Buscar

Apostila Mec

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COLÉGIO AGRÍCOLA - LAPA
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
	
	
	
	
LAPA – PR
2013
MONTAGEM E ELABORAÇÃO DA APOSTILA
HEITOR VIDAL LEONARDI – ENG. AGRÔNOMO
PROFESSOR DISCIPLINA DE INFRAESTRUTURA 
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
INDICE
MOTORES											03
TRATORES AGRÍCOLAS									19								
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS								33
PLANTADORAS E SEMEADORAS							61
PULVERIZADORES									78
COLHEDORAS AUTOPROPELIDAS						 113
20
MOTORES
Histórico: os primeiros motores de combustão externa apareceram no século XVIII e o combustível utilizado era a lenha, naquela época abundante e de baixo custo. Estes motores a vapor eram geralmente utilizados em máquinas estacionárias.
	
		
No século XIX apareceram os primeiros motores de combustão interna. Neles o combustível era queimado dentro do motor e seu aparecimento provocou um rápido desenvolvimento mecânico. Estes motores levaram vantagem sobre as máquinas a vapor pela sua versatilidade, eficiência, menor peso por CV (cavalo-vapor), funcionamento rápido e possibilidade de adaptação a diversos tipos de máquinas.
	O primeiro motor de combustão interna foi construído pelo alemão LENOIR, em 1860, e tinha potencia de 1 CV (cavalo-vapor), trabalhando com gás de iluminação.	
Em 1861, OTTO e LANGEN, baseando-se na máquina de LENOIR, construíram um motor que comprimia a mistura de ar e gás de iluminação, com ignição feita por uma centelha elétrica.
Em 1862, o engenheiro francês BEAU DE ROCHAS publicou estudos teóricos e estabeleceu alguns princípios termodinâmicos baseados no motor de OTTO. Este por sua vez, baseado nos estudos de ROCHAS desenvolveu um novo motor: o motor de ciclo OTTO apresentado em 1872. Estes motores usavam como combustível o gás de carvão ou gasogênio, com ignição feita por centelha elétrica.
Em 1889 fez-se a primeira aplicação de motor OTTO ema veículos, utilizando como combustível a gasolina.
Em 1897, finalmente o engenheiro francês filho de pais alemães RUDOLF DIESEL, após várias tentativas desenvolveu um motor monocíclico com 20 CV a 172 RPM. O motor consumia 247 gramas de combustível por hora, com rendimento térmico de 27%. Assim que o motor funcionou, ele cedeu licença de fabricação para empresas MAM-DEUTZ-SULZER.
O motor a combustão interna de quatro tempos, que DIESEL denominou “motor térmico racional”, acabou ficando conhecido como motor diesel, e até os dias de hoje detém a liderança dos rendimentos térmicos diante de todos os outros motores.
Os motores modernos são derivados dos construídos por OTTO e DIESEL, e suas características básicas são as seguintes:
1- MOTORES DE CICLO OTTO: utilizam combustível de alta volatilidade, como a gasolina e o álcool. Para ignição, necessitam de centelha produzida pelo sistema elétrico.
2- MOTORES DE CICLO DIESEL: utilizam como combustível o óleo diesel. A inflamação do combustível injetado sob pressão na câmara de combustão ocorre pela compressão de ar e, consequentemente, elevação de temperatura.
MOTOR DIESEL
	Motor é uma máquina que converte qualquer forma de energia em trabalho mecânico. O motor de combustão transforma energia térmica (calorífica) em trabalho mecânico (energia mecânica). Obtém-se cerca de 34% de aproveitamento do calor transformado em trabalho ou força.
1- Combustão
	
	-Comumente chamada de fogo, a combustão é uma reação química caracterizada pela sua instantaneidade e, principalmente, pelo grande desprendimento de luz e calor.
-Para iniciar uma combustão é necessário obter em proporções adequadas três elementos fundamentais, que são: ar, combustível e calor, formando assim o triangulo do fogo.
	Os motores de combustão interna são aqueles em que o combustível é queimado internamente.
	Um mecanismo construído por pistão, biela e virabrequim é que transforma a energia térmica (calorífica) em energia mecânica.
	O movimento alternativo (vai e vem) do pistão dentro do cilindro é transformado em movimento rotativo por meio da biela e do 
virabrequim.
Os motores de tratores possuem um ou mais cilindros e um correspondente número de pistões e bielas
→ A perfeita coordenação dos êmbolos resulta rotação contínua e uniforme de manivelas.
	1
	ADM
	COMP
	TRAB
	ESC
	2
	ESC
	ADM
	COMP
	TRAB
	3
	TRAB
	ESC
	ADM
	COMP
	4
	COMP
	TRAB
	ESC
	ADM
	
	
ADMISSÃO: o pistão desce, estando a válvula de admissão aberta e a de escape fechada. Ao descer o pistão cria uma depressão no cilindro. O ar é então forçado pela pressão atmosférica a entrar no cilindro, passando pelo filtro de ar e pela tubulação de admissão. A quantidade de ar admitida é sempre a mesma, qualquer que seja a potência que estiver sendo utilizada ou a posição do acelerador.
COMPRESSÃO: o pistão sobe, as válvulas de admissão e escape estão fechadas. O ar admitido na fase de admissão é comprimido até ocupar o volume da câmara de combustão, devido à compressão ocorre o aquecimento do ar. No final da compressão o bico injetor injeta, finamente pulverizado, o óleo diesel no interior da câmara de combustão. O óleo diesel, em contato com o ar aquecido, se inflama, iniciando assim a combustão.
COMBUSTÃO: o pistão desce, acionado pela força de expansão dos gases queimados. As válvulas de admissão e escape estão fechadas. A força de expansão dos gases queimados é transmitida pelo pistão à biela e desta ao virabrequim, provocando assim o movimento de rotação do motor. A expansão é o único tempo que produz energia, sendo que os outros três tempos consomem uma parte dessa energia. A energia produzida é acumulada pelas massas do virabrequim e do volante.
ESCAPE: o pistão sobe, estando a válvula de escape aberta e a de admissão fechada. Os gases queimados são expulsos através da passagem dada pela válvula de escape.
ÓRGÃOS COMPONENTES DO MOTOR
1- Bloco: é o maior órgão do motor e sustenta todas as outras partes.
2- Cabeçote: fecha o bloco na sua parte superior.
	
	
3- Cárter: fecha o bloco na parte inferior e serve de depósito do óleo lubrificante do motor.
4- Pistão: é o órgão do motor que recebe o movimento de expansão de gases. No pistão encontram-se dois tipos de anéis:
- Anéis de vedação.
- Anéis de lubrificação.
5- Biela: é o órgão do motor que liga o pistão ao virabrequim.
6- Virabrequim: também chamado de girabrequim ou árvore de manivelas. Possui mancais de dois tipos:
- Excêntricos: estão ligados aos pés da biela.
- De centro: sustentam o virabrequim ao bloco.
7- Volante: é fixado ao virabrequim e acumula a energia (energia em movimento).
8- Válvulas: existem dois tipos de válvulas:
- Admissão: permite a entrada do ar.
- escape: libera a passagem dos gases originados na combustão.
TURBO COMPRESSOR
	A superalimentação consiste em substituir a admissão normal por uma admissão mais eficiente, de modo a assegurar um melhor enchimento do cilindro proporcionando maior potencia e maior rendimento. Um motor de aspiração normal necessita de pressão atmosférica para encher os cilindros de ar que será queimado com o combustível para produzir força mecânica. O tempo de entrada de ar quando a válvula está aberta é relativamente curto, e esta quantidade de ar limita a injeção de combustível e, como conseqüência, a potencia do motor.
	
	
	O turbo compressor é instalado sobre o coletor de escape do motor e consiste em um eixo suportado por dois mancais flutuantes em cada ponta. O rotor da turbina é movido pelos gases de escape fornecendo o ar para o coletor de admissão por meio de um compressor, que irá comprimir mais ar dentro do cilindro aumentando a pressão além da atmosfera.
	Como foi colocada uma quantidade maior dentro do cilindro, é possível injetar mais combustível, o que resulta numa maior potência.
	
Importante:
Durante a operação, o turbo compressor gira altas rotações (cerca de 80.000 à 100.000 RPM). Portanto, ao ligar o motor, mantenha-o girando sem carga por aproximadamente um minuto. Isso se faz necessário para estabilizar o fluxo de óleo de lubrificação antes de aumentar a rotação. Da mesma forma, antes de desligar o motor, mantenha-o girando sem carga por aproximada-menteum minuto, a fim de permitir o esfriamento uniforme da turbina e do coletor.
MOTOR DIESEL
O motor Diesel é construído por 5 sistemas:
1- Sistema de alimentação de ar;
2- Sistema de alimentação de combustível;
3- Sistema de lubrificação;
4- Sistema de arrefecimento;
5- Sistema elétrico.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE AR
FILTRO DE AR SECO
Componentes:
- Pré-filtro ou Coletor de Pó: tem por função reter as impurezas de maior peso, aumentando com isso os intervalos de saturação do filtro principal, uma vez que retém grande parte das partículas suspensas no ar. Sua limpeza é feita sempre que houver acumulo de impurezas no seu interior.
- Carcaça do Filtro Principal: aloja o ciclonizador (direcionador), filtro principal (primário), filtro de segurança (secundário) e em sua base um sistema de coletor de poeira.
- Ciclonizador e direcionador: na medida em que o ar é aspirado na carcaça, os direcionadores criam uma ação centrifuga que arremessa as partículas pesadas para a extremidade da carcaça, onde caem em um coletor de poeira. Dessa forma o ar chega até o elemento de papel distribuído uniformemente, no qual o restante da impureza é filtrada.
- Coletor de Poeira: sistema para eliminar as impurezas que se acumulam na extremidade da carcaça do filtro principal. Podemos encontrar motores que possuem válvula de descarga e outros que possuem um corpo coletor de pó, esse sistema deve ser inspecionado e limpo diariamente (10 horas). Existem motores que contam com um sistema que expele a poeira por meio de um tubo ligado ao escapamento (venturi), fazendo assim uma autolimpeza da carcaça, aumentando consideravelmente o intervalo de limpezas.
- Conjunto de filtros principal e de segurança: os filtros de ar no motor retêm as partículas de impurezas contidas no ar, evitando ação abrasiva destas sobre os componentes internos do motor.
- Indicador de Obstrução: acusam o momento correto de realizar a manutenção do filtro principal. Os indicadores de restrição funcionam a partir de um vácuo criado pela própria saturação. Portanto, quando a luz indicadora acender no painel ou quando a faixa vermelha do indicador de obstrução aparecer no visor será o momento mais adequado para se fazer a limpeza do filtro principal. Isso indica que o filtro atingiu o seu limite máximo de saturação.
MANUTENÇÃO
Para a limpeza do filtro de ar (principal) devemos aplicar um jato de ar com pressão máxima de 70 lb/pol2, sempre de dentro para fora, num ângulo de 45o.
	Em seguida, com uma lâmpada observe se há algum furo ou dano no seu interior.
	Recomenda-se no máximo 4 limpezas no filtro principal ou substituí-lo anualmente ou a cada 1000 horas de trabalho.
	O filtro de segurança deve ser substituído a cada 1000 horas ou anualmente, não aceitando nenhum tipo de limpeza.
	Devemos verificar o aperto das braçadeiras, o estado das mangueiras e da borracha de vedação do filtro.
	Observação:
Em caso de danos no filtro principal, este deve ser substituído juntamente com o filtro de segurança.
	Importante:
Nunca limpe os filtros utilizando os gases do escapamento.
FILTRO DE AR – BANHO DE ÓLEO
Neste sistema, o ar é dirigido ao reservatório de óleo, que fica localizado na base da carcaça do filtro. As partículas maiores ficam retidas nesse óleo, enquanto o ar flui pela palha metálica arrastando consigo gotículas de óleo que mantém o elemento umedecido, retendo as partículas menores. A eficiência desse sistema não ultrapassa 80% e é prejudicada quando o motor funciona em baixa rotação, pois nesse caso as partículas acompanham o fluxo de ar e atingem o motor. Outra vantagem é que o sistema exige manutenção freqüente e demorada.
	A manutenção deve ser feita quando o óleo estiver saturado. O óleo recomendado é o SAE 30 e não devemos jamais usar óleo queimado. Os novos filtros de ar são vulcanizados e não deverão ser realizadas manutenções de limpeza, apenas a troca quando acender a luz de restrição do filtro de ar no painel. A limpeza danifica e condena o elemento de filtro primário.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTIVEL
	
