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AULA 7- Estratégias de aprendizagem em Ciências Humanas

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26/08/2022 08:18 Estratégias de aprendizagem em Ciências Humanas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03222/index.html# 1/47
Estratégias de aprendizagem em Ciências Humanas
Prof.ª Eloiza da Silva Gomes de Oliveira
Descrição
Aprendizagem em Ciências Humanas, assim como suas especificidades e características. Inteligência,
estilos de aprendizagem e a relação deles com tais ciências. Estratégias e metodologias para a promoção
da aprendizagem significativa nessas ciências.
Propósito
Compreender aspectos importantes da aprendizagem em Ciências Humanas, além de conhecer estratégias
e metodologias que tornem essa aprendizagem mais eficaz e significativa.
Objetivos
Módulo 1
Conhecendo um pouco mais sobre as Ciências Humanas
Categorizar as Ciências Humanas e as peculiaridades da aprendizagem a elas relacionadas.
Módulo 2
26/08/2022 08:18 Estratégias de aprendizagem em Ciências Humanas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03222/index.html# 2/47
Aprendizagem aplicada às Ciências Humanas
Analisar aspectos da inteligência, da aprendizagem e seus estilos aplicados às Ciências Humanas.
Módulo 3
Estratégias de aprendizagem e algumas metodologias
Apontar estratégias facilitadoras da aprendizagem e algumas metodologias aplicáveis às Ciências
Humanas.
Este conteúdo tem como foco as estratégias de aprendizagem em Ciências Humanas.
Historicamente, existem muitas classificações das ciências, conforme abordaremos adiante.
Quando falamos em Ciências Humanas, também conhecidas como Humanidades, estamos nos
referindo, porém, a conjuntos de conhecimentos que objetivam o estudo do homem como ser social.
Tais conjuntos incluem áreas de conhecimento como Filosofia, História, Sociologia, Direito,
Antropologia, Psicologia, Geografia, Letras e Comunicação Social.
Nos módulos que compõem este texto, depois da caracterização das Ciências Humanas, vamos
analisar as especificidades da aprendizagem dessas ciências e apresentar algumas estratégias e
metodologias facilitadoras da aprendizagem significativa do conteúdo dessas áreas do
conhecimento. Como ilustração, podemos citar o próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Prova de admissão à educação superior realizada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Enem tem como
uma de suas áreas as Ciências Humanas e suas tecnologias, contemplando as disciplinas de
História, Geografia, Sociologia e Filosofia.
Introdução
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1 - Conhecendo um pouco mais sobre as Ciências
Humanas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de categorizar as Ciências Humanas e as
peculiaridades da aprendizagem a elas relacionadas.
A ciência
O conceito de ciência
Neste primeiro módulo, a partir do conceito de ciência, vamos conhecer algumas de suas classificações.
Com isso, constataremos que, há muito séculos, filósofos e outros estudiosos buscam classificar as
ciências, organizando várias taxonomias sobre o tema.
Em seguida, conceituaremos as Ciências Humanas, localizando-as em algumas dessas classificações.
Justificando o título deste módulo, introduziremos alguns aspectos gerais da aprendizagem dos conteúdos
dessas ciências.
Taxonomias
O termo “taxonomia” vem da Biologia, isto é, do sistema de organização e classificação dos seres vivos. O
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uso desse termo se estendeu para outras ciências, já que todos os objetos podem ser organizados e
classificados por meio de algum esquema taxonômico.
O mundo que nos cerca apresenta uma série de desafios oriundos daquilo que é
novo, desconhecido para nós. Esses desafios suscitam perplexidades e provocam
perguntas para as quais desejamos encontrar respostas.
É dessa forma que se origina o conhecimento: de uma relação entre o sujeito que deseja saber e o objeto a
ser conhecido. A ciência é uma das formas de que nos utilizamos para responder a essas questões e obter
o conhecimento, ou seja, para transcender o saber oriundo do senso comum.
Para Trujillo Ferrari (1982), há quatro formas de conhecimento:
Senso comum
Também chamado de conhecimento vulgar, senso comum é tudo aquilo acumulado por meio da experiência
ao longo da vida e passado às gerações seguintes pelas pessoas em geral. Ele é construído graças a
experiências vivenciadas de forma espontânea, sem a aplicação de métodos e conclusões científicos.
Há muitos conceitos de ciência. Entre eles, selecionamos os destes dois autores:
Trujillo Ferrari (1982, p. 11):
Para ele, “a ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais dirigido ao sistemático
conhecimento com objetivo limitado e capaz de ser submetido à verificação”.
Freire-Maia (1998, p. 24):
Sua definição de ciência engloba um "conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos etc.,
visando ao conhecimento de uma parcela da realidade", o que se dá graças a uma "metodologia especial" —
no caso, a metodologia científica.
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De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 20), existem algumas características básicas do conhecimento
científico:
Factual
Refere-se a ocorrências ou fatos.
Contingente
Trabalha com ensaios e experiências.
Sistemático
Logicamente ordenado.
Veri�cável
Pode ser testado.
Falível
Está em permanente evolução.
Aproximadamente exato
P i i t it
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Vale a pena ler a reflexão sobre ciência do médico e pesquisador francês Henri Laborit:
Mas o que é ciência? Quando o homem do paleolítico encontrou um mamute,
percebeu imediatamente que não podia enfrentá-lo. Fugiu correndo e, na
incoerência aterrorizada da corrida, caiu e feriu o joelho num sílex.
Compreendeu que o sílex era mais duro que o joelho. Ora, o homem é o único
animal que reuniu essas diversas experiências para formular uma hipótese de
trabalho [...] após construir uma arma para enfrentar o mamute, o homem
concebera uma hipótese de trabalho e verificara experimentalmente o seu
valor. Era sem dúvida uma atividade científica.
(LABORIT, 1988, p. 23)
Tipos de ciências
Classi�cação das ciências
Neste tópico, veremos que as tentativas de estabelecer uma classificação das várias ciências são muitas e
remontam há séculos. Um dos primeiros a tentar essa classificação foi o filósofo grego Aristóteles (384-322
a.C.) por intermédio do método conhecido como silogismo.
Aristóteles categorizou três tipos de ciências:
Silogismo
Silogismo é o processo de dedução aristotélico, seu princípio relacionado à educação faz parte do
desenvolvimento lógico do aluno. Outra dimensão do pensamento aristotélico é a de estabelecer
classificações. Entre as muitas construídas, temos a divisão do fazer humano e o que a ela se relaciona: as
artes belas são relacionadas ao espírito; as artes humanas são as técnicas e que precisam da ação física.
