O 
pai teve câncer gástrico aos 84 anos. Realizou endoscopia 
digestiva alta que revelou lesão ulcerada na curvatura menor e 
teste da urease positivo. O exame físico não apresenta 
anormalidades. Exames de laboratório: Hb 7,9g/dL; Hct 25,3%; 
VCM 76fL; HCM 25 pg; CHCM 30,1g/dL; RDW 16,2%; LG 
6.600/mm³; Plq 286.000/mm³; LDH 200U/L; BT 1,2mg/dL; 
reticulócitos 2,2%; vitamina B12 215pg/mL; ferritina 10ng/mL; 
ferro 23mcg/dL; CTLF 230mcg/dL; IST 17%. Assinale a 
alternativa que apresenta a causa MAIS PROVÁVEL para a 
anemia apresentada por esse paciente. 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
A) Anemia aplásica 
B) Anemia da doença crônica 
C) Anemia ferropriva 
D) Anemia perniciosa 
 
13 - 2020 UFES No estado carencial de ferro é comum o 
seguinte achado no hemograma. 
A) Neutropenia. 
B) Trombocitose. 
C) Aumento do volume corpuscular médio das hemácias 
(VCM). 
D) Diminuição do RDW (amplitude de distribuição dos 
eritrócitos) 
 
14 - 2020 AMRIGS Sobre anemia ferropriva, assinale a 
alternativa correta. 
A) O tratamento com gluconato de ferro é superior ao 
tratamento com sulfato de ferro. 
B) A resposta ao tratamento geralmente é rápida, e o aumento 
da hemoglobina começa a ser observado 7 a 10 dias após o 
início do tratamento. 
C) A resposta ao tratamento geralmente é rápida, e o aumento 
dos reticulócitos começa a ser observado 14 a 18 dias após 
início do tratamento. 
D) A resposta ao tratamento geralmente é rápida, e os 
pacientes apresentam normalização da hemoglobina 14 a 21 
dias após o início do tratamento 
 
15 - 2020 UFSC Um paciente de 78 anos apresenta queixas de 
astenia, perda de memória e parestesias em membros 
inferiores. É hipertenso leve e há 10 anos foi submetido a 
gastrectomia sub-total. Os exames revelam hemoglobina de 
7,1g/dL, volume corpuscular médio de 119 fL e 
hipersegmentação de neutrófilos. Assinale a alternativa que 
apresenta, respectivamente, a causa mais provável dos 
sintomas e o tratamento mais apropriado ao quadro. 
A) deficiência de ácido fólico; administração enteral de ácido 
fólico 
B) deficiência de cobalamina; administração enteral de vitamina 
B12 
C) deficiência de ferro; administraçãoparenteral de sulfato 
ferroso 
D) deficiência de ferro; administração enteral de sulfato ferroso 
E) deficiência de cobalamina; administração parenteral de 
vitamina B12 
 
16 - 2020 SES - PE Uma paciente de 67 anos refere queixas 
de fraqueza, indisposição e dormência em membros inferiores. 
Ao exame físico, está pálida, com atrofia de papilas linguais e 
hipoestesia em pés e pernas, com prejuízo da noção de 
posição segmentar. O hemograma revelou anemia com 
macrocitose e neutrófilos plurissegmentados. Qual, dentre as 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
alternativas abaixo, é a causa mais provável da anemia nesse 
caso? 
A) Gastrite atrófica 
B) Hemólise crônica 
C) Dermatite exfoliativa 
D) Alcoolismo 
E) Cirrose hepática 
17 - 2020 AMRIGS Que alteração morfológica se observa no 
eritrograma de crianças com anemia ferropriva? 
A) Macrocitose. 
B) Anisocitose. 
C) Microcitose. 
D) Policromasia. 
 
18 - 2020 SURCE Alice, 9 meses de idade, é atendida no 
ambulatório de puericultura com história de palidez cutâneo-
mucosa progressiva e irritabilidade há 3 meses. Refere 
aleitamento materno exclusivo até os 2 meses de idade e 
depois iniciado leite de cabra. Apresenta dieta pobre em carnes 
e verduras. O pediatra diagnosticou anemia por deficiência de 
folatos. Quais alterações descritas abaixo no hemograma são 
mais compatíveis com essa anemia? 
A) Anisocitose, macrocitose, trombocitopenia, leucopenia. 
B) Anisocromia, neutrófilos hipersegmentados, leucocitose. 
C) Poiquilocitose, hipercromia, reticulocitose, pancitopenia. 
D) Anisopoiquilocitose, microcitose, trombocitose, neutropenia 
 
19 - 2020 AMRIGS A anemia ferropriva, sob o ponto de vista 
fisiológico, é classificada como uma anemia decorrente 
da_______________e, considerando a classificação 
morfológica, é uma anemia_______________. Assinale a 
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as 
lacunas do trecho acima. 
 