	Este sistema supre as necessidades de combustível do motor, mantendo uma reserva que atenda seus diversos regimes de rotação e carga.
	A pureza e a limpeza dos combustíveis são fatores importantes para o bom funcionamento e durabilidade da bomba injetora e dos bicos injetores, que são mecanismos precisos e sensíveis, lubrificados pelo próprio óleo diesel.
	Os cuidados com o sistema começam com o correto armazenamento do combustível.
	Para isso, siga as seguintes instruções:
- os reservatórios e tambores devem ficar abrigados do sol, da chuva e da poeira, deitados sobre cavaletes inclinados, com a torneira posicionada a 7,5cm acima do fundo do tambor ou reservatório, o resto de combustível que ficar abaixo da torneira não deverá ser utilizado para abastecer.
- Utilize sempre vasilhames, bombas, mangueiras e utensílios limpos para reabastecer o trator.
COMPONENTES DO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTIVEL
Tanque de Combustível:
- deve ser reabastecido no final de cada jornada de trabalho, para evitar a condensação de água dentro do tanque;
- periodicamente, verifique o estado da borracha de vedação da tampa do tanque, e a obstrução do respiro;
- o tanque não pode ter material galvanizado, pois o revestimento de zinco reage com o diesel formando resinas;
- os tanques posicionados sobre o motor possuem uma torneira com tela filtrante, sempre que necessário remova-a para efetuar sua limpeza;
- nos tanques localizados ao lado da transmissão existe um bujão de dreno ou uma tela na qual fica embutida a ponta do tubo pescador de óleo, podendo-se efetuar uma limpeza ou drenagem do bujão.
Bomba Alimentadora:
- mediante comando mecânico ou manual, retira o combustível do tanque e envia sob pressão à bomba injetora;
- a bomba alimentadora sistema CAV possui uma tela filtrante que deve ser limpa a cada 100 horas. Para isso, remova o bujão ou tampa superior que dá acesso á tela filtrante; ao recolocá-la, observe que o flange deve ficar voltado para baixo.
	
	
	
- No sistema BOSCH essa tela filtrante se encontra no parafuso banjo de entrada do combustível.
Sedimentador ou Pré-filtro:
- tem a função de separar a água e impurezas do combustível por sedimentação (a água e as impurezas são mais pesadas que o óleo e se depositam no fundo);
- diariamente o operador deve drenar a água e impurezas contidas no depósito do sedimentador. Para isso, solta-se o bujão de dreno localizado na parte inferior do mesmo.
- a cada 200 horas deve-se remover o sedimentador e fazer uma limpeza; deve-se fazer uma inspeção e substituição dos anéis de vedação caso estejam danificados.
- para os tratores equipados com sedimentador ou pré-filtro, deve-se drenar diariamente (10 horas) e fazer uma limpeza a cada 200 horas.
- para tratores equipados com sedimentador Irlemp-Racor, deve-se drenar diariamente e substituí-lo a cada 500 horas de trabalho.
- para modelos com pré-filtros, deve ser feita uma limpeza com 400 horas e sua substituição com 800 horas.
Filtros:
- os filtros são os principais projetores do sistema de injeção. Na maioria dos casos os tratores são equipados com filtros de cartucho em tubo de filtro BOSCH, não tolerando, portanto, ultrapassar seu período de troca.
- os filtros devem ser drenados e substituídos em períodos específicos para cada marca (ver manual do trator).
Bomba Injetora:
- efetua a distribuição e dosagem do combustível sob determinada pressão nos cilindros, conforme necessidade do motor.
- existem três sistemas de injeção de óleo diesel no Brasil:
1- Bomba injetora em linha BOSCH;
2- Bomba injetora rotativa CAV-BOSCH STANADYNE.
3- Bomba injetora BOSCH.
Bomba injetora em linha:
É uma bomba com distribuidor rotativo, comporta um único elemento de dosagem com pistões opostos, que alimentam um distribuidor rotativo.
	Atenção
Somente pessoa especializada e autorizada poderá regular a bomba injetora.
As bombas injetoras de elemento linha (Bosch) possuem um reservatório de óleo lubrificante. Este óleo deverá ser completado a cada50 horas.
→Procedimento:
1- retire a tampa de abastecimento da bomba injetora;
2- coloque óleo lubrificante novo, da mesma especificação utilizada no motor (SAE30 ou 15W40) até observar que pelo furo do dreno comece a fluir lubrificante novo.
DESAERAÇÃO DO SISTEMA DE
ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTIVEL
- Sangria – 
Bomba Injetora Bosch com elementos em linha:
1- Solte o parafuso de conexão.
2- Acione a bomba alimentadora até que o óleo diesel comece a fluir sem bolhas de ar.
3- Aperte o parafuso. Acione novamente a bomba alimentadora manual por alguns minutos e tende a partida do motor.
Obs: repetir o procedimento, se necessário.
Sangria de bomba injetora rotativa
Bomba horizontal e Bomba vertical CAV
1- solte o parafuso de sangria (A) da bomba injetora e acione a bomba alimentadora até que saia somente óleo diesel isento de bolhas de ar. Aperte o parafuso.
2- solte o parafuso de sangria (B) e acione novamente a bomba alimentadora.
3- quando sair somente combustível isento de ar, feche o parafuso.
4- solte 7 voltas do parafuso banjo (C) e dê a partida no motor com o acelerador no final do curso. Assim que o motor ligar, baixe a rotação e aperte novamente o parafuso banjo (C). Nos modelos de trator que não possuírem o parafuso banjo, solte uma ou duas conexões junto aos bicos injetores e dê a partida.
5- assim que o trator ligar, aperte as conexões.
Bomba Injetora Bosch
Nos tratores equipados com a bomba Bosch proceda da seguinte maneira:
1- com a chave “L” de 12 mm, solte o parafuso da bomba;
2- gire a chave de partida para o primeiro estágio.
3- acione a bomba alimentadora até que saia somente óleo diesel.
4- aperte o parafuso central.
5- dê a partida com o acelerador em marcha lenta.
Bicos Injetores:
- Produz um jato bem direcionado, com a força de pressão requerida e finamente pulverizado (atomizados).
- Bicos injetores desregulados ou danificados provocam deficiência na injeção, aumentando o consumo de combustível provocando sensível perda de potência, além de comprometer a vida útil do motor e o meio ambiente pela emissão dos gases tóxicos (fumaça).
- Para se obter rendimento e economia devemos fazer periodicamente testes de pressão de abertura e estanqueidade dos mesmos.
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O atrito entre as partes móveis do motor provoca desgaste e ao mesmo tempo gera calor. O sistema de lubrificação forma uma película de óleo lubrificante entre as partes metálicas, reduzindo os efeitos causados pelo atrito.
	O sistema de lubrificação dos motores a diesel é constituído das seguintes partes:
BOMBA DE ÓLEO:
Montada na parte interior do bloco, retira o óleo do cárter e envia aos diversos pontos de lubrificação do motor.
FILTRO DE ÓLEO
Está localizado no fluxo de pressão de óleo lubrificante das galerias internas. É constituído de papel poroso, impedindo passagem das partículas abrasivas que estão contidas no óleo.
	Incorporado ao filtro existe uma válvula de segurança que permite o desvio no fluxo de óleo lubrificante. Isto acontece quando há aumento na pressão, causado pelo entupimento do filtro ou por baixas temperaturas.
	O filtro deve ser substituído a cada troca do óleo lubrificante do motor.
CÁRTER
Fecha o bloco na sua parte inferior e serve de depósito para óleo lubrificante do motor.
	Na parte inferior do cárter existe um orifício e um tampão (bujão) para a drenagem do óleo quando o momento de sua troca.
VARETA DE NÍVEL
Possui marcas que indicam o nível MÍNIMO e MÁXIMO do óleo lubrificante.
	Nota
O nível situa-se entre as marcas de Mínimo e Máximo.
GALERIAS INTERNAS
São cavidades por onde passa o óleo lubrificante a fim de ser distribuído para os pontos de lubrificação. Devem estar sempre desobstruídas para não interferir na lubrificação do motor.
FILTRO DO RESPIRO E VENTILAÇÃO DO CÁRTER
Os motores possuem um respiro situado na parte superior do bloco para permitir a condensação dos vapores do óleo e evitar as sobrepressões no interior do cárter.
	
