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2 Biologia das abelhas melíferas Classificação biológica: Reino Animal ia Filo Arthropoda Classe I nsecta Ordem Hymenoptera subordem Apocr i ta superfamília Apoidea família Apidae (9 famí l ias de abe lhas são conhecidas) Apresenta - destaca-se Apresenta ( 13 estão presentes no Bras i l ) - destaca-se Apresenta - destaca-se (Bombina, Mel iponina e Eug lossina) Abr iga apenas o gênero Apis Gênero Apis (abe lhas com ferrão) São reconhec idas espécie Apis mel l i fera São reconhec idas Diversidade das espécies- Apis: Abelhas gigantes Constroem formados por Apis dorsata- A ltamente defens ivas Apis labor iosa Apis b inghami- A ltamente defens ivas abelhas médias Constroem formados por Apis cerana Apis n igroc incta Apis koschevnikovi Apis nu luensis Apis mel l i fera- IMPORTANTE abelhas anãs Constroem formados por Apis f lorea- Pouco defens ivas Apis andreniformis- Pouco defens ivas Abelhas: So ci ed ad e Todas as espécies de abe lhas são cons ideradas Vivem em sociedade extremamente organizadas Compart i lham o ninho Sobreposição de gerações, onde são dependentes umas das outras- há um cuidado cooperat ivo para com as cr ias ( ind ivíduos adultos cuidam das larvas em desenvo lv imento) Presença de d iv isão reprodut iva de traba lho- 3 castas 3 ca st as Grande Abdome bem desenvo lv ido Postura de mi lhares de ovos por d ia em períodos de f lorada (cerca de 2000 a 3000 ovos) Copula apenas uma vez na vida Única fêmea fért i l da co lôn ia- responsáve l pe la postura de ovos e perpetuação do enxame Responsáve l pela produção de feromônios Secreta a pe las g lândulas mandibu lares=9-ODA (ác ido 9-oxo-2-decenóico) I n ibe o desenvo lv imento dos ovár ios das operár ias e da produção de rea le iras Promove a coesão entre as abe lhas Auxi l ia no reconhecimento da colmeia e a or ientação Antenas Presença de o lhos Abdome e tórax desenvolv idos Machos da colôn ia Responsáve is por fecundar a ra inha durante o voo nupcia l Não apresentam estruturas para o trabalho , apenas para reprodução São cr iados apenas em períodos de abundânc ia de a l imento 3 Pequenas comparada a ra inha e aos zangões Presença da corbícu la Responsáve is pe la real ização de todas as at iv idades da co lôn ia Suas funções dentro da colmeia var iam de acordo com a idade f is io lóg ica e podem mudar de acordo com as necess idades da colôn ia : 1 a 3 d ias de vida 4 a 12 dias de vida Processamento do pólen e secreção de gele ia real 13 a 18 d ias de v ida Produção de cera e de néctar 19 e 20 d ias de v ida Presença do ferrão com máxima capac idade veneno armazenado (ap itoxina) Glândulas ac inos- produção da apitox ina Ferroa e morre- perda do ferrão ( farpado) junto com o apare lho intest ina l e hemol infa , os qua is f icam presos na pele do ind ivíduo que fo i ferroado Feromônios de defesa- s ina l izam o ataque em massa produzidos pelas cé lu las de g lândulas de veneno produzido pelas g lândulas mandibu lares 21 dias de vida até f im da vida Coleta de pólen, res ina, néctar e água Te mp o de v id a 1 a 3 anos 21 a 90 d ias ou até a cópula Período da f lorada- 30 a 60 d ias (média de 45 dias) I nverno- cerca de 140 d ias De se nv ol vi me nt o I nsetos holometábo los: OVO > LARVA > (fechamento dos a lvéolos) > PUPA > (desenvolv imento dos órgãos) > ADULTOS Ocorre um tota l de 6 mudas ao longo do desenvo lv imento ontogenét ico: Fase