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Livro-Texto Unidade I (2)

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Autores: Profa. Nair Moretti Baradel
 Prof. Rubens Pardini
Colaboradores: Profa. Divane Alves da Silva
 Prof. Maurício Felippe Manzalli
Planejamento 
Contábil Tributário
Professores conteudistas: Nair Moretti Baradel / Rubens Pardini
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
B223p Baradel, Nair Moretti 
Planejamento contábil tributário / Nair Moretti Baradel, Rubens 
Pardini. São Paulo: Editora Sol, 2021.
128 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Planejamento tributário. 2. Simples nacional. 3. Lucro. I. 
Pardini, Rubens. II. Título.
CDU 341.396
Nair Moretti Baradel
Possui mais de 30 anos experiência na área contábil tributária de grandes e médias indústrias, bem como de prestadores 
de serviços. Tem graduação em Gestão Financeira pela Universidade Paulista (UNIP) e pós-graduação em Controladoria de 
Empresas pela mesma universidade. É professora do curso de Ciências Contábeis, nas disciplinas Contabilidade Tributária, 
Planejamento Contábil e Tributário, Contabilidade Gerencial e Contabilidade Introdutória na UNIP. É professora conteudista 
das disciplinas Contabilidade Tributária (curso de Ciências Contábeis) e Planejamento Tributário (curso de Gestão Financeira). 
Atua ainda como colaboradora de EAD, participando da elaboração de livros-textos, fazendo revisões e formulações de 
exercícios para os cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira.
Rubens Pardini
Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela Pontifícia Universidade Católica – PUC-SP. Bacharel em Administração 
de Empresas pela Faculdade de Administração e Estatística Paes de Barros e em Ciências Contábeis pela Faculdade de 
Ciências Econômicas de São Paulo. 
De 1984 a 1992, lecionou na Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo, Faculdade de Engenharia Industrial – FEI 
e Escola Superior de Administração de Negócios – ESAN, em São Bernardo do Campo. Chefe do Departamento de Ciências 
Contábeis da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo de 1986 a 1988. Elaboração do Projeto Pedagógico para o 
Curso de Ciências Contábeis da UNIESP, em 2007. Fundação Getúlio Vargas – Brasília é Professor MBA – Contabilidade para 
Executivos. Professor Tutor da Fundação Getúlio Vargas nos cursos livres em EAD e Professor de Contabilidade do Senac, 
em 2011. 
Desde 1992 é docente do curso de Ciências Contábeis e Administração de Empresas da UNIP – Universidade Paulista, 
curso presencial e EaD.
U512.19 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Michel Kahan Apt
 Amanda Casale
 Virgínia Bilatto
Sumário
Planejamento Contábil Tributário
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ......................................................................................................................11
1.1 Conceito ................................................................................................................................................... 14
1.2 Objetivos .................................................................................................................................................. 15
1.3 Finalidade do planejamento tributário ........................................................................................ 18
1.4 Condições necessárias para o planejamento tributário ....................................................... 18
1.5 Distinção entre elisão e evasão ...................................................................................................... 19
1.5.1 Elisão fiscal ................................................................................................................................................ 19
1.5.2 Evasão fiscal .............................................................................................................................................. 20
1.5.3 Diferença entre sonegação fiscal e elisão fiscal ......................................................................... 20
1.6 Processo de planejamento tributário ........................................................................................... 21
1.7 A carga tributária dos países participantes da Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) ............................................................................................. 23
1.8 Impostos federais que impactam diretamente nos resultados ......................................... 24
1.8.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica .................................................................................................. 25
2 TIPOS DE SOCIEDADES E ENQUADRAMENTO FISCAL DAS EMPRESAS ...................................... 26
2.1 As sociedades simples ......................................................................................................................... 26
2.2 As sociedades organizadas como empresárias ......................................................................... 26
2.3 O enquadramento fiscal das empresas ........................................................................................ 27
2.3.1 Microempresas (ME) .............................................................................................................................. 27
2.3.2 Empresas de Pequeno Porte (EPP).................................................................................................... 27
2.3.3 Microempreendedor Individual (MEI) ............................................................................................. 27
3 SIMPLES NACIONAL ....................................................................................................................................... 28
3.1 Opção pelo Simples Nacional .......................................................................................................... 28
3.2 Pessoas jurídicas excluídas da opção ........................................................................................... 28
3.3 Pessoas jurídicas que podem optar pelo Simples ................................................................... 29
3.4 Abrangência dos impostos ............................................................................................................... 30
3.5 Alíquotas aplicáveis ............................................................................................................................. 31
3.5.1 Determinação das alíquotas ............................................................................................................... 34
3.6 PIS, Cofins e CSLL .................................................................................................................................45
3.7 INSS ............................................................................................................................................................ 45
3.8 IRRF ............................................................................................................................................................ 45
3.9 Receita de exportação ........................................................................................................................ 45
3.10 Substituição tributária do PIS e da Cofins............................................................................... 45
3.11 Receitas não tributárias ................................................................................................................... 46
3.12 Recolhimento dos tributos devidos ........................................................................................... 46
3.13 Imposto de Renda na fonte sobre serviços prestados ........................................................ 46
3.14 Limite para exportação de serviço .............................................................................................. 47
3.15 MEI – contratação por empresas ................................................................................................ 47
4 RETENÇÕES NA FONTE .................................................................................................................................. 47
4.1 Retenção exclusiva na fonte e por antecipação ..................................................................... 47
4.2 Retenção na fonte de PIS, Cofins e CSLL (CSRF) ..................................................................... 48
4.3 Não exigência das CSRF ..................................................................................................................... 49
4.4 Base de cálculo e alíquota CSRF ................................................................................................... 49
4.5 Compensação dos Valores Retidos ................................................................................................ 50
4.6 Imposto de renda retido na fonte sobre receitas .................................................................... 50
4.7 Retenção de tributos e contribuições por órgãos públicos federais, 
estaduais, municipais e Distrito Federal ............................................................................................. 56
Unidade II
5 LUCRO ARBITRADO ........................................................................................................................................ 62
5.1 Contribuição Social ............................................................................................................................ 64
5.1.1 Receita bruta conhecida ...................................................................................................................... 64
5.1.2 Receita bruta não conhecida ............................................................................................................. 65
5.1.3 Exemplo de receita conhecida ........................................................................................................... 65
6 LUCRO PRESUMIDO ....................................................................................................................................... 66
6.1 A tributação pelo lucro presumido ............................................................................................... 66
6.2 Opção pelo regime de lucro presumido ...................................................................................... 66
6.3 Empresas vedadas da opção do lucro presumido ................................................................... 66
6.4 Limite de receita ................................................................................................................................... 67
6.5 Período de apuração ........................................................................................................................... 68
6.6 Momento da opção ............................................................................................................................. 68
6.7 Redarf para mudança de forma de tributação ........................................................................ 68
6.8 Regime de reconhecimento de receitas ...................................................................................... 69
6.9 A determinação do lucro presumido ............................................................................................ 70
6.10 Receitas financeiras no lucro presumido ..................................................................................71
6.11 Receitas e rendimentos não tributáveis pelo lucro presumido ........................................71
6.12 Base de cálculo para apuração do Imposto de Renda sobre o lucro presumido .................. 72
6.13 Alíquota do Imposto de Renda e adicional a que estão sujeitas as pessoas 
jurídicas que optarem pelo lucro presumido .................................................................................... 73
6.14 Alíquotas de contribuição social sobre o lucro presumido ............................................... 73
6.15 Exemplo de cálculo dos impostos ............................................................................................... 73
6.15.1 Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ............................................ 73
