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BACHAREL EM FISIOTERAPIA ALUNO: EMAX PEREIRA DA SILVA RA-2005236 RELATÓRIO AULA PRATICA. Fisioterapia Traumatológica Funcional. POLO CAMPOLIM, UNIP Sorocaba-SP 2022 BACHAREL EM FISIOTERAPIA ALUNO: EMAX PEREIRA DA SILVA RA-2005236 RELATÓRIO AULA PRATICA. Fisioterapia Traumatológica Funcional. POLO CAMPOLIM, UNIP Sorocaba-SP,2022 Sumário 1.1 O QUE É FRATURA? ..................................................................................................................... 1 Sinais e sintomas das fraturas por compressão vertebral ...................................................................... 2 Diagnóstico das fraturas por compressão vertebral ............................................................................... 2 1.2 FRATURA DE QUADRIL ................................................................................................................ 1 O que é? ........................................................................................................................................ 1 Quais as causas? ......................................................................................................................... 1 Fatores de risco. ........................................................................................................................... 1 Quais são os sintomas? .............................................................................................................. 2 De que forma é feito o diagnóstico? .......................................................................................... 2 Quais são as opções de tratamento? ........................................................................................ 2 Informações de recuperação e tratamento............................................................................... 2 1.3 FRATURA DE JOELHO. .................................................................................................................. 1 O que é? ........................................................................................................................................ 1 Quais as causas? ......................................................................................................................... 2 Quem faz parte do grupo de risco? ........................................................................................... 2 Quais os sintomas? ...................................................................................................................... 3 Como é feito o diagnóstico? ....................................................................................................... 3 Quais são as opções de tratamento disponíveis? ................................................................... 4 Informações sobre pós-operatório e tratamento ..................................................................... 4 1.4 Fraturas do tonozelo. .................................................................................................................. 5 Anatomia do Tornozelo ................................................................................................................... 5 Causas ............................................................................................................................................... 5 Sintomas da Fratura do Tornozelo ................................................................................................ 6 Diagnóstico das Fraturas do Tornozelo ........................................................................................ 6 Exames de imagem...................................................................................................................... 6 ......................................................................................................................................................... 6 Tratamento das Fraturas do Tornozelo (maléolo medial / maléolo lateral / maléolo posterior). ........................................................................................................................................... 7 Tratamento Conservador ............................................................................................................ 7 Tratamento Cirúrgico ................................................................................................................... 7 Como tratar as fraturas do maléolo lateral isoladas? ............................................................. 8 1.5 Fraturas do Pé ............................................................................................................................. 9 Figura 07 fonte;https://cdn.xxl.thumbs.canstockphoto.com.br/p%C3%A9-fratura- tornozelo-3d-m%C3%A9dico-banco-de-fotos_csp99774747.jpg ......................................... 9 Tipos de fraturas ........................................................................................................................... 9 Figura 08 fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKiAbbBN6- XuQSx6VSDA0O0Iy13sNA3Nf2Ig&usqp=CAU ..................................................................... 11 Diagnóstico: ................................................................................................................................. 11 Sintomas: ..................................................................................................................................... 11 Tratamento: ................................................................................................................................. 12 1.6 Fratura DE OMBRO E COTOVELO .............................................................................................. 13 FRATURA DA CLAVÍCULA .......................................................................................................... 13 LUXAÇÃO ACRÔMIO CLAVICULAR (LUXAÇÃO DA CLAVÍCULA) ..................................... 14 FRATURA ÚMERO PROXIMAL .................................................................................................. 15 FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO .......................................................................................... 16 FRATURA ÚMERO DISTAL ......................................................................................................... 17 1.7 Luxação do cotovelo e tríade terrível do cotovelo .................................................................... 18 FRATURA SUPRACONDILIANA ................................................................................................. 19 FRATURA DO OLECRANO ......................................................................................................... 20 FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO ........................................................................................... 21 1.8 Fratura do punho ...................................................................................................................... 21 Quais exames são necessários na fratura de punho? ......................................................... 22 Quais são as opções de tratamento na fratura do punho? .................................................. 22 Quais são os métodos de fixação cirúrgica mais usados na fratura do punho? .............. 23 Como é feita a cirurgia de fixação de fratura do punho? ..................................................... 26 Como é depois da cirurgia? ...................................................................................................... 26 Órtese de punho .........................................................................................................................27 1.9 FRATURA DA MÃO ..................................................................................................................... 27 Figura 07 fonte. ........................................................................................................................... 19 https://cdn.xxl.thumbs.canstockphoto.com.br/p%C3%A9-fratura-tornozelo-3d- m%C3%A9dico-banco-de-fotos_csp99774747.jpg............................................................... 19 Figura 08 fonte: ........................................................................................................................... 19 https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKiAbbBN6- XuQSx6VSDA0O0Iy13sNA3Nf2Ig&usqp=CAU ..................................................................... 