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Gliomas: Tipos e Características

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GLIOMAS 
 Termo usado para tumores originados em células da glia: astrocitomas, glioblastomas, oligodendrogliomas e 
ependiomas. 
 
ASTROCITOMAS 
 Astrocitomas são tumores originados dos astrócitos. 
 Astrócitos são células da neuroglia e são classificados em dois grupos: 
 Protoplasmáticos: encontrados na massa cinzenta, possuem processos que envolvem sinapses e vasos 
sanguíneos. 
 Fibrosos: presentes na massa branca, entram em contato com os nódulos de Ranvier e com os vasos 
sanguíneos. 
 Na barreira hematoencefálica os astrócitos atuam física e metabolicamente ajudando a proteger o sistema 
nervoso central de agentes nocivos presentes no sangue. 
Os astrocitomas variam de aspecto e comportamento biológico conforme o local de origem no SNC. 
ASTROCITOMAS DIFUSOS 
 Aspecto macroscópico: localizados na substância branca; são mal 
delimitados; nunca são encapsulados; cor geralmente branca ou 
cinzenta, pode haver cistos com conteúdo liquido, áreas de necrose 
(amareladas), ou de hemorragia (vermelhas), em especial na parte 
interna do tumor; consistência parecida com a do tecido nervoso normal 
(mas pode ser mais firme ou mais mole. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esses cortes frontais demonstram 
um astrocitoma no hemisfério 
cerebral direito, que está 
grandemente expandido pelo tumor 
e pelo edema cerebral que ele 
causa. O tumor tem limites 
imprecisos e não há cápsula. Seu 
aspecto não é homogêneo: há áreas 
esbranquiçadas e homogêneas e 
áreas mais centrais pardacentas e 
avermelhadas. O tumor é bem 
diferenciado e, histologicamente, 
as células lembram os astrócitos 
que deram origem à neoplasia. 
 
 Aspectos microscópico: aspecto variável segundo o grau de diferenciação. Tumores bem diferenciados são 
constituídos por células que lembram astrócitos normais ou patológicos. Os astrócitos neoplásicos podem ser 
fibrilares, protoplasmáticos ou gemistocístico, sendo que vários padrões podem ocorrer em diferentes áreas do 
mesmo tumor. 
 Fibrilares: produzem muitas fibras gliais. 
Astrocitomas fibrilares são tumores de baixa 
celularidade, geralmente poucas atipias, e podem até 
confundir-se com uma área de gliose. As células têm 
prolongamentos filamentosos, e o espaço entre as 
células é preenchido por uma trama fibrilar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Protoplasmáticos: quando produzem poucas 
fibrilas gliais. Têm maior celularidade que os 
fibrilares e os prolongamentos celulares são curtos. 
Não raro apresentam pequenos cistos contendo 
material amorfo basófilo entre as células. 
 
 
 
 Gemistocísticos: lembram astrócitos gemistocíticos 
reacionais. Contudo, há perda da relação núcleo-
citoplasma, atipias nucleares e multinucleação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os astrocitomas difusos bem diferenciados são considerados como grau II de malignidade pela OMS. Os 
astrocitomas menos diferenciados são denominados astrocitomas anaplásicos (grau III de malignidade), e os 
mais malignos, glioblastoma multiforme (grau IV). 
 
GLIOBLASTOMA MULTIFORME 
 Corresponde a astrocitoma difuso com máximo grau de malignidade. 
 Pode originar-se através de malignização de um astrocitoma difuso pré-existente ou já se iniciar como tumor de 
alto grau. 
 Aspecto macroscópico: massa expansiva mal delimitada na substância branca; necrose é muito comum e pode 
envolver a maior parte do tumor; pode ter formação de cistos e/ou hemorragia; edema peritumoral e desvio da 
linha média; pode ter infiltração do corpo caloso 
pelo tumor passando ao hemisfério contralateral 
(tumor em asa de borboleta). 
 As áreas mais escuras são menos diferenciadas, as 
células são atípicas e o grau de malignidade é mais 
alto. Aí há necrose e hemorragias, que respondem pela 
cor avermelhada. Esta área central, portanto, 
corresponde a um astrocitoma de alto grau, chamado 
de glioblastoma multiforme, porque o aspecto, tanto 
macro- quanto microscópico, é heterogêneo. O tumor 
varia de grau conforme a área. Pode, porém, haver 
astrocitomas de baixo grau em toda sua extensão, 
assim como glioblastomas 'puros'. 
 
 
http://anatpat.unicamp.br/lamneuro4.html#gemisto
http://anatpat.unicamp.br/lamneuro4.html#gemisto
 
 
 Aspecto microscópico: são critérios fundamentais para diagnóstico. 
 
