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Recursos terapêuticos na artrose de joelho.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
ABNER SILVA LOPES 
ANA PAULA MORAES DA CRUZ 
 
 
 
 
EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE 
DE JOELHO: Uma revisão integrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR/BA 
2018 
 
ABNER SILVA LOPES 
ANA PAULA MORAES DA CRUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE DE 
JOELHO: Uma revisão integrativa 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como requisito parcial obrigatório para 
obtenção do título de Bacharel em 
Fisioterapia pelo Centro Universitário 
Estácio da Bahia, sob a orientação do 
professor Marcelo Lemos. 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR/BA 
2018 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ofertamos nossa gratidão em primazia ao nosso amado Deus, que é e sempre será a base 
de toda a nossa história, quem segurou nossa mão com firmeza e nos provou que tudo é possível 
ao que crê. Aos nossos familiares pelo contínuo apoio, compreensão e acima de tudo o 
imensurável amor que nos tem ofertado. A esta universidade, seu corpo docente, direção e 
administração que nos deu em tempo oportuno a possibilidade de vislumbrar um horizonte 
superior. Ao nosso orientador Marcelo Lemos, pelo auxílio, orientações, correções e paciência 
para conosco. Ao professor Paulo Lopes, excelente profissional, que sempre esteve disponível 
a ofertar seus conhecimentos, dando o suporte necessário em sala de aula. Aos amigos mais 
chegados que irmãos como Henrique Costa, Ianaê Franca e Bia Leite que nos assistiu com 
valedoura ajuda quando precisamos. Agradecemos também em especial a nossa querida 
professora Kelly Lima que foi coadjuvante para conquista desse tão ansiado objetivo. Por fim, 
agradecemos a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
ADM – AMPLITUDE DE MOVIMENTO 
AVD’S – ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA 
ECR – EXERCÍCIOS CONTRA RESISTÊNCIA 
EENM – ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR 
FEP – EXERCÍCIOS DE EQUILIBRIO E FORÇA ASSOCIADOS À POMPAGEM 
FM – FORÇA MUSCULAR 
GC – GRUPO CONTROLE 
OA – OSTEOARTRITE 
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE 
PICO – POPULAÇÃO, INTERVENÇÃO, COMPARAÇÕES E DESFECHO 
QSE – EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DO QUADRÍCEPS 
QV – QUALIDADE DE VIDA 
TENS – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA 
USC – ULTRASSOM CONTÍNUO 
USP – ULTRASSOM PULSADO 
WBVT – TREINAMENTO VIBRATÓRIO DE CORPO INTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Fluxograma do processo de seleção dos artigos.........................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Apresentação da síntese de artigos incluídos na revisão integrativa..............16 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO GERAL ......................................................................................…8 
REFERENCIA INTRODUÇÃO GERAL .................................................................10 
2 ARTIGO ....................................................................................................................11 
RESUMO ......................................................................................................................11 
ABSTRACT ..................................................................................................................11 
2.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................12 
2.2 METODOLOGIA ...................................................................................................13 
2.3 RESULTADOS ......................................................................................................14 
2.4 DISCUSSÃO ..........................................................................................................19 
2.5 CONCLUSÃO ........................................................................................................21 
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................21 
ANEXO A – NORMAS DA REVISTA IN CENA ...................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO GERAL 
 
A osteoartrite (OA) é uma doença crônica degenerativa de etiologia multifatorial, com 
interrelação entre fatores sistêmicos e locais. Fatores sistêmicos incluem etnia, idade avançada, 
sexo, estado hormonal, fatores genéticos, densidade óssea e fatores nutricionais. Fatores locais 
resultam em estresse mecânico anormal nas articulações afetadas, e incluem obesidade, 
alterações na mecânica articular (frouxidão ligamentar, desalinhamento articular e fraqueza 
muscular), déficits proprioceptivos, história de lesão da articulação, fatores ocupacionais e 
efeitos das atividades físicas e esportivas. (MAGALHÃES; KIRKWOOD, 2016). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) enfatiza que a osteoartrite seria a quarta causa 
mais importante de incapacidade entre as mulheres e a oitava entre os homens. Estima-se que 
10% da população mundial com mais de 60 anos sofra dos sintomas dessa doença degenerativa 
inerente ao processo de envelhecimento que afeta órgãos, tecidos e sistemas orgânicos. 
(ALMEIDA et al, 2016). A osteoartrite acomete 16,2% da população brasileira, representando 
cerca de 30% a 40% das consultas especializadas em sistema articular osteomuscular. (PAULA 
et al, 2009). 
A osteoartrite é uma condição clínica altamente prevalente e debilitante que limita 
seriamente a saúde e o bem-estar, particularmente na população idosa, como consequência da 
degeneração progressiva da cartilagem articular e do osso subcondral, sendo o joelho, a 
articulação de suporte de carga mais acometida, afetando principalmente o compartimento 
tibiofemoral medial, suscetibilidade que ocorre entre 60 e 80% no ciclo da marcha por aumento 
das cargas mecânicas articulares. (LAIRES et al, 2017; FERNANDES; NOGUEIRA, 2016; 
MAGALHÃES; KIRKWOOD, 2016). 
As osteoartrites de joelho têm na dor sua principal manifestação clínica, acompanhada 
de crepitação articular e limitação da amplitude de movimento, caracterizada pela perda da 
flexibilidade, resistência e força muscular, além de distúrbios do alinhamento derivados da 
perda de cartilagem articular e alterações ligamentares, alterações funcionais que refletem na 
qualidade de vida. (NAHAS et al, 2016; FERNANDES; NOGUEIRA, 2016). 
O diagnóstico é confirmado por radiografias simples que permitem também classificar 
a gravidade. Os critérios sobre o grau de gravidade da osteoartrite do joelho proposto por 
Kellgren e Lawrence são amplamente utilizados atualmente e incluem: grau 0: sem osteófitos 
9 
 
