Buscar

Crimes contra a paz pública - arts 286 à 288-A, CP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Crimes contra a paz pública - arts. 286 à 288-A, CP
Incitação ao crime (art. 286,CP)1.
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de
crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem incita, publicamente, animosidade
entre as Forças Armadas, ou delas contra os
poderes constitucionais, as instituições civis
ou a sociedade.
Considerações iniciais:
- Tutela-se a paz pública. 
Sujeitos do crime:
- Crime comum (qualquer pessoa)
- Sujeito passivo será a coletividade, abalada
na sua tranquilidade.
Conduta:
- Induzir ou instigar, em local público ou
acessível ao público.
- A incitação pode ser promovida por meio
de palavras ou gestos. 
- Pode ser dirigida à 1 pessoa ou várias
pessoas mas é necessário que elas tenham
conhecimento da incitação.
- Deve ser de um determinado crime ou
crimes (NÃO CONFIGURA O DELITO SE FOR
CONTRAVENÇÃO PENAL, CRIME CULPOSO
OU ATO IMORAL).
- Não é necessário que se indique a vítima. 
EX. Em uma manifestação o indivíduo
sobe no carro e grita para as pessoas
destruírem patrimônio público.
2. Apologia ao crime ou criminoso (art. 287,
CP)
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de
fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa.
Conduta:
- Elogiar ou enaltecer, em local público ou
acessível ao público.
a) Fato criminoso: fato previsto em algum
tipo penal como crime. Se o fato for previsto
como crime culposo ou contravenção, não
ha crime. 
b) Autor do crime: praticado antes da
apologia. A defesa não se faz aos atributos 
 pessoais do autor e sim à sua conduta
delituosa.
Se a apologia for feita à crime culposo, não
há crime. 
EX. Se alguém diz que se deve matar a
pessoa adúltera não comete o crime ora
comentado, pois faz um elogio de uma
conduta abstrata; já se ele diz, diante de
um homicídio que foi praticado contra a
pessoa que praticou adultério, que a
vítima mereceu, terá ocorrido o crime,
pois o elogio é de um fato criminoso
concreto.
EX. Se um famoso pintor comete um
homicídio e um jornalista faz menção ao
seu grande talento nas artes, o crime
não se configura porque o elogio não
guarda relação com o crime cometido;
mas se diz que ele mostrou que é
macho, porque não leva desaforo para
casa, o crime de apologia de autor de
crime está configurado.
3. Associação Criminosa:
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais
pessoas, para o fim específico de cometer
crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a
metade se a associação é armada ou se
houver a participação de criança ou
adolescente.
Elementos do crime:
- Concurso necessário de 3 ou mais pessoas.
Não é necessário que se conheçam.
Os inimputavéis são computados, desde que
tenham consciência de estarem integrando a
associação.
- Finalidade específica voltada para o
cometimento de crimes. Não configura o delito
se concorrerem para contravenção penal ou
crimes culposos.
- Estabilidade e permanência da associação:
não pode ser momentanêa. 
Forma majorada: 
Aumenta-se a pena até a metade se:
a) A associação é armada;
b) Se há participação de criança ou
adolescente.
4. Constituição de milícia privada (art. 288-A,
CP)
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar,
manter ou custear organização paramilitar,
milícia particular, grupo ou esquadrão com a
finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos neste Código: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
Elemento subjetivo do tipo: com finalidade
de cometer crimes previstos no Código Penal.
- Crime criado pela Lei de extermínio de seres
humanos (Lei n. 12.720 de 2012)
- Trata-se de um crime coletivo, plurissubjetivo
(ou de concurso necessário), de condutas
paralelas (umas auxiliando as outras).
Conduta:
- Constituir, organizar, integrar, manter ou
custear.
Organização paramilitar: associações civis,
armadas e com estrutura semelhante à militar. 
Milícia particular: grupo de pessoas, civis ou
não, tendo como finalidade devolver a
segurança retirada de comunidades carentes.
Grupo ou esquadrão: reunião de pessoas,
matadores, justiceiros que atuam na âusencia
ou inércia do poder público [, tendo como
finalidade a matança mgeneralizada, chacina
de pessoas supostamente rotuladas como
marginais ou perigosas.
-

Continue navegando