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3 Classificaçao de crimes

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CLASIFICAÇÃO DO CRIME
1. Crimes comuns, próprios e de mão própria 
CRIME COMUM - que não exige qualidade ou condição especial do sujeito ativo, qualquer pessoa pode praticar e qualquer pessoa pode vir a ser vítima, ex: artigos 121, 155, 171 CP.
CRIME PRÓPRIO - exige condição ou qualidade especial do sujeito ativo, não é qualquer pessoa que pode vir a praticar, no entanto, cabe coautoria e participação com outro. A condição ou qualidade está no tipo especial então pode haver a comunicação, portanto vai ter coautoria e participação na forma do art. 30 CP, ex: artigos 123 (infanticídio), 312 (peculato).
CRIME DE MÃO PRÓPRIA - Já o crime de mão própria, chamado também de crime de conduta infungível não cabe coautoria, de regra, mas cabe participação, ex: artigo 124 CP, auto aborto, consentimento para que outro provoque aborto na gestante; 342 CP (falso testemunho e falsa perícia).
	Na regra geral caberia só participação, mas na falsa perícia caberia coautoria, dois peritos realizando a perícia. 
No falso testemunho nada impede que o advogado atue em coautoria com a testemunha.
2. crimes simples e complexos 
CRIME SIMPLES – não precisa de outro crime para ocorrer, é um crime, em tese, independente, não tem mais circunstâncias que venham a qualificar, agregadas ao tipo penal, ex: artigo 121, caput CP; 155, caput CP.
CRIME COMPLEXO – são aqueles crimes que em tese há fusão de outros crimes para formar um mais grave, ex: roubo, exemplo de crime complexo puro (dois ou mais crimes para formar um), roubo é ameaça + furto + lesão corporal + constrangimento ilegal. Impuro (conduta com uma parte que vai agregar ao tipo penal, mas que não é considerada crime), ex: praticar conjunção carnal não é crime, mas se praticado mediante violência ou grave ameaça passa a ser estupro (estupro é crime complexo impuro – soma o constrangimento ilegal +conjunção carnal ou outro ato libidinoso)
3. crimes materiais formais e de mera conduta
CRIME MATERIAL – é aquele crime que para se consumar depende da produção de um resultado naturalístico, sem a produção deste resultado nãos e chega a consumação, pode responder por tentativa, ex: homicídio (morte), furto (subtração), roubo (subtração mediante violência ou grave ameaça).
CRIME FORMAL – para se consumar não depende da existência do resultado. Extorsão, vou agir com dolo, para se consumar não precisa haver a efetiva vantagem econômica, se consuma antes do resultado, ex: artigos 158, 297 CP (se falsifica é para usar, não precisa causar prejuízo a alguém, o fato de ter falsificado já se consuma); falsificação de moeda.
CRIME DE MERA CONDUTA – é aquele crime que se consuma com a prática da conduta e o tipo penal não traz nenhum resultado, ex: 150 CP (violação de domicílio) entrar ou permanecer sem o consentimento já se configura; 14 da lei 10.826/03 (porte); 33 da 11.343/06.
4. crimes instantâneos, permanente, de efeitos permanentes e a prazo 
CRIME INSTANTÂNEO – é aquele que se consuma rapidamente com a prática do agente, a conduta não se prolonga no tempo, ex: homicídio, lesão corporal, furto, adquirir droga.
CRIME PERMANENTE – a conduta se prolonga no tempo, aplico a lei vigente na época da cessação da conduta, art. 148 (sequestro); 159 (extorsão mediante sequestro); 
CRIME DE EFEITO PERMANENTE - não é o prolongamento da conduta, mas o efeito gerado pelo crime, ex: bigamia, homicídio (porque quando mata, o efeito se prolonga no tempo). 
Alguns são eventualmente permanentes, ex: furto é instantâneo, mas posso ter a prática do furto eventualmente permanente, ex: furto de energia elétrica, água.
CRIME A PRAZO – crime que tem que se esgotar num determinado lapso temporal para se consumar, ex: lesão corporal grave (quando gerar incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias – art. 129, §1º, I); omissão de cautela por equiparação na forma do artigo 13, p.u. do Estatuto do Desarmamento; apropriação indébita de coisa achada (tem o prazo de 15 dias para entregar para o dono ou autoridade competente).
	Para se consumar tem que decorrer o lapso temporal estipulado no tipo penal.