19 AULA 01 ROTEIRO 01 1 1.1 O QUE É FRATURA? A fratura é definida como uma condição em que há perda da continuidade óssea, resultado de uma força superior à sua elasticidade aplicada sobre o osso. Geralmente ocorre a separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo. O quadro clínico de todas as lesões é fundamental para que fisioterapeutas tracem os objetivos e as condutas específicas e adequadas para cada lesão e cada fase do processo de reabilitação. Normalmente o paciente se queixa de dor e perda funcional. O tratamento ortopédico das fraturas é baseado em múltiplos fatores. O médico determinará a gravidade da fratura de acordo com alguns aspectos, se a fratura é aberta ou fechada, com desvio ou sem desvio e se é estável ou instável. O fisioterapeuta precisa conhecer a abordagem de tratamento médico para a fratura, uma vez que a sua intervenção dependerá diretamente desse tratamento. Lembre-se de que muitos dos recursos que utilizamos na reabilitação possuem contraindicações. A maioria das fraturas por compressão vertebral é uma consequência da osteoporose, é assintomática ou minimamente sintomática e ocorre sem nenhum trauma ou um trauma mínimo. Fraturas vertebrais por compressão decorrente de osteoporose são comuns na coluna torácica (geralmente abaixo da T6) e na coluna lombar, em particular perto da articulação T12-L1. Pode não haver história de trauma, ou apenas trauma mínimo (p. ex., pequena queda, flexão súbita, elevação, tosse). Pacientes com fratura vertebral osteoporóticas têm maior risco de outras fraturas vertebrais e não vertebrais. Ocasionalmente, a fratura de compressão ou outras fraturas vertebrais são resultado de uma força significativa (p. ex., acidente de trânsito, queda de altura, ferida por arma de fogo). Nesses casos, também costuma haver lesão da medula espinal e pode haver fratura da coluna em > 1 local. Se a causa foi queda ou salto de certa altura, também pode ocorrer fratura em um ou ambos os calcâneos; 10% de todos os pacientes com fratura de calcâneo também têm fratura toracolombar (por causa do peso axial que o esqueleto exerce sobre o calcanhar). https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/osteoporose/osteoporose https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-medular/trauma-medular https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-medular/trauma-medular https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/fraturas/fraturas-do-calc%C3%A2neo AULA 01 ROTEIRO 01 2 SINAIS E SINTOMAS DAS FRATURAS POR COMPRESSÃO VERTEBRAL As fraturas vertebrais por osteoporose são assintomáticas ou só causam perda da altura ou cifose em cerca de dois terços dos pacientes. Em outros pacientes, a dor pode aparecer mediatamente ou mais tarde. Pode irradiar ao membro superior ou abdome. Dor, fraqueza e anomalias dos reflexos radiculares ou esfincterianas são incomuns. A dor geralmente diminui após cerca de 4 semanas e desaparece aproximadamente depois de 12 semanas. As fraturas por compressão vertebral sem osteoporose causam dor aguda, sensibilidade óssea no local da fratura e, geralmente, espasmo muscular. DIAGNÓSTICO DAS FRATURAS POR COMPRESSÃO VERTEBRAL Radiografia Em geral, as fraturas por osteoporose são diagnosticadas por radiografia. Os resultados normalmente são Perda da altura vertebral (particularmente > 6 cm ou mais da metade da altura do corpo vertebral) Radiodensidade diminuída Perda da estrutura trabecular Formações em cunha anteriores As fraturas vertebrais por osteoporose costumam ser diagnosticadas como achados incidentais. Se os pacientes não têm fatores de risco de osteoporose (p. ex., idade avançada), essas fraturas são improváveis. As fraturas vertebrais acima de T4 sugerem câncer, não osteoporose. Se não se sabe se os pacientes têm osteoporose, deve-se fazer densitometria óssea por densitometria óssea (DXA). Se a osteoporose foi recém-diagnosticada, deve- se avaliar nos pacientes as causas da osteoporose secundária. E, se tiver ocorrido trauma significativo, a TC é feita para avaliar toda a medula espinal e, se há deficits ou sintomas neurológicos, faz-se RM da região apropriada da medula espinal. Imagens de fraturas por compressão https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/osteoporose/osteoporose#v906877_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/princ%C3%ADpios-de-imagens-radiol%C3%B3gicas/resson%C3%A2ncia-magn%C3%A9tica AULA 01 ROTEIRO 01 3 FIGURA 01 FONTE https://drcharlesoliveira.com.br/2017/08/25/fratura-por-compressao/ AULA 02 ROTEIRO 01 1 1.2 FRATURA DE QUADRIL Muito comum em idosos, a fratura de quadril pode ocorrer em qualquer situação diária, como tropeçar e ir de encontro ao chão ou mesmo por conta de um acidente de carro. Muitas vezes, a melhor opção de tratamento é o cirúrgico. Figura 02 fonte. https://cograjau.com.br/wp-content/uploads/2021/05/02_Tratamento-de-Fratura-no-Quadril2-1.jpg O que é? O termo fratura tem vários significados e variações, osso quebrado, osso fraturado ou até mesmo ruptura óssea, que podem ocorrer durante qualquer ação, como o simples fato de caminhar, tropeçar e ir de encontro ao chão e em qualquer idade, sendo que o mais comum é a quebra em duas partes. No caso específico da fratura de quadril, os ossos mais comumente afetados são a pélvis (popularmente chamada de bacia) e o acetábulo, juntos eles conectam a coluna lombar aos membros inferiores. Quais as causas? Quando ocorre, a fratura no quadril pode ser grave, principalmente no caso de idosos, onde qualquer tipo de lesão no osso pode comprometer a mobilidade e inclusive a saúde devido ao desgaste ósseo que o corpo sofre, chamado de osteoporose. Além das fraturas que ocorrem durante uma queda e do fator velhice, há também o fator sexual, pois mulheres perdem de 30 a 50% da densidade óssea. Fatores de risco. Há uma série de fatores de risco que podem predispor a fratura no quadril, como pessoas raquíticas ou com baixa taxa de cálcio no corpo; fumantes e alcóolatras, pacientes com lesões no fêmur e acidentes graves de carro. Em idosos, a fratura do AULA 02 ROTEIRO 01 2 quadril somada à fratura do fêmur forma uma combinação perigosa, pois caso não haja cirurgia, o paciente pode correr risco de vida. Quais são os sintomas? O principal sintoma de uma fratura é a dor aguda que pode ser sentida tateando a parte afetada. No caso de fratura no quadril, movimentá-lo pode causar dor na coxa e inclusive irradiar para dor na virilha, dependendo do grau de lesão. Após um breve tempo, aparecem hematomas e edema (inchaço) na região. Vale salientar que nos casos de queda, o próprio indivíduo não consegue se levantar sem a ajuda de terceiros. Em alguns casos, o paciente pode acabar mancando, limitando os movimentos por conta da dor no quadril, que é sentida na parte interna. De que forma é feito o diagnóstico? Háum passo a passo seguido pelos médicos que traz um diagnóstico mais eficaz e seguro. No caso do ortopedista especialista em quadril, ele se baseará na história de como a dor teve início, no histórico médico familiar e pessoal; nos sintomas apresentados pelo exame físico – onde ele vai pedir ao paciente para que realize uma série de movimentos de flexão e rotação – e também nos exames mais avançados, como radiografias, ressonância magnética (no caso de micro fraturas) e em tomografias computadorizadas, no intuito de definir o tratamento mais adequado. Quais são as opções de tratamento? Os tratamentos disponíveis são divididos entre conservador (convencional) e tratamento cirúrgico. Apesar de ser pouquíssimo usado, o tratamento conservador é menos invasivo e descarta a necessidade de operação. Entretanto, a maioria dos casos de fratura de quadril são solucionáveis apenas com cirurgia por conta do grau avançado de lesão (levando em consideração que a maioria dos pacientes são idosos). Sendo assim, existem várias cirurgias indicadas disponíveis para o tratamento de fraturas do quadril. Tratamento cirúrgico Deve-se lembrar que o tratamento cirúrgico para idosos é diferente do tratamento cirúrgico para pacientes com menos idade. Em casos de adultos e jovens, a cirurgia mais indicada é a osteossíntese óssea, que consiste em unir os fragmentos por meio da incisão de uma haste intramedular, placas e parafusos de titânio ou outro material resistente. Essa cirurgia é muito usada em casos de desvio, pois une os ossos e permite uma recuperação mais rápida. No caso de idosos, além das fraturas da pélvis e do acetábulo, eles também