A) eritropoese inefetiva - macrocítica 
B) deficiência de produção - microcítica 
C) eritropoese inefetiva - microcítica 
D) deficiência de produção – macrocítica 
 
20 - 2020 HC - UFPR Lactente de 3 meses de vida é levado ao 
pediatra por palidez e dificuldade para mamar. O paciente não 
apresenta febre, alterações respiratórias, urinárias ou 
gastrointestinais, além de não ter história de sangramento. 
Aleitamento materno exclusivo. Mãe foi submetida à cirurgia 
bariátrica há 2 anos. Ao exame físico, a criança apresentava 
palidez, auscultas pulmonar e cardíaca normais, ausência de 
visceromegalias, ausência de linfonodomegalias, sem lesões 
de pele. Resultados de exames laboratoriais: hemograma com 
hemoglobina 7,5 g/dL, hematócrito 22%, VCM 118 fl, leucócitos 
2.100/mm³ (linfócitos 1.500/mm³ , segmentados 400/mm³ , 
monócitos 150/mm³ , eosinófilos 50/mm³ ), plaquetas 
55.000/mm³; valor de reticulócitos normal. Com base nas 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
informações acima, a principal hipótese diagnóstica nesse caso 
é: 
 
A) esferocitose. 
B) beta-talassemia major. 
C) trombocitopenia primária imune. 
D) anemia ferropriva. 
E) deficiência de vitamina B12. 
GABARITO: 
1. D  Questãozinha meio sem noção, né, gente? Dentre os 
sintomas de anemia ferropriva, há os relacionados à própria 
anemia - como dispneia, prostração, fadiga, taquicardia - e 
outros causados pela carência de ferro propriamente dita, 
como a pagofagia ou picacismo. Esta se expressa pela vontade 
de comer alimentos crus (como arroz) ou gelo. Assim, o 
tratamento é feito com reposição de ferro. 
 
2. A  Na anemia ferropriva, ocorre depleção dos estoques 
corporais de ferro - assim, a ferritina, representante dos 
depósitos de ferro do organismo, está baixa (C errada). Como 
não há ferro para circular, a saturação da transferrina também 
fica mais baixa (B e E erradas). Ao perceber a deficiência de 
ferro, o organismo tenta maximizar o transporte do ferro até os 
depósitos, elevando a transferrina e, por consequência, a 
capacidade total de ligação do ferro (TIBC) - lembre que a 
TIBC reflete o número de sítios de ligação para o ferro no 
universo de todas as moléculas de transferrina na circulação. 
Nesse cenário de carência férrica, a medula óssea passa a 
produzir hemácias de diversos tamanhos - umas com mais, 
outras com menos hemoglobina (Hb)- mas, sem dúvidas, o 
conteúdo dessa proteína em cada hemácia está menor que o 
normal, o que diminui o VCM e o HCM (D errada). Recorde que 
a hemácia é um "saco" de Hb; assim, quanto menos Hb, menor 
o tamanho da hemácia (VCM) e menor sua coloração (HCM). 
Por fim, o índice de anisocitose - RDW - está aumentado, 
graças à referida variação no tamanho das hemácias 
 
3. C  O uso contínuo de metformina pode levar à redução de 
absorção de cobalamina em até 30% dos pacientes, o que 
parece estar associado à redução da absorção dessa vitamina 
no íleo. Os níveis de vitamina B 12 devem ser monitorados, 
pelo risco de evolução para anemia megaloblástica (C correta). 
Pacientes em diálise crônica estão mais propensos à perda de 
ferro (A incorreta); na hemólise crônica há deficiência de folato 
devido ao alto turnover celular (B incorreta); a ressecção jejunal 
não afeta a absorção de cobalamina, que é feita no íleo 
terminal D incorreta); na gravidez, a principal forma de anemia 
é a ferropriva (E incorreta). 
 