5. Crimes uni subjetivos, plurissubjetivos e eventualmente coletivos
CRIME UNI SUBJETIVO/ MONO SUBJETIVO/ CONCURSO EVENTUAL – pode ser praticado, em tese, por uma única pessoa, ex: homicídio, furto.
CRIME PLURISSUBJETIVO/ CONCURSO NECESSÁRIO – para ocorrer tem na condição de sujeito ativo mais de uma pessoa, por exigência do tipo penal, ex: rixa - art. 137 CP (mínimo 3); associação criminosa – art. 288 CP (mínimo 3); associação para o tráfico - art. 35 da Lei 11.343/06 (mínimo 2); organização criminosa – art. 1º, §1º, da Lei 12.850/13 (mínimo 4).
EVENTUALEMNTE COLETIVOS - de regra geral pode ser praticado por somente um, mas eventualmente pode incidir um circunstância qualificadora que traz a coletividade, ex: 155, §4º, IV furto qualificado – ele é eventualmente coletivo, embora que para a concretização do furto não precise ter 2 agentes; 157, §2º, II.
6. Crimes de subjetividade passiva única e de dupla subjetividade passiva
CRIME DE SUBJETIVIDADE PASSIVA ÚNICA – tem apenas um sujeito passivo, ex: homicídio, furto (não ofende necessariamente duas pessoas).
DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA – uma conduta que recai em cima do sujeito passivo vc acaba ofendendo dois, ex: art. 125 CP (aborto provocado sem o consentimento da gestante – figura no polo passivo tanto a gestante como o feto); lesão corporal seguida de aborto.
7. crimes de dano e de perigo
CRIME DE DANO – tem que ocorrer um dano,ex: 129 caput; homicídio.
CRIME DE PERIGO – 
	- Abstrato – perigo presumido pela lei, ex: art. 306 CTB (dirigir embriagado), art. 14 do Estatuto do desarmamento (porte ilegal); 33 da Lei de Drogas. Não precisa ocorrer o perigo no caso concreto, o perigo já é presumido pela lei.
	- Concreto – tem que ocorrer o perigo no caso concreto, ex: art. 309 CTB (dirigir sem habilitação), tem que causar o perigo de dano senão é mera infração administrativa; 308 CTB (racha).
8. Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes
CRIME UNISSUBSISTENTE – são aqueles praticados por apenas um ato, portanto não cabe tentativa. Não tem como dividir em atos porque vc realiza o crime num ato só, ex: injúria verbal.
CRIME PLURISSUBSISTENTE – são aqueles crimes que podem ser divididos por atos, portanto cabe tentativa, ex: homicídio, injúria na forma escrita.
9. Crimes comissivos, omissivos e de conduta mista	
CRIME COMISSIVO – demandam uma ação, ex: homicídio, estupro, furto, roubo, estelionato.
CRIME OMISSIVO – 
- Próprio – vem de ordem mandamental, ele manda o sujeito agir, se o sujeito não agir responde pelo resultado, ex: art. 135 CP, 13 do Estatuto do Desarmamento, deixar o agente de ....
- Impróprio/ comissivos por omissão – o crime como regra é praticado através de uma ação, mas pela figura do agente ser agente garantidor, ele tem a obrigação de evitar o resultado, esse crime que de regra é praticado por uma ação, pode vir a ser praticado por uma omissão, ex: homicídio (não fornecer alimento à criança – para praticar homicídio de regra depende de ação, mas quando tem a figura do agente garantidor pode responder pelo homicídio através de uma omissão, responde na forma do artigo 13, §2º CP).
CRIME DE CONDUTA MISTA (comissiva + omissiva) – o agente age em determinado monto, pratica uma ação e depois uma omissão, ex: apropriação indébita de coisa achada (vai lá acha a coisa e depois se omite em não entregar).
10. Crimes de forma livre e de forma vinculada
CRIME DE FORMA LIVRE – pode utilizar qualquer meio de execução para praticar o crime, ex: 147 CP (escrever, falar).
CRIME DE FORMA VINCULADA – para praticar o crime necessariamente demanda aquela vinculação da conduta ao meio de execução do agente, ex: artigo 130 CP (contágio venéreo).
11. Crimes mono-ofensivos e pluriofensivos
CRIME MONO-OFENSIVO – ofendem apenas um bem, art. 121 CP (ofende a vida).
CRIME PLURIOFENSIVO – protege mais de um bem, art. 157 CP (roubo – protege o patrimônio + liberdade pessoal, integridade física).
12. Crimes principais e acessórios
CRIME PRINCIPAL – aquele que independede outro, ex: homicídio, furto, roubo, estelionato, estupro. A regra é que seja principal.
