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MÓDULO XI – NEUROANATOMIA – AULA 02 SISTEMA VENTRICULAR - Seriam as aberturas internas até a altura do forame magno (início do canal central da medula, que é um canal virtual). - A parte interior do sistema ventricular é preenchida por uma estrutura líquida (líquor cefaloraquidiano – LCR). - A membrana que reveste internamente o sistema nervoso (paredes dos ventrículos) chama-se epêndima, formado de células ependimárias. - Os ventrículos laterais são maiores, logo possuem maior quantidade de epêndima, com maior produção de LCR, porém os demais ventrículos também realizam sua produção. - Faz, ainda, a barreira hematolicólica. - Os ventrículos são completamente preenchidos pelo LCR. - Há protuberâncias de células dentro dos ventrículos, chamadas plexos coróides ou plexos corióides, revestidas, também pela membrana do epêndima. - Há três sistemas de ventrículos: 1. Laterais: provenientes da luz do tubo neural do telencéfalo, lateralizadas, provenientes dos hemisférios cerebrais, na origem embriológica. Possuem uma parte central, uma projeção em direção ao lobo frontal (corno anterior), uma projeção em direção ao lobo occipital (corno posterior) e outra projeção em direção ao lobo temporal (corno inferior). A comunicação entre os ventrículos laterais com o 3º ventrículo se dá pelos forames de Monro ou interventricular (esquerdo e direito). 2. 3º Ventrículo: proveniente da luz do diencéfalo, medial, na origem embriológica. Liga-se ao 4º ventrículo pelo aqueduto mesencefálico ou de Sylvius. 3. 4º Ventrículo: proveniente da luz do tubo neural, com parede anterior formada pelo tronco cerebral e posterior pelo cerebelo. Possui 3 forames: um de ligação com o canal da medula espinhal (virtual) chamado abertura de Magendie (abertura mediana) e outras duas, lateralizadas, que fazem a ligação com o espaço subaracnóide, chamados forames de Luschka (forames laterais) próximos à base do cerebelo. - O líquor é somente produzido nos ventrículos, não sendo absorvido por eles (totalidade adentra o espaço subaracnóide). - A produção diária de um adulto é de cerca de 500 a 700 mL de líquor, com circulação total de cerca de 150 mL de líquor (totalidade de ventrículos e espaço subaracnóide). - O espaço subaracnóide possui trabeculações por onde o líquor pode fluir, sendo absorvido nos espaço entre folhetos da dura-máter (que em quase toda sua extensão é um espaço virtual), por onde correm os seios venosos (seio sagital superior, seio sagital inferior etc) através de estruturas semelhantes a alvéolos (granulações ou vilosidades aracnóides). * Em caso de obstrução, por exemplo, do aqueduto mesencefálico, há acúmulo de líquor dentro dos ventrículos, pois não há mecanismos de feedback para redução da produção de líquor. Essa condição pode ocasionar “cabeça-d’água” (hidrocefalia), comprimindo o tecido cerebral, causando HIC (hipertensão intra-craniana). Pode aumentar o perímetro craniano (macrocefalia). Utiliza-se derivação ventrículo- peritoneal. MENINGES - Revestem externamente o todo o sistema nervoso central (até mesmo um breve acompanhamento de raízes nervosas no sistema nervoso periférico). - São três membranas e quatro espaços (jutamente com outras estruturas): 1. Ossos do crânio. 2. Espaço dural ou extradural (virtual), onde pode, em algumas condições, ter acúmulo de sangue, por exemplo. 3. Dura-máter: possui dois folhetos, sendo um deles (mais externo) aderido ao endóstio dos ossos cranianos e o outro folheto teoricamente aderido ao folheto mais externo (com um espaço virtual entre elas). È uma membrana rígida (paquimeninge). Os espaços virtuais se abrem apenas para a passagem dos seios venosos. 4. Espaço subdural: também é virtual, onde pode, em algumas condições, ter acúmulo de sangue, por exemplo. 5. Aracnóide-máter: mais fina (leptomeninge). 6. Espaço sub-aracnóide: por onde flui o líquor, através das trabeculações, que ligam as duas leptomeninges, além de ser onde há a circulação arterial, por onde as artérias perfurantes adentram ao sistema nervoso, perfurando a pia-máter. É onde ocorre hemorragias arteriais (AVC, rompimento de aneurisma). 7. Pia-máter: reveste o tecido cerebral, aderido a ele, sendo fina também (leptomeninge). 8. Espaço sub-pial: entre a meninge e o tecido cerebral. Lugar onde pode haver sangramento. É um espaço virtual. - A dura-máter possui várias dobras, se projetando para espaços vazios. Na fissura longitudinal (entre os dois hemisférios) ela se dobra até os ossos frontais, etmoidal, esfenoidal, cobre toda a face medial dos hemisférios, ossos parietais, occipital por entre os hemisférios e o cerebelo e, em parte, entre os dois lobos do cerebelo. - A dobra que cobre toda a face medial dos hemisférios é chamada de foice do cérebro. - A dobra horizontal que cobre a sela túrcica chama-se lâmina da sela. - A dobra horizontal que cobre o cerebelo, separando-o do cérebro, é a tenda do cerebelo. - A dobra vertical que divide parcialmente os lobos do cerebelo é a foice do cerebelo. - Existe uma divisão na cavidade craniana entre espaço supratentorial e infratentorial, divididos da seguinte forma: processo clinóide posterior até a porção inicial da tenda do cerebelo, criando-se uma linha reta entre eles. DIENCÉFALO - Estruturas macroscópicas do diencéfalo: 1. Corpo caloso. 2. Septo pelúcido. 3. Cavidade do 3º ventrículo (cavidade do diencéfalo). 4. Tálamo (paredes do 3º ventrículo): possui vários núcleos de corpos axoniais, diversas funções, serve de estação de retransmissão. TODAS as vias de entrada (de sensibilidade) (sim, sem exceção) possuem passagem pelo tálamo. Possui uma elevação em sua porção posterior com vários núcleos (pulvinar). 5. Corpos geniculados mediais e laterais (pertencentes ao tálamo): logo abaixo do pulvinar, sendo o medial com função auditiva e o lateral com a função visual. 6. Hipotálamo (abaixo e a frente do tálamo): utilizando como referência o sulco hipotalâmico, possuindo vários núcleos axoniais na região do túber cinério. Há uma estrutura fina que une o túber cinério à hipófise, chamada infundíbulo. A porção mais anterior do túber cinério é a lâmina terminal. A hipófise é dividida em neurohipófise (posterior – com origem de SNC – armazenadora de secreções, sendo o ADH e a ocitocina) e adenohipófise (anterior - com origem de orofaringe – secretora de hormônios, sendo chamada de glândula-mestra, produzindo: TSH, prolactina, ACTH, GH, LH). O hipotálamo possui funções de ciclo circadiano (junto com o corpo pineal do epitálamo). 7. Subtálamo (abaixo do tálamo): utilizando como referência o sulco hipotalâmico. 8. Epitálamo (posterior e acima): a partir do fim do sulco hipotalâmico. Possui o corpo pineal (produtor de melatonina - ciclo circadiano e produção de melanina). 9. Comissuras anterior e posterior. 10. Aderência intertalâmica (contato entre os tálamos direito e esquerdo).
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