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INVESTIGADOR 2.4 Código Penal 2.4.1 Da aplicação da lei penal: artigos 1º a 12. 2.4.2 Do crime: artigos 13 a 25. 2.4.3 Concurso de Pessoas: artigos 29 a 31. 2.4.4 Concurso de Crimes: artigos 69 a 71. 2.4.5 Dos Crimes contra a Vida: artigos 121 a 128. 2.4.6 Das Lesões Corporais: artigo 129. 2.4.7 Dos Crimes contra a Honra: artigos 138 a 145. 2.4.8 Dos Crimes contra a Liberdade Individual: artigos 146 a 149-A. 2.4.9 Dos Crimes contra a Inviolabilidade do Domicílio: artigo 150. 2.4.10 Dos Crimes contra a Inviolabilidade de Segredos: artigos 153 a 154-B. 2.4.11 Dos Crimes contra o Patrimônio: artigos 155 a 183. 2.4.12 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual: artigos 213 a 234-B. 2.4.13 Dos Crimes contra a Fé Pública: artigos 289 a 311-A. 2.4.14 Dos Crimes contra a Paz Pública: artigos 286 a 288-A. 2.4.15 Dos Crimes Praticados por Funcionário Público contra a Administração em Geral: artigos 312 a 327. 2.4.16 Dos Crimes Praticados por Particular contra a Administração em Geral: artigos 328 a 334-A. 2.4.17 Dos Crimes contra a Administração da Justiça: artigos 338 a 359. ESCRIVÃO 1.3 Código Penal 1.3.1 Da aplicação da lei penal: artigos 1º a 12. 1.3.2 Do crime: artigos 13 a 25. 1.3.3 Concurso de Pessoas: artigos 29 a 31. 1.3.4 Concurso de Crimes: artigos 69 a 71. 1.3.5 Dos Crimes contra a Vida: artigos 121 a 128. 1.3.6 Das Lesões Corporais: artigo 129. 1.3.7 Dos Crimes contra a Honra: artigos 138 a 145. 1.3.8 Dos Crimes contra a Liberdade Individual: artigos 146 a 149. 1.3.9 Dos Crimes contra a Inviolabilidade do Domicílio: artigo 150. 1.3.10 Dos Crimes contra o Patrimônio: artigos 155 a 183. 1.3.11 Dos Crimes contra a Dignidade Sexual: artigos 213 a 234-B. 1.3.12 Dos Crimes contra a Saúde Pública: artigos 267 a 285. 1.3.13 Dos Crimes contra a Paz Pública: artigos 286 a 288-A. 1.3.14 Dos Crimes contra a Fé Pública: artigos 289 a 311. 1.3.15 Dos Crimes Praticados por Funcionário Público contra a Administração em Geral: artigos 312 a 327. 1.3.16 Dos Crimes Praticados por Particular contra a Administração em Geral: artigos 328 a 334-A. 1.3.17 Dos Crimes contra a Administração da Justiça: artigos 338 a 359. 1.3.18 Dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito: artigos 359-I a 359-T. (VUNESP – 2023) Aquele que pratica o fato em exercício regular de direito não comete crime, pois, nos termos do artigo 23 do CP, está amparado por uma (A) causa supralegal de exclusão da culpabilidade. (B) causa legal de exclusão da culpabilidade. (C) causa excludente de imputabilidade. (D) causa excludente de ilicitude. (E) descriminante putativa. (FGV - 2013) João passeava com seu filho de 3 anos em um bosque ermo quando um cão feroz, sem coleira e desacompanhado, tentou atacar a criança. Encontrando um tronco de madeira no chão, pegou o objeto e deu uma paulada no animal, que fugiu machucado. Diante da situação hipotética, João foi denunciado. Nesse caso, de acordo com o entendimento majoritário nos Tribunais pátrios, (A) João praticou o crime do Art. 32 da Lei n. 9.605 (Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.) e, por isso, deve ser condenado. (B) João atuou em legítima defesa, devendo ser absolvido. (C) João não poderá ter reconhecida a legítima defesa pelo fato de que esta causa de exclusão da ilicitude não pode ser aplicada quando a injusta agressão for praticada em face de terceiro. (D) João atuou em estado de necessidade, devendo ser absolvido. (E) João não poderá ter reconhecido o estado de necessidade, pois como pai ele tinha o dever legal de enfrentar o perigo. ESTADO DE NECESSIDADE LEGÍTIMA DEFESA Estado de necessidade Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º. Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. Legítima defesa Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (VUNESP – 2023) Mévio é parado na estrada, pela Polícia Rodoviária, em razão de dirigir em alta velocidade. Com medo da multa, oferece dinheiro ao policial, que aceita, liberando-o prontamente para viagem. Com relação a essa situação, é correto afirmar que (A) Mévio e o policial cometem o crime de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal. (B) Mévio e o policial cometem o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal. (C) somente Mévio pratica o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal. (D) Mévio pratica o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal, e o policial de corrupção ativa, previsto no artigo 333, do mesmo Estatuto. (E) Mévio pratica o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333, do Código Penal, e o policial o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317, do mesmo Estatuto. PECULATO CONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVA PREVARICAÇÃO Peculato Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo § 2º. Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º. No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Concussão Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Corrupção passiva Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º. A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Prevaricação Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. CORRUPÇÃO ATIVA Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindodever funcional. (VUNESP – 2023) Para participar de um concurso de miss que admitia apenas mulheres com idade superior a 21 anos, como sempre aparentou ser mais velha, Margot alterou, em sua carteira de identidade, sua data de nascimento, aumentando a sua idade para 22 anos, quando ela possuía apenas 18, e apresentou este documento quando do ingresso no concurso. Com referência aos crimes contra a fé pública, Margot praticou o crime de (A) falsa identidade, previsto no artigo 307 do Código Penal. (B) falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal. (C) falsidade de documento particular, previsto no artigo 298 do Código Penal. (D) falsidade de documento público, previsto no artigo 297 do Código Penal. (E) supressão de documento, previsto no artigo 305 do Código Penal. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Falsificação de documento público Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º. Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3º. Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4º. Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. Falsificação de documento particular Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsificação de cartão Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Falsidade ideológica Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. Falsa identidade Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. GLOSSÁRIO CRIME A DISTÂNCIA: é aquele cuja conduta e resultado ocorrem em países diferentes. CRIME A PRAZO: é o crime cuja consumação exige a passagem de um período específico. Exemplo: lesão corporal de natureza grave em decorrência da incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias (CP, art. 129, § 1º, I) e do sequestro em que a privação da liberdade dura mais de 15 dias (CP, art. 148, § 1º, II). CRIME ABERRANTE: abrange a aberratio causae (erro sobre o nexo causal), a aberratio ictus (erro na execução) e a aberratio delicti (resultado diverso do pretendido), modalidades de erro de tipo acidental. CRIME ACESSÓRIO: é aquele que depende da prática de um crime anterior. Exemplo: receptação (CP, art. 180). Observação: Nos termos do art. 108 do CP, a extinção da punibilidade do crime principal não se estende ao crime acessório. CRIME BICOMUM: é o crime que pode ser cometido por qualquer pessoa e contra qualquer pessoa. CRIME BILATERAL: o tipo penal exige dois agentes, cujas condutas tendem a se encontrar. Exemplo: bigamia (CP, art. 235). CRIME BIPRÓPRIO: é o delito que exige uma condição peculiar (fática ou jurídica) ao sujeito ativo e ao sujeito passivo. Exemplo: infanticídio. CRIME CAUSAL: é sinônimo de CRIME MATERIAL. CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO: é sinônimo de CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO. CRIME COMISSIVO: é o crime praticado mediante uma conduta positiva, um fazer. Exemplo: roubo (CP, art. 157). CRIME COMPLEXO EM SENTIDO AMPLO: deriva da fusão de um crime com um comportamento por si só penalmente irrelevante. Exemplo: Denunciação caluniosa (CP, art. 