Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laura R. T6 1 FPM VI Classificação do RN e Triagem Neonatal CLASSIFICAÇÃO DO RN QUANTO À IDADE GESTACIONAL Bebê termo: 37 semanas a 41 semana e 6 dias QUANTO AO PESO AO NASCER: Peso ideal: 2500g-3999g QUANTO AO PESO AO NASCER PARA A IDADE GESTACIONAL Pequeno para a idade gestacional (PIG) <p10 o Restrição do crescimento intrauterino: é quando o bebê não mantém o potencial de crescimento no US pré-natal de acordo com os USs iniciais. Pode haver então um bebê com RCIU mas que nasce com peso adequado para a idade gestacional Grande para Idade Gestacional (GIG) >p90 Adequado para Idade Gestacional (AIG) p10-p90 o O percentil 10 de um bebê a termo é aproximadamente >2400g PERÍMETRO CEFÁLICO Deve ser feito entre 24-48h de vida Analisar microcefalia se tiver menos que – 2 desvios padrão Colocar em uma curva de acordo com IG e sexo do bebê: Intergrowth, OMS IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO Avaliar riscos durante o parto pela IG e peso Bebê pré-termo e baixo peso tem maior morbimortalidade Possibilidade de doenças no período neonatal: distermias, distúrbios metabólicos, distúrbios nutricionais/ GI, icterícia, distúrbios respiratórios Como irá fazer a puericultura dessa criança Alterações de crescimento e desenvolvimento Maior risco de doenças crônicas na vida adulta TRIAGEM NEONATAL É uma ação preventiva que permite fazer diagnóstico de diversas doenças congênitas, sintomáticas e assintomáticas no período neonatal Institui um tratamento precoce e específico Minimizar sequelas futuras Obrigatórios: 1. Teste do pezinho biológica 2. Teste do coraçãozinho oximetria de pulso 3. Teste da orelhinha auditiva 4. Teste do olhinho ocular 5. Teste da linguinha TESTE DE CORAÇÃOZINHO Teste de oximetria, ou triagem de cardiopatia crítica Cardiopatia crítica: dependente do canal arterial Canal arterial: o Comunica A. aorta e A. pulmonar o Faz um shunt no período fetal do lado direito para o esquerdo do coração o Ao nascimento, não é preciso mais esse shunt e esse canal inicia seu fechamento que irá se concluir nas primeiras semanas de vida o Existem cardiopatias congênitas que dependem do canal arterial para que esse bebê viva. Então é preciso avaliar se o bebê tem alguma cardiopatia congênita, porque se ele tiver e o canal arterial fechar ele pode morrer rapidamente. Assim, o teste do pezinho vai triar essas cardiopatias congênitas críticas dependentes do canal arterial. Quando o O fluxo pulmonar depende do canal arterial atresia pulmonar o O fluxo sistêmico depende do canal arterial hipoplasia do coração esquerdo, coarctação aórtica crítica o Circulação em paralelo depende do canal arterial transposição das grandes artérias Laura R. T6 2 BBPM VI Deve ser feito em todos os bebês com mais de 34 semanas de IG ao nascimento Entre 24-48h de vida ao nascimento, antes da alta médica Compara a oximetria pré-ductal (MSD) com a oximetria pós-ductal (MMII) Como? Oxímetro de pulso MSD e MI o Por que em MSD? Porque a irrigação do MSD vai sair antes do canal arterial. Se fizer no MSE ele recebe sangue já mistura (com interferência do canal arterial). Normal: maior ou igual a 95% em ambas as medidas e diferença menor que 3% entre as medidas dos membros Quando o teste estiver alterado repetir após 1 hora e quando a alteração é confirmada, um ECOCARDIOGRAMA deve ser feito em até 24h Realizado por pediatra ou profissional da saúde capacitado Exame obrigatório para alta hospitalar TESTE DA ORELHINHA Para todos os RN até o primeiro mês de vida Idealmente entre 24-48h Recomendado que se faça a triagem até no máximo o primeiro mês de vida; se tiver alteração, deve repetir até no máximo o 3° mês de vida para confirmar essa perda auditiva; início da intervenção deve ser entre o 3°-6° mês de vida Teste feito com o sono natural do bebê, colocando-se um fone externo ao seu ouvido. Consiste na emissão de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno É um teste rápido, fácil e não necessita de sedação Resultado FALSO-POSITIVO devido a presença de verniz ou sereção no conduto auditivo Como fazer? Existem dois exames que você pode escolher o Emissões otoacústicas evocadas (EOA): avalia perdas cocleares, sem FR. Fazer em bebês sem fatores de risco. Avalia apenas o sistema auditivo pré-neural (sistema de condução e cóclea) o Potencial auditivo de tronco encefálico (PEATE): retrococleares, com FR. Se o bebê tiver fatores de risco. Avalia perdas retrococleares até o tronco encefálico - fatores de risco: HF surdez ou cosanguinidade, internação em UTI neonatal por mais de 5 dias, intercorrências (VM, icterícia, ATB, asfixia, <1500g), infecção congênita, anomalia craniofacial, sd. Genética Triagem segundo Ministério da Saúde: Todo teste alterado deve ser repetido em menos de 3 meses Nos casos confirmados de DEFICIT AUDITIVO deverão receber tratamento antes de 6 meses Teste realizado pelo serviço de fonoaudiologia, e em caso de alteração, encaminhar para otorrinolaringologista TESTE DA LIGUINHA Consiste em um protocolo padronizado que avalia características do FRÊNULO LINGUAL Realizar diagnóstico