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DIAGNÓSTICA Lazaro Spalanzani desvendou em 1704 a ecolocalizacão dos morcegos; Jaques e Pierre Curie em 1880 → Efeito Piezoelétrico Nicolaas Bom em 1971 fez o primeiro aparelho em tempo real de ultrassonografia. O ultrassom é o aparelho que emite ondas sonoras em alta frequência (entre 2 e 15 MHz (ou seja, entre 2.000.000 Hertz a 15.000.000 Hertz) muito acima da capacidade de audição humana ou animal (que varia entre 20 Hz a 20.000 Hz). Diferentes tecidos, de acordo com sua densidade, interagem com a onda sonora de diferentes formas, uns refletem diretamente, e esse princípio fundamental para a formação da imagem. A impedância acústica (Z) refere-se à resistência ou a capacidade de reflexividade que o tecido apresenta para o som, é o resultado da densidade física do tecido corporal e da velocidade do som dentro de cada um dos tecidos. Se tivermos a mesma Impedância Acústica em dois tecidos, não haverá a formação de eco. • Se todos os tecidos tivessem a mesma Impedância Acústica, a imagem ultrassonográfica seria a mesma, independente do tecido observado. Se houver REFLEXÃO TOTAL do som emitido (ultrassom) a imagem aparecerá completamente escura (preta) que é chamado de VAZIO ACÚSTICO, ou SOMBRA ACÚSTICA, posterior à interface do tecido A maior diferença de Impedância acústica ocorrerá nas interfaces tecido ósseo (mineral) e ar: ➔ Interfaces Tecido Mole – Ar e Tecido Mole – Osso (mineral), quase todo o som será refletido pois quase nenhuma onda sonora atravessa esses limites. Assim: a imagem ultrassonográfica de um osso acarretará a formação de SOMBRA ACÚSTICA posterior à interface óssea. ➔ A imagem ultrassonográfica de um cálculo (vesical, renal, biliar, etc.) acarretará a formação de SOMBRA ACÚSTICA posterior à interface. ➔ A imagem ultrassonográfica de um tecido com gás (ar) acarretará a formação de SOMBRA ACÚSTICA posterior à interface ▪ Dois lugares que tem líquido: bexiga e vesícula biliar A atenuação é a diminuição da intensidade do feixe sonoro ao atravessar tecidos, conforme o feixe sonoro atravessa as estruturas, o som perde forças a se propagar. A atenuação da onda sonora envolve três principais fatores:\ - Absorção: é a conversão da energia mecânica das ondas sonoras em calor. No ultrassom diagnóstico, a quantidade de som absorvido é muito baixa e a alteração de temperatura nos tecidos é considerada imperceptível e de pouca significância. - Reflexão: é a capacidade de os ecos emitidos retornarem ao transdutor, formando a imagem. Essa fato ocorre quando o som encontra tecidos de diferentes impedâncias acústicas. - Dispersão ou espalhamento: os ecos sofrem reflexão em diferentes direções quando encontram estruturas de superfícies irregulares e pequenas. Parte do som é refletida de volta ao transdutor e o restante é transmitido pela interface. - Refração: é o desvio de direção do feixe sonoro transmitido, quando este não incide perpendicularmente á interface das estruturas. Interfaces curvas e lisas podem provocar refração, por exemplo, vaso sanguíneo. Transdutor O transdutor é o dispositivo responsável pela conversão de uma energia em outra, fundamental para a formação da imagem ultrassonográfica. Em seu interior estão os cristais responsáveis pela transformação da energia sonora em elétrica e vice- versa, por meio do efeito piezelétrico. - Linear: é retilínea e o escaneamento é retangular em toda a extensão. Usualmente é requerida para avaliações de tecidos superficiais por possuírem maior faixa de frequencia, menor profundidade e melhor resolução da imagem. - Linear Transretal - Convexo: é curvado e o escaneamento é forma forma cônica, é utilizado para avaliações de tecidos menos superficiais por possuírem menor faixa de frequência e resolução da imagem moderada. - Microconvexo ▪ Os trandutores ´possuem marcadores que ajudam na localização em sentindo craniual ou caudal. A formação da imagem ultrassonografica ocorre atras de uma corrente elétrica que passa através dos cristais piezelétricos, as ondas sonoras passam pelos tecidos, interagindo com eles, ocorre atenuação de feixe do ultrassom (que é o enfraquecimento progressivo da intensidade da onda sonora, pela própria ação do tecido sobre as ondas sonoras). As ondas sonoras podem ser: - Reflexão: é o fenômeno principal entre o tecido e a onda sonora. A imagem ultrassonográfica só será formada, se houver REFLEXÃO de ondas de volta ao transdutor. Ou seja, se o tecido não reflete nenhuma onda em direção ao transdutor, a imagem não será formada, ficando completamente preta. ▪ O melhor exemplo da NÃO FORMAÇÃO da imagem ultrassonográfica é a imagem de uma bexiga urinária, pois os líquidos não geram eco, portanto não ocorre reflexão das ondas sonoras de volta para o transdutor, onde o software entende não haver nenhum tecido ali. - Refração: Ocorre toda vez que as ondas sonoras não se encontrarem perpendiculares (90º) com a interface do tecido, NÃO voltando diretamente ao transdutor. Tal fenômeno