 Atipias celulares: graus 
variados de diferenciação; 
os menos diferenciados 
são pequenos, com 
citoplasma escasso e 
poucos prolongamentos 
curtos, alguns tem 
prolongamentos bipolares; 
pode haver células dos 
mais variados tamanhos e 
formas, inclusive células 
gigantes multinucleadas. 
 
 
 
 
 
 Mitoses: facilmente observadas; algumas são 
atípicas  tripolares, tetrapolares, 
desalinhamento de cromossomos na placa 
metafásica, etc. 
 
 
 
 
 
 Proliferação vascular: aumento do número de capilares, 
tanto do tumor como no tecido nervoso em volta; são 
capilares proeminentes, cujo aspecto pode lembrar 
glomérulos renais, sendo denominados pseudo-glomérulos; 
as células endoteliais são numerosas e com núcleos 
tumefeitos; é comum tromboses nestes vasos anômalos, que 
é responsável em parte pela necrose; o aumento de vasos 
favorece a irrigação do tumor. 
 
 
 
 
 
 
 
 Necrose coagulativa: pode ser extensa envolvendo 
quase todo o tumor; áreas necróticas menores, de 
contornos geográficos, em cuja periferia as células 
neoplásicas estão concentradas e dispostas em 
paliçada, denominada de necrose em pseuso-
paliçada. 
 
 
 
 
 
 
 A estes elementos, é importante acrescentar a 
capacidade infiltrativa das células tumorais, própria 
dos astrocitomas difusos de qualquer grau. O tumor é 
mal delimitado e as células neoplásicas se misturam 
com as normais. Isto é importante para diferenciar o 
glioblastoma de metástases, que são quase sempre bem 
delimitadas. 
 
 
 
 
 
EPENDIMOMAS 
 São neoplasias de células ependimárias. 
 Podem originar-se nos ventrículos laterais ou no IV ventrículo. 
 Epêndima: membrana delgada, formada pelas células ependimárias, que reveste os ventrículos cerebrais e o 
canal central da medula espinhal. 
 
 Células ependimárias: formam um epitélio cilíndrico simples que reveste as cavidades do sistema nervoso 
central, e estão em contato direto com o líquido cefalorraquidiano (LCR). 
 Em fetos e crianças as células são ciliadas, perdendo depois os cílios. 
 Embora a superfície luminal do epêndima seja plana, na face profunda as células formam prolongamentos 
que se misturam ao tecido nervoso subjacente. 
 As células ependimárias podem originar tumores chamados ependimomas. 
 
 
 Aspectos macroscópicos: massas moles acinzentadas, bem 
delimitadas, que podem ter aspecto em couve-flor (papilífero), e fazer 
saliência no interior do ventrículo, as vezes com hemorragias. 
 
 
 
 Aspectos microscópicos: células bem diferenciadas e uniformes; tendem a arranjar-se radialmente ao redor de 
vasos, aos quais lançam um prolongamento; os núcleos ficam a certa distância do vaso, deixando um halo 
anucleado (róseo) perivascular (pseudorosetas perivasculares); em pequeno aumento o tumor tem um aspecto 
malhado (pele de leopardo). Rosetas com centro vazio são chamadas rosetas verdadeiras, que reproduzem 
estruturas normais formadas por células ependimárias nas proximidades dos ventrículos ou do canal central da 
medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OLIGODENDROGLIOMAS 
 Oligodentrócitos 
 São semelhantes aos astrócitos, porém menores e com menos prolongamentos. 
 Seus prolongamentos formam a bainha de mielina dos neurônios. 
 Os oligodendrogliomas são tumores de baixa malignidade (grau II), de crescimento lento e evolução longa 
formado por células similares a oligodendrócitos. 
 São tumores de hemisfério cerebral de adultos, com incidência menor que os astrocitomas e glioblastomas. 
 Pode haver acometimento focal do encéfalo e hemorragia maciça na intimidade do tumor. 
 
 Aspectos macroscópicos:formam massas acinzentadas, geralmente 
melhor delimitadas que os astrocitomas; calcificações são comuns; 
tumor sólido, que alarga o giro afetado e apaga o limite córtex-
substância branca; a superfície é granular ou homogênea, brancacenta 
ou róseo-acinzentada, pouco 
consistente; as vezes, apresenta 
cistos contendo material 
gelatinoso. 
 
 
 
 
 Aspectos microscópicos: as células são ovoides ou 
arredondadas, com membrana citoplasmática nítida, 
citoplasma claro, geralmente com halo vazio em volta do 
núcleo redondo (aspecto em ovo frito); os oligodendrócitos 
neoplásicos infiltram-se na região subpital e nos espaços 
perineuronais e perivasculares, adquirindo aspecto de células 
satélites (satelitose perineuronal e perivascular); riqueza de 
capilares delicados e com ramificações, que divide o tumor 
em lóbulos (tela de galinheiro); calcificação é frequente, 
como concreções pequenas. 
 
