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Prévia do material em texto

por neto macedo
www.netomacedo.com
fotografia
teoria e técnica
ao mundo da fotografia. 
Seja bem-vindo
Introdução.
O que você deve esperar deste pequeno livro
Quando comecei a estudar fotografia nunca imaginei um dia estar onde estou 
agora: aqui sentado escrevendo para outras pessoas, tentando compartilhar 
um pouco do que aprendi ao longo dos tempos.
Provavelmente, é o mesmo que vai acontecer a você. Você estará 
imediatamente apaixonado por esta arte e se verá cada vez mais envolvido, 
interessado em produzir novas imagens.
 
Esta apostila é um material de estudo para iniciantes, e foi produzida para 
guiar meus alunos através do conteúdo apresentado no meu Curso de 
Fotografia (entre em contato para levá-lo a sua cidade). Nela, eu introduzo 
alguns assuntos, apontando caminhos a serem seguidos.
Começo com um passeio pela história da fotografia e apresento alguns 
grandes nomes e suas contribuições. Depois falo um pouco sobre estética e 
composição fotográfica para só então falar de toda aquela parte técnica, que 
a maioria tem maior interesse. Sobre isso, digo: aprenda a parte técnica e 
volte na parte sobre história, referências a outros fotógrafos e composição, e 
então se aprofunde mais. Isto será a base para obter melhores resultados com 
o conteúdo do próximo capítulo: iluminação, que você deve continuar 
estudando a fundo.
Se tiver alguma dúvida, fale comigo. Você pode me encontrar nos links ao 
lado.
facebook.com/netomacedofoto
www.netomacedo.com
flickr.com/netomacedo
Todo conteúdo desta apostila
é resumido e simplificado.
Ela possui algumas regrinhas
e direciosamentos. Aprenda a 
usar estas regrinhas (e depois
a quebrá-las) e você será capaz
de produzir grandes imagens.
www.aprendafotografia.org
para saber mais, acompanhe
instagram.com/netomacedo
História da fotografia.
Um breve relato sobre como chegamos aqui
Quando começamos a falar em história da 
fotografia descobrimos que ela é bem recente. 
A fotografia é uma atividade que, comparada à 
pintura e outras artes, ainda está engatinhando. 
Porém, mais antigo que qualquer outro tipo de 
técnica de reprodução de imagem é o princípio 
óptico da câmara escura.
Em tempos imemoriais, nosso primeiro 
ancestral já se deparava com este fenômeno 
dentro de sua caverna. O sol apontava no 
horizonte e seus primeiros raios atravessavam 
algum minúsculo orifício da caverna do nosso 
amigo do passado. Este pequeno feixe de luz, 
por mais fraco que fosse, projetava na parede 
da caverna a imagem do mundo lá fora. Isto 
deveria causar bastante espanto, dado o pouco 
conhecimento científico da idade da pedra.
Em seu “Mito da Caverna”, há 2300 anos, 
Platão já utilizava o princípio da câmara escura 
para explicar seus pensamentos, e Leonardo 
Da Vinci, o famosíssimo faz-tudo, utilizava a 
câmara escura para pintar paisagens.
A fixação da imagem na superfície 
Convivemos com a câmara escura desde o 
começo da história da humanidade, sem nunca 
conseguir fixar sua imagem. Só em 1826, 
Joseph Niépce conseguiu fixar uma imagem 
em uma placa de metal. Em 1833 Louis 
Daguerre obteve sucesso em seu primeiro 
Daguerreótipo, obtendo maior qualidade que 
Niépce. 
 
Aos olhos do público, fotografia não diferia 
muito de feitiçaria. Os primeiros fotógrafos 
viviam enfiados em suas salas escuras, fazendo 
experiências com químicos em seus caldeirões.
Enquanto isso, uma corrida tecnológica 
fotográfica ocorria no mundo, com muitas 
outras descobertas realizadas por inventores 
espalhados pelo globo. Um destes inventores 
foi George Eastman (e aqui damos um salto 
gigante na história, para 1903), que você deve 
conhecer pelo nome da sua empresa: a Kodak.
foto produzida por Niépce, em 1800 e borrachinha
foto produzida por Daguerre, com qualidade superior
em relação à fotografia produzida por Niépce
Popularização e acessibilidade
Apesar de hoje falida, em seus tempos áureos a 
Kodak foi responsável pela popularização da 
fotografia em todo o mundo. Com o lançamento 
de sua câmera Brownie, a Kodak popularizou o 
ato de fotografar, simplificando o processo ao 
criar uma câmera fácil de usar, que utilizava filme 
gelatinoso, e que era revelado via correio pela 
própria kodak. 
O que antes parecia bruxaria foi resumido por 
Eastman em uma simples frase: “you push the 
button, we do the rest”.
Na década de 30, as tecnologias de impressão 
começaram a ficar cada vez melhores e 
acessíveis, possibilitando a impressão de 
fotografias com qualidade. A partir de então, 
houve um “boom” de revistas recheadas de 
páginas que traziam ao leitor imagens de lugares 
incríveis e diferentes pelo mundo. Revistas como 
a Life e a Colliers. Muitos grandes fotógrafos 
foram crias destas publicações.