339), originária da união da calúnia (CP, art. 138) com a conduta lícita de noticiar à autoridade pública a prática da infração penal e sua respectiva autoria. CRIME COMPLEXO EM SENTIDO ESTRITO: resulta da união de dois ou mais tipos penais. Exemplo: Roubo (CP, art. 157), oriundo da fusão entre furto e ameaça (no caso de ser praticado com emprego de grave ameaça - CP, art. 147), ou furto e lesão corporal (se praticado mediante violência contra a pessoa - CP, art. 129). Os delitos que compõem a estrutura unitária do crime complexo são chamados de famulativos. CRIME COMUM: é o crime que pode ser praticado por qualquer pessoa. O tipo penal não exige condição especial em relação ao sujeito ativo. CRIME CONDICIONADO: é o crime em que a inauguração da persecução penal depende de uma condição de procedibilidade, como a ameaça, cuja ação penal pública é condicionada à representação do ofendido ou de seu representante legal (CP, art. 147). Observação: A legislação penal expressamente indica a condição de procedibilidade quando necessária. A ausência de menção direta acarreta a conclusão de tratar-se de crime de ação penal pública incondicionada. CRIME CONEXO - CONEXÃO CONSEQUENCIAL OU CAUSAL: neste tipo de conexão, o crime é cometido para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro delito. CRIME CONEXO - CONEXÃO OCASIONAL: neste tipo de conexão, o crime é praticado como consequência da ocasião ou oportunidade proporcionada por outro delito. CRIME CONEXO - CONEXÃO TELEOLÓGICA OU IDEOLÓGICA: neste tipo de conexão, o crime é praticado para assegurar a execução de outro delito. CRIME CONEXO: é o crime que está interligado a outro. A conexão pode ser penal ou processual penal. CRIME DE AÇÃO ASTUCIOSA: é o crime praticado por meio de fraude, engodo, como no caso do estelionato (art. 171 do CP). CRIME DE AÇÃO VIOLENTA: é o crime cometido através do uso de violência contra a pessoa ou grave ameaça, exemplificado pelo roubo (art. 157 do CP). CRIME DE ATENTADO: é o crime no qual a lei pune de forma idêntica a forma consumada e a forma tentada do crime, isto é, não há redução de pena por ser uma tentativa. Um exemplo é a evasão mediante violência contra a pessoa (art. 352 do CP). CRIME DE CATÁLOGO: é a expressão usada para caracterizar aqueles delitos que admitem interceptação de comunicação telefônica, na fase investigativa ou na instrução processual. CRIME DE CONCURSO EVENTUAL: é sinônimo de CRIME UNISSUBJETIVO. CRIME DE CONCURSO NECESSÁRIO: é sinônimo de crime PLURISSUBJETIVO. CRIME DE CONDUTA CONTRAPOSTA: os agentes devem atuar uns contra os outros. Exemplo: rixa (CP, art. 137). CRIME DE CONDUTA MISTA: é o crime composto de duas fases distintas, uma inicial e positiva, outra final e omissiva. Exemplo: apropriação de coisa achada (CP, art. 169, parágrafo único, II). CRIME DE CONDUTAPARALELA: os agentes se auxiliam, mutuamente, com o objetivo de produzirem o mesmo resultado. Exemplo: associação criminosa (CP, art. 288). CRIME DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA: é sinônimo de CRIME FORMAL. CRIME DE DANO: é o crime cuja consumação se produz somente com a efetiva lesão do bem jurídico. Exemplo: homicídio (CP, art. 121). CRIME DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA: é o crime em que o tipo penal prevê a existência de duas ou mais vítimas. Exemplos: Aborto sem o consentimento da gestante, que ofende tanto a gestante quanto o feto (CP, art. 125), e a violação de correspondência, cujas vítimas são o remetente e o destinatário (CP, art. 151). CRIME DE ELEVADO POTENCIAL OFENSIVO: é o que apresenta pena mínima superior a 1 (um) ano, ou seja, pelo menos de 2 (dois) anos, e, consequentemente, pena máxima acima de 2 (dois) anos. Não se compatibiliza com quaisquer dos benefícios elencados pela Lei 9.099/1995. CRIME DE EMPREENDIMENTO: é sinônimo de CRIME DE ATENTADO. CRIME DE ESPAÇO MÁXIMO: é sinônimo de CRIME A DISTÂNCIA. CRIME DE ESTADO: é sinônimo de CRIME INSTANTÂNEO. CRIME DE FORMA LIVRE: é o crime que admite qualquer meio de execução. Exemplo: ameaça (CP, art. 147), que pode ser cometida com emprego de gesto, palavra, escrito, símbolo etc. CRIME DE FORMA VINCULADA: é o crime que