4. B  Temos uma paciente com fator de risco para 
desenvolvimento de anemia carencial em função de seus 
hábitos alimentares. No entanto, o uso de feijão, leguminosas e 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
verduras reduz o risco de desenvolvimento de anemia 
ferropriva, visto a presença de ferro nesses alimentos. A 
presença de glossite é um achado de menor especificidade, 
mas a perda a sensibilidade vibratória está associada a anemia 
por deficiência de vitamina B12, o que é compatível com o 
quadro, já que a maior fonte de vitamina B12 são os produtos 
de origem animal. 
 
5. D  Temos um paciente lactente, em aleitamento materno 
exclusivo, com mais de seis meses de idade, sem relato de 
suplementação com ferro, apresentando manifestações clínicas 
(inapetência e geofagia) e laboratoriais (anemia microcítica e 
hipocrômica) compatíveis com anemia ferropriva. A dosagem 
de ferritina confirma a carência de ferro, estando indicada a 
terapia com sulfato ferroso. 
 
6. C  Diante de um lactente em aleitamento materno exclusivo, 
não tendo relato de prematuridade ou baixo peso ao nascer, 
mas que aos seis meses está em aleitamento materno 
exclusivo e sem reposição de ferro, que está indicada a partir 
do terceiro mês, os achados do hemograma confirmam a 
presença de anemia, que muito provavelmente deve ser de 
etiologia ferropriva (microcítica, hipocrômica, com RDW 
elevado). O principal exame capaz de confirmar tal diagnóstico 
é a ferritina, mas que no contexto de patologia aguda, como é a 
pneumonia do paciente, pode estar elevada por tratar-se de um 
marcador inflamatório de fase aguda. Assim, nesse momento a 
saturação de transferrina é o exame mais indicado para auxiliar 
no diagnóstico 
 
7. E  Temos uma criança com diagnóstico de anemia desde 1 
ano de idade, tendo sido tratada de forma adequada para 
anemia ferropriva, uma vez que esta é a principal causa de 
anemia nesta faixa etária. No entanto, a paciente persiste com 
anemia. Analisando a imagem apresentada, percebemos que 
estamos diante de uma anemia microcítica e hipocrômica, para 
qual a hipótese mais comum é a de anemia ferropriva. 
Considerando o diagnóstico diferencial mais provável diante do 
quadro apresentado nesta faixa etária, devemos solicitar 
eletroforese de hemoglobina para avaliação de provável 
talassemia. 
 
8. C  A hipersegmentação dos neutrófilos é patognomônica de 
anemia megaloblástica, que tem duas causas principais: a 
deficiência de vitamina B12 (cobalamina) e de ácido fólico 
(vitaminaB9). Para resolvermos esta questão, bastava esse 
conhecimento... Só que perder a viagem está fora de questão: 
vamos aproveitar e lembrar que a cobalamina é cofator de 
várias reações químicas no organismo... Uma delas é a 
conversão do metilmalonil CoA em succinil CoA. Na deficiência 
de B12, a reação deixa de acontecer, o que eleva os níveis 
séricos e urinários de ácido metilmalônico. 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
9. A  A gastrite autoimune (também chamada de gastrite 
atrófica) é responsável por menos de 10% das gastrites 
crônicas. Essa é a principal causa de gastrite crônica em 
pacientes SEM infecção por H. pylori (C incorreta). Essa 
entidade tipicamente poupa o antro e é caracterizada pela 
destruição mediada por células T contra a mucosa oxíntica 
(produtora de ácido) dentro do corpo e fundo gástrico. A perda 
de células parietais, produtoras do ácido clorídrico e do fator 
intrínseco, leva ao estado de acloridria (B incorreta) e à 
hipergastrinemia compensatória pelas células G antrais, o que 
impede a absorção adequada de vitamina B 12, predispondo à 
anemia megaloblástica (neste caso, chamada de anemia 
perniciosa) - letra A correta. Cerca de 80% dos pacientes com 
gastrite autoimune possuem anticorpos para células parietais e 
fatores intrínsecos (D incorreta). A hipergastrinemia pode levar 
à hiperplasia das células endócrinas no fundo e corpo gástrico. 
Com o passar do tempo, raramente essa hiperplasia pode 
progredir para formação de tumores neuroendócrinos de baixo 
grau (E incorreta) 
 