O resto da história você conhece. Dependendo 
de sua idade, pode até ter acompanhado um 
pouco: câmera digital, internet e blá blá blá. O 
princípio da fotografia continua o mesmo, 
digitalizado, mas o mesmo: uma câmera escura 
e um cérebro funcionando juntos.
algumas imagens produzidas por Stieglitz
Grandes nomes da fotografia.
Como em qualquer outra atividade, na fotografia é importante que você tenha referências. Os 
fotógrafos que apresento não são os únicos que merecem ser citados, mas esta é uma apostila 
resumida, e com certeza você encontrará mais do trabalho de cada um na internet. Considere isto 
como uma apresentação inicial, e você deverá conhecer mais sobre cada um destes nomes depois 
e, a partir deles, descobrir o trabalho de outros fotógrafos.
Alfred Stieglitz 
Alfred Stieglitz foi o cara responsável por fazer com que as pessoas entendessem que a fotografia 
era capaz de ser um meio de expressão artística. Em 1890 ele se muda para Nova York determinado 
a provar isso. Cria inúmeras galerias e se associa a inúmeros artistas. A história da fotografia 
moderna começa com ele e seu grupo de influência.
Cartier-Bresson
Alguns o chamam de o pai do fotojornalismo. A qualidade do seu trabalho é 
unanimidade em todo mundo. Trabalhou para revistas como Life, Vogue e 
Harper's Bazaar, viajando pelo mundo para registrar imagens únicas. Da 
Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson parecia estar sempre 
no lugar certo, na hora certa. Fotografou grandes temas, como a Segunda 
Guerra Mundial e a vida na Rússia Soviética.
os momentos decisivos de Cartier-Bresson
Robert Capa
‘Se sua foto não está boa, é porque você não está perto o suficiente’. Esta 
frase resume bem todo o trabalho de Robert Capa, provavelmente o mais 
famoso fotógrafo de guerra de todos os tempos. Durante sua vida cobriu 
inúmeros eventos históricos, sempre nos presenteando com uma visão de 
dentro do conflito. Morreu fotografando a Guerra da Coréia, ao pisar numa 
mina terrestre.
Robert Capa, sempre perto de onde a imagem estivesse
Helmut Newton
Newton estabeleceu um estilo particular, marcado por cenas estilizadas e 
eróticas, frequentemente com mensagens sadomasoquistas e fetichistas. Ele 
ajudou a introduzir o nu nas publicações de moda e a definir os padrões de 
beleza do século XX. Helmut Newton foi um dos responsáveis pelo que a 
indústria da moda é hoje, uma indústria que antes era dominada pelo 
tradicionalismo.
a opulência e o fetichismo de Helmut Newton
Sebastião Salgado
Salgado abandonou a Economia para se dedicar à Fotografia. Já fez parte da 
Agência Magnum, agência criada por Bresson e Capa, e é um dos 
fotojornalistas mais respeitados da atualidade. As imagens dele testemunham 
a humanidade, sua dignidade e a violação da mesma, suas lutas e suas 
dificuldades. Suas imagens utilizam pessoas para retratar movimentos, eras, 
problemas e acontecimentos sociais.
a visão de Sebastião Salgado sobre o mundo
antes de apertar o botão?
Você pensa 
Composição fotográfica.
Proporção e harmonia: como criar belas imagens 
Estética é um ramo da filosofia que estuda a 
essência da beleza e além: estuda como 
julgamos o que é belo e a percepção do que é 
considerado belo.
Parece bobeira, frescura? Concordo. Detalhe 
demais? Pode ser. Mas o que separauma foto 
mediana de uma grande imagem são estes 
pequenos detalhes que muitas vezes passam 
por nós e não somos capazes de perceber.
Nesta apostila, vamos fugir das discussões 
filosóficas acerca do que significa beleza e do 
que podemos considerar belo. Meu objetivo é 
mostrar pequenas regras que você pode utilizar 
no seu dia-a-dia para criar imagens que todos 
vão achar bonitas e harmônicas.
Nosso cérebro procura padrões visuais e tem 
uma tendência a gostar mais de imagens que o 
ajudem a entender. As regras de composição 
das quais vou falar nas próximas páginas nos 
ajudam a organizar visualmente os elementos 
de uma imagem, além de criar caminhos para 
dar ao nosso cérebro uma ordem de leitura.
O pensar fotográfico
Antes de começar a fotografar, você deve 
responder a uma pergunta: você quer ser um 
criador ou um observador? Se a sua resposta é 
o último item, você não precisa desta apostila. 
O bom fotógrafo não aponta a câmera e aperta 
o botão sem pensar nas consequências.
O pensar fotográfico deve existir em todos os 
instantes. Não importa se você está numa 
guerra, com morteiros e granadas caindo ao 
seu lado e coisas inesperadas acontecendo, ou 
em uma situação similar a uma guerra, como 
um casamento.
Fotografia não é reportagem, nem é jornalismo. 
Fotografia é ficção. É a visão pessoal do 
fotógrafo. Quando você fotografa alguém ou 
algo aquilo se torna uma representação. Um 
momento morto no tempo congelado sob a 
visão pessoal do fotógrafo. Não é o objeto real, 
mas sim o objeto que o fotógrafo percebeu. O 
assunto fotografado se torna o que o fotógrafo 
quis retratar.