6.15.2 Cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro presumido ...................................................... 74
6.15.3 Cálculo do PIS e Cofins no lucro presumido ............................................................................. 74
6.16 Necessidade de escrituração contábil ....................................................................................... 74
6.17 Distribuição de lucros aos sócios ................................................................................................ 75
6.18 Isenção de Imposto de Renda sobre lucros distribuídos pela pessoa jurídica .....................75
6.19 Deduções do imposto de renda devido .................................................................................... 76
6.20 Tributação do PIS e da Cofins para empresas optantes pelo lucro presumido ...................76
Unidade III
7 LUCRO REAL ...................................................................................................................................................... 82
7.1 Determinação do lucro real.............................................................................................................. 82
7.2 Pessoas jurídicas obrigadas a apurarem o lucro real ............................................................. 82
7.3 Opção pelo lucro real .......................................................................................................................... 83
7.4 Ajustes ao lucro líquido ..................................................................................................................... 84
7.4.1 Lalur .............................................................................................................................................................. 84
7.5 Alíquota do Imposto de Renda ....................................................................................................... 89
7.5.1 Adicional do Imposto de Renda ........................................................................................................ 89
7.6 Base de cálculo ...................................................................................................................................... 89
7.7 Lucro real trimestral ............................................................................................................................ 89
7.7.1 Momento da opção ................................................................................................................................90
7.7.2 Apuração do Imposto ............................................................................................................................ 90
7.7.3 Compensação dos prejuízos ............................................................................................................... 90
7.8 Lucro real anual .................................................................................................................................... 91
7.8.1 Base de cálculo da estimativa mensal ........................................................................................... 92
7.8.2 Conceito de receita bruta .................................................................................................................... 93
7.8.3 Compensação de prejuízos ................................................................................................................. 94
7.8.4 Alíquota do Imposto de Renda e do adicional ........................................................................... 94
7.8.5 Suspensão ou redução do imposto ................................................................................................. 94
7.9 Forma de pagamento ......................................................................................................................... 95
8 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL) ...........................................................101
8.1 Alíquotas ................................................................................................................................................101
8.2 Base de cálculo ....................................................................................................................................102
8.2.1 Lucro real ..................................................................................................................................................102
8.2.2 Lucro presumido ....................................................................................................................................103
8.2.3 Dedução da receita bruta ..................................................................................................................104
8.2.4 Adições à base de cálculo ..................................................................................................................104
8.3 Algumas alterações na legislação para o ano de 2015 .......................................................105
8.4 Estudo sobre utilização do controle e da informação contábil no 
planejamento tributário ..........................................................................................................................105
8.4.1 Estudo comparativo entre Simples, Lucro Real e Lucro Presumido .................................105
8.4.2 Exemplo do estudo comparativo entre Simples, Lucro Real e Lucro Presumido ..................106
8.4.3 Dados do exemplo a ser aplicado para empresa optante pelo Lucro Presumido .................108
8.4.4 Comparação entre Simples Nacional e Lucro Presumido ..................................................... 113
9
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
A alta carga tributária que incide sobre as empresas e a forte concorrência no mundo dos negócios 
faz com que as empresas busquem alternativas que as coloquem à frente de seus concorrentes. O 
planejamento tributário é uma ferramenta essencial para o melhor retorno financeiro de uma empresa, 
Nesse contexto, nós, como profissionais da área contábil, devemos apresentar alternativas que 
possibilitem às empresas escolherem, entre as formas de tributação, uma que resultará em benefícios 
econômicos que as colocarão à frente de seus concorrentes.
Para obter esse resultado, várias formas de tributação devem ser analisadas. Utilizando-se exemplos, 
pode-se demonstrar como efetivamente o planejamento tributário trará benefícios econômicos à 
empresa. Nossas vidas pessoais também se aproveitam disso, pois, conhecendo nossos impostos de 
pessoa física, também teremos retornos satisfatórios.
Serão analisados a incidência do imposto de renda das pessoas jurídicas e os impactos que podem 
causar em outros impostos. Utilizaremos dados coletados por meio de pesquisa e análise da legislação 
tributária brasileira.
O planejamento tributário não é simplesmente uma alternativa, mas sim uma obrigação do 
bom administrador, que, dentro da legalidade, encontra meios de tornar menos onerosa a carga 
tributária da empresa. Visa a uma administração baseada em resultados, deve ser estrategicamente 
estudado e analisado antes de ser implantado. É uma ferramenta que está ao alcance de todos e 
uma possibilidade real de redução de custos e melhoria da lucratividade das empresas, tornando-as 
mais competitivas. Num ambiente de elevada carga tributária como o Brasil, torna-se indispensável 
para qualquer tipo de negócio.
INTRODUÇÃO
A disciplina Planejamento Contábil Tributário serve para que o futuro profissional da área contábil 
conheça as formas de tributação das empresas e possa mostrar que o planejamento tributário pode 
diminuir a carga tributária, trazendo com isso um melhor resultado financeiro para a empresa, tudo em 
conformidade com a lei, sem extrapolar o campo da licitude.
O Brasil é um dos países da América Latina e Caribe com a maior carga tributária; os brasileiros 
pagam o equivalente a 33,4% do Produto Interno Bruto – PIB. O Brasil possui uma carga tributária 
comparável com as economias mais desenvolvidas no mundo, onde a média dos impostos equivale a 
34,4% do PIB. 
Com a estabilidade econômica, isto é, estabilidade nos preços, taxas de juros baixas ou até mesmo 
em épocas de crises econômicas, as empresas precisam estar conscientes dos impostos incidentes sobre 
as suas transações de compras e vendas. Assim, o planejamento tributário é um conjunto de recursos 
legais com o objetivo principal de reduzir ou retardar o pagamento dos impostos. 
10
Unidade I
O objetivo desta disciplina também é dar subsídios para que o aluno possa optar, entre as formas de 
tributação, qual terá a menor carga tributária de uma sociedade limitada, por meio de estudo de caso, 
apresentando as alternativas de tributação pelo Simples Nacional, o lucro presumido, o lucro arbitrado e 
o lucro real, e quanto isso irá refletir no resultado. A forma de tributação levará em conta outros tributos 
que estão associados à forma de tributação, tais como o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins 
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
11
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Unidade I
1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O peso dos impostos cresceu cinco pontos percentuais nos últimos 10 anos, passando de 30% 
para 32,38% do PIB (Produto Interno Bruto, representado pela soma de todos os bens e serviços finais 
produzidos numa determinada região ou país, medido num determinado período).
Quando foi implantado o Plano Real, em 1994, a carga tributária brasileira era de 29,8% do PIB, 
a mais alta registrada no país, porém, conforme última divulgação no IBPT, no ano de 2016, a carga 
tributária atingiu 32,38% do PIB1. Com a estabilização da economia, há preocupação cada vez maior 
com o planejamento tributário como uma ferramenta importantíssima para se destacar da concorrência.
O livro-texto pretende abranger os tributos federais incidentes sobre as empresas no Brasil, mais 
especificamente o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), o PIS e a Cofins, mostrando que um 
planejamento tributária bem elaborado, para qualquer tipo de empresa, pode trazer economia de impostos 
visando à redução da carga tributária e tendo como consequência melhor resultado financeiro, isso sem 
extrapolar o campo da licitude nem comprometer a qualidade e os resultados dos negócios, todas elas 
suportadas por bases legais. Muitas vezes, por desconhecimento ou falta de recursos, o empresariado 
brasileiro de pequeno e médio porte deixa de usufruir de diversos benefícios fiscais disponibilizados pelo 
governo e que estão ao alcancede variados setores.
A complexidade da legislação brasileira é o escopo necessário à busca da otimização da gestão 
tributária, a fim de assegurar que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas de forma econômica, por 
meio de ações legais e legítimas (SÁ, 2003).
Considerando a entrada de diversos produtos no mercado brasileiro, a concorrência acirrada em 
virtude de políticas de subsídios praticadas por diversos países, inclusive com mão de obra extremamente 
barata, faz com que as empresas brasileiras sejam criativas e procurem mecanismos, dentro da legalidade, 
para a sua manutenção no mercado de forma lucrativa e rentável.
A carga tributária no Brasil é muito elevada quer para a pessoa física, quer para a pessoa jurídica 
e vem crescendo constantemente, todos nós observamos isso constantemente na hora de fazermos 
nossas compras. Todos os produtos que adquirimos, têm incidência de inúmeros impostos no preço pago 
no caixa. Alguns desses produtos possuem carga tributária superior a 40%.
Como comprovação disso, o IBPT estimava que, para os últimos cinco anos, a carga tributária média 
no Brasil atingiria mais de 32% do PIB, ou seja, de tudo que é produzido internamente no país, em 
1 Dados disponíveis no site: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-
aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/carga-tributaria-no-brasil-capa>. Acesso em: 6 jan. 2018.
12
Unidade I
média 32% seriam destinados ao recolhimento de impostos. Entretanto, esse número ultrapassou a 
expectativa do instituto e chegou a mais de 35% no último ano.