CRIME ACESSÓRIO/ CRIME PARASITÁRIO – depende de outro crime, ele acompanha o principal, ex: receptação.
13. Crimes à distância, plurilocais e em trânsito
CRIME À DISTÂNCIA – envolve a soberania de 2 países, ex: mando uma carta bomba do Brasil para o Paraguai (pratiquei a ação no Brasil, quando chega no Paraguai o indivíduo abriu e estourou a cabeça dele – resultado).
CRIME PLURILOCAL – envolve mais de uma comarca, a conduta do agente passa por mais de uma comarca, ex: pratica assalto em Foz, fui para medianeira, pratiquei outro, fui para Cascavel e novamente cometi outro; sequestrei alguém em Foz e levei para um cativeiro em Cascavel, mas dentro do território nacional, invade a competência de mais de uma comarca.
CRIME EM TRÂNSITO – envolve a soberania de mais de dois países, ex: comecei a praticar o tráfico no Brasil, passei pelo Paraguai e fui para o Chile.
14. Crimes condicionados e incondicionados 
CRIME CONDICIONADO – em tese, para ocorrer depende de alguma condição para ter sua configuração, ex: 122 CP induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, para se consumar tem que ocorrer a morte ou lesão corporal grave ou gravíssima.
	Tem outro que é através de condição, também chamado de condição objetiva de punibilidade – são os crimes contra a ordem tributária do artigo 1, I ao IV da Lei 8.137/90 (para ter a punibilidade tem que ter o lançamento definitivo do tributo, SV 24 STF).
CRIME INCONDICIONADO – de regra o crime é incondicionado, não precisa de nenhuma condição, a persecução penal não depende de nada, ex: homicídio.
15. Crime gratuito
CRIME GRATUITO – crime que não tem motivo, você não consegue identificar o motivo. Ex: homicídio simples, sem motivação.
16. Crime de ímpeto
CRIME DE ÍMPETO – o indivíduo pratica naquele momento de ímpeto dele, sob domínio de violenta emoção, ex: art. 121, §1º  CP (homicídio privilegiado) sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.
17. Crime exaurido
CRIME EXAURIDO – o crime traz um resultado, para se consumar não precisa chegar a este resultado, se chegar a esse resultado vai ser mero exaurimento da conduta do agente, porque não precisava chegar a este resultado para o crime se consumar, ex: extorsão – art. 158 CP, é crime formal, para se consumar não precisa que o indivíduo obtenha a vantagem econômica, mas se tiver a vantagem econômica vai ser mero exaurimento da conduta dele.
18. Crime de circulação
CRIME DE CIRGULAÇÃO – são os crimes previstos no CTB/ crimes de trânsito - 9.503/97.
19. Crime de atentado ou de empreendimento
CRIME DE ATENTADO OU EMPREENDIMENTO – a tentativa é punida como se fosses na forma consumada, ou seja, não cabe tentativa, ex: 352 CP (tentar ou evadir-se o preso mediante violência); art. 3º, da Lei 4898/65 – Lei de abuso de autoridade.
20. Crime de opinião ou de palavra
CRIME DE OPINIÃO OU DE PALAVRA – o indivíduo extrapola na livre manifestação do pensamento e consequentemente pode vir a ser responsabilizado criminalmente, ex: art. 331 CP desacato; art. 140 CP injúria; art. 20 da Lei 7.716/89 racismo.
21. Crime multitudinário
CRIME MULTITUDINÁRIO – praticado pela multidão, envolve a multidão
22. Crime vago
CRIME VAGO/ DE VITIMIZAÇÃO DIFUSA – crime que não consegue ser determinada a pessoa física ou jurídica que está sendo em tese sujeito passivo, é a coletividade, ex: art. 14 do estatuto do desarmamento, Lei 10.826/03; 33 da Lei de Drogas; art. 15 da Lei 10.826/03 (disparo de arma de fogo); subtração de cadáver (morto não pode ser sujeito passivo, nessa hipótese a família não pode ser).
23. Crime internacional
CRIME INTERNACIONAL – é aquele que por tratado ou convenção devidamente incorporado no ordenamento jurídico pátrio o Brasil se comprometeu a evitar/ punir, ex: tráfico de pessoas 149-A CP; tráfico de drogas.