Essa ação hierarquiza a arte.
Provisoriamente aceito.
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Poiéticas ou produtivas (Medicina e Arquitetura)
Práticas (Política e Ética)
Teóricas (Física e Matemática)
Outra classificação conhecida é a do filósofo positivista Augusto Comte (1798-1857). Comte, segundo o
critério de complexidade, assim elencou as ciências em ordem decrescente:
Modernamente, essa classificação ganhou mais abrangência e especificidade. A partir do momento que as
ciências se tornaram independentes, elas passaram a ser agrupadas em:
Ciências Formais
Cujos objetos de estudo não têm existência concreta,como a Lógica e a Matemática.
Ciências da Natureza
Que se dedica ao estudo da natureza em seus aspectos mais gerais e fundamentais.
Ciências Humanas
Que busca desvendar as complexidades da condição humana, de seu comportamento e de suas
sociedades.
Temos como ilustração disso a árvore de áreas do conhecimento utilizada pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na qual as Ciências Humanas, entre outras ciências,
aparecem:
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Humanidades
Ciências Humanas
Também conhecidas como Humanidades, as Ciências Humanas têm como objeto de estudo o ser humano
e sua relação com a sociedade tanto nos aspectos teóricos e práticos quanto nos enfoques subjetivos
(linguagem, cultura, produção de conhecimento).
As Ciências Humanas englobam, entre outras, as seguintes áreas:
Filosofia, Sociologia ou Ciências Sociais.
História.
Geografia.
Pedagogia.
Letras.
Teologia.
Antropologia.
Comunicação Social.
Psicologia.
Linguística.
Artes.
Mas não pense que é fácil para as Ciências Humanas alcançar o mesmo patamar de valorização atribuído,
por exemplo, às Ciências Exatas. Como disse o filósofo italiano Nuccio Ordine:
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No universo do utilitarismo, um martelo vale mais que uma sinfonia, uma faca
mais que um poema, uma chave de fenda mais que um quadro: porque é fácil
compreender a eficácia de um utensílio, enquanto é sempre mais difícil
compreender para que podem servir a música, a literatura ou a arte.
(ORDINE, 2016, p. 12)
Há algum tempo, os limites rígidos entre as ciências vêm sendo superados na busca de linguagens e
metodologias comuns. Trata-se da interdisciplinaridade, conceituada pelo Dicionário Houaiss da língua
portuguesa (2001) como algo “que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou ramos de
conhecimento” ou “que é comum a duas ou mais disciplinas”.
Embora esse “diálogo” entre as ciências não seja facilmente realizado, ele é caracterizado pela "intensidade
das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo
projeto de pesquisa", pontua Japiassu (1976, p. 74).
Comentário
A existência de peculiaridades na aprendizagem em Ciências Humanas configura uma questão bastante
controvertida. Ela será abordada no próximo módulo.
Consideramos a aprendizagem humana um processo universal que, segundo Aquino (2007, p. 6), “refere-se
à aquisição cognitiva, física e emocional, e ao processamento de habilidades e conhecimento em diversas
profundidades, ou seja, o quanto uma pessoa é capaz de compreender, manipular, aplicar e /ou comunicar
esse conhecimento e essas habilidades”.
No entanto, como existe uma diversidade de estruturas cognitivas e de estilos de aprendizagem, talvez haja
competências e habilidades mais exigidas no âmbito das Ciências Humanas.
Ciências Humanas?
Assista agora a um vídeo que discute a ideia de tradição, que leva o homem de um objeto da religião, da
Filosofia, para a sua constituição como um ser social.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
O conceito de ciência
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
A classi�cação das ciências
Todos
Módulo 1 - Video
Ciências Humanas?
Módulo 2 - Video
Um historiador em uma sociedade que nega a história

 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Trujillo Ferrari (1982, p. 11) conceituou a ciência como “todo um conjunto de atitudes e de atividades
racionais dirigido ao sistemático conhecimento com objetivo limitado e capaz de ser submetido à
verificação”. Ferrari ainda falou da existência de quatro tipos de conhecimento do homem. Construído a
partir do estudo sistemático e metódico da realidade, um desses tipos é chamado de
A conhecimento filosófico.
B conhecimento científico.
C conhecimento teológico.
D conhecimento empírico.
E conhecimento popular.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Cervo e Bervian (2002) afirmam que a base do conhecimento filosófico é a reflexão. Por meio
dela, o ser humano passa a entender o sentido da vida e do universo. Trata-se de um
conhecimento valorativo, pois parte de hipóteses que não poderão ser verificadas — e, portanto,
nem confirmadas, nem refutadas. Já o conhecimento teológico ou religioso, relacionado com a fé
e a crença em algo superior, além de estar apoiado em fundamentos sagrados, se caracteriza por
ser valorativo, inspiracional, sistemático, não verificável, infalível e exato. Por sua vez, o
conhecimento científico, que não se limita ao empírico, procura conhecer, além do fenômeno,
suas causas e leis (RUIZ, 2002).
Questão 2
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As Ciências Humanas se consolidaram a partir da primeira metade do século XX. Progressivamente, foi
estabelecido um movimento para superar os limites rígidos entre as ciências na busca de linguagens e
metodologias comuns. Chamamos a esse processo de
A fusão científica.
B processo dialógico.
C fragmentação.
D interdisciplinaridade.
E cientificismo.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Hoje em dia, no contexto das Ciências Humanas, é impossível pensar que a abordagem de um
conhecimento não dialogue com outras disciplinas. Tal processo é denominado
interdisciplinaridade. Fundamentado na crítica ao processo de fragmentação do conhecimento,
ele não pretende estabelecer uma unidade de conhecimento, e sim a parceria e a mediação dos
conhecimentos das várias ciências na construção de saberes. Pressupõe ainda que nenhuma
fonte de conhecimento é completa e acabada, cabendo ao diálogo e à interpenetração com
outras ciências novos desdobramentos na compreensão da realidade e na sua representação.

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2 - Aprendizagem aplicada às Ciências Humanas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar aspectos da inteligência, da aprendizagem
e seus estilos aplicados às Ciências Humanas.
Inteligência
O primeiro conceito de inteligência
Vamos nos debruçar sobre uma pergunta crucial neste conteúdo: no âmbito da aprendizagem, tema sempre
muito pesquisado, há formas específicas referentes apenas às Ciências Humanas? E, por decorrência,
existem aprendizagens mais complexas e que devem ser mais valorizadas?