A maioria das imagens boas acontece de forma
planejada. No caso acima, a modelo foi direcionada
Algumas regras de composição.
Porque nós, fotógrafos, estudamos composição? 
Porque somos profissionais da imagem. Ao 
estudar composição, estamos enriquecendo 
nosso vocabulário visual, para então podermos 
criar novas imagens.
Um escritor enriquece seu vocabulário lendo 
livros de outros autores e através de 
experiências. O fotógrafo também faz o mesmo, 
através da análise das imagens de outros 
fotógrafos ele constrói um vocabulário visual 
novo, recheado de referências.
Antigamente, o fotógrafo era pintor, e o 
desenhista era fotógrafo e todos conversavam 
entre si, e todos tinham referências em todas as 
áreas das artes visuais. Veja a si mesmo como 
um profissional da imagem. Veja um filme no 
cinema observando o que o diretor de fotografia 
fez. Admire um quadro analisando a luz criada 
pelo pintor. Volto a fazer a pergunta: você quer 
ser um observador, ou um criador?
As regras que você vai verá te ajudará a 
construir imagens belas. E por ‘belas’ entenda: o 
que o nosso cérebro enxerga como informação 
organizada e fácil de assimilar. Estas regras 
servem para nos ajudar a dispor os elementos 
visuais dentro das nossas imagens. Elas valem 
para qualquer imagem, seja no design, na 
pintura, no cinema, e claro, na fotografia.
Regra dos terços
Divida seu quadro em dois cortes paralelos, verticalmente 
e horizontalmente, como um jogo da velha. Quatro pontos 
de interseção vão aparecer no centro de sua imagem. A 
regra dos terços é: centralize o assunto principal na área 
próximas aos pontos pois esta é a área de mais destaque. 
Encaixe as linhas horizontais e verticais paralelamente às 
linhas de referência, para não dar a impressão de imagem 
torta. Por exemplo, o horizonte. Ele fica melhor quando 
posicionado paralelo a uma dessas linhas. Às vezes pode 
ser difícil identificar linhas e pontos convergentes dentro 
de um enquadramento. Por fim, siga o dizer: se não ocupa 
pelo menos um terço do quadro, não deveria estar na lá.
Na foto a esquerda, mesmo sem um objeto principal, 
a regra dos terços foi utilizada para o alinhamento do 
horizonte. Já na fotografia acima, a modelo foi 
posicionada em um ponto de interseção dos terços.
Simetria
Falando bem fácil, imagens simétricas são imagens com 
lados gêmeos ou quase gêmeos. Desde sempre a simetria 
tem sido utilizada para criar composições harmônicas, 
equilibradas e unas. Não é à toa que rostos simétricos são 
utilizados desde o começo da história da arte para retratar 
o belo. Nosso cérebro gosta tanto de simetria que mesmo 
em imagens que não são simétricas, temos uma tendência 
a enxergar lados iguais. Isso simplifica a informação visual 
para o nosso cérebro digerir.
Na foto abaixo o horizonte é mais ou menos alinhado à 
linha inferior da regra dos terços. E o assunto da foto 
está na área de interesse do quadro.
A foto no canto superior 
direito é completamente 
simétrica, tanto 
verticalmente quanto 
horizontalmente. 
A fotografia à direita não é 
perfeitamente simétrica, 
mas utiliza-se do mesmo 
princípio para gerar uma 
composição harmônica.
Linhas
Linhas são importantíssimas. Elas são um dos 
elementos base de qualquer imagem. Se você 
fosse começar um curso de desenho hoje, você 
estudaria pontos, e depois linhas (que são 
formadas por pontos). Mesmo na fotografia, a 
linha será sempre um elemento presente, a 
começar pelas bordas do quadro da imagem.
Nós sempre encontraremos linhas em nossas 
imagens. Elas podem aparecer como linhas 
retas, cruzadas ou curvas. Geralmente um 
destes tipos de linha sempre estará mais 
presente que o resto. Se fizermos uma bagunça 
com estas linhas, misturando tudo, nossa 
imagem fica um ruído só. 
Não é muito difícil enxergar as linhas presentes 
em uma imagem pronta, mas pode ser um pouco 
trabalhoso para quem é iniciante encontrar estas 
linhas na hora de fotografar.
Experimente fazer uma espécie de ‘raio X’ na 
fotografia, como nos exemplos ao lado, 
simplificando ao máximo a informação visual. Ao 
fazer isto você conseguirá descobrir que tipo de 
estética predomina na imagem.
1. Predomina nesta imagem a estética de linhas 
retas. A leitura da imagem é de uma ponta a outra 
das linhas. Mesmo as linhas do quadro reforçam 
esta estética.
2, As linhas formadas pelos esquadros da janela e 
pelos prédios na rua se cruzam, guiando o olhar 
para o centro.
3. Toda a imagem é formada por linhas que tem 
início em um ponto e se curvam para terminar em 
outro ponto diferente. Nesta foto predomina uma 
estética de linhas curvas.
