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1 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 2 Sumário 1. Res. 945/22, exceto os anexos – Amarração de Cargas 9 1.1. Aplicabilidade ........................................................................................ 9 1.1.1. Exceções ........................................................................................ 9 1.2. Requisitos gerais de amarração ............................................................ 9 1.2.1. Dispositivos de amarração.............................................................. 9 1.3. Veículos do tipo prancha ou carroceria aberta .................................... 13 1.4. Veículos com guardas laterais rebatíveis ............................................ 14 1.5. Dispositivos diagonais ......................................................................... 15 1.6. Uso do painel frontal como batente ..................................................... 17 1.7. Veículos do tipo baú lonado ................................................................ 19 1.8. Veículos com carroceria inteiramente fechada .................................... 19 1.9. Infrações ............................................................................................. 20 2. Res. 561/2015, exceto as fichas – MBFT 24 2.1. Abreviaturas e siglas ........................................................................... 24 2.2. Introdução ........................................................................................... 25 2.3. Agente da Autoridade de Trânsito ....................................................... 25 2.4. Infração de Trânsito ............................................................................ 28 2.5. Responsabilidade pela Infração .......................................................... 29 2.5.1. Proprietário ................................................................................... 29 2.5.2. Condutor ....................................................................................... 29 2.5.3. Pessoa Física ou Jurídica expressamente mencionada no CTB .. 30 2.6. Autuação ............................................................................................. 30 2.6.1. Infrações concorrentes e concomitantes ...................................... 32 2.6.2. Abordagem ................................................................................... 32 2.6.3. Combinações de veículos ............................................................. 33 2.7. Medidas Administrativas ..................................................................... 33 2.7.1. Competência ................................................................................ 33 2.7.2. Retenção do Veículo ..................................................................... 33 2.7.3. Remoção do Veículo ..................................................................... 35 2.7.4. Recolhimento do Documento de Habilitação ................................ 36 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 3 2.7.5. Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual (CLA/CRLV) ............................................................................................... 37 2.8. Habilitação .......................................................................................... 37 2.8.1. Condutor oriundo de país Estrangeiro .......................................... 38 2.9. Disposições Finais .............................................................................. 38 3. Res. 918/2022– Processo Administrativo de Multa, com 845 40 3.1. Disposições Preliminares .................................................................... 40 3.1.1. Conceitos ...................................................................................... 40 3.2. Autuação ............................................................................................. 40 3.2.1. Identificação do condutor .............................................................. 41 3.2.2. Notificação da autuação no momento da abordagem ................... 41 3.3. Julgamento de Consistência do AIT .................................................... 41 3.4. Notificação da Autuação ..................................................................... 41 3.4.1. Conteúdo ...................................................................................... 42 3.4.2. Expedição ..................................................................................... 42 3.5. Identificação do Condutor Infrator ....................................................... 43 3.5.1. Impossibilidade de assinar ........................................................... 44 3.5.2. Responsabilidade do Proprietário ................................................. 44 3.5.1. Outras consequências .................................................................. 45 3.6. Defesa da Autuação ............................................................................ 45 3.7. Penalidade de Advertência por Escrito ............................................... 46 3.7.1. Normas de transição – L14071 ...................................................... 46 3.8. Notificação da Penalidade de Multa .................................................... 47 3.8.1. Expedição ..................................................................................... 47 3.8.2. Conteúdo ...................................................................................... 48 3.9. Notificação por Edital .......................................................................... 48 3.10. Recursos Administrativos ............................................................. 49 3.11. Valor para Pagamento da Multa ................................................... 49 3.11.1. Juros.......................................................................................... 50 3.11.2. Correção monetária ................................................................... 50 3.12. Arrecadação das Multas e do Repasse dos valores ..................... 50 3.12.1. Forma de pagamento ................................................................ 50 3.13. Veículos diplomáticos ................................................................... 51 3.14. Disposições gerais sobre notificação ............................................ 52 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 4 4. Res. 667/2017, exceto os anexos – Iluminação 55 4.1. Iluminação de veículos de emergência ............................................... 55 4.2. Limitação de iluminação ...................................................................... 55 4.3. Responsabilidade do fabricante .......................................................... 56 4.4. Proibições ........................................................................................... 56 4.5. Veículos inacabados ........................................................................... 57 4.5.1. Com cabine................................................................................... 57 4.5.2. Com cabine incompleta ou sem cabine ........................................ 57 4.6. Inovações tecnológicas ....................................................................... 57 4.7. Testes ................................................................................................. 57 5. Res. 723/2018 – Processo de Suspensão e Cassação, com 844 60 5.1. Introdução ........................................................................................... 60 5.2. Cassação do documento de habilitação .............................................. 61 5.3. Competência para aplicação ............................................................... 61 5.4. Suspensão do Direito de Dirigir ...........................................................61 5.4.1. Introdução ..................................................................................... 61 5.4.2. Norma de transição ...................................................................... 62 5.4.3. Por Pontuação .............................................................................. 62 5.4.4. Por Infração Específica ................................................................. 63 5.4.5. Por Resultado Positivo no Exame Toxicológico Periódico ............ 64 5.5. Curso Preventivo de Reciclagem ........................................................ 65 5.5.1. Hipóteses ...................................................................................... 66 5.5.2. Novo requerimento ....................................................................... 66 5.5.3. Efeitos ........................................................................................... 66 5.5.4. Infrações cometidas antes de 12/04/2021 .................................... 66 5.6. Processo Administrativo de Suspensão do Direito de Dirigir............... 66 5.6.1. Notificação .................................................................................... 67 5.6.2. Defesa prévia ................................................................................ 