24. Crime de mera suspeita, sem ação ou de mera posição
CRIME DE MERA SUSPEITA, SEM AÇÃO OU DE MERA POSIÇÃO – vc não está avaliando a conduta do agente pela prática do fato, mas sim por uma suspeita que ele pode vir a carregar, as vezes vc analisa por características físicas do indivíduo ou pelas características do momento que o indivíduo está ali, ex: 25 da LCP (portar chave mixa, gazua), mas o art. 25 LCP foi declarado inconstitucional pelo STF.
25. Crime inominado
CRIME INOMINADO – é o que ofende a regra ética ou cultural, mas se não tem lei, não cabe para nós pq tem que advir através de lei. 
26. Crime habitual
CRIME HABITUAL – crime que o indivíduo utiliza a conduta dele de forma reiterada, ex: 284 CP (exercício ilegal da medicina); 284 (curandeirismo), tem que praticar mais de uma conduta, de forma reiterada como se fosse um estilo de vida dele.
27. Crime profissional
CRIME PROFISSIONAL – é o crime habitual praticado com finalidade lucrativa, utiliza como se fosse a profissão dele, mas utiliza de uma atividade ilícita, 230 CP (rufianismo – cafetão, explora sexualmente alguém).
28. Quase Crime
QUASE CRIME – crime impossível, art. 17 CP (impossibilidade absoluta do meio de execução ou absoluta impropriedade do objeto material)
29. Crime subsidiário 
CRIME SUBSIDIÁRIO – somente se verifica quando não constituí um crime mais grave, ex: 163, III CP (dano qualificado quando tiver substância inflamável, mas subsidiário, não configura se a finalidade for pratica crime mais grave, soldado de reserva), ex: um incêndio seria mais grave que um dano qualificado – incêndio vai ser aplicado de forma principal, o dano vai ser o soldado reserva.
30. Crime hediondo 
CRIME HEDIONDO – todos aqueles previstos no artigo 1º da Lei 8.072/90, tem que necessariamente estar previsto no artigo 1º, se não estiver pode ser equiparado, ex: lesão corporal grave ou gravíssima, praticado contra os agentes de segurança pública, latrocínio.
31. Crime de expressão
CRIME DE EXPRESSÃO – se caracteriza pela existência de um processo intelectivo interno do autor, ex: 342 CP (falso testemunho).
32. Crimes de catálogo 
CRIME DE CATÁLOGO – é aquele que o agente quer e persegue o resultado que não necessita ser alcançado para a consumação, ex: 159 CP (extorsão mediante sequestro – não precisa receber o resgate para que o crime se consume, ele se consuma antes).
33. Crime de intenção
CRIME DE INTENÇÃO – o indivíduo persegue o resultado, que não precisa ser alcançado para se consumar, ex: 159 CP, 158.
34. Crime de tendência ou de atitude pessoal
CRIME DE TENDÊNCIA OU DE ATITUDE PESSOAL – o que vale é a tendência efetiva do autor da ação típica, ver efetivamente o que pode ser configurado, ex: ginecologista que começa a tocar a mulher para satisfazer a lascívia dele, vai ser responsabilizado pelo crime de violação sexual mediante fraude.
35. Crime mutilado de dois atos ou tipos imperfeitos de dois atos
CRIME MUTILADO DE DOIS ATOS – o indivíduo pratica um crime anteriormente, mas na verdade a finalidade dele é praticar uma conduta consequente, ex: 289 CP falsificação de moeda, vc falsifica para usar, não para guardar, quem falsifica vai usar, vender, explorar – para se consumar não precisa vender, se consuma com a falsificacao; 297 CP falsificar documento público, falsifica pra usar, só o fato de ter falsifica já está consumado.
36. Crime de ação violenta 
CRIME DE AÇÃO VIOLENTA – cometido mediante o emprego de violência contra pessoa ou grave ameaça, ex: roubo, estupro, tortura – artigo 1º, I, Lei 9.455.
37. Crime falho
CRIME FALHO – tentativa perfeita, é quando o indivíduo esgota todos os meios de execução disponíveis, mas o crime não se consuma por circunstâncias alheias a sua vontade.
38. Crime putativo, imaginário ou erroneamente suposto
CRIME PUTATIVO – é aquele que o agente acredita ter praticado um crime quando na verdade cometeu um indiferente penal.
	Crime putativo por erro de tipo – o agente pensa que, em tese, praticou o crime, mas gerou um crime impossível/ crime putativo por erro de tipo.
	Crime imaginário, também chamado de delito de alucinação – pensa que é crime, mas pode ser um indiferente penal.
