Buscar

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO PENAL

Prévia do material em texto

TÓPICOS ESPECIAIS DE DIREITO PENAL 
 
MATERIALIDADE Teoria Geral do Crime 
 Elementos do Fato Típico (Espécies; Dolo e Culpa) 
 Princípios afetos do Direito Penal – arts. 1º, III e 5º, XXX da CF 
 
AUTORIA Relação de Causalidade (Dolo e Culpa) 
 Crime consumado – preterdolo – tentativa 
 Crime impossível – erro de tipo / erro de proibição 
 Concurso de crimes 
 
 TENTATIVA – CAUSA DE REDUÇÃO DE PENA 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 
um a dois terços. 
 
*** Quais são as infrações penais que não admitem tentativa - C³HOUPA= Crimes culposos, crime condicionado, contravenção penal, 
crime habitual, crime omissivo próprio, crimes unissubsistentes, crimes preterdolosos e Crimes de atentados. *** 
 
 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA / ARREPENDIMENTO EFICAZ - EXCLUSÃO DA TIPICIDADE 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos 
atos já praticados. 
 
NA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA consiste na ação delituosa que é interrompida pela vontade do a gente em não continuar e não por 
circunstâncias alheias. Adequando ao Iter Criminis a desistência voluntária se configura depois do início da execução, mas antes do 
fim da mesma. Responde somente pelos atos já praticados é a chamada “Ponte de Ouro”. Vale ressaltar que se ele não praticou nada 
não responde por nada, é o caso do furto e ao abordar se arrepende, não responderá por nada, porém, se ele iria furtou e adentrou na 
residência e desiste do furto obviamente não responderá pelo furto, mas pela invasão ao domicílio, uma vez que somente responde 
pelos atos já praticados. 
 
NO ARREPENDIMENTO EFICAZ consiste diferentemente da desistência voluntária na completa execução, mas logo após (depois de 
todos os atos feitos) se arrepende e faz algo para impedir a consumação. Dando ensejo e punibilidade somente aos atos praticados. 
Adequando ao Inter Criminis, o arrependimento eficaz enquadra-se no fim da execução, mas antes da consumação uma vez que o 
agente faz algo para impedir a consumação efetiva. Como por exemplo, O sujeito ativo A empurra o sujeito passivo material B na água 
onde irá possivelmente se afogar, uma vez que não sabe nadar, deve-se observar que nesse momento o ato executório já foi realizado. 
No entanto, o agente A se arrepende e antes da consumação e atua para evitar fim desta. É de importância ressalvar que se o agente 
conseguiu, o agente A não responde por nenhum crime, desde que B não tenha sofrido lesão alguma. Caso ele não consiga “salvá-lo” 
irá responder por homicídio, uma vez que o agente responderá pelos atos praticados. 
 
*** PRECISA DE ALGUM ATO PARA QUE SE CONSUME? CASO PRECISE É DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, CASO NÃO É 
ARREPENDIMENTO EFICAZ. *** 
 
 
 ARREPENDIMENTO POSTERIOR - CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA 
 
Arrependimento posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
NO ARREPENDIMENTO POSTERIOR o arrependimento do autor do crime é posterior a consumação da conduta criminosa, ou seja, 
ocorre após o resultado ter sido efetivamente produzido e esta é uma diferença importante entre os dois institutos. (Ex.: Autor que 
furta uma moto, porém, no dia seguinte ao furto, antes mesmo da instauração do inquérito, restitui a moto, sem nenhum dano.) 
 