Figura 1 
Até alguns anos atrás, tínhamos uma inflação galopante, próxima de 50% ao mês. Os preços mudavam 
todos os dias, a população não conseguia comprar um produto com o mesmo preço em dois dias diferentes. 
Na época, antes de 1994, era muito comum as empresas e a própria população fazerem estoques de 
mercadorias, quer seja de suprimentos para subsistência, quer também estoques de produtos para a 
fabricação, a fim de se obter um pouco de ganho, pois, se tivessem que adquirir mercadorias, por exemplo, 
no dia 4 de um determinado mês, e depois fosse necessário adquirir mais uma quantidade dessa mesma 
mercadoria no dia 20 do próprio mês, certamente o preço teria sofrido um acréscimo de cerca de 20%.
Com essa prática, as empresas ficavam com estoques gigantescos, muitos empresários aplicavam 
todo seu capital de giro em estoques, mas mesmo assim o custo dos produtos subia dia após dia. A 
especulação também era constante, pois os empresários já calculavam o preço baseado numa inflação 
que iria acontecer.
Figura 2 
13
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Porém, com a implantação do programa de estabilização econômica, um plano em longo prazo para o 
controle da inflação, a economia do Brasil foi se estabilizando. Hoje há preocupação cada vez maior com 
a lucratividade das empresas, e o planejamento tributário é usado como ferramenta importantíssima 
para se destacar da concorrência, por meio da economia de impostos visando à redução da carga 
tributária e tendo consequentemente melhor resultado financeiro, tudo isso sem extrapolar o campo da 
licitude nem comprometer a qualidade e os resultados dos negócios.
O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Segundo alguns 
tributaristas, há cerca de 60 impostos em vigor, com diversas leis, regulamentos e normas que 
são frequentemente alteradas. Tais fatos penalizam demasiadamente o custo da maioria das 
empresas e causam grandes transtornos no momento do gerenciamento e controle contábil e 
financeiro dos impostos e demais tributos.
Como aponta Shingaki,
[...] o planejamento tributário é a escolha de alternativas de ações ou omissões 
lícitas, portanto, não (dis)simuladas e sempre anteriores à ocorrência dos 
fatos gerados dos tributos, que objetivem direta ou indiretamente a redução 
desses ônus diante de um ato administrativo ou fato econômico (SHINGAKI, 
2003, p. 24).
E de acordo com Rocha:
A noção de planejamento se relaciona diretamente com uma programação 
de atividade, a partir da observação de circunstâncias presentes e tendo 
em vista comportamentos futuros que provavelmente acontecerão. O 
planejamento exacional (ou tributário) tem por objetivo a previsão de 
dispêndios com exações (ou tributos) em que se incidirá em determinada 
atividade e, enquanto voltado para a obtenção de resultados, o menor 
dispêndio possível, licitante (ROCHA, 1995, p. 161).
Ou seja, o planejamento tributário visa obter economia de impostos, adotando procedimentos 
estritamente dentro dos ditames legais.
O planejamento tributário é, na verdade, uma atividade empresarial estritamente preventiva, que 
tem como fator de análise o tributo e visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus 
efeitos, comparando-se os resultados prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de forma a 
possibilitar a escolha da alternativa menos onerosa, sem extrapolar o campo da licitude. O planejamento 
é preciso tendo em vista a necessidade que as empresas têm de procurar alternativas que possam trazer 
vantagens frente aos concorrentes, uma vez que a competição entre elas está cada vez mais acirrada. 
Muitas delas, por falta de conhecimento da legislação, podem estar deixando de obter essa vantagem 
via tributos, uma vez que a opção por não buscar um estudo mais completo objetivando a redução da 
carga tributária pode trazer efeitos comprovadamente negativos, uma vez que se está pagando uma 
carga tributária elevada e que reflete no preço de seus produtos, comprometendo assim a continuidade 
14
Unidade I
da empresa. O planejamento tributário é uma ferramenta essencial para a gestão financeira de empresas 
de todos os perfis e tamanhos.
O caráter preventivo do planejamento tributário decorre do fato de não se poder escolher alternativas 
senão antes de se concretizar a situação. Após a concretização dos fatos, via de regra, somente se 
apresentam duas alternativas para o sujeito passivo da relação jurídico-tributária: pagar ou não pagar 
o tributo decorrente da previsão legal descrita como fato gerador.
A alternativa de não pagar se caracterizará como prática ilícita, sujeitando-se a empresa à ação 
punitiva do Estado, caso este venha a tomar conhecimento de tal prática, que tem como principal 
finalidade a redução do montante do tributo, no sentido de reduzir a base de cálculo ou alíquota, o que 
resultará numa menor carga tributária.
1.1 Conceito
Oliveira (2006) conceitua o planejamento tributário como uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, 
que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas 
no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos 
efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a 
alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.
De acordo com Rocha:
O planejamento exacional (ou tributário) tem por objetivo a previsão de 
dispêndios com exações (ou tributos) em que se incidirá em determinada 
atividade e, enquanto voltado para a obtenção de resultados, o menor 
dispêndio possível, licitante (ROCHA, 1995).
Para Shingaki:
O planejamento tributário é a escolha de alternativas de ações ou omissões 
lícitas, portanto, não (dis)simuladas e sempre anteriores à ocorrência 
dos fatos gerados dos tributos, que objetivem direta ou indiretamente a 
redução desses ônus diante de um ato administrativo ou fato econômico 
(SHINGAKI, 2003, p. 16).
Segundo Borges, as seguintes regras devem ser observadas para a elaboração de um planejamento:
• verificar se a economia dos tributos é oriunda de ação ou omissão 
anterior à concretização da hipótese de incidência;
• examinar se a economia dos tributos é decorrente de ação ou 
omissão legítimas;
15
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
• analisar se a economia de impostos é proveniente de ação realizada 
por meio de formas de direitoprivado normais, típicas e adequadas;
• investigar se a economia de impostos resultou de ação ou conduta 
realizadas igualmente a suas formalizações nos correspondentes 
documentos e registros fiscais (BORGES, 2001, p. 28).
Ou seja, o planejamento tributário visa obter economia de impostos, adotando procedimentos 
totalmente dentro da legalidade, não devendo ser confundida com sonegação fiscal. Planejar é escolher, 
entre algumas opções lícitas, a que traga menor carga tributária.
Portanto, temos diversos conceitos que irão resultar sempre no mesmo objetivo: obtenção de menor 
carga tributária, dentro da legalidade.
1.2 Objetivos
Segundo Zanluca ([s.d.]), “o planejamento tributário é uma conjunto de sistemas legais com o 
objetivo de diminuir o pagamento dos tributos”.
Os objetivos principais de um planejamento tributário são evitar a incidência, reduzir o montante e 
retardar o pagamento dos tributos, isso tudo sem violar a lei.
O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio de tal forma a minimizar os custos gerais, 
entres eles o impacto da carga tributária. Sua intenção deve ser ganhar cada vez mais competitividade, 
principalmente quando da formação de seus preços de vendas e de seus bens e serviços.
Além dos diversos itens que compõem o custo dos produtos e serviços, um componente principal 
são os diversos impostos que incidem sobre os preços de vendas, ainda que em nosso sistema tributário 
nacional os impostos recaiam sobre o consumidor final.
Apesar de a carga tributária do Brasil estar em 32,38%, há maneiras de evitar tributação. Por meio 
de pesquisas em leis específicas e técnicas de cálculos, serão apresentadas alternativas de planejamento 
que, quando bem elaboradas, resultarão em economia de impostos, contribuindo para a redução do 
montante a ser recolhido.
O princípio constitucional não deixa dúvidas de que, dentro da lei, o contribuinte pode agir segundo 
o seu interesse. Planejar tributos é um direito tão essencial quanto planejar o fluxo de caixa, fazer 
investimentos etc. A forma legal de planejamento tributário é chamada elisão.
Diante da carga tributária tão alta, e tendo as empresas que passar por um período tão complicado 
em virtude da crise financeira mundial, que se estende desde 2008 até os dias atuais, pode uma sociedade 
por quotas de capital limitada optar por uma melhor forma de tributação com o intuito de minimizar 
a carga tributária e trazer melhor resultado financeiro, dentro da lei e obtendo resultados positivos que 
garantam a continuidade de seus negócios?
