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1 Cálculo II-A Cálculo Integral e Introdução às Equações Diferenciais Roberto Toscano Couto rtoscano@id.uff.br https://rtoscanocouto.wixsite.com/aula Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Niterói, RJ 12 de julho de 2020 Este texto contém exatamente o que se apresenta nas aulas, evitando que o aluno as copie, assim se obtendo mais a sua atenção e economizando tempo, bem como definindo com clareza o que se deve estudar. Para o seu aprendizado, são imprescindíveis as explicações dadas nas aulas, quando, então, se detalham muitas das passagens matemáticas. P A R T E 1. INTE 1.1 Int 1.1.1 D 1.1.2 IN 1.2 Pro 1.3 Teo 1.4 Int 1.4.1 D 1.4.2 R 1.5 Int 1.5.1 A 1.5.2 A 1.5.3 JU 1.5.4 A 1.6 Fór 1.7 Áre 1.7.1 C 1.7.2 Á 1.7.3 O 1.8 Ap 1.8.1 P 2. TÉC 2.1 Int 2.2 Int 2.2.1 O 2.2.2 IN 2.3 Int 2.3.1 IN 2.3.2 IN 2.3.3 IN 2.4 Int 2.4.1 IN 2.4.2 IN 2.4.3 IN E 1 – C Á L EGRAÇÃO egral Defin DEFINIÇÃO NTERPRET opriedades orema Fun egrais Inde DEFINIÇÃO REGRAS BÁ egração po APLICAÇÃ A REGRA D USTIFICAT A REGRA D rmula de L ea de Regiõ CÁLCULO P ÁREA ENTR OPÇÃO DE êndice ....... ROVA DO CNICAS DE egração da egração Po O MÉTODO NTEGRAÇ egração de NTEGRAIS NTEGRAIS NTEGRAIS egração po NTEGRAIS NTEGRAIS NTEGRAIS L C U L O I N O ............... nida ........... O DE RIEM TAÇÃO GE da Integra damental d efinidas ..... O ................ ÁSICAS DA or Mudança O DA REG DA SUBSTI TIVA DA R DA SUBSTI Leibniz da d ões Planas . PELA APL RE DOIS G E CÁLCUL .................. O TEOREMA E INTEGR as Funções or Partes .. O ................. ÕES SUCE e Produtos S DA FORM S DA FORM S DA FORM or Substitui S ENVOLV S ENVOLV S ENVOLV .N T E G R A L .................. .................. MANN ........ EOMÉTRIC al Definida do Cálculo .................. .................. A INTEGR a de Variáv GRA DA SU ITUIÇÃO A REGRA DA ITUIÇÃO E derivada de .................. LICAÇÃO D GRÁFICOS O DA ÁRE .................. A DO VAL RAÇÃO ..... Trigonomé .................. .................. ESSIVAS P de Funções MA sen px∫ MA tan px∫ MA sen ax∫ ição Trigon VENDO VENDO VENDO SUMÁRI ................... ................... ................... ................... CA .............. .................. (TFC) ....... ................... ................... RAÇÃO IND vel Simples UBSTITUIÇ APLICADA A SUBSTIT EM INTEG e integral d ................... DIRETA DE .................. EA POR INT ................... LOR MÉDIO ................... étricas e de ................... ................... OR PARTE s Trigonom cosqx x dx .. secqx x dx O cosx bx dx , nométrica . 2 2a x− , c 2 2x a+ , c 2 2x a− , c IO ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... DEFINIDA s ................. ÇÃO ........... A A INTEG TUIÇÃO ..... GRAIS DA F definida ..... ................... E INTEGRA ................... TEGRAÇÕ ................... O PARA IN ................... e tann x ..... ................... ................... ES .............. métricas ..... ................... OU cot px∫ , sen seax∫ ................... om [x a∈ − om x ∈ om x a≤ − ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... .................. ................... ................... GRAIS DEF ................... FORMA f∫ ................... ................... AIS DEFIN ................... ÕES EM x ................... NTEGRAIS ................... ................... ................... ................... ................... ................... ................... cscq x dx .... enbx dx E ................... , ]a a . ......... . ................ a ou x a≥ .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. FINIDAS ... .................. ( )( )f g x k g .................. .................. NIDAS ....... .................. OU y ........ .................. S ................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. cos coax∫ .................. .................. .................. (i.e., x ≥ 2 página ................ 5 ................ 6 ................ 6 ................ 6 ................ 7 ................ 8 ................ 9 .............. 11 .............. 11 .............. 11 .............. 13 .............. 13 .............. 13 .............. 14 ( )g x dx′ . 14 .............. 15 .............. 17 .............. 17 .............. 18 .............. 19 .............. 20 .............. 20 .............. 21 .............. 21 .............. 21 .............. 21 .............. 22 .............. 23 .............. 23 .............. 25 osbx dx .. 26 .............. 26 .............. 27 .............. 28 a ) . ....... 30 2 a 6 6 6 7 9 4 4 7 7 8 9 0 0 2 6 6 7 8 0 2.5 Int 2.5.1 D 2.5.2 D 2.5.3 D 2.6 Int 2.7 Sub 2.7.1 R 2.7.2 T 3. ALG INTEG 3.1 Alg 3.1.1 O 3.1.2 V 3.1.3 C 3.2 Ext 3.2.1 IN 3.2.2 IN 3.2.3 C IMPRÓ 4. PRO 4.1 Enu 4.2 Res P A R T E 5. CON 6. SOL 6.1 SEP 6.2 HO 6.3 EX 6.4 LIN 6.5 RED 6.6 RED 6.7 RED 6.8 RED 6.8.1 E 6.8.2 E 6.9 EQ 6.10 EQ egração de DENOMINA DENOMINA DENOMINA egral de (a bstituições RAÍZES N-É TANGENTE GUMAS AP GRAL ......... gumas Apli O RACIOCÍ VOLUME D COMPRIME tensões do NTEGRAIS NTEGRAIS CRITÉRIOS ÓPRIAS ...... OBLEMAS unciados ... spostas ...... E 2 – E Q U NCEITOS F LUÇÃO DE PARÁVEL OMOGÊNEA XATA ......... NEAR ........ DUTÍVEL DUTÍVEL DUTÍVEL DUTÍVEL Equação de B Equação de R UAÇÃO D QUAÇÃO D e Funções R ADOR COM ADOR COM ADOR COM 2 Ax + B ax + bx + c Diversas ... ÉSIMAS .... E DO ARCO PLICAÇÕE .................. icações da I ÍNIO POR I DE SÓLIDO ENTO DE A Conceito d S IMPRÓPR S IMPRÓPR S DE VERIF .................. S PROPOST .................. .................. U A Ç Õ E S FUNDAME E EDOs DE .................. A ............... .................. .................. À SEPARÁ À HOMOG À EXATA À LINEAR Bernoulli ... Riccati ....... DE CLAIRA DE LAGRA Racionais p M FATORE M FATORE M FATORE γ)c ............. .................. .................. O-METADE ES DA INT .................. Integral ..... INFINITÉS O DE REVO ARCO ........ de Integral . RIAS COM RIAS COM FICAÇÃO D .................. TOS .......... .................. .................. D I F E R E N ENTAIS ... E PRIMEIR .................. .................. .................. .................. ÁVEL ........ GÊNEA ...... MEDIANT R ................. .................. .................. AUT ............ ANGE ........ por Frações ES LINEAR ES LINEAR ES QUADR ................... ................... ................... E ................ TEGRAL ................... ................... SIMOS ........ OLUÇÃO ... ................... ................... M INTERVA M INTEGRA DA CONV ................... ................... ................... ................... ......N C I A I S ................... RA ORDEM ................... ................... ................... ................... ................... ................... TE FATOR ................... ................... ................... ................... ................... s Parciais ... RESDISTIN RES REPET RÁTICOS IR ................... ................... ................... ................... E EXTEN ................... ................... ................... ................... ................... ................... ALOS DE IN ANDOS ILI VERGÊNCIA ................... ................... ................... ................... ................... ................... M ESPECI ................... ................... ................... ................... ................... ................... R INTEGRA ................... ................... ................... ................... ................... ................... NTOS ......... TIDOS ........ RREDUTÍV ................... ................... ................... ................... NSÕES DO ................... ................... ................... ................... ................... ................... NTEGRAÇ MITADOS A DE INTE ................... ................... ................... ................... ................... ................... IAIS ........... ................... ................... ................... ................... ................... ................... ANTE .......... ................... ................... ................... ................... ................... .................. .................. .................. VEIS.......... .................. .................. .................. .................. CONCEIT .................. .................. .................. .................. .................. .................. ÇÃO ILIMIT S ................. EGRAIS .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. .................. 3 .............. 33 .............. 33 .............. 35 .............. 36 .............. 40 .............. 42 .............. 42 .............. 43 TO DE .............. 45 .............. 45 .............. 45 .............. 45 .............. 49 .............. 51 TADOS . 51 .............. 52 .............. 56 .............. 60 .............. 60 .............. 61 .............. 62 .............. 63 .............. 65 .............. 66 .............. 66 .............. 66 .............. 67 .............. 68 .............. 69 .............. 70 .............. 72 .............. 72 .............. 72 .............. 74 .............. 75 3 6 0 2 2 9 2 6 0 0 2 6 6 6 7 9 0 2 2 2 4 4 7. EDO LINEAR DE ORDEM N .............................................................................................. 77 7.1 CONCEITOS PRELIMINARES ........................................................................................... 