 
 CRIME IMPOSSÍVEL - EXCLUSÃO DA TIPICIDADE 
 
Crime impossível 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime. 
NO CRIME IMPOSSÍVEL a conduta criminosa é iniciada, mas não irá se consumar, uma vez que há uma impossibilidade de sua 
consumação. “Crime fadado a não acontecer. Por mais que o agente tente, ele não consegue chegar ao seu objetivo”. Como, por exemplo 
tentar o crime de homicídio de um cadáver, ou seja, a vítima já está morta. No crime impossível o agente está isento de pena. 
No que se refere a teoria adotada pelo código penal que versa sobre o crime impossível é a teoria objetiva temperada ou relativa (não 
se pune quando houver ineficácia do meio ou uma impropriedade absoluta do objeto). Porém, em sua totalidade são quatro teorias, 
sendo elas: teoria subjetiva (dolo), teoria sintomática (periculosidade do agente), teoria objetiva pura ou absoluta (ineficácia relativa 
do meio ou impropriedade relativa do objeto) e teoria objetiva temperada ou relativa (ineficácia absoluta do meio ou impropriedade 
absoluta do objeto - adotada). 
 
 ERRO DO TIPO – CAUSA EXCLUDENTE DA CULPABILIDADE 
 
Erro sobre elementos do tipo 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto 
em lei. 
Descriminantes putativas 
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a 
ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
Erro sobre a pessoa 
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou 
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
 
NO ERRO DO TIPO, temos que o agente age com uma falsa percepção da realidade, ele acha que é uma coisa, mas na realidade é outra. 
Exemplo clássico é do caçador que está caçando, vê um vulto, um balançar no arbusto, atira, achando se tratar de um animal, todavia 
tratava-se de outro caçador. 
Erro de tipo, que exclui o dolo, mas permitiria a punição por culpa, se houvesse previsão legal para o crime culposo, o que não existe. 
Portanto, o fato se torna atípico! O que acontece na realidade é que o elemento volitivo, vontade de matar, está presente, o que não está 
presente é o elemento cognitivo (consciência que matava alguém). Ele errou sobre um elemento constitutivo do tipo legal de crime 
(homicídio), o elemento – alguém. 
 
 ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
Erro sobre a ilicitude do fato 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era 
possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
 
NO ERRO DE PROIBIÇÃO, por sua vez, o agente age vendo a realidade; há, portanto, na verdade, um problema na consciência da sua 
ilicitude, pois ele “acha que pode”. Ex. O estrangeiro, de origem holandesa (país em que é permitido o consumo de drogas) vem para o 
Brasil, mesmo sabendo que aqui é proibido o consumo de drogas, ele vê uma pessoa usando maconha, então pensa que pode. 
 
** AINDA 
 
O erro de tipo, o primeiro que tratamos, subdivide-se em Essencial e Acidental. Aquele recai sobre um elemento essencial do crime, 
em que se visualiza no tipo penal qual elemento o agente errou. No caso do caçador, ele errou sobre o elemento alguém. Quando uma 
pessoa pega o celular de outra, achando ser seu, erra sobre o elemento constitutivo do tipo penal do Furto – art. 155 – “coisa alheia”. 
 
Esta espécie de erro (erro de tipo essencial) subdivide-se em Vencível/Evitável/Inescusável, que exclui apenas o dolo, mas permite a 
punição por crime culposo, se previsto emlei (só há crime culposo se ele estiver expressamente declarado na lei – princ. da 
excepcionalidade). Portanto o caçador deverá responder por homicídio culposo, até por que ele agiu de forma descuidada, portanto, 
este exemplo é de erro de tipo essencial vencível. Todavia, o agente que pega um celular achando ser seu, não responderá por nada, 
pois não há modalidade culposa neste delito. 
 
Por outro lado, o erro de tipo essencial Invencível/Escusável/Inevitável, que nasce de uma construção doutrinária – Exclui o dolo e a 
culpa – é uma espécie de excludente de tipicidade. 
Um exemplo é do agente que vai para uma boate, onde somente é permitida a entrada de maiores de 18 anos e lá conhece uma garota 
que aparenta ser maior e quando lhe perguntada sua idade, a mesma responde ter 19 anos, plenamente compatível com sua compleição 
física. Dias depois praticam relação sexual, consentida por ambos, e neste momento o agente descobre que a garota tinha apenas 13 
anos de idade. 
 
