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RESUMO 2p - PSICOLOGIA

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1.1 – INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA / PSICOLOGIA SOCIAL
· PSICOLOGIA DO SENSO COMUM – “De psicólogo e louco todo mundo tem um pouco!” Todos têm um pouquinho de psicólogo dentro de si. Quando você escuta o desabafo de um colega que te procura porque vê que você sabe ouvir, você está usando a sua psicologia para ajudar um colega. Tem comerciante que pra vender seu produto usa certa psicologia para persuadir os clientes a compra mais. Tem pessoas que usam expressões como: “o frio é psicológico”; “Fulano tem um ego muito grande”; “Beltrana é estérica”. São expressões que embora populares remetem a um tipo de psicologia, mas esta não é a Psicologia dos psicólogos. É a psicologia do SENSO COMUM, um tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano sem sabermos os princípios científicos que os regem. É um conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros.
CIÊNCIA – Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (essa realidade é o objeto de estudo da ciência), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. São conhecimentos obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para se chegar à validade, ou seja, a comprovação científica. A característica fundamental da ciência é a objetividade. Toda ciência começa com o levantamento de um problema, depois cria algumas hipóteses sobre o problema, depois vai testar estas hipóteses por meio de experimentos científicos que vão comprovar ou não sua veracidade. Assim é o processo da ciência. 
· OBJETO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA:
· Para os psicólogos behavioristas ou comportamentais, a psicologia estuda o COMPORTAMENTO;
· Para os psicanalistas, estuda o INCONSCIENTE;
· Para os psicólogos cognitivistas, a psicologia estuda a CONSCIÊNCIA os PROCESSOS MENTAIS;
· Para outros a psicologia estuda a PERSONALIDADE;
O fato é que existe dentro da psicologia várias vertentes, diversas abordagens, vocês já devem ter ouvido falar de Froid, Skiner, Hogers, Yung. Cada um tem a sua abordagem teórica dentro da psicologia. O que há em comum em todas estas vertentes é que estudam o HOMEM EM TODAS AS SUAS EXPRESSÕES, entendido como um ser completo. 
· INÍCIO DA PSICOLOGIA COMO ÁREA CIENTÍFICA DO SABER – O termo vem do grego “psique” que significa alma, mente, e “logos” que significa razão, conhecimento. Então a psicologia seria o conhecimento da alma, o estudo da alma. Ela surgiu na GRÉCIA ANTIGA relacionada com a filosofia. Nesta época, a grande preocupação era saber se nossos conhecimentos nasciam conosco, se eram fruto das nossas experiências ou se eram adquiridos pela interação de ambos. Passado algum tempo, a preocupação mudou, havia uma visão dicotômica onde os gregos concebiam o homem possuindo corpo e alma, a grande questão passou a ser em relação à alma, se ela é separada do corpo ou se está junto do corpo, por exemplo, quando o corpo morre, a alma também morre ou fica vagando até conseguir outro corpo para se instalar? Esses questionamentos deram origem à psicologia e ela veio evoluindo, veio acompanhando o avanço da ciência até deixar de estar ligada ao pensamento de que o homem tinha um corpo e uma alma, e passar a ter uma visão holística, o homem passa a ser visto como um ser onde corpo e mente estão integrados. A ciência da psicologia vai experimentar grande avanço a partir do século XIX quando surge o 1º laboratório de análises experimentais.
· A psicologia como ciência iniciou em 1879 na UNIVERSIDADE DE LEIPZIG na Alemanha com WILHELM WUNDT que criou o primeiro laboratório experimental. Abandou aquele discurso filosófico sobre a alma e passou a estudar os fenômenos psíquicos, os sentimentos, as emoções, as sensações, realizando experimentos em laboratório. O método usado por ele foi a INTROSPECÇÃO, ele fazia observação e registro da consciência, das percepções, dos pensamentos e sentimentos dos seus pacientes experimentais mediante estímulos. Ele dava algum objeto para a pessoa e pedia para ela descrever detalhadamente o que sentia, pensava, como percebia.
As primeiras escolas psicológicas foram: Estruturalismo, Funcionalismo e Associacionismo, que, no século XX se tornaram a base das escolas que temos hoje: Psicanálise, Behaviorismo, Humanismo.
· ESTRUTURALISMO – Com Titchener que acreditava que o objeto de estudo da psicologia centrava nos elementos que compunham a nossa consciência. Para ele o importante era a experiência consciente por meio dos FENÔMENOS MENTAIS. O estruturalismo estudava as ESTRUTURAS MENTAIS: sensações, imagens e sentimentos.
· FUNCIONALISMO – Com WILLIAM JAMES estava relacionado a questão do FUNCIONAMENO, ele estudo o funcionamento cerebral. Compreende a mente sob a ótica de seu potencial e se preocupa com seu funcionamento: compreender o comportamento, suas inter-relações e entender a consciência.
· No SÉCULO XX, surgiram VÁRIAS ABORDAGENS DA PSICOLOGIA cada um com objeto de estudo diferente:
· PSICANÁLISE – De FREUD que estudou a questão do inconsciente. Pra ele o inconsciente é aquela parte da nossa mente que não temos consciência e que influencia fortemente as nossas ações e nossos pensamentos.
· BEHAVIORISMO – De SKINNER estudava o comportamento observável. Diferente da psicanálise essa corrente não acredita no inconsciente, mas no comportamento observável.
· HUMANISMO – De ROGERS estuda a questão da auto-realização, pra ele o indivíduo tem o poder, tem uma força dentro de si para buscar a auto-realização através do auto-conhecimento. 
· PSICOLOGIA COGNITIVA – De AUSUBEL busca o conhecimento dos processos cognitivos: memória, percepções, o que está por traz dos comportamentos.
· PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA – De VYGOTSKY. Teve forte influencia do materialismo dialético e de psicólogos russos estudando a questão social na composição da personalidade e desenvolvimento humano.
· PSICOLOGIA ANALÍTICA – De Yung
· ÁREAS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA:
· PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO – Foca a questão do desenvolvimento da criança desde o período pré-natal e durante a vida do indivíduo até a morte.
· PSICOLOGIA DA CRIANÇA – Está relacionado com a psicologia do desenvolvimento, mas busca saber o que é esperado de cada fase da criança e do adolescente.
· PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL – Relacionada com instituições, empresas, organizações, a questão de recursos humanos, recrutamento, seleção de pessoal, treinamento e etc.
· PSICOLOGIA HOSPITALAR – Ajuda tanto no RH do hospital selecionando profissionais com entrevistas e testes mas também pode atuar com os pacientes, familiares e até a equipe de profissionais. Trata temas como preparação da cirurgia, doação de órgãos, notícia de morte, são várias as situações em que pode atuar.
· PSICOLOGIA ESCOLAR – Na escola o psicólogo não faz atendimento clínico, não faz terapia, mas pode detectar as dificuldades e o que está envolvido no processo que interfere na aprendizagem do aluno. Pode atuar com os professores, com as famílias, com os alunos e etc. 
· PSICOLOGIA SOCIAL – Atua junto aos movimentos sociais, aos grupos, questões de gênero, questões doe coletivo na prevenção e promoção da saúde coletiva.
· DIFERENÇA DA PSICOLOGIA PARA AS OUTRAS CIÊNCIAS – O que diferencia a Psicologia das outras ciências é seu objeto de estudo: O HOMEM E SUA SUBJETIVIDADE. Existem diversas formas de abordar e conceber a subjetividade, dependendo da concepção de homem que foi dado de acordo com as escolas psicológicas. Isso varia. 