10. A  A anemia megaloblástica (por deficiência de B12 ou ácido 
fólico) costuma caracterizar-se por anemia associada à 
parestesia (neuropatia periférica), perda de memória, VCM 
elevado e hipersegmentação neutrofílica. A base fisiopatológica 
dessa anemia é o papel que a vitamina B12 e o ácido fólico 
exercem na síntese de material genético, dificultando a divisão 
do núcleo e resultando em núcleos e células maiores quando 
há deficiência desses fatores. A desnutrição, bem como o uso 
crônico de inibidores da bomba de prótons e a gastroplastia 
redutora são condições que estão associadas a este tipo de 
anemia 
 
11. Estatisticamente, a principal causa de anemia nos primeiros 2 
anos de vida é a anemia ferropriva. Num lactente que não 
recebeu aleitamento materno adequado e que, além de estar 
recebendo leite de vaca (que diminui a absorção de ferro), 
nunca recebeu suplementação de ferro ou vitaminas, a 
probabilidade de anemia ferropriva se torna ainda mais alta 
 
12. C  Este paciente com histórico de cirurgia bariátrica 
apresenta anemia microcítica hipocrômica com todos os 
achados compatíveis com anemia ferropriva à cinética do ferro. 
Em pacientes submetidos a procedimentos como o citado, a 
anemia ferropriva é conseqüente à diminuição da produção de 
HCl, responsável por favorecer a absorção de ferro, mantendo-
o na forma ferrosa, que é melhor absorvido. A absorção pode 
também ser prejudicada na gastrectomia Billroth II, visto que o 
ferro é absorvido no duodeno 
 
13. B  Questão bem tranquila... Ao estudarmos anemia, sempre 
encaramos as hemácias como sacos de hemoglobina. Pelo 
fato de o ferro ser matéria-prima essencial para produção 
dessa proteína, a ferropenia diminui a quantidade de 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
hemoglobina por hemácia - assim, o volume médio dos 
eritrócitos cai (C errada). Pelo fato de haver algumas células de 
tamanho normal e outras de tamanho reduzido, surge 
anisocitose, a qual é expressa, no hemograma, pelo aumento 
do RDW (D errada) - o normal é entre 10 e 14%. Como 
hemácias e plaquetas surgem da mesma linhagem de células 
progenitoras, o estímulo à eritropoiese - pela eritropoietina - 
acaba mobilizando tal conjunto de células, produzindo 
trombocitose (VER IMAGEM - B certa). Não há alteração na 
contagem de neutrófilos (A errada) 
 
14. B  O gluconato de ferro contém 12% de ferro elementar, 
enquanto o sulfato ferroso contém 20%. Logo, o sulfato ferroso 
é superior para o tratamento da anemia ferropriva, pois além de 
ter mais ferro elementar também causa menos efeitos 
colaterais quando ministrado por via oral, comparado ao 
gluconato ferroso (A errada). Após início do tratamento da 
anemia ferropriva, o primeiro sinal de melhora é o aumento na 
contagem de reticulócitos, que se dá por volta do 4° ao 5° dias 
(C errada), atingindo um pico entre 7-10 dias, que é quando os 
níveis de hemoglobina começam efetivamente a aumentar (B 
correta). A normalização da hemoglobina geralmente se dá por 
volta da 6a semana de tratamento (D errada) 
 
15. E  Esse paciente infelizmente perdeu parte do estômago, 
órgão fundamental no processo de absorção de um ingrediente 
importante da produção hemática: a vitamina B12 
(cobalamina). Lembre que a acidez gástrica separa a vitamina 
B12 do ligante R e o antro do estômago produz o fator 
intrínseco, substância fundamental para absorção da 
cobalamina pelo íleo terminal. Pacientes com deficiência dessa 
vitamina desenvolvem eritropoiese ineficaz e consequente 
anemia megaloblástica. Dentre os achados que corroboram a 
deficiência de B12 como causa da anemia, nosso paciente tem 
hipersegmentação neutrofílica, macrocitose e sintomas 
neurológicos (A errada). Lembre em prova: sintomas 
neurológicos + anemia deverá sempre suscitar a presença de 
anemia por deficiência de B12. Agora vem a pergunta: adianta 
repor vitamina B12 por via oral a pessoas que perderam o sítio 
de produção do fator intrínseco, sem o qual a vitamina não é 
absorvida pelo trato digestivo? Não! Nesses casos, a reposição 
deve ser parenteral (B errada). Lembre que anemia ferropriva é 
microcítica (C e D erradas) 
 