precoce de anquiloglossia, porque pode interferir no mamar e falar da criança Em casos de anquiloglossia severa, a FRENECTOMIA é indicada antes mesmo da alta hospitalar A sociedade brasileira de pediatria julga desnecessária a aplicação desse teste como indicativo de frenectomia Laura R. T6 3 BBPM VI TESTE DO OLHINHO - REFLEXO DO OLHO VERMELHO Consiste na pesquisa do reflexo vermelho Deve ser feito em todos os RN De 2-3x por ano nos primeiros 3 anos de vida É feito pelo oftalmoscópio direto ou retinoscópio Pediatra realiza a um braço de distância do bebê (45cm) Avalia a transparência das estruturas oculares A resposta normal ao teste é o achado de um reflexo vermelho brilhante Realizar em ambientes com menos luz Pediatra é responsável pelo teste do olhinho Anormalidades: pontos pretos, assimetria, leucocoria (reflexo branco pupilar) Doenças relacionadas: Catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblatoma, inflamações intraoculares, retinopatia da prematuridade (ROP) estágio 5 e descolamento de retina Oftalmologista investigação: fundo de olho TESTE DO PEZINHO Processo que comumente ocorre nos primeiros dias de vida, quando o RN é submetido à coleta de sangue para testes laboratoriais O objetivo é selecionar, dentro de uma população de RNs aparentemente saudáveis, aqueles que apresentem um risco maior de serem portadores de doenças congênitas O diagnóstico e tratamento precoces devem resultar em melhor prognóstico Exame gratuito e obrigatório 7 Doenças incluídas: 1. Fenilcetonúria: doença congênita genética em que o fígado tem dificuldade no metabolismo do aminoácido provocando quadros de transtornos mentais graves 2. Hipotireoidismo congênito: doença endócrina que causa atrasos mentais com graves alterações neurológicas que podem ser evitadas com o tratamento precoce 3. Doença falciforme: alteração sanguínea que diminui a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue, o qual causa fortes dores, inchaço, infecções, atraso no crescimento e problemas neurológicos 4. Fibrose cística: afeta o sistema digestivo, pulmões e pâncreas com inflamações e infecções recorrentes, além da dificuldade em ganhar peso e altura nas crianças 5. Hiperplasia adrenal congênita: doença genética que limita a produção de hormônios nas glândulas Laura R. T6 4 BBPM VI adrenais, causando desidratação grave e mortalidade infantil 6. Deficiência da biotinidade: doença metabólica que pode ocasionarsurdez, atraso no desenvolvimento, convulsões e ataxias 7. Toxoplasmose congênita: doença infecciosa devido transmissão do parasita de uma mãe infectada, causando prematuridade, hepatoesplenomegalia, convulsão, miocardite Escolha das doenças triadas: o Doença frequente o Sem achados clínicos precoces o Tratamento reduz sintomas o Disponibilidade de testes de triagem o Programa de acompanhamento É colhido por meio de uma pulsão no calcanhar Essa amostra de sangue é colocada em um papel filtro e deixada secar em um ambiente seco e com temperatura ambiente A coleta deve ser feita entre o 3° e 5° dia de vida, pelo menos 48h após o início da amamentação e deve ser feita até o 28°-30° dia de vida Todo RN deve realizar o teste do pezinho, independente de ter nascido saudável ou não Exame garantido pelo SUS (maternidade ou posto de saúde) Situações especiais: a) Prematuros: não se faz punção de calcanhar, mas sim coleta de sangue periférico em 3 amostras. A primeira é feita logo após ao nascimento quando é admitido em UTI neonatal, a segunda entre 48-72h de vida e a terceira é com 28dias ou com alta hospitalar (o que acontecer primeiro). O objetivo é reduzir os falsos positivos e negativos nos prematuros. b) Transfusão de sangue: interfere nos resultados das hemoglobinopatias. Os pacientes devem recoletar novamente o teste do pezinho depois de 120 dias da transfusão FENILCETONÚRIA Dosa fenilalanina (filtro) Se vier alterado, depois o paciente é convocada para dosagem sanguínea de fenilanina HIPOTIREOIDISMO TSH (filtro) TSH e T4 livre sangue DOENÇA FALCIFORME Eletroforese Hb (filtro) praticamente diagnóstico Avaliação dos pais Achados na eletroforese: o HbAA/HbA Hb normal o HbFA Hb normal RH o HBSS/HbS anemia falciforme o HbFS anemia falciforme RN o HBAS traço falciforme o HbFAS traço falciforme RN o HbSC hemoglobinopatia SC o HbSD hemoglobinopatia SD FIBROSE CÍSTICA No papel filtro é dosado a tripsina imunorreativa (IRT) Se vier alterado, deve convocar o paciente para uma recoleta nas primeiras 4 semanas de vida do IRT novamente no papel filtro Se novamente vier alterado é encaminhado para o teste do Cloro no suor HIPERPLASIA ADRENAL A forma mais comum é a deficiência da 21 hidroxilase que leva ao acúmulo da 17hidróxiprogesterona, que é dosada no papel filtro e se alterada deve ser dosada no sangue DEFICIÊNCIA DA BIOTINIDASE Biotina (filtro) Se alterada, é encaminhado para avaliação da atividade biotinidase TOXOPLASMOSE CONGÊNITA IgM T. gondii (filtro) Se vier alterado, deve dosar IgM e IgG em sangue periférico do RN e da mãe Geralmente os pacientes são assintomáticos Laura R. T6 5 BBPM VI Respostas das Questões: 1. D 2. A
Compartilhar