68 5.6.3. Diplomatas .................................................................................... 68 5.7. Apresentação de Defesa e de Recurso ............................................... 68 5.8. Aplicação da Penalidade ..................................................................... 68 5.8.1. Notificação .................................................................................... 68 5.8.2. Perda, Extravio, Furto ou Roubo .................................................. 69 5.8.3. Notificação de resultado de recurso ............................................. 69 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 5 5.8.4. Data de início do cumprimento da penalidade .............................. 69 5.8.5. Curso de reciclagem ..................................................................... 69 5.8.6. Prazos para aplicação da SDD ..................................................... 70 5.8.7. Documentos entregues ................................................................. 72 5.9. Cassação do Documento de Habilitação ............................................ 72 5.9.1. Conduzir veículo estando com o direito de dirigir suspenso ......... 73 5.9.2. Reincidência em infração específica ............................................. 73 5.9.1. Formas de Responsabilização ...................................................... 74 5.9.2. Reabilitação .................................................................................. 75 5.10. Prescrição ..................................................................................... 76 5.10.1. Termo inicial .............................................................................. 77 5.10.2. Interrupção da Prescrição da Pretensão Punitiva ...................... 78 5.10.3. Suspensão da prescrição da pretensão punitiva ou da pretensão executória .................................................................................................. 78 5.11. Restrição no Prontuário do Infrator ............................................... 78 5.12. Transferência do prontuário .......................................................... 79 5.13. Convênios ..................................................................................... 79 6. Res. 735/2018, exceto os anexos – CTV e CTVP 81 6.1. Conceito .............................................................................................. 81 6.2. Autorização Especial de Trânsito – AET .............................................. 82 6.2.1. Dispensa ....................................................................................... 82 6.3. Adaptações e acoplamento ................................................................. 83 6.3.1. Transporte de outro veículo sobre a cabine .................................. 83 6.3.2. Acoplamento de reboque e semirreboque .................................... 83 6.3.3. Requerimento ............................................................................... 84 6.3.4. Requisitos para a AET .................................................................. 84 6.4. Validade .............................................................................................. 85 6.5. Restrições ao tráfego .......................................................................... 85 6.6. Substituição de veículo ........................................................................ 85 6.7. Responsabilidade por danos ............................................................... 85 6.8. Cargas autorizadas ............................................................................. 86 6.9. Transformação de CTV em CTPV ....................................................... 86 6.10. Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP 86 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 6 6.10.1. Dispositivos de fixação .............................................................. 86 6.11. Infrações ....................................................................................... 87 6.12. Modelos dos Anexos .................................................................... 89 7. Res. 780/2019 - Placas Mercosul, com a 887 92 7.1. Identificação Veicular .......................................................................... 92 7.2. Somente PIV traseira .......................................................................... 92 7.3. QR Code ............................................................................................. 93 7.4. Segunda Piv Traseira .......................................................................... 93 7.5. Cores ................................................................................................... 94 7.6. Competências dos órgãos executivos de trânsito ............................... 95 7.6.1. SENATRAN .................................................................................. 95 7.6.2. DETRAN ....................................................................................... 96 7.6.3. Vedações ...................................................................................... 96 7.7. Fabricantes e Estampadores .............................................................. 96 7.7.1. Definições ..................................................................................... 96 7.7.2. Fabricantes ................................................................................... 97 7.7.3. Estampadores............................................................................... 97 7.7.4. Validade do credenciamento ........................................................ 98 7.7.5. Sanções administrativas ............................................................... 98 7.7.6. Outras responsabilidades ............................................................. 99 7.7.7. Vedações .................................................................................... 100 7.8. Processo Produtivo ........................................................................... 100 7.9. Substituição da PIV ........................................................................... 101 7.10. Implementação da nova PIV ....................................................... 101 7.10.1. Facultativa ............................................................................... 101 7.10.2. Obrigatória ............................................................................... 101 7.11. Norma de transição relativa à Resolução nº 729 ........................ 102 7.12. Infrações .....................................................................................102 7.13. Especificações das Placas de Identificação Veicular – PIV ......... 104 7.13.1. Elementos de Segurança ........................................................ 104 7.13.2. Fixação da Placa ao Veículo ................................................... 105 8. Res. 789/2020, Anexo I – CNH 108 9. Res. 798/2020 – Velocidade 112 9.1. Procedimentos para Fiscalização de Velocidade .............................. 112 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 7 9.2. Tipos de medidores ........................................................................... 112 9.2.1. Medidor do tipo Fixo ................................................................... 112 9.2.2. Medidor do tipo portátil ............................................................... 114 9.2.3. Observações sobre os medidores .............................................. 115 9.3. Requisitos Metrológicos e Técnicos dos Medidores .......................... 115 9.4. Instalação, Operação e Monitoramento de Medidores de Velocidade .................................................................................................. 116 9.4.1. Medidores Fixos ......................................................................... 117 9.4.2. Medidores Portáteis .................................................................... 118 9.5. Caracterização da Infração ............................................................... 120 9.5.1. Velocidade Medida e Velocidade Considerada .......................... 120 9.1. AIT e notificações .............................................................................. 120 9.2. Locais de Fiscalização e da Sinalização ........................................... 121 9.2.1. Medidores do tipo fixo ................................................................. 121 9.2.2. Velocidade máxima permitida por tipo de veículo ....................... 121 9.2.3. Medidores do tipo portátil ........................................................... 122 9.3. Disposições Finais ............................................................................ 123 9.3.1. Conceitos dos Anexos I e II ........................................................ 123 9.3.2. Tabela de valores referenciais de velocidade ............................. 124 9.3.3. Tabela para Enquadramento Infracional ..................................... 