Composição não termina aqui
Você ainda tem muito para estudar sobre 
composição fotográfica. Por isso, não pare por 
aqui. Estas não são as únicas regras e nem estão 
perto de ser todos os elementos responsáveis 
pela composição de uma imagem. Apresento 
tudo aqui de uma forma simplificada. Se eu fosse 
me aprofundar mais, poderia muito bem começar 
a procurar uma editora e lançar um livro, ao invés 
de uma mini-apostila.
O mais importante sobre
regras: depois de aprendê-las, 
não as leve tão a sério.
Só não se esqueça que você 
deve fazer isso de maneira 
consciente. Você deve ter um
bom motivo para quebrar uma
regra. Um motivo que não seja
‘porque sim’.
Veja outros exemplos de utilização de linhas para 
criar uma ordem de leitura da imagem aplicadas a 
fotografias onde é mais difícil identificar estas linhas.
é uma extensão da sua visão e da maneira 
como você enxerga o mundo
A câmera fotográfica
A câmera fotográfica.
Entenda sua ferramenta, para que ela não limite seu trabalho
Até hoje a câmera fotográfica é a mesma coisa 
do que era quando foi inventada 200 anos 
atrás. Uma câmara escura com um buraco para 
entrada de luz e uma superfície que fixa a 
imagem projetada. Não por coincidência, o olho 
humano utiliza o mesmo princípio que a 
fotografia. A câmera é uma reprodução do olho 
humano.
O cristalino do nosso olho pode ser comparado 
à objetiva da câmera, a peça que organiza os 
feixes de luz para que a imagem seja formada 
com nitidez e qualidade na nossa retina, que é 
o equivalente biológico ao filme ou sensor da 
máquina, a superfície onde a imagem é fixada e 
formada. Além disso, da mesma forma que 
nossa pálpebra controla a entrada de luz ou 
não no olho, na câmera temos o obturador, que 
como nossa pálpebra, abre e fechapara a luz 
entrar. É o obturador que faz aquele barulhinho 
quando apertamos o botão para fazer a foto.
Objetiva, obturador e filme/sensor são os 
elementos básicos para o funcionamento de 
qualquer câmera. Mesmo as mais 
rudimentares, como o daguerreótipo, citado 
anteriormente.
Tipos de câmera mais comuns hoje
Um bom fotógrafo faz fotos boas com qualquer 
câmera. Mas ele faz fotos melhores com uma 
câmera melhor. Quem diz que não é assim está 
dizendo besteira. Porém o inverso disso não é 
verdadeiro. Um mau fotógrafo não faz fotos 
melhores com uma câmera melhor. Por isso é 
importante conhecer bem os tipos de câmeras 
e suas limitações.
Hoje pode ser bem confuso classificar as 
câmeras em tipos devido ao número enorme de 
fabricantes e às inúmeras classificações que os 
mesmos dão aos seus próprios equipamentos. 
Para simplificar, decidi distribuir as câmeras 
entre os seguintes grupos simplificados: 
compactas, superzoom e DSLR. Dentro de 
cada grupo você encontrará câmeras ruins, 
medianas e avançadas.
Esqueça a denominação: câmera 
profissional/amadora. É mais correto se falar em 
fotógrafos profissionais e fotógrafos amadores, 
sendo que os profissionais são aqueles que 
fazem da fotografia sua profissão, e amadores 
aqueles que somente a amam, mas não fazem 
dinheiro dela.
o
b
je
to
diafragma em íris
lente
abertura
filme/sensor
pupila
o
b
je
to
retina
íris
cristalino
Superzoom
São as câmeras mais baratas do mercado. 
São pequenas e fáceis de carregar. 
Geralmente possuem pouca ou nenhuma 
possibilidade de controle manual. São 
destinadas a pessoas que não têm interesse 
pelo controle sobre a fotografia. Pessoas que 
querem poder registrar suas viagens, festas e 
momentos pessoais e em família com uma 
qualidade maior do que a que um celular pode 
oferecer, só apertando um botão. Por isso são 
também chamadas por algumas pessoas de 
câmeras point-and-shoot.
São câmeras muitas vezes classificadas como 
“semi-profissionais”, de maneira errônea, por 
serem um pouco maiores que as câmeras 
compactas. Essas câmeras são na verdade 
câmeras compactas, mas geralmente 
possuem objetivas maiores, com maior 
capacidade de zoom ótico (fique de olho 
nisso, zoom digital é roubada). Separei elas 
em um grupo diferente porque elas geralmente 
atendem bem usuários que querem ter um 
controle maior sobre a fotografia. A maioria 
delas vem com a função “M” (manual).
As Digital Single Lens Reflex são as câmeras 
utilizadas pela maioria dos profissionais. Elas 
têm esse nome por possuirem um espelho que 
reflete no visor óptico a imagem exata gerada 
pela objetiva. Nestas câmeras, o controle 
sobre a fotografia é total. Elas podem ser 
completamente operadas no manual. Os 
modos automáticos chegam a desaparecer 
completamente em modelos mais caros e 
avançados. Estas câmeras podem ter suas 
objetivas trocadas, e os fabricantes oferecem 
muitas lentes diferentes para fins diferentes.