· SUBJETIVIDADE – É tudo o que identifica os indivíduos como seres únicos, a fonte das manifestações afetivas e comportamentais da pessoa. A subjetividade humana surge do contato entre os homens e dos homens com a natureza, isto é, esse mundo interno que possuímos e suas expressões são construídos nas relações sociais. O fato da subjetividade referir-se àquilo que é único e singular do sujeito não significa que sua gênese esteja no interior do indivíduo. A gênese dessa parcialidade está justamente nas relações sociais do indivíduo, quando ele se apropria (ou subjetiva) de tais relações de forma única (da mesma maneiraocorre o processo de objetivação). Ou seja, o desenvolvimento da subjetividade ocorre pelo intercâmbio contínuo entre o interno e o externo. É a síntese singular e individual que cada um de nós vai construindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural. Então: o objeto de estudo da Psicologia é a subjetividade, ou seja, tudo o que o homem é, seu modo de ser.
· INÍCIO DA PSICOLOGIA SOCIAL – Como vimos essa é uma das áreas de atuação da psicologia. Psicologia Social: apesar de suas raízes na Europa, é um fenômeno norte-americano decorrente da migração, na década de 1930, de grandes pesquisadores, cientistas e psicólogos europeus para os Estados Unidos, influenciando profundamente o desenvolvimento da Psicologia Social naquele país. O fundador da Psicologia Social foi AUGUSTO COMTE (1798-1857). Comte é o pai da Filosofia positivista, e ele fala o seguinte: “Como pode o indivíduo ser, ao mesmo tempo, causa e conseqüência da sociedade?” Ele viveu numa época de regimes ditatoriais e de movimentos revolucionários e não concordavam com a política imposta pelos governantes. Esse momento histórico influenciou o surgimento da psicologia social para estudar essa questão do homem no seu meio social, com as questões relacionadas a sociedade, aos grupos.
· PSICOLOGIA SOCIAL é uma área de atuação da psicologia, que surgiu no século XX, para estabelecer uma ligação com as ciências sociais (sociologia, antropologia, geografia, história, ciência política), cujos objetivos são estudar como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. Sua origem acompanhou os movimentos ideológicos e os conflitos do século, as grandes guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo, entre outros.
· O QUE INFLUENCIOU A FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA SOCIAL:
· REVOLUÇÃO FRANCESA – Com o ideal de igualdade, liberdade e fraternidade.
· GUERRAS – Principalmente o movimento contra o Nazifacismo na 1ª e 2ª Guerra Mundial. Queria entender a manifestação das massas, como essas pessoas eram manipuladas, como se usava da persuasão para isso.
· GUSTAV LE BOM – O primeiro psicólogo que estudou as multidões, as massas.
· KURT LEWIN – Veio a estudar os grupos menores, quais as características e que fenômenos ocorrem neles.
· FREUD, PICHON RIVIÈRE, CALDERÓN E GOVIA – Começaram a estudar os grupos e perceber que as pessoas quando estão juntas tem um comportamento diferenciado, elas fazem coisas que sozinhas elas não fariam.
PSICOLOGIA SOCIAL – Estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas, ou pela mera expectativa de tal interação. Sendo assim, a psicologia social tem como objeto de estudo a interação social e suas dinâmicas interdependentes, sempre visando compreender a natureza social do fenômeno psíquico. Podemos dizer que o foco da Psicologia social é estudar o comportamento do homem e como ele é influenciado socialmente, como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. É uma ciência que estuda as influências, com especial atenção a como vemos e afetamos uns aos outros. A Psicologia Social está entre a psicologia e a sociologia. 
· PSICOLOGIA SOCIAL É ESTUDO CIENTÍFICO...
...DO PENSAMENTO SOCIAL – Como percebemos nós mesmos e outros; em que acreditamos; julgamentos; atitudes.
...DA INFLUÊNCIA SOCIAL – Cultura; pressões para se conformar; persuasão; grupos de pessoas.
...DAS RELAÇÕES SOCIAIS – Preconceito; agressão; atração e intimidade; ajuda.
· TODA PSICOLOGIA É SOCIAL, já que o ser humano se constitui no social, sendo produto e produtor da história, a partir do domínio dos instrumentos de trabalho e do desenvolvimento da linguagem. Para Lane (1984), ao isolarmos o indivíduo de seu ambiente (sociedade), perdemos o principal dispositivo de análise da Psicologia: as relações sociais, que só se dão quando o indivíduo está em interação com outros. Ao agir no meio social o indivíduo produz mudanças neste, e é diretamente afetado por essas mudanças. Há uma troca entre indivíduo e sociedade, o que Lane chama de relação dialética. É preciso conhecer o indivíduo no conjunto de suas relações sociais, tanto naquilo que lhe é específico como naquilo em que ele é manifestação grupal e social.
· POSIÇÃO SOCIAL e PAPEL SOCIAL – Podemos dizer que a posição social junto com seu papel social determina o seu lugar no ambiente e na organização social. Um grupo de posições sociais criará uma classe social e um círculo social.
· POSIÇÃO SOCIAL – Através do processo de socialização, o indivíduo torna-se membro de determinado conjunto social e, com isso, pode ocupar várias posições na hierarquia social ao longo de sua vida. Por exemplo, existem casos em que o indivíduo pode ter nascido em um ambiente bastante carente, ocupando, portanto, uma posição social mais baixa. Conforme o tempo vai passando, seu esforço vai sendo reconhecido, e ele pode vir a se tornar uma pessoa de grande prestígio, com uma posição social diferente da que tinha quando nasceu.
Importante ressaltar que, no Brasil, o sistema econômico vigente baseia-se na legitimidade dos bens privados, tendo como foco, adquirir lucro. Diante disto, as posições sociais que as pessoas ocupam nesse sistema capitalista giram em torno das relações de poder, que vão estabelecer como o sujeito deve se relacionar, se comportar, determinando, portanto, as posições sociais em decorrência das posições de poder. Então, as relações sociais são estabelecidas a partir de posições sociais definidas na sociedade, a essas posições denominamos “STATUS”.
· STATUS SOCIAL pode ser entendido como a POSIÇÃO que o indivíduo ocupa na sociedade. Toda pessoa ocupa um status, uma posição na sociedade, independentemente se é uma posição superior ou inferior, é uma posição. Sua posição social pode ser de chefe ou empregado, de pai ou de filho, de líder ou de liderado, é uma posição adquirida ou atribuída. Cada uma dessas posições tem direitos, deveres e privilégios que a caracterizam.
“Status é o que define numa determinada estrutura social, a posição que cada indivíduo ocupa na hierarquia de papéis sociais estabelecidos”. O status geralmente é chamado de posição social, sendo um elemento comparativo entre os membros de uma sociedade, capaz de determinar normas, deveres, direitos e privilégios para seus membros. Ele visa distinguir os membros de um grupo social, enfatizando as situações de dependência, dominação e subordinação. O STATUS INDICA ÀS PESSOAS QUE NELES SE ENCONTRAM OS PAPÉIS SOCIAIS QUE DEVEM DESEMPENHAR.
Alguns status são opcionais, ou seja, dependem da vontade do indivíduo para desempenhar tal posição, por exemplo, quando se ocupa determinados cargos públicos, porém, outros status não dependem de nossas escolhas, por exemplo, ocupar a posição de filho mais novo em uma família.