125 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 Res. 945/2022 raquel avelino ribeiroguiamaison@gmail.com 020.711.411-05 9 1. RES. 945/22, EXCETO OS ANEXOS – AMARRAÇÃO DE CARGAS A Resolução 552/2015 foi substituída em 01/04/2022 pela Resolução 945/2022, que veremos a seguir. Não estudaremos o seu anexo, porque o último edital da PRF não exigiu seu estudo. Conforme o CTB, as cargas transportadas nos veículos devem sempre estar bem amarradas, acomodadas e presas, para que não fiquem caindo ou derramando na via: Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga sobre a via. Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo com a sua natureza. Nestes termos, o CONTRAN publicou a Resolução nº 945/2022, que substituiu a R552 para disciplinar os critérios de amarração de cargas no país em veículos de carga, especiais ou mistos: Art. 1º Esta Resolução fixa os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas transportadas em veículos de carga. Parágrafo único. As disposições contidas nesta Resolução aplicam-se também aos veículos registrados como especiais ou mistos utilizados no transporte de cargas. 1.1. Aplicabilidade Só poderão transitar nas vias terrestres do território nacional abertas à circulação, transportando cargas, veículos que atendam aos requisitos previstos na Resolução. O descumprimento da Resolução implica o cometimento de infração de trânsito, que veremos ao final deste capítulo. 1.1.1. Exceções As disposições da Resolução não se aplicam: ao transporte de cargas que tenham regulamentação específica ao transporte realizado em veículo dedicado a transportar determinado tipo de carga, que possua sistemas específicos de contenção como, por exemplo, as cargas indivisíveis. 1.2. Requisitos gerais de amarração Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de carga ou superfície de carregamento do veículo, de modo a prevenir movimentos relativos durante todas as condições de operação esperadas no transcorrer da viagem, como: manobras bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelerações repentinas. 1.2.1. Dispositivos de amarração Devem ser utilizados: raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 10 Dispositivos de amarração: São os dispositivos projetados para serem fixados aos pontos de amarração com objetivo de imobilizar a carga no veículo. Exemplos: cintas têxteis, correntes ou cabos de aço, Devem ter capacidade máxima de trabalho nominal permitida para um conjunto de amarração no sentido longitudinal Dispositivos adicionais como: barras de contenção, trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito, separadores, bloqueadores e protetores. Pontos de amarração: São os dispositivos de ancoragem ou fixação existentes no veículo ao qual se pode fixar diretamente um dispositivo de amarração. Exemplo: elo, gancho, anel, saliência Devem existir em material adequado e em número suficiente, que são os pontos em que os dispositivos de amarração serão fixados. Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicável, que possa ser verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto. caminhoes-e-carretas.com Exemplo de pontos de amarração raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 11 robustec.ind.br Exemplo de cintas de amarração tecnotextil.com.br Exemplo de amarração feita com tensionador de corrente raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 12 tecnotextil.com.br Exemplo de amarração feita com cinta têxtil. Observe os pontos de amarração metálicos. 1.2.1.1. Fator de segurança Os dispositivos de amarração usados devem ter fator de segurança de, no mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga. 1.2.1.2. Responsabilidade É responsabilidade do condutor do veículo verificar periodicamente durante o percurso o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando necessário. 1.2.1.3. Cordas É proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga. Seu uso é permitido exclusivamente para: fixação da lona de cobertura, quando exigível. Ainda, conforme vimos na R946, as cordas são permitidas para amarração da cana-de-açúcar, quando transportada a granel, nos termos daquela Resolução. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 13 Carga indevidamente amarrada com corda, autuada pela PRF. Leia mais aqui. 1.2.1.4. Carroçarias de madeira As carroçarias de madeira deverão obedecer aos seguintes requisitos: Carroçarias fabricadas a partir de 1º de janeiro de 2017: devem ser construídas com madeira de alta densidade e alta resistência; devem ter, obrigatoriamente, fixadores metálicos de perfil U que comprovadamente resistam às forças solicitadas, conforme o Anexo da Resolução; não podem ser considerados pontos de fixação as guardas laterais e piso, se esses pontos de amarração não estiverem em contato com travessas ou chassi; Carroçarias em circulação antes de 1º de janeiro de 2017: deverão ser adicionados aos dispositivos de amarração perfismetálicos em "L" ou "U" nos pontos de fixação, fixados nas travessas da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem de gancho nesse perfil e garantir a resistência necessária. Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número suficiente, fica permitida a fixação dos dispositivos de amarração no próprio chassi do veículo. 1.3. Veículos do tipo prancha ou carroceria aberta Nos veículos do tipo prancha ou carroceria aberta, transportando equipamento(s), máquina(s), veículo(s) ou qualquer outro tipo de carga fracionada, cada unidade de carga deve ser amarrada com correntes, cintas têxteis, cabos de aço ou combinação entre esses tipos, ancorados nos pontos de amarração da estrutura metálica da carroceria e/ou do próprio chassi, em pelo menos 4 (quatro) terminais de amarração. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 https://www.chicodaboleia.com.br/policia-multa-caminhoneiros-que-transportam-cargas-amarradas-por-cordas/ 14 tecnotextil.com.br Exemplo de transporte de carga fracionada em carroceria aberta ipira.sc.gov.br Exemplo de transporte de carga fracionada em carroceria prancha 1.4. Veículos com guardas laterais rebatíveis Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo lado interno das guardas laterais. E a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas laterais? Veja: É proibido passar os dispositivos pelo lado externo se houver haver raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 15 espaço entre a carga e as guardas laterais. É permitido passar os dispositivos pelo lado externo se a carga: o ocupa todo o espaço interno da carroceria; o está apoiada ou próxima das guardas laterais ou dos seus fueiros; e o impede a passagem dos dispositivos de amarração por dentro das guardas. Os pontos de amarração devem ser fixados na parte metálica da carroceria ou no próprio chassi, vedada a fixação exclusiva no piso de madeira. 1.5. Dispositivos diagonais Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido longitudinal, restando espaços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem ser utilizados, além dos dispositivos de amarração, outros dispositivos diagonais que impeçam os movimentos para frente e para trás da carga. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 16 NOVIDADE DA R945: Os dispositivos diagonais de que trata o caput também devem ser utilizados: nos veículos cujos painéis dianteiro e traseiro não sejam dispositivos de contenção; e nos veículos que não sejam dotados de painéis. tecnotextil.com.br raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 17 researchgate.ne Neste caso acima, o caminhão está irregular, porque há espaço entre a carga e o batente, e não estão sendo usados os dispositivos diagonais. O uso dos dispositivos diagonais serve para evitar que a carga invada o espaço da cabine no caso de freadas ou sinistros, e ocorra como no acidente retratado na foto. Leia mais sobre o acidente aqui. 1.6. Uso do painel frontal como batente No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o painel frontal deve ter resistência suficiente para absorver os esforços previstos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que se destinam. Neste caso, é proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e exista a possibilidade de deslizamento longitudinal da parte da carga que está acima do painel frontal. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2019/06/13/motorista-e-resgatado-apos-carga-se-soltar-e-destruir-cabine-na-dutra-em-cacapava.ghtml 18 Esta norma também visa evitar que casos como o da foto aconteçam. Leia mais sobre esta notícia aqui. