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Consumidor - Responsabilidade por fato do produto e do serviço (1)

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Direito do consumidor
Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço
 Daniel Venturine
Direito do Consumidor
RESPONSABILIDADE CIVIL PELO CDC:
 
Tradicionalmente, a responsabilidade civil, quanto à origem, é divida em responsabilidade contratual e extracontratual (ou aquiliana – lex aquilia de damno). Aludida sistematização, inclusive, foi mantida no atual Código Civil.
 
No CDC houve uma superação desse modelo dual, em que a responsabilidade civil é tratada de forma unificada, pouco importando se decorre de um contrato ou não.
 
O CDC, apenas, trata de forma diferenciada a responsabilidade civil entre produtos e serviços.
Direito do Consumidor
O CDC consagra como regra a responsabilidade objetiva e solidária dos fornecedores de produtos e prestadores de serviços, frente aos consumidores. Tal opção visa a facilitar a tutela dos direitos do consumidor, em prol da reparação integral dos danos.
Não tem o consumidor o ônus de comprovar a culpa dos réus nas hipóteses de vícios ou defeitos dos produtos ou serviços. Essa modalidade de responsabilidade encontra previsão no parágrafo único, do artigo 927, do Código Civil.
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Direito do Consumidor
O CDC adotou a ideia da “teoria risco-proveito”. Aquele que expõe aos riscos outras pessoas, determinadas ou não, por dele tirar um benefício, direto ou não, deve arcar com as consequências jurídicas da situação (responsabilidade objetiva e solidária entre os agentes).
 
A responsabilidade civil objetiva se justifica por (José Geraldo Brito Filomeno): a) produção em massa; b) vulnerabilidade do consumidor; c) insuficiência da responsabilidade subjetiva; d) lucro do fornecedor deve englobar o risco.
 
No Código Civil de 2002 a regra é a responsabilidade civil subjetiva e a exceção é a responsabilidade objetiva. No CDC ocorre o contrário.
Direito do Consumidor
A exceção à responsabilidade objetiva envolve os serviços prestados pelos profissionais liberais (responsabilidade subjetiva). A obrigação de meio gera a responsabilidade subjetiva, enquanto que a obrigação de resultado a responsabilidade objetiva.
MODALIDADES ESPECÍFICAS DE RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC
- Responsabilidade pelo vício do produto
- Responsabilidade pelo fato do produto
- Responsabilidade pelo vício do serviço
- Responsabilidade pelo fato do serviço.
 
No VÍCIO (produto ou serviço) o problema fica adstrito aos limites do bem de consumo, sem outras repercussões. É o prejuízo intrínseco.
No FATO (produto ou serviço), há prejuízos extrínsecos, outras decorrências.
Direito do Consumidor
A exceção à responsabilidade objetiva envolve os serviços prestados pelos profissionais liberais (responsabilidade subjetiva). A obrigação de meio gera a responsabilidade subjetiva, enquanto que a obrigação de resultado a responsabilidade objetiva.
MODALIDADES ESPECÍFICAS DE RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC
- Responsabilidade pelo vício do produto
- Responsabilidade pelo fato do produto
- Responsabilidade pelo vício do serviço
- Responsabilidade pelo fato do serviço.
 