	
Va – Válvula de alívio de pressão
Vs – Válvula de segurança
	Nota
Os filtros devem ser substituídos de acordo com a especificação de cada Marca e Modelo de Trator. Consultar o Manual da Máquina.
Verificação do Nível de óleo do motor:
- coloque o trator em um lugar plano, e aguarde aproximadamente 15 minutos para que o óleo retorne ao cárter.
- remova a vareta e verifique se o nível está entre as marcas Mínimo e Máximo.
- caso necessário complete o nível de óleo. Para isto, remova a tampa de abastecimento e abasteça com óleo da mesma especificação e marca utilizada no motor.
	Nota
Não misturar óleos de diferentes marcas ou óleos da mesma marca de tipos (SAE) diferentes.
Não reponha óleo no cárter, a menos que o nível esteja na marca mínima.
Para verificação não utilize estopa ou pano que solte fiapos.
Troca de óleo e filtro solar:
A troca do óleo lubrificante do motor deverá ser efetuada com o motor quente, da seguinte maneira:
- coloque o trator em local plano;
- retire o bujão de dreno do cárter e escoe o óleo lubrificante num recipiente adequado,
- descarte o óleo lubrificante usado conforme as leis e normas do meio.
- retire o filtro do óleo lubrificante do motor e descarte-o.
- retire o filtro da embalagem, evitando contaminação por parte de qualquer matéria estranha.
- limpe a face do suporte de vedação, aplique uma película de óleo ao anel de vedação e coloque o filtro novo.
	Atenção
Nunca dê a partida em um motor enquanto o cárter do mesmo estiver sendo drenado.
Aperto exagerado do filtro poderá causar danos à rosca ou à junta de vedação.
 
- verifique a rosca, limpe o bujão de dreno e instale-o.
- coloque o óleo lubrificante novo até o nível máximo especificado.
	Atenção
Utilize óleo lubrificante especificado na respectiva de lubrificantes recomendados (ver manual do Trator).
	Nota
A Primeira Troca de óleo lubrificante e filtro para motores recondicionados deve ser feita com 50 h de trabalho.
Consumo de Óleo Lubrificante
O consumo de óleo lubrificante aceito, para os motores de amaciamento é de 1% do combustível consumido.
Para motores já amaciados o consumo aceito de óleo lubrificante é de 0,6% do combustível consumido.
Avaliação do consumo de Óleo Lubrificante
Antes da avaliação do consumo de óleo, verifique se não há vazamentos em juntas, mangueiras, retentores, etc.
PROCEDIMENTOS
-complete o nível de óleo no cárter até o nível máximo da vareta.
-aqueça o motor até a temperatura ideal de trabalho. Aguarde 15 min para o óleo retornar no reservatório.
-esgote o óleo em um balde e marque o nível com uma fita adesiva.
-recoloque o óleo lubrificante no cárter.
-abasteça o tanque de combustível completamente.
-trabalhe 10 h com o trator com carga.
-pare o trator e esgote o óleo lubrificante do cárter no balde; com um copo graduado adicione óleo lubrificante até a marca anterior (fita adesiva) e anote o volume de óleo adicionado.
-reabasteça o tanque de combustível e anote o volume de óleo diesel gasto.
Aplique a seguinte Fórmula:
	 Consumo de óleo
%Consumo = lubrificante (l) x 100
 Consumo de óleo
 Diesel (l)
 
Exemplo:	% Consumo = 0,3 l x 100 % Consumo = 0,3%
 100
Amaciamento do Motor
Durante as primeiras horas devem ser dispensados alguns cuidados com motores novos e recondicionados:
-aquecer o motor com o regime de rotação em 1200 RPM.
-não deixar em funcionamento sem carga depois que a temperatura normal de trabalho for atingida, evitando o risco do óleo lubrificante ser expelido pelo tubo de descarga.
-trabalhar com o motor exigindo de 70 a 80% de potencia da rotação máxima.
Ex: RPM máxima = 2500
 Variação: 1750 a 2200 RPM
-evite marcha lenta durante longo período ou operação que exija carga. Isto não provocará a carga de expressão dos anéis e nem a força tangencial, provocando o espelhamento das camisas.
-evite acelerações máximas constantes ou sobrecargas durante o amaciamento. Isto provocará deformações térmicas nos anéis, devido a alta pressãoe temperaturas.
-evite remontar óleo lubrificante do motor sem necessidade. A não observação destes cuidados comprometerá o desempenho e a vida útil do motor.
PROCEDIMENTO DE PARTIDA
Funcionamento e aquecimento:
-coloque o acelerador em meio curso e dê partida no motor; assim que o motor funcionar, leve o acelerador à marcha lenta e deixe o mesmo funcionar por aproximadamente 60 segundos; para normalizar o fluxo de óleo lubrificante, eleve a rotação a 1000/1200 RPM.
-aqueça o motor.
	Atenção
Nunca aqueça o motor em marcha lenta.
Nunca submeta o motor a aceleração brusca com o mesmo ainda frio.
O trator poderá ser deslocado durante a fase de aquecimento do motor, contando que o motor esteja entre 1000 e 1200 RPM. Com trator em uma marcha reduzida, neste caso se processa também o aquecimento dos demais componentes. Ex: pneus, transmissão, hidráulicos, etc.
	Atingindo a temperatura ideal o trator estará pronto para o trabalho.
-na hora de desligar o motor, o processo deverá ser inverso, ou seja, leve o motor a 1000/1200 RPM por alguns minutos, traga-o à marcha lenta e deixe por aproximadamente um minuto, em seguida desligue-o.
	Importante
Nunca acelere o motor e desligue em seguida.
ÓLEOS LUBRICANTES – HIDRÁULICOS - GRAXAS
ÓLEOS LUBRIFICANTES
Os óleos lubrificantes são substâncias utilizadas para lubrificar e aumentar a vida útil das máquinas. Os óleos lubrificantes podem ser de origem animal ou vegetal (óleos graxos), derivados de petróleo (óleos minerais) ou produzidos em laboratório (óleos sintéticos), podendo ainda ser constituído pela mistura dois ou mais tipos (óleos compostos). As principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o índice de viscosidade (IV) e a densidade. A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das mesmas. A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade mede a variação da viscosidade com a temperatura. Densidade indica o peso de uma certa quantidade de óleo a uma certa temperatura, é importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante . Para conferir-lhes certas propriedades especiais ou melhorar alguma já existentes, porém em grau insuficiente, especialmente quando o lubrificante é submetido a condições severas de trabalho, são adicionados produtos químicos aos óleos lubrificantes, que são chamados aditivos. Os principais tipos de aditivos são: anti-oxidantes, anti-corrosivos, anti-ferrugem, anti-espumantes, detergente-dispersante, melhoradores do Índice de Viscosidade, agentes de extrema pressão, etc.
Os lubrificantes são substâncias que colocadas entre duas superficies móveis ou uma fixa e outra móvel, formam uma película protetora que tem por função principal reduzir o atrito, o desgaste,bem como auxiliar no controle da temperatura e na vedação dos componentes de maquinas e motores , proporcionando a limpeza das peças, protegendo contra a corrosão decorrente dos processos de oxidação, evitando a entrada de impurezas.podendo tambem ser agente de transmissão de força e movimento. A lubrificação, é um dos principais itens de manutenção de máquinas industriais e automotivas e deve, portanto, ser entendida e praticada para garantir um real aumento da vida útil dos componentes.
Para facilitar a escolha do lubrificante correto para veículos automotivos várias são as classificações, sendo as principais SAE e API.
Classificação SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos, classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três categorias:
· Óleos de Verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60 
· Óleos de Inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W 
· Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50 
Obs.: a letra "W" vem do inglês "winter" que significa inverno.
Classificação API: desenvolvida pelo Instituto Americano do Petróleo, também dos Estados Unidos, baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, no tipo de serviço a que a máquina estará sujeita. São classificados por duas letras, a primeira indica o tipo de combustível do motor e a segunda o tipo de serviço.
Os óleos lubrificantes para motores a gasolina e álcool e GNV (Gás natural veicular) de 4 tempos atualmente no mercado são apresentados na tabela abaixo. O óleo SJ é superior ao SH, isto é, o SJ passa em todos os testes que o óleo SH passa, e em outros que o SH não passa. O Óleo SH por sua vez é superior ao SG, assim sucessivamente. Os óleos lubrificantes para motores a gasolina 2 tempos, como os usados em motoserras, abrangem 3 níveis de desempenho: API TA, TB e TC.
A classificação API, para motores diesel, é mais complexa que para motores a gasolina, álcool e GNV, pois devido as evoluções que sofreu, foram acrescentados números, para indicar o tipo de motor (2 ou 4 tempos) a que destina o lubrificante.
ÓLEOS HIDRÁULICOS
Função dos Óleos Hidráulicos:
A principal função do óleo hidráulico é transmissão de força. Essencial é lubrificar peças internas do sistema para evitar desgaste prematuro. 
Requisitos básicos ao óleo:
Resistente a contaminação por água  (emulsificação)
Resistência à oxidação
Boa performance contra desgaste
Bom comportamento anti-espumante
Índice de Viscosidade IV : mínimo 100
Não pode atacar vedações do sistema hidráulico
Boa aditivação anticorrosivo
Tipos de óleos hidráulicos:
Óleos minerais: a grande maioria dos óleos hidráulicos são fabricados a base de óleos minerais (refinado de solventes parafínicos). Para melhorar o desempenho adiciona-se melhoradores de índice de viscosidade, aditivos anti-corrosivos, anti-oxidantes, aditivos EP (extrema pressão), inibidores de espuma e demulgadores.
Óleos minerais tratados: são óleos minerais fabricados através de um processo especial de hidro-craqueamento. A diferença destes óleos perante óleos minerais convencionais é a alta resistência à oxidação e a envelhecimento. Estes são livres de hidrocarbonetos não saturados. Sendo assim, eles não absorvem oxigênio do ar.
Óleos sintéticos: em geral são óleos a base de Polialfaoleofina (PAO). Estes óleos não tóxicos podem ser usados em sistemas hidráulicos que solicitam baixa fluidez e alto ponto de fulgor. A vida útil longa destes lubrificantes, reduzem o consumo e o custo de manutenção. Estes óleos sintéticos tem cada vez mais importância na indústria alimentícia e farmacêutica.
	GRAXAS
São lubrificantes com propriedades de redução de atrito e desgaste, com consistência gasosa, compostos de óleo, engrossadas através de espessantes. Os espessantes das massas são, na regra, sabões metálicos ou agentes espessantes orgânicos ou inorgânicos. A aplicação é feita, na maioria das vezes, em pontos de lubrificação que não podem ser alimentados com óleos lubrificantes ou não são aptos para a lubrificação com óleo.
	Os principais objetivos são: 
- redução de desgaste 
- redução de atrito 
- proteção contra corrosão 
- diminuir ruídos 
- reduzir as vibrações 
Menos : Eliminar o calor gerado 
Mais : Vedação contra o meio ambiente (poeira, água, etc.). 
Evitar fugas do lubrificante (do óleo). 
 A maioria dos mancais de rolamentos é lubrificada com graxa, especialmente devido aos poucos problemas de vedação dos rolamentos. Graxas com lubrificantes sólidos são, na sua maioria, previstas para condições de atritos mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas. Estas massas com lubrificantes sólidos, como por exemplo graxas grafitadas ou com bissulfeto de molibdênio, podem aumentar a vida útil dos rolamentos consideravelmente.
 O primeiro passo para escolher a graxa adequada é a informação da velocidade (rpm) e o diâmetro médio do rolamento para poder calcularo fator DN. Tendo essa informação podemos indicar a consistência adequada:
	CONSISTENCIA DA GRAXA
	Classe – NGLI
	Descrição
	Valor (mm/min)
	00
	Graxa Fluida
	1 até 1,2 x 106 (max 1,5 x 106)
	00 a 01
	Rotação Elevada
	Até max 1 x 106
	02
	Normal
	Até max 800.000
	03
	Normal
	Até max 400.000
	04
	Graxa Vedante
	Até max 50.000
 