apenas pode ser executado pelo meio indicado no tipo penal. Exemplo: crime de perigo de contágio venéreo (CP, art. 130), que somente admite a prática mediante relação sexual ou ato libidinoso. CRIME DE FUSÃO: é sinônimo de CRIME ACESSÓRIO. CRIME DE HERMENÊUTICA: ocorre quando o operador do Direito é responsabilizado criminalmente pelo simples fato de sua intepretação ter sido considerada errada. A Lei 13.869/2019 - Abuso de Autoridade - expressamente afasta, em seu âmbito de incidência, os crimes de hermenêutica (art. 1º, § 2º). CRIME DE ÍMPETO: é o crime cometido sem premeditação, como resultado de uma reação emocional repentina. Por exemplo, o homicídio privilegiado, praticado pelo agente sob o domínio de violenta emoção, logo após uma provocação injusta da vítima (CP, art. 121, § 1º). Geralmente, esses crimes são passionais. CRIME DE INTENÇÃO: é o crime em que o agente quer e persegue um resultado que não precisa ser alcançado para a consumação. CRIME DE MÃO PRÓPRIA: é o crime que só pode ser praticado pela pessoa expressamente indicada no tipo penal. Não admite coautoria, mas sim participação, pois a lei não permite delegar a execução do crime a terceiros. Exemplo: No caso do falso testemunho, o advogado do réu pode induzir, instigar ou auxiliar a testemunha a faltar com a verdade, mas não pode mentir em juízo no lugar dela ou com ela. CRIME DE MÁXIMO POTENCIAL OFENSIVO: é o que recebe tratamento diferenciado pela Constituição Federal. Exemplos: delitos hediondos e equiparados - tráfico de drogas, tortura e o terrorismo (CF, art. 5º, XLIII), bem como os crimes cujas penas não se submetem à prescrição, quais sejam, racismo (CF, art. 5º, XLII) e ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (CF, art. 5º, XLIV). CRIME DE MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO: é aquele cuja pena mínima não ultrapassa 1 (um) ano, independentemente do máximo da pena privativa de liberdade cominada. Por isso, admite a suspensão condicional do processo, na forma delineada pelo art. 89 da Lei 9.099/1995. CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: é aquele cuja pena privativa de liberdade em abstrato não ultrapassa 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. É definido pelo art. 61 da Lei 9.099/1995, e ingressa na competência do Juizado Especial Criminal, obedecendo ao rito sumaríssimo e admitindo a transação penal e a composição dos danos civis. CRIME DE MERA CONDUTA: é o crime onde o tipo penal se limita a descrever uma conduta e não contém resultado naturalístico, de modo que este jamais poderá ser verificado. Exemplo: ato obsceno (CP, art. 233). CRIME DE MÍNIMO POTENCIAL OFENSIVO: é o crime que não comporta a pena privativa de liberdade. Exemplo no Brasil: a posse de droga para consumo pessoal, tipificada no art. 28 da Lei 11.343/2006, ao qual é cominada a pena de advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. CRIME DE OLVIDO: também conhecido como delito de esquecimento, é uma modalidade de crime omissivo impróprio, espúrio ou comissivo por omissão, caracterizado pela natureza culposa, especificamente pela culpa inconsciente. CRIME DE PARTICIPAÇÃO NECESSÁRIA: é o crime que pode ser praticado por uma única pessoa, mas o tipo penal exige a participação necessária de outra pessoa, que atua como sujeito passivo e, por esse motivo, não é punido. Exemplo: rufianismo (CP, art. 230). CRIME DE PERIGO ABSTRATO: consuma-se com a prática da conduta, automaticamente, sem necessidade de comprovação de situação de perigo. Há presunção absoluta de que determinada conduta acarreta perigo a bem jurídico. Exemplo: tráfico de droga (Lei 11.343/2006, art. 33, caput). CRIME DE PERIGO ATUAL: o perigo está ocorrendo no momento. Exemplo: abandono de incapaz (CP, art. 133). CRIME DE PERIGO COLETIVO: é sinônimo de CRIME DE PERIGO COMUM. CRIME DE PERIGO COMUM: atinge um número indeterminado de pessoas. Exemplo: explosão criminosa (CP, art. 251). CRIME DE PERIGO CONCRETO: consuma-se com a efetiva comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. Exemplo: perigo para a vida ou saúde de outrem (CP, art. 132). CRIME DE PERIGO FUTURO: é sinônimo de CRIME DE PERIGO MEDIATO. CRIME