(sem alterações radiográficas), 1: osteófitos possíveis (incerteza na alteração radiográfica), 2: 
osteófitos definidos e possível redução do espaço articular (OA leve), 3: múltiplos esporões 
ósseos e estreitamento do espaço articular, esclerose e possível deformidade do contorno ósseo 
(OA moderada), e 4: grandes osteófitos, esclerose grave, deformidade definida do contorno 
ósseo e significativo redução no espaço articular (OA grave). (NAHAS et al, 2016; 
MAGALHÃES; KIRKWOOD, 2016). 
Pela própria natureza da doença, a abordagem terapêutica inicial é de preferência não 
cirúrgica, com condroprotetores, anti-inflamatórios não hormonais e hormonais, por via oral, 
tópico e infusões, reabilitação por meios físicos e cinesioterápicos, exercícios físicos associado 
a programas de dieta e qualidade de vida e viscossuplementação. (NAHAS et al, 2016). 
Neste conjunto de possíveis alterações causados pela osteoartrite, cabe à Fisioterapia 
atuar na prevenção, promoção da saúde e qualidade de vida (QV) desses indivíduos, intervindo 
com exercícios que preservem sua mobilidade, equilíbrio, postura, amplitude de movimento 
(ADM), levar à restauração biomecânica normal dos membros e promovero controle dos 
sintomas desta patologia, reduzindo suas dores, suas limitações e lhes permitindo realizar suas 
(AVD’s) de modo funcional e independente. (AGUIAR et al, 2016). 
A literatura no campo da fisioterapia reabilitadora revela inúmeros tipos de técnicas e 
dispositivos para tratamento da osteoartrite de joelho, os quais têm sido amplamente utilizados 
para a melhora da coordenação motora e do equilíbrio, e que também contribui para a melhora 
na qualidade de vida, reduz a instabilidade postural, diminui a dor, a rigidez articular e o risco 
de quedas, proporcionando consequentemente maior independência nas atividades de vida 
diária (AVD’s) dos indivíduos acometidos pela afecção. (ALMEIDA et al, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERENCIAS INTRODUÇÃO GERAL 
 
AGUIAR GC, ROCHA SG, REZENDE GAS, NASCIMENTO MR. Efeitos do treinamento 
resistido em indivíduos com osteoartrite do joelho. Fisioter. mov. vol.29 no.3 Curitiba julho / 
setembro 201 
ALMEIDA FJF, ARAÚJO AERA, CARVALHO CA, FONSÊCA PCA, NINA VJS, 
MOCHEL EG. Aplicação da cinesioterapia e eletrotermoterapia no tratamento de idosos com 
osteoartrose do joelho: um estudo comparativo. Fisioter. mov. vol.29 no.2 Curitiba abril / 
junho 2016 
FERNANDES RSC, NOGUEIRA MP. Efeitos da orientação da atividade física em pacientes 
com osteoartrite avançada do joelho. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo, 
vol.22 no.4 July/Aug. 2016 
LAIRES PA, LAINS J, MIRANDA LC, CERNADAS R, RAJAGOPALAN S, TAYLOR SD, 
SILVA JC. Alívio inadequado da dor entre pacientes com osteoartrite primária do joelho. 
Rev. Bras. Reumatol vol.57 no.3 São Paulo maio / junho 2017 
MAGALHÃES CMB, KIRKWOOD RN. Estratégias para reduzir a carga articular no 
compartimento medial do joelho durante a marcha em indivíduos com osteoartrite: uma 
revisão da literatura. Fisioter. mov., vol.29 no.4 Curitiba Out./Dec. 2016 
NAHAS RM, PORTO LCK, IKEMOTO RY, TENÓRIO FA, ZILIO G, COSTA RA, 
LANNA RMS, MONTENEGRO TB. Viscossuplementação no tratamento de artrite pós-
traumática de joelho durante 12 meses. Rev Bras Med Esporte vol.22 no.6 São 
Paulo Nov./Dec. 2016 
PAULA BL, SOARES MB, LIMA GEG. A cinesioterapia e o crioterapia nos pacientes 
portadores de osteoartrite de elevação podem ser utilizados no Algo-Funcional de 
Lequesne. R Bras Ci e Mov. 2009; 17 (4): 18-26. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1517-8692&lng=en&nrm=iso
11 
 