Compactas DSLR
Câmeras pequenas, baratas, e fáceis de usar, no
entanto, com pouca qualidade em lugares escuros e pouca 
ou nenhuma possibilidade de controle sobre a foto
Apesar de ter o mesmo sensor que uma câmera
compacta, costumam ter uma qualidade ótica melhor e
maior capacidade de distância focal
Câmeras robustas, resistentes e algumas vezes
difíceis de serem operadas por leigos. Possuem excelente
qualidade de imagem e a possibilidade de trocar lentes
Grande Formato
As câmeras de médio formato aliam 
portabilidade com grande qualidade de 
imagem. Apesar de em geral maiores e mais 
pesadas, possuem grande capacidade de 
nitidez e ampliação de suas fotografias. Este 
tipo de equipamento é modular, possibilitando 
o uso de diferentes visores, pentaprismas, 
objetivas, backs e outras partes. São câmeras 
com preço elevado e geralmente são mais 
utilizadas em publicidade ou projetos de 
grande orçamento.
São o suprassumo da qualidade em termos de 
fotografia. Estas câmeras são pesadas e de 
difícil operação. São utilizadas somente em 
tripé e o processo de focagem leva bastante 
tempo. Definitivamente não é uma câmera 
para instantâneos, mas é excelente quando se 
pode planejar toda a sessão e se tem tempo. 
Geralmente é utilizada em fotos de produto na 
publicidade para fotos de altíssima resolução, 
em arquitetura e paisagens.
Médio Formato
Câmeras robustas sensor/filme maior que o comum. Muito
utilizadas na publicidade por aliar portabilidade com alta
fidelidade e nitidez, além alta resolução.
Mam
yia
Câmeras de difícil operação, pouco portáteis. Utilizadas geralmente
em studio. Tem altíssima resolução mas dependem de um grande
planejamento e estrutura para utilização.
A grande questão não é
saber o que a sua câmera
pode fazer, é saber o que
ela não pode.
O mais importante é entender do que a sua 
câmera não é capaz de fazer. Sabendo isso, 
você pode focar só no tipo de coisa que você 
conseguirá obter com qualidade, de acordo 
com o seu equipamento. 
Profundidade de campo 
é um efeito que 
determina a distância de 
um ponto a outro onde 
os objetos estarão 
nítidos numa imagem. 
Ela é expressa em 
numerações f/, sendo 
que quanto menor o 
número, menor a 
profundidade de campo, 
e vice-versa.
Por exemplo, f/2 tem 
pouca profundidade de 
campo, enquanto com 
f/32 vamos conseguir 
nitidez desde o primeiro 
plano até o infinito.
Na primeira fotografia, temos uma profundidade de campo 
maior. A imagem é nítida do começo ao fim. Já na segunda 
foto temos profundidade de campo muito baixa, onde 
somente a parte posterior do rosto da modelo está nítida, e 
o fundo a outra metade do rosto estão desfocados.
Vou abrir um pequeno parêntese aqui no livro para falar de distância focal e 
profundidade de campo. Se você não entende isso, não tem como entender que 
tipos de objetivas existem e para que servem. A distância focal de toda objetiva 
é expressa em milímetros (mm) e, para resumir, este valor indica o ângulo de 
visão oferecido por esta lente. Quanto menor o valor em milímetros, maior será o 
ângulo da imagem. Uma lente 15mm será capaz de um ângulo enorme 
enquanto uma lente 100mm será capaz de fotografar objetos mais distantes.
Distância focal Profundidade de campo
70mm 200mmDuas visões da Capela 
de Santa Rita em 
Serro/MG. Em uma das 
fotografias, temos um 
ângulo maior, na outra, 
um ângulo menor, que 
nos possibilita uma 
visão mais próxima.
F/22
F/2.8
f/32 f/2
Se você quer saber 
detalhadamente como 
funciona Profundidade 
de Campo e Distância 
Focal, esqueça tudo 
que falei aqui e 
procure um artigo 
completo e detalhado, 
com todas as 
fórmulas.
Tipos de objetiva
Não basta conhecer quais tipos de câmeras existem. Se você quer ter total controle sobre suas 
imagens, é necessário conhecer também os tipos de objetivas e saber classificar uma quando você a 
encontrar. No mundo inteiro, as objetivas são nomeadas pelo seu fabricante, sua distância focal e a 
abertura máxima de seu diafragma (o númer f da página anterior).
Por exemplo, uma Canon 50mm f/1.8 quer dizer que esta lente é fabricada pela Canon, tem distância 
focal de 50mm e seu diafragma consegue uma abertura máxima de f/1.8. A coisa pode parecer um 
pouco mais complicada, por exemplo, quando temos lentes como a Nikkor 18-55mm f/3.5-5.6. Isso 
quer dizer que esta lente é fabricada pela Nikon, sua distância focal varia de 18 a 55 milímetros (18, 19, 
20, 21 até 55) e que seu diafragma tem abertura máxima de f/3.5 na menor distância focal e f/5.6 na 
maior.
Objetiva Grande Angular
Objetiva Macro
Objetiva Normal: objetivas normais tendem a 
oferecer um ângulo de visão próximo do olho 
humano. Lentes 35mm e 50mm por exemplo.