16
Unidade I
Por meio de um planejamento tributário bem elaborado e de práticas legais disponíveis, abrangendo 
não só a forma de tributação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), mas também o PIS e 
a Cofins, que são impactados pela forma de tributação escolhida, há dispositivos e práticas legais 
totalmente aceitas para que se tenha uma redução da carga tributária dentro dos ditames legais e, 
consequentemente, melhor resultado financeiro.
 Lembrete
Como dissemos anteriormente, a entrada de diversos produtos no mercado 
brasileiro, a concorrência acirrada em virtude de políticas de subsídios praticadas 
por diversos países, inclusive com mão de obra extremamente barata, faz com 
que as empresas brasileiras sejam criativas e procurem mecanismos, dentro da 
legalidade, para a sua manutenção no mercado de forma lucrativa e rentável. É 
neste ambiente que deve atuar o profissional das áreas administrativa e financeira.
O assunto é complexo e constantemente sofre alterações, portanto, cabe à nós, profissionais da área, 
ficarmos atentos às alterações da legislação, pois qualquer mudança nas alíquotas, forma de cálculo, 
bases de cálculos etc. afeta diretamente as finanças das organizações. No caso de aumento de alguma 
alíquota de imposto, isso irá refletir na margem de lucros da empresa e, por extensão, refletirá também 
no consumidor, uma vez que, se há aumento na carga tributária, muito provavelmente o consumidor 
pagará esse aumento por meio da alteração de preços de todos os produtos. Por exemplo, no caso de o 
governo resolver aumentar as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) das geladeiras, 
automaticamente os fabricantes repassarão esse aumento para a população. Esse reflexo também pode 
ocorrer caso a empresa seja autuada em valores significativos por causa de alguma obrigação que tenha 
deixado de ser cumprida em virtude do desconhecimento do profissional envolvido na área contábil.
Nesse sentido, cresce sensivelmente a responsabilidade de todos os gestores de uma empresa, principalmente 
das áreas de controladoria e contabilidade, pois as empresas e os responsáveis que, por desconhecimento, 
emitirem declarações errôneas ou em desacordo com as normas e a legislação vigentes poderão vir a ser 
autuados, processados e até condenados em determinados casos de comprovação de evasão fiscal.
Figura 3 
17
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
O intuito deste material é estimular a todos a pesquisar a legislação vigente e se inteirar das 
normas e procedimentos tributários que as empresas estão obrigadas a cumprir, procurando 
informações por meio de outras fontes de conhecimentos, em especial a própria legislação 
tributária, tomando-se o devido cuidado quanto à veracidade e ao embasamento legal da 
informação obtida.
A maioria das empresas de médio e pequeno porte, por sua própria condição societária, não tem 
estrutura suficiente para manter uma equipe preocupada em se especializar na legislação tributária e 
tampouco investir na capacitação de pessoas para atendimento das exigências legais. Todo benefício 
concedido pelo governo acaba tendo, em contrapartida, a obrigação da prestação de contas. De forma 
complexa e burocrática, esses procedimentos acabam desestimulando as empresas numa busca por 
benefícios fiscais, uma vez que se sentem incapazes de cumprir as obrigações por não possuírem recursos 
humanos suficientes para tal. Mas essa posição pode ser mudada e nós, profissionais da área, podemos 
instruir essas empresas a buscarem seus direitos e usufruirem dos benefícios que o governo concede, 
objetivando assim uma redução da carga tributária.
A carga tributária brasileira começou a ser medida em 1947, quando o percentual apurado foi de 
13,8% do PIB. A carga tributária nada mais é do que a medição do volume de recursos financeiros que o 
Estado arrecada na forma de tributos comparado com a geração de riquezas em geral. O índice é obtido 
por meio da divisão de todas as receitas tributárias pelo valor do PIB. No conceito de carga tributária 
estão inclusos também contribuições sociais, intervenção do domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais e econômicas, e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Segundo 
estudo oficial realizado pela Receita Federal2, temos as seguintes informações, conforme visualizado na 
tabela a seguir:
Tabela 1 – Receita tributária por base de incidência – 2005 a 2010 (% do PIB)
2005 2006 2007 2008 2009 2010
33,38% 33,35% 33,95% 34,41% 33,58% 35,043
 Observação
O site da Receita Federal publica estudos anuais sobre a carga tributária. 
O IBPT é uma fonte constante de pesquisa para o gestor preocupado com 
a carga tributária.
2 ESTUDOS TRIBUTÁRIOS. Carga Tributária no Brasil. n. 21. CTB-2009. IBPT. Disponível em: <http://www.receita.
fazenda.gov.br/Publico/estudoTributarios/estatisticas/CTB2009.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2011.
3 Dados disponíveis no site: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/ 
estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/carga-tributaria-no-brasil-capa>. Acesso em: 6 jan. 2018.
18
Unidade I
A partir da apresentação desses dados, pode ser verificado que houve um crescimento constante da 
carga tributária. Em relação à primeira medição, o aumento foi de 149,42%.
No ano de 2004, iniciou-se a arrecadação da Cofins pelo sistema da não cumulatividade, em 
que a taxa passou de 3% a 7,6%, sendo que as empresasoptantes pelo lucro real poderia se creditar 
desse percentual quando da aquisição de matéria-prima e serviços utilizados para industrialização ou 
comercialização de produtos. Embora o governo insistisse em garantir que a mudança da alíquota não 
interferiria no aumento da carga tributária, o IBPT indicou que a arrecadação da Cofins em maio de 
2004 crescera 23% em relação a abril do mesmo ano.
Para Amaral (apud PEREIRA et al., [s.d.]), “esse resultado é a prova inequívoca de que a não 
cumulatividade da Cofins provoca aumento da carga tributária e traz danos fortíssimos ao mercado 
nacional”. Ainda segundo o autor, “[...] o Ministério da Fazenda se equivocou na análise de que a 
mudança da sistemática da Cofins não provocaria aumento da carga tributária. O resultado demonstra 
que aquelas afirmações não eram verdadeiras”.
1.3 Finalidade do planejamento tributário
O planejamento tributário objetiva a diminuição legal da quantidade de dinheiro a ser entregue 
ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam uma grande parcela dos custos 
das empresas, se não for a maior delas. Com a globalização da economia, tornou-se questão de 
sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Em média, 33% do faturamento 
empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Do que corresponde ao lucro, 34% vão para o 
governo. Mais da metade do valor do somatório dos custos e despesas é representada pelos tributos. 
Assim, torna-se imprescindível a adoção de um sistema de economia legal. Três são as finalidades do 
planejamento tributário:
a) Evitar a incidência do tributo – para este caso, adotam-se medidas e procedimentos com o fim de 
evitar a ocorrência do fato gerador.
b) Reduzir o montante do tributo – as providências para atender este item serão no sentido de 
reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo.
c) Retardar o pagamento do tributo – o contribuinte opta por medidas que terão o fim de postergar 
o pagamento do tributo, sem ocorrência da multa, tudo dentro da legislação.
1.4 Condições necessárias para o planejamento tributário
Oliveira et al. (2007) estabelecem que qualquer que seja a forma de tributação escolhida pela 
empresa, pode-se verificar que a falta de planejamento estratégico tributário pode deixar a empresa 
mal-preparada para os investimentos futuros, devido a uma possível insuficiência de caixa, gerando um 
desgaste desnecessário de investimentos forçados para cobertura de gastos que não estavam previstos. 
Os autores afirmam ainda que, para a correta execução das tarefas inerentes ao planejamento tributário, 
precisam ser aplicados todos os conhecimentos sobre a legislação do tributo a ser reduzido, para que, a 
19
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
partir desses cenários, se possa planejar com bastante antecedência a melhor alternativa para a empresa 
executar suas operações comerciais. Por fim, dizem que a finalidade principal de um bom planejamento 
tributário é, sem dúvida, a economia de impostos, sem infringir a legislação, tratando-se de um conceito 
bastante utilizados pelos norte-americanos, denominado tax saving.
Assim, para alcançar êxito nessas atividades, o gestor precisa, com profundidade, entre outras coisas:
• conhecer todas as situações em que é possível o crédito tributário, principalmente com relação 
aos chamados impostos não cumulativos – ICMS e IPI;
• conhecer todas as situações em que é possível o diferimento (postergação) dos recolhimentos dos 
impostos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo de caixa;
• ser oportuno e aproveitar as lacunas deixadas pela legislação, para tanto ficando atento às 
mudanças nas normas e aos impactos nos resultados da empresa.