2 ARTIGO 
EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE DE 
JOELHO: Uma revisão integrativa 
Efficacy of physiotherapy in the treatment of knee osteoartrite: an integrative review 
Ana Paula Moraes da Cruz; Abner Silva Lopes; Marcelo Lemos 
 
RESUMO 
Introdução: A osteoartrose é uma afecção reumática crônica, atinge preferencialmente as 
articulações que suportam grandes quantidades de peso e que requerem frequente utilização, 
como é o caso dos joelhos. É atualmente definida como uma doença inflamatória articular, tem 
sua denominação atualizada para osteoartrite (OA). Avanços recentes no tratamento da 
osteoartrite permitiram melhores condições no curso evolutivo da doença, favorecendo um 
melhor prognóstico aos pacientes. Dentre os tipos de tratamento mais utilizados está a 
fisioterapia. Objetivo: revisar alguns aspectos relacionados aos efeitos de recursos 
fisioterapêuticos na otimização do tratamento da osteoartrite de joelho. Método: Trata-se de 
um estudo de abordagem quantitativa, que se fundamenta em verificar a efetividade dos 
recursos fisioterapêuticos no tratamento da osteoartrite de joelho entre os anos 2008 e 2018. 
Adotou-se a revisão integrativa da literatura. Seguindo os critérios de inclusão, de 103 estudos, 
apenas 12 foram escolhidos para análise. Resultados: Observou-se que os recursos 
terapêuticos utilizados são relacionados a diminuição da dor, melhora da ADM (amplitude de 
movimento), FM (força muscular), Equilíbrio e funcionalidade. Conclusão: Decorrente da 
revisão efetuada tornou-se claro que a fisioterapia bem como seus diversos recursos, enquanto 
forma de tratamento, é eficaz na melhora dos sinais e sintomas da osteoartrite de joelho. 
Palavras-Chave: Fisioterapia, osteoartrite, joelho. 
 
ABSTRACT 
Introduction: Osteoarthrosis is a chronic affection if you prefer as joints that support large 
amounts of weight and frequency of use, as is the case of the knees. The association is defined 
as a joint disease, has its genetic designation for osteoarthritis (OA). The recent advances in the 
treatment of osteoporosis were not more favorable to the evolutionary course of the disease, 
favoring a better prognosis to the patients. Among the types of treatment most used is a 
physiotherapy. Objective: To review some aspects related to the effects of physiotherapeutic 
resources in optimizing the treatment of osteoarthritis of the knee. Method: This is a 
quantitative study based on the effectiveness of physiotherapeutic resources in the treatment of 
knee osteoarthritis between 2008 and 2018. An integrative review of the literature was adopted. 
Following the inclusion criteria, of 103 studies, only 12 were chosen for analysis. Results: It 
was observed that the therapeutic resources used are related to decreased pain, improved ROM 
(range of motion), FM (muscle strength), balance and functionality. 
Conclusion: From the physical review it became clear that the physiotherapy and symptoms of 
osteoarthritis of the knee. 
Keywords: Physiotherapy, osteoarthritis, knee. 
 
12 
 
2.1 INTRODUÇÃO 
 A osteoartrose é uma afecção reumática crônica, atinge preferencialmente as 
articulações que suportam grandes quantidades de peso e que requerem frequente utilização, 
como é o caso dos joelhos. É determinada por alterações estruturais específicas da articulação, 
inclusive degradação focal da cartilagem articular, processos inflamatórios no tecido sinovial, 
alterações bioquímicas no líquido sinovial e remodelamento do osso subcondral com formação 
de osteófitos nas margens da articulação, é atualmente definida como uma doença inflamatória 
articular, tem sua denominação atualizada para osteoartrite (OA), considerada assim não mais 
como uma simples degeneração da articulação (HOCHBERG, 2012). 
Diversos estudos epidemiológicos avaliaram fatores de risco para osteoartrite do joelho, 
encontrando uma associação consistente entre incidência ou progressão da doença com a idade, 
obesidade, mudança de peso, sexo, história de lesão no joelho, demandas físicas ocupacionais, 
atividade física, estilo de vida e regiões geográficas (HAQ; DAVATCHI, 2011). Esta patologia 
é razão de grande limitação de atividades, restrição física, uso excessivo de serviços de saúde e 
redução da qualidade de vida (HOCHBERG, 2012). 
Os sinais e sintomas inicialmente podem apresentar crepitação, aumento de volume da 
articulação, derrame articular, atrofia muscular por desuso, deformidades em varo, dor 
mecânica, que tem relação direta com o movimento articular, períodos de dor inflamatória, que 
correspondem a surtos inflamatórios secundários às alterações mecânicas, edema, frouxidão 
ligamentar. O grau de diminuição e/ou perda do movimento (no início da artrose) se desenvolve 
em etapas podendo progredir do grau I ao grau IV (REZEND; CAMPOS, 2013). 
 Em países desenvolvidos os gastos diretos com a osteoartrite chegam a 4 bilhões de 
dólares ao ano em soma com os dias que o paciente não trabalha, onde ocorre a diminuição da 
produtividade, perda de emprego, entre outros fatores, porém os custos indiretos excedem 
quatro vezes mais os custos diretos (MEDICAL CARE, 2017). 
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2017 a osteoartrite representa 
nacionalmente cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios reumatológicos, é responsável 
por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho; trata-se da segunda doença entre as que 
justificam o auxílio-inicial, com 7,5% do total;é a segunda também em relação ao auxílio-
doença (em prorrogação) com 10,5%; é a quarta a determinar aposentadoria (6,2%). Quanto ao 
13 
 