39. Crime remetidoCRIME REMETIDO – o artigo vai te remeter para outro crime que passa a integrá-lo, ex: art. 304 CP (uso de documento falso).
40. Crime obstáculo
CRIME OBSTÁCULO – é aquele que retrata atos preparatórios, tipificado como crime autônomo pelo legislador. Aquele que é punido por atos preparatórios, ex: 288 CP (associação criminosa); 291 (petrechos para falsificação de moeda), mesmo que ele não chegue a falsificar, pode ser punido, comprou o maquinário para falsificar moeda.
São punidos por atos preparatórios, entretanto, em tese, não cabe tentativa.
41. Crimes de responsabilidade
CRIME DE RESPONSABILIDADE – divide-se em:
	Crimes de responsabilidade próprios – pode vir a responder criminalmente, crimes comuns.
	Crimes de responsabilidade impróprios – não são crimes, são infracções política administrativa.
42. Crimes de impressão
CRIMES DE IMPRESSÃO – o indivíduo trabalha em cima do estado de ânimo da vítima.
	Crimes de impressão envolvendo a inteligência – enrola a vítima com emprego ardil, ex: 171 CP.
	Crimes de impressão que você vai atuar em cima da vontade da vítima – ex: sequestro, quando vai sequestrar não pergunta se ela quer.
	Crime de impressão que atua em cima do sentimento, ex: injúria.
43. Crimes de militares
CRIMES DE MILITARES – crimes previstos na forma do Código Penal Militar, ex: art. 9º 
	Podem ser classificados em:
	Crimes militares próprios – só tem previsão no CPM, ex: deserção.
	Crimes militares impróprios – tem previsão no CPM e também no CP comum, ex: homicídio. Pode ser também aquele crime praticado por particular que tem a previsão no CPM, não é praticado pelo militar em si, ex: causa situação de impossibilidade de prestar o serviço militar, vc é um civil e vai responder perante o CPM.
	Crime militar por extensão – aplicado na forma do artigo 9, II, (nova redação da Lei 13.491/17) posso ter crime militar mesmo sem previsão no CPM, só com base na legislação penal comum, se envolver as hipótese do artigo 9º, II, posso ter um crime militar por extensão.
44.crimes falimentares
CRIMES FALIMENTARES – são os crimes tipificados na lei de falências, lei 11.101/2005.
45. Crimes funcionais
CRIMES FUNCIONAIS – 
	Próprios – só pode ser praticado por funcionário público, se não for funcionário público se torna um indiferente penal, ex: 319 CP, prevaricação; 320 CP, condescendência criminosa.
	Impróprio – se tirar a qualidade de funcionário público o agente responde por outro tipo penal, ex: art. 312 (peculato apropriação –> apropriação indébita 168 CP); 312, § 1º CP (peculato furto -> furto). 
46. Crimes parcelares
CRIMES PARCELARES – são aqueles que compõem da mesma espécie que compõem a serie da continuidade delitiva, em tese, vai ter a situação do crime continuado, previsão no artigo 71 CP, praticou 5 furtos na mesma condição de tempo, lugar e modo de execução, cada crime de furto é uma parcela desse crime continuado, o que vai influenciar na hora em que o juiz for aumentar a pena.
47. Crimes de hermenêutica
CRIMES DE HERMENÊUTICA – são os que resultam unicamente da interpretação dos operadores do direito, envolvem uma situação concreta, mas que não existem provas, para nós isso não tem tanta viabilidade, porque tem que ser analisado através da lei.
48. Crime liliputiano
CRIME LILIPUTIANO – nada mais é que a contravenção penal/ crime vagabundo/ crime anão/ crime formiga.
49. Crime de rua, crimes do colarinho branco e crimes do colarinho azul
CRIMES DE RUA – crimes praticados pelas pessoas de classe social menos favorecidas, ex: furto, roubo
CRIME DE COLARINHO BRANCO – geralmente envolvem a ordem econômica, lei 7.492/86, 9.613/98, 8.076/99
CRIME DE COLARINHO AZUL – fazem alusão às finas camisas usadas pelos executivos das grandes empresas, crimes de escritório, envolvendo o sistema financeiro
50. Crime de plástico
CRIME NATURAL – a evolução da sociedade sempre vai ter que punir, desde sempre foi punido, ex: homicídio, estupro.
CRIME PLÁSTICO – antigamente não era punido, mas com a evolução da sociedade achou por bem tomar caráter transindividuais em determinados pontos e proteger determinados bens incriminando tipos de condutas novas, ex: crimes contra licitações, sistema de informática, ambientais.

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