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CAPITALISMO E BARBÁRIE

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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus Alcântara
Alcântara, 08 de Novembro de 2018.
Professora: Abmalena Sanches
Matéria: Sociologia II
Turma: Meio Ambiente IV
Alunos: Abgail Pereira, Domingas França, Helen Melo, Hugo Penha, Laís Brito, Josilene Nogueira e Tamilys Guterres.
“Tudo que é solido, se desmancha no ar”: CAPITALISMO E BARBÁRIE. 
1. INTRODUÇÃO: 
“Tudo que é sólido se desmancha no ar”
Apesar dessa frase possuir uma quantidade variada de interpretações, quando Marx a disse pela primeira vez em relação ao capitalismo, provavelmente instigou a quietude daqueles que acreditavam nas coisas permanentes, estáticas e aparentemente sólidas.( http://grazaza.blogspot.com/2011/07/tudo-que-e-solido-se-desmancha-no-ar.html)
 O capitalismo se caracteriza pelas suas relações entre oferta e demanda, mas antes disto deve-se pensar na produção da mercadoria e em quem vai poder consumi-las, assim se tem uma relação a qual facilmente pode-se acreditar que se trata de algo sólido/permanente por esta relação ser racional e logica. Marx porém provou o contrario, esta relação que teria tudo pra se manter solida e autossustentável, se apresentou frágil e vulnerável diante de algo como uma crise e a concorrência descontrolada. A única certeza no capitalismo é a mudança que pode se apresentar das mais variadas formas possíveis.
A história da humanidade foi marcada pela existência de diversos tipos de saciedades, distintas. Vamos destacar, neste capítulo, alguns aspectos do modo de produção capitalista, que neste século XXI domina quase praticamente todo o nosso planeta. Veremos a seguir alguns dos pilares mais importantes para a consolidação e a manutenção do capitalismo, como a concorrência e o monopólio capitalista. Além disso, veremos também sobre o acumulo de capital, as revoluções que ocorreram na indústria e como a superprodução de mercadoria leva o capitalismo à crise. (pg: 119)
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 E a humanidade inventa o capitalismo...
“Grandes mudanças, porém começaram a ocorrer em toda a Europa durante esse período, independentemente da vontade daqueles que detinham o poder e a riqueza. Foram mudanças que aconteceram lentamente, de forma gradativa, praticamente imperceptível para quem vivia naquela época”. (p.119)
Parafraseando Oliveira e Costa, no decorrer da história, a humanidade desenvolveu inúmeras formas para garantir os bens necessários a sua sobrevivência (modos de produção). Entre esses modos de produção, seguindo a ordem cronológica, pode-se citar: o feudalismo e capitalismo. O feudalismo por sua fez se caracterizava por sua falta de mobilidade social, onde o indivíduo permanecia na classe social que nascera até o dia do seu falecimento, o que permitia as classes mais abastadas uma segurança e estabilidade financeira, sendo um modelo de sociedade implantado pela igreja Católica, “segundo a vontade de Deus” o que não permitia margens para contestação muito menos uma mudança. Isso explica a permanência desse modelo de sociedade durante um milênio, do séc. IV ao séc. XIV.
Entretanto pequenas e sutis mudanças foram se desenvolvendo, entre elas o surgimento de novos grupos sociais, comerciantes, artesãos e camponeses livres, que rapidamente cresceram provocando mudanças que desestabilizaram o pensamento da sociedade feudal abrindo espaço para o surgimento de um novo modelo socioeconômico, o capitalismo.
2.2 Acumulando capital e revolucionando a indústria
”Os camponeses foram expropriados, separados da sua terra, e não lhes restou nada mais que não fosse à venda da sua força de trabalho. Se antes os camponeses eram proprietários, agora eram trabalhadores assalariados.”(p. 121)
O texto deixa claro que um dos elementos principais para o sistema se consolidar foi o acumulo de capital e exploração de terras dos camponeses. Outro elemento fundamental foi usar esse capital de forma inteligente para manter seus produtos e investimentos em alta, para isso acontecer, o produto teria que ser acessível a todos os públicos. Uma das estratégias foi deixar o produto mais barato, e para que o produtor não saísse perdendo, se aumenta a linha de produção. Tendo os resultados esperados alcançados, o produtor começa a expandir seus negócios, porém, quanto maior sua atividade comercial, maior sua concorrência.