sexo, a incidência é semelhante entre homens e mulheres, porém no sexo feminino a articulação 
do joelho é a mais afetada principalmente após os 60 anos de idade. (BRASIL. Sociedade 
Brasileira de Reumatologia, 2017) 
Avanços recentes no tratamento da osteoartrite permitiram melhores condições no curso 
evolutivo da doença, favorecendo um melhor prognóstico aos pacientes. Dentre os tipos de 
tratamento mais utilizados está a fisioterapia que através de recursos como a cinesioterapia, 
eletroterapia, ultrassom terapêutico, hidroterapia e outros não menos importantes, oferece 
respostas significativas aos distúrbios cinéticos funcionais dos órgaos e sistemas. Esses recursos 
terapêuticos são empregados como uma medida de intervenção, que visa otimizar a mobilidade 
articular, o aumento da força muscular, a melhora da dor e equilíbrio, dentre os vários fatores 
desencadeantes da sintomatologia da doença (ALMEIDA et al, 2016). 
Pelo fato de os métodos e recomendações de reabilitação para indivíduos portadores de 
doenças reumáticas como a OA estarem em permanente discussão no âmbito da Fisioterapia, é 
imperativa a constante consulta a documentos atualizados que proporcionem a ampliação de 
conhecimentos sobre esta temática. Conforme o exposto, o objetivo da pesquisa foi evidenciar 
os efeitos de diferentes recursos fisioterapêuticos na otimização do tratamento da osteoartrite 
de joelho a partir de publicações científicas. 
 
2.2 METODOLOGIA 
 Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, que se fundamenta em verificar a 
efetividade dos recursos fisioterapêuticos no tratamento da osteoartrite de joelho entre os anos 
2008 e 2018. Adotou-se a revisão integrativa da literatura, uma vez que ela contribui para o 
processo de sistematização e análise dos resultados e tem como objetivo a compreensão de 
determinado tema, a partir de outros estudos independentes. Este tipo de estudo propõe desde 
o início o estabelecimento de critérios bem definidos sobre a coleta de dados, análise e 
apresentação dos resultados, a partir de um protocolo de pesquisa previamente elaborado. 
Para tanto, foram adotadas algumas etapas indicadas para a constituição da pesquisa: 
Seleção da pergunta de pesquisa; definição dos critérios de inclusão de estudos; seleção da 
amostra; análise crítica dos achados identificando diferenças e conflitos; interpretação dos 
resultados e reportar, de forma clara, a evidência encontrada. A estratégia de identificação e 
seleção dos estudos foi a busca de publicações indexadas na base de dados Medical Literature 
14 
 
and Retrivial System on Line (MEDLINE), LÍLACS e Scientific Eletronic Librare Online 
(SCIELO) entre agosto e novembro de 2018. 
Foram adotados os seguintes critérios para seleção dos artigos: somente artigos originais 
apenas voltados para humanos; artigos com resumos e textos completos disponíveis para 
análise; aqueles publicados nos idiomas português e inglês, entre os anos 2008 e 2018, e artigos 
que contivessem em seus títulos e/ou resumos as seguintes palavras chaves: Fisioterapia, 
osteoartrite, joelho. Os critérios de exclusão dos artigos foram: estudos de caso, artigos de 
revisão, artigos não disponíveis gratuitamente e artigos que não se encaixaram com o tema. 
Do material obtido, procedeu-se à leitura minuciosa de cada resumo/artigo, destacando 
aqueles que responderam ao objetivo proposto por este estudo, a fim de organizar e tabular os 
dados. Para a organização e tabulação dos dados, os pesquisadores elaboraram instrumento de 
coleta de dados contendo: Referências (autor, ano), tipo de artigo, objetivo geral do artigo, 
amostra, resultados e conclusão. Seguindo os critérios de inclusão, 12 estudos foram escolhidos 
para investigação. Procedeu-se à análise para caracterização dos estudos selecionados. 
Posteriormente, foram extraídos os conceitos abordados em cada artigo e de interesse dos 
pesquisadores, sintetizados no quadro pela estratégia PICO. 
 