 
Ao ocupar determinado status, o indivíduo recebe determinada pressão social sobre seu comportamento, que o obriga a agir de acordo com a expectativa social criada pela posição que desfruta naquele momento. Assim sendo, espera-se determinado comportamento da pessoa que está ocupando tal status. Isso mostra que a posição social do indivíduo determina seu comportamento ou o seu papel social, estabelece normas de conduta, fixa direitos e obrigações.
· PAPEL SOCIAL – Um papel social é um conjunto de direitos, obrigações e expectativas culturalmente definidos que acompanham um status na sociedade, ou seja, é o comportamento socialmente esperado de uma pessoa que detém determinado status ou posição. Assim, a cada posição social (status) ocupada por uma pessoa corresponde um determinado papel social. Na vida nós desempenhamos vários papéis: professor, pai, marido, cidadão, funcionário e etc.
Nossos papéis são definidos pela sociedade e cultura, isso porque, quando do nosso nascimento, alguns desses nossos papéis já estão determinados, por exemplo, nosso sexo (masculino ou feminino), nossa posição na família (se somos primeiro filho, segundo filho etc.) e, assim, vamos nos transformando, adquirindo outrospapéis ao longo de nossa vida de acordo com os grupos com os quais vamos nos relacionando, fato este que pode ser explicado porque, em cada grupo pelo qual passamos, encontramos normas que conduzem as relações entre as pessoas, sendo essas que irão caracterizar os papéis sociais e nos ajudarão a produzir nossas relações sociais.
São esses papéis que vamos adquirido ao longo do tempo que caracterizam nosso comportamento, que é o que determina nosso lugar na sociedade. Sendo o papel social o comportamento esperado de alguém que ocupa determinado status, podemos afirmar, então, que desempenhamos diversos status ao mesmo tempo (psicóloga, professora, esposa, vizinha, mãe). Um único status estabelece diferentes relações que podem ser reconhecidas como um jogo de papéis. Desempenhamos vários papéis ao longo das nossas vidas.
· CONFLITO DE PAPÉIS – Esse conflito ocorre quando surgem na vida dois status, duas posições para uma mesma pessoa. Por exemplo,uma mulher que trabalha numa empresa e fica grávida, tem o primeiro filho, ela enfrenta um conflito de papéis, porque por um lado ela tem o papel profissional, por outro o papel de mãe, as vezes um compete com o outro obrigando a pessoa a dar preferência a um deles.
· CONFLITO INTRA-PAPÉIS – Ocorrem porque um papel pode suscitar mais que um comportamento. Por exemplo, se você é promovido e recebe uma posição de chefia, você tem os seus subordinados e tem a diretoria que está acima de você. Você tem tanto que gerar metas para seus subordinados como que levar resultados para a alta hierarquia. Enquanto profissional acaba dividido entre sua lealdade à direção da empresa e amizade com seus antigos companheiros. 
· COMPORTAMENTO INFLUENCIADO – A pessoa é influenciada pelo grupo a que pertence gerando conformidade ou inconformidade. Conformidade quando a gente se conforma mesmo, a gente age sem qualquer questionamento. Inconformidade quando a gente age em oposição aquilo que o grupo quer. 
2 – FUNDAMENTOS PSICOLOGIA SOCIAL: IDENTIDADE, CULTURA E PERSONALIDADE
· QUEM É O HOMEM? Segundo a psicologia o homem é um ser BIO-PSICO-SOCIAL. Temos uma parte biológica, uma parte orgânica que herdamos geneticamente de nossos pais, temos uma parte psicológica, as nossas emoções, nossos sentimentos, nosso psiquismos e temos a parte social, como nós somos influenciados e influenciamos os outros, como fazemos parte de uma cultura, de uma sociedade. A luz da psicologia social vale a pena lembrar que:
· O HOMEM É UM SER SOCIAL! O Homem, desde os seus primórdios, desenvolveu a capacidade de interagir com outros indivíduos, de se comunicar, incorporar normas, valores, regras em relação à sociedade, o que fez com que ele se tornasse um ser social. A sociedade existe antes mesmo do indivíduo, enquanto o bebê está sendo gestado na barriga da sua mãe a sociedade já está pronta com sua cultura, seus valores, suas normas e regras, só esperando o bebê nascer. Pra sobreviver o homem precisa do cuidado do outro para se alimentar, para se proteger e para aprender. Logo, o homem é um animal social que precisa do relacionamento com outros. O ser humano é fruto da interação social que se estabelece nesta sociedade, ao interagir com o outro ele adquire hábitos e costumes, que vão sendo incorporados à sua personalidade individual, fazendo com que ele se identifique, cada vez mais, com sua cultura e com sua realidade social. De acordo com a cultura que nascemos e pertencemos vamos sendo formandos.
· O HOMEM É UM SER SÓCIO-HISTÓRICO – O Homem é um ser histórico que ao nascer "encontra-se num sistema social criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-relações sociais", o que significa dizer que: O Homem, para garantir sua vida em sociedade, precisa ir além da sua natureza biológica, necessita interagir, adquirir aptidões, satisfazer necessidades e apropriar-se de sua cultura.
· O HOMEM APRENDE A SER HOMEM – O homem não nasce sabendo ser homem, ele aprende, ele precisa do outro para se tornar um humano que interage e que sobrevive nessa sociedade. A parte biológica não é suficiente, precisa das relações sociais para desenvolver.
· O HOMEM É UM SER MULTIDETERMINADO – Significa que existem múltiplos fatores que vão influenciar no desenvolvimento do homem, tanto o aspecto biológico quanto o ambiente que é formado vão fazer do homem um ser particular. Cada homem e um ser particular, um ser único por causa de todas essas características: _ Seu suporte biológico _ Seu trabalho _ Seus instrumentos _ A linguagem _ As relações sociais _Sua subjetividade.
· O QUE CARACTERIZA O HUMANO – O que nos distingue dos outros seres? Quais são nossas particularidades?
· O homem trabalha e utiliza instrumentos.
· O homem cria e utiliza a linguagem.
· O homem compreende o mundo ao seu redor.
· INTERAÇÃO SOCIAL – Dizemos que há uma interação social quando duas ou mais pessoas mantêm contato entre si de modo a formar uma comunicação, mas não é somente isso, é quando suas ideias, sentimentos ou atitudes são capazes de influenciar umas às outras de modo a provocar uma modificação do comportamento. Assim, quando as pessoas são capazes de influenciar e de serem influenciadas por outras pessoas, dizemos que existe uma interação social.
“Dessa maneira, podemos definir, a grosso modo, interação social como sendo: a ação recíproca de idéias, atos ou sentimentos entre pessoas, entre grupos ou entre pessoas e grupos. A interação implica modificação do comportamento das pessoas ou grupos que dela participam. A base de toda vida social é a interação, sendo ela responsável pela socialização dos indivíduos e também pela formação da personalidade”.
PROCESSO DE INTERAÇÃO SOCIAL – O simples fato de ter o contato físico não significa que esteja havendo interação, é preciso que exista o contato social entre as pessoas. Para que esse contato aconteça, existem alguns conceitos que devem ser analisados, entre eles: 1º) A PERCEPÇÃO SOCIAL – Pode ser entendida como a maneira como percebemo-nos uns aos outros, o que nos permite ter uma impressão sobre a pessoa. 2º) A COMUNICAÇÃO – A codificação e a decodificação de mensagens e, portanto, pode ser entendida como sendo o processo que permite a troca de informações entre os indivíduos. 3º) AS ATITUDES – A partir da percepção do meio social e dos outros, o sujeito vai organizando as informações, relacionando-as com os afetos e desenvolvendo uma predisposição a agir em relação às pessoas e aos objetos. São essas informações com forte carga afetiva que predispõem o sujeito a uma determinada ação que damos o nome de atitudes. Estes processos auxiliam para a interação social.