podem desencadear uma fratura na cabeça do fêmur, fator ímpar para causar uma patologia chamada de Impacto Femoroacetabular, que prejudica e desgasta a articulação do quadril. Nesses casos, pode ser necessário realizar uma técnica cirúrgica chamada artroplastia de quadril, que consiste em colocar uma prótese articular entre o fêmur e o acetábulo Informações de recuperação e tratamento Após a artroplastia de quadril, o paciente deve ser imobilizado com gesso por cerca de quatro a cinco semanas. Após esse período, ele deve começar a andar com o auxílio de muletas e iniciar as sessões de fisioterapia leve para retomar a força e a mobilidade muscular. O período de reabilitação depender muito da condição do AULA 02 ROTEIRO 01 3 paciente, em jovens adultos, a recuperação pode demorar cerca de um a dois meses, ao passo que em uma mulher idosa portadora de osteoporose, o tratamento pode se estender por até seis meses. É importante lembrar que em idosos acima de noventa anos, a cirurgia pode ser muito arriscada e muitas vezes ineficaz. Dessa forma, o mais correto seria adaptar a residência para recebê-lo da melhor forma possível, mantendo a qualidade de vida. É necessário reformar totalmente o estilo de vida, fazendo uma dieta saudável rica em nutrientes, iniciar esportes menos agressivos, como hidroginástica e descansar mais. Dirigir e outras atividades mais sérias só podem ser retomadas mediante autorização médica. Fonte: Dr. Rogério Naim Sawaia (Ortopedia e traumatologia - Cirurgia do quadril AUALA 04 ROTEIRO 01 1 1.3 FRATURA DE JOELHO. Figura 03 fonte. https://www.clinicadojoelho.med.br/wp-content/uploads/2021/06/FRATURA-DE-SEGOND-1200x675.jpg O que é? Os joelhos são umas das principais articulações do corpo humano. Eles são responsáveis por suportar todo o peso advindo das estruturas acima dele e também garante grande parte de toda a estabilidade durante exercícios e atividades físicas. Nele, encontram-se diversas estruturas, como ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e inclusive músculos. Como toda a articulação, o joelho é composto de vários ossos, são eles: tíbia, fêmur, fíbula e patela. Cada um deles tem uma função diferente. O fêmur, o maior osso do corpo humano, é responsável por carregar grande parte do peso corporal e sofre desgaste com o tempo – até por conta disso ele é alvo constante de fraturas em idosos. Ele conecta o quadril à articulação do joelho. A patela, por sua vez, garante parte da estabilidade articular e conecta tendões e músculos situados acima e abaixo dela. Além de conferir proteção para as estruturas internas, é ela que possibilita o formato pontudo do joelho. A tíbia, que fica logo abaixo da patela, é o segundo maior osso do corpo humano depois do fêmur. Ela é responsável por se articular com diversos ossos e músculos dos joelhos e pernas por meio dos movimentos de extensão e flexão. Já a fíbula, osso paralelo à tíbia, não é destinada à sustentação do peso corpóreo, mas sim aos músculos que se fixam nela. Apesar de ser fina, ela se articula tanto à tíbia como ao tálus, osso do tornozelo. Devido à vulnerabilidade da região, pode ocorrer uma fratura no joelho, que nada mais é do que um osso quebrado ou mesmo trincado. Isso se dá pois traumas de impacto ou alta energia somado a hiperpressão facilitam que uma fratura ocorra. AUALA 04 ROTEIRO 01 2 Quais as causas? Por ser uma região vulnerável e de uso contínuo, o joelho se torna alvo de inúmeras causas que possibilitam fraturas. Imprevistos domésticos, como sofrer um tombo ou cair da escada, acidentes de automóveis ou motocicletas, atropelamento e até mesmo impactos durante esportes como o futebol ou lutas, são situações com grande potencial para causar fratura. Todavia, essas lesões também podem acontecer devido a estresse e trauma crônicos, como é o caso de atividades esportivas que exigem muito do joelho. Como em rachaduras encontradas em construções após tremores de terra, as fraturas advindas de lesões ósseas são diferentes umas das outras. Atualmente a comunidade médica trabalha com quatro tipos de fraturas: oblíqua, onde o osso sofre uma pequena rachadura que nem chega a quebrá-lo completamente; cominutiva, que é quando a fratura quebra o osso em mais de dois pedaços, de modo a distanciá-los. Outro tipo de fratura, que exige bastante atenção, é a espiralada, que é quando a fratura se estende em diferentes partes do osso, criando múltiplas rachaduras em espiral. A última, fratura exposta, é uma das mais complexas e exige intervenção cirúrgica. De qualquer modo, o mais comum é que rupturas ósseas no joelho sejam causadas por traumas diretos e indiretos. Apesar de existir quatro tipos de fraturas diferentes, cada osso do joelho apresenta um tipo de ruptura diferente, com diferentes causas. A quebra da patela, por exemplo, é alvo constante de impactos diretos, quando eles são mais potentes que a capacidade dela – como em acidentes de carro, passo em falso com uma queda sobre o joelho fletido – ocorrendo então a fratura. No caso da Tíbia, o que ocorre é um golpe direto sobre a parte superior dela, alvo constante em acidentes de bicicleta. Ainda na parte superior da tibial, a fratura do tubérculo tibial – que seria a borda do osso – ocorre de forma mais comum durante esportes com salto, como handebol ou ginástica. Por fim, a ruptura do platô tibial, que também fica na parte superior da tíbia, mais próxima do joelho, é alvo constante de lesões advindas de acidentes, que podem romper a região. Em idosos, a lesão ocorre com mais facilidade, mas ainda assim o paciente pode suportar o peso corporal. Contudo, por ser uma região complexa e que envolve não somente ossos, mas também tecidos moles, a fratura pode causar a lesão ou rompimento de ligamentos ou tendões, como é o caso das Lesões Ligamentares do joelho, sendo a mais comum e famosa delas a Lesão do Ligamento Cruzado Anterior. Isso se dá por ser um dos quatro ligamentos do joelho mais vulnerável a sofrer com fraturas e lesões. Quem faz parte do grupo de risco? As fraturas ocorrem em menor escala em pessoas saudáveis que praticam atividades físicas de forma consciente. No entanto, algumas características ou vícios podem aumentar a chance de uma pessoa sofrer com o joelho quebrado. Qualquer pessoa com maisde 60 anos precisa tomar cuidado para não sofrer uma fratura do joelho, pois o tempo causa desgaste das estruturas, inclusive os ossos, facilitando que, ao sofrer uma queda, um idoso possa quebrar o fêmur, por exemplo. O que é crítico por conta da idade. Praticantes de atividades físicas estão sujeitos a sofrer com fraturas do joelho por conta de acidentes durante o esporte, pois realizar exercícios crônicos e em excesso, que abusam da capacidade do joelho, fragilizam a estrutura. No caso de AUALA 04 ROTEIRO 01 3 atletas profissionais, é muito importante fazer acompanhamento com um ortopedista especialista em joelho para prever ou não uma futura lesão. Características ou hábitos negativos, como ser sedentário ou obeso, aumentam a chance de a pessoa desenvolver uma fratura. A primeira porque as estruturas do joelho ficam abaixo de sua capacidade e enfraquecidas, e a segunda porque a obesidade aumenta o peso sobre a articulação e também a pressão exercida sobre ela. Vícios como consumir muito álcool ou praticar tabagismo são atividades negativas para o organismo, pois além de prejudicarem a saúde, aumentam a velocidade do desgaste adquirido com o tempo. Algumas doenças podem contribuir para o surgimento de uma fratura, como luxações do joelho, artrose, osteoartrose ou mesmo osteoporose. Se mais de uma dessas características ocorrer em uma pessoa, então é de suma importância procurar um médico. Além de prevenir lesões ósseas e não exigir cuidados especiais, tratar esses problemas aumenta a qualidade de vida e melhora a saúde, evitando outros tipos de doenças. Quais os sintomas? Existem diferentes tipos de sintomas, mas a dor lancinante é a principal delas que indica o joelho quebrado (uma das maiores dores é a dor óssea). Contudo, um osso fraturado ou trincado, torna a pessoa incapaz de movimentar o joelho. Também é possível notar grande sensibilidade, edema e rigidez no local. Nas horas seguintes ao trauma, há o surgimento de edema na região, que nada mais é do que o inchaço. Em grandes fraturas, onde o osso se fragmenta em várias partes ou quando há fratura exposta, é visivelmente possível notar a presença de hematoma ou derramamento de líquido interno. De qualquer modo, cada fratura no joelho carrega marcas e características diferentes. Na patela, por exemplo, que auxilia os movimentos de flexão e extensão, o paciente não consegue estender o joelho e sente dor em grande parte do joelho. Ao passo que em rupturas do fêmur, o mais comum é notar dor e hematoma na região média do osso, que se situa entre o osso do quadril e do joelho. Já no caso da fratura tíbia, os sintomas são diferentes: se for no tubérculo tibial, a dor é próxima das articulações e impossibilita estender o joelho. Nas fraturas do platô tibial, a dor pode estar relacionada a rupturas dos ligamentos do joelho, como colateral medial, lateral ou ligamento cruzado anterior. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico é feito clinicamente por um ortopedista especialista em joelho com o auxílio de exames de imagem que ajudam o profissional a identificar o tipo de fratura. Mas primeiramente, o médico analisa alguns dados do paciente, como: histórico de saúde familiar e individual, sintomas e também a rotina dele. Para agilizar a consulta e diagnóstico, o paciente pode anotar essas informações antes do atendimento. O segundo passo é o exame físico, onde o médico vai analisar a região da dor em busca de inconsistências, falhas, sensibilidades, hematomas ou edemas que caracterizem uma fratura. Ele pode pedir que o paciente tente realizar alguns exercícios para esticar ou flexionar o joelho, no intuito de verificar até onde vai a incapacidade advinda do trauma. AUALA 04 ROTEIRO 01 4 Já o terceiro passo, é verificar o que de fato está errado nas estruturas internas por meio de exames de imagem. A radiografia, um dos exames mais usados para o diagnóstico de fraturas no joelho, visa verificar o estado em que os ossos se encontram, se há fragmentos ou se eles estão fora do lugar. Já a tomografia computadorizada, visa olhar as estruturas internas de modo mais eficiente, no intuito de se avaliar outros detalhes da fratura. A ressonância ou a ultrassonografia, por sua vez, visam observar os tecidos moles, como ligamentos, músculos e cartilagens em busca de possíveis lesões. Quais são as opções de tratamento disponíveis? As opções de tratamento se dividem em duas categorias: tratamento conservador ou convencional e tratamento cirúrgico. A primeira opção se resume a tratar pequenas lesões e fraturas que não precisem de uma intervenção cirúrgica. Já a segunda opção, é indicada para fraturas expostas ou complexas, onde os fragmentos tenham se espalhado muito e só possam ser tratados com o uma cirurgia do joelho. Algumas fraturas simples, como aquelas desprovidas de desvio do joelho quando ele se estende completamente, podem ser tratadas com imobilização por gesso ou tala ortopédica durante um período estimado de seis semanas. Para diminuir inchaço e dor, o médico pode prescrever medicamentos analgésicos e anti- inflamatórios ao paciente. Cuidados auxiliares, como usar muletas ou permanecer sobre repouso melhoram o progresso da reabilitação. Contudo, no caso das fraturas no joelho mais complexas, as cirurgias mais indicadas são a cirurgia de redução e a de fixação dos ossos. Dependendo da gravidade do trauma, esse tipo de cirurgia pode ser feito por meio de artroscopia, um tratamento mais simples, eficaz e pouco invasivo. Ele consiste em realizar três pequenos cortes na pele, em um deles vai uma micro câmera capaz de verificar as estruturas internas além de transmitir as imagens para uma tela. Nas duas outras incisões, são inseridos os instrumentos necessários para o procedimento. Se a fratura for exposta, então é importante o cirurgião limpar a parte fraturada e retirar tecidos necrosados ou corpos estranhos. É importante também que o paciente tome antibióticos prescritos pelo ortopedista especialista em joelho, assim, a chance de haver uma futura infecção se reduz drasticamente. A fixação dos ossos pode ser feita com placas, pinos e parafusos de titânio, garantindo que o osso fique no lugar e não se desloque novamente. Informações sobre pós-operatório e tratamento No caso de tratamentos conservadores, após a imobilização é importante fazer sessões de fisioterapia para reestabelecer a força muscular e fortalecer a musculatura que ficou por tanto tempo parada. A retomada das atividades normais vai depender do aval médico, o que se pode dizer é que o retorno ao esporte será feito por etapas para evitar que a fratura ocorra novamente e se torne mais complexa de tratar. No caso de cirurgia, o retorno para a casa deve demorar cerca 2 a 3 dias, com recomendações de mobilização da extremidade do membro pra evitar edema. A fisioterapia para reabilitação pós-operatória pode ser iniciada de imediato ou após o período de consolidação da fratura, de acordo com cada caso. A prevenção de fraturas de joelho é simples e exige poucas mudanças no estilo de vida. Primeiro é importante ter consciência de que praticar atividade física é algo AUALA 04 ROTEIRO 01 5 saudável e necessário para manter a circulação sanguínea, sem dizer que fortalece toda a musculatura. No caso de idosos, os exercícios podem retardar o desgaste ósseo e articular. Por fim, manter uma alimentação saudável, manter uma rotina de sono correta e equilibrada e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, são atitudes que certamente vão melhorar a qualidade dos seus ossos e articulações. Em casa, idosos podem tomar alguns cuidados para evitar acidentes domésticos, como colocar barras de ferro no banheiro, transferir quartos no segundo andar para o térreo (é o caso de sobrados) e trocar móveis pontiagudos por outros que sejam simples e práticos. Fonte=https://www.ortesp.com.br/index.php/especialidades/traumatologia/fratura-do-joelho 1.4 FRATURAS DO TONOZELO.As fraturas de tornozelo podem variar desde uma simples e pequena fratura em um dos ossos do tornozelo, o que pode não impedir de andar, até diversas fraturas, o que pode levar o tornozelo a luxar (sair fora do lugar) e pode exigir um cuidado maior e mais prolongado. Em outras palavras, quanto maior a gravidade da fratura e mais ossos são fraturados, mais instáveis fica o tornozelo. As fraturas do tornozelo afetam pessoas de todas as idades. Durante os últimos 30 a 40 anos, notou-se um aumento no número e na gravidade das fraturas de tornozelo, devido em parte a uma população ativa e mais envelhecido. Figura 04 fonte. https://static.wixstatic.com/media/62db2f_a5bb8f05ec874231a0cfaeb480b5515d~mv2.png/v1/fill/w_400,h_200,al_c,lg_1,q_85,u sm_0.33_1.00_0.00,enc_auto/Fratura%20tornozelo.png Anatomia do Tornozelo Três ossos formam a articulação do tornozelo: - Tibia - Fíbula - Tálus A tíbia e a fíbula têm porções específicas que compõem o tornozelo: - Maléolo medial - parte interna da tíbia - Maléolo posterior - parte posterior da tíbia - Maléolo lateral - final da fíbula Causas AUALA 04 ROTEIRO 01 6 Normalmente as fraturas de tornozelo ocorrem após movimentos torcionais do tornozelo e/ou do pé (entorses) ou em alguns casos, mecanismos de maior energia como traumas diretos (ex: acidentes de motocicleta/automobilísticos, etc...). Sintomas da Fratura do Tornozelo Os sintomas que acompanham uma fratura no tornozelo podem varias destes sintomas discretos como edema (inchaço) e dor local até sintomas mais graves como, grande deformidade local, incapacidade de apoio e caminhar e dor importante. Os sintomas mais comuns em uma fratura do tornozelo são: 1. Dor 2. Edema 3. Hematoma local 4. Incapacidade funcional 5. Dificuldade a mobilização do tornozelo Diagnóstico das Fraturas do Tornozelo O diagnóstico das fraturas do tornozelo se iniciam com uma boa anamnese e um exame físico adequado. Informações como o mecanismo de trauma, tempo da lesão, pontos dolorosos e/ou incapacidades já podem dar uma boa idéia ao médico à respeito do que está ocorrendo. Exames de imagem Após um adequado exame clínico o diagnóstico pode ser confirmado através de exames de imagem. O exame inicial a ser solicitado são as radiografias do tornozelo (frente, perfil e mortise) e do pé (frente+perfil e oblíquo). Caso existam outras queixas, radiografias dos locais em questão devem ser solicitadas. Na grande maioria dos casos o diagnóstico completo se estabelece após anamnese, exame físico e radiografias, entretanto, em algumas situações, podemos lançar mão de tomografias computadorizadas para melhor avaliar as fraturas e planejar o tratamento (planejamento cirúrgico) ou em dúvida diagnóstica. O exame de ressonância magnética, raramente é solicitado em regime de urgência nas fraturas do tornozelo e raramente agregam algum tipo de informação que