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 https://jornalcaminhoneiro.com/passageira-morre-apos-carga-de-tubos-esmagar-cabine-de-caminhao-br-153/ 19 1.7. Veículos do tipo baú lonado Nos veículos do tipo baú lonado (tipo sider), as lonas laterais não podem ser consideradas como estrutura de contenção da carga, devendo existir pontos de amarração em número suficiente. https://www.youtube.com/watch?v=jtlj7eb22EY&ab_channel=AlexandreEstanislau e transportadoraabc.com.br Exemplos de veículos tipo sider 1.8. Veículos com carroceria inteiramente fechada Para veículos com carroceria inteiramente fechada, tais como furgão carga geral, baú isotérmico e baú frigorífico: veículos do tipo baú lonado (tipo sider) lonas laterais não são estrutura de contenção da carga devem existir pontos de amarração raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 https://www.youtube.com/watch?v=jtlj7eb22EY&ab_channel=AlexandreEstanislau 20 as paredes podem ser consideradas como estrutura de contenção; é opcional a existência de pontos de amarração internos. solucoesindustriais.com.br Exemplo de caminhão com baú frigorífico 1.9. Infrações O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará, conforme o caso, na aplicação das seguintes sanções previstas no CTB: Art. 169: quando transitar com os dispositivos de fixação sem estarem devidamente tensionados. Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: Infração - leve; Penalidade - multa. Art. 230, inciso IX: quando for constatada falta dos dispositivos obrigatórios de fixação, fabricados para amarração de cargas, ou mecanismo de tensionamento (quando aplicável); quando estiver dotado de dispositivos obrigatórios de fixação em mau estado de conservação; quando utilizar cordas como dispositivo de amarração de carga, em substituição aos dispositivos de fixação previstos nesta Resolução; Art. 230. Conduzir o veículo: IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 21 Art. 230, inciso X: quando utilizar a passagem dos dispositivos de fixação pelo lado externo das guardas laterais nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis; quando utilizar os dispositivos de fixação com os pontos de ancoragem não fixados nas travessas da estrutura da carroceria, ou com os pontos de ancoragem em desacordo com os requisitos do Anexo; Art. 230. Conduzir o veículo: X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; Art. 235: quando transportar carga ultrapassando a altura do painel frontal, existindo a possibilidade de deslizamento longitudinal da parte da carga que está acima do painel frontal. Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo. Art. 237: quando for constatada a ausência da placa ou adesivo de identificação contendo o nome e CNPJ do fabricante dos dispositivos, prevista no item 5 do Anexo. Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. As situações infracionais descritas neste artigo não afastam a possibilidade de aplicação de outras penalidades previstasno CTB. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 22 Veja este clipping de notícias de 2021 acerca de caminhões que se envolveram em sinistros em razão da amarração precária de suas cargas: https://drive.google.com/file/d/1JaEJETjELKWJNSCHWdpmnFwUSDEEOvuW/ view raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 https://drive.google.com/file/d/1JaEJETjELKWJNSCHWdpmnFwUSDEEOvuW/view https://drive.google.com/file/d/1JaEJETjELKWJNSCHWdpmnFwUSDEEOvuW/view 23 Res. 561/2015 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 24 2. RES. 561/2015, EXCETO AS FICHAS – MBFT A R561 aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito e traz diversas disposições que nos auxiliam na compreensão do restante da matéria de trânsito. Como o próprio nome diz, trata-se de um Manual, cujo texto é simples e didático e repete diversas partes do CTB e de outras resoluções, de uma forma consolidada. 2.1. Abreviaturas e siglas A R561 utiliza as seguintes abreviaturas, que nós costumamos utilizar nas nossas aulas. Você poderá encontrá-las em questões também: ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor AE: Autorização Especial AGETRAN: Agência Municipal de Transporte e Trânsito AIT: Auto de Infração de Trânsito Art: Artigo CF: Constituição Federal CLA: Certificado de Licenciamento Anual CMT: Capacidade Máxima de Tração CNH: Carteira Nacional de Habilitação CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito CP: Código Penal CPF: Cadastro de Pessoa Física CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo CRV: Certificado de Registro de Veículo CSV: Certificado de Segurança Veicular CTB: Código de Trânsito Brasileiro CTV: Combinação para Transporte de Veículos CTVV: Convenção de Trânsito Viário de Viena CVC: Combinação de Veículos de Carga Dec.: Decreto DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito DER: Departamento de Estradas de Rodagem DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DPRF: Departamento de Polícia Rodoviária Federal raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 25 Ex.: Exemplo GLP: Gás Liquefeito de Petróleo GNV: Gás Natural Veicular INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial. IPVA: Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores ITL: Instituições Técnica Licenciadas ITT: Instituto Tecnológico de Transporte e Trânsito ITV: Inspeção Técnica Veicular LCP: Lei das Contravenções Penais NBR: Normas Técnicas Brasileiras PBT: Peso Bruto Total PBTC: Peso Bruto Total Combinado PM: Polícia Militar PPD: Permissão para Dirigir RBMLQ: Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade RENACH: Registro Nacional de Condutores Habilitados RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores RNE: Registro Nacional de Estrangeiro Res.: Resolução SNT: Sistema Nacional de Trânsito 2.2. Introdução A fiscalização, conjugada às ações de operação de trânsito, de engenharia de tráfego e de educação para o trânsito, é uma ferramenta de suma importância na busca de uma convivência pacífica entre pedestres e condutores de veículos. As ações de fiscalização influenciam diretamente na segurança e fluidez do trânsito, contribuindo para a efetiva mudança de comportamento dos usuários da via, e de forma específica, do condutor infrator, através da imposição de sanções, propiciando a eficácia da norma jurídica. Nesse contexto, o papel do agente de trânsito é desenvolver atividades voltadas à melhoria da qualidade de vida da população, atuando como facilitador da mobilidade urbana ou rural sustentáveis, norteando-se, dentre outros, pelos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Desta forma o Manual tem como objetivo uniformizar procedimentos, de forma a orientar os agentes de trânsito nas ações de fiscalização. 2.3. Agente da Autoridade de Trânsito Relembre as definições de agente da autoridade de trânsito e de agente de trânsito dadas pela L14229: raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 26 AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - agente de trânsito e policial rodoviário federal que atuam na fiscalização, no controle e na operação de trânsito e no patrulhamento, competentes para a lavratura do auto de infração e para os procedimentos dele decorrentes, incluídos o policial militar ou os agentes referidos no art. 25-A deste Código, quando designados pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, mediante convênio, na forma prevista neste Código. AGENTE DE TRÂNSITO - servidor civil efetivo de carreira do órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário, com as atribuições de educação, operação e fiscalização de trânsito e de transporte no exercício regular do poder de polícia de trânsito para promover a segurança viária nos termos da Constituição Federal. A L14229 separou as duas definições para diferenciar claramente o conceito da carreira (cargo) de agente de trânsito, que atua como agente da autoridade e o conceito da função de agente da autoridade de trânsito, que pode ser exercida tanto por agentes de trânsito quanto por policiais. Dispõe a R561 que o agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de sua competência. Para que possa exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções. Ou seja, não pode autuar nas férias! AGENTE de trânsito não é a mesma coisa que AUTORIDADE de trânsito! A autoridade possui competência para aplicar as penalidades, enquanto o agente possui apenas competência para fiscalização, lavratura do AIT e aplicação das medidas administrativas, não podendo aplicar penalidades. O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá estar caracterizado conforme padrão da instituição, para que as pessoas saibam que está ocorrendo fiscalização. A caracterização é o “uniforme” do veículo O agente da autoridade de trânsito, ao constatar o cometimento da infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as medidas administrativas cabíveis. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 27 É vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão ou entidade de trânsito realize operação (comando) de fiscalização de normas de circulação e conduta, em que um agente de trânsito constate a infração e informe ao agente que esteja na abordagem. Neste caso, o agente que constatou a infração deverá convalidar a autuação no próprio auto de infração ou na planilha da operação (comando), a qual deverá ser arquivada para controle e consulta. É VEDADA a lavratura de AIT por solicitação de particular. O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei, não havendo discricionariedade com relação a sua lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do CTB. A g e n te d a A u to ri d a d e d e T râ n s it o Pode ser servidor civil estatutário celetista policial militar Deve estar credenciado de uniforme no regular exercício das suas funções em veículo caracterizados PROIBIDA lavratura do AIT por solicitação de terceiros EXCETO quando o órgão ou entidade de trânsito realize operação (comando) de fiscalização de normas de circulação e conduta em que um agente de trânsito constate a infração e informeao agente que esteja na abordagem; neste caso, o agente que constatou a infração deverá convalidar a autuação raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 28 O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática das infrações de trânsito, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito, sem, contudo, omitir se das providências que a lei lhe determina. Como o AIT é um ato vinculado, a omissão na sua lavratura quando o agente constata uma situação de infração constitui crime de PREVARICAÇÃO, previsto no art. 319 do Código Penal: Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 2.4. Infração de Trânsito Constitui infração a inobservância a qualquer preceito da legislação de trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou entidade executiva do trânsito. Alterado pela L14071, o art. 161 do CTB excluiu o descumprimento a normas do CONTRAN do conceito de infração: Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código ou da legislação complementar, e o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas indicadas em cada artigo deste Capítulo e às punições previstas no Capítulo XIX deste Código. Lavratura do AIT = ato VINCULADO NÃO É discricionário PRIORIDADE é Prevenção dos ilícitos SE OCORRER A INFRAÇÃO... Há DEVER legal de autuar Deve tratar o cidadão com urbanidade e respeito raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 29 O infrator está sujeito às penalidades e medidas administrativas previstas no CTB. As infrações classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias, computados, ainda, os seguintes números de pontos: 2.5. Responsabilidade pela Infração As penalidades serão impostas, normalmente, ao condutor ou ao proprietário do veículo, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionadas no CTB. 2.5.1. Proprietário Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar. 2.5.2. Condutor infração de natureza GRAVÍSSIMA 7 pontos infração de natureza GRAVE 5 pontos infração de natureza MÉDIA 4 pontos infração de natureza LEVE 3 pontos O PROPRIETÁRIO é SEMPRE responsável pela infração referente a: prévia regularização (CRV, CRLV, certificado de segurança, etc) preenchimento das formalidades e condições para o trânsito do veículo conservação e inalterabilidade de suas características componentes e agregados habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida outras disposições que deva observar raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 30 Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo (art. 257, §3º do CTB). 2.5.3. Pessoa Física ou Jurídica expressamente mencionada no CTB A pessoa física ou jurídica é responsável por infração de trânsito, não vinculada a veículo ou à sua condução, expressamente mencionada no CTB. Exemplo ocorre na infração capitulada no art. 245: Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material. Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. 2.6. Autuação Autuação é ato administrativo da Autoridade de Trânsito ou de seus agentes quando da constatação do cometimento de infração de trânsito, devendo ser formalizado por meio da lavratura do AIT. O AIT é peça informativa que subsidia a Autoridade de Trânsito na aplicação das penalidades e sua consistência está na perfeita caracterização da infração, devendo ser preenchido de acordo com as disposições contidas no artigo 280 do CTB e demais normas regulamentares, com registro dos fatos que fundamentaram sua lavratura. Autuação ato administrativo vinculado praticado por Autoridade de Trânsito • ou seus agentes quando da constatação de infração de trânsito Deve ser formalizado por meio da lavratura do AIT raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 31 O AIT não poderá conter rasura, emenda, uso de corretivo, ou qualquer tipo de adulteração. O seu preenchimento se dará com letra legível, preferencialmente, com caneta esferográfica de tinta azul. Poderá ser utilizado o talão eletrônico para o registro da infração conforme regulamentação específica. O AIT deverá ser impresso em, no mínimo, duas vias, exceto o registrado em equipamento eletrônico: Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou entidade de trânsito para os procedimentos administrativos de aplicação das penalidades previstas no CTB. AIT Peça informativa subsidia a Autoridade consistência = perfeita caracterização da infração e preenchimento preenchido de acordo com a legislação registro dos fatos que fundamentam sua lavratura A IT não poderá conter rasuras emendas uso de corretivos qualquer tipo de adulteração. O seu preenchimento se dará com: letra legível preferencialmente, com caneta esferográfica de tinta preta ou azul Poderá ser utilizado o talão eletrônico para o registro da infração conforme regulamentação específica raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 32 A outra via deverá ser entregue ao condutor, quando se tratar de autuação com abordagem, ainda que este se recuse a assiná-lo. O agente só poderá registrar uma infração por auto e, no caso da constatação de infrações em que os códigos infracionais possuam a mesma raiz (os três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma infração. Exemplo: veículo sem equipamento obrigatório e com equipamento obrigatório ineficiente/inoperante, utilizar o código 663-71 e descrever no campo ‘Observações’ a situação constatada (ex: sem o estepe e com o extintor de incêndio vazio). 2.6.1. Infrações concorrentes e concomitantes As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes: São concorrentes aquelas em que o cometimento de uma infração tem como pressuposto o cometimento de outra. Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 230, V). Nesse caso, o agente deverá lavrar um único AIT, com base no art. 230, V. São concomitantes aquelas em que o cometimento de uma infração não implica o cometimento de outra, na forma do art. 266 do CTB. Por exemplo: dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a qual é habilitado (art. 162, III). Nesse caso, o agente deverá lavrar os dois AIT. 2.6.2. Abordagem O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar o condutor do veículo para constatar a infração, ressalvados os casos nos quais a infração poderá ser comprovada sem a abordagem. Para esse fim, o Manual estabelece as seguintes situações, que são especificadas nas fichas individuais das infrações (não se preocupe, pois as fichas não são cobradas no nosso concurso): Caso 1: “possível sem abordagem” - significa que a infração pode ser constatada sem a abordagem do condutor. Caso 2: “mediante abordagem” – significa que a infração só pode serconstatada se houver a abordagem do condutor. Concorrentes Concomitantes raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 33 Caso 3: “vide procedimentos” - significa que, em alguns casos, há situações específicas para abordagem do condutor. 2.6.3. Combinações de veículos Nas infrações cometidas com combinação de veículos, preferencialmente será autuada a unidade tratora (o veículo que está “puxando” o conjunto). Na impossibilidade desta, a unidade tracionada. 2.7. Medidas Administrativas Medidas administrativas são providências de caráter complementar, exigidas para a regularização de situações infracionais, sendo, em grande parte, de aplicação momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a continuidade da prática infracional, garantindo a proteção à vida e à incolumidade física das pessoas. Elas não se confundem com penalidades. 2.7.1. Competência Sua aplicação compete à: autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via, e seus agentes Na sua aplicação, devem ser consideradas a necessidade de segurança e fluidez do trânsito. A impossibilidade de aplicação de medida administrativa prevista para infração não invalida a autuação pela infração de trânsito, nem a imposição das penalidades previstas. 2.7.2. Retenção do Veículo Medidas administrativas providências de caráter complementar exigidas para a regularização de situações infracionais na maioria, de aplicação momentânea Finalidade de impedir a continuidade da prática infracional garantindo a proteção à vida e à incolumidade física das pessoas Não se confundem com penalidades raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 34 Consiste na sua imobilização no local da abordagem, para a solução de determinada irregularidade. A retenção se dará nas infrações em que esteja prevista esta medida administrativa. 2.7.2.1. Regularização imediata Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde for constatada a infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação. 2.7.2.2. Liberação condicionada Na impossibilidade de sanar a falha no local da infração, o veículo poderá ser retirado por condutor regularmente habilitado, desde que não ofereça risco à segurança do trânsito, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual - CLA/CRLV, contra recibo, notificando o condutor do prazo para sua regularização. No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá providenciar a regularização do veículo e apresentá-lo no local indicado, onde, após submeter-se à vistoria, terá seu CLA/CRLV restituído. Nos termos da L14071, o agente fixará prazo para regularização, que não será não superior a 30 (trinta) dias. No caso de não observância do prazo estabelecido para a regularização, o agente da autoridade de trânsito deverá encaminhar o documento ao órgão ou entidade de trânsito de registro do veículo. Nos termos do art. 270, §6º, do CTB: § 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o § 2o, será feito registro de restrição administrativa no Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, que será retirada após comprovada a regularização. 2.7.2.3. Transferência da retenção ou remoção Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será recolhido ao depósito. Havendo comprometimento da segurança do trânsito e/ou no caso de o condutor sinalizar que não regularizará a situação, a retenção do veículo poderá ser transferida para local mais adequado ou para o depósito do órgão ou entidade de trânsito. 2.7.2.4. Retenção facultativa No caso de comprometimento da segurança do trânsito ou quando o condutor não sinalizar que regularizará a infração a retenção poderá ser transferida para local mais adequado ou o veículo removido para o depósito do órgão ou entidade de trânsito. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 35 A retenção pode deixar de ser aplicada imediatamente, desde que o veículo ofereça condições de segurança para circulação em via pública, quando se tratar de: transporte coletivo conduzindo passageiros; veículo transportando produto: o perigoso o perecível 2.7.3. Remoção do Veículo A remoção do veículo consiste em deslocar o veículo para o depósito fixado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via. Sua finalidade é restabelecer as condições de segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem administrativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela legislação. A remoção deve ser feita: por meio de veículo destinado para esse fim (veículos tipo guincho); na falta deste, valendo-se da própria capacidade de movimentação do veículo a ser removido, desde que haja condições de segurança para o trânsito. 2.7.3.1. Regularização imediata A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, regularmente habilitado, sanar a irregularidade no local, desde que isso ocorra antes que a operação de remoção tenha sido iniciada, ou quando o agente avaliar que a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via. R e m o ç ã o = deslocar o veículo até depósito credenciado para restabelecer as condições de segurança e fluidez da via e garantir a boa ordem administrativa Pode ser feita através de veículo destinado a este fim ("guincho") valendo-se da própria capacidade de movimentação do veículo a ser removido desde que haja condições de segurança para o trânsito raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 36 Este procedimento somente se aplica para o veículo devidamente licenciado e que esteja em condições de segurança de circulação. 2.7.3.2. Restituição A restituição dos veículos removidos só ocorrerá após o pagamento das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação específica. 2.7.4. Recolhimento do Documento de Habilitação O recolhimento do documento de habilitação tem por objetivo imediato impedir a condução de veículos nas vias públicas enquanto perdurar a irregularidade constatada. O documento de habilitação será recolhido pelo agente, mediante recibo, sendo uma das vias entregue, obrigatoriamente, ao condutor, e ficará sob custódia do órgão ou entidade de trânsito responsável pela autuação até que o condutor comprove que a irregularidade foi sanada. Atualmente, este recolhimento pode ocorrer de forma física ou virtual, em razão dos atuais documentos digitais. Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade de trânsito responsável pela autuação em até 5 (cinco) dias da data do cometimento da infração, o documento será encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável pelo seu registro. Sanada a irregularidade, a restituição do documento de habilitação se dará sem qualquer outra exigência. O recibo expedido pelo agente não autoriza a condução do veículo. NÃO SERÁ REMOVIDO O VEÍCULO se a causa da remoção for sanada ANTES de ser iniciada a operação de remoção quando o agente avaliar que a remoção trará ainda mais prejuízo ao trâsnito Após o recolhimento da habilitação durante os 5 primeiros dias documento fica no órgão responsável pela AUTUAÇÃO decorridos mais de 5 dias documento é encaminhado ao órgão responsável pelo REGISTRO raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 37 2.7.5. Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual (CLA/CRLV) Esta medida consiste no recolhimento do documento que certifica o licenciamento do veículo com o objetivo de garantir que o proprietário promova a regularização da infração constatada. Atualmente, este recolhimento pode ocorrer de forma física ou virtual, em razão dos atuais documentos digitais. Será aplicada quando não for sanada a irregularidade, nos casos em que esteja prevista a medida administrativa de retençãodo veículo. Quando houver fundada suspeita quanto à inautenticidade ou adulteração, deverão ser adotadas as medidas de polícia judiciária. Todo e qualquer recolhimento de CLA deve ser documentado por meio de recibo, sendo que uma das vias será entregue, obrigatoriamente, ao condutor. Após o recolhimento do documento pelo agente, a Autoridade de Trânsito do órgão autuador deverá adotar medidas destinadas ao registro do fato no RENAVAM. 2.8. Habilitação Para a condução de veículos automotores é obrigatório o porte do documento de habilitação, apresentado no original e dentro da data de validade. Atualmente, este porte foi flexibilizado pela L14071: Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional. § 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado. O documento de habilitação não pode estar plastificado para que sua autenticidade possa ser verificada. São documentos de habilitação: raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 38 A tabela constante na R561 foi substituída pela publicada pela R789, que veremos adiante. 2.8.1. Condutor oriundo de país Estrangeiro O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir portando Permissão Internacional para Dirigir (PID) ou documento de habilitação estrangeira, acompanhados de documento de identificação, quando o país de origem do condutor for signatário de Acordos ou Convenções Internacionais, ratificados pelo Brasil, respeitada a validade da habilitação de origem e o prazo máximo de 180 dias da sua estada regular no Brasil. Demais disposições sobre condutores estrangeiros foram regulamentadas pela R933. 2.9. Disposições Finais Segundo o CTB, o ciclista desmontado se equipara a pedestre: Art. 68, § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. Porém, o condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor, quando desmontado e puxando ou empurrando o veículo nas vias públicas, não se equipara ao pedestre, estando sujeito às infrações previstas no CTB, mesmo que o veículo esteja desligado. - Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) •habilita o condutor somente para conduzir ciclomotores e cicloelétricos Permissão para Dirigir (PPD) •Categorias A e B Carteira Nacional de Habilitação (CNH) •categorias A, B, C, D e E. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 39 Res. 918/2022 raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 40 3. RES. 918/2022– PROCESSO ADMINISTRATIVO DE MULTA, COM 845 A Resolução 619/2016 foi substituída em 01/04/2022 pela Resolução 918/2022, que veremos a seguir. 