TIPOS DE INTERAÇÃO SOCIAL – Nesse sentido, existem diversas maneiras de interação social, por exemplo, os meios de comunicação físicos (tais como: livro, televisão, rádio). Neste caso, esse tipo de interação é chamado de não recíproca, visto que eles influenciam a vida do indivíduo, porém, apenas de um lado, ou seja, as pessoas que dirigem os meios de comunicação de massa interagem com aqueles que fazem uso destes, modificando seu comportamento. A internet também é uma forma de interação porque interagimos com várias pessoas nas salas de bate-papo e e-mails, o que acaba por influenciar e alterar nosso cotidiano. Através da interação social, chegamos às relações sociais.
· RELAÇÕES SOCIAIS – Se refere ao relacionamento entre um ou mais indivíduos no interior de um grupo social, por exemplo, as relações que acontecem nas escolas, universidades, creches, são denominadas relações educacionais. As que acontecem nas igrejas, podem ser chamadas de relações religiosas e etc.
De acordo com Cohn (1997, p. 30) RELAÇÕES SOCIAIS podem ser definidas como a conduta de múltiplos agentes que se orientam reciprocamente em conformidade com um conteúdo específico do próprio sentido das suas ações. Na relação social a conduta de cada qual entre múltiplos agentes envolvidos orienta-se por um conteúdo de sentido reciprocamente compartilhado. Esse processo de pertencer a grupos sociais, com suas interaçõese relações sociais, aprendendo seus códigos, suas normas, suas regras de relacionamento, sua cultura, chamamos de socialização. 
· CULTURA – Tudo aquilo que é aprendido e partilhado pelos membros de uma sociedade, ou seja, conhecemos uma cultura pelas suas manifestações concretas ao examinarmos os elementos que existem dentro de um território ocupado por determinada comunidade cultural, por exemplo, uma localidade, uma região ou um país. Além disso, alguns elementos fazem com que consigamos identificar determinada cultura, entre eles estão: 1º) O tipo de relações que se estabelece entre as pessoas; 2º) A vida material; 3º) A linguagem; 4º) A religião. Entendemos que o indivíduo, enquanto ser social, encontra-se inserido em um ambiente multicultural, isto é, um ambiente com regras, valores, crenças e diferentes identidades. Sendo assim, a cultura pode ser entendida como a mediadora entre o indivíduo, os grupos e a sociedade.
· PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO – Podemos dizer que o sujeito recebe cultura como parte de uma herança social já ao nascer, isso porque a criança, desde o nascimento, passa a receber as influências do grupo no qual nasceu, isto é, as maneiras de falar, o modo de vestir, de comer etc. Conforme vai crescendo, desenvolvendo-se e recebendo outras influências, este indivíduo adquire novos hábitos e costumes, fazendo com que se integre de maneira mais completa em sua sociedade. O processo de aquisição da cultura, que tem início quando nascemos e só finaliza quando morremos, chamamos de: “PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO”.
· SOCIALIZAÇÃO – é o processo de pertencer a grupos sociais, com suas interações sociais e relações sociais, aprendendo seus códigos, suas normas, suas regras de relacionamento, enfim, sua cultura. É por meio desse processo que os indivíduos aprendem e interiorizam as regras e valores de determinada sociedade. Exemplo: relação familiar, relação escolar e etc. A socialização do indivíduo em dada sociedade permite que ele adquira sua identidade pessoal, que é aquilo que o torna diferente dos outros e que, ao mesmo tempo, o identifica com seu grupo social. Embora existam muitos elementos que são comuns na experiência de todas as pessoas e também na experiência das pessoas dentro de uma determinada sociedade, cada uma continua sendo única.
A socialização do indivíduo permite que ele adquira sua IDENTIDADE PESSOAL, que é aquilo que o torna diferente dos outros e que, ao mesmo tempo, o identifica com seu grupo social. Embora existam muitos elementos que são comuns na experiência de todas as pessoas dentro de uma determinada sociedade, cada uma delas continua sendo única.
· IDENTIDADE PESSOAL – É um processo de produção do sujeito que lhe permite apresentar-se ao mundo e reconhecer-se como alguém único. A identidade pessoa é construída através do conjunto de experiências que o indivíduo vai tendo ao longo de sua vida, isto porque estamos nos transformando a cada momento, a cada nova relação com o mundo social. A Identidade pessoal são as representações e sentimentos que o indivíduo desenvolve a respeito de si próprio, a partir do seu conjunto de vivências.
“A identidade é a síntese pessoal sobre si mesmo, incluindo dados pessoais (cor, sexo, idade), biografia (trajetória pessoal), atributos que os outros lhe conferem, permitindo uma representação a respeito de si”. É a compreensão do homem como uma totalidade, buscando a singularidade do indivíduo que é produzida no confronto com o outro.
IDENTIDADE é a referência na qual surge o conceito e a imagem de si. É um processo de construção permanente, em contínua transformação. Diante disto, pode-se afirmar que nossa identidade vai sendo construída a partir das vivências nos grupos dos quais fazemos parte, na maneira como vivemos nossa prática e no nosso modo de agir. A Identidade Pessoal não é construída, mas vai sendo construída; não se apresenta sob a forma de uma entidade que rege o comportamento das pessoas, mas é o próprio comportamento, é ação.
Segundo Ciampa, IDENTIDADE é conseqüência das relações que se dão, e também das condições dessa relação, pois só se os pais se comportarem como pais que se caracterizará uma relação paterno-filial. É nesse sentido que Ciampa propõe que a identidade é reposta a cada momento. Assim, ressalta que a identidade não é algo pronto, acabado e atemporal como muitos consideram ser, e sim, algo que está em um contínuo processo, em um dar-se constante. “Identidade é movimento, é desenvolvimento concreto. Identidade é metamorfose” Descreve também que a identidade é diferença e igualdade, visto que há aspectos que nos igualam e nos diferenciam. Um exemplo disso é o nome próprio: o nome diferencia a pessoa de sua família e o sobrenome a iguala.
Conforme vamos estabelecendo relações sociais através das interações que formamos ao longo de nossas vidas e, de acordo com nossas interações e nossas relações, nos tornamos seres sociais e construímos nossa IDENTIDADE SOCIAL. A nova Psicologia Social concebe o homem como um ser social, que constrói a si próprio, ao mesmo tempo em que constrói, com os outros homens, a sociedade e sua história.
· IDENTIDADE SOCIAL – É o fato de descobrirmos quem e o que somos. A IDENTIDADE SOCIAL está sempre associada à identificação com um grupo particular e à diferenciação com outros grupos, então, o processo de formação da identidade social passa por dois momentos: 1º) A diferenciação do grupo mais geral; 2º) A procura pelos semelhantes que constituirão um grupo, que fará com que o indivíduo se identifique como tal perante os demais. Para que possamos afirmar nossa identidade social, estabelecemos comparações com outros membros da sociedade, por exemplo: tocar um instrumento musical pode distinguir um indivíduo em um grupo qualquer de pessoas (diferenciação do grupo mais geral) isso pode levá-lo a procurar outros com a mesma aptidão (A procura por semelhantes que constituirão um grupo). Diante disto, pode-se afirmar que nossa identidade vai sendo construída a partir das vivências nos grupos que participamos, na maneira como vivemos nossa prática e no nosso modo de agir.