Buscaremos a resposta acessando os conceitos de inteligência, modelos mentais e estilos de
aprendizagem. No decorrer deste módulo, ainda introduziremos algumas perguntas referentes ao conteúdo
abordado.
Atenção!
Não se trata de um questionário que precisa ser respondido, e sim de perguntas que servirão de roteiro para
o tópico final, no qual, juntos, vamos poder refletir sobre a seguinte questão: há realmente formas
específicas de aprendizagem referentes às Ciências Humanas? Você está disposto a tentar solucionar essa
questão controvertida?
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Como é bom ouvir de alguma pessoa: “como você é inteligente!”. Vamos começar este módulo
conceituando a inteligência.
Em busca do conceito estrito, etimológico, verificamos que o termo “inteligência” vem do latim intelligentia(“inter” significa entre; “eligere”, escolher). Contudo, vejamos o conceito apresentado por um dicionário.
Em busca de uma conceituação mais elaborada e sistematizada, consultamos o dicionário de português da
Google oriundo da Oxford Languages, considerada a maior editora mundial de dicionários. Inteligência é um
substantivo feminino com quatro significados:
1. faculdade de conhecer, compreender e aprender. 
2. capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de
adaptar-se a novas situações. 
3. conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o
conhecimento, para a compreensão da natureza das coisas e do significado
dos fatos. 
4. modo de interpretar, de julgar; interpretação, juízo.
(OXFORD LANGUAGES, s. d., n. p.)
Continuemos nossa análise, no âmbito da ciência, para deixar de lado equívocos e mitos relativos à
inteligência. Listaremos, para isso, três mitos bastante disseminados e três fatos reconhecidos:
A inteligência é uma habilidade mental inata.
A inteligência é composta de um único fator geral.
A inteligência pode ser medida, quantificada e classificada por meio do desempenho em testes
padronizados.
3 mitos sobre a inteligência 
3 fatos sobre a inteligência 
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Cada vez mais pesquisas indicam uma forte influência dos fatores ambientais no desempenho
intelectual.
Autores como Thorndike (1997) defendem a ideia de que a inteligência é multifatorial, sendo
constituída por uma multiplicidade de fatores que se combinam, o que permite a cada indivíduo ter
um perfil próprio de inteligência.
Segundo Olson (1986), os testes padronizados (psicométricos) medem formas específicas de
competências linguísticas e lógicas muito valorizadas pelas classes média e alta das sociedades
ocidentais, produzindo uma avaliação restrita e ideologicamente limitada.
Na concepção de Thorndike (1997) a inteligência é constituída por uma variedade de fatores ou elementos,
sendo cada um deles constitutivo das aptidões do indivíduo. Para o autor, há três tipos de inteligência:
Inteligência social ou aptidão para compreender e lidar com as
pessoas
Inteligência concreta ou aptidão para compreender e lidar com
coisas
Inteligência abstrata ou aptidão para compreender e lidar com
símbolos verbais e matemáticos
Pergunta 1
A inteligência social descrita por Thorndike, que é a responsável por facilitar a compreensão das pessoas e
dos fatos a elas relacionados, é a utilizada nas Ciências Humanas?
Uma inteligência: múltiplos componentes
Como vimos anteriormente, a visão da inteligência como multifatorial predomina na atualidade. Entre os
autores mais conhecidos desses estudos está o psicólogo norte-americano Howard Gardner.
Criador da teoria das inteligências múltiplas, Gardner descreve um conjunto de capacidades cognitivas
constitutivas da inteligência humana que ele designa como “inteligências múltiplas”. A seguir são
apresentadas as nove inteligências descritas pelo psicólogo:
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Capacidade de aprender noções dos códigos linguísticos, memorizá-las e aplicá-las de forma
criativa, manifestando um domínio da linguagem e das palavras.
Capacidade de usar os números de forma efetiva para raciocinar eficientemente, utilizando
processos mentais, como, por exemplo, categorização, classificação, inferência, generalização,
cálculo e testagem de hipóteses.
Capacidade de perceber o mundo visível e de transformar essa percepção, envolvendo aspectos
como a sensibilidade à cor, às linhas, às formas e às configurações espaciais.
Capacidade para o controle e a harmonização dos movimentos corporais para a orientação e a
manipulação de objetos.
Capacidade de perceber, discriminar, transformar e expressar formas musicais com sensibilidade ao
ritmo, ao tom, à melodia e ao timbre.
Capacidade de compreender e se identificar com os outros indivíduos e de se comunicar com eles.
Inteligência linguística 
Inteligência lógico-matemática 
Inteligência espacial 
Inteligência corporal-cinestésica 
Inteligência musical 
Inteligência interpessoal 
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Capacidade de autoconhecimento e de agir de forma adaptativa com base nesse conhecimento.
Capacidade para reconhecer e classificar espécies da natureza e sensibilidade em relação a outros
fenômenos naturais.
Capacidade de entender questões relacionadas à existência, ao sentido da vida e aos temas
espirituais.
Pergunta 2
Das inteligências descritas por Gardner, há algumas adequadas especialmente para as Ciências Humanas?
Complementando nossa abordagem de autores que compreendem a inteligência do ser humano como
composta por vários fatores, destacamos a teoria triárquica da inteligência (TTI). Formulada por Robert
Sternberg (1988; 2000), a TTI fala de três componentes da inteligência: prático, criativo e analítico. Cada um
deles é predominante nos processos apresentados a seguir.
Pergunta 3
Na TTI formulada por Sternberg, existe um componente facilitador da aprendizagem nas Ciências
Humanas?
Inteligência intrapessoal 
Inteligência naturalista 
Inteligência existencial 
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A mente
Modelos mentais
O conceito de modelos mentais tem caráter interdisciplinar, ou seja, é utilizado em várias áreas do
conhecimento. Modelos do tipo são construídos graças à utilização de habilidades e de competências
cognitivas, culturais, linguísticas e sociais aliadas aos conhecimentos que já possuímos para representar a
realidade.
Uma conhecida definição é a oferecida por Rouse e Morris (1986). Segundo os dois autores, "modelos
mentais são os mecanismos por meio dos quais os humanos são capazes de gerar descrições do propósito
e da forma de um sistema, explicar o funcionamento do mesmo e os seus estados observados, e prever os
estados futuros".