78 7.1.1 Dependência linear .............................................................................................................. 78 7.1.2 Wronskiano ......................................................................................................................... 78 7.2 SOLUÇÃO GERAL DE UMA EDO LINEAR HOMOGÊNEA .......................................... 80 7.3 EDO LINEAR DE ORDEM N HOMOGÊNEA DE COEFICIENTES CONSTANTES .... 81 7.3.1 Raízes distintas .................................................................................................................... 81 7.3.2 Raízes repetidas ................................................................................................................... 82 7.3.3 Raízes imaginárias ............................................................................................................... 82 7.3.4 Raízes imaginárias repetidas ............................................................................................... 82 7.4 EQUAÇÃO DE EULER-CAUCHY ...................................................................................... 83 7.5 SOLUÇÃO GERAL DE UMA EDO LINEAR NÃO-HOMOGÊNEA ................................ 84 7.6 SOLUÇÃO PARTICULAR PELO MÉTODO DAS FAMÍLIAS ......................................... 85 7.7 SOLUÇÃO PARTICULAR PELO MÉTODO DA VARIAÇÃO DAS CONSTANTES ..... 88 7.8 REDUÇÃO DE ORDEM ....................................................................................................... 93 8. APLICAÇÕES ........................................................................................................................ 98 8.1 CRESCIMENTO POPULACIONAL E DECAIMENTO RADIOATIVO ........................... 98 8.2 CURVAS ORTOGONAIS ..................................................................................................... 99 8.3 PROBLEMAS DIVERSOS ................................................................................................. 100 9. PROBLEMAS PROPOSTOS .............................................................................................. 103 9.1 ENUNCIADOS .................................................................................................................... 103 9.2 RESPOSTAS ........................................................................................................................ 107 APÊNDICE ................................................................................................................................ 110 A.1 PROVA DO TEOREMA 7.3 .............................................................................................. 110 A.2 PROVA DO TEOREMA 7.4 .............................................................................................. 110 A.3 PROVA DO TEOREMA 7.5 .............................................................................................. 111 A.4 PROVA DA EQUAÇÃO [7.3(c)] ....................................................................................... 111 A.5 PROVA DA EQUAÇÃO [7.3(d)] ....................................................................................... 112 P A RR T E 11 – C Á L C UU L O II N T E E G R A L 5 L 5 6 1. INTEGRAÇÃO 1.1 Integral Definida 1.1.1 DEFINIÇÃO DE RIEMANN Define-se a integral definida de uma função real de variável real ( )f x no intervalo [ , ]a b , denotada por ( ) b a f x dx∫ , como sendo o seguinte limite, caso exista (quando, então, diz-se que f é integrável em [ , ]a b segundo Riemann), máx 0 1 soma de Riemann ( ) lim ( ) i b N i ixa iN f x dx f c x Δ → =→∞ ≡ Δ∑∫ , onde, como mostra a figura abaixo(∗), 1i i ix x x −Δ ≡ − ( 1, 2 )i n= são as larguras dos N subin- tervalos em que se subdivide o intervalo de integração [ , ]a b , e ic é um ponto qualquer do subintervalo 1[ , ]i ix x− : (∗) Na figura, o conjunto de pontos { }0 1, , , NP x x x= , onde 0 1 Na x x x b= < < < = , usado para dividir [ , ]a b em N subintervalos define uma partição de [ , ]a b . A soma de Riemann (o somatório na equação acima) é dita referir-se à partição P e aos nú- meros ic empregados. Pois bem, dizemos que o limite apresentado acima definindo ( ) b a f x dx∫ existe se for finito, único e independer da partição empregada e da escolha dos ic . N o t a s : i) O extremo b do intervalo de integração pode ser menor do que o extremo a: ii) No limite, não mais indicaremos a condição N → ∞ , o que obviamente acontece quando todas as larguras dos subintervalos tendem a zero, expressa pela condição máx Δ 0ix → . iii) Demonstra-se que, se, em [a,b], a função ( )f x é contínua ou limitada com um número finito de descontinuidades, então ela é integrável neste intervalo. • ic1 1 0x x xΔ = − 1N N Nx x x −Δ = −1i i ix x x −Δ = − 1x 1ix − ix 1Nx − | | 0 a x | | N b x x 1 1 0 0x x xΔ = − <1 0i i ix x x −Δ = − < 1xix 1ix −1Nx − | | 0 a x | | N b x x ( 0ixΔ < neste caso) 7 1.1.2 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA Na figura ao lado, | ( ) |i if c xΔ é a área do i-ésimo retângulo, que se encontra hachurado [de base | |ixΔ e altura | ( )|if c ], devendo-se observar que ( )i if c xΔ pode ser positivo ou negativo, conforme os sinais de ( )if c e ixΔ . Se b a> , como nas figuras, então ixΔ é positivo e, portanto, ( )i if c xΔ tem o mesmo sinal de ( )if c . Logo, quando N → ∞ (número de subdivisões tende a infinito), 0ixΔ → , e a soma de Riemann tende à soma das áreas acima do eixo x menos a soma das áreas abaixo do eixo x, entendendo-se por “área” aquela compre- endida entre o gráf ( )f e o eixo x. Assim, no caso do gráfico mostrado na figura à direita, temos que 1 2 3 4 5( ) b a f x dx A A A A A= − + − + −∫ . É fácil ver que ( ) ( ) b a a b f x dx f x dx= −∫ ∫ , pois os ixΔ ’s da soma de Riemann para essas integrais têm sinais contrários, e também que ( ) 0 a a f x dx =∫ , pois, agora, ixΔ = 0. Exemplo de cálculo da integral definida pela soma de Riemann: Calculemos 1 2 0 x dx∫ dividindo o intervalo de integração [0,1] em N partes iguais; nesse caso, os pontos limítrofes dos subintervalos são 1 1/x N= , , /ix i N= , , tendo todos a mes- ma largura 1/ix NΔ = . Logo, se em cada subintervalo 1[ , ]i ix x− tomarmos /i ic x i N= = , obte- mos ( ) ( ) 3 2 1 2 0 ( ) 1 área do -ésimo retângulo 2 2 1 1 2 3 1 3 2 6 2 lim ( ) 1 1lim lim 1lim 1 1 1 1lim . 3 2 36 N i iNf x i i N N iN Ni i N N i N N N N x dx f c x ic N N N i N N N →∞ = →∞ →∞= = →∞ = + + →∞ = Δ = = ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ = + + = ∑ ∑ ∑ ∑ ∫ a b1c ic x ixΔ 1( )f c ( )if c y i-ésimo retângulo gráfico de ( )f x 1xΔ Soma de Riemann com N = 10 subdivisões a • x y 2A 1A 3A 4A 5A b • gráfico de ( )f x área hachurada = ( ) b a f x dx∫ 1 1 Nx • = 22 Nx • = 1ix − • i i Nx • =0 • 1 • 1xΔ 2xΔ i i NxΔ = x y 2y x= ( ) 22 22( ) i ii i N Nf x x= = = 1 i-ésimo retângulo 2 2 i N 8 0 ( ) 2 2 ( ) c c c f x dx A f x dx − = =∫ ∫ ( )y f x= c c− A A x y ( ) 0 c c f x dx A A − = − + =∫ ( )y f x= c c− A x y A 1.2 Propriedades da Integral Definida i) Integral de uma função constante ( )f x k= : ( ) b a k dx k b a= −∫ ii) Homogeneidade: ( ) ( ) b b a a k f x dx k f x dx=∫ ∫ iii) Aditividade do integrando: [ ( ) ( )] ( ) ( ) b b b a a a f x g x dx f x dx g x dx+ = +∫ ∫ ∫ iv) Linearidade: [ ( ) ( )] ( ) ( ) b b b a a a A f x B g x dx A f x dx B g x dx+ = +∫ ∫ ∫ v) Positividade: ( ) 0 [ , ] ( ) 0 b a f x x a b f x dx≥ ∀ ∈ ⇒ ≥∫ vi) Comparabilidade: ( ) ( ) [ , ] ( ) ( ) b b a a f x g x x a b f x dx g x dx≤ ∀ ∈ ⇒ ≤∫ ∫ vii) Prop. do valor absoluto: ( ) ( ) ( ) b b a a f x dx f x dx a b≤ <∫ ∫ viii) Aditividade do intervalo de integração: ( ) ( ) ( ) b c b a a c f x dx f x dx f x dx= +∫ ∫ ∫ ix) Teorema do Valor Médio (TVM) p/ integrais: Se a função f é contínua em [ , ]a b , então existe c nesse intervalo tal que ( ) ( ) ( ) b a f x dx f c b a= −∫ . x) Integral de função par ou ímpar no intervalo [ , ]c c− (simétrico em relação à origem): • Se a função f for par: 0 ( ) 2 ( ) c c c f x dx f x dx − =∫ ∫ • Se a função f for ímpar: ( ) 0 c c f x dx − =∫ Essas propriedades são geometricamente óbvias. O TVM é provado no Apêndice (seç. 1.8). a c b x ( )f x a c b x ( )f xy ( )f c área hachurada = = ( ) b a f x dx∫ = área do retângulo = ( ) ( )f c b a− retângulo 9 1.3 Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) Até o momento, os conceitos de derivada e integral definida de uma função não apresentam qualquer relação entre si. Parecem independentes, nada tendo a ver um com o outro, um sendo interpretado como o coeficiente angular da reta tangente e o outro, como a área entre o eixo x e o gráfico da função. O teorema seguinte – o tão chamado Teorema Fundamental do Cálculo – estabelece uma profunda relação entre diferenciação e integração, além de fornecer um meio de calcular a integral definida sem usar a soma de Riemann. Antes de prosseguir, convém fazer umas observações e definições preliminares, começando por relembrar alguns conceitos já estu- dados em Cálculo 1: Uma função ( )f x é dita contínua em [ , ]a b se for contínua em ( , )a b e se for lateralmente contínua nos extremos desse intervalo, isto é, • 0 0lim ( ) ( )x x f x f x → = 0 ( , )x a b∀ ∈ , • lim ( ) ( ) x a f x f a +→ = e lim ( ) ( ) x b f x f b −→ = . Teorema do valor médio (TVM): Se f for contínua em [a,b] e derivável em (a,b) então existirá pelo menos um real c em (a,b) tal que ( ) ( ) ( ) ( )f b f a f c b a′− = − . Reveja a prova deste teorema num livro de Cálculo 1. Teorema da derivada nula: Uma função f contínua em [ , ]a b que tem derivada nula em ( , )a b é constante naquele inter- valo fechado. ▪ Prova: Para qualquer ( , ]x a b∈ , temos, pelo TVM, que existe ( , )c a x∈ tal que 0 ( ) ( ) ( ) ( ) 0 ( ) ( )f x f a f c x a f x f a′− = − = ⇒ = . CQD. Definição de primitiva ou antiderivada: Uma função F é chamada de primitiva ou antiderivada de uma função f num intervalo aber- to se F f′ = nesse intervalo. Por exemplo, sen x é uma primitiva de cos x em qualquer interva- lo aberto, pois (sen ) cosx x′ = x∀ ∈ . Dizemos "uma" primitiva, em vez de "a" primitiva, por- que, se F é uma primitiva de f, isto é, se F f′ = , então F c+ , para qualquer constante c, tam- bém é, pois ( )F c F f′ ′+ = = . Observe também que uma primitiva, sendo derivável, é necessariamente uma função contí- nua no intervalo aberto ( , )a b considerado, mas não em [ , ]a b , pois nada garante que sua conti- nuidade se estenda lateralmente aos extremos desse intervalo (pela direita de a e pela esquerda de b, no caso de um intervalo finito). Entretanto, no que segue, toda primitiva F considerada tem sua continuidade estendida aos extremos do intervalo ( , )a b aberto onde F f′ = , isto é, ela é contínua em [ , ]a b . Teorema sobre as primitivas: Duas primitivas F e G de uma função f em ( , )a b que são contínuas em [ , ]a b podem diferir apenas por uma constante neste intervalo fechado. ▪ Prova: Como F G− é contínua em [ , ]a b e ( ) 0F G F G f f′ ′ ′− = − = − = em ( , )a b então, pelo teorema da derivada nula, F G− é constante em [ , ]a b . CQD. 10 TFC-I (primeira parte): Se f é uma função contínua em [ , ]a b , então a função definida por ( ) ( ) x a g x f t dt≡ ∫ , além de ser contínua neste intervalo, é uma primitiva de f em ( , )a b , isto é, ( ) ( ) ( ) x a dg x f t dt f x dx ′ = =∫ ( , )x a b∀ ∈ . Além disso, ( ) ( )g a f a+′ = e ( ) ( )g b f b−′ = . ▪ Prova: Para ( , )x a b∈ , temos que 0 0 (1) (2) 0 0 algum em [ , ] ( ) ( )( ) ( )( ) lim lim ( ) ( )lim lim ( ) , x h x a a h h x h x h h x x x h f t dt f t dtg x h g xg x h h f t dt f x h f x h h ∗ + → → + ∗ → → + −+ −′ = = = = = ∫ ∫ ∫ donde também se conclui que, sendo diferenciável em ( , )a b , g é contínua neste intervalo. Similarmente provamos que ( ) ( )g a f a+′ = e ( ) ( )g b f b−′ = , bastando considerar limites laterais acima. Da existência dessas derivadas laterais decorre a continuidade lateral de g em x a= e x b= . CQD. A passagem acima denotada por (1) é explicada pela propriedade de aditividade do intervalo de integração: ( ) ( ) ( ) x h x x h a a x f t dt f t dt f t dt + + = +∫ ∫ ∫ . Já a denotada por (2), pelo TVM p/ inte- grais de funções contínuas: ( ) ( ) para algum [ , ] x h x f t dt f x h x x x h + ∗ ∗= ∈ +∫ . TFC-II (segunda parte): Se f e F são funções contínuas em [ , ]a b , sendo F uma primitiva de f em ( , )a b , então ( ) ( ) ( ) b a f x dx F b F a= −∫ . ▪ Prova:Tal qual ( )F x , a função ( ) x a f t dt∫ , segundo o TFC-I, também é uma primitiva de f em ( , )a b que é contínua em [ , ]a b , valendo, portanto, de acordo com o teorema sobre as primitivas, a seguinte equação, para alguma constante c: ( ) ( ) x a F x f t dt c− =∫ , com [ , ]x a b∈ . A substituição x a= nessa equação fornece 0 ( ) ( ) ( ) a a F a f t dt c c F a− = ⇒ =∫ . Usando esse resultado naquela mesma equação, agora com x b= , concluímos a demonstração: ( ) ( ) ( ) b a f t dt F b F a= −∫ . CQD. área ( ) ( ) x a g x f t dt= =∫ ( )y f x= y 0 a x b 11 A principal vantagem do TFC-II é permitir o cálculo de uma integral definida de uma fun- ção f que tenha uma primitiva conhecida por meio de uma simples diferença, que é corriqueira- mente assim denotada: [ ]( ) ( ) ( ) ou ( ) bba aF b F a F x F x− ≡ ; por exemplo, 13 3 3 1 1 3 2 2 [ (1) 2(1) 2] [ ( 1) 2( 1) 2] 2x x − ⎡ ⎤− + = − + − − − − + = −⎣ ⎦ . Como ilustração do cálculo de integral definida usando o TFC-II, note que 3 / 3x x+ é uma primitiva de 2 1x + [ i.e., 3 2( / 3 ) 1x x x′+ = + ], ambas as funções satisfazendo as condições desse teorema; logo, 1 12 3 00 ( 1) / 3 1 / 3 1 0 4 / 3x dx x x⎡ ⎤+ = + = + − =⎣ ⎦∫ . 1.4 Integrais Indefinidas Pelo exposto, é evidente que o cálculo de primitivas de funções é importante. As diversas técnicas disponíveis para obtê-las serão estudadas no capítulo 2. Abaixo apresentamos tão so- mente as regras básicas desse cálculo e a técnica baseada na mudança de variáveis. Sobre elas, convém enfatizar que, se acharmos uma primitiva g de uma função f, teremos automaticamente uma infinidade delas, a saber, todas as funções da forma g c+ . Por exemplo, sendo 2( / 2)x x′ = , temos que todas as primitivas da função ( )f x x= são dadas por 2( ) / 2g x x c= + . Também, se ( )g x é uma função tal que ( ) 0g x′ = então ( )g x c= ( primitiva da função nula). 1.4.1 DEFINIÇÃO (A partir de agora, a não ser que se indique o contrário, c denotará uma constante arbitrária.) O TFC diz que se ( )g x é uma primitiva de ( )f x [i.e., ( ) ( )g x f x′ = ] então constante arbitrária ( ) ( ) ( ) ( ) x a c f t dt g x g a g x c= − = +∫ é a primitiva mais genérica de ( )f x , mostrando que a integral definida de ( )f x num intervalo [a, x], de limite superior variável ou indefinido, fornece a antiderivada mais genérica de ( )f x . Isto sugere definirmos a integral inde- finida de f, denotada por ( )f x dx∫ , como segue: ( ) ( )f x dx g x c≡ +∫ , onde ( ) ( )g x f x′ = . O processo para calcular ( )f x dx∫ , isto é, para achar a primitiva ( )g x c+ mais genérica de ( )f x , é chamado de integração indefinida. Por exemplo, a integral indefinida de ( )f x x= é 2( ) / 2f x dx x dx x c= = +∫ ∫ . 1.4.2 REGRAS BÁSICAS DA INTEGRAÇÃO INDEFINIDA i) ( )( ) ( )f x dx f x′ =∫ (derivada da integral de f é f ) ii) ( ) ( )f x dx f x c′ = +∫ (integral da derivada de f é f c+ ) 12 iii) ( ) ( )f x dx f x dxα α=∫ ∫ iv) [ ( ) ( )] ( ) ( )f x g x dx f x dx g x dx+ = +∫ ∫ ∫ (regra da adição) v) [ ( ) ( )] ( ) ( )f x g x dx f x dx g x dxα β α β+ = +∫ ∫ ∫ (regra da linearidade) As várias fórmulas de diferenciação fornecem, se “lidas de trás para a frente”, várias fórmu- las de integração indefinida; por exemplo: vi) dx x c= +∫ vii) 1 ( ) se 1 1 ln se 1 x c x dx x c α α α α α + ∗ ⎧ + ≠ −⎪ += ⎨ ⎪ + = −⎩ ∫ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Nota: Se 0 : ln | | ln 1/ Se 0 : ln | | ln ( ) [1 /( )]( 1) 1/ 1ln | | 1 / ln | | x x x x x x x x x x x dx x c x ∗ ′ ′> = = ′ ′< = − = − − = ′ = ⇒ = +∴ ∫ Exemplos: Calcule as seguintes integrais: ( ) [ ] 1/2 1 1 (1/2) 1 1 2 3 2 3/2 1 2 3 1) (5 7) 5 7 5 7 5 7 1 1 (1/ 2) 1 5 2 7 (5 7 ) 2 3 x x dx x dx x dx dx x dx x dx dx x xc c x c x x x c c c c + + + − = + + − = + − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= + + + − +⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦+ +⎣ ⎦ = + − + + − ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ( ) 4 2 3 2 2 1 2 3 52) 3 5 3 5 3 x x xdx x x dx x x c x − −+ + = + + = + − +∫ ∫ 2 4 / 3 2 8/ 3 4 / 3 11/ 3 7 / 33 3 63) ( 1) ( 1) ( 2 1) 11 7 y y dy y dy y y dy y y y c+ = + = + + = + + +∫ ∫ ∫ 41/2 3/24 4 1/2 1/2 1 1 1 1 84) ( ) 1 / 2 3 / 2 3 x x xdx x x dx x − ⎡ ⎤− = − = − = = −⎢ ⎥ ⎣ ⎦∫ ∫ ( ) 2 1 2 1 2 0 0 1 0 1 1 22 2 2 2 0 1 5) 1 1 1 (1 ) ( 1) 1 2 11 0 2 1 1 2 2 2 2 2 x dx x dx x dx x dx x dx x xx x − = − + − = − + − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎡ ⎤= − + − = − − + − − − =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 3 1 2 3 2 2 2 2 0 0 1 2 1 2 33 2 3 2 3 2 0 1 2 6) 3 2 ( 3 2) ( 3 2) ( 3 2) 3 3 32 2 2 3 2 3 2 3 2 x x dx x x dx x x dx x x dx x x x x x xx x x − + = − + + − + − + − + ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ = − + + − + − + − + =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ 13 1.5 Integração por Mudança de Variável Simples 1.5.1 APLICAÇÃO DA REGRA DA SUBSTITUIÇÃO Explicaremos a integração por mudança de variável (ou por substituição) através dos se- guintes exemplos (a sua justificativa é fornecida na seção 1.5.3 abaixo): 1) 100 101 2 101 2 100 2 100 100 / 2 1 1 ( 5)( 5) ( 5) 2 2 101 202 duu u xx x dx x x dx u du c c++ = + = = + = +∫ ∫ ∫ , onde 2 5 2 / 2u x du x dx x dx du≡ + ⇒ = ⇒ = 2) 1/ 2 3 / 2 3/ 21 1 27 2 (7 2) 7 7 3 / 2 21 u ux dx u du c x c+ = = + = + +∫ ∫ , onde 7 2 7 / 7u x du dx dx du≡ + ⇒ = ⇒ = 3) 2 4 5 3 4 3 5 1 1 1 ( 4) 3 3 4 12( 4) x udx u du c x c x − − −= = + = − + + −+∫ ∫ , onde 3 2 24 3 / 3u x du x dx x dx du≡ + ⇒ = ⇒ = ( ) ( ) ( ) 2 2 2 1/ 2 3/ 2 5 / 2 7 / 2 1/ 2 3/ 2 5/ 2 3/ 2 5/ 2 7 / 2 3 14) 3 2 (9 6 ) 2 2 8 9 61 1(9 6 ) 8 8 3 / 2 5 / 2 7 / 2 3 3 1(3 2 ) (3 2 ) (3 2 ) 4 10 28 u dux x dx u u u u du u u uu u u du x x x c − − − − = = − + − − = − + = − + = − − + − − − + ∫ ∫ ∫ ∫ onde 3 2 (3 ) / 2 e 2 ( / 2)u x x u du dx dx du≡ − ⇒ = − = − ⇒ = − 1/ 23/ 2 1/ 2 1/ 2 3/ 2 1/ 2( 5) 5 25) ( 5 ) ( 5) 10( 5) 3/ 2 1/ 2 35 t dt u du uuu u du c t t c t u −−= = − = − + = + − + + +∫ ∫ ∫ onde se fez 5 e 5u t dt du t u≡ + ⇒ = = − Se fizermos 2 2 / 2 5 / 2 2 5 5 5 du dt t dt u dt u du u t u t t u ⎧ = + = ⇒ =⎪≡ + ⇒ ⎨ = + ⇒ = −⎪⎩ obtemos o mesmo resultado: 2 5 5 t dt u ut − = +∫ (2u ( ) 3 32) 2 5 ( 5) 10 5 3 3 udu u c t t c= − + = + − + +∫ 1.5.2 A REGRA DA SUBSTITUIÇÃO APLICADA A INTEGRAIS DEFINIDAS 1) ( ) ( ) 11 2 3/2 3/22 3/2 0 0 1 1 1919 5 4 9 8 27(9 5 ) 15 15 1515 x x dx x⎡ ⎤− = = − − = − − =− −⎢ ⎥⎣ ⎦∫ , ou ( ) 43/ 21 4 2 3/ 2 3/ 2 0 9 8279 1 1 1 199 5 9 4 10 10 3 / 2 15 15 ux x dx u du− −− = = = − =∫ ∫ onde 29 5 10 /10u x du x dx x dx du≡ − ⇒ = − ⇒ = − . 