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
O sistema de arrefecimento ou esfria-mento equilibra a temperatura numa faixa específica, na qual se tem um melhor aproveitamento do motor.
	Esta temperatura varia de um motor para outro, numa faixa de 75 a 95oC.
	O sistema é composto por:
	
-Radiador
-Mangueiras condutoras
-Bomba d’água
-Ventilador – correia
-Termômetro
-Galerias de arrefecimento
-Válvula termostática
-Tampa do radiador
	
Radiador
É o reservatório da água que faz o arrefecimento do motor. No radiador a água é resfriada pela corrente de ar que passa nas colméias. A mistura de água livre de impureza e aditivo colocada no radiador deve cobrir as colméias.
	O nível ideal é de aproximadamente 3 a 6 cm abaixo do topo do radiador. Este nível deve ser verificado diariamente.
	É perfeitamente normal que o sistema abastecido até o bocal do radiador perca um pouco de líquido até estabelecer um volume de expansão no topo do radiador. Por isso deve ser respeitado o nível especificado acima.
	Se for constatado consumo excessivo de água, procure vazamento de água causados por: braçadeiras mal apertadas, mangueiras defeituosas, trincas no radiador, etc.
	Periodicamente faça a substituição do líquido de arrefecimento, para isto:
-remova o bujão de dreno situado na base do radiador ou solte a mangueira inferior;
-remova também o bujão localizado no bloco e deixe escorrer toda água.
-recoloque os bujões e reabasteça o radiador.
-faça circular a água pelo sistema funcionando o motor até que ele atinja a temperatura de trabalho e repita as operações acima se necessário até que saia somente água limpa do bloco e radiador.
-complete o sistema com o novo líquido de arrefecimento.
Tampa do Radiador
Possui uma válvula de pressão e uma de depressão.
-a válvula de pressão mantém uma pressão no interior do sistema, retardando o ponto de ebulição da água. Essa pressão é uma característica de cada motor e vem especificada em lb/pol2, permitindo a entrada do ar na parte superior da tampa.
-a válvula de depressão se abre quando a depressão interna for igual a 1 lb/pol2, permitindo a entrada do ar para compensar o volume de água consumido pelo calor e vaporização.
Verificação da tampa do Radiador
-verifique as condições de uso do anel de borracha e vedação da tampa. Se ela apresentar defeito, troque a tampa.
-aperte com os dedos a válvula de vapor. Verifique o movimento livre e se a mola apresenta mais ou menos a mesma resistência que quando nova.
-se a mesma estiver emperrada ou com mola muito fraca, troque a tampa.
-puxe com os dedos a válvula de vácuo, se a mesma não abre ou não se sente nenhuma resistência de mola, troque a tampa.
Colméia
São pequenas fendas que permitem a passagem do ar pelo radiador.
 -Manutenção: proceder a limpeza das colméias periodicamente para que o ar tenha passagem livre através do radiador. Para a limpeza, utilizar jatos de ar comprimido, no sentido do motor para a frente do trator.
	Observação
Tomar cuidado para não danificar as aletas horizontais.
A grade frontal deve ser limpa com escova.
Mangueiras Condutoras
Levam a água entre as partes do sistema. Observar as braçadeiras das conexões para que não ocorram vazamentos.
Bomba D’água
É do tipo rotor, faz com que a água circule dentro do sistema. O recalque da bomba é proporcional à rotação do motor.
Ventilador
Está acoplado ao eixo que aciona a bomba d’água.
As pás devem estar bem posicionadas, a fim de proporcionar uma corrente de ar que penetre nas colméias do radiador.
Correias
Aciona o eixo do ventilador e da bomba d’água.
Deve estar tencionada de modo que, quando pressionada com a mão entre a polia do ventilador e da árvore de manivelas, ceda aproximadamente 1 a 2 cm.
Galerias de Arrefecimento
São cavidades do bloco e cabeçote nas quais a água circula fazendo a retirada do calor.
Termostato (válvula termostática)
Sua função é controlar o fluxo da água do motor para o radiador, provocando um aquecimento rápido e controlando a temperatura ideal.
Possui em seu corpo uma cápsula ou fole que contém substancias com alto poder de dilatação (cera, resina sintética ou mercúrio).
Quando a substância atinge a temperatura específica, o bulbo ou fole se expande, provocando a abertura da válvula.
Inicia a abertura em torno de 75oC, sendo que a abertura total se dá aos 95oC, podendo variar de acordo com o motor.
	Atenção
Substituir quando estiver defeituosa e não se mover.
Principais causas que provocam superaquecimento nos motores dos tratores
 1-Falta de água no radiador.
 2-Água suja.
 3-Ferrugem nas paredes das galerias.
 4-Válvula termostática engripada (fechada).
 5-Radiador com colméias entupidas ou aletas danificadas.
 6-Correia do ventilador frouxa.
 7-Tampa com encosto de borracha danificadas.
 8-Respiro entupido.
 9-Grade frontal obstruída.
10-Falta de óleo lubrificante.
11-Bicos injetores desregulados.
12-Junta de cabeçote queimada.
13-Filtro de ar sujo.
14-Operar forçando o motor.
15-Válvula de pressão errada.
16-Trincas em bloco de cabeçote.
SISTEMA ELÉTRICO
Sistema elétrico é composto por 4 elementos principais: Bateria, Motor de Partida, Alternador e Instalação Elétrica.
Bateria
As baterias para diversos tipos de tratores são de 12 volts e 90 a 135 ampéres e em número de uma ou duas, ligadas em paralelo, são responsáveis pelo funcionamento do motor de partida.
Cuidados com a Bateria
-jamais faça algum reparo no sistema elétrico sem antes desligar o cabo negativo da bateria. Em caso de remoção da bateria, solte os parafusos que fixam os cabos aos bornes, retire primeiro o cabo negativo e depois o positivo. 
-nunca teste a carga de uma bateria provocando curto entre os bornes, isto provoca sua danificação e pode causar explosão da bateria, com conseqüência desastrosa. Para a correta verificação da carga utilize um densímetro, que mede a densidade da solução da bateria. A densidade revela o estado de carga da mesma. Pode-se ainda testar a carga da bateria utilizando um voltímetro.
-jamais troque a polaridade na ligação, ou seja, monte sempre o cabo negativo com o borne negativo e o positivo com o positivo. Do contrário, os retificadores de corrente (diodos) do alternador e demais componentes serão irremediavelmente danificados.
-caso seja necessário utilizar uma bateria auxiliar, deve-se fazer uma ligação em paralelo (positivo com positivo e negativo com negativo) e nunca uma ligação em série (positivo com negativo e negativo com positivo).
-nunca aproxime os olhos dos vasos abertos de uma bateria. Há a liberação de gases ácidos que são letais.
-em caso de contato com os olhos, lave abundantemente com água corrente, durante 15 minutos.
-em caso de ingestão de ácido, beba bastante líquido, água ou leite de magnésia. Em ambos os casos consulte imediatamente um medico.
Manutenção da Bateria
-a bateria é um item do sistema elétrico que mais cuidados requer com relação à manutenção. Por isso, ela é a principal responsável pelo estado de conservação de todo o sistema elétrico.
-o fundamental é a boa manutenção periódica (50 h), completando o nível de solução com água destilada apenas e mantendo a limpeza da caixa, bornes e respiro das tampas. O nível ideal é aproximadamente de 6 a 10 mm acima das placas.
-para limpeza dos bornes devemos utilizar uma solução de bicarbonato de sódio (pó de padeiro) e água ou pincel de cerdas metálicas; feita a limpeza, proteger os bornes com vaselina e mel.
-a recarga de uma bateria deve ser lenta, isto significa que se deve alimentá-la com apenas 2% da capacidade de ampéres/hora em relação à capacidade nominal; caso seja imprescindível uma recarga rápida, ela não deve exceder 20% da capacidade máxima e ser feita durante no máximo de uma hora de duração.
AlternadorComo manutenção periódica, o alternador requer apenas a limpeza e ajuste da tensão da correia de acionamento.
A cada mil horas ou anualmente deve-se fazer uma manutenção preventiva para evitar possíveis falhas. Este serviço deve ser realizado apenas pela concessionária ou por um profissional credenciado.
Motor de Partida
Com auxilio da bateria, é o responsável pelo funcionamento do motor.
-deve-se evitar o derramamento de óleo.
-não faça ligação direta do motor de partida.
A cada mil horas ou anualmente deve-se fazer uma manutenção preventiva para evitar possíveis falhas. Este serviço deve ser realizado apenas pela concessionária ou por um profissional credenciado.
Fusíveis
É um dispositivo de segurança que interrompe a passagem da corrente elétrica quando ocorrer uma sobrecarga (curto-circuito), preservando os componentes do sistema elétrico.
Antes de repor um fusível queimado por outro da mesma amperagem procure localizar e reparar a causa do defeito.
	Atenção
Jamais faça ligação direta ou substitua os fusíveis por outros objetos como pregos, arames ou outros condutores de corrente.
TRATORES AGRÍCOLAS
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
O trator e seus instrumentos proporcionam grandes benefícios aos homens, mas podem causar danos materiais e pessoais. Para preveni-los leia as orientações a seguir.
	Os equipamentos devem ser operados apenas por pessoas responsáveis e treinadas para isso.
O TRATOR
O operador deve estar familiarizado com todos os comandos e controle das máquinas antes de operá-las.
-Antes de trabalhar com implementos, estude os manuais de instruções dos equipamentos em questão fornecidos pelo fabricante;
-Se seu trator está equipado com arco de segurança, use o cinto de segurança para operação. No entanto, nunca use o cinto de segurança se seu trator não possui arco de segurança;
-Suba sempre pelo lado esquerdo do trator e não segure o volante;
-Mantenha a plataforma e os degraus livres de graxa, lama ou sujeira;
-Não transporte outras pessoas no trator além do condutor;
-Não sobrecarregue o trator ou opere com implementos fora das condições de segurança, ou, ainda, sem manutenção adequada;