16. A  O diagnóstico de anemia macrocítca está feito - esse é o 
ponto de partida para chegarmos à etiologia, mas a presença 
de neutrófilos plurrisegmentados abrevia bastante o "caminho" 
diagnóstico: trata-se de anemia megaloblástica. Os dois 
grandes motivos para esse tipo de anemia são a deficiência de 
vitamina B12 (cobalamina) ou de folato. Entre as duas, qual é a 
mais provável? Naturalmente, pela presença de alterações 
neurológicas, pensaremos em deficiência de vitamina 
cobalamina. Em prova, o somatório de anemia macrocítica + 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 
 
alterações neurológicas deve sempre nos fazer pensar em 
deficiência de B12. A principal causa de deficiência de vitamina 
B12 é a anemia perniciosa, condição em que surge 
autoimunidade ao fator intrínseco - necessário para absorver a 
cobalamina - e às células parietais, além de gastrite atrófica. 
Hemólise crônica, dermatite esfoliativa, cirrose e alcoolismo 
são causas de carência de folato (B, C, D e E erradas) 
 
17. B  Por mais que a microcitose seja uma alteração esperada 
na anemia ferropriva, vale lembrar que em alguns casos ela 
pode ser normocítica, sem alteração no volume corpuscular 
médio das hemácias. No entanto, o índice de anisocitose 
(RDW) normalmente estará elevado, independente se a 
anemia ferropriva por micro ou normocítica, pois lembrar que 
nem todas as células são igualmente microcíticas ou 
normocíticas neste tipo de anemia, o que leva a um aumento 
do RDW. 
 
18. A  O ácido fólico é importante na síntese de DNA celular. 
Sua deficiência, portanto, afeta tecidos de alto turnover, como é 
o caso das células do sangue e do trato digestivo. Do ponto de 
vista hematológico, a deficiência dessa vitamina - lembre que o 
ácido fólico é a vitamina B9 - determina classicamente anemia 
megaloblástica, mas pode resultar também em pancitopenia (B 
e D erradas). Por que o nome megaloblástica? Pela dificuldade 
na produção de DNA, os precursores hemáticos - blastos - 
chegam a duplicar e maturar o citoplasma na ocasião da 
divisão celular, mas o núcleo não, se tornando anômalo - tais 
células, com citoplasma gigante (mega), são conhecidas como 
megaloblastos. Osmegaloblastos sofrem destruição no interior 
da medula óssea, em fenômeno conhecido como eritropoiese 
ineficaz, resultando em anemia. Outro achado clássico é a 
hipersegmentação de neutrófilos, que chega a ser considerada 
patognomônica de anemia megaloblástica. A alteração de 
cromia na anemia por deficiência de folato é (C errada). 
 
19. C  Na deficiência de ferro a medula óssea continua 
produzindo células, porém, as hemácias formadas são 
defeituosas, logo, o termo fisiopatológico adequado é 
eritropoiese inefetiva, e não deficiência de produção (esta 
última acontece, por exemplo, nas doenças da medula óssea). 
Anemia ferropriva é o grande exemplo de anemia microcítica 
da medicina. 
 
20. E  Esse lactente tem palidez e dificuldade de mamar, 
achados por anemia, tendo em vista a hemoglobina de 7,5 
g/dL. Com essa ideia em mente, partiremos para o diagnóstico 
diferencial, sendo a contagem reticulocitária importante arma: 
anemias com reticulócitos normais são hipoproliferativas, o que 
já exclui a possibilidade de hemólise (A e B erradas). O 
segundo parâmetro que nos ajuda aqui é a macrocitose - 
lembre que anemia ferropriva é classicamente microcítica. 
Ficamos, então, com a possibilidade de anemia por deficiência 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
de vitamina B12 (cobalamina), o que justifica a queda das 
outras séries hematológicas - leuco e plaquetopenia - e "casa" 
com o relato de a mãe ter sido submetida a cirurgia bariátrica, 
que pode ser disabsortiva para a vitamina B12. A deficiência de 
cobalamina em lactentes alimentados exclusivamente ao seio 
materno é consequente à carência da vitamina no organismo 
da mãe... Por fim, trombocitopenia primária imune não causa 
anemia - a não ser em casos de sangramento agudo - ou 
leucopenia (C errada).

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