14 Os limites de integração mudaram segundo a tabela: 0 1 9 4 x u 2) ( ) 102 12 10 10 2 3 2 2 1 3 3 3 / 3 1 1 1 1 7 3 3 3 10 3 90( 2) t dt du uu du t u − − −= = = = − = −+∫ ∫ ∫ onde se fez 3 2 22 3 /3u t du t dt t dt du≡ + ⇒ = ⇒ = e os limites mudaram assim: 1 2 3 10 t u 1.5.3 JUSTIFICATIVA DA REGRA DA SUBSTITUIÇÃO Se f é uma função contínua em [ , ]μ ν , então, em ( , )μ ν , f tem uma primitiva F que, se [ , ] [ , ]α β μ ν⊂ , possibilita escrever ( ) ( ) ( )f u du F F β α β α= −∫ . Agora considere uma função : [ , ] [ , ]g a b μ ν→ tal que ( )g a α= e ( )g b β= ; g ′ é contínua ( )∗ em [ , ]a b . Então, usando a regra da cadeia (tendo em conta que f F ′= ) e o TFC-II, podemos escrever ( ) ( ){ } ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ) bb b a a a f g x g x dx F g x dx F g x F g b F g a F Fβ α⎡ ⎤′′ = = = − = − (⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ . Portanto, comparando os membros esquerdos das duas equações acima, obtemos ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) b u g x a f g x g x dx f u du β α = ′ =∫ ∫ , que é a regra de mudança da variável de integração x para a nova variável de integração u defini- da por ( )u g x= , por meio da qual a integral toma uma nova forma fácil de lembrar, pois resulta da substituição formal baseada na definição '( )g x dx du= da diferencial da função ( )u g x= . Éexatamente essa regra que é usada nos exemplos da seç. 1.5.2. Desconsiderando os limites de integração na fórmula acima, temos a regra de mudança de variáveis para integrais indefinidas. __________ ( )∗ A continuidade de g′ nos extremos de [ , ]a b é lateral: lim ( ) ( ) x a g x g a + +→ ′ ′= e lim ( ) ( ) x b g x g b − −→ ′ ′= . 1.5.4 A REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EM INTEGRAIS DA FORMA ( )( ) ( )f g x k g x dx′∫ Em integrais como essa (em que k = const.), se a função f tem uma primitiva F conhecida, então basta fazer a substituição ( )u g x= , donde ( )du g x dx′= , e a integral indefinida torna-se fácil de calcular: a b μ ν α β ( )u g x= x u 15 ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) u du f g x k g x dx k f u du kF u c kF g x c′ = = + = +∫ ∫ . Exemplos: 1) 2 2 3/ 23/ 25 3 2 10 (5 3)15 3 10 3/ 2 10 3/ 2 u x du x dx xdu ux x dx u c c = − = − − = = + = +∫ ∫ 2) 6 6 6 3 1 1 3 3 3 x u x u u x dxdu x e dudx e e c e c x = = = = + = +∫ ∫ 3) 2 2 sen (3 1) 5 2 2 (6 1)cos(3 1) (6 1)sen (3 1)cos(3 1) u x x du x x x dx x x x x x dx = − + = − − + − − + − + =∫ 6 5 6 21 sen (3 1) 6 6 uu du c x x c= = + = − + +∫ 4) 88sec5 8 7 7 5sec5 tan 5 / 5 sec 5sec 5 tan 5 sec 5 sec5 tan 5 5 40 40 u x du x x dx du xdu ux x dx x x x dx u c c = = = = = + = +∫ ∫ ∫ 5) 2 2 4 2 2 22 2 2 arctan arctan 1 1 ( ) 1 u x du x dx x x dudx dx u c x c x x u = = = = = + = + + + +∫ ∫ ∫ 6) ( )( ) 1 ln ( ) ( ) u x dx duu x dx du u x c u x u ′ =′ = = +∫ ∫ Usando essa fórmula, é imediato o cálculo da integral de uma fração cujo numerador é a derivada do denominador, como nesse próximo exemplo: 7) 22 2 cos 1 2(cos ) 1 1ln ln 2sen 3 2 2 22sen 3 2sen 3 u u x x x xdx dx u c x x c x x x x ′ − − = = + = − + + − + − +∫ ∫ 8) ln(3 1) 3 3 1 sen ln(3 1) 1 1 1sen cos cos ln(3 1) 3 1 3 3 3 u x dxdu x x dx u du u c x c x = + = + + = = − + = − + + +∫ ∫ 9) sec 2 2sec tan sec tan arctan arctan sec 1 sec 1 u x du x x dx x x dudx u c x c x u = = = = + = + + +∫ ∫ 1.6 Fórmula de Leibniz da derivada de integral definida Considere uma função f contínua e funções a e b diferenciáveis. Denotando por F uma pri- mitiva de f, obtemos, usando o TFC-II e, em seguida, a regra da cadeia, a seguinte fórmula: ( ) ( ) ( ) b x a x d f t dt dx ∫ = { }[ ( )] [ ( )] [ ( )] ( ) [ ( )] ( )f f d F b x F a x F b x b x F a x a x dx ′ ′ ′ ′− = − [ ( )] ( ) [ ( )] ( )f b x b x f a x a x′ ′= − , 16 que é um caso particular da chamada fórmula de Leibniz da derivada de integral definida, dada (sem demonstração) abaixo: [ ] [ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( , ) ( , ) , ( ) ( ) , ( ) ( ) b x b x a x a x d ff x t dt x t dt f x b x b x f x a x a x dx x ∂ ′ ′= + − ∂∫ ∫ . Nesta, em contraste com a fórmula anterior, a função f no integrando depende de duas variáveis: t (a variável de integração) e x (a variável da função resultante, em relação à qual a derivada é calculada). Exemplos de aplicação (da primeira fórmula acima, menos genérica): 1) 4 4 4 43 43 1 5 5 5 x xdt dy d dty dx dxt t x− − = ⇒ = = + + +∫ ∫ ■ 2) 0 v v x dyy d x dx = ⇒ =∫ ■ 3) 2 25 2 25 3 (5 7) (5 7) 2 xd t dt x x dx + = + ⋅∫ ■ 4) 2 2 3 32 23 1 1 0 1 1 2 2 x d u du x x x x dx + − = − + − = −∫ ■ 5) 2 3 3 2 3 9 21 ( ) 1 (1 2 ) 1 (3 ) x x x d t dt x x x x x dx − + = − + − − +∫ ■ 2 2 2 2 2' 3 3 20 0 0 1 2 2 2 2 20 0 0 sen sen [sen ](1) [sen( ) ]( 1)6) lim lim lim ( ) / 3 sen sen 2sen 2 sen 2lim lim lim 3 33 3 x x l Hx x x x x x x x dt dt t dt dx x x x d x dx x x x x x x θ θ θ θ − − → → → = → → → − − − = = + = = = = ∫ ∫ ■ 17 x21 −1 −1 1 8 y 3( )y f x x= = 1.7 Área de Regiões Planas 1.7.1 CÁLCULO PELA APLICAÇÃO DIRETA DE INTEGRAIS DEFINIDAS Considere a área hachurada na figura ao lado; trata-se da área da região limitada pelo intervalo [ , ]a b do eixo x e o gráfico da função ( )f x . Essa área não é dada pela integral 1 2 3( ) b a f x dx A A A= − + −∫ , mas por ( ) b a f x dx∫ , isto é, 1 2 3 ( ) ( ) ( ) p q b a p q A A A f x dx f x dx f x dx⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤− + + −⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦∫ ∫ ∫ . Exemplos: 1) Calcule a área A desde o eixo x até o gráfico da função 3( )f x x= no intervalo de 1x = − a 2x = . 0 2 3 3 1 0 0 24 4 1 0 1 16 17 u.a. 4 4 4 4 4 A x dx x dx x x − − = − + = − + = + = ∫ ∫ 2) Idem, de 2x = − a 5x = , para a função 3 2 2 ( / 4) ( 0) ( ) 2 (0 3) 16 4 (3 ) x x f x x x x x x ⎧ + < ⎪⎪= − − ≤ <⎨ ⎪ − ≤⎪⎩ ( )30 2 2 2 0 3 4 2 2 3 5 4 2 ( 2) 4 ( 2) (16 4 ) 73(16 4 ) u.a. 6 xA dx x x dx x x dx x dx x dx − = + − − − + − − + − − − = ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 3) Idem, de 0x = a 2x = , com ( ) sen (5 /4)f x xπ= . 52 2 2 2 00 0 0 5 4 4 4 4|sen | sen 5 sen cos u.a. 4 5 5 xA dx t dt t dt t π π π π π π π π ⎡ ⎤= = = ⋅ = − =⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ ∫ 54 3 0 2 −1 −2 2 4 y −4 3 2 4 xy = + 2 2y x x= − − 16 4y x= − x x a b p q 1A 2A 3A y ( )f x 5 /2 0 |sen |t dt π ∫ 2 π t 5 2 π sen t 18 1.7.2 ÁREA ENTRE DOIS GRÁFICOS Na figura acima, considerando uma partição de [ , ]a b como aquela na subseção 1.1.1, con- cluímos que a área hachurada é dada por máx 0 1 lim ( ) i N i ix iN A h c x Δ → =→∞ = Δ∑ , com ( ) ( ) ( )h x f x g x= − , isto é, por 1 2 1 2 ( ) ( ) [ ( ) ( )] [ ( ) ( )] [ ( ) ( )] x xb b a a x x A f x g x dx f x g x dx g x f x dx f x g x dx= − = − + − + −∫ ∫ ∫ ∫ . Se fizermos ( ) 0g x ≡ , obtemos o caso já estudado na seç. 1.7.1 [agora 1x e 2x são as abs- cissas onde o gráf( f ) intercepta o gráf( g ) = eixo x, pois ( ) 0g x ≡ ]: 1 2 1 2 ( ) ( ) ( ) ( ) x xb b a a x x A f x dx f x dx f x dx f x dx= = − +∫ ∫ ∫ ∫ Exemplos: Calcule a área ( )A R da região R : 1) R é a região entre o gráfico de 2y x= + e o de 2y x= : 2 2 1 9( ) ( 2) u.a. 2 A x x dx − ⎡ ⎤= + − =⎣ ⎦∫R ( "u.a." significa "unidade de área" ) 2) R é a região limitada por xy e= , lny x= , 1y = − , 0x = e 1x = . [ ] 1 1 1 1 1 1 1/ 1 0 1/ 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 ( ) ( 1) ln ( 1) ( ln ) ( ln ) [ 1 ] [ 1 ( ln ) ] 2 1/ u.a. e x x e e x x e ex x e e e A e dx e x dx e dx e x dx e x e x x x e e e e e e e e e e e e − − − − − −− − − − − − ⎡ ⎤= − − + −⎣ ⎦ = + + − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= + + − −⎣ ⎦ ⎣ ⎦ = + − + + − + − = + − = − ∫ ∫ ∫ ∫ R 1x e 2x são as abscissas dos pontos onde o gráf ( )f intercepta o gráf ( )g em [ , ]a b x ( )f x ( )g x ( )g x ( )f x ( )f x ( )g x ( )f x ( )g x1x 2xa b x1x 2xa b ( )f x x 2 1 4 y −2 −1 0 2 2y x= 2y x= + x y 1 1 −1 0 e xy e= lny x= 1/x e= R ixΔ ( )ih c 19 1.7.3 OPÇÃO DE CÁLCULO DA ÁREA POR INTEGRAÇÕES EM x OU y Uma equação envolvendo x e/ou y representa uma curva no plano xy. Resolvendo y em função de x (se possí- vel), obtemos uma função ( )y f x= que representa uma parte da curva. Se f for inversível, esta mesma porção da curva pode ser representada pela função 1( )x f y−= . As integrais de f e 1f − , contudo, têm significados distintos. A figura mostra que 1( ) b a f x dx A=∫ e 1 2( )f y dy A β α − =∫ . No cálculo de área entre gráficos de funções, há a opção de realizar as integrações na variá- vel x ou y; estude os dois exemplos seguintes: 1) Seja R a região compreendida pelas curvas y x= , 1xy = e 2y = . A área A(R ) é dada por ( ) ( ) 1 2 1/2 1 21 2 11/2 ( ) 2 1/ 2 2 ln 2 / 2 3/2 ln 2 u.a. A x dx x dx x x x x = − + − ⎡ ⎤⎡ ⎤= − + −⎣ ⎦⎣ ⎦ = − ∫ ∫R ou ( ) 2 22 11 ( ) 1/ /2 ln 2 ln 2 1/2 0 3/2 ln 2 u.a. A y y dy y y⎡ ⎤= − = −⎣ ⎦ = − − + = − ∫R 2) R é a região limitada por lny x= , 1y = e 21x y= − . ( ) ( ) 1 0 1 13/2 0 1 ( ) 1 1 1 ln (2/3) (1 ) ( ln ) 1 2/3 1 1 5/3 u.a e e A x dx x dx x x x x x xe e = − − + − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= + − + − −⎣ ⎦ ⎣ ⎦ = − + − − = − ∫ ∫R ou, mais facilmente, 1 12 3 0 0 ( ) (1 ) /3 1 1/3 1 5/3 u.a y yA e y dy e y y e e ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − − = − +⎣ ⎦ ⎣ ⎦ = − + − = − ∫R xa b α β y 1A 2A 1 ( ) ou ( ) y f x x f y− = = x1 2 1/2 1 2 R y x= 1/ ou 1/ y x x y = = y 2y = x y ln ou yy x x e= = R e 1 1 −1 0 21 ou 1x y y x= − = ± − ( 1y x= − é a parte que delimita R ) 20 1.8 Apêndice 1.8.1 PROVA DO TEOREMA DO VALOR MÉDIO PARA INTEGRAIS Faremos uso do teorema de Weierstrass (TW) e do teorema do valor intermediário (TVI), os quais, como verificado na aula, são bastante intuitivos (v. Cap. 5 do Vol. 1 in Guidorizzi). Sendo a função f contínua em [a, b], ela admite, segundo o TW, um valor mínimo m e um valor máximo M nesse intervalo, valendo então a desigualdade: ( ) [ , ]m f x M x a b≤ ≤ ∀ ∈ . Logo, pela propriedade da comparabilidade (seç. 1.2, vi), temos que ( ) b b b a a a m dx f x dx M dx≤ ≤∫ ∫ ∫ , ou ( ) ( ) ( ) b a m b a f x dx M b a− ≤ ≤ −∫ , ou ainda ( ) b a k f x dx m M b a ≤ ≤ − ∫ . Mas, pelo TVI, o número k indicado acima é, pela f , a imagem de algum c em [a, b] (v. figura ao lado), isto é, 1( ) ( ) ( ) b a k b a f x dx f c−= − =∫ , donde, finalmente, ( ) ( ) ( ) b a f x dx f c b a= −∫ ■ . x a b ( )y f x= c m M ( )f c k= y 21 Nota: 2 2 tan sec 1 1 tan sec tan 1 1 n u x n du x n n x x dx u du u x c n n = = + + = = = + + + ∫ ∫ 2. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO 2.1 Integração das Funções Trigonométricas e de tann x As integrais das seis funções trigonométricas são: sen cosx dx x c= − +∫ e cos senx dx x c= +∫ sen (cos )tan ln cos ln sec cos cos x xx dx dx dx x c x c x x ′ = = − = − + = +∫ ∫ ∫ cos (sen )cot ln sen ln csc sen sen x xx dx dx dx x c x c x x ′ = = = + = − +∫ ∫ ∫ 2sec (sec tan ) sec sec tan (sec tan )sec sec tan sec tan sec tan ln sec tan x x x x x x x xx dx dx dx dx x x x x x x x x c ′+ + + = = = + + + = + + ∫ ∫ ∫ ∫ 2csc (csc cot ) csc csc cot (csc cot )csc csc cot csc cot csc cot ln csc cot ln csc cot x x x x x x x xx dx dx dx dx x x x x x x x x c x x c ′+ + + = = = − + + + = − + + = − + ∫ ∫ ∫ ∫ As integrais de tann x ( 2,3, 4, )n = podem ser calculadas como segue: 2 2tan (sec 1) tanx dx x dx x x c= − = − +∫ ∫ 2 2 tan 3 2 2 v. acima(1/2) tan tan tan (sec 1) tan sec tan x x x dx x x dx x x dx x dx= − = −∫ ∫ ∫ ∫ 3 4 2 2 2 2 2 v. acima(1/3) tan tan tan (sec 1) tan sec tan x x dx x x dx x x dx x dx= − = −∫ ∫ ∫ ∫ 4 5 3 2 3 2 3 v. acima(1/4) tan tan tan (sec 1) tan sec tan x x dx x x dx x x dx x dx= − = −∫ ∫ ∫ ∫ , e assim por diante. Analogamente integramos cotn x : 2 2cot (csc 1) cotx dx x dx x x c= − = − − +∫ ∫ 2 2 cot 3 2 2 v. acima(1/2)cot cot cot (csc 1) cot csc cot x x x dx x x dx x x dx x dx − = − = −∫ ∫ ∫ ∫ , e assim por diante. 2.2 Integração Por Partes 2.2.1 O MÉTODO Integrando ( )v v vu u u′ ′ ′= + , obtemos ( )v v v v vu u u dx u dx u dx′ ′ ′ ′= + = +∫ ∫ ∫ , donde ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )v v vu x x dx u x x u x x dx′ ′= −∫ ∫ , 22 ou, equivalentemente, como ( )u x dx du′ = e ( )v vx dx d′ = , que v v vu d u du= −∫ ∫ , ou p dq pq q dp= −∫ ∫ (as letras não importam) . O método da integração por partes de ( )f x dx∫ consiste em usar uma das duas fórmulas destacadas acima para – definindo adequadamente ( ) e ( )vu x x′ de modo que ( ) ( ) ( )vu x x f x′ = (no caso da primeira fórmula), ou u e vd de modo que vu d f dx= (no caso da segunda fórmu- la) – expressar ( )f x dx∫ em termos de uma integral mais simples: a que aparece no membro direito daquelas fórmulas. Observe: Exemplo 1: Cálculo de senx x dx∫ . A primeira fórmula com ( )u x x= e ( ) senv x x′ = [ ( ) 1 e ( ) cos ]u x x x′⇒ = = −v fornece ( )( ) sen ( cos ) 1 ( cos ) cos sen x uu x u x x dx x x x dx x x x c ′ ′ = − − − = − + +∫ ∫v vv ■ A segunda fórmula com e senu x d x dx= =v [ e cos ]du dx x⇒ = = −v resulta no mesmo: sen ( cos ) ( cos ) cos sen dudu u x x dx x x x dx x x x c= − − − = − + +∫ ∫v vv ■ Exemplo 2: 2 2 2 2 21 1ln ln ln ln 2 2 2 2 2 4u u u x x x x xx x dx x dx x x dx x c x ′ ′ ∗ = − = − = − +∫ ∫ ∫ v v v ■ ou fazendo 2 2 ln / 1donde ln 2 2/ 2 u x du dx x xu du x x dx d x dx x ∗ = ⇒ =⎧⎪ − = −⎨ = ⇒ =⎪⎩ ∫ ∫v vv v Exemplo 3: ln (ln ) ( ) ( ) (1/ ) ln u d u du x dx x x x x dx x x x c= − = − +∫ ∫v v v ■ 2.2.2 INTEGRAÇÕES SUCESSIVAS POR PARTES 2.2.2.1 O método A integração por partes transforma o problema de se calcular vu d∫ no de calcular v du∫ , devendo esta última integral ser mais simples, mas que, às vezes, ainda precisa de outra integra- ção por partes. Vejamos: Exemplo 1: 2 2 2 2 2 ( ) 2 x x x u u ex e dx x x e dx ′ ∗ = −∫ ∫v v ; 2 2 2 2 2( ) 1 1 1 2 2 2 4 x x x x x qp p q ex e dx x e dx x e e∗ ′ = − = −∫ ∫ . 2 2 2 2 2 2 2 21 1 1 1 2 2 4 2 2 x x x x xex e dx x x e e c e x x c⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − − + = − + +⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ∴ ∫ ■ 23 Exemplo 2: cos sen sen sen ( cos ) cos (sen cos ) cos x x x x x x qu u p q p x x e x dx e x e x dx e x e x e x dx e x x e x dx ′ ′ ⎤⎡= − = − − + ⎥⎢⎣ ⎦ = + − ⇒ ∫ ∫ ∫ ∫ v v 12 cos (sen cos ) cos (sen cos ) 2 x x x xe x dx e x x e x dx e x x c⇒ = + ⇒ = + +∫ ∫ ■ 2.2.2.2 As integrais das potências positivas e ímpares de sec x a) sec ln sec tanx dx x x c= + +∫ (v. seç. 2.1) 2sec 1 3 2 2 3 3 3 ln sec tan b) sec sec sec sec tan tan sec sec tan sec sec 1 12 sec sec tan sec sec sec tan ln sec tan 2 2 xu u x x x dx x x dx x x x x dx x x dx x dx x dx x x x dx x dx x x x x c −′ + = = − = + − ⇒ = + ⇒ = + + + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ v v ■ 2sec 1 5 3 2 3 3 2 3 3 5 c) sec sec sec sec tan 3 sec tan sec tan 3 sec 3 sec xu x dx x x dx x x x x dx x x x dx x dx −′ = = − ⎤⎡= + −⎢ ⎥⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ v 5 31 3 1 1sec sec tan sec tan ln sec tan 4 4 2 2 x dx x x x x x x c⎡ ⎤= + + + +⎢ ⎥⎣ ⎦ ∴ ∫ ■ 2.3 Integração de Produtos de Funções Trigonométricas No que segue, ao se dizer que um número n é par ou ímpar, está implícito que 0n ≥ . 2.3.1 INTEGRAIS DA FORMA sen cosp qx x dx∫ 2.3.1.1 Caso de p ou q ímpar Usamos a identidade 2 2sen cos 1x x+ = para, modificando a potência ímpar, reescrever o integrando na forma (cos )senf x x ou (sen ) cosf x x e, em seguida, segundo a seç. 1.5.4, mudar para a variável cosu x= ou senu x= , respectivamente. Exemplo 1: sen 3 2 2 2 cos (sen ) 3 3 cos cos cos (1 sen )cos (1 ) sensen 3 3 u x du x dx f x x dx x x dx x x dx u du u xu c x c ≡ = = = − = − = − + = − + ∫ ∫ ∫ ∫ ■ 24 Exemplo 2: ( ) ( ) 2 5 2 2 2 2 2 2 (sen 4 ) 3 5 7sen 4 2 2 2 2 4 6 4cos 4 3 5 7 sen 4 cos 4 sen 4 (cos 4 ) cos 4 sen 4 (1 sen 4 ) cos 4 1 1 2(1 ) ( 2 ) 4 4 4 3 5 7 1 sen 4 2sen 4 sen 4 4 3 5 7 f x u x du x dx x x dx x x x dx x x x dx du u u uu u u u u du c x x x c ≡ = = = − = − = − + = − + + = − + + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 3: ( ) [ ] cos(2 1) 23 2 cos(2 1) 2sen(2 1) 2 3/2 1/2 5/2 51/2 1 cos (2 1)sen (2 1) sen (2 1) sen(2 1) sen(2 1) cos(2 1) cos(2 1) cos(2 1) (1 ) 1 cos (2 1) 2 2 5 5 f x u x du x dx xx xdx x dx x dx x x x u du u u udu u c x u + ≡ + =− + − ⎡ ⎤− ++ + ⎣ ⎦= + = + = + + + − − − = = − + = + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ / 2 cos(2 1)x c− + + ■ 2.3.1.2 Caso de p e q pares Reduzimos o grau da potência pela metade, assim tornando a integral mais fácil, eliminando 2sen x e 2cos x por meio das identidades trigonométricas 2sen (1 cos 2 ) / 2x x= − e 2cos (1 cos 2 ) / 2x x= + (∗); observe: Exemplo 1: 2 1 1 sen 2cos (1 cos 2 ) 2 2 2 axax dx ax dx x c a ⎛ ⎞= + = + +⎜ ⎟ ⎝ ⎠∫ ∫ Exemplo 2: 2 4 2 2 21 1sen 2 (sen 2 ) (1 cos 4 ) (1 2cos 4 cos 4 ) 2 4 1 sen 41 sen8 4 2 2 8 x dx x dx x dx x x dx x xx x c ⎡ ⎤= = − = − +⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎡ ⎤⎛ ⎞= − + + +⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ Exemplo 3: 2 4 2 2 2 3 [#] 3 [#] 1 1sen cos (1 cos 2 ) (1 cos 2 ) 2 2 1 1(1 2cos 2 cos 2 ) (1 cos 2 ) (1 cos 2 cos 2 cos 2 ) 8 8 1 sen 2 1 sen 4 1 sen 2sen 2 8 2 2 4 2 3 kx kx dx kx kx dx kx kx kx dx kx kx kx dx kx kx kxx x kx k k k ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − +⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ = − + + = − − + ⎛ ⎞⎛ ⎞= − − + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ ∫ c ⎡ ⎤ +⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ ■ [#] ( ) ( )3 323 3 v. acima 1 1 sen 1 sen 2cos 2 cos sen sen 2 2 2 3 2 3 y kx y kxkx dx y dy y kx k k k ≡ = = − = −∫ ∫ (∗) Que são deduzidas a partir da identidade trigonométrica 2 2 2 2 1 2sencos 2 cos sen 2cos 1 xx x x x ⎧ −= − = ⎨ −⎩ 25 2.3.2 INTEGRAIS DA FORMA tan secp qx x dx∫ OU cot cscp qx x dx∫ Como ( )tan sec sen cosp q p p qx x x x− += e ( )cot csc sen cosp q p q px x x x− += , então, com p ou ( )p q− + ímpar, temos o caso já estudado na seç. 2.3.1.1. Por exemplo: 3 (ímpar) (cos ) 3 4 3 7 2 7 6 4 6 4 2 7 tan sec sen cos (1 cos )cos sen sec sec(1 ) ; 6 4 6 4 u p f x du x x dx x x dx x x x dx u u x xu u du c c = − − − − − − = = − = − − = − + + = − + − − ∫ ∫ ∫ ∫ ( ) 3 (ímpar) (sen ) 2 5 2 3 2 2 3 5 3 5 2 2 tan sec sen cos sen (1 sen ) cos sen sen(1 ) . 3 5 3 5 u p q f x du x x dx x x dx x x x dx u u x xu u du c c − + = − = = − = − = − + = − + ∫ ∫ ∫ ∫ E, com p e ( )p q− + pares, temos o caso já estudado na seç. 2.3.1.2. Por exemplo, 4 4 4tan 2 sec 2 sen 2x x dx x dx− =∫ ∫ e 4 6 4 2tan sec sen cosx x dx x x dx− =∫ ∫ são os Exemplos 2 e 3 da seç. 2.3.1.2, respectivamente. Pois bem, vejamos então alguns casos nos quais a integral em estudo não pode ser calculada como uma integral de sen cosp qx x já considerada na seç. 2.3.1. O método delineado abaixo para a integral tan secp qx x dx∫ aplica-se igualmente para a integral cot cscp qx x dx∫ , bastando substituir tan por cot e sec por csc, e corrigir as diferenças nos sinais oriundas da diferença entre as regras de diferenciação: 2(tan ) secx x′ = e (sec ) sec tanx x x′ = versus 2(cot ) cscx x′ = − e (csc ) csc cotx x x′ = − . 