 
 
 
 
Calcificações 
Tela de galinheiro 
Aspecto em ovo frito 
 
 
OLIGODENDROGLIOMA ANAPLÁSICO 
 
 Refere-se ao oligodendroglioma com densidade celular elevada, 
atipias nucleares, frequentes figuras de mitose, proliferação 
microvascular e áreas de necrose (oligodendroglioma grau III). 
 
 
MENINGIOMAS 
 Neoplasias que exibem evidências morfológicas e imunofenotípicas de origem em células meningoteliais 
(membranas e vilosidades aracnoideas). 
 São tumores comuns de células da aracnoide (meningoteliais), incidindo na idade adulta e tipicamente aderidos 
à superfície interna da dura-máter. 
 Relação com carcinoma mamário (receptores de estrógeno e progesterona). 
 Relação radioterapia, com traumas e outras neoplasias. 
 Ocorre na cavidade craniana, preferencialmente na convexidade, especialmente em posição parasagital, 
associados à dura-máter e seios venosos, locais onde há grande concentração das granulações aracnóideas; 
meningiomas de canal espinal predominam na região torácica. 
 Pode invadir ossos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Existe grande variedade na apresentação histológica: meningotelial, fibroso, transicional, microcístico, secretor, 
etc. 
 Aspectos macroscópicos: costumam ser firmes e elásticos, bem demarcados, brancos ou acinzentados, com 
superfície externa lisa ou lobulada. Ao corte, muitos são homogêneos, mas seu aspecto pode variar área a área, 
com nodulações, cistos e calcificações notadas pela textura em grãos de areia; necrose macroscópica não é rara. 
 
 Aspectos microscópicos: os meningiomas, originados dos fibroblastos da aracnoide, exibem amplo espectro de 
padrões morfológicos recapitulando a natureza dual destas células, que associam feições epiteliais e conjuntivas. 
Aparentemente o aspecto sincicial está presente em todos os tipos de meningioma. 
 Meningioma meningotelial: as células tumorais formam 
lóbulos demarcados por septos colágenos. As células são 
uniformes, com núcleos ovalados e cromatina delicada e bem 
distribuída. Pode haver pseudoinclusões intranucleares, 
constituídas por dobras da membrana nuclear com 
invaginações citoplasmáticas, que simulam estar dentro do 
núcleo em função do plano de corte. Há também espaços 
claros na cromatina parecendo buracos. Nos lóbulos, as 
células simulam um sincício, devido à imprecisão dos limites 
celulares em microscopia óptica e a grande quantidade de 
núcleos que estão presentes. 
 
 
 Meningioma microcístico: Células têm prolongamentos finos que se tocam pelas extremidades, delimitando 
microcistos preenchidos por líquido claro ou mucinoso. As células destes meningiomas têm sido comparadas 
às das trabéculas aracnóideas. 
 
As células com citoplasma 
abundante e róseo lembram 
células epiteliais. Como os 
limites são imprecisos, podem 
lembrar um sincício (origem 
do termo 'meningioma 
sincicial'). Redemoinhos e 
corpos psamomatosos são 
escassos neste tipo de 
meningioma. 
http://anatpat.unicamp.br/textomeningiomas-tipos1.html#microcist
 
 Meningioma fibroso ou fibroblástico: As células fusiformes arranjam-se em feixes direcionados em paralelo 
ou entrelaçados, em meio a matriz rica em fibras colágenas. O padrão lembra o de um tumor conjuntivo 
benigno, como fibroma ou leiomioma. As fibras colágenas variam em quantidade e espessura, e podem ser 
proeminentes. 
 
 Meningioma cordóide: O tecido é semelhante ao de um cordoma. As células, com citoplasma eosinófilo e 
frequentemente vacuolado, formam cordões ou trabéculas separadas por matriz de substância hialina 
levemente basófila, de aspecto mucóide. Redemoinhos e corpos psamomatosos são raros. Exemplos puros 
são incomuns, com tecido cordóide mesclado a outros padrões de meningioma. Meningiomas cordóides são 
tipicamente supratentoriais e têm alta taxa de recidiva após ressecção subtotal, qualificando como OMS grau 
II. 
http://anatpat.unicamp.br/textomeningiomas-tipos1.html#fibrobl
http://anatpat.unicamp.br/textomeningiomas-tipos2.html#cordoide
http://anatpat.unicamp.br/nptcaixacordoma.html
 
 Meningioma secretor: As células neoplásicas contêm no citoplasma corpúsculos hialinos (homogêneos e 
eosinófilos), PAS positivos, conhecidos como corpos pseudopsamomatosos, muitos circundados por halo 
claro. 
 
 
http://anatpat.unicamp.br/textomeningiomas-tipos1.html#secretor
 LÂMINAS DO LABORATÓRIO 
 
GLIOBLASTOMA 
 
 
 
 
 
MENINGIOMA

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