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Doenças da Tireoide Hipotireoidismo É o estado clínico decorrente da produção insuficiente dos hormônios tireoidianos, que modulam o metabolismo de quase todos os tecidos do organismo, desempenhando um papel crítico no desenvolvimento e no crescimento da criança. -Classificação: ➔ Primário: problema na própria glândula. ➔ Central: deficiência na produção de TSH pela hipófise ou de hormônio liberador de TSH pelo hipotálamo. -Etiologia: ➔ Congênita: é a principal causa de deficiência mental evitável e pode ocorrer por disgenesia tireoidiana ou por alterações na produção hormonal. ◆ Sintomas: constipação, pele fria e seca, atraso no DNPM e diminuição do ritmo de crescimento. ◆ Diagnóstico: avaliação hormonal. ◆ Tratamento: deve ser iniciado o mais precocemente → antes dos 10 dias de vida. Levotiroxina 1 vez/ dia. ➔ Hipotireoidismo adquirido. -Hipotireoidismo Adquirido: Doença autoimune desencadeada por anticorpos antiperoxidase (anti-TPO) e antitireoglobulina (anti-Tg). ➔ Pode se desenvolver em qualquer idade. ➔ Seu início é insidioso. ➔ É mais frequente no sexo feminino. -Sintomas: ➔ Está relacionado à intensidade da falta dos hormônios tireoidianos e ao tempo de evolução da doença. ➔ O bócio, muitas vezes, pode ser a primeira manifestação clínica. ➔ Baixa velocidade de crescimento, cansaço, queda no rendimento escolar, constipação, pele seca, cabelo e unhas quebradiços, bradicardia, edema, atraso puberal, ciclos menstruais irregulares. -Evolução: ➔ Pode ocorrer uma fase inicial com manifestações de tireotoxicose, pela liberação maciça de hormônios estocados pela glândula afetada, conhecida como hashitoxicose. -Diagnóstico: ➔ É laboratorial. ➔ Dosagens elevadas de TSH e dosagens de T4 livre mais baixas. ➔ A presença de anticorpos anti-TPO e/ ou anti-Tg confirma o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto. -Tratamento: ➔ Reposição com levotiroxina via oral, 1 vez ao dia, sempre no mesmo horário e da mesma forma. ➔ A diminuição dos valores de T4 total ou livre, com TSH normal, baixo ou até discretamente elevado, indica o diagnóstico de hipotireoidismo central. -Seguimento Clínico: ➔ O TSH é o exame mais sensível e deve estar dentro dos valores de referência. ➔ Já no hipotireoidismo central, o controle deve ser feito pelos níveis de T4 livre, que devem ser mantidos na metade superior do intervalo de referência. Hipertireoidismo ➔ É o estado clínico decorrente do excesso de hormônios tireoideanos circulantes. ➔ Hiperfunção tireoidiana. ➔ A doença de Graves é a principal causa de hipertireoidismo e caracteriza-se pela tríade: bócio difuso, exoftalmia e hipertireoidismo. ➔ É mais comum no sexo feminino. ➔ É condição autoimune com presença do anticorpo estimulador do receptor de TSH (TRAb), que desencadeia a produção excessiva de hormônio tireoidiano. -Quadro Clínico: ➔ Agitação, dificuldade de concentração e queda no rendimento escolar, fadiga, sudorese excessiva, irritabilidade, labilidade emocional, nervosismo, palpitações, tremores, insônia, aumento do apetite, emagrecimento e diarreia. ➔ Neonatal: no período neonatal são taquicardia, hiperexcitabilidade, baixo ganho ponderal com apetite normal ou aumentado, bócio, olhar fixo com ou sem retração palpebral e exoftalmia, fontanela anterior pequena, esplenomegalia e/ou hepatomegalia. -Diagnóstico: LABORATORIAL: ➔ TSH baixo. ➔ Elevação de T3 e T4. ➔ Elevação de anticorpo TRAb. -Tratamento: ➔ O de primeira linha da doença de Graves é medicamentoso, com as drogas antitireoidianas → metimazol é o medicamento de escolha, na dose de 0,2-0,8 mg/kg/dia, máximo de 30 mg/dia
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