Na esteira, temos ainda o erro de tipo Acidental, o qual incide sobre um elemento paralelo ao tipo penal, que não faz parte dele. E 
subdivide-se em: 
 
ERRO SOBRE A COISA (ERRO IN OBJECTO) 
Ex. O agente acha que furta joia, mas acaba subtraindo bijuteria. Ainda que seja primário e a res subtraída não ultrapasse o valor de 1 
salário mínimo, não poderá ser beneficiado pelo furto privilegiado – art. 155, §2º do CP, o qual poderia ter a pena de reclusão 
substituída por detenção, diminuir a pena de 1 a 2/3 ou aplicar somente a multa, pois o agente responde como se tivesse furtado joia. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/código-penal-decreto-lei-2848-40
 
ERRO DETERMINADO POR 3º (ART. 20, §2º, DO CP) 
Ex. O médico, desejando a morte do paciente, entre uma injeção para a enfermeira aplicar no mesmo, alegando se tratar de analgésico, 
porém era uma substância letal. Responde o 3º (médico) pela prática do crime. 
Erro sobre a pessoa (erro in persona – art. 20, §3º) 
Ex.: “A” achando se tratar de seu pai, agindo com animus necandi (vontade de matar), efetua diversos disparos. Depois descobre que 
matou seu tio, muito parecido com seu pai. A responde como se tivesse matado seu pai– vítima virtual, com todas suas qualidades e 
condições pessoais, ou seja, responderá com agravante de pena, pelo fato do crime ter sido praticado contra ascendente – art. 61, Inciso 
II, alínea “e” do CP. 
 
ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS – ART. 73) 
Ex.: “A” atira em “B” de 70 anos, erra e mata “C” de 25 anos. Responde como se tivesse matado B, que era quem ele pretendia. Inclusive 
com aumento de pena de 1/3 (art. 121, §4º) por ter cometido o crime contra idoso. Tem as mesmas consequências jurídicas do erro in 
persona, inclusive o art. 73 lhe remete para o §3º do art. 20, porém não é a mesma coisa. No erro sobre a pessoa, o agente acha se tratar 
da pessoa que pretende matar, porém não era. No erro na execução, o agente vê a pessoa, porém erra o tiro. 
 
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS/DELICTI – ART. 74) 
O erro agora é no crime. O agente pretende cometer um tipo de crime e por erro acaba cometendo outro crime. Responde pelo crime 
que praticou, na forma culposa, se prevista em lei. Ex.: “A” desejando praticar crime de dano – art. 163, atira uma pedra contra o carro 
de “B”, erra e acerta o rosto de “B”, causando-lhe lesões. Responderá por lesão corporal culposa. Na hipótese de também acertar o 
carro, responderá pelos dois crimes, em concurso formal, pois praticou uma conduta, porém deu causa a dois ou mais crimes. Responde 
por um deles, o mais grave se diversos, com a pena aumentada de 1/6 a 1/2. Mas, cuidado, a pena não pode ultrapassar o que seria 
cabível no concurso material – art. 69 do CP que determina a soma das penas. Mesmo raciocínio servirá para o erro na execução. Caso 
o agente também atinja a pessoa que pretende, responderá por um crime de homicídio com a pena aumentada de 1/6 a 1/2. 
Mas, ainda temos que tratar das espécies do erro de proibição, que subdivide-se em Direto (Evitável, o qual diminui a pena de 1/6 a 
1/3 – art. 21 in fine e Inevitável que isentará o agente de pena – por se tratar de uma excludente de culpabilidade – art. 21, 1ª parte). 
Neste caso, o juiz irá analisar se o agente teria a possibilidade de ter ou atingir a consciência da ilicitude, no momento da prática da 
conduta. Se sim, diminuirá a pena, se não, isentará o agente de pena. Trata-se de um puro juízo de valor em que o juiz analisa o 
conhecimento profano do injusto (valores éticos morais, culturais que o agente tem). 
 
 
Nasce, ainda, O ERRO DE TIPO INDIRETO, o qual se relaciona com as Justificantes (excludentes de ilicitude ou antijuridicidade – art. 
23 do CP), e subdivide-se em: 
 
ERRO SOBRE A EXISTÊNCIA DE UMA JUSTIFICANTE 
Ex.: Eutanásia. O agente, a pedido do irmão, desliga os aparelhos, pois o irmão não deseja mais viver. O agente “acha” que existe alguma 
causa que justifique sua conduta. 
 