ocorre em estruturas curvas. Esse caminho mais longo percorrido pelo eco faz com que a estrutura refletida pareça mais profunda do que realmente se encontra, podendo prejudicar a mensuração das estruturas. - Dispersão: Ocorre quando das ondas sonoras encontram pequenas estruturas irregulares e mínimas diferenças de impedância acústica dentro de um tecido ou órgão, ocorrendo uma dispersão dessas ondas sonoras e um retorno pequeno dessas para o transdutor. Exemplo clássico do fenômeno de dispersão se dá na ultrassonografia esplênica (pela quantidade de tecido fibroso misto no parênquima esplênico) e na ultrassonografia hepática (pela quantidade de vasos no parênquima hepático). - Absorção: é o fator atenuante de interação direta entre as ondas sonoras e o tecido avaliado, quando tais ondas são convertidas em energia mecânica, produzindo calor, que ficará retida no tecido. Tal informação é importante, principalmente, na avaliação ultrassonográfica oftálmica e de tecidos que se encontrem muito rasos (como, por exemplo, a glândula tireoide e os testículos) Terminologia Ultrassonografica o Anecoico (preto) o Ecóico (branco) o Hipoecogênico (escuro) o Hiperecogênico (claro) ▪ Tendões são ecoicos, caso tenha bolinhas anecoicas provavelmente terá edema. . Numa preparação da maquina de exame, é sempre importante levar em consideração: escolha do transdutor; profundidade; frequencia; numero de focos; faixa dinâmica; ganho geral; TGS (ganho especifico) USCAN (redutor de ruído); potencia; largura do setor; mapas de cinza e frame rate. Porem aqueles que ajudam a ter uma melhor visualização da imagem é a profundidade, frequencia, numero de focos e a faixa dinâmica. Preparação do paciente para o exame: É necessário a relização de tricotomia ampla da região a ser avaliada e, em seguida, a aplicação do gel condutor em quantidade suficiente para que não ocorram artefatos na imagem, devido a presença de ar entre a pele e o transdutor. o Contenção (física ou química) o Tricotomia (imprescindível) o Melhorar o contato do transdutor com a pele – gel, agua, álcool e standoff Cíbalos – formações fecais, consistência dura. Artefatos Ultrassonograficos São as imagens que não representam tecido corporal real ou que sejam deturpadas pelas ondas sonoras. A compreensão de como se formam e porque aparecem facilita a minimizar a formação ou a desconsiderá- los na avaliação. Os principais artefatos produzidos pela interação do som com os tecidos são: - Reverberação: ocorre quando a onda sonora encontra duas ou mais interfaces refletoras noseu caminho, produzindo ecos falsos e, consequentemente, imagens falsas . São exemplos de reverberação a ocorrência de gás (ar) entre a pele e o transdutor (importância de se utilizar algum meio de diminuição deste ar, como o gel transdutor, água ou álcool) e a ocorrência de alça intestinal com gás, próxima ao limite da região abdominal (próxima da pele). Ex.: Cauda de cometa ▪ Em pacientes obesos, a reverberação é facilmente encontrada devido a diferenças, mas pode ser suavizada pela diminuição do ganho proximal. - Reforço acústico: ocorre em tecidos de baixa atenuação (com líquidos) que, por não atenuarem adequadamente as ondas sonoras, essas atingem o tecido seguinte com força e velocidade elevadas, produzindo uma imagem hiperecóica após uma região com líquido, como Bexiga, Vesícula Biliar, Folículo, etc - Sombra acústica: ocorre quando as ondas sonoras encontram tecidos de alta atenuação, ocorrendo reflexão da maior parte dessas ondas para o transdutor. O software interpreta as informações como se não existisse nada após este tecido de alta atenuação, formando um “vácuo” acústico. Se formam nas calculoses, na presença de tecido fibroso (nódulos) e nas alças intestinais e pulmões pela presença de gás e ar. - Sombreamento de bordas ou refração: ocorre quando as ondas sonoras encontram bordos arredondados teciduais na sua trajetória. - Espelhamento: ocorre quando as ondas sonoras interagem com grandes interfaces refletoras, como a relação diafragma pulmão, promovendo espelhamento da imagem. - Espessura de corte: ocorre por colocação inadequada da probe, em relação à pele e tecido avaliado. Devemos lembrar que a probe deve sempre estar perpendicular à pele / tecidos, para que não ocorra o artefato de espessura de corte. Doppler Ultrassonografico Utilizado para se avaliar o fluxo sanguíneo demonstrando a presença deste, a direção, a velocidade e característica deste fluxo. A primeira descrição do fenômeno Doppler foi feita pelo matemático e físico austríaco Johann Christian Doppler ao observar que, à medida que o carro do corpo de bombeiros chegava próximo dele, o som dos sinos ficava mais agudo e mais alto. Doppler de onda pulsada onde os ecos retornados são assinalados em cores. Por convenção os ecos representantes do fluxo em direção ao transdutor são representados em tons de vermelho e os de direção oposta, são representados em tons de azul.
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