Em síntese, para se fazer um planejamento tributário adequado, é necessário que o gestor tenha 
conhecimento profundos para lidar com a complexidade da legislação brasileira, aproveitando ao 
máximo os créditos tributários e as brechas existentes no sistema.
1.5 Distinção entre elisão e evasão
Muitas vezes, nos deparamos com essas duas palavras, que nos trazem dúvidas quanto ao seu 
significado. Mas o que isso tem a ver com o planejamento tributário? Pois bem, uma palavra é justamente 
o oposto da outra em termos de legalidade. vamos esclarecer.
1.5.1 Elisão fiscal
Significa a economia tributária lícita, realizada mediante toda e qualquer ação prevista antes da 
ocorrência do fato gerador que, sem violar a lei, evita, reduz ou posterga o imposto. É a forma legalmente 
aceita para economia de impostos, porém temos dois tipos de elisão:
a) Decorrente da própria lei
No caso da elisão decorrente da lei, o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a 
economia de tributos.
Existe uma vontade clara e consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados 
benefícios fiscais. Os incentivos fiscais são exemplos típicos de elisão induzida por lei, uma 
vez que os próprios textos legais dão aos seus destinatários determinados benefícios. É o caso, 
por exemplo, dos incentivos à inovação tecnológica, conforme a Lei 11.196/2005, que concede 
incentivos fiscais de IPI, como a redução de 50% deste (o IPI incidente sobre equipamentos, 
máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como sobre acessórios sobressalentes e ferramentas que 
acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico). A partir de 18 
20
Unidade I
de setembro de 2008, com a conversão da MP nº 428/2008 na Lei nº 11.774/2008, passou a poder 
ser utilizada a depreciação integral, no próprio ano da aquisição, de máquinas, equipamentos, 
aparelhos e instrumentos novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica 
e desenvolvimento de inovação tecnológica, para efeito de apuração do IRPJ e também da CSLL 
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
b) Que resulta de lacunas e brechas existentes na própria lei
Contempla a hipótese por meio da qual o contribuinte opta por configurar seus negócios de 
tal forma que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando-se de elementos que a 
lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo com elementos da 
própria lei.
É o caso, por exemplo, de uma empresa de serviços que decide mudar sua sede para determinado 
município, visando pagar o ISS (Imposto Sobre Serviços) com uma alíquota mais baixa. A lei não proíbe 
que os estabelecimentos escolham o lugar onde exercerão atividades, pois os contribuintes possuem 
liberdade de optar por daqueles mais convenientes a si mesmos, se a definição do local for exclusivamente 
com objetivos de planejamento fiscal.
1.5.2 Evasão fiscal
É toda ação consciente, espontânea, dolosa ou intencional do contribuinte através de meios 
ilícitos com o intuito de evitar, eliminar, reduzir ou retardar o pagamento do tributo devido, porém 
não se configurando em hipótese alguma como planejamento tributário lícito. Ou seja, a pessoa opta 
conscientemente por “driblar” a legislação de forma a obter vantagens ilícitas.
1.5.3 Diferença entre sonegação fiscal e elisão fiscal
A fraude ou sonegação fiscal é a utilização de práticas que violem e/ou ferem diretamente 
a lei fiscal ou o regulamento fiscal. A fraude é imperdoável, ou dificilmente perdoável porque, 
além de ser flagrante, o contribuinte acaba se opondo de forma consciente e intencional à lei. 
No planejamento tributário, não se tem relação alguma com fraude. Os contribuintes têm direito 
de recorrer aos seus procedimentos preferidos ou mais adequados à sua realidade, autorizados 
ou não proibidos pela lei, ainda que, por uma escolha mais adequada de tributação, venham a 
prejudicar o Tesouro.
21
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Figura 4 
1.6 Processo de planejamento tributário
Podemos dizer que o planejamento tributário é uma obrigação dos administradores. Na Lei nº 
6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas está a obrigatoriedade do planejamento tributário por 
parte dos administradores de qualquer companhia, considerando a interpretação do artigo 153, 
que diz:
O administradorda companhia deve empregar, no exercício de suas funções, 
o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar 
na administração dos seus próprios negócios.” Portanto, antes de ser um 
direito, uma faculdade, o Planejamento Fiscal é uma obrigatoriedade para 
todo bom gestor, principalmente neste período onde a concorrência está 
acirrada, e as empresas estão competindo centavo por centavo, no intuito 
de obter maior lucratividade (BRASIL, 1976).
O que vai servir de base para o planejamento tributário é a existência de dados confiáveis, sendo 
que a contabilidade é o sistema de registros permanentes das operações, é a base desse planejamento. 
Conforme definição de Zanluca (s.d), por contabilidade entende-se um conjunto de escrituração das 
receitas, custos e despesas, bem como de controle patrimonial (ativos e passivos), representado por 
diversos livros, entre os quais:
a) Livro Diário.
b) Livro (ou fichas) Razão.
c) Inventário e Controle de Estoques.
22
Unidade I
d) Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur).
e) Apuração do ICMS.
f) Apuração do IPI.
g) Apuração do ISS etc.
O histórico da empresa está registrado nas escriturações e é a fonte de busca para se fazer o 
planejamento tributário. É a partir de todas essas informações e sistemas que serão gerados dados 
preliminares para análise tributária, pois, se desejamos reduzir tributos, temos que saber quanto estamos 
gastando com eles atualmente.
O planejador de sucesso, na área tributária, irá buscar principalmente as informações precisas 
sobre os tributos, bases legais, incidência, bases de cálculos, alíquotas, classificação fiscal, prazos de 
recolhimento, fato gerador, entre outros. Pela análise minuciosa de todas essas informações, elabora-se 
o planejamento tributário.
Após a aplicação do planejamento pretendido, sua execução necessita ser avaliada quanto aos 
critérios e objetivos, se foram atingidos, se houve realmente economia de impostos. Aí então, novamente, 
precisaremos utilizar dados contábeis para termos evidenciado se o planejamento trouxe redução de 
impostos, quanto, como, se houve custos adicionais ou não na implantação, enfim, precisa ser verificado 
o resultado final do planejamento tributário, se atendeu o objetivo e trouxe ganhos e redução da carga 
tributária. Afinal, é esse o nosso objetivo principal, não é?
Figura 5 
23
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Por esses motivos, o planejamento tributário como ferramenta de gestão é uma programação 
que deve ser adotada por todos os tipos de empresas pequenas, médias e grandes, a partir do 
conhecimento de todos os processos produtivos, das aquisições de matéria-prima e insumos, da 
venda da produção, entre outros, para que, com base nessas informações, as estruturas possam 
passar por mudanças legítimas e eficazes à economia e racionalização dos procedimentos 
fiscais.
Um exemplo prático de economia de impostos é o simples fato de se optar por adquirir mercadorias 
de empresas que apuram o Imposto de Renda com base na sistemática do lucro presumido e lucro 
real, e não pelo Simples, tendo em vista os créditos do IPI e ICMS que o adquirente poderá tomar. 
Mas, por quê?
Melhor explicando, uma empresa comercial ou industrial, quando adquire mercadorias para revenda 
ou produção, pode compensar por meio do crédito dos impostos, o ICMS, o IPI, e, em alguns casos, o 
PIS e a Cofins, dependendo do sistema de tributação, que a empresa vendedora destacou na nota fiscal. 
Porém, se essa empresa vendedora for tributada pelo Simples Nacional, a parcela correspondente ao 
ICMS e ao IPI é muito menor. Por exemplo, dentro de São Paulo, a alíquota é de 18% para o ICMS, porém, 
no caso do Simples, esse percentual pode ser de 1,25%, ou seja, uma perda muito grande no crédito dos 
impostos.
Assim, tal análise deve ser muito bem feita, pois, caso não se analise o crédito desses impostos, as 
empresas industriais e comerciais poderão estar pagando mais caro pela mercadoria.
1.7 A carga tributária dos países participantes da Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento (OCDE)
Se formos analisar estaticamente, a carga tributária do Brasil está abaixo da média dos países 
participantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), porém 
ainda é muito elevada. É importante esclarecer que bens e serviços consumidos e gerados por 
consumidores e empresários têm um percentual entre 46,6% e 32,3% de carga tributária, uma das 
mais elevadas do mundo.