DE PERIGO IMINENTE: o crime em que o perigo está prestes a ocorrer. CRIME DE PERIGO INDIVIDUAL: atinge uma pessoa determinada. Exemplo: perigo de contágio venéreo (CP, art. 130). CRIME DE PERIGO MEDIATO: a situação de perigo decorrente da conduta se projeta para o futuro, autorizando a criação de "tipos penais preventivos". Exemplo: porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ou restrito (Lei 10.826/2003, arts. 14 e 16). CRIME DE PERIGO: é o crime que se consuma com a mera exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. CRIME DE RESULTADO CORTADO: é sinônimo de CRIME FORMAL. CRIME DE RUA: é o delito cometido por pessoas de classes sociais desfavorecidas, como os furtos executados por miseráveis, andarilhos e mendigos. Esses crimes são cometidos em locais públicos e supervisionados pelo Estado (praças, parques, favelas etc.) e são, portanto, frequentemente objeto das instâncias de proteção (Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário). Quando não chegam ao conhecimento do Poder Público, compõem as cifras negras do Direito Penal. CRIME DE SIMPLES ATIVIDADE: é sinônimo de CRIME DE MERA CONDUTA. CRIME DE SUBJETIVIDADE PASSIVA ÚNICA: é o crime em que o tipo penal prevê uma única vítima. Exemplo: lesão corporal (CP, art. 129). CRIME DE TENDÊNCIA OU DE ATITUDE PESSOAL: define-se pela tendência afetiva do autor delimitando a ação típica, podendo variar conforme a atitude pessoal e interna do agente. CRIME DO COLARINHO BRANCO (WHITE COLLAR CRIME): é o delito cometido por indivíduos de elevada condição econômica que abusam de seu poder, como é o caso dos crimes contra o sistema financeiro nacional (Lei 7.492/1986), de lavagem de capitais (Lei 9.613/1998) e contra a ordem econômica (Lei 8.176/1991), entre outros. Raramente existem registros envolvendo delitos dessa natureza, o que dificulta a persecução penal e acarreta a impunidade das pessoas privilegiadas economicamente. Esses crimes, que ocorrem em locais privados (escritórios, restaurantes de luxo, casas, apartamentos etc.), são frequentemente desconhecidos pelo Estado, resultando na ausência do registro correspondente para possibilitar a persecução penal. São esses delitos que formam as "cifras douradas do Direito Penal". CRIME EM TRÂNSITO: é o crime em que apenas uma parte da conduta ocorre em um país,sem lesionar ou expor a perigo bens jurídicos de pessoas que vivem ali. CRIME ESPECIAL: sinônimo de CRIME PRÓPRIO. CRIME EVENTUALMENTE COLETIVO: é um crime que, apesar de seu caráter unilateral, a participação de vários agentes atua como causa para o aumento da pena. Exemplos: Furto qualificado (CP, art. 155, § 4°, IV) e roubo circunstanciado (CP, art. 157, § 2°, II). CRIME EVENTUALMENTE PERMANENTE: em geral, é instantâneo, mas a situação de ilicitude pode ser estendida no tempo pela vontade do agente. Exemplo: furto de energia elétrica (CP, art. 155, § 3º). CRIME EXAURIDO: é o crime onde o agente, após alcançar a consumação, persiste na agressão ao bem jurídico. Esse crime não constitui um novo delito, mas um desdobramento de uma conduta já perfeita e concluída. CRIME FALHO: trata-se da tentativa perfeita ou acabada. CRIME FALIMENTAR: é o crime descritos pela Lei de Falências (Lei 11.101/2005), que pode ser cometido antes ou depois da sentença declaratória da falência (ante ou pós-falimentares) ou ser cometido pelo falido ou por outra pessoa (próprios ou impróprios). CRIME FORMAL: é o crime no qual o tipo penal contém uma conduta e um resultado naturalístico, mas este último é desnecessário para a consumação. Ou seja, o crime estará consumado com a mera prática da conduta, mesmo que o resultado naturalístico possa ocorrer. Exemplo: extorsão mediante sequestro (CP, art. 159), onde basta a privação da liberdade da vítima com intenção de obter vantagem patrimonial indevida como condição ou preço do resgate para a consumação, mesmo que a vantagem não seja obtida pelo agente. CRIME FUNCIONAL IMPRÓPRIO: a ausência da qualidade funcional resulta em desclassificação para outro crime. CRIME FUNCIONAL OU DELICTUM IN OFFICIO: é o crime cujo tipo penal exige que o autor seja um funcionário público. Divide-se em próprio e