-Mantenha os decalques de segurança limpos, legíveis e troque-os quando se danificarem.
Manutenção:
-Não efetue operações de manutenção e/ou ajuste quando o motor estiver funcionando;
-Nunca use equipamento hidráulico para trabalhar embaixo do trator; use calços reforçados para suportar o peso da máquina;
-Nunca faça reparos nas mangueiras ou conexões do sistema hidráulico quando estiver sob pressão ou com o motor em funcionamento; Atenção: um jato sob pressão pode perfurar a pele, provocar irritações ou infecções graves; 
-Tenha cuidado ao remover a tampa do radiador com o motor quente. Espere que o motor esfrie para abri-la, cubra com um pano e gire-a até o primeiro batente para aliviar a pressão;
-Não fume quando estiver abastecendo o trator ou trabalhando em seu sistema de combustível;
-Não utilize chamas para verificar o nível do combustível (isqueiro, velas, fósforos, etc);
-Não reabasteça o trator em funcionamento;
-Utilize produtos recomendados para limpeza de peças (solventes);
-Limpe sempre os respingos de combustível;
-Mantenha a tampa do tanque firmemente apertada; em caso de perda, substitua-a por uma tampa original;
-Par verificar o nível da solução Eletrolítica de uma bateria, nunca utilize chamas;
-Evitar o contato da solução da bateria com os olhos, pelo ou outras partes sensíveis do corpo;
-Em caso de ingestão ou contato com fluidos prejudiciais a saúde, procure atendimento médico imediatamente;
-Não teste a bateria colocando terminais em curto-circuito. Use voltímetro/densímetro para testá-la;
-Ao remover os cabos da bateria, retire primeiro o pólo negativo;
-Para reencher pneus consertados, aconselha-se o uso de caixas gradeadas;
-Antes de retirar objetos incrustados nos pneus, como pedaços de metal, esvazie-os primeiro;
-Os pneus do trator são bastante pesados, movimente-os com cuidado e armazene-os de forma segura;
Operando o Motor:
-Acione o freio de estacionamento, mantenha a alavanca da tomada de força na função “DESLIGADA”, a alavanca principal do sistema hidráulico “ABAIXADA”, as alavancas da válvula do controle remoto na função “NEUTRA” e a transmissão no ponto morto, antes de ligar o motor;
-Ponha o motor em funcionamento somente quando estiver no assento do operador. Não abandone o trator em movimento.
-Desligue o motor e aplique o freio de estacionamento antes de descer do trator.
-Não elimine o uso do interruptor de segurança do motor de partida.
-Não pare o trator em locais muito inclinados;
-Jamais permaneça com o motor em funcionamento em locais fechados; os gases de escapamento podem causar a morte;
-Se a direção hidráulica/hidrostática falhar, pare imediatamente o trator;
-Utilize somente a barra de tração para os trabalhos de reboque;
-Use apenas pinos na barra de tração que possam ser travados no lugar;
-Adicione pesos nas rodas e/ou pára-choques do trator, quando ele tiver tendência de levantar a frente;
-Quando acoplar e transportar equipamentos utilize o sistema hidráulico em controle de posição. Nunca deixe equipamentos montados no trator na posição levantada do sistema hidráulico.
Conduzindo o Trator:
-Conduza o trator com velocidades compatíveis com a segurança. Principalmente em terrenos acidentados, próximos a barrancos de rios e escavações, o peso do trator poderá provocar desmoronamentos;
-Ao conduzir o trator em estradas use velocidade moderada e os pedais dos freios interligados;
-Ao rebocar veículos mais pesados que o trator verifique se os freios do trator estão funcionando;
-Não desça em ladeiras com a caixa de cambio em ponto morto, e engate a marcha sempre no inicio das subidas ou descidas;
-Use sempre marcha reduzida, tanto nas subidas como nas descidas;
-Não conduza pessoas nos estribos, pára-lama, barra de tração e pára-choques do trator (não dê carona);
-Não aplique freio de estacionamento com o trator em deslocamento;
-Ao cruzar por veículos a noite, abaixe as luzes; mantenha os faróis sempre bem fixados;
-Quando o trator estiver encalhado, utilize sempre marcha a ré, para evitar que o trator tombe para trás. Se utilizar toras ou pranchas de madeira, coloque-as por trás e também utilize a marcha à ré;
-Utilize a barra de tração para rebocar veículos, toras ou implementos tracionados; nunca utilize pontos como: braço de levante hidráulico, eixo traseiro, terceiro ponto, suporte da capota ou pára-choques;
Operando a Tomada de Força (TDF – TDP):
-Pare o motor e espere que o eixo da TDP-TDF deixe de girar antes de acoplar ou desacoplar o equipamento por ele acionado;
-Não se aproxime da TDP-TDF usando roupas largas que possam se prender em qualquer uma das partes rotativas;
-Utilize sempre a rotação compatível do motor quando usar equipamentos acionados pela TDP-TDF;
-Quando estiver utilizando equipamento acionado pela tomada de força do trator, com este imobilizado, aplique o freio de estacionamento e coloque calços nas rodas dianteiras e traseiras;
- Não limpe nem faça ajuste no equipamento acionado pela TDF-TDP quando estiver funcionando; não instale pregos, parafusos e ferros nos cardans da tomada de força;
-Quando a tomada de força não estiver sendo usada, mantenha o protetor no seu lugar;
Estrutura de Proteção em caso de Capotamento:
É uma estrutura metálica testada pelo fabricante para suportar o impacto causado pelo trator no caso de acidentes como tombamento e capotagem.
-Se o trator estiver equipado com o arco de segurança, tenha cuidado ao conduzi-lo em locais confinados;
-Nunca altere suas características construtivas (fure ou solde);
-Nunca use parafusos que não sejam originais.
Cinto de Segurança:
-O cinto de segurança deve ser fixado e ajustado corretamente.
NOTA: EM CASO DE CAPOTAMENTO, SEGURE FIRME O VOLANTE DA DIREÇÃO ATÉ TERMINAR O CAPOTAMENTO (nos tratores equipados com ARCO e CINTO).
INSTRUMENTOS E COMANDOS DE OPERAÇÃO
PAINEL DE INSTRUMENTOS
1- HORÍMETRO: tem como função marcaras horas trabalhadas e é a base para todo o serviço de assistência e manutenção;
2- TERMÔMETRO: indica as faixas de temperatura da água do sistema de arrefecimento; Primeira Faixa: Motor Frio – Segunda Faixa: Temperatura Normal de Funcionamento do Motor (geralmente verde) – Terceira Faixa: Superaquecimento do Motor (geralmente vermelha); Luz de Alerta da Temperatura: deve permanecer apagada ema condições normais de funcionamento. Caso acenda com o motor em funcionamento, pare o motor imediatamente e investigue as causas;
3- TACÔMETRO ou CONTA-GIROS: indica as rotações por minuto (RPM) desenvolvidas pelo motor.
4- INDICADOR DE COMBUSTÍVEL: indica aproximadamente o nível de combustível existente no tanque;
5- INDICADOR DE PRESSÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE DO MOTOR: existem dois tipos de indicado-res: Manômetro: indica a faixa de pressão do óleo do motor por processo mecânico; Luz de Alerta: indica a pressão do óleo; ema condições normais de pressão do óleo lubrificante, após o funciona-mento do motor a luz de alerta deverá se apagar. ATENÇÃO: se a luz acender durante o funcionamen-to do motor, significa problemas na pressão do óleo lubrificante. Pare imediatamente o motor e investigue as causas;
6- LUZ DE ALERTA PARA A CARGA DO ALTERNADOR PARA A BATERIA: indica que a bateria não está sendo carregada pelo alternador. A luz deverá apagar-se logo que o motor começar a funcionar, caso a luz permaneça acesa, pare e investigue a causa;
7- INDICADOR DE OBSTRUÇÃO DO FILTRO DE AR: existem dois tipos de indicadores: Indicador Mecânico – indica a restrição do filtro de ar. Quando a faixa vermelha aparecer no visor, indica que o filtro está obstruído; Luz de Alerta: indica a restrição do filtro de ar. Quando acender a luz no painel, indica que o filtro está obstruído; ATENÇÃO: toda manutenção no filtro de ar somente deve ser feita baseada nesses indicadores.
8- LUZ DE ALERTA DA PRESSÃO DE OLEO DA TRANSMISSÃO: indica a pressão do óleo lubrificante do sistema de transmissão. A luz de alerta desligada após a partida ou durante o trabalho significa que a pressão de óleo lubrificante do sistema de transmissão está com problemas. ATENÇÃO: pare imediatamente o trator, desligue o motor e procure eliminar a causa do problema.
9- INTERRUPTOR DE LUZES (CHAVE DE LUZES): indica que as luzes estão acesas.
10- LUZ INDICADORA DO ACIONAMENTO DO FREIO DE ESTACIONAMENTO: a luz acesa indica que o freio de estacionamento está aplicado.
CHAVE DE PARTIDA:
Chave de Partida com 4 Posições: Posição 01 – sistema elétrico desligado; Posição 02 – acessórios ligados; Posição 03 – luz de aviso, instrumentos e sistema de partida a frio ligado; Posição 04 – motor de partida acionado.
NOTA: deve-se liberar o dispositivo de segurança do motor, acionando o pedal de embreagem ou posicionando as alavancas de cambio na posição neutra, permitindo o acionamento do motor.
CUIDADO: a chave de partida deverá retornar imediatamente para a posição 2, sob o risco de dano ao motor de partida e sistema elétrico geral.
BOTÃO DE ACIONAMENTO DO DISPOSITIVO DE PARTIDA A FRIO:
Pode ser necessário em condições de clima e motor frio. Montado no coletor de admissão, consiste de um elemento eletricamente aquecido que, quando acionado, inflama uma pequena quantidade de combustível e a introduz na câmara de combustão.
SISTEMA DE PARADA DO MOTOR:
Estrangulador: tem como função a parada do motor. FUNCIONAMENTO: Empurrado, libera combustível para o motor; Puxado, interrompe a passagem do combustível.
Dispositivo elétrico para parada do motor: consiste de um “solenóide” instalado na bomba injetora. FUNCIONAMENTO: Sistema elétrico ativado, libera a passagem do combustível; Sistema elétrico desligado, interrompe a passagem do combustível.
ALAVANCAS DE COMANDO E PEDAIS
1-PEDAL DE EMBREAGEM:
Ao ser aplicado, interrompe a transmissão de potencia entre o motor e a caixa de câmbio, permitindo a troca de marchas, breves paradas do trator e acionamento da tomada de potencia quando necessário; em alguns modelos e marcas o acionamento da TDP-TDF é independente.
	