2.3 RESULTADOS 
Através da pesquisa foram encontrados 103 estudos, nas bases de dados MEDLINE, 
LILACS e SciELO. À vista dos critérios estabelecidos, foram excluídos 16 artigos de revisão, 
53 artigos que não estavam inseridos no tema sugerido, 7 artigos incompletos e 16 artigos 
datados fora dos anos propostos. Assim sendo, restaram somente 11 artigos que estavam dentro 
dos critérios de inclusão, os quais foram selecionados para a amostra, destes, 4 estão na língua 
inglesa e 7 na língua portuguesa. Observou-se na composição da amostra que a maioria dos 
recursos terapêuticos utilizados são relacionados a diminuição da dor, FM (força muscular), 
melhora do equilíbrio, aumento da ADM (amplitude de movimento), impacto na marcha e 
capacidade de realizar AVD’s. Quanto as modalidades terapêuticas estão inseridas a EENM 
(Eletroestimulação Neuromuscular, Exercícios contra resistência, cinesioterapia, pompagem, 
fisioterapia aquática, Ultrassom, TENS, ondas curtas, plataforma vibratória e outros exercícios 
terapêuticos. Os indivíduos participantes dos estudos possuem idade média de 65 anos, onde 
90% é do sexo feminino e todos possuem diagnóstico comprovado de osteoartrite de joelho. 
15 
 
Figura 1- Fluxograma do processo de seleção dos artigos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autores, 2018. 
 
 
Os artigos desta pesquisa estão expostos em síntese na tabela abaixo, na qual são identificados 
o autor/ano, objetivo, população, intervenção, comparações e desfecho. (TABELA-1)
Artigos identificados nas bases de dados 
Artigos excluídos=92 
 Revisões=16 
 Fora do tema=53 
 Fora do corte=16 
Incompletos=7 
Artigos selecionados=11 
Inglês= 4 
Português=7 
Medline= 47 
Lilacs=31 
 SciELO=25 
Total= 108 
16 
 
 Tabela -1. Apresentação da síntese de artigos incluídos na revisão integrativa. 
 
AUTOR/ANO 
 
OBJETIVO 
 
POPULAÇÃO 
 
INTERVENÇÃO 
 
COMPARAÇÕES 
 
DESFECHO 
 
DADALTO, TV. 
et al. 2013 
 
 
Ganho de força extensora de joelho, 
na diminuição da dor e na 
recuperação da função motora em 
pacientes com OA primária do 
joelho comparando 2 intervenções. 
 
 
 
 
 
 
n=26 
 
- Eletroestimulação 
X 
-Exercícios resistidos 
X 
-Grupo controle 
 
-3x/semana 
- 24 sessões 
 
- EENM (n=10) 
 -ECR (n=10) 
 -GC (n=6) 
 
 
-EENM-Maior ganho de força 
extensora do joelho em relação 
ao grupo ECR e GC 
 
 
 
GONDIM, ITGO. 
et al. 2017 
 
 
Investigar efeitos de um programa de 
exercícios terapêuticos associados à 
pompage sobre dor, equilíbrio e 
força muscular em idosas com OA 
de joelhos 
 
 
 
 
 
 
n=22 
 
-Exercícios de equilíbrio e força para os 
músculos extensores e flexores do 
joelho, associados à pompagem do 
joelho. 
2 sessões semanais de 60 min durante 12 
semanas 
 
 
 - FEP (n=11) 
 
 -GC (n=11) 
 
-FEP- redução da dor, aumento da 
força e equilíbrio em relação ao 
GC 
 
KÜMPEL, C. 
et al. 2016 
 
 
Avaliar os efeitos de um programa 
de hidrocinesioterapia sobre a 
capacidade de realização de 
atividades da vida diária em 
pacientes com osteoartrite 
 
 
 
 
 
 
n=26 
 
-Hidrocinesioterapia, na piscina 
terapêutica aquecida a 30 Cº. 2x 
semanais (50 min) totalizando 15 
sessões. 
 
-Pacientes alocados 
em apenas um 
grupo 
 
-Houve melhora na capacidade 
de realização das atividades de 
vida diária. 
 
ALMEIDA, FJF. 
et al. 2016 
 
 
Verificar os efeitos de dois 
protocolos terapêuticos em mulheres 
idosas com Osteoartrose de joelho. 
 
 
 
 
 
 
n=30 
 
 
 
 
-Cinesioterapia X Eletrotermoterapia 
 -36 Sessões durante 12 semanas. 
 
-Grupo I - 
Cinesioterapia 
Grupo II - 
eletrotermoterapia 
 
 
-Diminuição significativa no 
nível de dor dos pacientes 
submetidos à cinesioterapia e à 
eletrotermoterapia. 
 
17OVANESSIAN V. 
et al. 2008 
 
 
 
Avaliar a eficácia da aplicação de 
ondas curtas pulsadas na redução da 
dor e melhora funcional dos 
pacientes com osteoartrite de joelho. 
Investigar se há alguma diferença no 
tratamento entre os grupos com 
doses de 17 ou 33 kilobytes. 
 
 
 
 
 
 
n=42 
 
 
 
 
 
-Ondas curtas pulsadas com doses de 17 
kilojoules X 33 kilojoules X Grupo 
controle 3 aplicações semanais num total 
de 9 sessões. 
 
