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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO Centro de Engenharias Departamento de Engenharia e Tecnologia Engenharia de Petróleo Disciplina: Engenharia de Poço II Professora: Keila Regina Santana Fagundes keilaregina@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br mailto:rodrigo.santiago@ufersa.edu.br POÇO VERTICAL X DIRECIONAL Um poço é considerado vertical quando seu objetivo está sob a sonda. exista intencionalmente Caso algum afastamento lateral do objetivo em relação à sonda o poço é considerado direcional CONTROLE DE VERTICALIDADE • Classificação de Poços Quanto a Verticalidade: 1. Inclinação < 3° Ótima 2. 3° < Inclinação < 5° Boa (Desde que não comprometa as condições mecânicas do poço ou o raio de tolerância do seu objetivo). 3. Normas da Petrobrás definem como 3° o valor limite para início do controle de verticalidade, principalmente em poços profundos. * Inclinômetro – Medidor normalmente utilizado ( Utilizado a cada retirada de broca). CONTROLE DE VERTICALIDADE • Dificuldades Advindas da Inclinação Excessiva: 1. Imprecisão das informações geológicas; 2. Falha em atingir o objetivo proposto; 3. Possibilidade de se perfurar fora dos limites da concessão; 4. Problemas durante a perfuração do poço; 5. Problemas durante a vida produtiva do poço. CONTROLE DE VERTICALIDADE • Causas de Desvio de Poço: 1. Inclinação e dureza das formações geológicas; 2. Características mecânicas da coluna de perfuração: • Rigidez da coluna; • Estabilizadores; • Desgaste das lâminas dos estabilizadores; • Ferramentas que podem provocar desvios indesejáveis 3. Parâmetros Mecânicos: • Peso sobre a broca (WOB); • Rotação (RPM). CONTROLE DE VERTICALIDADE • Providências para o Controle da Verticalidade: 1. Ajuste dos parâmetros mecânicos; 2. Alteração da composição do fundo (BHA); 3. Utilizar instrumentos para registro de inclinação e direção; 4. Descer motor de fundo para fazer correção; 5. Tamponar e desviar o poço. A mudança brusca na trajetória do poço traz sérios problemas à perfuração, tais como: →Desgaste dos tubos de perfuração; →Formação de chavetas (keyseats); →Dificuldade na descida das colunas de revestimento. CONTROLE DE VERTICALIDADE POÇOS DIRECIONAIS •Um poço é direcional quando o objetivo a atingir não se encontra na mesma vertical da locação da sonda, sendo necessário utilizar técnicas especiais não empregadas na perfuração de poços verticais. POÇOS DIRECIONAIS • Finalidades POÇOS DIRECIONAIS • Locações Algumas vezes barreiras naturais ou artificiais impedem a instalação da sonda diretamente acima do alvo para se fazer um poço vertical, ou é melhor concentrar a perfuração de vários poços numa mesma locação: • Rio • Montanha • Perfuração terrestre para o mar • Cidade • Perfuração marítima • Perfuração em floresta • Área turística • Zona de proteção ambiental POÇOS DIRECIONAIS • Geológicos Algumas vezes as formações a serem atravessadas e seus mergulhos podem tornar um poço direcional mais econômico do que um poço vertical. • Domos salinos • Perfuração através de falhas geológicas • Direcionais naturais POÇOS DIRECIONAIS • Produção Algumas vezes o desenvolvimento de um campo pode tornar mais atrativo com poços direcionais. • Reaproveitamento de poços (reentradas) • Perfuração interceptando falhas geológicas • Poços horizontais •Poços multilaterais POÇOS DIRECIONAIS • Outros Algumas vezes se faz um poço direcional que o objetivo não é produzir óleo • Combate a Blowouts • Desvio de peixe POÇOS DIRECIONAIS • Tipos de Poços Direcionais • Direcionais Tipo 1, 2 e 3 Horizontais Longo Alcance (EWR) Laterais ou Multilaterais Tipo I O tipo 1 se caracteriza por ter o KOP (Ponto onde se inicia o ganho de inclinação) a pouca profundidade, trecho SLANT depois um (Trecho com inclinação constante) quando atinge o alvo. KOP Slant Tipo II O tipo 2 se caracteriza por ter um trecho de BUILD-UP (Trecho com ganho de ângulo) e um trecho de DROP-OFF (Trecho com perda de ângulo), o poço pode atingir o alvo na vertical ou não. Build Up Drop Off Tipo III O tipo 3 se caracteriza por ter o KOP a grande profundidade, e um trecho de ganho de ângulo para atingir o alvo. É muito utilizado para aproveitamento de poços já perfurados. Horizontais O tipo horizontal se caracteriza por ter inclinação final perto de noventa graus. Sua vantagem é ter uma maior área exposta no reservatório. ERW O poço de longo alcance (ERW - extended reach well) tem como um grande característica afastamento entre a locação da sonda e o alvo. Normalmente um poço é considerado ERW quando a relação entre o afastamento e a profundidade vertical final é maior que 2. ERW – Extended reach well (grande afastamento) S-ERW – Severe extended reach well (afastamento severo) Possuem a característica de ter um poço principal e pelo menos um lateral. Eles são classificados a depender do grau de complexidade da junção entre o poço principal e as ramificações. Poços Multilaterais MultiLateral Exemplo: POÇOS DIRECIONAIS • Definições Básicas • Afastamento (closure): É a distância medida em planta entre a cabeça do poço e objetivo. • Profundidade Vertical (True Vertical Depth - TVD) • Profundidade Medida (Measured Depth - MD) POÇOS DIRECIONAIS • Definições Básicas POÇOS DIRECIONAIS • Definições Básicas • Objetivo, alvo e raio de tolerância O OBJETIVO é o ponto do espaço a ser atingido