	
CUIDADO: nunca descanse o pé sobre o pedal da embreagem para evitar o desgaste prematuro do conjunto da embreagem.
2-PEDAIS DE FREIOS:
Servem para acionar o sistema de freio do trator.
TIPOS DE FREIOS:
TAMBOR: montado ao cubo traseiro ou em eixo lateral da transmissão comandado pelo pedal de acionamento.
DISCO SECO: o mecanismo do sistema de freios a disco seco está situado na saída do diferencial, com os dois discos acoplados diretamente ao eixo.
DISCO ÚMIDO (banho de óleo): os discos são de bronze sintetizado e os dois discos estáticos de aço polido, proporcionando um alto coeficiente de atrito.
	
	
3-PEDAL DO ACELERADOR:
Pressionando o pedal do acelerador aumenta a rotação correspondente à posição do acelerador manual.
ATENÇÃO: ao trafegar em estradas, recomenda-se o uso do pedal; mantenha o acelerador manual na posição de marcha lenta.
4-ACELERADOR MANUAL:
Geralmente quando a alavanca se encontra totalmente para frente, o motor gira em marcha lenta e conforme é deslocado para trás aumenta-se a rotação.
ATENÇÃO: utilize o acelerador manual nos serviços agrícolas que exigem força de tração constante.
5-PEDAL DE BLOQUEIO DO DIFERENCIAL:
Deve ser utilizado sempre que as condições do solo fizerem patinar uma das rodas. Para acionar o pedal de bloqueio, em conjuntos de acionamento mecânico, parar o trator, acionar o pedal e soltar a embreagem levemente.
	
	NOTA: Quando o trator voltar a andar em solo firme o bloqueio deverá ser desacoplado automaticamente ou mecanicamente.
ATENÇÃO: Acionar o bloqueio somente com o trator operando em linha reta e nunca em velocidades acima de 8 km/h.
	6-ALAVANCAS DE VARIAÇÃO DE VELOCIDADES (TROCA DE MARCHAS):
Os sistemas mais simples são compostos por duas alavancas: uma alavanca de troca de marcha (1) e outra de variação de velocidade (2). A combinação das alavancas nos possibilita à seleção das mais variadas marchas, adequando força e velocidade às condições de trabalho, tanto para frente como para trás.
	
	
	
CAIXA DE CAMBIO:
A seleção da marcha mais adequada durante uma operação é determinada por dois fatores inter-relacionados.
Velocidade de deslocamento: a velocidade de deslocamento do trator pode ser determinada pelo tipo de serviço a ser realizado e/ou pela carga que está sendo exigida pelo implemento. Em princípio, deve-se utilizar marcha que proporcione a velocidade mais adequada ao serviço, a fim de obter a maior eficiência de campo.
Carga exigida pelo implemento: a carga exigida pelo implemento é determinada pelo tipo e tamanho do implemento e a profundidade de corte em operações de preparo de solos. O que se procura na gama de marchas que a caixa de cambio tem a sua disposição é a faixa em que ambos os fatores se encontram dentro dos limites aceitáveis sem prejudicar o desempenho do motor, sem sobrecargas e grande consumo de combustível.
Os tratores são normalmente equipados com os seguintes tipos de caixa de cambio:
	
	
Transmissão DESLIZANTE (caixa seca)
Nesse modelo de caixa deve-se parar totalmente o movimento do trator para fazer a mudança de marcha.
	
	
Transmissão CONSTANT MESH
Nesse modelo de caixa também deve-se parar totalmente o movimento do trator pra fazer a mudança de marcha
	
	
Transmissão SICRONIZADA
Esse modelo de caixa de transmissão permite a mudança de marcha com o trator em movimento.
Transmissão ELETRO-HIDRÁULICA
Transmissão DUAL POWER:
A transmissão Dual Power é um conjunto planetário acionado hidraulicamente, localizado no interior da carcaça da caixa de mudanças, proporcionando uma transmissão direta normal e uma transmissão reduzida. A trans-missão reduzida é acionada hidraulicamente e a válvula é acionada por um solenóide. Ao toque de um botão no painel do operador passa da transmissão direta a reduzida com o trator em movimento, proporcionando uma reserva de torque de 28% a mais e redução de velocidade de 22%.
- Na TARTARUGA, igual a REDUZIDA;
- Na LEBRE, igual a DIRETA.
Transmissão MULTITORQUE:
O sistema Multitorque éum dispositivo de acoplamento hidráulico e comando elétrico que permite selecionar com um simples toque de botão uma velocidade alta ou outra baixa sem parar o trator, ainda que o mesmo esteja sob carga. O Multitorque é comandado por um botão localizado na alavanca de regime da caixa de cambio.
- Na TARTARUGA, igual a BAIXA;
- Na LEBRE, igual a ALTA.
Transmissão MECANICO/HIDRAULICO:
Caixa de Cambio de Três Alavancas – alguns modelos de tratores vem equipados de fabrica com uma caixa de cambio de três alavancas, permitindo também um amplo escalonamento de marchas.
- A letra A, corresponde a VELOCIDADE ALTA;
- A letra B, corresponde a VELOCIDADE BAIXA.
7-ALAVANCA DE ENGATE DA TDP-TDF:
Serve para o acionamento do eixo da Tomada de Potencia do trator.
8-ALAVANCAS DO SISTEMA HIDRAULICO:
	
	Permitem operacionalizar o sistema hidráulico, dando lhe ajuste de posição (levanta e abaixa) e sensibilidade (esforço e tração). Para se obter o máximo de proveito do sistema hidráulico, melhor desempenho e economia do trator é necessário saber utiliza-las corretamente.
A forma de operar as alavancas vai variar de acordo com a marca e modelo do trator.
	
	
Alavanca do controle da velocidade de descida dos braços do sistema hidráulico:
 A Alavanca possui duas posições:
- LENTA (Tartaruga)
-RÁPIDA (Lebre)
9-ALAVANCAS DO CONTROLE REMOTO:
	
	
Cada alavanca permite operar um cilindro hidráulico externo, por meio das conexões de engate rápido situadas na parte de trás do trator.
10-ALAVANCAS DE ENGATE DA TRAÇÃO:
	
	
Servem para acionar o sistema de tração Eletro-Hidráulico; nesse casos basta acionar o botão de comando.
11-ALAVANCA DO FREIO DE ESTACIONAMENTO:
	
	
Acione esta alavanca sempre que o trator for deixado estacionado. Atua mecanicamente sobre os freios de serviço.
BITOLAS - LASTRAÇÃO - ACOPLAMENTOS
BITOLA
É a distancia medida de centro a centro dos pneus do eixo traseiro e dianteiro. Devemos ajustar a bitola nos seguintes casos:
- Adequar o trator nas linhas de cultivo;
- Adequar o trator à largura de trabalho do implemento;
- Dar estabilidade ao trator em terrenos acidentados.
1- Bitolas com Alteração do Eixo de TRATOR 4X2
Para ajustar a bitola dianteira dos tratores 4x2, levante o eixo dianteiro e retire os parafusos que fixam as extensões laterais ao eixo central.
Retire os parafusos da barra de direção e da barra telescópica cuja furação acompanha as medidas do eixo.
	
	
SEGURANÇA
Muitos acidentes podem ser evitados.
Atenção e cuidado são fundamentais.
Os equipamentos devem ser operados apenas por pessoas aptas e treinadas para isso.
2- Bitolas com Alteração da Fixação dos DISCOS e AROS
Para ajustar a bitola dianteira ou bitola traseira dos tratores com rodas de disco reversível, alterna-se a posição de fixação do disco e do aro, sendo possível obter até 8 bitolas diferentes.
	
Ajuste as bitolas conforme o tipo de serviço, tais como: aração, plantio, pulverização, etc.
As bitolas dianteiras e traseiras normalmente são ajustáveis em intervalos de 4 polegadas (10 cm), sendo 2 polegadas (5 cm) para cada roda ou semi-eixo.
As bitolas dianteiras e traseiras devem ser ajustadas na mesma medida.
	
3- Bitolas no Sistema PAVT
As rodas servo-ajustáveis (PAVT) permitem variar rapidamente a bitola, deslizando o disco sobre os trilhos helicoidais, sem que seja necessário desmontar a roda.
	