mude o tratamento inicial na urgência. Posteriormente, é um exame que avalia com precisão lesões ligamentares, lesões tendinosas, lesões de cartilagem, entre outras. AUALA 04 ROTEIRO 01 7 Figura 05 fonte https://static.wixstatic.com/media/62db2f_102b8617706c49a89ded62552a6590bb~mv2.jpg/v1/fill/w_291,h_358,al_c,lg_1,q_80, usm_0.33_1.00_0.00,enc_auto/Fratura%20tornozelo%20RX.jpg Tratamento das Fraturas do Tornozelo (maléolo medial / maléolo lateral / maléolo posterior). Tratamento Conservador O tratamento conservador da fratura de tornozelo, sejam elas do maléolo lateral ou medial, é realizado em fraturas estáveis e sem desvio articular, ou em pacientes que não apresentam condições clínicas de se submeter a um procedimento cirúrgico. Esse tratamento se dá com o uso de imobilizadores (gesso ou botas –ex:robofoot) por um período médio de 8 semanas, nos quais o paciente regularmente realiza visitas ao seu médico, mantém um controle clínico e radiográfico da fratura, seguido de um período de fisioterapia que pode variar de paciente para paciente. Tratamento Cirúrgico O tratamento cirúrgico é realizado para fraturas do tornozelo instáveis ou que apresentam desvios articulares. O princípio do tratamento cirúrgico é restabelecer a anatomia da articulação do tornozelo e fixas a fratura com dispositivos ( placas e/ou parafusos) de modo a manter a fratura com a anatomia correta até a consolidação óssea. Após a cirurgia de fratura de tornozelo o paciente normalmente utiliza um imobilizador por um período médio de 6 semanas e tem a possibilidade de dar carga (caminhar) precocemente. Assim como no tratamento conservador, no tratamento cirúrgico, após um período que pode variar, o paciente normalmente necessita realizar fisioterapia. AUALA 04 ROTEIRO 01 8 IMAGEM 06 FONTE.. https://static.wixstatic.com/media/62db2f_cc29a024fecf42d288bb47999cde822d~mv2.png/v1/fill/w_277,h_274,al_c,q_85,usm_0 .33_1.00_0.00,enc_auto/Fratura%20de%20tornozelo%20RX2.png Como tratar as fraturas do maléolo lateral isoladas? As fraturas do maléolo lateral podem ser tratadas de forma não cirúrgica (conservadora) ou cirúrgica. Os fatores que definem se as fraturas no maléolo lateral são cirúrgicas ou não são: - Grau de desvio da fratura. - Presença de fratura exposta. - Condições clínicas do paciente. - Grau de atividade do paciente. Desse modo, normalmente, fraturas com pouco desvio ou em pacientes sem condições clínicas para se submeter a uma cirurgia ou com baixíssimo grau de atividade são tratadas de maneira conservadora. O tratamento conservador dessas fraturas é feito com imobilização do tornozelo (bota gessada ou rbotas imobilizadoras - ex: robofoot) por um período médio de 6-8 semanas. Durante e após esse período, é iniciado a reabilitação com fisioterapia para tentar reestabelecer os movimentos e forças do tornozelo. Já as fraturas do maléolo lateral com desvio e/ou fraturas expostas, são de tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia nesses casos é colocar a fratura o mais próximo ao original possível e estabilizar com uma placa e parafusos afim de que a fratura consolide de maneira adequada. Após a cirurgia, o paciente é encorajado a utilizar um imobilizador por um período aproximado de 6 semanas, período no qual também inicia carga (pisar) e a reabilitação com fisioterapia. Referencia; https://www.alejandrozoboli.com.br/fratura-tornozelo https://www.alejandrozoboli.com.br/fratura-tornozelo AUALA 04 ROTEIRO 01 9 1.5 FRATURAS DO PÉ As fraturas dos pés são muito comuns. Elas podem ser causadas por quedas, torções ou pelo impacto direto de um pé contra um objeto duro. As fraturas do pé causam dor considerável, que piora, quase sempre, ao se tentar andar ou ao colocar peso sobre o pé.” Elas podem ocorrer: Nos dedos dos pés (falanges), principalmente no dedão (hálux); Ossos médios do pé (metatarsos); Dois ossos redondos pequenos na base do dedão (sesamóides); Ossos na parte posterior do pé: cuneiforme, navicular, cuboide, talo e osso do calcanhar (calcâneo). Figura 07 fonte;https://cdn.xxl.thumbs.canstockphoto.com.br/p%C3%A9-fratura-tornozelo-3d-m%C3%A9dico-banco- de-fotos_csp99774747.jpg Tipos de fraturas Traumáticas: São as mais característica de acidentes, por exemplo, em que há aplicação de uma força excessiva no osso, mas também pode ser devido a movimentos repetitivos que lesionam o osso aos poucos, favorecendo a fratura; AUALA 04 ROTEIRO 01 10 Patológicas: São aquelas que ocorrem sem explicação ou devido a pequenas pancadas, como na osteoporose ou em tumores ósseos, já que deixam os ossos mais frágeis. Além disso, as fraturas podem ser classificadas de acordo com a lesão em: Simples: apenas o osso é atingido; Expostas: a pele é perfurada, havendo a visualização do osso. Por ser uma lesão aberta, está mais susceptível a infecções. Complicadas: afetam outras estruturas além do osso, como nervos, músculos ou vasos sanguíneos; Incompletas: são lesões nos ossosque não geram quebra, mas resultam nos sintomas de fratura. AUALA 04 ROTEIRO 01 11 Figura 08 fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKiAbbBN6- XuQSx6VSDA0O0Iy13sNA3Nf2Ig&usqp=CAU Diagnóstico: O diagnóstico geralmente requer radiografias, exceto para determinadas fraturas dos dedos do pé. Em casos raros, é necessário realizar tomografia computadorizada (TC) ou imagem por ressonância magnética (IRM). Sintomas: Dor intensa; Inchaço do local fraturado; Deformidade do local; Incapacidade total ou parcial de mexer o membro fraturado; Presença de hematomas; Presença de ferimentos no local da fratura; Diferença de temperatura entre o local fraturado e o sem fratura; Dormência e formigamento da área; AUALA 04 ROTEIRO 01 12 Estalos. Tratamento: Gesso ou um calçado ou bota especialmente desenhados; Instruções para não colocar peso no pé durante algum tempo; Fisioterapia; O tratamento depende do osso fraturado e do tipo de fratura, mas geralmente envolve colocar o pé e o tornozelo em um molde de gesso ou em um calçado ou bota especialmente desenhados, com os dedos do pé expostos, prendedores de velcro e uma sola rígida para proteger o pé de mais lesão. Geralmente as pessoas são instruídas a não colocar nenhum peso no pé por um período. O tempo que é necessário aguardar depende da lesão e pode levar dias, semanas ou meses. Incentivar as pessoas a moverem o pé e o tornozelo assim que isso não for mais muito doloroso também faz parte do tratamento. Há casos em que a Fisioterapia é necessária, pois ela aplica exercícios específicos para melhoria da flexibilidade e do movimento do pé afetado, além de fortalecer os músculos de apoio. Referencia https://cograjau.com.br/fraturas-do-pe/ https://cograjau.com.br/fraturas-do-pe/ AUALA 04 ROTEIRO 01 13 1.6 FRATURA DE OMBRO E COTOVELO Neste texto vamos abordar as principais lesões traumáticas do ombro e do cotovelo. Passaremos uma ideia geral sobre as características destas lesões e seus princípios de tratamento. FRATURA DA CLAVÍCULA Figura 09 fonte: https://drcarlosmattos.com.br/wp-content/uploads/2019/02/06-02-Traumas-na-clav%C3%ADcula.png É consequência de quedas sobre o ombro e de traumas esportivos. Mais comum em pacientes jovens e do sexo masculino. É uma fratura que pode ter boa evolução com o tratamento clínico, que é feito com analgesia e imobilização (tipóia ou imobilização tipo “8”). Em casos com muito desvio entre os fragmentos, a cirurgia (que é feita com placas e parafusos) está indicada. Não costuma deixar sequelas funcionais, mas pode ocorrer sequela estética (cicatriz da cirurgia ou calosidade óssea evidente). AUALA 04 ROTEIRO 01 14 LUXAÇÃO ACRÔMIO CLAVICULAR (LUXAÇÃO DA CLAVÍCULA) Figura 10 fonte:https://ortopediadoombro.com.br/site/wp-content/uploads/luxacao-acromioclavicular.jpg Tem ocorrência muito similar à fratura de clavícula, sendo comum em jovens que sofrem quedas sobre o ombro. A clavícula sofre deslocamento superior em relação ao ombro devido a lesões de ligamentos que seguram a clavícula em sua posição. Em casos leves, com pouca migração, pode-se indicar o tratamento clínico com imobilização provisória. O resultado costuma ser muito bom e não deixar sequelas. Já em casos de migração exuberante, o paciente pode apresentar perda de força e dor crônica para elevar o braço. A cirurgia consiste em reposicionar a clavícula na posição correta e amarrá-la para que fique nesta posição até a cicatrização dos tecidos estabilizadores. Quando a cirurgia é realizada prontamente (em até 3 semanas), os ligamentos podem cicatrizar sem necessidade de enxertos de outros tendões (usados para substituir estes ligamentos nas luxações crônicas). AUALA 04 ROTEIRO 01 15 FRATURA ÚMERO PROXIMAL Figura 11 fonte: https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini- Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png Esta fratura é bastante frequente em mulheres a partir dos 50 anos. Também pode ocorrer em jovens após acidentes ou traumas esportivos, porém é mais relacionada a pacientes com diminuição da densidade óssea que sofram queda da própria altura. O tratamento vai depender do numero de fragmento e do desvio destes. Casos com mínimo desvio podem ser tratados clinicamente com imobilização por cerca de 5 a 6 semanas, seguida de reabilitação. Casos com desvio significativo devem ter seus fragmentos reposicionados e fixados com placa e parafusos. Isto é importante pois os tendões que promovem movimentos no ombro (manguito rotador) podem estar inseridos nestes fragmentos e seu reposicionamento é fundamental para restituir a função adequada do ombro. Em casos de fraturas muito graves, quando ocorre risco de necrose, ou quando os fragmentos não possam ser reposicionados, a cirurgia de prótese pode ser necessária (substituição do ombro por articulação metálica). Estes casos tem pior https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png AUALA 04 ROTEIRO 01 16 prognóstico e nem todos os movimentos podem ser restituídos, por isso, o objetivo da cirurgia é de tirar a dor e promover arco de movimento útil para o dia a dia. FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO Figura 12 Fonte; https://www.clinicadamarques.com.br/assets/img/noticias/thumbs/uDxq_fratura-diafise-do-umero.jpg A fratura da diáfise (parte longa do osso) pode ocorrer por traumas diretos no braço ou por torções. Pode ocorrer e m qualquer idade, mas é mais comum em jovens após acidentes. AUALA 04 ROTEIRO 01 17 O úmero apresenta bom potencial de cicatrizarão e o tratamento da fratura tem boa evolução através do tratamento clinico, feito com imobilizadores tipo BRACE ou tipóias. A cirurgia pode acelerar a recuperação do paciente, já que promove uma estabilização maior para o uso do membro. Casos com muito desvio entre os fragmentos vão necessitar de cirurgia. Pode-se usar placa e parafusos ou haste intramedular (pino colocado no interior do osso unindo os fragmentos). Esta fratura costuma apresentar bons resultados e não deixar sequelas. Nos casos mais graves, existe risco de deformidades de rotação ou encurtamento. FRATURA ÚMERO DISTAL Figura 13 Fonte; https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 A fratura do úmero distal (parte articular do úmero no cotovelo) ocorre em jovens que sofram acidentes ou em idosos após quedas da própria altura. Por se tratar de fratura articular, normalmente é necessário cirurgia para diminuir as perdas de movimento ou a degeneração da articulação. Isto porque os fragmentos articulares devem ser recolocados o mais próximo possível da sua posição natural para que ocorra o movimento articular. AUALA 04 ROTEIRO 01 18 Uma peculiaridade do cotovelo é sua predisposição a ficar rígido após um período de imobilização. Portanto, a grande vantagem da cirurgia é proporcionar mobilização precoce por conta da estabilização promovida por placas e parafusos, o que diminui a chance de perda de movimentos do cotovelo. Em casos de fraturas muito graves em idosos, pode estar indicado substituição da articulação por prótese. Estes casos tem um prognóstico de função pior pela maior gravidade ada lesão. 1.7 LUXAÇÃO DO COTOVELO E TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO Figura 14 fonte; https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 A luxação de cotovelo ocorre quando os ossos do cotovelo sofrem deslocamento e perdem o contato entre si. Esta situação costumacausar muita dor e o paciente procura o pronto socorro imediatamente. Após avaliação inicial em busca de lesões associadas (fraturas, lesão de nervos e artérias), o médico realiza uma manobra para reposicionar os ossos do cotovelo (esta manobra é chamada de redução). A luxação de cotovelo ocorre após traumas esportivos, quedas ou em acidentes. Quando ocorre sem fraturas, chamamos de luxação simples. A luxação simples raramente evolui com instabilidade e tem bons resultados após um curto período de imobilização e posterior reabilitação motora. Já a luxação que cursa com fraturas tem mais chances de deixar sequelas. A associação mais temida é a “tríade terrível do cotovelo” (luxação de cotovelo associada à fratura da cabeça do rádio e do processo coronóide da ulna). http://www.otaviopecora.com.br/wp-content/uploads/2015/01/luxa%C3%A7%C3%A3o-cotovelo.jpg AUALA 04 ROTEIRO 01 19 As principais sequelas da luxação de cotovelo são: instabilidade residual (risco de novas luxações) Rigidez articular Para limitar o risco de novas luxações, deve-se reparar todas as lesões responsáveis pela instabilidade do cotovelo além de promover mobilidade precoce. Por outro lado, promover a mobilidade precoce pode ser desafiador, pois os reparos cirúrgicos necessitam de um período de imobilização para cicatrizarem Por esta razão, alguns casos evoluem com rigidez após a cirurgia. Avanços das técnicas cirúrgicas e dos protocolos de reabilitação tem proporcionado resultados melhores mesmo no tratamento das lesões mais complexas. FRATURA SUPRACONDILIANA Figura 15 Fonte; https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 Fratura muito comum em crianças com idade escolar. Também podem ocorrer em idosos que tenham fraqueza óssea. Normalmente ocorre após queda de certa altura com a mão espalmada. O paciente sente muita dor no cotovelo e não consegue movimentá-lo. O médico deve investigar lesões associadas (como lesão de nervos, artérias e tendões), sendo a complicação mais temida a Síndrome Compartimental. Esta complicação ocorre devido a um aumento de pressão no braço causado por grande dano de partes moles. O aumento de pressão pode diminuir a chegada de sangue e oxigênio aos tecidos, levando a necrose (morte tecidual). Uma vez que esta http://www.otaviopecora.com.br/wp-content/uploads/2015/01/supracondiliana.jpg AUALA 04 ROTEIRO 01 20 síndrome é identificada, deve-se agir rapidamente para restituir a pressão natural do membro. Quando isto ocorre, não costuma deixar sequelas. Com relação à fratura , seu tratamento varia de acordo com a idade e desvio entre os fragmentos: Crianças com pouco desvio dos fragmento: gesso Crianças com desvio dos fragmentos: cirurgia fixação com fios de aço. Adultos : cirurgia (com placas e parafusos) e mobilização precoce do cotovelo Esta fratura não costuma deixar sequelas graves quando o tratamento é adequado e suas lesões associadas são monitoradas. FRATURA DO OLECRANO Figura 16 Fonte; https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRlRVHJNlWX0jIYD86knG31HLJNqVMr07e- TDnnDJhz-uusLxcSgBECuxYSKn0sFcx0AMc&usqp=CAU O olecrano é a parte posterior da ulna, onde esta inserido o tendão do músculo tríceps. É uma proeminência óssea posterior onde normalmente apoiamos o cotovelo. Sua fratura normalmente corresponde a uma avulsão (arrancamento) do osso pelo tendão do tríceps. Em casos com pouco desvio, quando a função de extensão está preservada, ou seja, o paciente consegue esticar o braço ativamente, pode-se tratar com imobilização e reabilitação motora. Já em casos com perda de função ou quando o paciente quer uma reabilitação mais rápida, a cirurgia tem ótimos resultados. Pode-se fixar a fratura com fios de aço e amarrilho (chamada banda de tensão) ou, em fraturas mais complexas, com placa e parafusos. http://www.otaviopecora.com.br/wp-content/uploads/2015/01/olecrano.jpg AUALA 04 ROTEIRO 01 21 FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO Figura 17 Fonte; https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWDMNuxCpA&usqp=CAU Esta fratura pode vir isoladamente ou em associação com outras lesões (luxação de cotovelo e fratura de punho). O paciente apresenta dor para o movimento de prono- supinação (girar a mão para cima e para baixo). Nos casos com pouco desvio, o tratamento é clinico, feito com imobilização temporária e reabilitação motora precoce. Fraturas com desvio devem ser reposicionadas e fixadas com parafusos ou placas. No caso de fraturas complexas, que não possam ser reconstruídas, deve-se retirar a cabeça do rádio ou substitui-la com uma prótese quando existirem lesões associadas. Normalmente não deixam sequelas graves, porém as fraturas mais complexas podem gerar alguma limitação de movimento de prono-supinação. 