IDENTIDADE PESSOAL E SOCIAL – Nesse sentido, podemos afirmar que as identidades pessoal e social, no seu conjunto, refletem a estrutura social ao mesmo tempo em que reagem sobre ela, conservando-a ou transformando-a.
ASSIM... Identidade é a referência na qual surge o conceito e a imagem de si. É um processo de construção permanente, em contínua transformação, desde antes de nascer até a morte! E neste processo de mudança, o novo (quem sou, agora) amalgama-se com o velho (quem fui ontem, quando era adolescente, criança)! É isto que dá o fio da história de cada um [...]. Um olhar atento, para além das aparências e dos preconceitos, perceberá que o antigo está no novo.
· PERSONALIDADE – Persona do latim per sonare - “soar através”. Conjunto de características marcantes de um indivíduo, que descreve em linguagem comum a força ativa que auxilia a determinar padrões da individualidade pessoal e social, no que se refere à maneira do pensar, sentir, agir, diferenciando-o do outro. Para a Psicologia, a PERSONALIDADE é um conjunto de características pessoais dos indivíduos que podem ser influenciadas e moldadas/modificadas pelos padrões culturais postos pela sociedade.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE – A personalidade está sendo construída a todo o momento, isto porque estamos em contato direto com o meio social e é através deste contato com os outros seres que a personalidade vai sendo desenvolvida a medida que 1) Nos sentimos representados; 2) Ao nos representar, exercemos papéis aos quais estamos condicionados e que ocultam outras informações constituintes de nossa personalidade; 3) Nos representamos, repomos a identidade pressuposta. Nossa personalidade é constituída pelas diversas representações que fazemos de nós mesmos e pelos papéis a que estamos determinados.
A PERSONALIDADE PODE SER DEFINIDA COMO – A organização dinâmica dos traços no interior do eu, formados a partir dos genes particulares queherdamos, das existências singulares que experimentamos e das percepções individuais que temos do mundo, capazes de tornar cada indivíduo único em sua maneira de ser, de sentir e de desempenhar o seu papel social. Personalidade é o que nós somos internamente e mostramos nas relações sociais.
Podemos resumir a personalidade humana em 5 dimensões principais. Esse modelo é resultado de estudo em mais de 50 culturas diferentes e propõe que as pessoas diferem principalmente em 5 dimensões:
· EXTROVERSÃO – Tem a ver com quando alguém gosta de ter contato social;
 
· AGRADABILIDADE – Indica quanto alguém busca beneficiar a ajudar outras pessoas;
· CONSENCIOSIDADE – Tem a ver com quanto alguém é disciplinado e orientado a alcançar objetivos;
· NEUROTICISMO – Nível de instabilidade emocional;
· ABERTURA A EXPERIÊNCIAS – Indica quanto uma pessoa é curiosa e motivada a vivenciar experiências.
3 – INSTITUIÇÕES SOCIAIS – O QUE É INSTITUIÇÃO? CONSCIÊNCIA E ALIENAÇÃO
· INSTITUIÇÃO – É tudo aquilo que mais se reproduz, no sentido de que estamos lidando com instituições todo momento, e que menos se percebe nas relações sociais. A sociedade é comporta por várias instituições: família, instituição educacional, instituição política, instituição religiosa e várias outras, mesmo assim muitas dessas instituições sociais não são percebidas nas relações sociais como acontece com a instituição família e escola.
· INSTITUIÇÃO, valores ou regras sociais reproduzidas no cotidiano com status de verdade, que servem como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas, em geral. A instituição implica num conjunto de normas de comportamento e um sistema de relações sociais pelo qual as normas são utilizadas.
· JOSÉ BLEGER diz que “INSTITUIÇÃO é a configuração de conduta duradoura, completa, integrada e organizada mediante a qual se exerce o controle social e por meio da qual se satisfazem desejos e necessidades sociais fundamentais”.
· DIAS diz que a “INSTITUIÇÃO SOCIAL é um sistema complexo e organizado de relações sociais relativamente permanente, que incorpora valores e procedimentos comuns e atende certas necessidades básicas da sociedade”. Afirma que uma instituição pode ser definida como uma organização de normas e costumes para a obtenção de alguma meta ou atividade que as pessoas julguem importante.
· INSTITUIÇÃO é a junção articulada de saberes, práticas intervencionistas/controladoras, normas, que são produzidas nas relações entre os indivíduos. Tem por finalidade regular o funcionamento da vida dos diversos tipos de pessoas nas mais diversas classes sociais as quais pertencem, além de ser um espaço propício a contradições devido às relações de poder inerentes à mesma. Há certa rotina nos procedimentos e meios aceitos de se lidar com os problemas que surgem.
PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES – 1º) Família; 2º) Instituições religiosas; 3º) Instituições econômicas; 4º) Instituições educadoras; 5º) Instituições políticas. Estas são instituições consideradas BÁSICAS.
FUNÇÕES DA INSTITUIÇÃO – 1º) Apresentar modelos de comportamento; 2º) Oferecer grande número de papéis sociais; 3º) Estabilidade e consistência aos membros; 4º) Regular e controlar o comportamento.
· INSTITUIÇÃO FAMÍLIA – Esta é a instituição social mais antiga que tem passado por várias transformações sociais, culturais políticas. Façamos uma breve retrospectiva da história da família no Brasil.
Brasil Colônia: O casamento acontecia para manutenção e transmissão do patrimônio. Os casamentos eram arranjados pelos grandes latifundiários, os donos de terras, para manter a posse da terra e dos bens dentro da família. Incentivava que os primos casassem entre eles, casamento entre parentes pra herança ficar na família. Ética religiosa social da colônia.
Século XVIII – Sanitarismo: – Nessa época houve um alerta de que filhos nascidos de parentes tem gerado crianças com deficiência ou que morrem por uma questão genética. A reforma sanitária alertou a população e houve uma mudança na família, o casamento deixou de ser para manutenção dos bens e passou a se contemplar o amor na ligação conjugal. Houve o estímulo a responsabilidade do casal na manutenção do casamento e a dominação do homem, criação dos filhos, ser honesto, poupar para o futuro dos filhos, culpado pelo que acontecesse aos filhos.
Modernidade: Houve então uma grande mudança: ruptura dos papéis, mudanças nas relações afetivas. Mulheres conquistam direito como cidadãs, direito ao voto, liberdade para o uso da pílula anticoncepcional, a mulher passou a escolher se queria engravidar ou não, a lei do divórcio deu as mulheres o direito de separação.
Atualmente: Há uma demanda social que exige a construção de novos sentidos sociais para o feminino e o masculino a partir da desconstrução e reelaboração de significados. Ideologia de gênero...
· ORGANIZAÇÃO – As organizações se originam da união de diversas pessoas, que se reúnem na busca de objetivos comuns claramente definidos, por um prazo que pode ser determinado ou não, mas que segue a coerência dos objetivos buscados pelos componentes desta. Através dessa união, espera-se atingir resultados melhores do que aqueles que seriam possíveis se estas mesmas pessoas atuassem isoladamente. Ex: igreja, escola, creche, empresa e etc.
Assim, instituições sociais são mantidas e reproduzidas nas organizações, e a organização é a unidade prática das instituições, é tudo aquilo que permite que elas se desenvolvam e se estabeleçam na sociedade.