 
 
-Grupo I= 17kj 
 
-GrupoII=33kj 
 
 
 
Este estudo demonstrou que a 
aplicação de ondas curtas 
pulsadas com doses de 17 ou 
33kilojoules é eficaz no 
tratamento da osteoartrite de 
joelho. 
 
MORGAN, CR.; 
SANTOS FS. 2011 
 
 
Avaliar o efeito da estimulação 
elétrica nervosa transcutânea 
(TENS) nível sensório para 
tratamento de dor em pacientes com 
diagnóstico de osteoartrose de 
joelho, utilizando escalas de 
avaliação de dor. 
 
 
 
 
 
 
n=10 
 
 
 
 
-TENS, com parâmetros de 80 Hz e 140 
μs, 30 min. 
-10 Sessões durante 4 semanas. 
 
 
 
-Pacientes alocados 
em apenas um grupo 
 
 
 
Nossos resultados sugerem que a 
TENS pode ser utilizada como 
uma terapia coadjuvante ao 
tratamento de paciente com OA 
em joelho, 
 
WANG, P. 
et al. 2016 
 
 
Comparar os efeitos do treinamento 
vibratório de corpo inteiro (WBVT) 
com o exercício de fortalecimento do 
quadríceps (QSE) 
 
 
 
 
 
 
n= 39 
 
-WBVT: frequência de 35 Hz; amplitude 
de 4 a 6 mm de deslocamento 
(teoricamente fornecendo 1,0 g 
adicional de aceleração de pico); e 
exposição total 
-30 minutos / dia (vibração 60 segundos, 
intervalo de descanso 
60 segundos) 5 dias semanais durante 12 
semanas 
 
 
 
 
-Grupo I- WBVT + 
QSE 
 
 -Grupo II-QSE 
sozinho 
 
 WBVT em combinação com 
QSE melhorou sintomas, função 
física e parâmetros espaço-
temporais em pacientes com 
osteoartrite do compartimento 
medial do joelho, e levou a uma 
melhora maior do que a QSE 
sozinha nas escalas WOMAC 
(função física), TUG, 6MWD e 
cadência. 
 
 
YAMADA, EF. 
 
et al. 2016 
 
Analisar a eficácia de exercícios 
terapêuticos baseados no treino de 
marcha ou de equilíbrio no ganho de 
funcionalidade (força muscular e 
equilíbrio) e na diminuição da dor 
em pacientes com OA de joelho. 
 
 
 
 
 
 
n=20 
 
 -Exercícios de agilidade por meio do 
treino de marcha; 
- Exercícios de Treino de Equilíbrio 
- 12 Sessões 
 
-Grupo I= Marcha 
-Grupo II= 
Equilíbrio 
 
Os resultados indicaram que os 
exercícios de marcha foram 
eficazes no grau de dor, ADM, 
força muscular e qualidade de 
vida, após as duas intervenções. 
18 
 
 
CARLOS, KP. 
et al. 2012 
 
 
Comparar o exercício isolado ao 
ultrassom pulsado (USP) e contínuo 
(USC) associados a exercício na 
redução da dor, melhora da 
amplitude de movimento (ADM), 
força muscular (FM), qualidade de 
vida (QV) e funcionalidade de 
pacientes com OA de joelhos. 
 
 
 
 
 
 
 
n=30 
 
 
-Nas quatro primeiras semanas foi 
aplicado USC ou USP e, nas demais 
foram realizados os exercícios. 
 
-3x/semana no total de 8 semanas. 
 
 
-Grupo USC 
exercícios) 
 
-Grupo USP + 
exercícios) 
 
- Grupo EXE 
(exercícios). 
 
-A associação do USC a 
exercícios foi mais efetiva na 
melhora da dor, da mobilidade 
articular, funcionalidade e QV em 
pacientes com OA de joelho, 
quando comparada à associação 
do USP a exercícios ou à 
aplicação isolada de exercícios. 
 
 
SOUZA, AA. 
 
et al. 2017 
 
Avaliar a efetividade de um 
programa de fisioterapia aquática na 
capacidade aeróbia, dor, rigidez, 
equilíbrio e função física de idosos 
com OA de joelho. 
 
 
 
 
n=10 
 
- Fisioterapia aquática, com ênfase em 
exercícios aeróbios, de fortalecimento e 
alongamento muscular. 
 
-9 Semanas 
 
-Os pacientes foram 
alocados em apenas 
um grupo. 
 
A intervenção da fisioterapia 
aquática trouxe importante 
resposta na melhora da dor, da 
capacidade funcional e da 
capacidade aeróbia de idosos com 
OA de joelho. 
 
AGUIAR, GC. 
et al. 2016 
 
 
Avaliar o impacto de um 
treinamento sistematizado de 
resistência muscular no desempenho 
funcional e na qualidade de vida em 
indivíduos com OA de joelho. 
 
 
 
 
n=27 
 
 
- Resistência muscular e alongamentos. 
-12 Semanas (3 sessões de 80’ por 
semana). 
 