Conforme publicações de 2009 a 2016 da Receita Federal do Brasil relativas à carga tributária 
brasileira e analisando apenas o ano de 2016, pode-se constatar que o Brasil ocupa o 23º lugar 
num rol de 33 países da OCDE, ou seja, a carga tributária em 2016 correspondeu a 32,1% do PIB. 
Nessa análise, os países que se destacam com índices superiores a 40% do PIB são: Dinamarca 
(46,6%), França (45,5%), Bélgica (44,8%), Finlândia (44,0) Áustria (43,5%), Itália (43,3%) e 
Suécia (43,3%). Ainda que estes índices sejam bem superiores aos índices do Brasil, o que se 
conclui favoravelmente é que a qualidade dos serviços públicos desses mesmos países é também 
infinitamente superior. O mesmo não podemos falar do Brasil: há décadas os principais serviços 
ofertados à população brasileira, principalmente os ligados à saúde, educação, segurança e ao 
transporte são extremamente precários. Não vislumbramos em um curto prazo que tais situações 
possam ser revertidas em benefício da população brasileira. 
24
Unidade I
Todos esses dados poderão ser verificados no gráfico 1 a seguir, onde são apresentados os percentuais 
de carga tributária dos países da OCDE de 2015 (RECEITA FEDERAL DO BRASIL, 2016).
Carga tributária no Brasil e nos países da OCDE – 2015
Dinamarca 46,3
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0
Áustria 43,5
Noruega 38,1
Alemanha 36,9
Espanha 33,8
Reino Unido 32,5
Israel 31,4
Bélgica 44,8
Suécia 43,3 
Islândia 37,1
Esslovênia 36,6
República Tcheca 33,5
Rep. Eslováquia 32,3
Latívia 29,0
França 45,5
Itália 43,3
Holanda 37,8
Grécia 36,8
Estônia 33,6
Brasil 32,1
Turquia 30,0
Finlândia 44,0
Hungria 39,4
Luxemburgo 37,0
Portugal 34,5
Nova Zelândia 32,8
Canadá 31,9
Suíça 27,9
Irlanda 23,6
Estados Unidos 26,4
Chile 20,7
Coreia do Sul 25,3
México 17,4
Figura 6 – Carga tributária no Brasil e em países da OCDE em 2007
1.8 Impostos federais que impactam diretamente nos resultados
Temos impostos, taxas e contribuições em diversos âmbitos, porém os principais impostos 
federais cobrados no Brasil que impactam diretamente o resultado das empresa são o IRPJ, a CSLL, 
o PIS e a Cofins.
25
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
1.8.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica
As pessoas jurídicas em geral com fins econômicos estão sujeitas ao pagamento do imposto de 
renda pelo regime de lucro real, presumido, arbitrado ou simples. Qualquer pessoa jurídica, por menor 
que seja, pode optar pela tributação com base no lucro real. A tributação com base no lucro presumido 
ou a opção pelo Simples nem sempre é possível em razão do montante da receita bruta, atividade ou 
condição da pessoa jurídica.
Figura 7 
O administrador da empresa deverá escolher o regime de tributação menos onerosa em termos de 
tributos e burocracia e exigências fiscais, porém a escolha não será possível quando a pessoa jurídica 
obrigatoriamente for tributada pelo lucro real.
A tributação com base no lucro real pode ser por opção ou por obrigação. As pessoas jurídicas não 
enquadradas no art. 14 da Lei nº 9.718/98 terão a possibilidade de optar pela tributação com base no 
lucro presumido. O impedimento leva em conta: receita bruta total, tipos de atividades, procedência de 
rendimentos, entre outros.
A tributação pelo lucro real, seja por opção ou obrigação, requer a manutenção da escrituração de 
livros comerciais e fiscais na forma determinada por lei. Não basta, todavia, simplesmente a manutenção 
da escrituração na forma das leis comerciais e fiscais se a pessoa jurídica não mantiver a documentação 
queembasou a escrituração. O art. 47 da Lei nº 8.981/95 enumera as hipóteses em que o lucro da pessoa 
jurídica será arbitrado.
26
Unidade I
Nem sempre a opção pelo Simples é mais vantajosa que a tributação pelo lucro presumido ou 
lucro real. Nos cálculos comparativos, devem ser levados em conta o IRPJ, a CSLL, o PIS, a Cofins e a 
contribuição para o INSS.
2 TIPOS DE SOCIEDADES E ENQUADRAMENTO FISCAL DAS EMPRESAS
De acordo com o novo Código Civil, as empresas podem ser constituídas como sociedades simples e 
sociedades empresárias. Quanto à natureza jurídica, elas podem constituir-se em sociedades simples limitada, 
sociedade empresária limitada e sociedade anônima. Existem, ainda, as sociedades em nome coletivo, 
sociedade em comandita simples e sociedade em comandita por ações. Estas, em razão da complexidade e 
atribuição de maior responsabilidade aos seus sócios, estão em extinção. Há também a Sociedade em Conta 
de Participação (SCP) e sua constituição não está sujeita às formalidades legais prescritas para as demais 
sociedades, não sendo necessário o registro de seu contrato social na Junta Comercial.
Conforme preceitua o Código Civil, geralmente as sociedades em nome coletivo são constituídas 
por um prazo determinado, com o objetivo de explorar um projeto específico. Após o cumprimento do 
objetivo, a sociedade se desfaz e a sua formação pode ocorrer quando duas ou mais pessoas, pelo menos 
uma delas sendo comerciante, se reúnem sem firma social, para obter lucro comum, em uma ou mais 
operações de comércio determinadas, trabalhando um, alguns ou todos em seu nome individual para o 
fim social, em que a associação assume o nome de sociedade em conta de participação, sendo regulada, 
a partir do Novo Código Civil, pelos artigos 991 a 996 do referido código (Lei nº 10.406/2002).
2.1 As sociedades simples
As sociedades simples são um tipo societário introduzido pelo Código Civil de 2002, vindo, de certa 
forma, a substituir a antiga sociedade civil. Com a vigência do atual diploma civil, que diminuiu a 
flexibilidade da sociedade limitada, observou-se uma crescente adoção da forma típica de sociedade 
simples nos pequenos negócios. A sociedade simples, caracterizada como personificada e não empresária, 
quer dizer que é constituída como uma pessoa jurídica, com fins econômicos, e o termo “não empresária” 
identifica que as sociedades simples são de caráter pessoal, ou seja, existe uma estreita relação entre 
as atividades desenvolvidas e a especialidade de seus sócios. Nessa condição estão as sociedades de 
dentistas, médicos, advogados, engenheiros etc. Os objetivos sociais são realizados pelo atrelamento e 
pela supervisão de seus sócios. É importante ainda mencionar que o surgimento da sociedade simples 
reduziu a flexibilidade quando ela se organizava no antigo conceito de sociedade civil limitada, pois 
agora a responsabilidade de seus sócios podem se caracterizar como “responsabilidade ilimitada”, ou 
seja, os sócios podem responder ilimitadamente pelo saldo devedor na proporção de suas participações.
O registro da sociedade simples é feito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
2.2 As sociedades organizadas como empresárias
Esse tipo de sociedade determina que o caráter econômico ou o objetivo social é impessoal, ou 
seja, as atividades que são desenvolvidas estão apartadas da figura dos seus sócios. A sociedade 
empresária adquire vida própria independentemente de seus sócios. Nessa condição estão as 
27
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
empresas comerciais, cujos registros constitutivos são feitos nas Juntas Comerciais dos seus 
respectivos estados.
2.3 O enquadramento fiscal das empresas
De acordo com os objetivos sociais, as empresas podem enquadrar-se para fins tributários em 
microempresas, empresas de pequeno porte e demais empresas que podem ser tributadas pelo 
lucro presumido, quando não obrigadas à tributação pelo lucro real, e em lucro real por opção ou 
quando obrigadas.
A partir do que se estabelece na Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, às microempresas e 
empresas de pequeno porte será oferecida a possibilidade de adesão ao regime de tributação do Simples 
Nacional, um regime de tributação diferenciado e simplificado cujo início de funcionamento se deu a 
partir de 1 de julho de 2007 (BRASIL, 2006).