Objetiva Grande Angular: as grande angulares 
oferecem ângulos maiores que a visão 
humana (como as famosas olho-de-peixe). 
Quanto maior o ângulo, maior a distorção 
causada na imagem, mas são úteis para 
fotografar em espaços pequenos ou se há 
necessidade de fotografar temas muito 
extensos.
Objetiva Macro: são feitas especialmente para 
fotografar pequenos objetoscom grande nível 
de detalhe, como em fotografia de jóias, por 
exemplo. Em contrapartida, geralmente 
apresentam profundidade de campo reduzida. 
Teleobjetiva: são objetivas apropriadas para 
fotografar objetos a longas distâncias. São 
aquelas lentes que você vê fotógrafos 
utilizando nos campos de futebol, nas 
transmissõs televisivas.
Objetiva Zoom: ao contrário do que você pode 
achar, zoom não é a capacidade de tirar fotos 
de longe. Objetivas zoom tem este nome por 
serem capazes de variar sua distância focal. 
Acaba sendo muito versátil, mas geralmente 
lentes com distância focal fixa tem qualidade 
óptica maior que as zoom.
50mm
15mm
Velocidade de Obturador, diafragma e ISO
Quando se quer ter controle total da fotografia, é 
imprescindível saber calcular três fatores 
primários. Estes três fatores recebem o nome de 
triângulo de exposição.
A princípio pode parecer complexo, mas depois 
de um tempo treinando, este cálculo fica 
automatizado. Pode-se comparar a aprender a 
dirigir: no começo você tem que ficar pensando 
em tudo, se passa ou não a marcha do carro, 
frear, acelerar, embreagem, etc. Mas depois de 
um tempo dirigindo você faz tudo isso 
tranquilamente, sem precisar pensar.
É a mesma coisa quando se começa a operar a 
câmera fotográfica no manual.
Sensibilidade ISO
Quanto maior o valor ISO, mais sensível 
será o sensor ou o filme. Em geral, quando 
temos uma situação de bastante luz, 
deixamos o valor de ISO mais baixo, para 
que a foto não fique superexposta. Quanto 
temos pouca luz, deixamos o valor de ISO 
mais alto, para que a foto não fique 
subexposta.
A mudança desses valores não afeta 
somente a exposição: quanto maior o ISO, 
mais ruído será gerado no resultado final. O 
ruído, ou granulação, é uma aberração que 
gera “pontilhados” de iluminação e cores 
deixando a imagem menos nítida. Além 
disso, os pretos tendem a ficar mais 
acinzentados.
O alcance da sensibilidade ISO depende de 
cada câmera. Nas DSLR comuns, ele 
costuma ir de 100 a 6400.
O nível de ruído gerado depende de cada 
câmera. Algumas câmeras têm melhor 
desempenho em ambientes com pouca luz 
e ISO alto. Algumas geram tanto ruído ao 
utilizar ISO alto que a imagem fica 
parecendo uma imagem de celular.
g
ra
n
u
la
ç
ã
o
/r
u
íd
o
ISO 6400
sensibilidade do filme à luz/ISO
(quanto mais sensível, mais luz)
menor sensibilidade à luz, menor granulação
maior sensibilidade à luz,maior granulação
Detalhe da foto ao lado
ISO 6400
Diafragma/abertura
Dentro da objetiva há um mecanismo chamado 
diafragma (vide ilustração). Ele é o que abre e 
fecha para entrar mais ou menos luz.
Resumindo para depois explicar: quanto maior a 
abertura de diafragma, mais luz entrará pela 
lente. Quanto menor a abertura, menos luz 
entrará.
O uso de diferentes aberturas controla a 
passagem de luz, mas controla também a 
profundidade de campo (volte algumas páginas). 
O principal fator criativo que devemos observar é 
a profundidade de campo.
Aquele valor f/ que vimos lá atrás é sobre 
profundidade de campo mas também é sobre a 
abertura do diafragma. 
Ao usar uma abertura maior (valor f/ mais baixo) 
a profundidade de campo diminui, ao usar uma 
abertura menor (valor f/ mais alto) a profundidade 
de campo aumenta.
Com certeza isto vai confundir você no início, 
mas não dê um nó na cabeça. Com tempo e 
prática você se dará bem.
O diafragma fica na objetiva da máquina. Ele 
controla a quantidade de luz que chega ao sensor 
permitindo ou não que ela passe.
Na primeira imagem o diafragma está 
completamente aberto, proporcionando uma 
profundidade de campo rasa, onde somente uma 
parte da imagem fica nítida. 
Na segunda imagem o diafragma está 
completamente fechado, e por isso tudo está nítido, 
até o infinito.
Velocidade de obturador
O obturador é o mecanismo da câmera que 
controla a quantidade de luz que chega ao 
sensor ou filme da máquina. Você pode 
configurar a velocidade de obturador para obter 
diversos efeitos criativos.
O obturador controla o tempo de exposição da 
fotografia. Você pode fazer uma foto de 1 
milésimo de segundo, mas também pode fazer 
uma com 20 segundos de exposição.
Quanto maior o tempo de exposição, mais tempo 
o sensor ficará captando a luz, tornando a foto 
mais clara. Porém, você não será capaz de 
'congelar' o movimento. E o contrário: se você 
colocar uma velocidade de obturador muito 
rápida, você poderá congelar numa imagem 
movimentos como o bater de asas de um beija-
flor.