Kleer e Brown (1981), por sua vez, conceituam esses modelos como simulações mentais desenvolvidas em
quatro fases:
1. Representar o fenômeno observado ou aprendido.
2. Propor um modelo de como o fenômeno poderia funcionar, considerando a sua estrutura e
composição.
3. Fazer uma simulação mental do fenômeno em funcionamento.
4. Comparar os resultados dessa simulação mental com a realidade.
Para Senge e demais autores (1995), por outro lado, os modelos mentais são definidos como pressupostos
profundamente enraizados, generalizações ou imagens que temos e influenciam o modo como percebemos
o mundo e agimos sobre ele. Segundo Kim (1996), a aprendizagem supõe um ciclo que tem início com a
captação de novos dados e se encerra com o armazenamento desses significados sob a forma de modelos
mentais individuais.
Podemos dizer então que um modelo mental descreve a concepção criada por uma pessoa sobre
determinado assunto, permitindo-lhe entender a organização das informações por ela obtidas. Cada modelo
mental é criado a partir de quatro origens:
Sistema nervoso
Origem referente às capacidades fisiológicas e cognitivas de cada pessoa.
Linguagem
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Origem relacionada à língua e às suas variantes, além da forma de comunicação de cada indivíduo.
Cultura
Origem desenvolvida a partir das experiências compartilhadas nas famílias e nas outras instituições sociais.
História pessoal
Origem inerente ao passado de cada ser humano, às experiências e às informações que acumulamos ao
longo do tempo.
De forma resumida, podemos afirmar que os modelos mentais caracterizam a forma como o serhumano
percebe e interage com o mundo que o cerca, mantendo uma relação estreita com a aprendizagem. Tais
modelos podem ser descritos como uma visão ampla do mundo adquirida por meio de experiências
passadas. São pressupostos, generalizações ou mesmo imagens que influenciam a nossa forma de ver o
mundo e agir.
Pergunta 4
Alguma das quatro origens dos modelos mentais é mais facilitadora da aprendizagem em Ciências
Humanas?
Aprendentes
Estilos de aprendizagem
Não podemos encerrar este módulo sem falar de um tema intensamente pesquisado: estilos de
aprendizagem.
Você já deve ter percebido que certas formas de estudar permitem uma aprendizagem mais rápida e
significativa.Isso pode ocorrer lendo em voz alta, fazendo um resumo do conteúdo, estudando em grupo,
destacando as partes mais importantes do texto estudado, fazendo exercícios... Essas diferenças ocorrem
porque nós temos diferentes estilos de aprendizagem.
Esses estilos, segundo Alonso e Gallego (2000), são características cognitivas, afetivas e fisiológicas que
servem como indicadores de como os indivíduos percebem, interagem e respondem aos seus ambientes de
aprendizagem. Já Silva e Oliveira Neto (2010) afirmam que eles estão associados à forma particular de
adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes por meio da experiência ou dos estudos.
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Devemos considerar ainda que os estilos de aprendizagem são tendências
razoavelmente duradouras em cada um de nós. Eles, porém, não são estáticos,
sofrendo modificações com o desenvolvimento do indivíduo e a sua história de
vida.
No decorrer da história das pesquisas sobre a aprendizagem humana, foi criado um certo consenso sobre o
fato de que ela ocorre em três domínios:
A partir daí, multiplicou-se a quantidade de estudos e de teorias, levando ao consequente aumento no
número de conceitos e classificações de estilos de aprendizagem do ser humano. Vamos conhecer
brevemente duas dessas classificações.
Kolb (1984)
Criou o famoso inventário de estilos de aprendizagem, que classificou os seres humanos em quatro estilos
de aprendizagem: adaptadores, assimiladores, divergentes e convergentes.
Neil Fleming (2001)
Criou o modelo VARK de estilos de aprendizagem: visual, auditivo, leitura-escrita e sinestésico (em inglês,
visual, aural-read, write and kinesthetic).
Apresentaremos agora duas outras classificações de estilos de aprendizagem.
Anthony Gregorc e o delineador de estilos de aprendizagem (style
delineator)
Gregorc (1985) refere-se a tais estilos como comportamentos que funcionam como indicadores do
funcionamento mental das pessoas, de suas competências e de suas capacidades de se relacionar com o
mundo e de aprender.
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O autor apresenta a definição de quatro estilos de aprendizagem:
Felder e Silverman e o índice de estilos de aprendizagem (ILS)
Felder e Silverman (1988) conceituam os estilos de aprendizagem como qualidades e preferências dos
indivíduos na forma de realizar o recebimento e o processamento da informação. Os autores falam de
quatro dimensões ou formas de tratamento da informação pelo sistema cognitivo do ser humano:
Percepção
Recepção
Processamento
Compreensão
A cada dimensão são associados dois estilos de aprendizagem, resumidos a seguir:
Ativo: persistente na aprendizagem, aprecia trabalhos em grupo.
Reflexivo: voltado para o pensamento e a análise, prefere trabalhar individualmente.
Sensitivo ou sensorial: concreto, prático e voltado para fatos e procedimentos no processo de
aprendizagem.
Intuitivo: inovador e orientado para conceitos, teorias e significados subjacentes.
Processamento da informação 
Percepção da informação 
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Visual: preferência por representações visuais do conteúdo a ser aprendido.
Verbal: preferência pela apresentação escrita e pelas explicações comentadas do conteúdo a ser
aprendido.
Sequencial: predominância do pensamento linear e da aprendizagem em etapas ou passos.
Global: predominância do pensamento holístico.
Holismo
Doutrina que concebe o indivíduo como um todo que não se explica pela soma das suas partes, apenas
podendo ser entendido em sua integridade. Trata-se de concepção, nas Ciências Humanas e Sociais, que
defende a importância da compreensão integral dos fenômenos, em detrimento da análise isolada dos seus
constituintes.
Os dois autores abordam estilos de ensinagem correspondentes aos de aprendizagem, garantindo, assim, a
efetividade do processo.
Atualmente, é comum falar de estilos de ensinagem ou de estratégias de ensino-aprendizagem, que são
descritas como “meios e recursos que vêm sendo utilizados no processo de ensino com o propósito de
alcançar a qualidade desejada e os resultados prospectados” (MAZZIONI, 2009, p. 15).
De acordo com o autor, para a adoção de uma estratégia de ensinagem eficaz e coerente com o
planejamento pedagógico, é necessário considerar os objetivos propostos e as habilidades que quem
aprende precisará desenvolver.