 
Surge a pergunta: como a escola, por exemplo, pode ser uma instituição e uma organização ao mesmo tempo? A escola é uma instituição porque é um corpo de regras e valores, norteando os comportamentos e padrões éticos das pessoas. Por outro lado, é uma organização porque representa a instituição escola perante a sociedade, é a unidade que permite que a instituição se estabeleça.
· CONSCIÊNCIA – “A consciência é um certo saber, reagimos ao mundo compreendendo-o, ‘sabendo-o’. Não se limita apenas ao saber lógico, mas também está incluso o saber das emoções e sentimentos do homem, o saber dos desejos, o saber do inconsciente”. A consciência pode ser entendida por meio de suas mediações, ou seja, na realidade observável, com suas representações sociais, veiculadas pela linguagem, que são expressões da consciência. Então podemos dizer que a consciência é tudo que vai servir pra que a gente desenvolva nossos juízos, nossas opiniões, é a maneira como a gente reage ao mundo. Quando alguém discursa ou simplesmente fala sobre algum assunto, está se referindo ao mundo real e expressa sua consciência através das REPRESENTAÇÕES SOCIAIS. O homem constrói sua consciência, de mundo e de si mesmo, através de sua relação com a natureza e com outros homens, com a finalidade da satisfação de suas necessidades como ser humano (e não como um animal). A consciência é também a propriedade que tem o espírito humano de emitir juízos espontâneos.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS – É a denominação dada ao conjunto de idéias que articula os significados sociais, isto é, o sentido construído coletivamente para um objeto, com o sentido pessoal. É o conjunto de idéias que articula os significados sociais, o sentido construído coletivamente para o objeto, com sentido pessoal. Todo homem é moldado ou educado para o mundo, através das relações que ele mantém com outros homens. Então podemos dizer que são teorias sobre saberes populares e do senso comum, elaborados e partilhados coletivamente com a finalidade de construir e interpretar o real. É a realidade das pessoas, é como as pessoas atribuem valor a objetos externos. 
· ALIENAÇÃO – Do Latim “alienare, alienus” “que pertence a outro”, “tornar alheio, transferir para outrem o que é seu”. A idéia do alienado é que ele recebe o que é do outro, o pensamento do outro sem questionar. Então ALIENAÇÃO pode ser considerada como um dos elementos que surgem no processo do desenvolvimento do ser social em que ocorre o desconhecimento das condições histórico-sociais concretas em que vivemos, produzidas pela açãohumana, também sob o peso de outras condições históricas anteriores e determinadas. Dizemos que quanto mais alienado o sujeito é, menos consciente ele está. Então, quanto menos alienado, mais consciente. Essa é a relação entre consciência e alienação.
ALIENAÇÃO E TRABALHO – O homem se constrói por intermédio do trabalho, que é um processo que iguala e o diferencia de si mesmo e do outro, transforma o outro e é transformado por ele. “O homem se hominiza pelo que faz” Ele se torna responsável pelo que está executando, somos o que somos pelo trabalho. Atualmente o trabalho organizado na sociedade capitalista, é considerado um trabalho alienado, desligado do homem. Há uma ruptura entre o produto e o produtor. O trabalhador produz o que não consome e consome o que não produz. O trabalhador é despersonalizado, despersonaliza os indivíduos enquanto sujeito, é pelo trabalho que os indivíduos se identificam enquanto pares no caminho para a consciência de classe. Identificam-se entre si por necessidades comuns, aptos por uma luta comum. Então hoje você precisa ser um bom operário, dominando o que faz... Vira um operário e não mais o autor do produto.
FORMAS DE ALIENAÇÃO – São 03 e são a causa do surgimento, implantação e fortalecimento da ideologia:
1) ALIENAÇÃO SOCIAL – Os indivíduos não se reconhecem como produtores das instituições sociopolíticas e oscilam entre aceitar passivamente tudo o que existe, por ser considerado como natural, divino ou racional, ou se rebelar individualmente, acreditando que, por sua vontade e inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona. Assim, a sociedade é o outro, algo externo a nós, diferente e com poder total ou nenhum sobre nós.
2) ALIENAÇÃO ECONÔMICA – 1) Os trabalhadores (classe social) comercializam sua força de trabalho aos proprietários do capital, donos de fábricas, indústrias, etc. 2) Comercializando sua força de trabalho, os trabalhadores são mercadorias e, como toda mercadoria, recebem um preço, no caso, um salário, ficando reduzidos à condição de coisas que produzem coisas; foram desumanizados e “coisificados” sem perceber.
3) ALIENAÇÃO INTELECTUAL – Ocorre pela separação entre trabalho material e trabalho intelectual, mercadoria e trabalho intelectual, ou seja, as idéias. Acredita-se que o trabalho material é uma atividade que não exige conhecimentos, mas apenas habilidades manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável restrito dos conhecimentos. Porém inseridos em uma sociedade alienada, os intelectuais também se alienam. A ALIENAÇÃO INTELECTUAL É TRIPLA:
1º) Esquecem ou ignoram que suas idéias estão ligadas às opiniões e aos pontos de vista da classe a que pertencem (classe dominante) e imaginam que são ideias universais, válidas para todos, em todo tempo e lugar;
2º) Esquecem ou ignoram que as idéias são produzidas por eles para explicar a realidade, e passam a acreditar que elas se encontram gravadas na própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma de teorias gerais;
3º) Crêem que as idéias existem em si e por si mesmas, criam a realidade e a controlam.
A ALIENAÇÃO PODE SER SUPERADA – “(...) no sentido jurídico, [com a alienação] perdesse a posse de um bem; para a psiquiatria, o alienado mental é aquele que perde a dimensão de si na relação com os outros; pela idolatria, perde-se a autonomia, segundo a concepção de Rousseau, o povo não deve perder o poder; a pessoa alienada perde a compreensão do mundo em que se acha inserida”. Percebe-se, então, que a alienação pode ser considerada como um dos elementos que surgem no processo de desenvolvimento do ser social e, portanto, é passível de ser superada historicamente. A luta contra alienação deve ser por intermédio de um processo grupal. A participação social e política tem um papel importante na luta contra a alienação levando a pessoa a questionar, ter visão crítica.
VALE DESTACAR que não existe um homem completamente desalienado nem completamente alienado. Todos nós temos algum grau de alienação porque não tem como a gente saber tudo. Sempre tem algo que vai passar como verdade absoluta sem que a gente questione. E quando a gente pega tudo pronto do outro e assume como verdade sem questionar nada estamos no caminho da alienação. Devemos ter uma visão crítica, questionar, exercitar a consciência.
4 – RELAÇÃO SOCIAL, GRUPO E LIDERANÇA
· GRUPOS SOCIAIS – Ao longo da nossa existência fazemos parte de diferentes grupos de pessoas, por escolha ou por circunstância, como família, escola, entre outros, e pertencemos a diversos grupos sociais por sua importância, dependendo dos valores e/ou da educação. DE MANEIRA GERAL GRUPO É... Conjunto de dois ou mais indivíduos, interligados e interdependentes, que se reúnem para atingir objetivos específicos, cuja comunicação é realizada por tempo determinado ou indeterminado. É uma agregação de pessoas que estão numa inter-relação dinâmica. A interação é de tal forma que cada pessoa influencia, e é influenciada, por cada uma das outras.