pela trajetória do poço, podendo um poço ter vários objetivos, como visto anteriormente. Usualmente define-se uma região em torno do objetivo, como tolerância para a trajetória do poço. Esta distância em torno do objetivo é chamado de RAIO DE TOLERÂNCIA e esta região definida como ALVO. O valor do raio de tolerância varia de poço a poço, podendo variar de dezenas de metros (poços exploratórios) até poucos metros (poço de desenvolvimento, adensamento de malha, etc). * Para poços verticais a inclinação é 0º e para poços horizontais 90º. POÇOS DIRECIONAIS • Definições Básicas • Inclinação A inclinação de um ponto na trajetória direcional é definida como sendo o ângulo entre a tangente da trajetória no ponto considerado e a linha vertical que passa através deste ponto, que é paralelo ao vetor gravitacional no ponto. POÇOS DIRECIONAIS • Definições Básicas • Direção, Azimute A direção do poço é definida como o ângulo formado entre a projeção horizontal do poço e o norte geográfico verdadeiro. O azimute é a medida direta da direção do poço medindo-se no sentido horário, a partir do norte verdadeiro, variando portanto de 0° a 360°. Projeção Horizontal N Locação - Direção do alvo Afastamento do alvo - D Alvo A projeção horizontal possibilita uma visão do poço direcional. Na projeção horizontal os eixos são respectivamente as coordenadas locais Norte/Sul e Leste/Oeste. Dessa forma, esta projeção é geralmente usada para visualizar e corrigir a direção durante a perfuração. Projeção Vertical Trecho de Perda de Ângulo KOP Trecho de Ganho de Ângulo DOP Alvo Trecho Reto Locação na Superfície A seção vertical permite observar a projeção vertical do poço. Os eixos são, respectivamente, a profundidade vertical e o afastamento horizontal em relação a um determinadoazimute do plano de projeção. Este gráfico auxilia a correção de inclinação do poço caso não esteja de acordo com o projeto POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas • Kick-off point (KOP) É a profundidade onde inicia-se o ganho na inclinação da trajetória do poço. • Drop-off point É a profunidade onde inicia-se a perda de inclinação na trajetória do poço. POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas • Estação (survey station ou survey point) É a localização na trajetória do poço onde um dado de inclinação e/ou direção é obtido. Usualmente, durante os trechos de ganho ou perda de ângulo, ou mudança de direção, os valores são medidos a cada 5-10 metros, enquanto que em trechos retos os valores podem ser medidos a cada seção (30 metros). O ângulo formado entre as inclinações do poço a cada estação será representado por α. POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas • Seção de ganho de ângulo (Buildup) Como o próprio nome se refere, é a seção da trajetória do poço, iniciada após o KOP onde ocorre o ganho de ângulo, podendo haver ou não mudança na direção. Essa seção será referenciada como buildup, e o seu final chamado de end-of-buildup (EOB). • Taxa de ganho de ângulo (buildup rate) O ganho de ângulo no buildup, chamado de buildup rate (BUR), se dá usualmente a uma taxa constante, geralmente expressa em graus / 30 metros (ou graus / 100 pés), sendo calculada entre duas estações por: Em que: αx = inclinação do poço na estação x. Mx = profunidade medida do poço na estação x. K = 30 para BUR em º/30 metros ou 100 para BUR em º/100 pés) POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas • Seção tangente ou Slant Em algumas trajetórias direcionais, usualmente após a seção de ganho de ângulo segue-se um trecho reto, onde a inclinação é mantida constante. A este trecho chamamos de seção tangente ou slant. POÇOS DIRECIONAIS • Definições Específicas • Raio de curvatura (R) É o raio dos arcos que são formados nas seções de buildup e drop-off, devido a taxa constante de ganho/perda de ângulo. Fatores que afetam a trajetória direcional incluem: Profundidade total do poço e afastamento; Limitações de torque e arraste; Presença de formações rasas e inconsolidadas que dificultam o ganho de ângulo, resultando num aprofundamento do KOP; Aspectos geológicos, como direção, mergulho das camadas das formações e a presença de falhas; Existência de formações instáveis que podem limitar a inclinação do poço; Requisitos de reservatório, como profundidade de entrada, formato e direção do objetivo. POÇOS DIRECIONAIS POÇOS DIRECIONAIS • Classificação Quanto ao Raio de Curvatura POÇOS DIRECIONAIS •Sistema de Referencia Representa a superfície da Terra no plano através dos componentes norte (northing) e leste (easting) sendo os mais comuns nos mapas. No Brasil a projeção mais utilizada é a projeção UTM. POÇOS DIRECIONAIS • Coordenadas UTM O UTM - Universal Transversa de Mercator É um sistema de coordenadas baseado no plano cartesiano (eixo x,y) e usa o metro (m) como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Diferentemente das Coordenadas Geográficas (ou Geodésicas), o sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são chamados de coordenadas planas. POÇOS DIRECIONAIS • Coordenadas UTM O UTM - Universal Transversa de Mercator O sistema UTM é bastante utilizado na perfuração para se definir a posição da locação da sonda e do objetivo. De posse dessas coordenadas, o AFASTAMENTO do poço pode ser calculado pela seguinte equação: E a DIREÇÃO DO ALVO por:
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