Pergunta 5
Dos estilos de aprendizagem abordados, algum deles é mais adequado e produtivo para a aquisição dos
conteúdos das Ciências Humanas?
Entrada da informação 
Organização/compreensão da informação 
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Concluindo: competências para a aprendizagem em Ciências Humanas
No decorrer deste módulo, fomos formulando cinco perguntas à medida que apresentávamos o conteúdo. A
resposta a elas, porém, é a mesma: não há uma modalidade de inteligência, um modelo mental ou um estilo
de aprendizagem utilizado de forma única na aprendizagem de conceitos em Ciências Humanas.
A aprendizagem é um processo global no qual todos os componentes cognitivos são necessários e
aplicados de acordo com a situação. As aprendizagens se sucedem: conteúdos aprendidos vão dando lugar
a outros em um processo constante de atualização.
Como bem disse Rubem Alves:
Eu quero desaprender para aprender de novo. 
Raspar as tintas com que me pintaram. 
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
(ALVES, 2004)
No entanto, pelo fato de as Ciências Humanas objetivarem o estudo do homem como ser social, muitas
vezes métodos e estratégias didáticos privilegiam algumas especificidades das inteligências, dos modelos
mentais e dos estilos de aprendizagem que são prioritárias nessas ciências.
Vamos nomear algumas dessas situações? Observe-as a seguir:
O interesse por assuntos subjetivos.
O gosto pela leitura e pela interpretação.
A compreensão da natureza e das suas transformações.
A aderência a temas humanos com capacidade de empatia.
A facilidade de comunicação.
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Um exemplo das especificidades da aprendizagem em Ciências Humanas pode ser visto na matriz de
referência do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) elaborada pelo MEC. Essa matriz define cinco eixos
cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento):
Antes de iniciar o módulo 3, releia o que estudamos sobre formas de inteligência, modelos mentais e estilos
de aprendizagem e faça uma análise comparativa com as áreas de competências em Ciências Humanas do
Enem. Você verá que alguns aspectos específicos realmente podem tornar mais fáceis tais aprendizagens.
Atenção!
Isso não significa que os demais aspectos gerais estudados não sejam exigidos e necessários para essas
aprendizagens.
Um historiador em uma sociedade que nega a história
Assista agora a um vídeo que apresenta exemplos de estratégias de aprendizagemde História.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!


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Primeiro conceito – inteligência
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Segundo conceito – modelos mentais
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Terceiro conceito – estilos de aprendizagem
Todos
Módulo 1 - Video
Ciências Humanas?
Módulo 2 - Video
Um historiador em uma sociedade que nega a história
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
Questão 1
Ao estudarmos os estilos de aprendizagem, um dos teóricos abordados foi Gregorc, que definiu quatro
estilos de aprendizagem. Um deles é característico de pessoas práticas, minuciosas, de pensamento
metódico e atenção voltada para realidades concretas e objetos físicos. Esse estilo de aprendizagem é
chamado de
A sequencial concreto.
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B aleatório abstrato.
C experiência concreta.
D aleatório concreto.
E sequencial abstrato.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Anthony Gregorc definiu o estilo de aprendizagem sequencial concreto como característico de
indivíduos que processam a informação de forma ordenada, sequencial e linear. Eles têm
facilidade em lembrar detalhes e recordar informações específicas, fórmulas e regras.
Questão 2
Elaborado pelo MEC, o Enem tem como uma das áreas Ciências Humanas e suas Tecnologias (abrangendo
os conteúdos de Geografia, História, Filosofia e Sociologia). A matriz de referência do Enem para essa área
define seis áreas de competências, sendo uma delas
A
compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora
social e formadora da identidade.
B
entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de
produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
C
construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução
de problemas do cotidiano.
D
associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a
processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
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3 - Estratégias de aprendizagem e algumas
metodologias
Ao �nal deste módulo, você será capaz de apontar estratégias facilitadoras da aprendizagem
e algumas metodologias aplicáveis às Ciências Humanas.
E demarcar o domínio e a assimilação das informações e sua reprodução.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Somente a opção que descreve com eficiência um dos pontos fundamentais das Ciências
Humanas e suas Tecnologias é a que lida com trabalho e produção humana.

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Aprendizagem/ensinagem ativa
Metodologias ativas
O módulo anterior foi orientado por uma ampla questão: “Existe uma forma específica de aprendizagem
aplicada às Ciências Humanas?”. Tal questionamento foi desdobrado em três tópicos:
Das muitas classificações de estilos de aprendizagem, escolhemos duas:
Delineador de estilos de aprendizagem, elaborado por Anthony
Gregorc
Índice de estilos de aprendizagem, elaborado por Felder e Silverman
Desdobramos, em seguida, a questão inicial em algumas perguntas específicas. Finalizamos o módulo
concluindo que, embora não haja uma modalidade de inteligência, um modelo mental ou um estilo de
aprendizagem ou de ensinagem utilizado de forma única na aprendizagem de conceitos em Ciências
Humanas, métodos e estratégias didáticos podem favorecer algumas especificidades dessa aprendizagem.
Abordar o conceito de inteligência, privilegiando duas teorias: a teoria das inteligências
múltiplas, de Gardner, e a TTI, formulada por Sternberg.
Focalizar os modelos mentais, isto é, as maneiras como o ser humano percebe e interage
com o mundo que o cerca, assim como seu conceito, suas origens e sua importância para a
aprendizagem.
Apresentar os estilos de aprendizagem, que são a forma característica de cada indivíduo
adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes por meio da experiência ou dos estudos.
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É isso que vamos focalizar neste módulo. Como você já pode perceber por seu título, não separamos
estratégias de aprendizagem e de ensinagem, atendendo à máxima de João Guimarães Rosa (1986), o qual,
pela voz de Riobaldo, personagem de Grande sertão: veredas, atesta: “Mestre não é quem sempre ensina,
mas quem de repente aprende”.
Vamos então apontar algumas estratégias de aprendizagem e ensino que podem facilitar bastante a
apreensão de conceitos das Ciências Humanas. Imagine a seguinte situação:
Exemplo
Mariana adora as aulas de História! Ela sempre comenta com os colegas que o professor varia bastante as
metodologias que utiliza, empregando jogos, projetos e debates em torno de perguntas ou problemas. Esse
profissional do ensino emprega as metodologias ativas na sua prática docente.