1.8 FRATURA DO PUNHO https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWDMNuxCpA&usqp=CAU http://www.otaviopecora.com.br/wp-content/uploads/2015/01/fratura-cabe%C3%A7a-do-radio.jpg AUALA 04 ROTEIRO 01 22 Figura 18 Fonte https://clinicaortopedicapaulista.com.br/wp-content/uploads/2020/08/fratura-do-punho-e-formas-de-tratamento.png Há dois grupos característicos de paciente com fratura de punho. Um deles é o de mulheres idosas que traumatizam o punho ao se proteger durante uma queda. O osso mais fragilizado pelas alterações hormonais da idade pode se quebrar mesmo com traumas leves. Outro grupo é o de homens em idade adulta que sofrem traumas de grande energia, como acidentes automobilísticos. Quais exames são necessários na fratura de punho? Normalmente o exame inicial é a Radiografia. Dependendo da gravidade da fratura identificada na Radiografia, o cirurgião pode lançar mão de uma Tomografia Computadorizada para ver a fratura com mais detalhes e planejar o tratamento. A Ressonância Nuclear Magnética não é solicitada em todas fraturas do punho. Somente em casos de suspeita de lesão ligamentar ou da cartilagem associadas. Quais são as opções de tratamento na fratura do punho? Em casos em que a fratura não está muito desviada, é possível o tratamento com imobilização com gesso. O tempo em que o paciente deverá ficar imobilizado é em torno de 6 semanas. Dependendo do tipo da fratura, a imobilização inicial envolve o punho e cotovelo ou somente o punho. AUALA 04 ROTEIRO 01 23 No tratamento com gesso é necessário retornos em série com radiografia para avaliar se a fratura se mantém na posição correta. Figura 19 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/imobilizacao-gessada-em-punho.jpg Imobilização gessada em punho Já nos casos em que a fratura está muito desviada ou quando sabemos que a fratura irá se desviar bastante mesmo com imobilização, é indicado tratamento cirúrgico. Raramente a cirurgia é realizada imediatamente após a fratura. Somente nos casos de fratura exposta, lesão de nervos, vasos sanguíneos ou quando há um inchaço progressivo do membro impedindo a boa circulação do sangue no membro. Quais são os métodos de fixação cirúrgica mais usados na fratura do punho? O método varia conforme localização da fratura, idade do paciente, condições de pele. Na maioria das vezes, o cirurgião opta pela utilização de placa e parafusos colocados na parte anterior do punho. AUALA 04 ROTEIRO 01 24 Figura 20 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/posicionamento-da-placa-e-parafusos-na-fratura-de-punho.jpg Posicionamento da placa e parafusos na fratura de punho Quando a pele está muito machucada, o risco de infecção aumenta e o médico pode optar pela fixação com fios metálicos intraósseos chamados de fios de Kirschner ou ainda um fixador externo. AUALA 04 ROTEIRO 01 25 Figura 21 Fonte https://diegoariel.com.br/uploads/images/Punho_7.pngFigura 22 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/fios-de-kirschner-02.jpg AUALA 04 ROTEIRO 01 26 Figura 23 Fonte http://feliperoth.com.br/wp-content/uploads/2016/02/metodos-de-recuperacao-de-fratura-de-punho.jpg Fixação de fratura com fio de Kirschner Fixador externo de punho, Green’s Operative Hand Surgery 7th edition Como é feita a cirurgia de fixação de fratura do punho? O procedimento é realizado com a anestesia do braço associado a sedação ou anestesia geral. Através de uma incisão na parte anterior do punho de aproximadamente 10cm chegamos ao osso (vide figura), posicionamos a fratura na posição certa e colocamos a placa e parafusos. Durante o procedimento é feita uma checagem com radiografia. Isso permite que a posição da fratura esteja boa e sua fixação correta. Após o fechamento da pele é colocado um curativo compressivo no punho para reduzir o inchaço e a formação de hematomas. Figura 24 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/local-incisao-punho.jpg Localização da incisão na região anterior do punho Como é depois da cirurgia? A alta geralmente é dada no dia seguinte, caso a dor esteja controlada. O paciente é orientado a movimentar os dedos e manter o punho sempre elevado para que o inchaço não seja exagerado e cause dor excessiva. O primeiro retorno é após uma semana e o paciente mantém o curativo fechado desde a alta. Neste retorno é checada a condição da ferida e feito ajuste da AUALA 04 ROTEIRO 01 27 medicação analgésica. Ainda neste retorno, é solicitado ao paciente comprar uma órtese de punho para utilizar por 5 semanas. Os pontos são retirados com 2 semanas e neste momento é iniciado fisioterapia. Figura 25 Fonte https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR21SzVwGgXAksxXxNpQF4ZdmvZ_Yg0B7GpcA&usqp=CAU Órtese de punho Quais as complicações da fratura de punho? As complicações podem existir mesmo com o tratamento correto da fratura. Dentre elas podemos destacar como mais comum a diminuição da mobilidade do punho e da força de preensão. Outras complicações podem ocorrer como rompimento dos tendões, infecção, diminuição da mobilidade dos dedos, desgaste precoce da cartilagem do punho, não cicatrização completa da fratura e até deformidade estética. 1.9 FRATURA DA MÃO A mão é o segmento final do membro superior, sendo dividida em três regiões: carpo (região do pulso), metacarpo (ossos da palma da mão) e falanges (ossos dos dedos). O carpo é constituído por oito pequenos ossos que se articulam entre si de forma harmônica. O metacarpo é formado por cinco ossos que se articulam de um lado com os ossos do carpo e do outro com as falanges. Já as falanges são três em cada dedo, com exceção do polegar, que só possui duas. AUALA 04 ROTEIRO 01 28 Figura 26 Fonte https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRek5E5at8nH_cLv3GWVq-UrNHK41pxZpFlqssp6ZGb- 11M_xB09XJRxtTFRiITNFDJdlc&usqp=CAU Uma das principais funções da mão é promover o mecanismo de preensão, fundamental para o manuseio de objetos de nosso cotidiano. A mão conta ainda com uma complexa estrutura ligamentar e tendinosa, sendo que qualquer lesão que acometa qualquer uma dessas estruturas tem o potencial de quebrar esses finos e sintônicos movimentos das mãos. Para fins didáticos, os dedos da mão são numerados sequencialmente de 1 a 5, sendo o polegar o número 1 e o dedo “mínimo”, o 5. As fraturas dos metacarpos e das falanges são comuns, compreendendo cerca de 10% de todas as fraturas, das quais mais de 50% são relacionadas ao trabalho. Como ocorre a fratura da mão? Os traumas esqueléticos sofridos pela mão são muitos variados, podendo ser provenientes de muitos mecanismos. As lesões com sobrecarga axial frequentemente ocorrem durante esportes que utilizam bolas ou movimentos bruscos nas atividades cotidianas, como ao tentar segurar um objeto que cai. Outros mecanismos frequentes são o esmagamento e as amputações traumáticas, muito relacionadas a acidentes de trabalho. Outro mecanismo que vale a pena destacar são as fraturas ocasionadas por mordedura de animais. Quem tem maior risco de fraturar da mão? Os principais fatores incluem sexo masculino, chegando a ser de 2 a 5 vezes mais comum no homem do que na mulher. Quanto à idade, as lesões relacionadas ao esporte são mais frequentes no início da terceira década de vida e as lesões relacionadas ao trabalho mais comuns por volta da quinta década. AUALA 04 ROTEIRO 01 29 Quais os sintomas? Dor, edema (inchaço), hematoma/equimose (mancha de coloração roxa, por extravasamento de sangue) e deformidade, além de incapacidade de mobilizar a mão. Em muitos casos, os traumas são tão graves, que existe exposição óssea ou até mesmo ocorre a amputação de algum dedo. Como é feito o diagnóstico? Além da história clínica e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e no planejamento da conduta terapêutica. A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. Todas as fraturas são iguais ou existe alguma mais grave do que outras? As fraturas da mão diferem entre si em termos de gravidade. Dentre os principais parâmetros, 3 se destacam para dizermos quão mais grave é a fratura. São eles: 1- Fraturas expostas ou lesões associadas; 2- Desvio dos fragmentos; 3- Padrão e Estabilidade da fratura. Como o padrão e a estabilidade da fratura são classificados? Apesar de cada fratura ser diferente de uma pessoa para a outra, muitas apresentam padrões semelhantes. Tais padrões permitem criarmos uma classificação que orienta os médicos na condução do tratamento. Basicamente elas dividem as fraturas de acordo com a localização da fratura, com