O tempo de exposição é normalmente dado no 
formato 1 / x, onde X representa uma fração de 
tempo em segundos. Por exemplo: 1/100 quer 
dizer a câmera captará luz por 1 centésimo de 
segundo. 1/2 significará meio segundo, e 
somente 1’’ quer dizer um segundo.
A primeira imagem é uma fotografia comum. O 
movimento que a água faz ao cair e passar sobre as 
pedras foi congelado. Isso aconteceu por causa da 
rápida velocidade do obturador.
Na segunda foto, a aparência da água mudou 
porque o obturador ficou aberto por 4 segundos. 
Isso possibilitou à câmera captar o movimento da 
água em vários pontos.
Na foto 3 o movimento da hélice do avião em 
funcionamento foi congelado completamente.
 velocidade rápida longa exposição
mas é também trevas. Tentamos entender
a luz para saber como ela vai criar as sombras
Fotografia é luz,
Iluminação.
O que você deve saber sobre luz para fotografar bem
Não dá pra chover mais no molhado do que 
começar dizendo que a palavra fotografia 
significa escrever com luz, mas no fim das 
contas esta é a exata verdade, e para produzir 
boas fotografias você precisa estudar e 
entender um mínimo sobre como a luz se 
comporta.
Pense nos pintores e desenhistas. Eles são 
obrigados a fazer um estudo aprofundado da 
luz e seu comportamento porque em seu ofício 
eles não encontram a luz pronta. O pintor cria a 
luz em sua pintura a partir do que ele entende 
de luz. Ele “extrai” a luz de sua mente e lança 
sobre os objetos na pintura.
O fotógrafo, por outro lado, trabalha com luz 
pré-existente. Mas isso não quer dizer que ele 
não deva estudar a luz o mais a fundo que 
puder. Não é o que faremos nesta apostila, mas 
como venho dizendo desde o início, tudo aqui é 
um resumo e uma direção, você deve pesquisar 
mais a fundo todas as coisas.
Nem entrarei no assunto ‘luz artificial’ aqui. 
Flashes, fresnels e outras ferramentas são 
assunto para outra apostila inteira, e um 
assunto bem extenso.
Tipos de luz
Estudamos a luz para entender de onde ela 
vem, que tipo de sombra e que tipo de cores 
ela gera. Independente da cor da luz e de sua 
fonte, podemos simplificar tudo e classificar a 
luz em dois tipos: luz dura e difusa.
Luz dura é a que gera ‘sombras duras’, 
sombras que não têm transição gradual de 
claro para escuro, isso cria bastante contraste 
na imagem.
Podemos obtê-la de fontes de luz que são 
pequenas em relação à distância, como o sol 
(que é grande, mas pela distância é pequeno).
A luz difusa é criada quando a fonte de luz é 
grande, quanto maior a fonte, mais difusa. A luz 
difusa gera sombras suaves e com transição 
gradual entre claro e escuro.
Um exemplo de luz difusa, é a luz do sol que 
passar por uma cortina grande em uma janela. 
O sol é uma fonte pequena, mas quando ele 
passa pela cortina a luz se espalha e a fonte de 
luz passa a ser grande.
Acima, iluminação gerada pela luz do poste através 
das cortinas e a luz da tela de um celular do outro 
lado. Esta iluminação é difusa. Abaixo, iluminação 
frontal direta, o que gerou o que chamamos de ‘luz 
dura’.
A temperatura da luz
Você pode não saber, mas a luz tem temperatura. Não tem nada a ver com 
calor ou frio, mas sim com tonalidade. A luz pode variar de tonalidades 
quentes a frias e isto é expresso em Kelvin (K). Por exemplo, a luz natural tem 
em média 5.600K. Uma lâmpada fluorescente tem luz fria, enquanto uma 
incandescente tem luz quente.
Na fotografia é necessário controlar a temperatura da cor na câmera. E nós 
fazemos isto através do balançode branco. O branco é a cor matriz que a 
câmera utiliza para entender quais são as outras cores presentes numa cena. 
Se quisermos que o branco fique realmente branco, precisamos indicar para a 
câmera com que tipo de luz ela está lidando. Na maioria das câmeras você irá 
encontrar modos automáticos de balanço de branco, como ‘nublado’, ou ‘luz 
incandescente’, mas em algumas câmeras nós podemos inclusive indicar a 
temperatura da cor da luz do ambiente em Kelvin, para que a regulagem seja 
mais fina e exata.
ISO 6400
 luz quente luz natural
2.700K10.000K
Na primeira foto, foi indicado para a câmera que a luz do local era de uma tonalidade muito 
mais quente do que realmente era e, por isso, a câmera tentou compensar este fato 
esfriando em excesso, deixando a foto azulada.
O contrário acontece na segunda foto. Foi indicado para a câmera que a temperatura da 
luz presente era muito fria, e a câmera na tentativa de compensar, acabou esquentando 
sobremaneira a cor da imagem.
A terceira foto demonstra a fotografia com o balanço de branco correto. Dá pra perceber 
que a roupa da modelo está com a cor correta (que sim, era branco).