A primeira estratégia que abordaremos, portanto, diz respeito às metodologias ativas. Muito presentes
atualmente no cenário educacional, elas até podem parecer uma novidade, a realidade, contudo, não é bem
assim.
O surgimento das metodologias ativas
A educação está em constante evolução, como podem demonstrar as inúmeras correntes pedagógicas
vivenciadas. Atualmente, de acordo com Bassalobre (2013), a relação que se estabelece entre quem
aprende e o conhecimento é bastante diferente daquela percebida alguns anos atrás.
Por isso, existe uma demanda por novas competências e formas inéditas de
aprender. Isso também afeta a ensinagem, isto é, o “fazer” de quem ensina não só
nos aspectos metodológicos, mas também nos políticos e éticos.
Aos poucos, foram surgindo propostas metodológicas de ensino e aprendizagem que privilegiam o
protagonismo de quem aprende, favorecem a motivação e promovem a autonomia, criando um ambiente
favorável para uma aprendizagem verdadeiramente significativa de todos os participantes do processo.
Segundo Berbel (1998), as metodologias ativas são processos que objetivam estimular a autoaprendizagem
e a curiosidade do aluno para pesquisar, refletir e analisar possíveis situações para a tomada de decisão,
tendo o professor como facilitador desse processo.
Comparemos as metodologias ativas com as tradicionais:
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John Dewey, um pioneiro
O filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey pode ser considerado um precursor das metodologias
ativas por ter criado a pedagogia ativa ou pedagogia da ação, cujo pressuposto é que a aprendizagem deve
partir de situações que provoquem dúvidas e questionamentos, estando, de preferência, relacionadas à
realidade.
Para ele, os alunos precisam ser preparados para a vida quando estão na escola, vivendo situações
similares às da vida fora dos muros escolares.
A educação torna-se, desse modo, uma “contínua reconstrução de experiência”, explica Dewey (1978, p. 7).
O autor ainda propõe que as atividades educativas sejam realizadas com o apoio de questões e problemas
a serem resolvidos pelos próprios alunos, fomentando a reflexão e a crítica. Dessa maneira, o pesquisador
afirma: “todos esses métodos dão aos alunos alguma coisa para fazer e não alguma coisa para aprender; e
o ato de fazer é de tal natureza que exige a reflexão ou a observação intencional das relações; daí,naturalmente, resulta aprendizagem” (DEWEY, 1978, p. 169).
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O filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey, em 1902.
Características das metodologias ativas
As metodologias ativas constituem uma concepção pedagógica cujas principais características incluem
estas ações:
Visar à ampliação das condições que favorecem a aprendizagem.
Mobilizar estratégias orientadas para a aprendizagem significativa.
Utilizar a problematização como estratégia básica.
Disponibilizar o acesso a variados materiais de suporte à pesquisa.
Fazer do aprendente protagonista da construção do próprio conhecimento, estimulando a
autonomia e a participação.
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Dessa forma, as metodologias ativas podem atender a todas as aprendizagens, incluindo aquelas realizadas
em Ciências Humanas.
Algumas metodologias ativas
A lista das metodologias ativas, principalmente a partir dos estudos atuais, cada vez aumenta mais.
Algumas das mais conhecidas são:
Associar fortemente a teoria à prática.
Atribuir a quem ensina o papel de coparticipante da aprendizagem por meio de estratégias
específicas.
Estimular a reflexão e a crítica.
Aprendizagem baseada em problemas (PBL)
Método de projetos
Centros de interesse
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Escolhemos duas dessas metodologias — muito utilizadas e adequadas para o desenvolvimento de
competências em Ciências Humanas — para apresentar a você. As demais também são muito
interessantes, claro, e você pode estudá-las posteriormente.
Aprendizagem baseada em problemas (PBL)
Unidades de experiência
Sala de aula invertida
Alunos com a mão na massa / culture maker (DIY)
Design thinking
Instrução por pares
Gamificação
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O termo “aprendizagem baseada em problemas” vem do inglês problem-based learning (PBL) e tem como
princípio fundamental utilizar problemas da vida real para promover o desenvolvimento conceitual,
procedimental e atitudinal de quem aprende. Para Bridges (1992, p. 5-6), são características da PBL:
O ponto de partida para a aprendizagem é um problema (isto é, um estímulo para o qual um indivíduo não
tenha uma resposta imediata).
O problema deve permitir que os alunos estejam aptos a enfrentar os desafios futuros.
O conhecimento que os alunos devem adquirir durante a sua formação é organizado em torno de problemas
em vez de disciplinas.
Estudantes individual ou coletivamente assumem uma importante responsabilidade pelas próprias
instruções e aprendizagens.
A maior parte do aprendizado ocorre dentro do contexto de pequenos grupos em vez de exposições orais
sobre os conteúdos.
Como se pode aplicar o método da aprendizagem baseada em problemas? Uma boa resposta para essa
pergunta é apresentada por Bufrem e Sakakima (2003), que elencam os sete passos da aprendizagem
baseada em problemas:
Nesse momento, além da análise pormenorizada, é necessário esclarecer os termos e os conceitos
desconhecidos.
Verificar o que o grupo já conhece sobre o assunto, levantar questões e formular hipóteses.
1 – Ler e analisar o problema 
2 – Listar o que já é conhecido 
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Registrar, de forma sintética, tudo que o grupo está tentando responder e resolver.
Preparar uma lista do que é necessário aprender e providenciar para resolver o problema dos novos
conceitos que precisam ser aprendidos.
É necessário identificar fontes e recursos necessários, distribuindo responsabilidades entre os
membros do grupo.
Retornar ao grupo, discutir o que foi aprendido, revisitar e testar as hipóteses iniciais e verificar o que
já foi solucionado.
Preparar um relatório com as soluções propostas e recomendações, assim como os aspectos do
problema não solucionados e a avaliação do processo desenvolvido.
Método de projetos
Elaborar projetos constitui uma atividade natural do ser humano e que parte normalmente de necessidades,
objetivos e expectativas. A meta é atingir o melhor resultado de forma mais rápida com o menor
investimento de esforço e recursos — e de forma objetiva.
3 – Desenvolver um relatório do problema 
4 – Formular os objetivos de aprendizagem 
5 – Listar possíveis ações 
6 – Analisar as informações obtidas 
7 – Apresentar soluções 
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Como estratégia educacional, o método de projetos foi criado por um discípulo de John Dewey, William
Heard Kilpatrick. Esse método tem como princípio a ideia de que o conhecimento precisa ser construído a
partir da experiência e ser organizado tomando por base problemas reais do cotidiano.