 
-Os pacientes foram 
alocados em apenas 
um grupo. 
 
A combinação de exercícios de 
resistência dos músculos 
quadríceps, glúteos e abdômen foi 
viável para melhora da 
funcionalidade e da qualidade de 
vida de pacientes com OA de 
joelho. 
Fonte: Autores, 2018.
19 
 
2.4 DISCUSSÃO 
 Segundo DADALTO et al (2013), a presença de dor está associada a diminuição da 
função motora, portanto essas duas variáveis se relacionam e são influenciadas uma pela outra. 
Observou-se que um estímulo elétrico no músculo quadríceps feito com EENM 
(eletroestimulação neuromuscular) que causa a contração muscular passiva, quando associada 
a uma contração isométrica voluntária da mesma musculatura com ausência de movimento 
articular, permite o aumento da força extensora de joelho com melhora da estabilidade ativa e 
consequente diminuição da dor com mais eficácia quando comparado a ECR (exercícios contra 
resistência), pois a EENM protege a articulação do Stress compressivo e do cisalhamento 
produzido pelo movimento da articulação. No entanto AGUIAR et al (2016), em seu estudo 
afirma que o treino de resistência dos músculos quadríceps, glúteos médio e máximo e 
isquiostibiais leva a redução da dor refletindo na melhora do desempenho funcional e aumento 
da velocidade habitual de caminhada, entretanto deve-se ter cuidado com o manuseio da carga 
e a relação entre o tempo e a duração dos exercícios. 
 
GONDIM et al (2017), buscando resultados positivos na redução da dor e equilíbrio 
postural dos indivíduos com OA de joelho, percebe que, o programa de exercícios terapêuticos, 
como exercícios estáticos e dinâmicos de equilíbrio e força para os músculos extensores e 
flexores do joelho associados à pompagem de joelho promove redução da queixa dolorosa, 
contudo há uma maior relevância no aumento do equilíbrio postural. A ação da pompagem 
sobre a dor pode estar associada ao efeito da técnica na descompressão articular, restabelecendo 
o equilíbrio hídrico e limitando a secura da cartilagem com consequente combate da 
degeneração cartilaginosa, já os exercícios estáticos e dinâmicos de equilíbrio e força sugere 
um impacto no equilíbrio postural mediante melhora na oscilação ântero posterior que 
representa a capacidade de manter a postura ortostática. 
 
KÜMPEL et al (2016), percebem em seu estudo que, após a intervenção do programa 
de hidrocinesioterapia, por ser um tratamento realizado em ambiente que permite o exercício 
livre dos efeitos negativos da sustentação de peso sobre as articulações, dando suporte para 
realização do movimento, apresenta resultados positivos no ganho de ADM (amplitude de 
movimento), aumento da flexibilidade, ganho de equilíbrio e coordenação, o que mostra 
efetividade sobre a capacidade física e de realização de AVD’s com relevante melhora na 
qualidade de vida. Confirmando este estudo, SOUZA et al (2017) entendem que a eficácia do 
tratamento feito na água acontece principalmente pela redução do processo inflamatório que 
20 
 
diminui o quadro álgico aumentando a capacidade de realizar os exercícios promovendo um 
efeito positivo na funcionalidade de idosos com OA de joelho. 
ALMEIDA et al (2016), comparando os efeitos da cinesioterapia e eletroestimulação, 
especificamente o uso da TENS, observam um considerável aumento nas médias de amplitude 
de movimento após a intervenção da cinesioterapia, pois seus efeitos fisiológicos promovem a 
preservação da cartilagem articular através de sua melhor hidratação, além de melhor 
mobilidade da articulação. Já a TENS traz respostasrelevante no fortalecimento dos músculos 
do joelho, alívio da dor e melhora da funcionalidade. Os resultados do estudo corroboram os 
estudos de Assunção et al (2010) e Loyola-Sánchez et al (2010), que apontam a cinesioterapia 
e as terapias baseadas em calor como tratamento de baixo custo e seguro, com efeitos 
significativos na redução da dor e na melhora da amplitude de movimento dos pacientes. Em 
concordância, MORGAN; SANTOS, (2011), também propõe a melhora da dor e da amplitude 
de movimento com a utilização da TENS em joelhos com OA, aumentando a capacidade de 
realização de atividades funcionais como subir e descer escadas ou deambular, porquanto a 
TENS, aplicada na periferia, ou seja, no local da lesão, ativa as fibras aferentes primárias que 
transmite informação para a medula espinhal e o resultado é a inibição da dor com consequente 
aumento da capacidade física. Os resultados de OVANESSIAN et al (2008), também 
apresentam um meio eficaz para redução a dor e melhora da função utilizando ondas curtas 
pulsado (PSW) em pacientes com OA do joelho. A utilização de doses de 17Kj e 33Kj por 19 
e 38 minutos, respectivamente repercute relevante melhora na EVA. Observou-se ainda que 
uma aplicação prolongada nem sempre é necessário, um tempo total de aproximadamente 20 
minutos é o suficiente para alcançar a janela terapêutica sugerido na literatura. 
WANG et al (2016), constatou que o treinamento vibratório de corpo inteiro (WBVT) 
associado a exercícios de fortalecimento do quadríceps não oferece resultados satisfatórios na 
melhora da marcha, observou ainda que os exercícios de fortalecimento de quadríceps de forma 
isolada também não ofertam eficácia na evolução da marcha em indivíduos com OA de joelho 
moderada a grave, porém SIMÃO et al (2012) afirma que ambos os programas de intervenção 
levam a melhorias semelhantes nos parâmetros espaço-temporais da marcha. Além disso, os 
dois programas de intervenção levam a melhorias semelhantes nos resultados clínicos, 
incluindo dor, rigidez e função física (Avelar et al, 2011). 
YAMADA et al (2016), ao compararem resultados de um treino de equilíbrio e um 
treino de marcha separadamente, sendo que o treino de equilíbrio consistiu em exercícios de 
21 
 