energia/mecanismo do trauma e de acordo com o “traço” de fratura e com o desvio dos fragmentos, principalmente o rotacional. Definir estabilidade é algo difícil. Alguns autores utilizam um critério bastante razoável de manutenção da redução da fratura quando as articulações adjacentes são levadas em pelo menos 30% de seus movimentos normais. Como é feito o tratamento? O tratamento pode ser de duas formas: Conservador (sem cirurgia) ou Cirúrgico. A escolha do tipo de tratamento vai depender principalmente da gravidade, da estabilidade e de alguns parâmetros, como os que citamos acima. Como é feito o Tratamento Conservador? As melhores indicações são nos casos de fraturas com pouco desvio e estáveis. O tratamento é feito com imobilização pelo menor tempo possível, uma vez que, na mão, quanto mais tempo imobilizada, mais as chances de evoluir com rigidez. Nas fraturas estáveis, o tratamento pode ser realizado com imobilização com esparadrapo e controle radiológico após uma semana. Nas fraturas com pouco desvio, pode ser realizar a redução desse desvio e a imobilização externa, geralmente com aparelho ou imobilizadores (férulas metálicas ou de madeira). Sempre é necessária a realização do acompanhamento radiográfico. Em torno de 3 a 4 semanas, já podem ser observados sinais de consolidação da fratura. AUALA 04 ROTEIRO 01 30 Como é feito o Tratamento Cirúrgico? As indicações mais aceitas para o tratamento cirúrgico de fraturas da mão são as fraturas expostas, as fraturas instáveis, as fraturas irredutíveis, as fraturas múltiplas, as fraturas com perda óssea e as fraturas com lacerações de tendão. As demais situações devem ser avaliadas caso a caso. Dentre as principais técnicas empregadas, está a utilização de placas e parafusos e fios (pinos). Quais as possíveis complicações? Infecção, Pseudartrose (“osso não cola”), deformidade residual, necrose, Artrose (também conhecido como Osteoartrite), lesão neurovascular, rigidez, dentre outras. Após a cirurgia, em quanto tempo retorno às minhas atividades? O retorno vai depender muito da gravidade da fratura, das lesões associadase de qual técnica de tratamento foi utilizada. Geralmente, o retorno pode variar de 3 a 6 meses. Todavia, há casos mais graves e mais complexos que necessitam de mais tempo para a reabilitação completa. REFERÊNCIAS: Figura 01 fonte: https://drcharlesoliveira.com.br/2017/08/25/fratura-por-compressao/ https://drcharlesoliveira.com.br/2017/08/25/fratura-por-compressao/ AUALA 04 ROTEIRO 01 31 Figura 02 fonte. https://cograjau.com.br/wp-content/uploads/2021/05/02_Tratamento-de- Fratura-no-Quadril2-1.jpg Figura 03 fonte. https://www.clinicadojoelho.med.br/wp-content/uploads/2021/06/FRATURA- DE-SEGOND-1200x675.jpg Figura 04 fonte. https://static.wixstatic.com/media/62db2f_a5bb8f05ec874231a0cfaeb480b5515d ~mv2.png/v1/fill/w_400,h_200,al_c,lg_1,q_85,usm_0.33_1.00_0.00,enc_auto/Frat ura%20tornozelo.png Figura 05 fonte https://static.wixstatic.com/media/62db2f_102b8617706c49a89ded62552a6590b b~mv2.jpg/v1/fill/w_291,h_358,al_c,lg_1,q_80,usm_0.33_1.00_0.00,enc_auto/Fra tura%20tornozelo%20RX.jpg Figura 06 fonte. https://static.wixstatic.com/media/62db2f_cc29a024fecf42d288bb47999cde822d ~mv2.png/v1/fill/w_277,h_274,al_c,q_85,usm_0.33_1.00_0.00,enc_auto/Fratura %20de%20tornozelo%20RX2.png Figura 07 fonte. https://cdn.xxl.thumbs.canstockphoto.com.br/p%C3%A9-fratura-tornozelo-3d- m%C3%A9dico-banco-de-fotos_csp99774747.jpg Figura 08 fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKiAbbBN6- XuQSx6VSDA0O0Iy13sNA3Nf2Ig&usqp=CAU Figura 09 fonte: https://drcarlosmattos.com.br/wp-content/uploads/2019/02/06-02-Traumas-na- clav%C3%ADcula.png Figura 10 fonte: https://ortopediadoombro.com.br/site/wp-content/uploads/luxacao- acromioclavicular.jpg Figura 11 fonte: https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do- arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista- 1536x864.png https://cograjau.com.br/wp-content/uploads/2021/05/02_Tratamento-de-Fratura-no-Quadril2-1.jpg https://cograjau.com.br/wp-content/uploads/2021/05/02_Tratamento-de-Fratura-no-Quadril2-1.jpg https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png https://ricardopalombini.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Ombro-do-arremessador-Dr.-Ricardo-Palombini-Traumatologista-Ortopedista-1536x864.png AUALA 04 ROTEIRO 01 32 Figura 12 Fonte; https://www.clinicadamarques.com.br/assets/img/noticias/thumbs/uDxq_fratur a-diafise-do-umero.jpg Figura 13 Fonte; https://images.squarespace- cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 Figura 13 Fonte; https://images.squarespace- cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 Figura 14 fonte; https://images.squarespace- cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 Figura 15 Fonte; https://images.squarespace- cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382- 34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 Figura 16 Fonte; https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRlRVHJNlWX0jIYD86knG31HLJNqVMr 07e-TDnnDJhz-uusLxcSgBECuxYSKn0sFcx0AMc&usqp=CAU Figura 17 Fonte; https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWD MNuxCpA&usqp=CAU Figura 18 Fonte https://clinicaortopedicapaulista.com.br/wp-content/uploads/2020/08/fratura- do-punho-e-formas-de-tratamento.png Figura 19 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/imobilizacao- gessada-em-punho.jpg https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382-34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382-34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/510e5ca4e4b0c0190c35a00b/1427321424382-34I6HT098JBGMROKDODC/umerodistal01 https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWDMNuxCpA&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWDMNuxCpA&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQX2inUdVuTARDpdUDYXrC6OD6jiWDMNuxCpA&usqp=CAU AUALA 04 ROTEIRO 01 33 Figura 20 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/posicionamento-da- placa-e-parafusos-na-fratura-de-punho.jpg Figura 21 Fonte https://diegoariel.com.br/uploads/images/Punho_7.png Figura 22 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/fios-de-kirschner- 02.jpg Figura 23 Fonte http://feliperoth.com.br/wp-content/uploads/2016/02/metodos-de-recuperacao- de-fratura-de-punho.jpg Figura 24 Fonte https://renantakemura.com.br/wp-content/uploads/2020/02/local-incisao- punho.jpg Figura 25 Fonte https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR21SzVwGgXAksxXxNpQF4ZdmvZ_Y g0B7GpcA&usqp=CAU Figura 26 Fonte https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRek5E5at8nH_cLv3GWVq- UrNHK41pxZpFlqssp6ZGb-11M_xB09XJRxtTFRiITNFDJdlc&usqp=CAU BIBLIOGRAFIA. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-296229 https://rbo.org.br/detalhes/1669/pt-BR/lesoes-da-coluna-vertebral-nos- esportes- https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR21SzVwGgXAksxXxNpQF4ZdmvZ_Yg0B7GpcA&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR21SzVwGgXAksxXxNpQF4ZdmvZ_Yg0B7GpcA&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR21SzVwGgXAksxXxNpQF4ZdmvZ_Yg0B7GpcA&usqp=CAU https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-296229 https://rbo.org.br/detalhes/1669/pt-BR/lesoes-da-coluna-vertebral-nos-esportes- https://rbo.org.br/detalhes/1669/pt-BR/lesoes-da-coluna-vertebral-nos-esportes- AUALA 04 ROTEIRO 01 34 https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-115233 https://www.institutoreaction.com.br/artigos/fratura-joelho-diagnostico- tratamento/ https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/fraturas-do-tornozelo-no-adulto- diagnostico-e-tratamento.pdf http://www.seer.ufrgs.br/anaisfamed/article/download/78864/45499 https://www.cirurgiadeombroecotovelo.com.br/fratura-do-ombro/ https://institutosalutesp.com.br/especialidades/mao-e- microcirurgias/traumas/fraturas-do-punho-e-mao/ https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-115233 https://www.institutoreaction.com.br/artigos/fratura-joelho-diagnostico-tratamento/ https://www.institutoreaction.com.br/artigos/fratura-joelho-diagnostico-tratamento/ https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/fraturas-do-tornozelo-no-adulto-diagnostico-e-tratamento.pdf https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/fraturas-do-tornozelo-no-adulto-diagnostico-e-tratamento.pdf http://www.seer.ufrgs.br/anaisfamed/article/download/78864/45499 https://www.cirurgiadeombroecotovelo.com.br/fratura-do-ombro/
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