Para Moura (2012), a proposta para a aprendizagem baseada em projetos pode ser classificada em três
tipos:
Projetos de aprendizagem do tipo explicativo
Têm como propósito mostrar e explicar o funcionamento de um fenômeno, objeto tecnológico, dispositivo,
equipamento ou sistema, analisando as partes fundamentais.
Projetos de aprendizagem do tipo construtivo
Têm como objetivo a construção de algo para atender a uma finalidade determinada.
Projetos de aprendizagem do tipo investigativo
Visam ao desenvolvimento de investigações de cunho científico. São característicos da pesquisa científica.
O método é alicerçado em três princípios descritos a seguir:
Princípio da situação problemática
O projeto surge a partir da percepção de um problema motivador.
Princípio da experiência anterior
A facilidade de elaboração e desenvolvimento do projeto é proporcional à experiência anterior com o tema.
Princípio da e�cácia social
O projeto deve corresponder a uma atividade coletiva e ser realizado de forma participativa.
Vejamos agora as etapas do desenvolvimento do método:
1 – Problematização 
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Identificação do problema gerador do projeto.
Elaboração das estratégias para responder o problema proposto.
Sistematização do conhecimento obtido a partir do desenvolvimento do projeto, ponto de partida
para novos projetos.
Mas como podemos escolher, em meio a tantas possibilidades, uma estratégia de aprendizagem? No vídeo
“Como escolher aprendizagem?”, o professor Rodrigo Rainha conta sua experiência e o que o motiva.
Operações de pensamento e estratégias de aprendizagem e ensino
A ação de ensinar está diretamente relacionada à de aprender. Ao pensarmos especificamente na
aprendizagem em Ciências Humanas, verificamos que a escolha de uma estratégia está ligada à realização
de construções mentais variadas em um processo evolutivo de complexidade do pensamento.
Raths e Rothstein (1977) descrevem 12 operações do pensamento ou ações mentais:
1. Comparação: Nessa operação, podemos usar o método de comparar coisas, suas semelhanças e
diferenças, e o de identificar relações mútuas, pontos de acordo e desacordo, para chegarmos a um
resultado.
2. Resumo: Operação por meio da qual é possível apresentar, de forma condensada, o conteúdo do que foi
apreciado.
3. Observação: Tarefa de examinar minuciosamente, de olhar com atenção, de estudar, de observar fatos
importantes e de perceber ações e processos, anotando cuidadosamente.
4. Classificação: Colocar em grupos conforme princípios estabelecidos. Exige análise e síntese, além de
conclusões próprias.
2 – Desenvolvimento 
3 – Síntese 
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5. Interpretação: Processo de atribuir sentido, compreender o que está sendo observado.
6. Crítica: Efetivar julgamento, análise e avaliação de algo, realizando exame crítico de qualidades, defeitos e
limitações segundo a referência a um padrão ou critério.
7. Busca por suposições: Aceitar algo sem discussão, sem confirmação, podendo ser verdadeiro ou falso.
8. Imaginação: Elaborar ideias sobre coisas que não estão presentes, indo além da realidade. Pode ser
considerada uma forma de criatividade, libertando dos fatos e da realidade.
9. Obtenção e organização de dados: Trabalho em que resultados precisam ser obtidos e organizados em
um padrão. Exige objetivos claros, análise de pistas, plano de ação, definição de tarefas-chave, definição e
seleção de respostas e de tratamento delas, assim como organização e apresentação do material
coletado.
10. Levantamento de hipóteses: Propor algumas possíveis soluções para se chegar à compreensão e à
solução de problemas.
11. Aplicação de fatos e princípios a novas situações: Solucionar problemas e desafios ao aplicar as
aprendizagens anteriores e usar a capacidade de transferência e de generalização.
12. Decisão: Aprender a decidir sobre quais métodos ou soluções são mais apropriadas para a solução de
problemas.
Na busca de conhecer estratégias facilitadoras da aprendizagem e algumas metodologias aplicáveis às
Ciências Humanas, que é o objetivo deste módulo, vamos apresentar parte de um quadro elaborado por
Anastasiou e Alves (2015).
Nesse quadro, as autoras indicam estratégias de aprendizagem e ensinagem. Selecionamos dele algumas
que se harmonizam com a aprendizagem em Ciências Humanas, tema que agora desenvolvemos:
Estratégias Descrição
Estudo de texto
Exposição do conteúdo com a participação ativa dos estudantes, cujo
conhecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto
de partida. O professor leva os estudantes a questionar, interpretar e discutir
o objeto de estudo a partir do reconhecimento e do confronto com a
realidade.
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Estratégias Descrição
Portfólio
Identificação e construção de registro, análise, seleção e reflexão das
produções mais significativas ou identificação dos maiores
desafios/dificuldades em relação ao objeto de estudo, assim como das
formas encontradas para superação.
Mapa conceitual
Construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma
perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas
entre os conceitos pertinentes à estrutura do conteúdo.
Estudo dirigido
Ato de estudar sob a orientação e a diretividade do professor, visando a sanar
dificuldades específicas. É preciso ter claro estes pontos: o que é a sessão,
para que e como é preparada.
Lista de discussão
ou fórum virtual por
meios
informatizados
Oportunidade de um grupo de pessoas poder debater à distância um tema
sobre o qual elas sejam especialistas ou tenham realizado um estudo prévio.
Elas também podem querer aprofundá-lo por meio eletrônico.
Seminário
Espaço em que as ideias devem germinar ou ser semeadas. Trata-se,
portanto, de espaço no qual um grupo discute ou debate temas ou problemas
colocados em discussão.
Simpósio
Reunião de palestras e preleções breves apresentadas por várias pessoas
(duas a cinco) acerca de um assunto ou sobre diversos aspectos de um
assunto. Isso possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais e de
investigação, amplia as experiências sobre um conteúdo específico e
desenvolve as habilidades de estabelecer relações.
Painel
Discussão informal de um grupo de estudantes indicado pelo professor (que
já estudaram a matéria em análise, interessados ou afetados pelo problema
em questão). Eles apresentam pontos de vista antagônicos na presença de
outros. Podem ser convidados estudantes de outras fases, cursos ou mesmo
especialistas na área.
Tabela: estratégias de aprendizagem e ensinagem. 
ANASTASIOU; ALVES, 2015, p. 67-100.