2.3.2.1 Secante com expoente par não-nulo (i.e., 2 2 0q k= + > ) e p genérico 2 2 2 2 2 2 (tan ) integral de potências tan sec tan (sec ) sec tan (1 tan ) sec (1 ) u p k p k p k p k f x du x x dx x x x dx x x x dx u u du+ = = + = +∫ ∫ ∫ ∫ Exemplo 1: 2 2 1 tan 5 7 5 7tan 4 4 4 2 2 4 2 sec(tan ) tan tantan sec tan sec sec (1 ) 5 7 5 7 x u x du xf x u u x xx x dx x x x dx u u du c c + = = = = + = + + = + +∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 2: 2 2 2 (1 tan ) tan 6 1/ 2 4 2 1/ 2 2 2 sec(tan ) 3/ 2 7/ 2 11/2 3/ 2 7/2 11/ 2 1/ 2 5/ 2 9/ 2 tan sec tan sec sec (1 ) 2 tan 4 tan 2 tan( 2 ) 3/2 7/2 11/2 3 7 11 x u x du xf x x x dx x x x dx u u du u u u x x xu u u du c c + = = = = + = + + = + + + = + + + ∫ ∫ ∫ ∫ ■ 26 Exemplo 3: ( ) 2 tan 7 6 4 2 2 2 2 2 2 7sec 7(tan 7 ) 3 5 3 5 2 4 sec 7 sec 7 sec 7 (1 tan 7 ) sec 7 (1 ) 7 1 1 2 tan 7 2 tan 7 tan 7(1 2 ) 7 7 3 5 7 21 35 u x du xf x dux dx x x dx x x dx u u u x x xu u du u c c = = = = + = + = + + = + + + = + + + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ 2.3.2.2 Tangente com expoente par e secante com expoente ímpar ( 2p k= e 2 1q l= + ) Nesse caso, o resultado compõe-se de integrais de potências positivas e ímpares da secante (já calculadas na seç. 2.2.2.2); observe: 2 2 1 2 2 1 2 2 1 2( ) 1 0 tan sec (tan ) sec (sec 1) sec (sec ) k k l k l k l j l j j x x dx x x dx x x dx a x dx+ + + + + = = = − = ∑∫ ∫ ∫ ∫ . Por exemplo, 4 3 2 2 3 2 2 3 4 2 3 7 5 3 tan sec (tan ) sec (sec 1) sec (sec 2sec 1)sec sec 2 sec sec . x x dx x x dx x x dx x x x dx x dx x dx x dx = = − = − + = − + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ e o resultado final é obtido com a substituição das integrais calculadas na seç. 2.2.2.2. 2.3.3 INTEGRAIS DA FORMA sen cosax bx dx∫ , sen senax bx dx∫ E cos cosax bx dx∫ Calculamos essas integrais usando as fórmulas 1 1sen cos sen( ) sen( ) 2 2 1 1sen sen cos( ) cos( ) 2 2 1 1cos cos cos( ) cos( ) 2 2 A B A B A B A B A B A B A B A B A B = + + − = − − + = + + − Por exemplo: ( ) ( ) sen 1 1 1 cos 7 1sen 3 cos 4 sen 7 sen( ) cos 2 2 2 7 2x xx x dx x x dx x c − −⎡ ⎤= + − = + +⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ ■ ( ) ( ) ( ) 2 1 cos 6 1sen 3 cos 4 cos 4 (cos 4 cos 6 cos 4 ) 2 2 1 1 1 1cos 4 cos10 cos 2 2 2 2 2 1 sen 4 1 sen10 1 sen 2 2 4 4 10 4 2 xx x dx x dx x x x dx x dx x x dx x x x c − = = − ⎡ ⎤= − +⎣ ⎦ = − − + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ 2.4 Integração por Substituição Trigonométrica O cálculo da integral de uma função envolvendo uma raiz quadrada da forma 2 2a x− , 2 2x a+ ou 2 2x a− 27 pode tornar-se mais simples mudando-se a variável x para a variável θ de modo que essas raízes quadradas se transformem em expressões mais simples mediante o uso subsequente das identi- dades trigonométricas 2 21 sen cosθ θ− = , 2 21 tan secθ θ+ = ou 2 21 cot cscθ θ+ = . Estudemos cada um desses casos separadamente, sempre considerando 0a > (sem perda de generalidade): 2.4.1 INTEGRAIS ENVOLVENDO 2 2a x− , com [ , ]x a a∈ − . Façamos a mudança de variável senx a θ= . Podemos considerar que, ao intervalo [ , ]x a a∈ − , corresponda o intervalo [ /2 , /2]θ π π∈ − (va- riação nos 4o e 1o quadrantes), onde a correspondência é biunívoca e, em particular, cos 0.θ ≥ Logo, temos, por exemplo, que Exemplo 1: 2 / 2 / 2 / 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 / 2 /2 /2cos cos ( 0) sen 2sen cos cos 2 4 2 a a a a aa x dx a a a d a d a π π π π π πθ θ θ θ πθ θ θ θ θ − − − −= ≥ ⎡ ⎤− = − = = + =⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ ∫ ■ Também a mudança de variável cosx a θ= leva a uma simplificação equivalente. Nesse caso, considerando [0, ]θ π∈ (1o e 2o quadrantes), a correspondência entre x e θ é biunívoca (a x a= − corresponde θ π= , e a x a= , 0θ = ) e, em particular, sen 0θ ≥ . Vejamos: 2 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 sen sen ( 0) sen 2cos ( sen ) sen 2 4 2 a a a a aa x dx a a a d a d a π π πθ θ θ θ πθ θ θ θ θ − = ≥ ⎡ ⎤− = − − = − = − − =⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ ∫ ■ Consideremos essa mesma integral, mas indefinida, com [ , ]x a a∈ − : Exemplo 2: 2sen 2 2 2 2 2 2 2 sen 2( cos ) ( cos ) cos 2 2 arcsen 1 2 dxx a aa x dx a a d a d c a x x x c a a a θ θθ θ θ θ θ θ = ⎛ ⎞− = = = + +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎛ ⎞= + − +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ (#) ■ Essa primitiva pode obviamente ser usada para calcular novamente a integral definida no Exemplo 1: 2 2 2 2 2 2 2 /2 /2 arcsen 1 arcsen1 arcsen( 1) 2 2 2 aa a a a x x x a aa x dx a a a π π π − −− ⎡ ⎤⎡ ⎤ − = + − = − − =⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ∫ . 28 Expliquemos a passagem indicada acima por (#), em que se retorna à variável original x: Se senx a θ= então arcsen ( / )x aθ = . Além disso, qualquer função trigonométrica de variável θ pode ser expressa em função de x, o que se realiza facilmente por meio da figura à direita. Nela vemos um triângulo retângulo no qual vale a equação senx a θ= . Como o outro cateto deve medir 2 2a x− , obtemos 2 2cos / ( 0)a x aθ = − ≥ . Assim, 2 2 2 2 sen 2 sen cos 1 2 x a x x x a a a a θ θ θ −= ⋅ = ⋅ = ⋅ − . Considere as expressões das seis funções trigonométricas em termos de x que se obtêm pela figura acima: sen 1/ csc /x aθ θ= = , 2 2cos 1/ sec /a x aθ θ= = − , 2 2tan 1/ cot /x a xθ θ= = − . Embora só possamos construir aquele triângulo retângulo quando o lado de tamanho x não seja negativo, isto é, quando, sen [0, ]x a aθ= ∈ , o que ocorre com θ no 1o quadrante, é fácil verifi- car que, para [ ,0)x a∈ − , isto é, com θ no 4o quadrante, as relações acimas continuam válidas, fornecendo, também neste quadrante, os sinais das funções trigonométricas corretamente. Exemplo 3: 2 2 sen 2 2 2 2 2cos 2 2 cos cos cot (csc 1) sen cot arcsen x a dx a d a x adx a d d d x a a x xc c x a θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ = = − = = = − − = − − + = − − + ∫ ∫ ∫ ∫ ■Exemplo 4: 2 sen 2 2 2 2 2cos cos cos 4 3 [ 4 3] [( 2) 1] 1 ( 2) 1 sen arcsen arcsen ( 2) x dx d dx dx dx dx d x x x x x x d c x c θ θ θ θ θ θ θ θ θ + = = = = = = − − − − + + − + − − + − = = + = + + ∫ ∫ ∫ ■ Um modo mais fácil de calcular essa integral é o seguinte: 2 2 2 2 arcsen arcsen ( 2) 4 3 1 ( 2) 1 x u dx du dx dx du u c x c x x x u + = = = = = + = + + − − − − + −∫ ∫ ■ 2.4.2 INTEGRAIS ENVOLVENDO 2 2x a+ , com x ∈ . Façamos a transformação de variável tanx a θ= . x a θ 2 2a x− 29 Podemos admitir que ( /2 , /2)θ π π∈ − (variação nos 4o e 1o quadrantes), onde a transfor- mação é biunívoca e, em particular, sec 0θ > . Antes de prosseguir, diga-se que, usando um triângulo retângulo co- mo o da figura à direita (coerente com a mudança de variável acima) para calcular, em função de x, as demais funções trigonométricas, verificamos que as expressões obtidas (v. abaixo) são válidas tanto no 1o quadrante (correspondente a 0x > ) quanto no 4o (associado a 0x < ): tan 1/ cot /x aθ θ= = , 2 2cos 1/ sec /a x aθ θ= = + , 2 2sen 1/ csc /x x aθ θ= = + . Em muitas integrais, essas relações aparecem com o x substituído por outra expressão de x [e.g., 2( 5)x − no Exemplo 7 abaixo]. Exemplo 5: { } { } 2 /4 /4 2 2 2 2 2 2 2 3 /4 /4 sec sec /42 2 /4 2 2 tan sec sec sec tan ln sec tan 2 ln( 2 1) 2 ( 1) ln( 2 1) 2 2 2 12 2 ln 2 2 ln (3 2 2) 2 22 1 a a a a x a dx a a a d a d a a a a π π π π θ θ π π θ θ θ θ θ θ θ θ θ − − − = − + = + = ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= + + = + + − − + −⎢ ⎥ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ⎡ ⎤+ ⎡ ⎤= + = + +⎢ ⎥ ⎣ ⎦−⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 6: 2 2 3 2 3 32 2 2 23 3 1 /32tan 3 sec /44 4 5 ( 2) 1 1 sec ln sec tan ln (2 3) ln( 2 1) sec t x t dxd t td dx dx dt x x x t d π πθ πθ π θ θ θ θ θ + + = − = = = = = = − + − + + = = + = + − + ∫ ∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 7. Para x ∈ : 2 22( 5) 3tan 2 2 2 3sec sec 2(#) 2 3 sec 1 ln sec tan 2 3sec 24 40 109 [2( 5)] 9 4 40 1091 2( 5) 1ln ln 4 40 109 2( 5) 2 3 3 2 x dx d dx dx d c x x x x x x c x x x c θ θ θ θ θ θ θ θ θ − ≡ = = = = + + − + − + − + − ⎡ ⎤ ′= + + = − + + − +⎢ ⎥⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ■ onde se definiu ( 1/ 2) ln 3 c c′− + ≡ . A figura abaixo nos auxilia a realizar a passagem (#). O triângulo retângulo é tal que 2( 5)sec 3 xθ −= . Concluímos que 2hipotenusa 4 40 109sec cateto adjacente 5 x xθ − += = x∀ ∈ . a θ 2 2x a+ x 30 Uma alternativa à transformação tanx a θ= é a mudança de variável cotx a θ= , admitindo que (0 , )θ π∈ (variação nos 1o e 2o quadrantes), onde a transformação é biunívoca e, em particular, csc 0θ > . Exemplo: Exemplo 8: 2 23 cot 66 2 csc1 4 4 csc ln csc cot ln (2 3) ln( 2 1) csc1 x dx d dx d x ππ θ π πθ θ π π θ θ θ θ θ = =−− − − − = = + = + − − +∫ ∫ ■ 2.4.3 INTEGRAIS ENVOLVENDO 2 2x a− , com x a≤ − ou x a≥ (i.e., x a≥ ) . Convém fazer a mudança de variável secx a θ= . Podemos considerar que, aos possíveis valores de x, ( , ] [ , )x a a∈ −∞ − ∪ ∞ , correspondam os valores de θ no intervalo [0, /2) ( /2, ]π π π∪ (variação nos 1o e 2o quadrantes), onde a correspon- dência é biunívoca, ressaltando, em particular, que a função tanθ é positiva (negativa) no 1o (2o) quadrante. Exemplo 9: 10 5sec 2 5sec tan5 2 ( 5) (5sec 5)5sec tan 25 x dx d x dx x θ θ θ θ θ θ θ= = − − = −∫ 5 tan dθ θ /3 /3 2 /4 /4 /3 /4 5 (sec sec ) 5 tan ln sec tan 5 3 ln(2 3) 1 ln( 2 1) . d π π π π π π θ θ θ θ θ θ = − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − + = − + − + +⎢ ⎥ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ∫ ∫ Vejamos essa mesma função integrada num intervalo de valores negativos de x. Uma vez que os valores correspondentes de θ estão no 2o quadrante, onde a função tanθ é negativa (e, portanto, 2tan tanθ θ= − ), esse cálculo é como segue: 3 2 ( 5)x − θ 2 2[2( 5)] 9 4 40 109x x x− + = − + 31 5 2 5sec 2 5sec tan10 ( 5) (5sec 5)5sec tan 25 x dx d x dx x θ θ θ θ θ θ θ− = =− − − = −∫ 5tan dθ θ− ( ) 4 3 44 2 3 3 5 (sec sec ) 5 tan ln sec tan 5 1 ln 2 1 3 ln 2 3 5 1 ln 2 1 3 ln 2 3 . d ππ ππ ππ ππ π ππ π θ θ θ θ θ θ − − −− − − ⎡ ⎤ = − − = − − +⎢ ⎥ ⎣ ⎦ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ = − − − − − − − − − − = + + − − +⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ∫ ∫ Nesse caso, para quem não gosta de trabalhar com ângulos fora do 1o quadrante, a mudança para a variável positiva u x= − elimina esse incômodo: 5 2 5 2 10 2 2 210 10 5 2 5sec 5sec tan ( 5) ( 5) ( ) ( 5) 25 25 25 (5sec 5)5sec tan u x u du d x dx u du u du x u u θ θ θ θ θ θ θ − = − − = = − − − − + = = − − − − + = − ∫ ∫ ∫ 5tan dθ θ /3 /3 2 /4 /4 /3 /4 5 (sec sec ) 5 tan ln sec tan 5 3 ln(2 3) 1 ln( 2 1) . d π π π π π π θ θ θ θ θ θ = − + ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − + + = − + + − − +⎢ ⎥ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ∫ ∫ Passemos agora a considerar integrais indefinidas. No cálculo delas, não sabendo se os valo- res da função secθ estão no intervalo [1, )∞ ou ( , 1]−∞ − , isto é, se θ varia no 1o ou no 2o qua- drante, respectivamente, devemos ter o cuidado de escrever 2tan tanθ θ= ± , em que o sinal "+" deve ser usado se tan 0θ ≥ (isto é, se θ for do 1o quadrante, onde sec 1θ ≥ ), e o sinal " "− deve ser usado se tan 0θ ≤ (isto é, se θ for do 2o quadrante, onde sec 1θ ≥ − ). Tendo em conta esse uso dos sinais "+" e " "− , e tendo em mente os sinais das diversas funções trigonométricas no 2o qua- drante, por meio do triângulo retângulo à direito, que satisfaz a mudança de variável em estudo, secx a θ= , obtemos rapida- mente as seguintes expressões para elas em termos de x : sec 1/ cos /x aθ θ= = , 2 2tan 1/ cot x aθ θ= = ± − , 2 2csc 1/ sen /x x aθ θ= = ± − . Mais uma vez ressalte-se que, em muitas integrais, essas relações aparecem com o x substi- tuído por outra expressão de x [por exemplo: 2( 3)x − no Exemplo 12 a seguir]. Exemplo 10: ( ) [ ] 2 sec 2 2 2 2 1 tan sec tan tan (sec 1) sec (tan ) 1 arcsec 1 ( )arcsec " " se 1 e " " se 1 xx dx d d d x x x c x x x x θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ =− ± = = ± = ± − = ± − = ± ± − − + = − − ± + ≥ − ≤ − ∫ ∫ ∫ ∫ ■ a θ 2 2x a− x 32 Exemplo 11: { } { } 1 sec 2 3/2 3 3 2 21/22 sen 2 2 sec tan sec cos [2 ] tan sentan( 1) 1 1 1 1 ( 2 ou 0) sen 2 x u dx dx d d d x x x du xc c c x x uu x x θ θ θ θ θ θ θθ θ θ θθ θ + = = = = = ± = ± + ±⎡ ⎤+ −⎣ ⎦ − − + = ± = ± + = ± + = − + < − > + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ Nesse caso," "+ se sec 1 1xθ = + > (θ no 1o quadrante) e " "− se sec 1 1xθ = + < − (θ no 2o quad.). Logo, pela figura à direita, tendo em conta que a função cscθ é positiva em ambos 1o e 2o quad. (nos quais o sinal de 1x + são opostos), deduzimos que 22sen 1 x x x θ += ± + . Uma alternativa à mudança secx a θ= é a realização da transformação de variável cscx a θ= , considerando que, aos valores de x no intervalo ( , ] [ , )a a−∞ − ∪ ∞ , correspondam os valores de θ no intervalo [ /2,0) (0, /2]π π− ∪ (variação nos 4o e 1o quadrantes), onde a correspondência é biunívoca, ressaltando, em particular, que a função cotθ é positiva (negativa) no 1o (4o) qua- drante. Vamos ilustrar o uso dessa transformação refazendo a primeira integral definida no Exemplo 9: Exemplo 12. Cálculo da primitiva ( )F x de 21 / 4 24 11x x− + : 2( 3) 5sec 2 2 22 5sec tan 2(# n 2 ta ) 1 sec tan( ) 24 24 11 [2( 3)] 25 5 tan 1 1 2( 3) 4 24 11sec ln sec tan ln 2 2 5 5 1 11ln 2( 3) 4 24 11 " " se e " " s 2 2 x dx d dx dx dF x x x x x x xd c c x x x c x θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ = = ± − = = = − + − − − − + = ± = ± + + = ± ± + = ± − ± − + + + > − ∫ ∫ ∫ ∫ 1e 2 x⎛ ⎞<⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ■ , onde se fez 1(1/ 2) ( ln 5) c c− + ≡ . A passagem (#) é efetuada com a ajuda da figura abaixo, um triângulo retângulo no qual 2 ( 3)sec 5 xθ −= e 24 24 11tan 5 x xθ − += . Para entender o uso dos sinais, note que o sinal "+" deve ser empregado se sec 2( 3) / 5 1xθ = − > , isto é, para 11/ 2x > , e o sinal ("−"), se sec 2( 3) / 51xθ = − < − , isto é, 1 1x + θ 2 2 ( 1) 1 2 x x x + − = + 5 2 ( 3)x − θ 2 2[2( 3)] 25 4 24 11x x x− − = − + 33 para 1/ 2x < . [É fácil constatar que ( ,1/ 2) (11/ 2, )−∞ ∪ ∞ é o domínio da função no integrando, obtido exigindo-se que 24 24 11 0x x− + > .] Exemplo13: 10 /6 /65csc 2 2 25 2 /4 /4 cot /6 /4 ( 5) (5csc 5)( 5csc cot ) 5 ( csc csc cot ) 25 25cot 5 cot ln csc cot 5 3 ln(2 3) 1 ln( 2 1) . xx dx d d x π πθ π π θ π π θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ =− − − = = − + − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − + = − + − + +⎢ ⎥ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ 2.5 Integração de Funções Racionais por Frações Parciais Queremos aqui integrar funções racionais, isto é, quocientes de polinômios, ( ) / ( )P x Q x [ ]( ) 0Q x ≡ . O método a ser exposto aplica-se a funções racionais em que o grau do polinômio no nume- rador é menor do que o grau do polinômio no denominador. Se este não for o caso, isto é, se gr ( ) gr ( )P x Q x≥ , então, antes, dividimos ( )P x por ( )Q x , obtendo ( ) ( ) ( ) ( )P x f x Q x R x= + [onde ( )f x e ( )R x são polinômios e gr ( ) gr ( )R x P x< ], e escrevemos integral de um polinômio ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) P x f x Q x R x R x P x R xf x dx f x dx dx Q x Q x Q x Q x Q x + = = + ⇒ = +∫ ∫ ∫ . Essa equação mostra que a integral da função racional original pode ser expressa como sendo a soma da integral de um polinômio com a integral de uma função racional à qual o método se aplica, pois o numerador, ( )R x , é um polinômio de grau menor que o grau do polinômio no de- nominador, ( )Q x . É necessário também tomar a forma irredutível da função racional, bastando, se for o caso, cancelar os fatores comuns no numerador e denominador. Pois bem, a ideia é expandir ( ) / ( )P x Q x numa soma de frações mais simples, chamadas frações parciais da função racional P(x)/Q(x). A decomposição de ( )Q x em fatores irredutíveis pode apresentar fatores lineares ( )ax b+ , quadráticos 2( )ax bx c+ + ou de maior grau. Conside- raremos apenas polinômios ( )Q x cuja decomposição não apresente fatores irredutíveis de grau maior que dois. 2.5.1 DENOMINADOR COM FATORES LINEARES DISTINTOS Note que 5 4 2 3 ( 2) ( 1) 2 1 x x x x x − = + − + − + ; logo, 5 4 2 3 2 ln 2 3ln 1 ( 2) ( 1) 2 1 x dx dx dx x x c x x x x − = + = − + + + − + − +∫ ∫ ∫ . 34 Portanto, integrar 5 4 ( 2) ( 1) x x x − − + é fácil desde que conheçamos sua decomposição na soma das frações parciais (de denominadores lineares, no caso) 2 2x − e 3 1x + . Abaixo mostramos dois modos de obter tal decomposição: 2.5.1.1 O método de igualar coeficientes 5 4 ( 1) ( 2) ( ) ( 2 ) ( 2) ( 1) 2 1 ( 2) ( 1) ( 2) ( 1) x A B A x B x A B x A B x x x x x x x x − + + − + + − ≡ + = = − + − + − + − + 5 2 2 4 3 A B A A B B + = =⎧ ⎧ ∴ ⇒⎨ ⎨− = − =⎩ ⎩ ∴ 5 4 2 3 ( 2) ( 1) 2 1 x x x x x − = + − + − + 2.5.1.2 O método de substituição 5 4 ( 2) ( 1) 2 1 x A B x x x x − ≡ + − + − + ( 2) 2 10 4 0 2 1 5 4 ( 2) 2 1 1 x x x B xA A x x × − = − + ⎡ ⎤− − ⎯⎯⎯⎯→ = + → =⎢ ⎥+ +⎣ ⎦ ( 1) 1 9 0 3 5 4 ( 1) 3 2 2 x x x A x B B x x × + = − − − ⎡ ⎤− + ⎯⎯⎯⎯→ = + → =⎢ ⎥− −⎣ ⎦ Note que podemos escrever diretamente: 2 5 4 2 1 x xA x = −⎡ ⎤= =⎢ ⎥+⎣ ⎦ e 1 5 4 3 2 x xB x =− −⎡ ⎤= =⎢ ⎥−⎣ ⎦ . Exemplo 1: 2 3 5 1 8 1 8ln 2 ln 1 3 2 3 1 3 32 x dx dxdx x x c x xx x − = + = − + + + − +− −∫ ∫ ∫ pois 2p/ subst. 2 ( 2)( 1) 1 3 5 1 1 33 5 2 1 3 5 82 2 3 x x x x xA xx A B x x xx x B x = − + =− ⎧ − = =⎪ +− ⎪= + ⎯⎯⎯⎯→ ⎨− + −− − ⎪ = =⎪ −⎩ Exemplo 2: 5 4 3 2 2 2 3 2 3 2 5 13 30 19 58 16 3 26 16(5 3 4) 2 8 2 8 x x x x x x xI dx x x dx dx x x x x x x − − + − − − − ≡ = − + + − − − −∫ ∫ ∫ , onde dividimos os polinômios como segue: 35 5 4 3 2 3 2 25 4 3 4 3 2 4 3 2 3 2 3 2 2 5 13 30 19 58 16 2 8 5 3 45 10 40 3 10 19 58 16 3 6 24 4 5 58 16 4 8 32 3 26 16 x x x x x x x x x xx x x x x x x x x x x x x x x x x x − − + − − − − − +− + + − + + − − − − − − − − + + − − Mas 2 0 2 2 p/ subst. 3 2 4 ( 4)( 2) 2 2 3 26 16 16 2 ( 4)( 2) 8 3 26 16 3 26 16 72 3 4 2 ( 2) 242 8 3 26 16 48 4 ( 4) 12 x x x x x x x xA x x x x A B C x xB x x x x xx x x x xC x x = = − + =− ⎧ − − − = = =⎪ − + −⎪ ⎪ − − − − −⎪= + + ⎯⎯⎯⎯→ = = = −⎨− + +− − ⎪ ⎪ − −⎪ = = =⎪ −⎩ Logo, 3 2 3 2 5 3 2 3 44 3 2 4 2 5 3 4 2ln 3ln 4 4ln 2 3 2 x xI x dx x x x x x x x x x c ⎛ ⎞= − + + − +⎜ ⎟ ⎝ ⎠− + = − + + − − + + + ∫ ■ 2.5.2 DENOMINADOR COM FATORES LINEARES REPETIDOS Tratamos agora de denominador como, por exemplo, 3 2( 1) (3 2) ( 1)x x x− − + . Método: A cada fator da forma ( ) ( 2)kax b k+ ≥ deve corresponder uma soma de k frações parciais: 31 2 2 3( ) ( ) ( ) k k A AA A ax b ax b ax b ax b + + + + + + + + , onde 1A , 2A , 3A , , kA são constantes a serem determinadas. Isto deve ser feito para cada fator do denominador. Fatores que não se repetem são tratados como antes. Exemplo 1: 2 1 2 2 2 3 4 2 1( 1) ( 1) B Bx x A x xx x x + + = + + ++ + O método de substituição funciona na determinação de A e 2B : 36 2 2 0 3 4 2 2 ( 1) x x xA x = + + = = + [multiplicou-se a equação acima por x e substituiu-se x por 0] 2 2 1 3 4 2 1 x x xB x =− + + = = − [multiplicou-se por 2( 1)x + e substituiu-se x por 1− ] Mas para determinar 1B , o método de igualar coeficientes deve ser usado: 2 1 2 22 1 2 1 1 2 2 2 ( 1) ( 1) (2 ) (3 ) 23 4 2 ( 1) ( 1) ( 1) A x B x x B x B x B xx x x x x x x x − + + + + + + + ++ + = = + + + 1 1 1 2 3 1 3 4 B B B + =⎧ ∴ ⇒ =⎨ + =⎩ ∴ 2 2 2 3 4 2 2 1 1 1( 1) ( 1) x x x xx x x + + = + − ++ + Logo, 2 2 3 4 2 12ln ln 1 1( 1) x x x x c xx x + + = + + + + ++∫ ■ Exemplo 2: 3 1 2 3 2 3 2 2 2 2 3 2 3 2 3 2; 1( 1) A Ax x x BI dx x xx x x x x x x − − − = = = + + −− − −∫ Pelo método