ESTUDO DOS GRUPOS SOCIAIS – A temática dos grupos fundamenta a área da Psicologia Social. O estudo sobre grupos datam do final do século XIX pela chamada Psicologia das massas. Um dos primeiros pesquisadores deste tema foi GUSTAVE LE BON que escreveu um tratado chamado Psicologia das Massas. Os estudos de Le Bon consideravam que os indivíduos, independentemente de sua escolarização, só por estarem envolvidos em uma massa ativa, perdiam sua individualidade, descendo vários degraus na escala da civilização. Para Le Bon, existem dois processos que são responsáveis pela uniformidade das ações da multidão: a sugestionabilidade excessiva e o conseqüente contágio. O autor continua afirmando que, em alguns casos, as pessoas que estão sujeitas à influência dos grupos perdem sua individualidade e, também, o controle racional, ou seja, uma vez incluído no anonimato da multidão, o sujeito livra-se das pressões sociais, ficando aberto para demonstrar seus instintos de destruição. Isso acontece porque a pessoa passa a se comportar de forma semelhante aos outros para se encaixar e fazer parte daquele grupo, já que o evento comportamental se torna reforçador para a ação de outra pessoa. Para Le Bon, existem dois processos que são responsáveis pela uniformidade das ações da multidão: a sugestionabilidade excessiva e o conseqüente contágio. O autor continua afirmando que, em alguns casos, as pessoas que estão sujeitas à influência dos grupos perdem sua individualidade e, também, o controle racional, ou seja, uma vez incluído no anonimato da multidão, o sujeito livra-se das pressões sociais, ficando aberto para demonstrar seus instintos de destruição. Isso acontece porque a pessoa passa a se comportar de forma semelhante aos outros para se encaixar e fazer parte daquele grupo, já que o evento comportamental se torna reforçador para a ação de outra pessoa. Dessa forma, de acordo com Le Bon, o comportamento da multidão seria sempre violento e irracional e a racionalidade individual e civilizada seria substituída pela mente grupal, selvagem e incontrolável.
Após Le Bon, SIGMUND FREUD surge e leva a uma mudança de foco nos estudos sobre os grupos: os estudiosos anteriores a Freud estavam preocupados com a influência do grupo sobre o indivíduo, porém, Freud vai estudar a influência do indivíduo, na forma de um líder, sobre o grupo. Freud está mais preocupado em estudar a maneira como se constroem as instâncias da personalidade humana na vida social, particularmente na vida em família.
Portanto, os pesquisadores se perguntavam o que teria sido capaz de mobilizar tamanho contingente humano em torno de um ideal, como o que fora mobilizado durante a Revolução Francesa (que foi um movimento em que a população francesa foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e tirar do governo a monarquia comandada pelo rei Luís XVI, isso porque a situação social da França era grave e o nível de insatisfação popular muito alto, fazendo com que a população saísse às ruas para reivindicar por melhores condições de vida).E o que se questionava no campo da Psicologia era o que levaria uma multidão a seguir a orientação de um líder, mesmo que, para isso, fosse preciso colocar em risco a própria vida? Assim, qual seria o fenômeno psicológico que possibilitaria a coesão das massas? Isto passa a ser estudado com mais força logo após a Segunda Guerra Mundial, que aconteceu entre 1939 e 1945. Esta guerra foi um conflito armado em que as forças do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) enfrentaram os Aliados (Inglaterra, França, EUA, União Soviética, entre outros). Porém, o início desta grande batalha se deu quando Adolf Hitler invade a Polônia juntamente com uma multidão de pessoas que seguiam suas orientações com o objetivo de criar um Império Germânico, ou seja, um Império racialmente puro, para tanto, eliminaria os judeus, os ciganos e outros povos considerados, por ele e por seus seguidores, como indesejáveis.
Apesar do estudo da Psicologia Social ter surgido com o estudo das massas, a pesquisa com os grupos passa a ser desenvolvida com os grupos menores, que apresentam objetivos claramente definidos. Esse estudo tem início na década de 1930 com KURT LEWIN, um professor alemão refugiado do nazismo nos EUA. Lewin (1936) desenvolve a primeira teoria consistente sobre os grupos (teoria organizacional psicológica) afirmando que os grupos, além de terem características em si, influenciam fortemente os indivíduos. Lewin teve uma forte influência do “Cognitivismo” (Cognição é uma maneira de perceber o mundo a partir das suas percepções e das influências que recebe do meio social).
KURT LEWIN DEFINE GRUPO COMO – Um grupo de pessoas interdependentes, não sendo a simples proximidade ou soma de seus membros. É nesse sentido que o grupo constituiu um organismo vivo, e não um agregado ou uma coleção de indivíduos (apud BOCK, 2002). Partilham características semelhantes (normas, valores e expectativas). Há interação de seus membros. Há o sentimento de unidade, de pertença. Ao longo da vida, pertencemos a diferentes grupos de pessoas por escolha ou por circunstância, como família, escola, trabalho, entre outros. Dentro do grupo cada pessoa influencia e é influenciada porque as pessoas estão inter-relacionadas dinamicamente.
GRUPOS SOCIAIS – O grupo é, então, um todo dinâmico (é mais que a simples soma de seus membros), em que a mudança no estado de qualquer subparte, modifica o estado do grupo como um todo, ou seja, caracteriza-se pela reunião de um número de pessoas (que pode variar bastante), tem determinado objetivo que é compartilhado por todos, e estes membros podem desempenhar diferentes papéis na execução do objetivo.
PROCESSO GRUPAL – Quando um grupo se estabelece (uma “panelinha” na sala de aula, um grupo religioso ou uma gangue de adolescentes), existem alguns fenômenos grupais que passam a atuar sobre as pessoas individualmente e sobre o grupo, é o que chamamos de processo grupal. São 5 os fenômenos: 
1º) COESÃO do grupo. Grau de adesão, de fidelidade, de lealdade dos membros do grupo que faz com que eles sigam as regras estabelecidas. Ex. torcida de futebol.
2º) PRESSÕES e PADRÃO do grupo. Pressão para as pessoas se manterem dentro do padrão do grupo. Para que eu tenha um grupo com alta coesão, a pressão será maior e o padrão do grupo será o de fidelidade.
3º) MOTIVOS INDIVIDUAIS e OBJETIVOS do grupo. O indivíduo abre mão dos motivos individuais pelo grupo. Ex: Quem quer fazer parte de um grupo de jovens góticos está se dispondo, individualmente, a mudar o seu modo de ser. Os objetivos do grupo irão sempre prevalecer aos motivos individuais, os motivos individuais só serão admitidos quando não interferirem nos objetivos centrais do grupo, na ideia central ou nas suas características básicas.
4º) LIDERANÇA e REALIZAÇÃO do grupo. A liderança corresponde a um processo de influência pelo qual os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma meta. Lewin vai dizer que um grupo sem preocupações com sua organização ou não teria liderança (estilo anárquico), ou teria um líder que não lhe daria direção.
5º) PROPRIEDADES ESTRUTURAIS do grupo. São padrões de comunicação (como a linguagem dos adolescentes); o desempenho de papéis, as relações de poder que se estabelecem.
ASSIM... A vida do individuo transcorre em um grupo social: a comunidade. Todos os agrupamentos do ser não material, transmitidos de geração a geração, vão sofrendo transformações e aperfeiçoamentos sucessivos, em sua longa história, tendo como demarcação etapas culturais bem definidas do progresso do indivíduo e do social, ao longo do tempo.