Por ser uma lei complementar, abrange não só o regime tributário diferenciado, estabelecido 
em Lei e denominado Simples Nacional, bem como todos os aspectos relacionados às licitações 
públicas, relações trabalhistas, estímulo ao crédito, à capitalização de recursos, à inovação, entre 
outros mais.
Existe ainda o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), criado pelo Decreto nº 6.038, de 7 de 
fevereiro de 2007, e ligado ao Ministério da Fazenda, sendo formado por representantes da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
2.3.1 Microempresas (ME)
É classificada como microempresa, no tocante ao Simples Nacional, a pessoa jurídica, ou a 
ela equiparada, que obtenha, em cada ano-calendário, uma receita bruta igual ou menor que 
R$ 360.000,00 (a partir de 1 de janeiro de 2012, conforme Lei Complementar nº 139, de 10 de 
novembro de 2011).
2.3.2 Empresas de Pequeno Porte (EPP)
Considera-se EPP, no tocante ao Simples Nacional, o empresário ou a pessoa jurídica que 
obtenha, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 
4.800.000,00 (Redação dada pela Lei Complementar 155 de 27 de outubro de 2016 e Resolução do 
CGSN nº 135 de 22 de agosto de 2017).
2.3.3 Microempreendedor Individual (MEI)
É classificado como MEI o empresário individual que tenha obtido receita bruta, no ano-calendário 
anterior, no valor de até R$ 81.000,00, optante pelo Simples Nacional (Redação dada pela Lei 
Complementar 155 de 27 de outubro de 2016 e Resolução do CGSN nº 135 de 22 de agosto de 2017).
28
Unidade I
3 SIMPLES NACIONAL
Trata-se de um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, cuja aplicação se dá nas 
microempresas e empresas de pequeno porte a partir de 1 de julho de 2007.
A Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, estabelece normas e procedimentos gerais 
relativos às microempresas e às empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes da União, dos estados, do 
Distrito Federal e dos municípios (BRASIL, 2006), onde abrange não apenas o regime tributário diferenciado 
(Simples Nacional), como também os outros aspectos relacionados às licitações públicas, às relações de 
trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça etc. É de competência 
do CGSN, instituído pelo Decreto nº 6.038, de 07/02/2007, regulamentar o Simples Nacional (BRASIL, 
2007). O CGSN, ligado ao Ministério da Fazenda, trata dos aspectos tributários do Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006) e compõe-se de 
representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (BRASIL, 2006).
 Lembrete
A LC 123/06 teve recente atualização por meio da Lei Complementar nº 
155/16, de 27 de outubro de 2016, em que foram modificados os limites de 
tributação e enquadramento.
3.1 Opção pelo Simples Nacional
Como poderemos fazer essa opção? Ela só poderá ser feita, pela internet, no portal do Simples 
Nacional, não podendo ser anulada para todo o ano-calendário e somente no mês de janeiro, até o seu 
último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção.
3.2 Pessoas jurídicas excluídas da opção
Não são todas as empresas que podem optar pelo Simples Nacional, existem restrições. Para isso, veja a 
seguir quais pessoas jurídicas não podem optar, de acordo com o §4º, artigo 3º, da LC nº 123/06 (BRASIL, 2006):
• como microempresa quando a receita bruta no ano calendário 
anterior for superior a R$ 360.000,00;
• como EPP que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente 
anterior, receita bruta superior a R$ 4.800.000,00;
A LC nº 123/06 também relaciona as vedaçõesao Simples Nacional, conforme preceitua a lei (BRASIL, 
2006): empresas que tenham pessoas jurídicas em sua composição do capital social; empresas que sejam 
filiais, sucursais, agências ou representação no país de pessoa jurídica cuja sede é no exterior; empresas 
que tenham como sócio pessoa física que participe de outra empresa que não esteja tributada com base 
nos termos da LC nº 123/06, desde que a receita ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00; empresa cujo 
29
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
sócio ou titular participe com mais de 10% do capital social de outra empresa não beneficiada pela LC 
nº 123/06, desde que a receita bruta seja superior a R$ 4.800.000,00; empresa constituída com atividade 
de cooperativas, exceto as de consumo.
São igualmente vedadas as atividades de banco comercial, investimentos e de desenvolvimento, 
caixas econômicas, sociedades de crédito em geral, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, 
empresas de arrendamento mercantil, entre outros relacionadas à área financeira; empresas resultantes 
de cisão que tenha ocorrido em um período anterior de até cinco anos; sociedades por ações que 
explore atividades de gerenciamento de ativos, assessoria de créditos, asset management e factoring; 
empresas que tenham sócios residentes no exterior, que tenha participação de entidade da administração 
pública direta ou indireta e em todas as esferas; pessoas jurídicas com débitos junto ao INSS ou com as 
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal; prestadoras de serviços de transporte intermunicipal 
ou interestadual de passageiros.
Ainda são vedadas as empresas de geração, transmissão ou comercialização de energia elétrica, 
importadoras e fabricantes de automóveis e motocicletas; importadoras de combustíveis; que explorem 
a venda ou fabricação de cigarros, cigarrilhas, charutos etc.; empresas de bebidas alcoólicas, refrigerantes, 
inclusive águas saborizadas gaseificadas, cervejas sem álcool etc.
Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que, embora exerçam diversas atividades 
permitidas, também exerçam pelo menos uma atividade vedada, independentemente da relevância da 
atividade impeditiva.
3.3 Pessoas jurídicas que podem optar pelo Simples
Pode optar pelo Simples Nacional a firma individual ou sociedade que não se enquadre em nenhuma 
das vedações da LC 123 de 2006 elencados no item anterior.
O § 1o. do art. 17 da LC nº 123, de 2006, expressamente permite optar pelo SIMPLES Nacional as 
empresas que tenham por atividades (BRASIL, 2006): creches, pré-escolas, estabelecimentos de ensino 
fundamental, técnicas, profissionais e de ensino médio escolas de línguas estrangeiras, escolas de artes, 
técnicas de pilotagem, preparatório para concursos, gerenciais e escolas livres; agências de correios 
que sejam terceirizadas, agências de viagens e turismo; centro de formação de condutores; transporte 
municipal de passageiros; agências lotéricas; instalação, reparo e manutenção em geral, bem como 
usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais.
Também são permitidas as empresas de construção de imóveis e obras de engenharia em geral, 
inclusive sob a forma de subempreitadas, projetos e serviços de paisagismo bem como decoração de 
interiores; montadoras de estandes para feiras; produção cultural, cinematográfica e de artes cênicas; 
empresas de administração e locação de imóveis de terceiros; academias de danças, capoeira, ioga, artes 
marciais; de atividades físicas, desportivas, de natação; elaboração de programas de computadores e 
jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante.
30
Unidade I
Ainda estão inclusos serviços de vigilância, de limpeza e de conservação; escritórios de contabilidade; 
laboratórios em geral; tomografias e diagnósticos médicos por imagem, incluindo ressonância magnética 
e serviços de próteses em geral (BRASIL, 2006).
3.4 Abrangência dos impostos
No Simples Nacional, diversos impostos são abrangidos e recolhidos por meio de um único 
documento, denominado DAS (Documento de Arrecadação do Simples). A lista é bastante extensa, 
porém destacamos os principais (BRASIL, 2006):
• IRPJ;
• CSLL;
• IPI para as empresas industriais ou equiparadas;
• Cofins;
• PIS/Pasep, sendo que, na importação, os impostos e contribuições serão devidas;
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, de responsabilidade da pessoa 
jurídica, exceto quando a ME ou EPP desempenhar as atividades relacionadas no § 5-C do art. 18 
da LC, entre elas a construção de imóveis e obras de engenharia em geral; academias de dança; 
atividades físicas; elaboração de jogos e programas de computadores quando desenvolvido no 
estabelecimento da empresa optante; laboratórios de análises; empresas montadoras de estandes 
de feiras, serviços de diagnósticos médicos por imagem, bem como ressonância magnética;
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
• ISS.
Não são abrangidos pelo Simples Nacional e, portanto, deverão ser recolhidos em conformidade com 
as demais empresas (BRASIL, 2006):
• IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);
• II (Imposto de Importação);
• ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial Rural);
• Imposto de Renda sobre os ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente;
• FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
31
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
• Contribuição para manutenção da Seguridade Social (INSS), relativamente ao trabalhador, entre 
outros.