perturbação de equilíbrio unipodal sobre um travesseiro e de perturbação de equilíbrio unipodal 
sobre a prancha de equilíbrio, e o treino de marcha compreendeu exercícios de agilidade por 
meio da marcha para frente, lateral, com passos cruzados no sentido anterior e posterior 
respectivamente, cruzada lateralmente e com mudanças de direção ao comando do terapeuta, 
observou que houve melhora significativa e semelhantes nas duas intervenções nos 
componentes dor, ADM de flexão e extensão de joelho, força muscular de quadríceps, 
equilíbrio, funcionalidade e qualidade de vida . 
CARLOS et al (2012), observam que o ultrassom (US) promove analgesia, melhora da 
função e da qualidade de vida (QV). Acredita-se que o alívio da dor ocorra devido ao controle 
da inflamação periarticular causada pelo US aplicado em pontos específicos preconizados pela 
World Association of Laser Therapy (WALT – 2006) sobre a cápsula articular do joelho. 
Constatou-se ainda, que o ultrassom continuo (USC) associado a exercícios é mais eficaz no 
tratamento da dor, no aumento da amplitude de movimento (ADM), na recuperação da função 
e melhora da qualidade de vida quando comparado ao ultrassom pulsado (USP). CETIN et al 
2008, conclui que a aplicação do US antes do exercício ocasiona um aumento do desempenho 
na realização do exercício ao diminuir a dor incapacitante. 
 
2.5 CONCLUSÃO 
Decorrente da revisão efetuada, tornou-se claro que a fisioterapia bem como seus 
diversos recursos, enquanto forma de tratamento, é eficaz na melhora dos sinais e sintomas da 
osteoartrite de joelho, percebeu-se ainda que a relevância dos recursos no tocante a diminuição 
da dor foi unânime. Os resultados obtidos nesta pesquisa sugerem que se dê continuidade à esta 
temática no campo prático. 
 
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22 
 
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102 (2016) 86–92 
https://www.reumatologia.org.br/doencas/principais-doencas/osteoartrite-artrose/
23 
 
ANEXO A - NORMAS PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS - REVISTA IN CENA: 
Os autores que enviarem seus textos devem observar as normas definidas pelo Conselho 
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2. As imagens devem ser inseridas no documento em formato JPG compactado, pois o 
arquivo do artigo não pode ultrapassar 2MB de tamanho. 
3. Os artigos deverão ter entre 30 mil e 50 mil caracteres, com espaço, entrelinhas 1.5, 
formato de página A4, fonte Times New Roman, 12 pt. 
4. Cada proposta de artigo deve incluir: resumo em português e inglêscom, no máximo, 200 
palavras e três palavras-chave. É desejável que o resumo apresente: objetivos do estudo 
realizado, método, síntese de resultados e conclusão. 
5. Notas numeradas devem ser inseridas como notas de rodapé, times new roman, corpo 10, 
espaçamento simples. 
6. Os créditos das citações devem ser incluídos no corpo do texto a partir do seguinte 
modelo de formatação: (Sobrenome, ano de publicação: número da página). 
7. As referências bibliográficas devem ser listadas ao final do texto, seguindo as normas da 
Abnt. 
8. Citações de até três linhas devem vir entre aspas, seguidas do nome do autor, data e 
página. Com mais de três linhas, devem vir com recuo de 4 cm na margem esquerda, 
corpo menor (fonte11), espaçamento simples, também seguidas do nome do autor, em 
caixa alta, data e página e sem aspas e sem negrito, itálico ou sublinhado. 
9. Indicar, em nota, se alguma versão do texto já houver sido apresentada em congresso, 
seminário, simpósio etc. 
10. Resenhas deverão ter extensão de 10.000 a 15.000 caracteres (sem espaços), segundo o 
mesmo padrão descrito acima. 
Em hipótese alguma o (s) autor (es) pode (m) se identificar. A única identificação da autoria é 
a que deve constar no cadastro do sistema de submissão de textos à Revista Ciência (In) Cena. 
 
24 
 
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Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da 
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