No VÍCIO (produto ou serviço) o problema fica adstrito aos limites do bem de consumo, sem outras repercussões. É o prejuízo intrínseco.
No FATO (produto ou serviço), há prejuízos extrínsecos, outras decorrências.
Direito do Consumidor
A expressão “responsabilidade pelo fato do produto e do serviço”, em verdade, trata da responsabilidade pelos “acidentes de consumo”.
O importante não é a origem do fato, mas sim a localização humana de seu resultado (acidente de consumo), afastando a discussão relativa à responsabilidade contratual x extracontratual.
Quando se fala em segurança no mercado de consumo, tem-se em mente a ideia de risco (probabilidade de que um atributo do produto/serviço venha a causar dano à saúde humana – acidente de consumo).
Havendo dano, a indenização terá que ser completa, abrangendo danos patrimoniais (diretos e indiretos) e morais, inclusive aqueles causados no próprio bem de consumo defeituoso.
Direito do Consumidor
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.
Direito do Consumidor
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:  EXCLUDENTES!!!
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
Direito do Consumidor
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Direito do Consumidor
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Art. 15. (Vetado).
Art. 16. (Vetado).
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Direito do Consumidor
RESPONSÁVEIS POR INDENIZAR:
Em tese, todos os agentes econômicos envolvidos com a produção e comercialização de um determinado produto deveriam ser responsáveis pela sua garantia de segurança. 
O CDC, no art. 12, fixa como responsáveis pelo dever de indenizar os danos causados por produtos com vício de qualidade por insegurança, o fabricante, o construtor, o produtor e o importador.
O CDC prevê 03 (três) modalidades de responsáveis:
- REAL : (fabricante, construtor e o produtor)
- PRESUMIDO: (importador)
- APARENTE: (comerciante, quando deixa de identificar o responsável real)
Direito do Consumidor
FABRICANTE: É o sujeito mais importante da sociedade de consumo. É ele quem domina o processo através do qual os produtos chegam às mãos dos distribuidores e varejistas e, a partirdestes, ao consumidor. Entende-se como qualquer um que, direta ou indiretamente, insere-se no processo de desenvolvimento lançamento de produtos no mercado.
PRODUTOR: É aquele que põe no mercado produtos não industrializados, em particular os produtos animais e vegetais não processados.
CONSTRUTOR: É aquele que lança no mercado produtos imobiliários. É responsável por tudo o que agrega a sua construção, não se resumindo somente à má técnica utilizado, como também a incorporação de produto defeituoso fabricado por terceiro.
IMPORTADOR: É aquele que traz para o Brasil produto fabricado ou produzido em outro país. É responsabilizado porque os fabricantes/produtores não são alcançáveis facilmente pelo consumidor.
Direito do Consumidor
CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS EM RELAÇÃO À SUA ORIGEM
DEFEITOS DE FABRICAÇÃO – Englobam a ideia de montagem, manipulação e acondicionamento. Gera o dever de proceder ao recall e a obrigação de reparar os danos causados. Originam-se, normalmente, no momento em que o produto é manufaturado, sendo provocados por automatismo e padronização do processo produtivo moderno.
Possuem como característica: a) inevitabilidade (mesmo com o emprego da melhor técnica, é impossível eliminá-los por inteiro); b) previsibilidade estatística (frequência de sua ocorrência); c) manifestação limitada (não atinge todos os consumidores)
DEFEITOS DE CONCEPÇÃO – Envolvem projetos e fórmulas. São também chamados de defeitos de design. Apresenta risco de dano desarrazoado, não obstante tenha sido produzido meticulosamente em acordo com planos detalhados e especificações.
Direito do Consumidor
Possuem como características: 
a) inevitabilidade; 
b) dificuldade de previsão estatística e; 
c) manifestação universal.
DEFEITOS DE COMERCIALIZAÇÃO: São os defeitos de informação. Sempre que um produto ou serviço é comercializado, o fornecedor deve informar o consumidor sobre seu uso adequado, sobre os riscos inerentes, assim como sobre outras características relevantes.
Na ausência ou deficiência de cumprimento do dever de informar, o bem de consumo transforma-se, por defeito de comercialização, em portador de vício de qualidade por insegurança.
Direito do Consumidor
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO COMERCIANTE
O sistema moderno de responsabilização civil pelos acidentes de consumo, concentra-se na pessoa do fabricante e do importador, sendo que o CDC amplia o rol, incluindo o produtor e o construtor.
Ocorre a exclusão do comerciante (atacadista ou varejista), porém a mesma não é absoluta. Excepcionalmente, ele é chamado a responder com base no mesmo regime vigente para aqueles outros agentes econômicos do mercado.
O chamamento subsidiário do comerciante não exclui a responsabilidade civil dos outros obrigados (fabricante, produtor, construtor e importador), permanecendo a solidariedade. (v. “igualmente responsável” – art. 13/CDC), os quais serão sempre responsáveis.
A solidariedade é imposta por lei (v. art. 25, §2º/CDC).

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