 Saiba mais
A relação completa dos impostos abrangidos e não abrangidos pelo 
Simples Nacional encontra-se descrita na Lei complementar nº 123, de 
2006 e pode ser acessada pelo site do Palácio do Planalto, no endereço: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>.
3.5 Alíquotas aplicáveis
Desde 2006, quando foi criado o Simples Nacional, até 2017, as alíquotas eram fixas por faixas de 
faturamento e enquadramento das atividades em comércio, indústria e serviços.
A partir do exercício de 2018, há uma mudança substancial na forma de obtenção das alíquotas para 
cada faixa de enquadramento, ou seja, comércio, indústria e serviços. 
As alíquotas agora são progressivas e com desconto fixo; sua obtenção leva em consideração a 
receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração.
A título de esclarecimento ou exemplificação, leva-se em conta a atividade de comércio, cujo 
faturamento dos 12 meses anteriores ao período de apuração é igual a R$ 500.000,00, e o período de 
apuração ou faturamento do mês de janeiro é igual a R$ 20.000,00.
Cálculo até 2017
Para um faturamento acumulado dos últimos 12 meses de R$ 500.000,00, a alíquota aplicável sobre 
o faturamento no mês de R$ 20.000,00 era de 6,84%, e valor do imposto a recolher de R$ 1.368,00. 
Cálculo obtido conforme Anexo I – Comércio.
Tabelas do Simples Nacional válidas até 31/12/2017
Tabela 2 – Anexo I – Partilha do Simples Nacional 
Comércio (de 01/01/2012 a 31/12/2017)
Receita Bruta 
em 12 meses 
(em R$)
Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS
De 360.000,01 
a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
32
Unidade I
Tabela 3 – Cálculo a partir de 2018 (Alíquotas – Comércio)
Receita bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
Valores a serem considerados:
Receita bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração de R$ 500.000,00 e cuja receita 
do mês de R$ 20.000,00:
• Alíquota nominal (3ª faixa) de 9,50%.
• Parcela a deduzir de R$ 13.860,00.
Cálculo dos valores:
• R$ 500.000 x 9,50% % = R$ 47.500,00 (-) menos a parcela a deduzir de R$ 13.860,00 = R$ 33.640,00.
• Alíquota efetiva = R$ 33.640,00 / R$ 500.000,00 = 6,73%. 
• Aplicado sobre a Receita de laneiro = R$ 20.000 x 6,73 % = R$ 1.346,00.
A nova sistemática de cálculo exige muita atenção para as atividades de serviços que estão 
estabelecidas nas tabelas ou Anexos III, IV e V, observando os diversos tipos de serviços.Por exemplo, uma empresa de serviço de Fisioterapia, que é tributada pelo Anexo V e cujo anexo 
possui uma carga tributária elevada, poderá valer-se da Tabela ou Anexo III com uma tributação menor, 
desde que o fator “r” que a relação da folha de pagamento acumulada dos 12 meses anteriores ao 
período de apuração e o Faturamento Bruto acumulado dos 12 meses anteriores ao período de apuração 
sejam iguais ou superiores a 28%. 
 O objetivo do governo é privilegiar com alíquotas menores as empresas que têm um maior número 
de funcionários registrados. 
Para melhor entendimento, vejamos:
Empresa A – Fisioterapia
• Faturamento Bruto dos 12 meses anteriores ao período de apuração igual a R$ 400.000,00.
• Folha de Salários Acumulada dos 12 meses anteriores ao período de apuração igual a R$ 100.000,00.
• Período de apuração ou Faturamento de janeiro/2018 = R$ 25.000,00.
• Razão entre a Folha de Salários e Faturamento Bruto: R$ 100.000,00/400.000,00 = 25%.
33
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Enquadramento: Anexo V 
Tabela 4 – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas decorrentes 
da prestação de serviços relacionados no § 5º-I do art. 18 da LC 123/2016
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00
Valores a serem considerados:
Receita Bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração de R$ 400.000,00 e cuja receita 
do mês de janeiro é de R$ 25.000,00:
• Alíquota nominal (3ª faixa) de 19,50 % (Anexo VI).
• Parcela a deduzir de R$ 9.900,00.
Cálculo dos valores:
• R$ 400.000 x 19,50% % = R$ 78.000,00 (-) menos a parcela a deduzir de R$ 9.900,00 = R$ 68.100,00.
• Alíquota efetiva = R$ 68.100,00 / R$ 400.000,00 = 17,03%.
• Aplicado sobre a Receita de Janeiro = R$ 25.000 x 17,03 % = R$ 4.257,50.
Empresa B – Fisioterapia
• Faturamento Bruto dos 12 meses anteriores ao período de apuração igual a R$ 400.000,00.
• Folha de Salários Acumulada dos 12 meses anteriores ao período de apuração igual a R$ 115.000,00.
• Período de apuração ou Faturamento de Janeiro/2018 = R$ 25.000,00.
• Razão entre a Folha de Salários e Faturamento Bruto: R$ 115.000,00/400.000,00 = 28,75%.
Enquadramento: Anexo III
Tabela 5 – Alíquotas - Receitas de locação de bens móveis e de prestação 
de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da LC 123/2016
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
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Unidade I
Valores a serem considerados:
• Receita Bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração de R$ 400.000,00 e cuja receita do 
mês de janeiro de R$ 25.000,00. 
• Alíquota nominal (3ª faixa) de 13,50 % (Anexo V).
• Parcela a deduzir de R$ 17.640,00.
Cálculo dos valores:
• R$ 400.000 x 13,50% % = R$ 54. 000,00 (-) menos a parcela a deduzir de R$ 17.640,00 
= R$ 36.360,00
• Alíquota efetiva = R$ 36.360,00 / R$ 400.000,00 = 9,09 % 
• Aplicado sobre a Receita de Janeiro = R$ 25.000 x 9,09 % = R$ 2.272,50 
Concluindo, a empresa cuja razão entre a folha de salários e faturamento dos 12 meses 
anteriores ao período de apuração é igual ou superior a 28% tem uma tributação favorecida, 
conforme exemplo acima citado.
3.5.1 Determinação das alíquotas
A determinação das alíquotas ou percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal a ser tributada 
no Simples Nacional é feita tendo como base as tabelas progressivas por ramo de atividades contidas 
nos Anexos de I a V, a seguir (BRASIL, 2017): 
Tabela 6 – Anexo I da Resolução CGSN nº 94, de 2011. (art. 25-A, § 1º, inciso I) 
(vigência: 01/01/2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
35
PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
Tabela 7 – Anexo II da Resolução CGSN nº 94, de 2011. (art. 25-A, § 1º, inciso II) 
(vigência: 01/01/2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00
Tabela 8 – Anexo III Alíquotas - Receitas de locação de bens móveis e de 
prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da LC 123/2016
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 6,00% -
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00
Serviços abrangidos pelo Anexo III (BRASIL, 2008): 
(§ 5º-B Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta Lei 
Complementar 123)
§ 5º-B Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta Lei Complementar, 
serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar as 
seguintes atividades de prestação de serviços: 
1- creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas 
técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, 
cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e 
escolas livres, exceto as previstas nos incisos II e III do § 5º-D deste artigo;
2 - agência terceirizada de correios;
3 - agência de viagem e turismo;
4- centro de formação de condutores de veículos automotores de 
transporte terrestre de passageiros e de carga;
36
Unidade I
5 - agência lotérica;
6 - serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem 
como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais;
7 - transporte municipal de passageiros; 
8 - escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos §§ 22-B e 
22-C deste artigo.
9- produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua 
exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes 
cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais.
10- fisioterapia;
11- corretagem de seguros.
12- arquitetura e urbanismo
13 - medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; 
14 - odontologia e prótese dentária; 
15 - psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, 
fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite. 
§ 5o-D. Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 17 desta Lei Complementar, 
as seguintes atividades de prestação de serviços serão tributadas na forma 
do Anexo III desta Lei Complementar: (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 155, de 2016)
16 - administração e locação de imóveis de terceiros
17 - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
18 - academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
19 - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, 
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
20 - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
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PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO
21 - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas 
eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;
22- empresas montadoras de estandes para feiras;
23 - laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
24 - serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros 
gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética;
25 - serviços de prótese em geral (BRASIL, 2008).
Os serviços acima mencionados, como: fisioterapia; arquitetura e urbanismo;

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