de substituição, obtemos 2 2 0 1 3 2 3 22 e 1 1 x x x xA B x x= = − − = = = = − Já, pelo método de igualar coeficientes, 2 2 1 2 1 1 1 1 02 3 3 2 ( 1) ( 1) ( 1) ( 2) 2 1x A x x A x B x A x A x A− = − + − + = + + − + − ⇒ = − Logo, ( ) 33 2 22 1 2 1 2ln ln 1 1 2 4 1ln 3 ln 2 ln 2 1 ln1 ln 3 3 3 I dx x x x x xx −⎛ ⎞ ⎡ ⎤= + + = − − + −⎜ ⎟ ⎢ ⎥⎣ ⎦⎝ ⎠− = − − + − − − + = + ∫ ■ 2.5.3 DENOMINADOR COM FATORES QUADRÁTICOS IRREDUTÍVEIS Abaixo o fator quadrático 2ax bx c+ + considerado é irredutível, isto é, tal que 2 4 0.b ac− < 37 Método: A cada fator quadrático irredutível 2ax bx c+ + que não se re- pete deve corresponder uma fração parcial da forma 2 Ax b ax bx c + + + , e a cada fator quadrático irredutível repetido k vezes 2( )kax bx c+ + deve corresponder uma soma de k frações parciais: 1 1 2 2 2 2 2 2( ) ( ) k k k A x BA x B A x B ax bx c ax bx c ax bx c ++ + + + + + + + + + + . Exemplo 1: 2 2 2 2 3 2 2 2 ( 1) 4( 1) ( 4)( 1) 8 3 20 8 3 20 14 4 ( 4)( 1) 4 x x x x x x x x x Ax B C xx x x x x x + + + = + + + + + + + = = + ++ + + + + + Determinamos C pelo mét. de subst.: 2 2 1 8 3 20 5 4 x x xC x =− + + = = + Determinamos A e B pelo mét. de igualar coef.: 2 2 2 38 20 8 3 20 ( )( 1) ( 4) ( 5) ( ) ( 20) 3 e 0 .x x Ax B x C x A x A B x B A B+ + = + + + + = + + + + + ⇒ = = Logo, 2 2 3 2 2 8 3 20 3 5 3 ln 4 5ln 1 1 24 4 4 x x xdx dx dx x x c xx x x x + + = + = + + + + ++ + + +∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 2: 3 2 2 2 2 3 11 16 ( 1)( 4 13) 1 4 13 irredutíveis x x Ax B Cx D x x x x x x ↑ ↑ + − + + = + + + + + + + 3 2 2 3 2 03 11 16 13 11 16 ( )( 4 13) ( )( 1) 1 2( ) (4 ) (13 4 ) (13 ) 3 Ax x Ax B x x Cx D x B CA C x A B D x A B C x B D D− =⎧⎫+ − = + + + + + + ⎪ ⎪ = −⇒⎬ ⎨ == + + + + + + + + + ⎪ ⎪ = −⎭ ⎩ Logo, 38 2 4 7 3 2 2 2 2 ( ) 2 2 2 2 2 2 3 11 16 1 2 3 ( 1)( 4 13) 1 4 13 1 2 4 7 1 1 4 13 4 13 1 7 2ln( 1) arctan ln( 4 13) arctan 2 3 3 x x x x xdx dx dxx x x x x x x x dxdx dx dx x x x x x x xx x x x c + − ∗ + − − − = + + + + + + + + = − + − + + + + + + + = + − + + + − + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ (∗) 2 2 2 2 1 1 1 1 2arctan arctan 9 3 3 3 34 13 9 ( 2) 121 3 u dx dx dx du xu x x x ux +⎛ ⎞= = = = = ⎜ ⎟ ⎝ ⎠+ + + + ++⎛ ⎞+ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ ∫ Exemplo 3: 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 ( 1) 1 ( 1) 1 ( 1) x x A Bx C Dx E x x x xx x x x x x + + + + − = + + = − − + + + + + pois, pelo método de substituição, temos que 3 2 2 0 2 2 ( 1) x x xA x = + + = = + e, pelo método de igualar coeficientes, que 3 2 2 2 4 3 2 2 ( 1) ( 1)( ) ( ) (2 ) (4 ) ( ) 2 x x A x x x Bx C x Dx E B x Cx B D x C E x ⎫+ + = + + + + + + ⎪ ⎬ = + + + + + + + + ⎪⎭ 2 1 2 0 B C D E = −⎧ ⎪ =⇒ ⎨ = − ⎪ =⎩ Logo, (#) 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ( 1) 1 1 ( 1) 12ln ln( 1) arctan 1 x x x dx xdx dx dx dx xx x x x x x x x c x + + = − + − + + + + = − + + + + + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ■ (#) 2 1 2 2 2 22 2 1 1 ( 1) 1 t x dt x dx x dtdx tx t x ≡ + = = = = + +∫ ∫ Exemplo 4: 5 4 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ( 1) 1 ( 1) x x x x A B Cx D Ex G xx x x x x − + + − + + = + + + + + + Determinamos, pelo mét. de subst., 5 4 3 2 2 0 2 2 2 2 ( 1) x x x x xB x = − + + − = = − + e, pelo mét. de igualar coef., as demais constantes: 39 5 4 3 2 2 2 2 2 2 2 2 5 4 3 2 2 11 2 `0 2 2 2 ( 1) ( 1) ( ) ( 1) ( ) ( ) ( 2) (2 ) ( 4) 2 x x x x Ax x B x Cx D x x Ex G x A C x D x A C E x D G x A x − − ⎫ ⎪− + + − = ⎪ ⎪+ + + + + + + + ⎬ ⎪ ⎪= + + − + + + + + − + − ⎪⎭ 0 0 0 4 1 C D E G A =⎧ ⎪ =⎪⎪⇒ =⎨ ⎪ =⎪ =⎪⎩ Logo, 5 4 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 4 2ln 2 arctan ( 1) ( 1) 1 x x x x xdx dx x x c x xx x x x x − + + − ⎛ ⎞⎡ ⎤= − + = + + + +⎜ ⎟⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎝ ⎠+ + +∫ ∫ O último termo no integrando foi assim integrado: ( ) ( ) 2 2tan 2 2 2 4sec 2sen cos 2 sec cos ( 1) sec sen 2 1 1sen cos arctan 2 4 2 2 1 x dx d dx d d x xx x θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ θ = = = = + = + = + = + + ∫ ∫ ∫ onde, para expressar senθ e cosθ em função de x, fizemos uso da figura abaixo: Observação: Considere os seguintes cálculos da integral indefinida de 2 21 / ( ) ( 0)x a a− > : sec 2 2 2 2 2 2 sec tan 1 1 1csc ln csc cot ln tan x adx a d x ad a a ax a a x a θ θ θ θ θ θ θ θ θ = + = = = − + = − − −∫ ∫ ∫ . sen 2 2 2 2 2 2 cos 1 1 1sec ln sec tan ln cos x adx a d a xd a a ax a a a x θ θ θ θ θ θ θ θ = + = = − = − + = − − − −∫ ∫ ∫ . ( )2 2 1 1 1 1 ln ln ( ) ( ) 2 2 dx dx dx x a x a x a x a a x a x a ax a ⎛ ⎞= = − = − − +⎜ ⎟ ⎝ ⎠− + − +−∫ ∫ ∫ . Note que o primeiro resultado vale para sec ( , ] [ , )x a a aθ= ∈ −∞ − ∪ ∞ , isto é, se x a≤ − ou x a≥ ; o segundo, para sen [ , ]x a a aθ= ∈ − , e o terceiro é mais genérico, podendo ser em- pregado em qualquer intervalo de integração que não tenha os pontos x a= ou x a= − . Essa x 1 2 1x + 2 2 sen 1 1cos 1 x x x θ θ ⎫ ⎧ =⎪ ⎪ +⎪ ⎪⇒⎬ ⎨ ⎪ ⎪ = ⎪ ⎪ +⎭ ⎩θ 40 observação ressalta o fato de que, ao se mudar a variável no cálculo de uma integral, o intervalo de integração no qual a primitiva obtida é válida pode ter sido restringido. Na seç. 2.6 que segue, estudamos a integral mais complicada que pode surgir na aplicação do método de integração por frações parciais que foi considerada (sem a repetição de fatores irredutíveis de grau maior que dois). 2.6 Integral de γ( )2 Ax + B ax + bx + c a) Se Ax B+ for igual à derivada de 2ax bx c+ + a menos de um fator constante, faz-se a mudança de variável 2u ax bx c= + + (v. Exemplo 1 abaixo); se não for, verifique os casos se- guintes. b) Se 0, 1, 2, 3,γ = − − − , o integrando é um polinômio, fácil de integrar. c) Se 1, 2,3,γ = e 2 1 2( )( )ax bx c a x r x r+ + = − − , com 1r e 2r reais, integre por frações parciais. d) Se 2ax bx c+ + for irredutível em ou γ ∉ (e qualquer 2ax bx c+ + ), proceda como nos Exemplos 2 e 3, respectivamente. Exemplo 1: 3 2 2 2 2 (2 4) 3 33 ( 3 12 8) 3 12 8 u u x dx du c c ux x u x x ′− − = − = + = + − + + − + +∫ ∫ . Exemplo 2: 1 4 2 2 2 2 2 2 2 (8 8) 9(2 7) 1 9 4(4 8 13) (4 8 13) [4 8 13] u u J K xx du dxI dx dx c x x x x u x x ′ − ++ = = = + + − + − + − +∫ ∫ ∫ ∫ , onde 2 2 2 1 1 1 4 4 4(4 8 13) duJ uu x x = = − = − − +∫ . e 2 2 232( 1) 3tan 2 2 2 2 2 42 3sec 9 tan 2 2 3 2 2 sec 9 9 9 [4 8 13] [4( 1) 9] 81sec 1 1 1 sen 2 1cos sen cos 6 6 2 2 12 12 arctan ( 1) 1 2( 1) 3 . 12 12 4 8 13 4 8 13 x dx ddx dxK x x x d x x x x x x θ θ θ θ θ θ θ θθ θ θ θ θ − = = = = = − + − + ⎛ ⎞= = ⋅ + = +⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎡ ⎤− −⎣ ⎦= + ⋅ ⋅ − + − + ∫ ∫ ∫ ∫ 41 No próximo exemplo temos um fator quadrático que é redutível em [ 2 6 5x x− − − = ( 5)( 1)x x− + + ], um detalhe importante na integração por frações parciais, mas não no caso. Exemplo 3: 1 2 2 3/2 2 3/2 3/2 2 3/2 ( 2 6) 3 1 ( 3) 2( 6 5) ( 6 5) ( 6 5) u Ju K xx du dxI dx dx c x x x x u x x ′ − − − − = = = − + − + − − − − − − − − −∫ ∫ ∫ ∫ , onde 3/2 2 1 1 1 2 6 5 duJ uu x x = − = = − − −∫ . e 2 3 2sen 2 3/2 2 3/ 2 32cos 4sen 2 2 2cos3 3 3 ( 6 5) [4 ( 3) ] 8cos 3 3 3 3sen tan . 4 4 4 6 5 x dx dx dx dK x x x xd x x θ θ θ θ θ θ θ θ θ + = = = − = − = − − − − − + + = − = − = − − − − ∫ ∫ ∫ ∫ 3 2 24( 1) 9 4 8 13x x x− + = − + 2 2 2( 1)sen 4 8 13 3cos 4 8 13 x x x x x θ θ − = − + = − + 2( 1)x − θ θ 2 24 5 6t x x− = − − − 2 3t x= + θ 2 3tan 5 6 x x x θ +⇒ = − − − 42 2.7 Substituições Diversas 2.7.1 RAÍZES N-ÉSIMAS Exemplo 1: ( ) 2 2 22 12 2 1 2 arctan 1 1 1 2 2arctan u x x u dx u du x udx u du du u u c x u u x x c ≡ ∴ = = ⎛ ⎞= = − = − +⎜ ⎟ ⎝ ⎠+ + + = − + ∫ ∫ ∫ ■ Exemplo 2: 2 4 24 2 2 22 4 42 2 2 1 4 4 4 u x x u dx u du x u udx u du du du x u u u ≡ + ∴ = − = + ⎛ ⎞= = = +⎜ ⎟ ⎝ ⎠− − −∫ ∫ ∫ ∫ ( )4 1 12 1 2 1 2 ln 2 ln 2 ( 2)( 2) 2 2 du du u u u c u u u u ⎡ ⎤ ⎛ ⎞= + = + − = + − − + +⎜ ⎟⎢ ⎥ ⎝ ⎠− + − +⎣ ⎦∫ ∫ 2 4 2ln 4 2 2ln 4 2x x x c+ + + − − + + += ■ Note que devemos ter 0x ≠ em 4 /x x+ , o que garante que 2u ≠ . Exemplo 3: ( ) 2 3 2 2/3 1/3 1/3 3 13 ( 1) 1 11 3 3ln 1 2 3 3 3ln 1 2 dx u du u du u ux u u u c x x x c ⎡ ⎤= = − +⎢ ⎥⎣ ⎦+ ++ = − + + + = − + + + ∫ ∫ ∫ ■ 3 3 2 2 2 2 3 1 1 1( 1) 1 11 1 x uu x dx u du uu u u u u uu u uu ⎧ == ⇒ ⎨ =⎩ + − − − = − +− + ++ ∴ Exemplo 4: ( ) 3 3 2 4 3 2 5 2 2 5/3 2 2/3 3 ( 1) 3 ( ) 2 21 3 3 3( 1) ( 1) 2 5 2 10 4 x dx u u du u u du ux u u c x x c − = = − = + − + = + − + + ∫ ∫ ∫ ■ 2 3 3 2 2 3 2 3 2 1 1 2 3 3( ) ( 1) 2 x u u x x dx u du x dx x x dx u u du ⎧ = −⎪= + ⇒ ⎨ =⎪⎩ = = − Exemplo 5: ( ) ( ) 5 3( ) 2 3 23 3 2 1/2 1/3 1/6 1/6 6 16 6 1 1 1 6 ln 1 2 3 6 6ln 1 3 2 dx u du u du u u du u ux x u u u u u u c x x x x c ∗ = = = + + + − −− − = + + + − + = + + + − + ∫ ∫ ∫ ∫ ■ Passagem (∗) : [ ] 5 66 1/2 3 1/3 2 6 6 mmc(2,3) e dx u dx u x x u x u x u ⎧ =⎪= = ⇒ = ⇒ ⎨ = =⎪⎩ 43 Exemplo 6: ( ) ( ) 11 8( ) 7 6 5 4 3 2 4 33 4 8 7 6 5 4 3 2 12 112 12 1 1 1 12 ln 1 8 7 6 5 4 3 2 dx u du u du u u u u u u u du u ux x u u u u u u u u u u u c ∗ = = = − + − + − + − + + ++ + = − + − + − + − + + + ∫ ∫ ∫ ∫ = Passagem (∗) : 11 1/12 1212 1/3 4 1/4 3 12 e dx u du u x x x u x u x u ⎧ =⎪= = ⇒ = ⇒ ⎨ = =⎪⎩ Exemplo 7: ( ) ( ) 6 3( ) 5 3 2 27 75 3 2 2 2/7 2/7 7 7 7 1 1 1 7 77 ln 1 ln 1 2 2 2 2 dx u du u du uu du u u u ux x u u c x x c ∗ = = = + − − −− = + − + + − + ∫ ∫ ∫ ∫ = ■ 7 7 6 ( ) 7 u x x u dx u du ⎧ = ⎪∗ =⎨ ⎪ =⎩ Exemplo 8: ( ) 11 3( ) 2 9 834 3 2 3 2 1/4 1/6 1/12 1/12 12 12 112 1 1 1 4 6 12 12ln 1 4 6 12 12ln 1 dx u du u du u u du u uu ux x u u u u x x x x ∗ = = = + + + − −−− = + + + − = + + + − ∫ ∫ ∫ ∫ ■ 12 12 11 mmc(4,3) 12 ( ) 12 u x x u dx u du =⎧ ⎪ =⎪∗ ⎨ =⎪ ⎪ =⎩ 2.7.2 TANGENTE DO
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