	
Confira a bitola do trator, que deve ser medida de centro a centro do pneu.
Ao efetuar a regulagem da bitola confira o alinhamento das rodas e reaperte as porcas em seqüência cruzada e aplicando o torque recomendado pelo fabricante.
LASTRAÇÃO
Nos trabalhos de campo com arado, subsolador, grades, etc., o trator deve trabalhar devidamente lastreado para melhorar a aderência, reduzir a patinagem e aumentar sua eficiência de operação.
Lastreamento:
Consiste na colocação de peso no trator na forma de lastro líquido (água), pesos metálicos ou na combinação de ambos, buscando equilíbrio e eficiência de tração. Trator com lastro insuficiente patina excessivamente, perdendo velocidade, desgastando mais rápido os pneus e consumindo mais combustível. Por outro lado, excesso de lastro aumenta a compactação do solo, a resistência ao deslocamento do trator, força mais os componentes mecânicos, alem de provocar um gasto desnecessário de combustível e danificar os pneus.
	O Lastreamento varia em função do tipo e condições do solo e do implemento que será utilizado. O lastreamento correto é aquele que proporciona um índice de patinagem, conforme quadro abaixo:
	Solos duros
Solos firmes
Solos soltos
	7 – 12%
10 – 15%
13 – 18%
	De uma maneira geral a relação peso/potencia é de:
	50 kg/CV 55
Kg/CV 60
Kg/CV 65
	Tratores de até 100 CV
Tratores de 100 até 130 CV
Tratores acima de 130 CV
PROCEDIMENTO PARA TESTE DO INDICE DE PATINAGEM
1- Marque um ponto no pneu;
2- Na área a ser trabalhada, conte dez voltas do pneu com o trator sem carga;
3- Marque o inicio e o fim do percurso;
4- Volte ao marco inicial e conte o número de voltas dos pneus para o trator percorrer a mesma distancia com carga.
Obs: 	- o teste deve ser realizado no local nas condições de trabalho da máquina.
	- deve-se desconsiderar a patinagem de arranque.
→ Aplique a fórmula abaixo, devendo percorrer entre 10 e 15 voltas do pneu.
IP – Índice de Patinagem
IP = no de voltas com carga – no de voltas sem carga x 100
		 no de voltas sem carga
Ex:
Número de voltas sem carga = 10 voltas IP = 11,5 – 10 x 100 = 15 %
Número de voltas com carga = 11,5 voltas 10
Observação a CAMPO
De uma forma simplificada você poderá verificar se o deslizamento está sendo satisfatório observando as marcas deixadas no solo.
	
	
Marcas no solo pouco definidas indicam deslizamento excessivo. Neste caso deve-se aumentar a quantidade de lastro no trator.
Marcas no solo claramente definidas indicam deslizamento muito reduzido. Neste caso deve-se diminuir a quantidade de lastro.
Marcas no solo nas bordas e no centro indicando um leve deslizamento, neste caso o lastreamento pode ser indicado.
Colocação de Lastros
Na colocação de lastro deve ser observada a seguinte distribuição:
	TRATOR
	EIXO DIANTEIRO
	EIXO TRASEIRO
	4 x 2 30 % 70 %
4 x 4 (TDA) 35 a 45 % 55 a 65 %
LASTRAÇÃO COM CONTRAPESOS DE FERRO FUNDIDO
Contrapesos nas Rodas Traseiras:
	
	
Pode-se colocar contrapesos de “discos fundidos” na parte interna e externa dos aros traseiros do trator.
Os discos fundidos variam de tamanho e peso e são recomendados pelo fabricante de acordo com o diâmetro do aro e modelo do trator.
Contrapesos no Eixo Dianteiro:
	
	
Alguns tratores 4X2 permitem a colocação de contrapesos bipartidos na parte interna da roda dianteira. Não há necessidade de desmontagem da roda para acoplá-los.
NOTA
Verifique a recomendação para a colocação de pesos no seu trator, consultando o manual fornecido pelo fabricante.
Cuide para que o peso nos eixos traseiros e dianteiros não exceda a capacidade máxima de carga nos pneus.
Contrapesos Frontais:
Para diminuir a perda da capacidade de tração, provocada por patinação excessiva dos pneus, é necessário aumentar a aderência deles ao solo.
O lastreamento frontal é feito por meio de contrapesos transversais até um máximo de 10 contrapesos para tratores com tração 4X4 e 6 contrapesos longitudinais para tratores 4X2. Cada contrapeso transversal pesa 35 kg e os longitudinais 37,5 kg. Para tratores 4X2 o lastro frontal deverá ser usado para garantir a estabilidade e dirigibilidade do trator.
	
	Alguns tratores possibilitam a colocação de pesos no interior do trator, sobre o eixo dianteiro.
NOTA
Cuide para que o peso efetivo do trator lastrado, sem implemento, não ultrapasse o limite recomendado pelo fabricante, mantendo-se dentro de uma faixa de 40 a 60 kg/CV.
Lastreamento por Líquido
A maneira mais simples de aumentar o peso das rodas de tração é encheros pneus com água até ¾ do seu volume interno. O enchimento do pneu das rodas motrizes com água apresenta as seguintes vantagens:
- Baixo custo
- Rápida e fácil realização
- Não aumenta a largura do trator
	
	Procedimento:
1-Levante a roda e gire-a até que a válvula de ar do pneu fique bem na parte superior.
2-Retire a válvula, desrosqueando-a do bico.
3-Aplique uma mangueira de água encanada ao bico de enchi-mento do pneu, utilizando um dispositivo adequado, o qual per-mite o escoamento do ar durante o processo.
4-Deixe escoar o excesso de água do pneu e reinstale a válvula do bico de enchimento.
5-Aplique ar comprimido ao pneu, no máximo até a pressão recomendada.
6-Repita o processo na outra roda do lado oposto.
Obs: em condições de baixa temperatura, utilize solução de clo-reto de cálcio e água, que apresenta baixo ponto de congela-mento e densidade maior que a água. 
ACOPLAMENTO
1- Acoplamento de Implementos ao Sistema de 3 PONTOS
	
Com o trator em marcha lenta e ré, alinhe as barras inferiores direita e esquerda com os pinos de engate do implemento. 
Coloque a alavanca do levante hidráulico em posição (sem flutuação) ao acoplar o implemento e solte as barras ou correntes estabilizadoras.
	
	O engate do sistema de 3 pontos no implemento é realizado acoplando-se primeiramente a barra inferior esquerda, em seguida o terceiro ponto e por último a barra inferior direita.
NOTA
Após o acoplamento da barra inferior esquerda do terceiro ponto, pode-se afastar ou aproximar o implemento rosqueando ou desrosqueando o terceiro ponto.
A barra inferior direita é a última a ser acoplada, pois pode ser alongada ou encurtada através da manivela niveladora. Para desacoplar o implemento, seguir a ordem inversa de acoplamento.
	
2- Regulagem
NIVELAMENTO
Todo equipamento acoplado no sistema de 3 pontos do hidráulico necessita ser nivelado e centralizado em relação ao trator.
	
Nivelamento Transversal
Com o implemento já acoplado e em terreno plano, o nivelamento trans-versal é feito através da manivela niveladora, deixando o braço direito com o mesmo comprimento do braço esquerdo.
No caso do arado fixo o nivelamento deve ser feito já dentro do sulco, de forma que o trator trabalhe na posição inclinada enquanto o arado ficará na posição plana em relação ao solo.
	
Obs: o acoplamento e desacoplamento dos implementos ao sistema de 3 pontos deve ser efetuado, sempre que possível, em terreno plano para facilitar a tarefa.
	
Nivelamento Longitudinal
O nivelamento longitudinal (comprimento do implemento) é feito encurtando-se ou alongando-se o 3O Ponto.
No caso de implementos que trabalham dentro do solo, o nivelamento final é realizado dentro do sulco.
	
CENTRALIZAÇÃO
Para centralizar o implemento, efetuam-se as ações seguintes:
	-Levanta-se o implemento através do sistema de 3 Pontos;
-Soltam-se as barras ou correntes estabilizadoras;
-Alinha-se o cabeçalho do implemento com o cavalete de fixação do 3O Ponto;
-Regulam-se as barras ou correntes estabilizadoras mantendo a mesma distancia entre os pneus e as barras inferiores direita e esquerda.
	
Obs: ajuste as barras ou correntes estabilizadoras mantendo uma pequena folga que possibilite ao implemento realizar uma oscilação lateral.
REGULAGEM DE SENSIBILIZAÇÃO
	
	
Braços
Os braços do hidráulico possuem vários furos de acoplamento.
O furo alongado é recomendado para os serviços que exijam oscilações do implemento.
Os furos redondos possibilitam o posicionamento fixo e uma maior ou menor altura de levante do implemento.
	
	
Braços Inferiores
As barras inferiores telescópicas facilitam o acoplamento no implemento.
Obs: mantenha os braços e as barras estabilizadoras sempre limpos e lubrificados facilitando seu acoplamento e regulagem aos implementos.
Em alguns modelos de tratores a válvula hidráulica de comando da ondulação é acionada com maior facilidade em função da posição do 3O Ponto no cavalete de fixação.
	
	
Recomenda-se a fixação do 3O Ponto no:
- Furo Superior – para solos e implementos leves;
- Furo no Meio – para solos e implementos médios;
- Furo Inferior – para solos e implementos pesados;
Válvulas Hidráulicas
Em outros modelos de tratores a válvula hidráulica de comando de ondulação é acionada por meio das barras inferiores.
	
Nesse caso recomenda-se:
- coloque os separadores do lado interno para serviços e implementos leves.
- coloque os separadores do lado externo para serviços e implementos pesados.
	
Obs: verifique se a alavanca de ondulação do sistema hidráulico está posicionada corretamente, permitindo a oscilação desejada no implemento.
ACOPLAMENTO DA BARRA DE TRAÇÃO
	
	
Ao fixar a barra de tração no trator, pode-se variar seu comprimento.
Com a barra de tração mais curta suporta-se maior peso na vertical.
Pode-se inverter a posição de fixação da barra de tração para variar a altura do ponto de engate.
Obs: retire os pinos de fixação lateral da barra de tração, caso deseje uma oscilação lateral da barra de tração.
ACOPLAMENTO DA TOMADA DE FORÇA – TDF
	
	
Para acoplar o cardan do implemento ao eixo de tomada de força, retire a capa de proteção. Certifique-se de que a TDF não esteja ligada.
Use o eixo de 6 estrias para trabalhar com implementos que utilizem 540 rpm e o eixo de 21 estrias para os implementos que necessitem de 1000 rpm na TDF.
NOTA
Verifique qual a rotação do motor recomendada pelo fabricante para se obter as 540 ou 1000 rpm no eixo de saída da TDF.
Reduza a rotação do motor antes de ligar a TDF, evitando danos no cardan do implemento.
 