2.3. Concorrência e monopólio
“Em medidas do século XIX as indústrias iniciaram uma fase de grande concorrência e, para disputar os mercados, elas começaram a diminuir os preços. Essa concorrência se transformou numa ‘prova de resistência’ para diversos capitalistas.” (Pag. 123)
Monopólio: “É como se denomina a situação em que uma empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam”. (Revista Virtual Direito Brasil – Volume 5 – nº 2 – 2011, Maria Bernadete Miranda 1) 
A concorrência trazia consigo uma baixa nos preços o que deveria garantir a manutenção desta. Além disso, se faz necessário aumentar a produção, para isso é preciso dinheiro. O dinheiro estava nos bancos que detinham acordos com os grandes capitalistas, sendo assim os pequenos capitalistas que queriam se manter na concorrência acabava se endividando com os bancos, como os preços dos produtos estavam baixos demais devido à concorrência, a grande maioria deles acabou indo a falência. Toda essa exclusão dos pequenos capitalistas acabou facilitando a criação do Monopólio Capitalista oficialmente consolidado no século XIX e resiste até hoje.
2.4. A crise: superprodução de mercadorias e imperialismo
“Para Karl Mark, o capitalismo era irracional. (...) O capitalismo se tornaria cada vez mais ineficiente, desperdiçando recursos, causando miséria e insegurança”. (Pág. 125)
O capitalismo tem como uma de suas bases, a produção em grande escala. Porém, no séc. XIX, as máquinas produziam muito mais do que se podia consumir gerou a primeira crise de superprodução. Para Karl Marx o capitalismo era irracional, pois durante as crises, que segundo ele, uma hora ou outra surgiriam, inúmeros trabalhadores ficariam desempregados, somado ao fato de ter recursos desperdiçados além de um ambiente de grande descontentamento social. Esta crise provocou ainda mais desordem por que as indústrias demitiram os operários para baixar os custos, porém os operários eram os maiores consumidores e desempregados não poderiam ter dinheiro para consumir os produtos das fábricas. Uma medida tomada para amenizar os impactos da falta de mercado dentro de suas localidades, foi à busca de novos espaços geográficos como a colonização da África e da Ásia. Desde essa época, a história de muitos países é de submissão aos interesses do capitalismo monopolista da Europa e dos Estados Unidos, a esse situação de subjugação foi dado o nome de Imperialismo e segundo Lênin, o imperialismo é o capitalismo em sua maturidade.
2.5. Competição capitalista e barbárie humana
“A livre-concorrência e as ideias que a justificam influenciam quase todas as relações sociais entre os indivíduos na sociedade em que vivemos e, por sua vez, criam, e estão criando até hoje, relações sociais e com a natureza que podemos denominar de barbárie.” (pág. 126)
O texto fala sobre como a indústria é massacrante, o quanto não se responsabiliza pelos estragos que faz no caminho para o seu sucesso e reconhecimento, o texto ainda denomina essa pratica por parte das empresas de barbárie. A natureza sofre com a indiscriminação do uso indevido dos seus recursos, o que prejudica a vida no planeta. A indústria não esta preocupada com o que acontecerá ao tirar a mata ciliar de um rio, ou qualquer atividade que provocará um desequilíbrio, para tanto acontecer, seria necessário burla as leis 9.987\2000;12.651\2012 que garantem a conservação e a proteção da floresta e todo os recursos naturais, logo fica evidente a crescente desvalorização com as leis que asseguram a proteção dos recursos naturais em pro do desenvolvimento e da busca pelo capital. Logo, para eles, o que interessa é vender e lucrar e não o bem estar dos indivíduos. Oumelhor, desde que os indivíduos tenham dinheiro para comprar produtos/mercadorias o resto não interessa.
2.6 Uma alternativa ao capitalismo
Diante da barbárie provocada pelo sistema Capitalista, o qual estava se tornando cada vez mais ineficiente, desperdiçando recursos e causando miséria. Surge a figura do Socialismo,
 “Que para Marx seria a primeira etapa de construção de uma nova sociedade, em que os operários, depois de derrubarem a burguesia instalariam um novo Estado, chamado de Estado Operário.”