larval- ocorre 4 mudas 5ª muda- ocorre entre as fases pré-pupa e pupa 6ª muda- ocorre entre as fases de pupa e adulta Desenvolv imento: Ra inha e operár ia A part ir de ovulo FECUNDADO (o que d i fere é a a l imentação) Zangão A part ir de ovulo NÃO fecundado (partenogênese do t ipo arrenótoca) 3 dias 6 d ias 7 d ias Abelha afr ican izada- 15 d ias Abelha mel í fera- 16 d ias 15 d ias 24 dias 12 dias 2 1 d ias Al im en ta çã o Todas as larvas recebem gele ia real Larvas que darão or igem: Ra inhas: Recebem apenas ge le ia rea l Zangão e operár ias : Recebem mel, pólen e pequena quant idade de ge le ia rea l Zangões e operár ias: Recebem mel e pólen (podem receber pequenas quant idades de ge le ia rea l ) Recebem exc lus ivamente ge le ia rea l durante toda a vida Re pr od uç ão Pr incesa- futura ra inha que a inda não acasa lou A manutenção da co lôn ia depende da postura de ovos pe la ra inha Ocorre 5 a 7 d ias após o nasc imento da pr incesa Ocorre a cerca de 10 m de a ltura- nas áreas de congregação de zangões A princesa l ibera feromônio que atraem os zangões Acasa lamento com em média 12 a 17 zangões Após a fecundação: Sêmen é estocado na ra inha em um reservatór io (espermateca) Zangão morre- seu órgão genita l é rompido e há perda de hemol infa (órgão genita l f ica apr is ionado a câmara de ferrão da ra inha) Matur idade para fecundação da ra inha após 12 d ias do seu nasc imento Produz entre 6 e 10 mi lhões de espermatozo ides Após a fecundação não sa i mais da co lôn ia (permanece até a morte) 3 a 5 d ias após a fecundação- in ic ia a postura de ovos na co lôn ia Ut i l iza o tamanho do a lvéo lo para saber se real izará a postura de ovo fecundado (operár ia ) ou não fecundado (zangão) 4 Co mu ni ca çã o e vi sã o Kar l Von Fr isch ( 1973)- exp l icou a comunicação das abe lhas pela dança e descobr iu que as abe lhas enxergam as cores de forma di ferente a nossa e são sensíve is a luz UV Vibração das p lacas duras do abdômen- re lac ionada à DISTÂNCIA Direção da dança- re lac ionado à D IREÇÃO Quanto mais abundante e recompensadora for a fonte de al imento maior será a intensidade da dança Fonte de al imento a MENOS de 100 m da co lmeia Fonte de al imento a MAIS de 100 m da colmeia Fonte de al imento NA DIREÇÃO do So l Fonte de al imento NA DIREÇÃO OPOSTA ao so l Ângulo formado durante a dança- ind ica o ângulo formado entre a fonte de a l imento e a colmeia em relação ao sol Rainha: Companhia Está sempre acompanhada por um grupo de 5 a 10 operárias, as quais estão encarregadas de a l imentá- la e l impá- la, sendo que também pode aprox imar-se para o recebimento e repasse dos feromônio aos outros membros da co lmeia Causas de Perda da rainha Sufocamento pe las operár ias- devido à queda na postura de ovos e produção de feromônio Erro de manejo Morte natura l Troca pe lo ap icu ltor- devido a fa lhas na homogeneidade da postura Criação de uma nova rainha Depende da presença de ovos ou larvas de até no máximo 3 d ias de idade As operár ias constroem rea le iras e a l imentam a larva constantemente com ge le ia rea l A pr imeira ra inha a nascer destró i as demais reale iras e luta com as outras ra inhas , que tenham nasc ido ao mesmo tempo, até que apenas uma sobreviva (no duelo há uso do ferrão sem farpas) Na imposs ib i l idade de cr iação de nova ra inha ocorre: Falha da postura de ovos Falha da produção de feromônios, sobretudo, o 9- ODA