MANUTENÇÃO
Um operador bem qualificado é aquele que sabe operar a máquina em qualquer situação ou finalidade e aproveita-la satisfatoriamente, seja qual for o implemento agrícola a ela acoplado para execução de uma tarefa. Ele é levado a ter gosto pelo que faz e treinado a dispensar, diariamente, os cuidados necessários à manutenção e à conservação do seu trator.
MANUTENÇÃO é o conjunto de procedimentos que visam prolongar a vida útil do trator e reduzir seu custo operacional. O trator é composto de vários subsistemas mecânicos que, interligados, o caracterizam como fonte de potencia no meio agrícola.
	A seguir, veja um diagrama simplificado da composição de um trator agrícola, com seus tópicos de manutenção:
1- Fazer a manutenção do sistema de Refrigeração do Motor: o sistema de refrigeração de trator tem como finalidade manter a temperatura ideal do motor, sob condições diversas de operação. O sistema é composto por: radiador, mangueiras, bomba d’água, válvula termostática, ventilador, correias e marcador de temperatura.
a) verifique o nível de água do radiador diariamente;
b) troque a água do radiador de acordo com as instruções do fabricante;
c) verifique a tensão da correia diariamente;
d) verifique o estado da tampa do radiador;
e) limpe a colméia do radiador.
2- Fazer a manutenção do sistema de Lubrificação do Motor: o sistema de lubrificação tem a função de colocar uma película de óleo lubrificante entre as partes metálicas, reduzindo os efeitos causados pelo atrito entre as partes móveis do motor, o que provoca desgastes e, ao mesmo tempo, gera calor. O sistema de lubrificação é composto por: bomba de óleo, filtro metálico, filtro blindado, vareta de medição, indicador de pressão de óleo e trocador de calor.
a) verifique o nível de óleo do motor, diariamente;
b) faça a troca do óleo do motor, de acordo com o manual do operador;
c) troque os filtros de acordo com o manual do operador.
3- Fazer a manutenção do sistema de Lubrificação da Transmissão: o sistema de lubrificação tem a função de colocar uma película de óleo lubrificante entre as partes metálicas, reduzindo os efeitos causados pelo atrito entre as partes móveis da transmissão, o que provoca desgastes. Este sistema é composto por: embreagem, pedal de acionamento, multitorque, multiplicador e redutor, caixa de cambio, tomada de potencia, radiador de óleo, diferencial, reduções finais, filtros, eixo dianteiro (se possui tração auxiliar assistida TDA) e luz de alerta da pressão deóleo.
a) verifique o nível de óleo da caixa de cambio, diferencial, reduções finais e sistema hidráulico, periodicamente conforme o manual do operador;
b) troque os filtros e óleo, nos períodos recomendados;
c) verifique os respiros, limpando-os com ar comprimido, se necessário;
d) verifique a ocorrência de vazamentos;
e) verifique a qualidade do óleo e se este não está contaminado;
f) verifique diariamente se a luz de alerta da pressão está funcionando.
4- Fazer a manutenção dos pontos de atrito que utilizam Graxa como Lubrificante: cada trator possui os bicos graxeiros dispostos nas mais diversas posições. Para o perfeito conhecimento de todos eles e do período correto de manutenção, conte com o auxílio do manual do fabricante da máquina.
a) identifique a localização do bicos graxeiros do trator;
b) verifique o estado dos bicos graxeiros;
c) coloque graxa nos bicos, conforme especificação recomendada pelo fabricante.
5- Fazer a manutenção do Sistema Hidráulico:
a) verifique o óleo do sistema hidráulico diariamente;
b) quando necessário substitua o filtro, de acordo com o manual do fabricante.
6- Fazer a manutenção do Sistema de Alimentação do motor: o sistema de alimentação do trator tem como finalidade, suprir as necessidade de ar e de combustível do motor, mantendo uma capacidade que atenda a seus diversos regimes de rotação e carga.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTIVEL
O sistema de alimentação de combustível é composto por: tanque de combustível, decantador de água, bomba alimentadora manual, bomba injetora, filtro de combustível, bico injetor, tubo de retorno e tubo de respiro.
a) faça a inspeção da vedação da tampa e do funcionamento do suspiro do tanque de combustível;
b) drene o copo decantador para retirada de água e impurezas, abrindo a válvula de drenagem localizada na parte inferior do copo;
c) faça a limpeza periódica do filtro (tela) da bomba alimentadora, de acordo com o manual do fabricante;
d) troque os filtros de combustível, na época recomendada pelo fabricante;
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE AR
O sistema de alimentação e filtragem de ar do motor do trator tem por finalidade suprir a necessidade de ar, bem como, separar as partículas de poeira ou outros abrasivos que se encontrem no ar, evitando a admissão das impurezas nas câmaras de combustão do motor e o desgaste prematuro dos seus componentes. Este sistema é composto por diversos componentes, de acordo com o sistema do trator. A manutenção deve ser feita de acordo com o especificado no manual do fabricante.
7- Fazer a manutenção do Sistema Elétrico: os sistema elétrico do trator é composto por: bateria, alternador, regulador de voltagem, motor de partida, caixa de fusíveis e sistema de iluminação.
a) faça a manutenção da bateria:
- verifique o nível da solução eletrolítica da bateria.
- limpe os suspiros das tampas dos vasos da bateria.
- faça a limpeza dos terminais da bateria.
b) faça a regulagem da tensão da correia do alternador, de acordo com a recomendação do manual do fabricante.
c) faça a manutenção da caixa de fusíveis.
8- Fazer a manutenção das regulagens das Alavancas de Comando: folgas excessivas ou mal funciona-mento das alavancas demonstram a necessidade de ajustar varões, cabos, seções de comandos ou pinos que compõem seu sistema de acionamento.
- verifique seus componentes e consulte, no manual do fabricante, como efetuar o reparo.
9- Fazer a manutenção dos Rodados do trator: o sistema de rodado é o elemento responsável pela estabilidade, direcionamento e tração do trator. Nos tratores agrícolas, o rodado é composto de pneus montados em aros. Conforme o modelo e desenho do trator, as rodas apresentam tamanhos, formas e quantidades distintas.
a) faça o lastreamento dos rodados;
b) faça a regulagem da bitola dos rodados.
10- Fazer a manutenção do Sistema de Freios: 
a) localize o reservatório do sistema de freio hidráulico do trator;
b) verifique o nível de óleo do reservatório do(s) cilindro(s) de freio(s);
c) complete-o, com fluido ou óleo indicado pelo fabricante, até o nível indicado;
d) faça a sangria do sistema de freio;
e) faça a regulagem da folga do pedal do freio hidráulico/mecânico.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
As informações e tópicos sobre manutenção de tratores abordadas, referem-se aos pontos básicos comuns aos tratores existentes no mercado. Algumas especificações próprias de alguns modelos devem ser esclarecidas com a Assistência Técnica do fabricante do trator em questão. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Manual de Instruções – Operador. Ford do Brasil. 
Manual de Instruções – Operador. Massey Fergusson MF
Trabalhador na Operação de Tratores Agrícolas – SENAR. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 1998
Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas – Multimarcas – SENAR. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. 2004.
Máquinas e Implementos Agrícolas do Brasil. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
ARADO
ARADO DE AIVECAS
O arado de aivecas é um implemento agrícola que corta, eleva, inverte as leivas, parcial ou totalmente, de modo que essas disponham-se adjacentemente justapostas de forma a enterrar totalmente os restos de culturas. Com isso visa-se melhorar a aeração e a movimentação de água no solo. Produz uma inversão melhor que o arado de discos, mas apresenta restrições ao uso em solos com obstáculos, caso não disponham de mecanismos de segurança com desarme automático. Podem trabalhar a maior profundidade que os arados de discos, mas requerem mais esforço tratório.
Descrição Técnica
	
	
1- coluna
2- chassi
3- relha
4- aiveca
5- rastro
6- sega circular
7- acoplamento ao engate de 3 Pontos
É constituído por um chassi que suporta um conjunto ou um único corpo de arado. No caso de arados de tração animal o chassi pode ser de madeira ou de ferro com rabiças e um único corpo de arado. Os tratorizados tem chassi de aço e um ou mais corpos, com roda guia ou roda de profundidade. Estes, quanto a forma de acoplamento,podem ser de arrasto, montados ou semi-montados.
	O corpo do arado de aivecas é fixado ao chassi através de uma coluna podendo ter um sistema de segurança para desarmá-lo, caso encontre obstáculos no interior do solo. Constitui-se de relha, aiveca e rastro. Existem diversas formas de aivecas, de acordo com o tipo e as condições do solo, bem como da velocidade de trabalho.
ARADO DE DISCOS
O arado de discos é uma máquina agrícola, que corta, eleva, inverte as leivas, de modo a deixar a face superficial do solo voltada para baixo, com o mesmo objetivo do arado de aiveca.
	O movimento rotativo dos discos faz com que os mesmos girem cortando o solo e a vegetação, tornando este arado menos vulnerável a obstruções no solo, quando comparado com o arado de aivecas. Dada a forma geométrica de calota esférica e maneira de operar dos órgãos ativos, a inversão das leivas não se faz de maneira tão uniforme com aquela obtida com o arado de aiveca.
Descrição Técnica
	
	
1- chassi
2- acoplamento ao engate de 3 pontos
3- suporte para estacionamento
4- eixo transverso
5- roda-guia
6- coluna
7- limpador
8- disco
É constituído basicamente por discos montados em mancais, fixados ao chassi através de colunas. Pode haver um ou mais discos, cada um com um raspador que impede que o solo fique aderido ao disco e auxilia no tombamento da leiva. Na parte traseira do arado fica a roda-guia, cuja função é contrapor-se ao deslocamento lateral provocado pela força de reação do solo contra os discos, durante a elevação e tombamento da leivas, alem de limitar a profundidade de penetração dos discos. Normalmente, os arados de discos permitem a regulagem individual dos ângulos vertical e horizontal dos discos, relacionados à habilidade de penetração no solo e largura de corte requerida, respectivamente.
	Assim como o arado de aivecas, o arado de discos pode ser de tração animal ou tratorizado, podendo esse último, ser montado, semi-montado ou de arrasto. Também podem ser fixos ou reversíveis.
GRADE ARADORA E GRADE NIVELADORA
FUNÇÃO DAS GRADES

Continue navegando