impróprio. CRIME FUNCIONAL PRÓPRIO: a condição de ser funcionário público é indispensável. Na ausência desta condição, ocorre atipicidade absoluta. CRIME HABITUAL: pode ser próprio ou impróprio. No crime habitual próprio, a consumação só acontece com a prática reiterada e uniforme de vários atos que revelam um estilo de vida criminoso do agente. O crime habitual impróprio é aquele em que uma única ação é relevante para configurar o tipo, mesmo que sua repetição não configure uma pluralidade de crimes. CRIME HEDIONDO: é todo crime que se enquadra no artigo 1º da Lei 8.072/1990, na forma consumada ou tentada. CRIME INCONDICIONADO: é o crime em que a instauração da persecução penal é livre, independentemente, por exemplo, de representação da vítima, constituindo a ampla maioria de delitos no Brasil. CRIME INDEPENDENTE: é o crime que não apresenta nenhuma ligação com outro delito. CRIME INSTANTÂNEO DE EFEITOS PERMANENTES: é o crime cujos efeitos persistem após a consumação, independentemente da vontade do agente. Exemplo: bigamia (CP, art. 235). CRIME INSTANTÂNEO: é aquele cuja consumação se verifica em um momento específico, sem continuidade no tempo. Ex.: furto (CP, art. 155). CRIME LILIPUTIANO: é o nome doutrinário para contravenções penais. CRIME MATERIAL: é o crime onde o tipo penal contém uma conduta e um resultado naturalístico. A ocorrência deste último é necessária para a consumação do crime. Exemplo: Homicídio (CP, art. 121), onde a conduta é "matar alguém", e o resultado naturalístico é o falecimento da vítima, que consolida a consumação. CRIME MILITAR: o Código Penal Militar prevê crimes militares em tempo de paz (art. 9º) e em tempo de guerra (art. 10), podendo ser próprios ou impróprios. CRIME MONOSSUBJETIVO: é sinônimo de crime UNISSUBJETIVO. CRIME MONO-OFENSIVO: é o crime que ofende um único bem jurídico. Exemplo: furto (CP, art. 155), que viola o patrimônio. CRIME MULTITUDINÁRIO: é o crime praticado por uma multidão em tumulto, cuja definição específica depende do caso concreto. CRIME NÃO TRANSEUNTE: também chamado de crime de fato permanente, é aquele que deixa vestígio material. Exemplo: homicídio (CP, art. 121). CRIME NATURAL (OU MALUM PER SE): é o crime que viola valores éticos absolutos e universais. Exemplo: O homicídio, que atenta contra a vida humana. CRIME NECESSARIAMENTE PERMANENTE: a consumação exige a manutenção de uma situação contrária ao Direito por um tempo juridicamente relevante. Exemplo: sequestro e cárcere privado (CP, art. 148). CRIME OBSTÁCULO: refere-se a atos preparatórios tipificados como crime autônomo pelo legislador, como a associação criminosa (art. 288 do CP) e os petrechos para falsificação de moeda (art. 291 do CP). CRIME OMISSIVO ESPÚRIO: é sinônimo de CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO. CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO: o tipo penal é composto por uma ação, mas a omissão do agente acarreta a produção do resultado naturalístico, na forma do art. 13, § 2º, do CP. CRIME OMISSIVO PRÓPRIO: a omissão está contida no tipo penal. Exemplo: omissão de socorro (CP, art. 135). CRIME OMISSIVO PURO: é sinônimo de CRIME OMISSIVO PRÓPRIO. CRIME OMISSIVO QUASE IMPRÓPRIO: diz respeito ao crime em que a omissão não produz uma lesão ao bem jurídico, mas apenas um perigo. CRIME OMISSIVO: é o crime cometido por meio de uma conduta negativa, de uma inação. CRIME PARASITÁRIO: é sinônimo de CRIME ACESSÓRIO. CRIME PARCELAR: é o crime da mesma espécie que compõe a série da continuidade delitiva, presente os requisitos exigidos pelo art. 71, caput, do CP. A teoria da ficção jurídica considera os diversos delitos (parcelares) como um único crime para fins de aplicação da pena. CRIME PERMANENTE: é o crime cuja consumação se prolonga no tempo, de acordo com a vontade do agente. Durante esse período, a prisão em flagrante é permitida a qualquer momento. CRIME PLÁSTICO (OU MALUM PROHIBITUM): é o delito que, embora previsto em leis penais, não ofende valores universais éticos e absolutos. Exemplo: os crimes contra a ordem tributária, criados como meios de defesa do Estado contra o cidadão, em oposição à lógica do Direito Penal. CRIME PLURILATERAL: é sinônimo de crime PLURISSUBJETIVO. CRIME PLURILOCAL: é aquele cuja conduta e resultado se desenvolvem em comarcas diferentes, localizadas no mesmo país. CRIME PLURIOFENSIVO: é o crime que atinge dois ou mais bens jurídicos. Exemplo: latrocínio (CP, art. 157, § 3º, II), que afronta a vida e o patrimônio. CRIME PLURISSUBJETIVO: é o crime que o tipo penal exige a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou participes, imputáveis ou não, conhecidos ou desconhecidos, e inclusive pessoas em relação às quais já foi extinta a punibilidade. CRIME PLURISSUBSISTENTE: é o crime cuja conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, os quais devem somar-se para produzir a consumação. É possível a tentativa. Exemplo: homicídio praticado por diversos golpes de faca. CRIME PRINCIPAL: é o crime que possui existência autônoma, ou seja, independe da prática de um crime anterior. Exemplo: estupro (CP, art. 213). CRIME PROGRESSIVO: para a prática de um crime mais grave o agente tem de praticar um crime menos grave, e este é absorvido por aquele. Ex.: a lesão corporal em relação ao homicídio. CRIME PRÓPRIO COM ESTRUTURA INVERSA: refere-se aos crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração em geral (CRIMES FUNCIONAIS). CRIME PRÓPRIO IMPURO: espécie de crime próprio, a exclusão da especial posição do sujeito ativo resulta na desclassificação para outro delito. Exemplo: peculato furto para furto. CRIME PRÓPRIO PURO: espécie de crime próprio, a ausência da condição especial imposta pelo tipo penal leva à atipicidade do fato. Exemplo: prevaricação. CRIME PRÓPRIO: é o crime onde o tipo penal exige uma situação fática ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo. Admite coautoria e participação. CRIME PUTATIVO, IMAGINÁRIO OU ERRONEAMENTE SUPOSTO: ocorre quando o agente acredita ter praticado um crime, mas na realidade cometeu um indiferente penal. Divide-se em: crime putativo por erro de tipo,erro de proibição, delito por alucinação e crime putativo por obra do agente provocador. CRIME REMETIDO: verifica-se quando sua definição típica se reporta a outro crime, como no caso do uso de documento falso (art. 304 do CP). CRIME SIMPLES: é o crime que se amolda em um único tipo penal. Exemplo: furto (CP, art. 155). CRIME SUBSIDIÁRIO: é o crime que só se verifica se o fato não constitui um crime mais grave. CRIME TRANSEUNTE: também conhecido como crime de fato transitório, é aquele que não deixa vestígio material. Exemplo: delito praticado verbalmente, como ameaça. Observação: No delito transeunte, não se realiza a perícia (CPP, arts. 158 e 564, III, "b"). CRIME UNILATERAL: é sinônimo de crime UNISSUBJETIVO. CRIME UNISSUBJETIVO: é aquele em regra praticado por um único agente, mas que admite o concurso de pessoas. Exemplo: homicídio (CP, art. 121). CRIME UNISSUBSISTENTE: é o crime cuja conduta se revela mediante um único ato de execução, capaz por si só de produzir a consumação. Não admite a tentativa. Exemplo: crime contra a honra praticado com o emprego da palavra. CRIME VAGO: é o crime onde o sujeito passivo é uma entidade sem personalidade jurídica, como a família ou a sociedade. CRIME VAZIO: é uma modalidade específica de delito plástico, porém caracterizada pela ausência de proteção a qualquer bem jurídico. Existem juristas que não admitem esta categoria. Um exemplo para os adeptos desta categoria seria o delito de embriaguez ao volante (Lei 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro, art. 306), principalmente nas hipóteses em que o condutor do veículo automotor se encontra em via pública deserta, sem colocar em risco nenhuma outra pessoa além dele próprio. CRIMES DE RESPONSABILIDADE: podem ser próprios (crimes comuns) ou impróprios (infrações político- administrativas), apreciados pelo Poder Legislativo com imposição de sanções políticas. PROGRESSÃO CRIMINOSA: ocorre quando há mutação no dolo do agente, inicialmente cometendo um crime menos grave e depois praticando um delito de maior gravidade. QUASE-CRIME: é o nome doutrinário dado ao crime impossível e à participação impunível. Na verdade, não existe crime. 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