Haverá o desenvo lv imento dos ovár ios das abe lhas operár ias, ass im a postura de ovos não fecundados com a formação do Enxame zanganeiro: En xa me za ng an ei ro Postura de ovos não fecundados pelas operár ias , as qua is rea l izam a postura de vár ios óvulos dentro de um mesmo alvéolo Dá or igem a muitos zangões, os quais morrem com o passar do tempo Para evitar o processo de formação do enxame zangane iro deve-se rea l izar o manejo e o acompanhamento para que, caso haja a perda da ra inha , observar a possib i l idade de introdução para a cr iação de uma nova ra inha Ninhos: Te rm or regu la çã o Gênero Apis- adaptação a d i ferentes c l imas devido a capac idade de manter a termorregulação do n inho Normalmente as abe lhas da co lmeia e fazem a para ass im fac i l i tar a termorregulação Sombreamento- reduz o gasto de energ ia e temperatura no inter ior da co lmeia 34 a 35 °C- independente da temperatura externa Vibração de músculos torác icos para a geração de ca lor Agrupamento de abe lhas dentro da co lmeia Abanar asas para a expulsão do ca lor Agrupamento de abe lhas fora da co lmeia Espalhamento de água na co lmeia Es tr ut ur a São const ituídos de favos de cera , os qua is são formados por a lvéo los Alvéo los- Formato hexagona l- permite o menor uso de mater ia l e maior aprove itamento de espaço I nc l inação de 4° a 9° para c ima e são construídos em 2 tamanhos: Maiores (6,5mm de d iâmetro)- desenvo lv imento de zangões (c/ abaulamento) ou estocagem de a l imento Menores (5mm de d iâmetro) - desenvo lv imento de operár ias ou estocagem de a l imento Reale iras- a lvéo los espec ia is onde ocorre o desenvolv imento da ra inha 5 Enxameação: En xa me aç ão Período reprodut ivo em que o enxame aumenta muito a sua população e gera uma fa l ta de espaço na colmeia A fa lta de espaço leva a cr iação de rea le iras pelas operár ias, sendo que antes do nasc imento da pr incesa , a ra inha parte com metade da população do enxame para procurar um novo local para insta lar a sua colôn ia Não é um processo pos it ivo- há perda da ra inha e de parte da co lôn ia No Bras i l ocorre entre 3 a 4 vezes no ano (depende exclus ivamente do manejo) Geleia real: Ge le ia r ea l Produzida pelas abelhas nutr izes Não é estocada dentro da co lôn ia Pico de desenvo lv imento e secreção- 6º d ia A que é fornecida as ra inhas apresenta : Menor teor de umidade e proteínas Maior quant idade de açúcares (g l icose frutose) 10-HDA (ác ido trans- 10-h idrox i-2-decenóico) Royalact ina (MRJP1) : Proteína da gele ia rea l associada à di ferenciação de castas ( induz a produção de d i ferentes genes para que haja a d i ferenciação de castas e o desenvolv imento de uma rainha) Glândula MANDIBULAR Secreção esbranquiçada Glândula HIPOFARINGEANA (produzem a maior parte dos componentes) Secreção c lara e aquosa Proteínas para o desenvolv imento Feromônios l iberados pela cr ia- at ivação da síntese Coleta de recursos: Fo rr ag ea me nt o Real izada pe las abe lhas campeiras Coleta: Água e néctar- vesícu la mel í fera ou papo de mel Resina e pólen- corbícu la Néctar- produção do mel e fonte de carbo idrato para as abe lhas Pólen- a l imento prote ico das abe lhas Resinas- produção da própol is Água- ut i l izada para manter a umidade e temperatura idea l no n inho Distância de voo para a coleta de recursos- 10 a 12 km
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