3.1. Disposições Preliminares Esta Resolução consolida as normas sobre os procedimentos para a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados. 3.1.1. Conceitos Para os fins previstos nesta Resolução, entende-se por: Auto de Infração de Trânsito (AIT): documento que dá início ao processo administrativo para imposição de punição, em decorrência de alguma infração à legislação de trânsito; Notificação da Autuação (NA): procedimento que dá ciência ao proprietário do veículo de que foi cometida uma infração de trânsito com seu veículo; Notificação da Penalidade (NP): procedimento que dá ciência da imposição de penalidade, bem como indica o valor da cobrança da multa de trânsito; Órgão autuador: órgão ou entidade competente para autuar o proprietário ou condutor pelo cometimento de infração de trânsito, julgar a defesa da autuação e aplicar as penalidades de multa de trânsito; e Órgão arrecadador: órgão ou entidade que efetua a cobrança e o recebimento da multa de trânsito, de sua competência ou de terceiros, sendo responsável pelo repasse dos 5% (cinco por cento) do valor da multa de trânsito à conta do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), de que trata o § 1º do art. 320 do CTB. 3.2. Autuação Constatada a infração pela autoridade de trânsito ou por seu agente, ou ainda comprovada sua ocorrência por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnológico disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN, será lavrado o AIT, que deverá conter os dados mínimos definidos pelo art. 280 do CTB e em regulamentação específica. O AIT poderá ser lavrado pela autoridade de trânsito ou por seu agente: por anotação em documento próprio; o Esta situação ocorre na lavratura de AIT físico; por registro em talão eletrônico isolado ou acoplado a equipamento de detecção de infração regulamentado pelo CONTRAN, atendido o procedimento definido pelo órgão máximo executivo de trânsito da União; o constitui-se de sistema informatizado (software) instalado em equipamentos preparados para esse fim ou no próprio sistema de registro de infrações do órgão autuador, na forma disciplinada pelo raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 41 órgão máximo executivo de trânsito da União. por registro em sistema eletrônico de processamento de dados, quando a infração for comprovada por equipamento de detecção provido de registrador de imagem, regulamentado pelo CONTRAN. o Esta situação ocorre quando a infração é constatada através de equipamento como registrador de velocidade, por exemplo. O órgão autuador, sempre que possível, deverá imprimir o AIT para início do processo administrativo de aplicação da penalidade, sendo dispensada a assinatura da autoridade ou de seu agente. O registro da infração autuada através de sistema eletrônico será referendado por autoridade de trânsito, ou seu agente, que será identificado no AIT. 3.2.1. Identificação do condutor Sempre que possível, o condutor será identificado no momento da lavratura do AIT. Quando isso não acontecer, o condutor poderá ser identificado posteriormente pelo responsável pelo veículo, na forma como veremos adiante. 3.2.2. Notificação da autuação no momento da abordagem O AIT valerá como NA quando: for assinado pelo condutor; este for o proprietário do veículo ou o principal condutor previamente identificado conste a data do término do prazo para a apresentação da defesa da autuação, nos termos do art. 281-A do CTB. 3.3. Julgamento de Consistência do AIT Antes da expedição da NA, a autoridade de trânsito deve realizar o julgamento de consistência do AIT, para se certificar de que foi preenchido corretamente. A autoridade de trânsito poderá utilizar meios tecnológicos para verificação da regularidade e da consistência do AIT. Nos termos do CTB: 3.4. Notificação da Autuação O auto de infração será arquivado e Seu registro julgado insubsitente Se considerado Inconsistente Irregular Se não for expedida notificação Prazo máximo de 30 dias da data da autuação da infração raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 42 A NA é a primeira notificação enviada no processo administrativo. 3.4.1. Conteúdo A NA deve conter: os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB, que se referem às informações sobre a autuação; Os dados do condutor identificado no AIT, ou as instruções para apresentá-lo Os dados e o prazo para apresentação da defesa da autuação. 3.4.2. Expedição Com exceçãoda hipótese em que o condutor é notificado no momento da autuação, após a verificação da regularidade e da consistência do AIT, o órgão autuador expedirá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do cometimento da infração, a NA dirigida ao proprietário do veículo. Caso o condutor seja identificado no momento da autuação, não será necessário expedir a NA. A não expedição da NA no prazo ensejará o arquivamento do AIT, pela decadência ocorrida. O que deve ocorrer dentro dos 30 dias, é a EXPEDIÇÃO da notificação, e não a sua entrega. A expedição das notificações Resolução se caracteriza: Torna-se obrigatória a atualização imediata da base nacional, por parte dos Expedição da NA Dentro de 30 dias contados da autuação envio e entrega da notificação Após 30 dias decadência e arquivamento do AIT quando utilizada a remessa postal pela entrega da notificação pelo órgão autuador à empresa responsável por seu envio quando utilizado sistema de notificação eletrônica pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão autuador do veículo raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 43 órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, sempre que houver alteração dos dados cadastrais do veículo e do condutor. 3.5. Identificação do Condutor Infrator Nos termos do CTB, quando não for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação da autuação, para apresentá-lo. Desta forma, caso o condutor do veículo seja o responsável pela infração, não seja o proprietário ou o principal condutor do veículo e não seja identificado no ato do cometimento da infração, o proprietário ou principal condutor do veículo deverá indicar o real condutor infrator, por meio de formulário de identificação do condutor infrator, que acompanhará a NA e deverá conter, no mínimo: I - identificação do órgão autuador; II - campos para o preenchimento da identificação do condutor infrator: nome e números de registro dos documentos de habilitação, identificação e CPF; III- campo para a assinatura do proprietário do veículo; IV - campo para a assinatura do condutor infrator; V - placa do veículo e número do AIT; VI - data do término do prazo para a identificação do condutor infrator e interposição da defesa da autuação; VII - esclarecimento das consequências da não identificação do condutor infrator, nos termos dos §§ 7º e 8º do art. 257 do CTB; VIII - esclarecimento de que a indicação do condutor infrator somente será acatada e produzirá efeitos legais se o formulário de identificação do condutor estiver corretamente preenchido, sem rasuras, com assinaturas originais do condutor e do proprietário do veículo; IX - endereço para entrega do formulário de identificação do condutor infrator; e X - esclarecimento sobre a responsabilidade nas esferas penal, cível e administrativa, pela veracidade das informações e dos documentos fornecidos. Algumas disposições diversas sobre indicação de condutor: Em se tratando de condutor estrangeiro, deverão ser apresentadas cópias dos documentos previstos em legislação específica. O formulário de identificação do condutor infrator poderá ser substituído por outro documento, desde que contenha as informações mínimas exigidas neste artigo. Os órgãos e entidades de trânsito deverão registrar as indicações de condutor no Registro Nacional de Condutores Habilitados (RENACH), administrado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, o qual disponibilizará os registros de indicações de condutor de forma a possibilitar o acompanhamento e averiguações das reincidências e irregularidades nas indicações de condutor infrator, articulando-se, para este fim, com outros órgãos da Administração Pública. Constatada irregularidade na indicação do condutor infrator, capaz de configurar ilícito penal, a autoridade de trânsito deverá comunicar o fato à raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 44 autoridade competente. Para fins de indicação do condutor infrator, o principal condutor equipara- se ao proprietário do veículo. 3.5.1. Impossibilidade de assinar Na impossibilidade da coleta da assinatura do condutor infrator, além do preenchimento das informações, deverá ser anexado ao formulário de identificação do condutor infrator: Para veículo registrado em nome de órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios ofício do representante legal do órgão ou entidade, identificando o condutor infrator, acompanhado de cópia de documento que comprove a condução do veículo no momento do cometimento da infração; Para veículo registrado em nome das demais pessoas jurídicas cópia de documento onde conste cláusula de responsabilidade por infrações cometidas pelo condutor e comprove a posse do veículo no momento do cometimento da infração, o qual deve conter, no mínimo: o identificação do veículo; o identificação do proprietário; o identificação do condutor; o cláusula de responsabilidade pelas infrações; e o período em que o veículo esteve na posse do condutor apresentado, podendo esta informação constar em documento separado, desde que devidamente assinado pelo condutor. 3.5.2. Responsabilidade do Proprietário O proprietário do veículo será considerado responsável pela infração cometida, nas seguintes situações: 3.5.2.1. Proprietário pessoa jurídica Caso ocorra esta hipótese e o proprietário do veículo seja uma pessoa jurídica, será imposta uma nova multa, nos termos do § 8º do art. 257 do CTB, expedindo- se a NP ao proprietário do veículo, nos termos de regulamentação específica (a qual não foi exigida no edital anterior da PRF). I - caso não haja identificação do condutor infrator até o término do prazo fixado na NA; II - caso a identificação seja feita em desacordo com o estabelecido pela Resolução; III - caso não haja registro de comunicação de venda à época da infração. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 45 Art. 257, § 8º Após o prazo previsto no § 7º deste artigo, se o infrator não tiver sido identificado, e o veículo for de propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor será igual a 2 (duas) vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa prévia e de interposição de recursos previstos neste Código, na forma estabelecida pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 14.229/2021) 3.5.1. Outras consequências No caso de identificação de condutor infrator em que a situação se enquadre nas condutas previstas nos incisos do art. 162 do CTB, sem prejuízo das demais sanções administrativas e criminais previstas no CTB, serão lavrados os respectivos AIT: I - ao proprietário do veículo, por infração ao art. 163 do CTB, exceto se o condutor for o proprietário; e II - ao condutor indicado, ou ao proprietário que não indicá-lo no prazo estabelecido, pela infração cometida de acordo com as condutas previstas nos incisos do art. 162 do CTB. Neste caso, o prazo para expedição da NA será contado a partir: 3.6. Defesa da Autuação Na NA constará a data do término do prazo para a apresentação da defesa da autuação pelo proprietário do veículo, principal condutor ou pelo condutor infrator devidamente identificado, que não será inferior a 30 (trinta) dias, contados da data de expedição da NA ou publicação por edital, observado o disposto no art. 14. Para as NAs expedidas antes de 12 de abril de 2021, o prazo para defesa da autuação não será inferior a 15 (quinze) dias. Interposta a defesa da autuação, caberá à autoridade competente apreciá-la, inclusive quanto ao mérito. Acolhida a defesa daautuação, o AIT será cancelado, seu registro será arquivado e a autoridade de trânsito comunicará o fato ao proprietário do veículo. I - da data do protocolo do formulário de identificação do condutor infrator junto ao órgão autuador; ou II - do prazo final para indicação. raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 46 3.7. Penalidade de Advertência por Escrito Em se tratando de infrações de natureza leve ou média, a autoridade de trânsito deverá aplicar a penalidade de advertência por escrito, nos termos do art. 267 do CTB, na qual deverão constar os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica: Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020) A penalidade de advertência por escrito: deverá ser registrada no prontuário do infrator depois de encerrada a instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades. deverá ser enviada ao infrator, no endereço constante em seu prontuário ou por sistema de notificação eletrônica, se disponível; o A notificação devolvida por desatualização do endereço do infrator junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo seu prontuário será considerada válida para todos os efeitos o Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se disponível, o proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema eletrônico. não implicará em registro de pontuação no prontuário do infrator. É nula a penalidade de multa aplicada quando o infrator se enquadrar nos requisitos estabelecidos no art. 267 do CTB. 3.7.1. Normas de transição – L14071 Para as infrações cometidas antes de 12 de abril de 2021, valem as regras par aplicação da penalidade de advertência por escrito previstas antes das alterações promovidas pela L14071 no CTB: Prazo para apresentação de defesa (30 dias) Defesa apresentada e deferida Cancelamento do AIT Arquivamento do seu registro Comunicação do fato ao proprietário Defesa indeferida ou não apresentada expedição da notificação da penalidade no prazo decadencial raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 47 a penalidade de advertência por escrito poderá ser imposta à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos 12 (doze) meses, quando, considerando o prontuário do infrator, a autoridade entender esta providência como mais educativa. Até a data do término do prazo para a apresentação da defesa da autuação, o proprietário do veículo, ou o condutor infrator devidamente identificado, poderá requerer à autoridade de trânsito a aplicação da penalidade de advertência por escrito de que trata o caput. Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) da decisão da autoridade que aplicar a penalidade de advertência por escrito solicitada, exceto se essa solicitação for concomitante à apresentação de defesa da autuação. Para fins de análise da reincidência, deverá ser considerada apenas a infração referente à qual foi encerrada a instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades. Caso a autoridade de trânsito não entenda como medida mais educativa a aplicação da penalidade de advertência por escrito, aplicará a penalidade de multa. 3.8. Notificação da Penalidade de Multa 3.8.1. Expedição Após as modificações realizadas pela L14071, a notificação da penalidade possui prazo decadencial para ser expedida, nos moldes do que ocorre com a NA. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apresentada no prazo estabelecido, será aplicada a penalidade e expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo máximo de 180 dias, contado da data do cometimento da infração, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil que assegure a ciência da imposição da penalidade. Em caso de apresentação da defesa prévia em tempo hábil, o prazo será de 360 (trezentos e sessenta) dias. Prazo para expedição da NP, contado da DATA do cometimento da INFRAÇÃO Houve apresentação tempestiva de defesa da autuação 360 dias Não houve apresentação tempestiva da defesa 180 dias raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 48 A expedição das notificações Resolução se caracteriza: 3.8.2. Conteúdo A NP de multa deverá conter: I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica; II - a comunicação do não acolhimento da defesa da autuação ou da solicitação de aplicação da penalidade de advertência por escrito; III - o valor da multa e a informação quanto ao desconto previsto no art. 284 do CTB; IV - a data do término para apresentação de recurso, que será a mesma data para pagamento da multa; V - campo para a autenticação eletrônica, regulamentado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União; VI - instruções para apresentação de recurso, nos termos dos arts. 286 e 287 do CTB. O órgão autuador deverá utilizar documento próprio para arrecadação de multa que contenha as características estabelecidas pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. Até a data de vencimento expressa na NP de multa ou enquanto permanecer o efeito suspensivo sobre o AIT, não incidirá qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e transferência, nos arquivos do órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do veículo. 3.9. Notificação por Edital Esgotadas as tentativas para notificar o infrator ou o proprietário do veículo por meio postal ou pessoal, as notificações serão realizadas por edital publicado em diário oficial, na forma da lei, respeitados o disposto no § 1º do art. 282 do CTB e os prazos prescricionais previstos na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, que estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva. Os editais de acordo com sua natureza, deverão conter, no mínimo, as seguintes informações: edital da NA: quando utilizada a remessa postal pela entrega da notificação pelo órgão autuador à empresa responsável por seu envio quando utilizado sistema de notificação eletrônica pelo envio eletrônico da notificação pelo órgão autuador do veículo raquel avelino ribeiro guiamaison@gmail.com 020.711.411-05 49 o cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de notificação; o instruções e prazo para apresentação de defesa da autuação; e o lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração e código da infração com desdobramento; edital da NP de advertência por escrito: o cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de notificação; o instruções e prazo para interposição de recurso, observado o disposto no § 2º do art. 11; e o lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração, código da infração com desdobramento e número de registro do documento de habilitação do infrator; edital da NP de multa: o cabeçalho com identificação do órgão autuador e do tipo de notificação; o instruções e prazo para interposição de recurso e pagamento; e o lista com a placa do veículo, número do AIT, data da infração, código da infração com desdobramento e valor da multa. É facultado ao órgão autuador publicar extrato resumido de edital no Diário Oficial, sendo obrigatória a publicação da íntegra do edital, contendo todas as informações no seu sítio eletrônico na Internet. As publicações de que trata este artigo serão válidas para todos os efeitos, não isentando o órgão autuador de disponibilizar as informações das notificações,
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