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Como escolher aprendizagem?
Assista agora a um vídeo em que se discutem possibilidades de estratégias de aprendizagem a partir de
unidades diversas da BNCC.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
O surgimento das metodologias ativas
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Características das metodologias ativas
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Operações de pensamento e estratégias de aprendizagem e ensino
Todos

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Módulo 1 - Video
Ciências Humanas?
Módulo 2 - Video
Um historiador em uma sociedade que nega a história
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
Questão 1
Patrícia é aluna de um curso de Licenciatura em História e vem estudando as metodologias ativas no ensino
e na aprendizagem. Ao redigir um trabalho didático, ela escreveu que uma das características dessas
metodologias é
A colocar o professor como protagonista da construção do conhecimento.
B focalizar intensamente a aprendizagem de teorias.
C utilizar a problematização como estratégia básica.
D estimular o individualismo e a absorção passiva do conteúdo.
E estimular a competitividade e a pouca interação entre os alunos.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Ao contrário do que afirma a alternativa A, cabe ao aluno o protagonismo do processo de
aprendizagem, sendo o professor coparticipante. Sobre a alternativa B, é exatamente ao contrário:
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as metodologias ativas priorizam as situações práticas, fazendo com que elas dialoguem com as
teorias. Quanto às alternativas D e E, as metodologias ativas estimulam o trabalho em grupo e
colaborativo, além de incentivarem a reflexão e a crítica.
Questão 2
Nas aulas de Sociologia, a professora de Pedro utiliza a mediação tecnológica, propondo temas atuais para
que os alunos debatam à distância e sugerindo previamente materiais para que eles os estudem e se
aprofundem. A professora emprega uma estratégia de ensino e aprendizagem chamada de
A painel.
B estudo dirigido.
C estudo de texto.
D lista de discussão ou fórum virtual.
E prova.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O painel faz referência à discussão informal de um grupo de estudantes indicado pelo professor.
Eles já estudaram a matéria em análise ou são interessados ou afetados pelo problema em
questão. Nesse painel, apresentam pontos de vista antagônicos na presença de outros. Podem
ser convidados estudantes de outras fases, cursos ou mesmo especialistas na área. Já o estudo
dirigido fala da estratégia de estudar sob a orientação e a diretividade do professor para sanar
dificuldades específicas. Por outro lado, o estudo de texto se refere à exposição do conteúdo com
a participação ativa dos estudantes que leram o texto selecionado anteriormente. O professor
leva os alunos a questionar, interpretar e discutir o objeto de estudo a partir do reconhecimento e
do confronto com a realidade. Já a prova, mesmo sendo um clássico, funciona sozinha, sem ser
pensada em meio a uma dinâmica avaliativa, portanto, não é uma resposta.
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Considerações �nais
Conhecemos neste conteúdo um pouco mais sobre as Ciências Humanas,conceituando a ciência e o
pensamento científico. Além disso, apresentamos algumas classificações das ciências que nos permitem
abordar as Ciências Humanas ou Humanidades com outros vieses, destacando ainda a importância da
interdisciplinaridade.
Também problematizamos se há uma forma específica de aprendizagem aplicada às Ciências Humanas,
conceituando, para isso, a inteligência, os modelos mentais e os estilos de aprendizagem. Em seguida,
destacamos um estudo sobre as estratégias facilitadoras da aprendizagem e algumas metodologias
aplicáveis a tais ciências, privilegiando as metodologias ativas e a aprendizagem baseada em problemas.
Por fim, analisamos as operações de pensamento e algumas estratégias de aprendizagem e ensino mais
pertinentes aos conteúdos dessas ciências.
Encerramos este texto com a reflexão de Pimenta e Anastasiou (2002, p. 214): “ao aprender um conteúdo,
apreende-se também determinada forma de pensá-lo e de elaborá-lo, motivo pelo qual cada área exige
formas de ensinar e de aprender específicas que explicitem as respectivas lógicas”.
Resumindo
Ouça agora um podcast que resume os pontos principais deste conteúdo.


Referências
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ALONSO, C. M.; GALLEGO, D. Aprendizaje y ordenador. Madrid: Dykinson, 2000.
ALVES, R. Gaiolas ou asas: a arte do voo ou a busca da alegria de aprender. Porto: Edições Asa, 2004.
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Guiford, 1997. p. 3-16.
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Esperamos que você tenha apreciado este texto, o conteúdo abordado e as referências bibliográficas
utilizadas. Selecionamos algumas sugestões de materiais que podem contribuir para o aprofundamento do
que você aprendeu sobre o assunto:
a) Evolução do pensamento científico na modernidade
Uma referência imprescindível é o livro O Tao da Física, de Fritjof Capra. Físico e ambientalista, Capra realiza
uma abordagem arrojada da ciência, a filosofia sistêmica, estabelecendo paralelos entre dois paradigmas
no desenvolvimento da ciência moderna: o paradigma mecanicista, nascido da Física Clássica, e o novo
paradigma, a partir da Física Moderna.
b) Leitura interessante
Em 2006, o Inep, vinculado ao MEC, publicou um livro digital intitulado Ciências humanas e suas tecnologias:
livro do estudante: ensino médio.
c) Teorias da inteligência, modelos mentais e estilos de aprendizagem
Tais assuntos nos remetem à reflexão sobre as chamadas “altas habilidades”. Há pessoas que apresentam
grande facilidade para aprender e desenvolvem, de forma rápida, conceitos, procedimentose atitudes. Elas
denotam vários aspectos e tipos de inteligência muito desenvolvidos.
Se você se interessa pelo assunto, sugerimos um livro e um filme:
O livro é Altas Habilidades – Um olhar psicopedagógico para além da prática, de Iliane Roeder, publicado pela
Editora Appris em 2020.
O filme Mentes que brilham, de 1991, conta a história de Fred Tate, que, aos sete anos, se destaca em áreas,
l M á i A S ã lh d d ã l b li i d
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03222/index.html# 47/47
como, por exemplo, Matemática e Artes. Sua mãe, ao tentar lhe dar uma educação normal, acaba limitando
o seu potencial.
d) Estratégias facilitadoras da aprendizagem e algumas metodologias aplicáveis às Ciências Humanas
Usamos como referência nesse tópico o livro Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Se você
se interessou pelo assunto, sugerimos esta leitura:
Processos de ensinagem na Universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula, obra
organizada por Léa das Graças Camargos Anastasiou e Leonir Pessate Alves.
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