Luz Natural
Luz natural é qualquer luz 
proveniente do espaço celeste, como 
o sol, a lua ou as estrelas. 
Utilizar esta fonte natural de luz 
implica em conhecer os horários do 
sol em várias épocas do ano, e saber 
que tipo de luz é produzida em cada 
horário.
Você se adapta mais à luz do que ela 
a você, apesar de ser possível fazer 
algumas manipulações.
Luz Artificial
Luz artificial é qualquer luz gerada 
por equipamentos elétricos ou por 
combustão.
Trabalhar com luz artificial é ter mais 
controle sobre a luz e poder criar 
diferentes situações, algumas até 
irreais.
É possível adaptar completamente a 
luz aos seus desígnios e ter real 
controle. É comum também 
fotógrafos utilizarem luz artificial em 
conjunto com a luz natural para 
efeitos dramáticos.
 luz fria
Algumas exemplos de manipulação de luz.
Manipulação da luz
Esta parte do capítulo não se destina a 
ensinar diferentes maneiras de 
manipular a luz. O que eu preciso que 
você entenda é que no fim das contas, 
você é senhor das suas imagens. Você 
deve ser capaz de imaginar o que quer 
e descobrir uma maneira de atingir o 
resultado que você deseja.
Existem dezenas de ferramentas para 
manipular tanto a luz natural como a 
artificial. Flashes, lâmpadas de luz 
contínua, softboxes, difusores, 
rebatedores, etc. Mas também existem 
mil coisas a serem inventadas e 
testadas para criar novos tipos e 
formas de luz.
Trace objetivos e teste sempre, sempre 
pensando se na imagem falta ou sobra 
luz e se você alcançou o resultado 
desejado.
Utilização criativa de uma simples 
cortina persiana (muito fácil de 
conseguir) para fazer um recorte 
da luz, criando um padrão de 
sombras interessante no corpo da 
modelo. 
Como a modelo estava contra a 
luz, seu rosto estava ficando em 
silhueta. Foi fácil resolver com um 
rebatedor simples, que reflete a luz 
do sol para onde é apontado.
Exemplo ao lado: utilizei uma luminária côncava da sala de casa 
para criar uma luz difusa no corpo da modelo. O resultado ficou 
excelente! Mas poderia ter ficado ruim também. O importante é 
testar a idéia e persistir até dar certo.
Encerramento.
E agora, o que fazer para aprender mais?
Fotografia é um eterno aprendizado. A 
boa notícia é que é um aprendizado 
divertido e interessante, e aprende-se 
rápido.
A má notícia é que quanto mais você 
aprender, mais difícil fica aprender. Você 
vai começar a fazer boas fotografias 
num estalo, mas a partir daí vai sentir 
que cada degrau é mais alto e cada vez 
mais difícil de ser alcançado.
Existe um gráfico que gosto de 
imaginar: a curva de aprendizagem da 
fotografia (e acho que de qualquer outra 
coisa). Reproduzo-o aí ao lado.
Sua obrigação como fotógrafo é 
fotografar. Fotografe muito e sempre, e a 
tendência será sempre melhorar.
Espero poder ter contribuído um pouco 
para sua ascensão nesta curva. Se tiver 
alguma dúvida, me dê um alô.
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a um fotógrafo
mais ou menos
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0 dias
m
uitos
longos
anos
tempo de prática
Gên
io
sou uma fraude,
vão chamar a polícia
há muita gente boa no mundo,
vou desistir e vender bijuteria na praia
em caso de não desistir você
decide continuar a aprender mais
Sobre o autor.
Sou um fotógrafo entusiasta que está 
constantemente buscando a perfeição em 
suas imagens. Procuro sempre forçar o 
desenvolvimento no meu trabalho.
Estou na área desde 2010 e meu trabalho 
passou por muitos estágios de 
desenvolvimento. A cada dia eu aprendo algo 
novo sobre fotografia, e parece que isso não 
vai mudar muito.
Trabalho com nudez e beleza feminina, 
publicidade, viagens e lifestyle.
Desde 2011 leciono fotografia em uma 
universidade, e descobri lá que ao ensinar eu 
acabo aprendendo mais que os próprios 
alunos.
Desde 2012 tenho projeto Libertine.Nu, sobre 
beleza feminina e autoestima.
Em janeiro de 2014 lancei o DoisNaTrip, uma 
expedição rumo à Aurora Boreal.
Ainda escrevo textos de vários tipos no blog 
AprendaFotografia.Org.
Há 3 anosfereço Workshops com a intenção 
de conhecer novos fotógrafos e mais pessoas 
interessadas, além de me forçar a estudar 
mais ainda. Entre em contato se tiver interesse 
em levar para sua cidade.
Se quiser falar comigo, fique à vontade. Meus 
contatos estão ali ao lado. Conheça meus 
projetos nos links abaixo.
facebook.com/netomacedofoto
www.netomacedo.com
flickr.com/netomacedo
Conheça meus projetos
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Gostei da sua apostila. Posso compartilhar nas redes sociais/postar no meu blog/usar com meus alunos?
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Com certeza.
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Nunca. Never. Aldrig. Pas du tout.
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