 Assim, haveria uma sociedade mais igualitária, com a participação de todos e sem privilegiar apenas uma classe. A participação ativa de todos os cidadãos na construção da sociedade não excluiria os indivíduos dos processos, estes por sua vez, “participariam da produção de riquezas, decisões econômicas, politicas e sócias. Nessa sociedade o Estado depois de algum tempo não seria mais preciso e evoluiria para uma sociedade comunista, onde seria extinguido definitivamente a exploração do homem pelo homem.” (pág. 127)
2.7. Mas, o que é realmente socialismo.
“Para Mark, o socialismo seria a primeira etapa da construção de uma nova sociedade, em que os operários, depois de derrubarem a burguesia, instalariam um novo estado, chamado de estado operário”. (pág. 127)
 O socialismo foi uma reação ao sistema que estava apenas preocupado em vender e lucrar. A alternativa ao capitalismo almejava condições igualitárias a todos os cidadãos, que não houvesse divisão de classes, tão pouco a exploração e opressão dos trabalhadores. 
Isso só acontecia de fato, com o desenvolvimento do Estado, e este, estando ciente da produção de riqueza e nas tomadas de decisões econômicas e políticas. No decorrer desse processo seria perceptível a inutilidade do Estado e a evolução de uma sociedade comunista. O socialismo emudeceria e transformaria a sociedade a ponte de extinguir a permanente as desigualdades, construindo uma nova sociedade. 
2.8. Tentaram, mas não conseguiram!
“Na década de 1830, apareceram pensadores ingleses e franceses que eram chamados de socialistas. Eles acreditavam que a economia não deveria beneficiar poucos indivíduos (a burguesia), mais toda a sociedade. Os primeiros foram Robert Ower e Charles Fourier, porém os socialistas que mais influenciaram as gerações de futuros críticos do capitalismo foram os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels.” (pág.130-131)
Os ideais socialistas tomam corpo em 1917, com a revolução russa, através do partido Bolchevique, liderado por Lênin, Trotsky, Stalin e outros comunistas russos, com a aceitação desses ideais em outros países é formado a URSS (UNIÃO DAS REPUBLICAS SOCIALISTAS SOVIETICAS). Mas com a morte de Lênin em 1924, aconteceu uma disputa de poder entre importantes dirigentes russos, Lon Trostsky e Josef Stalin. Em quanto Trostsky defendia a expansão da revolução a outros países, Stalin acreditava que seria viável construir o socialismo somente na URSS. 
Stalin acumulou capital suficiente para se tornar Cizar, tamanho poder e influencia somado com a sua personalidade rude e agressiva o fizera se tornar um ditador. A ideia de um estado único e responsável da sociedade foi abortada. Dando lugar a regimes sufocantes e opressores contrários aos ideais propostos por Marx e Engels, mostrando que o socialismo desenhado por seus criadores não fora praticado. 
3. CONCLUSÃO 
Ao longo da história estabeleceram diferentes formas de produzir os bens necessários à sua sobrevivência.
Um desses modos de produção é chamado de capitalismo.
Na idade média, entre os séculos IV a XIV, o modo de produção existente era o feudalismo.
Uma das características da sociedade feudal naquela época, regido pelo clero, que produzia, segundo essa instituição, “a vontade de Deus”: se uma pessoa nascesse em uma família pertencente a “nobreza” teria, o que costumamos denominar por “sangue azul”.
Grandes mudanças, porém, começaram a ocorrer em toda a Europa durante esse período, independentemente da vontade daqueles que detinham o poder da riqueza. Foram mudanças que ocorreram lentamente, de forma gradativa, praticamente imperceptíveis para quem vivia naquela época.
A burguesia ascendente tratou de reforçar e centralizar o poder na pessoa do rei, numa aliança que fez nascerem às chamadas Monarquias Nacionais e que possibilitou as grandes navegações, capitaneadas por Portugal e Espanha.
O capitalismo se tornou o modo de produção dominante a partir da revolução industrial, iniciada na Inglaterra. Entretanto, para o capitalismo vigorar com tal fazia-se necessária uma fase de ‘’acumulação de capital’’ou seja, quanto maior a atividade comercial, maior era a concorrência.
A burguesia possui as fábricas, os meios de transportes, as terras, os bancos, as indústrias etc.
No capitalismo há duas classes principais: a burguesia e os trabalhadores assalariados (ou proletariados).

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