ERRO SOBRE OS LIMITES DE UMA JUSTIFICANTE 
Ex.: Uma vítima de estupro, pega a arma do estuprador, durante a prática da violência, e acerta um tiro no mesmo, que cai, sem 
apresentar mais reação. Porém, a vítima continua atirando, achando que o estuprador poderá vir atrás dela depois para a prática de 
algum mal. 
 
ERRO SOBRE AS CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS DE UMA JUSTIFICANTE 
Ex.: “A” encontra “B”, seu desafeto, que coloca a mão de forma abrupta dentro da jaqueta. “A” achando “B” pegaria uma arma, saca a 
sua primeiro. Mas, “B” pegaria o celular para atender. Esta espécie de erro está no art. 20, §2º do CP. No capítulo de erro de tipo. (É 
isento de pena, o agente que por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato, que se existisse tornaria a 
ação legítima. Não há isenção de pena, quando o erro deriva de culpa e o fato é previsto como crime culposo. 
Por isso, tergiversam os doutrinadores a respeito do tema, prevalecendo o entendimento que é sim uma espécie de erro de tipo, mas 
com consequências jurídicas do erro de proibição, pois isenta o agente de pena. Portanto, nomeiam esta espécie, que segundo Luiz 
Flávio Gomes é um erro sui generis (de caráter especial e deveria ter artigo próprio), de ERRO DE TIPO “PERMISSIVO”, pois adota-se 
a Teoria Limitada da Culpabilidade. 
 
 
 CONCURSO DE CRIMES 
 
Concurso de crimes é o nome dado à prática de mais de um crime pela mesma pessoa, seja com uma só ou mais de uma ação. Segundo 
o nosso Código Penal, existem 03 (três) tipos de concurso de crimes: 
 Concurso material (artigo 69 do CP); 
 Concurso formal (artigo 70 do CP); e 
 Crime continuado (artigo 71 do CP). 
 
Concurso material 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de 
detenção, executa-se primeiro aquela. 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, 
para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis 
entre si e sucessivamente as demais. 
 
Concurso formal 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave 
das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o 
disposto no artigo anterior. 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. 
 
SEGUNDO O ARTIGO 69 DO CÓDIGO PENAL, OCORRE O CONCURSO MATERIAL: 
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica doisou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de 
detenção, executa-se primeiro aquela. (destaques acrescidos) 
 
JÁ DE ACORDO COM O ARTIGO 70 DO CÓDIGO PENAL, O CONCURSO FORMAL TERÁ VEZ: 
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das 
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-
se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante 
o disposto no artigo anterior 
 
QUANTIDADE DE AÇÕES PRATICADAS 
 
Concurso de crimes é o nome dado à prática de mais de um crime pela mesma pessoa. 
Agora, uma questão fundamental para diferenciar o concurso material do concurso formal é a quantidade de ações praticadas. 
 Assim, se a pessoa praticou mais de uma ação e essas ações resultaram em mais de um crime, estamos diante do 
concurso material (art. 69, CP). 
 Se, de outro modo, ele praticou uma só ação e dessa única ação resultou em mais de um crime, o concurso será formal (art. 
70, CP). 
 
 
CONCURSO MATERIAL HOMOGÊNEO X CONCURSO MATERIAL HETEROGÊNEO 
Interessante que esses crimes (praticados pela mesma pessoa, por mais de um crime) podem ser idênticos ou não. 
Caso sejam idênticos, estamos diante do concurso material homogêneo; se diferentes, concurso material heterogêneo. 
 
 
CONCURSO FORMAL HOMOGÊNEO X CONCURSO FORMAL HETEROGÊNEO 
Da mesma forma que acontece com o concurso material, o formal também pode ser classificado como heterogêneo (se forem 
praticados crimes diferentes) ou homogêneo (se crimes iguais).

Continue navegando