PRINCIPAIS GRUPOS SOCIAIS – Grupo da família; Grupo da vizinhança; Grupo da escola; Grupo da igreja; Grupo de lazer; Grupo profissional; Grupo político, entre outros. Alguns grupos nós escolhemos outros não. Quando escolhemos fazer parte de um grupo o fazemos por sua importância, por seus valores e/ou por conta da nossa educação.
CLASSIFICAÇÃO DOS GRUPOS – Os grupos sociais podem ser classificados em:
1º) GRUPOS PRIMÁRIOS: São aqueles em que há o predomínio dos contatos pessoais diretos, por exemplo, família, vizinhos, amigos. São os grupos pessoais que transmitem à pessoa a sensação de pertencimento. Em geral, os grupos primários são de pequenas dimensões e caracterizados por motivações afetivas. A característica mais marcante dos grupos primários é a facilidade em resistir às modificações provocadas pelas mudanças sociais.
2º) GRUPOS SECUNDÁRIOS: Caracterizam-se por ser mais complexos, tais como igreja e Estado, partido político. Além disso, tem forma pessoal e direta, ou seja, são caracterizados pelos contatos sociais impessoais, limitados e não permanentes. O tamanho do grupo não é fixo e os membros são substituíveis, por exemplo, amigos do bairro. Além disso, as condutas predominantes são formais (DIAS, 2005).
3º) GRUPOS INTERMEDIÁRIOS: são os que se alternam e se complementam através dos contatos sociais: primários e secundários. Exemplo: escola. Na escola desenvolvemos relações primárias, mais íntimas com nossos colegas de classe, mas com diretor, o coordenador, desenvolvem uma relação secundária. Na escola há a interação dos dois grupos. caracterizam-se por ser mais complexos, tais como igreja e Estado. Além disso, tem forma pessoal e direta, ou seja, são caracterizados pelos contatos sociais impessoais, limitados e não permanentes. O tamanho do grupo não é fixo e os membros são substituíveis, por exemplo, amigos do bairro. Além disso, as condutas predominantes são formais.
CRITÉRIOS PARA SABER O GRAU DO GRUPO
a) As pessoas se consideram membros do grupo?
b) Se reconhecem, uns aos outros, como membros e distinguem os membros dos não membros?
c) Os membros se sentem ligados aos outros membros e aos projetos do grupo?
d) Os membros coordenam o seu comportamento na perseguição dos projetos coletivos?
e) Os membros coordenam o uso partilhado de um conjunto de instrumentos, conhecimentos e etc?
f) Os membros partilham os resultados coletivos (recompensas e custos) baseados na atividade do grupo?
É POSSÍVEL PERCEBER QUE EXISTE UM GRUPO QUANDO... 
1º) Existe caracterização bem definida como grupo e um conjunto de 2 ou mais pessoas identificáveis por nome e tipo;
2º) Existe consciência de grupo, e os indivíduos se vêem como um grupo, tendo percepção coletiva de unidade;
3º) Existe uma consciência de propósito comum, e os indivíduos compartilharem as mesmas tarefas, metas ou interesses;
4º) Existe interdependência, os indivíduos precisarem uns dos outros para chegar aos objetivos do grupo;
5º) Existe interação, e os indivíduos se comunicarem uns com os outros, influenciando-se mutuamente;
6º) Existe capacidade para agir unitariamente, e o grupo poder trabalhar como um só organismo.
· AGREGAÇÃO ou COLETIVIDADE – Conjunto de pessoas que estão ao mesmo tempo no mesmo local, sem interação. Pessoas que interagem pouco ou nada. Ex: passageiros de ônibus, clientes na fila do banco, pessoas caminhada.
· CATEGORIA – Conjunto de pessoas que partilham de características comuns, da mesmacategoria, mas que não interagem entre si. Ex: pessoas do mesmo sexo, mesma ocupação, mesma faixa etária, pessoas com deficiência, etc.
· LIDERANÇA – Todo grupo tem um líder. Nem todo chefe é um líder, assim como nem todo líder esta em posição de chefia. O LÍDER tem autoridade e poder concedidos de forma especial pelos seguidores, então o líder é sempre escolhido. O CHEFE não é escolhido, ele é colocado na posição de chefia, sua autoridade vem da posição que ocupa, então as pessoas são subordinadas a ele, mas normalmente não estão muito de acordo com ele. Digamos que o chefe seria um “cargo”, o líder “reconhecimento”. O chefe trata os outros como seus subordinados, o líder como seus iguais. 
Para Robbins (2002), a LIDERANÇA corresponde a um processo de influência pelo qual os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma meta comum ou compartilhada. O líder é o indivíduo e a liderança é a função ou atividade que o indivíduo executa.
CARACTERÍSTICAS DO LÍDER:
· Ambição e energia;
· Desejo de liderar;
· Honestidade e integridade;
· Auto-confiança;
· Inteligência;
· Conhecimento relevante ao cargo;
· Auto-monitoração; se observar, é modelo.
· Admirado pelos seguidores.
· ESTILOS DE LIDERANÇA:
 
1º) ORIENTADO PARA TAREFA – Que se refere às ações de como enfatizar a realização das metas do grupo, definir e estruturar atribuições de trabalho dos membros do grupo e enfatizar o cumprimento de prazos.
2º) ORIENTADO PARA PESSOAS – Que abrange ações de como desenvolver boas relações interpessoais, ser amistoso e acessível e estar preocupado com problemas pessoais dos funcionários.
3º) ORIENTADO PARA O DESENVOLVIMENTO – Caracterizado por experimentação, criação de novas abordagens para os problemas, incentivo a novas maneiras de fazer as coisas e estímulo à mudança. Visa o crescimento do grupo o tempo todo através da sua criatividade, experimentando, criando coisas novas, tudo para o desenvolvimento do grupo.
· TIPOS DE LIDERANÇA
1º) EXIGENTE: Muito crítico, observador e perfeccionista. Acredita que a excelência é o caminho para o sucesso. Um pouco disso é bom, mas excesso faz com que os liderados tenham medo desse líder.
2º) AUTOCRÁTICO: Toma sozinho todas as decisões necessárias e costuma oprimir seus subordinados, enxergando neles concorrentes, e não, colaboradores. Contrário do líder DEMOCRÁTICO, que se volta para os outros.
3º) LIBERAL: Dá aos colaboradores liberdade para exercerem suas funções sem interferências diretas. Os próprios profissionais ficam responsáveis por gerenciar os resultados de seu trabalho. É perigoso, o grupo precisa ser bem maduro, bem coeso e bem consciente da sua função, da sua responsabilidade para desempenhar a sua parte.
4º) VISIONÁRIO: Capaz de antecipar tendências, é empreendedor e tem disposição para correr riscos, é ousado. Quem é liderado por um líder visionário precisa ser visionário também, caso contrário, terá dificuldade.
5º) DEMOCRÁTICO: Permite que todos os liderados participem das decisões importantes do grupo e acredita que idéias, críticas e sugestões são importantes para aperfeiçoamento dos projetos, da equipe e da organização como um todo.
EXEMPLOS DE MOVIMENTO IDEOLÓGICO – Um exemplo de movimento ideológico é da IDEOLOGIA DE GÊNERO que defende que a sexualidade humana seja parte de construções sociais e culturais, e não definida biologicamente. Segundo ela, o ser humano nasce neutro e depois de atingir certo nível de consciência e de acordo com a convivência em seu meio social, ele próprio poderá escolher seu gênero sexual. Outra desta ideologia é a concepção de que poderia haver múltiplos gêneros, e não apenas feminino e masculino, e que cada ser humano poderia escolher o

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