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AD 1 2022.2 
Legislação Comercial – Curso de Administração CEDERJ 
Profa. Debora Lacs Sichel 
 
1. Denis Ferreira exerce o comércio de equipamentos eletrônicos, por meio de 
estabelecimento instalado no Centro do Rio de Janeiro. Observe-se que Denis não 
se registrou como empresário perante a Junta Comercial. 
Com base nesse cenário, responda: 
a. São válidos os negócios jurídicos de compra e venda realizados por 
Demerval no curso de sua atividade? 
b. Quais os principais efeitos da ausência de registro de Demerval como 
empresário? 
 
 
Resposta. o aluno deve demonstrar conhecimento quanto a obrigatoriedade do 
registro do empresário, cuja inexistência, entretanto, não lhe retira a condição de 
empresário, uma vez que tem natureza declaratória, ressalvadas as exceções 
legais (formação da pessoa jurídica e empresário rural), que não se aplicam ao 
caso em tela. A ausência de registro não invalida, portanto, os atos praticados por 
Demerval no exercício da empresa. Deve ser mencionado que os efeitos são 
aqueles próprios da irregularidade do exercício da atividade, que inclui a 
impossibilidade de requerer recuperação judicial, bem como realizar atos da vida 
empresarial que exigem a comprovação da regularidade, como a participação em 
licitações. 
(a) Os atos são válidos 
(b) Ausência de registro não retira a capacidade/ qualidade de empresário 
próprios da irregularidade do exercício da atividade (citar pelo menos dois 
– não contratar com órgãos públicos , não possuir direito a recuperação 
judicial. 
 
2. Considerando-se a atividade de escritor como profissão intelectual de natureza 
literária, o escritor que se torna dono de uma editora de livros para preparatório 
de concursos, ainda que escreva para essa nessa mesma editora, é empresário? 
Por quê? 
 
 
Sim, porque, nesse caso o exercício da profissão intelectual deixa de ser o 
fator principal do empreendimento, passando a ser um mero elemento de 
uma atividade economicamente organizada a partir da articulação de 
diversos outros fatores de produção: contratação de funcionários, criação 
e registro de uma marca, fixação de um ponto de negócio. Por mais que 
aquele escritor mencionado na pergunta continue a exercer suas 
respectiva profissão intelectual, terá que assumir também a posição de 
organizador do empreendimento. É isso que caracteriza o empresário 
segundo os fundamentos da teoria da empresa, adotada pelo nosso atual 
Código Civil no art. 966 paragrafo único. 
 
 
3. Feliciana Andrade, titular de uma conta bancária em instituição de 
grande porte, foi a uma mercearia e comprou alguns produtos para 
consumo de sua família. Pagou a compra com cartão de débito 
automático. Em casa, reparou que o nome que constava na nota fiscal, 
detalhado PATRIME COMESTÍVEIS LTDA, não era o mesmo que 
constava no comprovante de pagamento de sua compra, CASAS 
FAUNA, contudo o endereço do estabelecimento era o mesmo em 
ambos os comprovantes. Como se explica o nome que consta na nota 
fiscal não ser igual ao nome constante no comprovante de pagamento? 
Resposta: PATRIME COMESTÍVEIS LTDA é o nome empresarial 
onde se identifica o tipo societário da empresa, CASAS FAUNA é 
nome baseado em elemento fantasia, que constitui o complexo 
de bens reunidos pelo empresário para desenvolvimento de 
sua atividade econômica e faz parte do estabelecimento 
empresarial. 
 
4. Surreal Alimentos em Conserva Ltda. é titular da marca de produto Moth 
registrada, em 2011, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), nas 
classes 29 (cogumelos em conserva) e 31 (cogumelos frescos) da 
Classificação Internacional de Marcas de Nice. O registro da marca expirou em 
30 de setembro de 2021, mas a sociedade empresária continuou empregando 
a marca nos produtos indicados nas classes acima, tendo solicitado a 
prorrogação ao INPI, em 28 de novembro de 2021, com pagamento de 
retribuição adicional. Sobre a hipótese apresentada, responda aos itens a 
seguir. 
A) Considerando-se que o pedido de prorrogação foi feito após a expiração do 
registro da marca, o titular da marca poderia ainda requerer a prorrogação do 
registro? 
B) Como administrador de uma sociedade que recebeu por instrumento 
particular a cessão de registro da marca Moth, em 20 de outubro de 2021, 
como opinaria sobre a validade desse negócio jurídico? 
 
 
O objetivo da questão é verificar o conhecimento pelo examinando das regras 
que norteiam a vigência do registro de marcas e a possibilidade de prorrogação 
mesmo após a expiração do termo final da vigência do registro, desde que seja 
feita nos seis meses subsequentes e mediante pagamento de retribuição 
adicional, nos termos do Art. 133, § 2º, da Lei nº 9.279/96. Com isso, as 
cessões feitas no interregno de seis meses entre a expiração do prazo de 
registro e o pedido de prorrogação são válidas, pois o direito de propriedade 
sobre a marca é assegurado ao titular. 
Com essas considerações, a resposta é positiva, porque, antes do decurso de 
6 meses da extinção da vigência do registro (em 28/11/2021), foi requerida a 
prorrogação deste. 
A) Sim, é possível o requerimento de prorrogação mesmo após a expiração do 
termo final da vigência do registro da marca, porque foi feito nos seis meses 
subsequentes e mediante pagamento de retribuição adicional, nos 
termos do Art. 133, § 2º, da Lei nº 9.279/96. 
B) O negócio jurídico é válido porque é admissível a cessão do registro de 
marca e o cedente atendeu ao prazo legal para a prorrogação do registro, com 
base no Art. 134 da Lei nº 9.279/96.